Upload
usp
View
519
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
1
Um Modelo para Explicar as Um Modelo para Explicar as Coligações Eleitorais para a Câmara Coligações Eleitorais para a Câmara
Federal Brasileira (1998-2006)Federal Brasileira (1998-2006)
-Rodolpho Bernabel, Manoel Galdino, Umberto Mignozzetti e Fabrício Vasselai.
7º ENCONTRO DA ABCP
- Os autores agradecem à FAPESP, CNPq e CAPES pelo auxílio financeiro durante a pesquisa.
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Aspectos Gerais
-Objetivo: Modelar os determinantes da decisão de partidos se coligarem em eleições proporcionais e os determinantes da profundidade (tamanho) das coligações. Aqui, vou focar no comportamento coligacionista.
-Método: Análise quantitativa.
-Hipóteses da Literatura (Nicolau, 1996; Lavareda, 1999; Schmitt, 2005; Carreirão, 2006 etc.): -H1: Magnitude Distrital (sinal negativo)-H2: Força Partidária (sinal ambíguo)-H3: Diferenças Ideológicas (sinal negativo)-H4: Concorrer em Pleito Majoritário (sinal positivo)-Dados: observação por partido nas eleições proporcionais para deputados federais nas 27 unidades da federação nos anos de 1998, 2002 e 2006.
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Aspectos Gerais
-Variável Dependente: Coligd, se o partido coligou ou não, na UF no dado Ano.
-Variáveis Preditoras: - Vertic, se havia verticalização naquele ano; - lg, se o partido, naquela UF, lançou candidato a governador no ano.- Resistid, medida de resistência ideológica dos partidos para as coalizões.- fpart, media de força partidária- cesf, Coeficiente de esforço (inverso da magnitude distrital)
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Resultados (Coligação)
Hipóteses da Literatura confirmadas no Geral Mas:-Partidos que lançam candidatos a governador têm menor probabilidade de se coligarem (!?)
-O que explica esse resultado?-Dos partidos que não lançam candidatos a governador, 9% não se coligam. -Dos partidos que lançam candidatos a governador, 41% não se coligam.-Resposta: partidos pequenos?
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Tabela de Regressão
Tabela 1 - Regressão Logística (variável dependente: coligd) Modelo não restrito Modelo restrito (todos os partidos) (+ 1% dos votos) (intercepto) 2,2 *** 3,2 *** (0,2) (0,3) cesf (padronizada) 0,5 *** 0,8 *** (0,01) (0,1) fpart (padronizada) 0,6 *** 0,7 *** (0,1) (0,2) lg1 -1,8 *** -1,3 *** (0,2) (0,3) resistid (padronizada) -0,5 *** -0,6 *** (0,08) (0,1) vertic1 0,5 ** -0,3 (0,2) 0,3 Count R² 87% 90% N 1155 777
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Efeito de ser “cabeça de chapa”
-Nova hipótese: Partidos pequenos, ao lançarem candidato a governador, não se coligam.
-Como testar? Primeira possibilidade:-Regressão com todos os partidos e Regressão apenas com partidos que obtiveram mais de 1% dos votos no estado:
-Decisão de lançar candidato a governador ainda diminui probabilidade de coligação, mas efeito é menor. O que sugere que são os partidos menores que, ao lançaram candidato s a governador, têm menor probabilidade de se coligarem.
-Porém, diferença entre o coeficiente nas duas regressões não é estatisticamente significante.
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Força Partidária
-Segunda possibilidade:
-Há interação entre força partidária e decisão de lançar candidato a governador. Partidos pequenos que lançam candidato a governador não atraem outros para coligação.
-Resultados confirmam parcialmente essa intuição (ver gráfico)
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Entendo Força Partidária
-No modelo, força partidária foi calculada a partir de conjunção de fatores (análise de componentes principais): -votos da legenda obtido pelo partido + votos totais obtidos pelo partido + fundo partidário
-Essa medida capta variação estadual e importância nacional
- No geral, em acordo com nosso entendimento intuitivo, embora produza algumas poucas distorções (ver Anexo)
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Outros resultados
-Demais resultados, conforme mencionado, corroboram os achados anteriores da literatura
-Para ilustrar, apresentaremos a relação estimada entre Magnitude Distrital e a Probabilidade de um partido se coligar.
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Considerações Finais
- Hipóteses da Literatura Confirmadas no geral
- Resultado contra-intuitivo: efeito do pleito majoritário (governador) sobre alianças
- Partidos Pequenos diferentes dos Grandes
-Esforços futuros: melhorar análise do efeito ideologia (usar redes); Medir força partidária regionalmente, e não nacionalmente
7º Encontro ABCP, 008/2010. AT03Eleições e Representação Política
Anexo
- Resistência ideológica- Medida por partido- Mínimo da distância do ponto ideal do partido em relação às coligações disponíveis (em valor absoluto)- Problema para interpretação causal no modelo de Rubin: SUTVA- Stable Unit Treatment Value Assumption