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Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 30/04/2014 Acesse: www.cncafe.com.br Café: OIC informa que exportação mundial cai 6% em março Agência Estado 30/04/2014 A exportação mundial de café apresentou queda de 5,97% em março passado, em comparação com o mesmo mês de 2013. Foram embarcadas 9,52 milhões de sacas de 60 kg ante 10,12 milhões de sacas em março de 2013. A informação é da Organização Internacional do Café (OIC). A exportação mundial nos seis primeiros mês do ano cafeeiro 2013/14 (outubro 2013 a março de 2014) apresentou redução de cerca de 6,2% em comparação com os seis primeiros meses do período anterior. Nos últimos 12 meses encerrados em março de 2014, a exportação de café arábica totalizou 68,29 milhões de sacas, em comparação com volume de 67,96 milhões de sacas no ano anterior. O embarque de robusta no período foi de 40,12 milhões de sacas, em comparação com 42,92 milhões de sacas. Café especial: quem são as mulheres vencedoras do Cup of Excellence? P1 / Ascom BSCA 30/04/2014 Paulo A C Kawasaki, para Revista BSCA nº 5 O ano de 2013 foi marcado por um fato inédito na história dos concursos de qualidade Cup of Excellence para cafés no mundo. Pela primeira vez na história, duas mulheres, e brasileiras, sagraram- se campeãs do certame, demonstrando que a inserção em todos os nichos de mercado é uma realidade e que a participação delas é, mais do que necessária, o aprimoramento dos serviços que se dispõem a realizar. A história dos Concursos de Qualidade Cup of Excellence teve início no Brasil, em 1999. Atualmente, o País possui duas versões: a Early Harvest, destinada exclusivamente a cafés produzidos por via úmida (cereja descascado e/ou despolpado), e a Late Harvest, que engloba os grãos naturais, colhidos e secos com casca. Os certames são realizados pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE), com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

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CLIPPING – 30/04/2014 Acesse: www.cncafe.com.br

Café: OIC informa que exportação mundial cai 6% em março Agência Estado 30/04/2014

A exportação mundial de café apresentou queda de 5,97% em março passado, em comparação com o mesmo mês de 2013. Foram embarcadas 9,52 milhões de sacas de 60 kg ante 10,12 milhões de sacas em março de 2013. A informação é da Organização

Internacional do Café (OIC). A exportação mundial nos seis primeiros mês do ano cafeeiro 2013/14 (outubro 2013 a março de 2014) apresentou redução de cerca de 6,2% em comparação com os seis primeiros meses do período anterior. Nos últimos 12 meses encerrados em março de 2014, a exportação de café arábica totalizou 68,29 milhões de sacas, em comparação com volume de 67,96 milhões de sacas no ano anterior. O embarque de robusta no período foi de 40,12 milhões de sacas, em comparação com 42,92 milhões de sacas. Café especial: quem são as mulheres vencedoras do C up of Excellence? P1 / Ascom BSCA 30/04/2014 Paulo A C Kawasaki, para Revista BSCA nº 5

O ano de 2013 foi marcado por um fato inédito na história dos concursos de qualidade Cup of Excellence para cafés no mundo. Pela primeira vez na história, duas mulheres, e brasileiras, sagraram-se campeãs do certame, demonstrando que a inserção em todos os nichos de mercado é uma realidade e que a participação delas é, mais do que necessária, o aprimoramento dos serviços que se dispõem a realizar. A história dos Concursos de Qualidade Cup of Excellence teve início no Brasil, em 1999. Atualmente, o País possui duas versões: a Early Harvest, destinada exclusivamente a cafés produzidos por

via úmida (cereja descascado e/ou despolpado), e a Late Harvest, que engloba os grãos naturais, colhidos e secos com casca. Os certames são realizados pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE), com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

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Uma vez que o trato com cafés especiais exige muitos cuidados e dedicação, a participação feminina no processo produtivo passou a se destacar — resultado das habilidades e da sensibilidade que as mulheres têm. Como forma de reconhecer e parabenizar as campeãs por seu trabalho, os organizadores dos concursos apresentarão, na sequência, um pequeno perfil de Marisa Coli Noronha, campeã do 14º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil, Cup of Excellence - Early Harvest, e de Cínthia Dias Villela, vencedora do 3º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil, Cup of Excellence - Late Harvest. /MARISA COLI NORONHA/ (foto debaixo) Em 1995, a produtora herdou o Sítio São Francisco (parte do Sítio da Torre), situado em Carmo de Minas, região da Mantiqueira de Minas Gerais, de seus pais, os quais já produziam café, e decidiu continuar com a atividade, ampliando um pouco o cafezal. Pensando em algo que desse um retorno financeiro melhor, pois a cafeicultura de montanha possui custo elevado, ela considerou, como única saída, o investimento em cafés especiais. “Quando conheci o trabalho da BSCA, soube que havia feito a escolha certa, que estava no caminho correto”, recorda. Ciente que o investimento em qualidade seria a melhor saída para agregar valor à sua produção, Marisa entende que essa opção também é um diferencial nos momentos de crise do setor, como o vivido entre o fim de 2012 e o começo deste ano. “Além disso, quando começamos a produzir café especial, descobrimos que é um caminho sem volta, pois o prazer que isso nos dá é gratificante, não apenas pelo lado financeiro, mas por tudo o que envolve”, explica. A cafeicultora reconhece que o custo de produção dos cafés especiais é elevado, superior, inclusive, aos já altos gastos com a produção do grão convencional. Porém, informa que o mercado reconhece esse investimento. “Tem produtor que diz: quando o mercado está em alta, vende-se qualquer café por um bom preço, mas, quando o mercado entra em crise, não compensa fazer investimentos. Para esse tipo de pensamento, recomendo que, para ingressar no nicho dos especiais, o cafeicultor tenha a mente voltada para a produção dele, pois esse não é um mercado imediatista, e sim de médio e longo prazos”, conta. Sobre a produção – Marisa cultiva o produto em nove hectares no Sítio São Francisco de Assis, que é uma das quatro partes da propriedade herdada dos pais. Em 2013, ela informa que colheu 500 sacas de 60 kg, sendo que 300 foram classificadas como especiais. A produtora destaca a importância das certificações no mercado e anota que a tendência é continuar investindo. “Nossa propriedade é certificada pela Rainforest Alliance. E esse caminho é o que manteremos em nosso negócio, pois seguiremos investindo em qualidade e buscando mais certificações”, aponta. Marisa justifica essa postura com os valores recebidos por seus cafés. “Temos vendido nosso produto com notas de 80 a 85 pontos (escala de 0 a 100 do Cup of Excellence) entre R$ 500 e R$ 600 por saca. Já nosso café especial, com notas superiores a 90 pontos, foi negociado com o mercado japonês por R$ 1.400 a saca”, salienta, completando que comercializa com diversos países, por intermédio da parceria com a empresa Carmocoffees, mas também possui clientes no Brasil. Sobre o Cup of Excellence – “Sagrar-se vencedora do principal concurso de qualidade destinado ao café cereja descascado ou despolpado é uma sensação inexplicável”. Assim se sente Marisa ao recordar o feito. “Em um país que, até o início do trabalho de promoção realizado pela BSCA e seus parceiros, era conhecido como produtor de quantidade e não de qualidade, é extremamente gratificante saber que fazemos parte de um nicho que vem mudando esse conceito”, comemora.

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A cafeicultora também celebra o fato de cada vez mais as mulheres ocuparem seus merecidos lugares na comunidade e no mercado. “Nós, mulheres, ocupamos, a cada dia, espaço de destaque em vários setores, e, na cafeicultura, não é diferente. Ter me consagrado a primeira a ganhar o Cup of Excellence é extraordinário e só nos incentiva a continuar nessa caminhada dos cafés especiais”, conta. Em 27 de novembro de 2013, o lote de 15 sacas de Marisa foi arrematado por US$ 45.830,40 (R$ 106.509,85 – dólar cotado a R$ 2,324, conforme fechamento do dia) pelo consórcio formado pelas empresas japonesas Maruyama Coffee, Sugi Coffee Roasting e Adachi Coffee. Esse montante representou US$ 3.055,67 (R$ 7.101,37) pagos porcada saca e significou alta superior a 2.100% sobre o Contrato “C” da Bolsa de NY, principal plataforma mundial de comercialização do grão. “Mesmo sendo complicado criar expectativa em relação a preços, tivemos uma surpresa muito boa com o valor que nosso café atingiu, pois foi além do que esperávamos. Estamos em festa até hoje”, exclama. Para o futuro, Marisa acredita que vencer o concurso e ter seu café especial bastante disputado no leilão abrirá novas portas. Pensando nisso, ela comenta que pretende aumentar a produção de cafés especiais e, para isso, conta com o apoio da BSCA. “A Associação é de suma importância, pois nos incentivou a ingressar nesse nicho. E, com a realização do Cup of Excellence, temos o principal evento da cafeicultura, o qual nos aproxima dos compradores e nos expõe ao mundo cafeeiro”, enaltece. Concluindo, a cafeicultora reitera a relevância da BSCA para os cafés especiais do Brasil e agradece a mais uma mulher de destaque no setor, a diretora-executiva Vanusia Nogueira. “Somos gratos a toda a equipe BSCA, em especial à Vanusia, que é uma importante incentivadora de todos os produtores, levando o nome do café especial brasileiro para todo o mundo”, salienta. Marisa finaliza recordando todos os envolvidos nessa história de sucesso. “Temos que agradecer também à cooperativa Cocarive, à Carmocoffees, à Emater-MG e a todos que nos apoiaram nessa caminhada, que são peças fundamentais para o nosso sucesso, e, principalmente, à Maruyama Coffee, à Sugi Coffee e à Adachi Coffee, compradores do nosso café especial”. /CÍNTHIA DIAS VILELA/ (foto de cima) Originária de uma família que lida com a cafeicultura há quatro gerações, Cínthia foi campeã do 3º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil – Cup of Excellence Late Harvest, dedicado aos cafés naturais (colhidos e secos com casca), e está no inédito grupo de mulheres vencedoras desses concursos no mundo, ao lado de Marisa Coli Noronha, vencedora da competição destinada aos cafés cereja descascado e/ou despolpado. A produtora e seus familiares cultivam o grão em uma área aproximada de 70 hectares na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, situada em Carmo de Minas, na Região da Mantiqueira do Estado de Minas Gerais. Na safra 2013, a colheita rendeu em torno de 3.000 sacas, das quais cerca de 20% foram de cafés especiais. Os principais compradores de seu produto são do exterior, especialmente de Japão, Europa e Estados Unidos. Mas Cínthia vê com bons olhos o crescente movimento de algumas torrefadoras e cafeterias brasileiras que valorizam esse mercado. “Acreditamos e queremos trabalhar com parcerias para que o nicho de cafés especiais se desenvolva cada vez mais em nosso país”, destaca. O começo – Como a família está na atividade há quatro gerações, a produtora nasceu nesse meio. Em 2008, a convite de seu pai, Edmo Junqueira Villela, passou a trabalhar na propriedade e notou o potencial existente para o cultivo de grãos especiais. O investimento em qualidade se deu frente ao

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encarecimento dos custos de produção, principalmente com mão de obra, e mediante a impossibilidade de mecanização em razão da declividade das regiões montanhosas. “Esse processo teve início com meus pais, desde a seleção das variedades plantadas – a propriedade possui uma boa área com Bourbon Amarelo –, e vem sendo ampliado por nós, filhos. O café especial traz um retorno financeiro melhor do que o commodity, mesmo sendo mais trabalhoso, além do que, no lado social, mantemos os empregos gerados pela colheita manual, a qual, no caso dos especiais, se traduz em colheita seletiva”, explica. Qualidade – Cínthia relata que investir em qualidade é um diferencial que agrega valor ao café, em especial nesses momentos de crise, como o vivenciado atualmente, quando os custos de produção ultrapassam o valor pago pela saca colhida. “O café especial traz um retorno financeiro melhor, pois tem um nicho de clientes específicos, admiradores do bom café, que estão dispostos a pagar mais por essa qualidade”, comenta. Outro ponto relevante, segundo ela, é o investimento nas certificações. Atualmente, a fazenda da família integra a Indicação de Procedência da Região da Serra da Mantiqueira de Minas Gerais. “Este é um selo de origem e qualidade dado apenas aos cafés produzidos em uma área específica e que seguem regras expressas de produção”, informa. A cafeicultora cita, ainda, que pretendem seguir investindo nas certificações devido à maior credibilidade que elas dão ao produto, permitindo que o consumidor tenha tranquilidade e confiança para adquiri-lo. “Além disso, para a obtenção de novas certificações, em geral, são exigidas melhorias na produção e/ou na propriedade, o que serve de incentivo à implantação de inovações que beneficiarão a qualidade do café”, completa. Vale o investimento – Por mais que essa realidade venha mudando, muitos produtores de café são receosos quanto ao investimento em qualidade, alegando que os custos de produção são ainda mais elevados do que no cultivo do grão convencional. A esse respeito, Cínthia recorda que o cafeicultor, em geral, é tradicionalista e mudar algumas práticas de produção pode levar algum tempo. “Acredito, particularmente, que investir em cafés especiais é a melhor saída para os cafeicultores de montanha. Os custos de produção do nosso café são muito elevados, principalmente, por causa da mão de obra. São raros os casos em que é possível maquinar a colheita na região, portanto, quase todo o processo é manual. Por outro lado, temos a nosso favor a altitude. Poucas regiões conseguirão produzir os cafés com a nossa qualidade, justamente por causa das montanhas”, argumenta. Em termos econômicos, ela comenta que os cafés especiais, sem dúvida, demandam mais investimentos, mas também cita que eles compensam. “Apesar de a saca ficar, em média, de 20% a 30% mais cara, o retorno financeiro conseguido com essa qualificação é considerável”, conclui. Sobre o Cup of Excellence – A respeito do 3º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil – Cup of Excellence Late Harvest, a cafeicultora menciona que a existência de um concurso desse porte gera boas expectativas, principalmente pela vitrine que é para os cafés brasileiros, valorizando o produto perante todo o mundo. “O fato de ter ficado entre os finalistas já foi muito gratificante. Apesar de termos um café de excelência, o café natural é um produto bem complexo e, por isso, gera algumas incertezas. Sempre temos esperança e vontade de ser o vencedor, mas sabíamos da dificuldade de conseguir esse feito e da alta qualidade dos ‘concorrentes’ na competição”, expõe. De acordo com Cínthia, vencer o certame deu a sensação de dever cumprido. “Há muitos anos, meu pai, meu irmão e eu trabalhamos para termos essa qualidade nas lavouras. Essa vitória vem nos mostrar que escolhemos o caminho correto e que os esforços demandados até hoje foram recompensados. É um sonho que está se realizando”, comemora.

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Ela também celebra a participação feminina na cafeicultura e faz questão de recordar que muito crê no trabalho conjunto entre homens e mulheres. “As mulheres têm muito a acrescentar em qualquer área de atuação. Esse é mais um caso que comprova isso. Felizmente, o potencial feminino, hoje, é bem visto e aproveitado em grande parte do mundo. A inserção da mulher no mercado de trabalho, certamente, deixou-o mais bonito, agradável e competente”, pontua. Enquanto aguarda pelo leilão dos cafés vencedores do Cup of Excellence Late Harvest que ocorrerá, via internet, no dia 6 de março (esta matéria foi redigida antes do pregão), Cínthia acredita que ter vencido o certame e poder participar do pregão abrirá novas portas no mercado para seus cafés. “A oportunidade que o concurso nos traz é incalculável. A partir dele, muitos compradores – externos e internos – conhecerão nosso produto, que ficará visível para todo o mundo cafeeiro. Nossa qualidade será reconhecida pelos interessados e, certamente, isso trará muitos benefícios que serão convertidos em investimentos e melhorias da fazenda”, explica. A produtora destaca, ainda, a importância de iniciativas como o Cup of Excellence, que serve de alicerce para o desenvolvimento de várias ações que se concretizaram desde sua implantação. “Os cafés finalistas têm uma grande oportunidade ao serem mostrados e ofertados a todo o mundo de uma maneira extremamente competente, coisa que só quem sabe e se dedica muito é capaz de fazer. Devemos muito à BSCA pela organização, à Apex-Brasil pelo apoio, ao SEBRAE pelos investimentos e à Alliance for Coffee Excellence pela realização”, menciona. Cínthia finaliza recordando que vencer um concurso como esse gera uma enorme satisfação seguida de uma grande motivação em continuar e se aprofundar no universo dos cafés especiais. “Gostaria de dividir esse sentimento com cada colega cafeicultor, pois tivemos um ano (2013) muito difícil. Contudo, um provérbio português vem muito bem em momentos como este: ‘Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe’”, conclui. MG: Governo se reúne com agricultores para discutir enfrentamento à seca Agência Minas 30/04/2014 O governador Alberto Pinto Coelho se reuniu, nesta segunda-feira (28/04), no Palácio Tiradentes, com representantes do setor da agricultura em Minas Gerais para traçar medidas para conter os prejuízos causados pelo longo período de estiagem em todo o Estado. Durante o encontro, foram feitos encaminhamentos com relação a uma possível prorrogação do prazo para pagamento de empréstimo dos agricultores atingidos pela seca junto ao Banco do Brasil, o estudo para criação de uma linha de crédito específica pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), além do apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG) para agilizar, junto aos municípios, o andamento dos decretos de situação de emergência. Também foram discutidas questões como o pedido para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) forneça milho a preços mais competitivos para os municípios mineiros atingidos pela seca, além do pedido de que o governo federal trate, de forma diferenciada, o café de montanha de Minas Gerais, como já é feito com outras culturas agrícolas. De acordo com Boletim da Defesa Civil do Estado (Cedec), somente neste ano, 85 municípios decretaram situação de emergência em virtude da estiagem no Estado. Dentre os atingidos destacam-se municípios do Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e do Sul do Estado.

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Participaram do encontro com o governador o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Merlo; o presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Antônio Carlos Arantes; o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Matheus Cotta; o chefe do Gabinete Militar do Governador e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Alex Melo; o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões; o gerente de Mercadoda Superintendência do Banco do Brasil em Minas Gerais, Carlos Geovane Queiroz, o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, e o conselheiro do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Ivan Lemos. Minas e o agronegócio – Em 2013, Minas registrou um Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio recorde de R$ 147,4 bilhões. O crescimento foi de 4,5% em relação a 2012. O valor representa 12,9% do PIB do agronegócio brasileiro – a maior participação da última década. Em 2003, Minas participava com 9% na composição do PIB do agronegócio nacional. A estimativa para 2014 é que o agronegócio gere um valor semelhante ao de 2013. Já a estimativa para o PIB do agronegócio brasileiro previsto para 2014 é de R$ 1,13 trilhão. O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuário de Minas previsto para 2014 é de R$ 42,2 bilhões. Uma redução de 1,4% em relação a 2013. Esta redução é em função das perdas ocasionadas pela seca, principalmente nas culturas de café, milho, soja e feijão. Produção agropecuária – Minas possui o segundo maior rebanho bovino do país, com 23,9 milhões de cabeças e é o maior produtor de leite do país, com 8,9 bilhões de litros/ano, o equivalente a 27,7% da produção nacional. A produção de grãos em Minas na safra 2014 deve atingir 11,3 milhões de toneladas. Já a produção de cana-de-açúcar prevista é de 76,7 milhões de toneladas, sendo destinada ao setor sucroalcooleiro 50,4 milhões de toneladas. A atual safra mineira de café com 26,6 milhões de sacas representa 53% do volume nacional. O Valor Bruto da Produção de café, em Minas, deve alcançar em 2014 a soma de R$ 9,2 bilhões, cifra 13,6% superior à registrada no ano passado, segundo levantamento realizado em março pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Cooabriel (ES) se prepara para receber 1,2 milhão d e sacas em 2014 Agência Safras 30/04/2014 Cândida Schaedler

A safra de café conilon no Espírito Santo deve ser maior este ano, totalizando nove milhões de sacas, segundo projeções do presidente da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel), Antônio Joaquim Souza Neto. A cooperativa atua principalmente no norte e nordeste do Estado, mas possui

associados em todas as regiões capixabas e duas filiais no sul da Bahia.

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Com isso, Antônio espera receber 1,2 milhão de sacas de café este ano, em comparação as 860 mil sacas no ano passado. "A gente espera que novos sócios continuem entrando e que a colheita deste ano seja razoável", explica. A seca que atingiu o Espírito Santo em 2012 teve reflexos na safra de 2013, que Antônio definiu como "horrível". A quebra de produção nas lavouras ficou em torno de 25%, se agravando na Bahia, onde a média foi de 40%. Por isso, o número de sacas recebidas no ano passado foi pequeno comparado até ao número de 2012, que somou pouco mais de um milhão de sacas. Em relação à colheita deste ano, Antônio mostra-se otimista, mas mantém a cautela. De acordo com ele, devido ao café ser uma cultura longa, que demora a se recuperar de condições climáticas adversas, a produção será razoável, mas significativamente superior ao ano passado, tanto em qualidade como em tamanho. Colheita ainda é pequena - Segundo o presidente da Cooabriel, a colheita no Espírito Santo já começou, mas ainda é pequena. Ele diz que o grão precoce já está maduro nas lavouras, o que permite o início da colheita. Os outros dois - médio e tardio - ainda estão verdes e devem demorar um pouco mais para amadurecerem. Além disso, muitos agricultores plantam em carreira - não misturando mudas diferentes -, o que os permite apanharem a cereja com mais rapidez. "Quem tem café precoce já está colhendo. Mas também têm os apressadinhos, que apanham antes de amadurecer", revela. Contudo, pontua que a cooperativa busca conscientizar os associados a esperarem o grão ficar maduro, o que resulta em bebida de maior qualidade. Ainda não há índices porcentuais ou numéricos para acompanhar a colheita. O clima, segundo ele, está favorável até o momento. Os meses de abril a agosto costumam ser mais secos no Espírito Santo. Em janeiro e fevereiro, a chuva ficou um pouco abaixo da média no Estado, mas o déficit não foi muito sentido devido às precipitações em excesso durante novembro e dezembro, que superaram os 800 e 600 milímetros, respectivamente. O abuso de água foi ruim às lavouras porque o solo ficou encharcado, mas os dois primeiros meses deste ano conseguiram amenizar os estragos. Café: produção no Oeste da Bahia deve crescer 3% es te ano, informa AIBA Agência Estado 30/04/2014 A colheita de café no oeste da Bahia já está em andamento. A produção deve alcançar 435.350 sacas de 60 kg, o que corresponde a uma elevação de 3,17% em comparação com o ano passado, segundo dados da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Até o fim de maio a colheita deverá ser concluída. Com relevo plano e cortado por diversos rios, o oeste da Bahia tem 14.704 hectares plantados com café (arábica e conilon), em um sistema totalmente irrigado. A geografia também contribui para o desenvolvimento de uma colheita mecanização, o que dinamiza e barateia o processo. Em março, a qualidade do café do oeste baiano foi reconhecida na 23ª edição do Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para "Espresso". O produtor Glauber de Castro (Fazenda Café Rio Branco) ganhou na categoria Regional Norte Nordeste.

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Mercados mundiais se preparam para impacto do El Ni ño nas commodities Valor Econômico 30/04/2014 Por Alexandra Wexler | The Wall Street Journal

O fenômeno climático conhecido como El Niño deve voltar este ano, fato que ameaça elevar os preços dos alimentos e de outros produtos básicos, segundo investidores e

analistas. As temperaturas no Oceano Pacífico estão subindo, levando os meteorologistas do governo americano a prever uma chance de mais de 65% de um El Niño até o fim do ano. O El Niño ocorre quando os ventos no Pacífico equatorial arrefecem ou invertem a direção. Isso aquece a água do mar em uma vasta área e pode alterar os padrões climáticos em todo o mundo. Em 1997, um El Niño recorde causou fortes chuvas e deslizamentos na Califórnia e falta de água na Austrália. O El Niño é associado a fortes aumentos de preços em mercados tão diversos quanto níquel, café e soja, e os investidores, operadores e analistas de commodities estão se preparando para o impacto. O Société Générale SA criou recentemente um índice de commodities El Niño, a pedido de um cliente que deseja negociar com base nessa anomalia meteorológica. O El Niño ameaça ressurgir num momento em que as reservas mundiais de muitas matérias-primas já estão ficando escassas. Os investidores estão se abarrotando de contratos de futuros de commodities que devem subir de valor se as reservas mundiais de alimentos encolherem ainda mais. Gestores de fundos estão mantendo mais aplicações que apostam na subida dos papéis do que na queda em todos os 16 principais mercados de futuros agrícolas, segundo uma análise feita pelo The Wall Street Journal de dados monitorados pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos. A última vez que isso aconteceu foi em junho de 2011, quando os preços em muitos mercados de commodities estavam perto do seu ponto mais alto em décadas. Se um El Niño se formar, vai ser "muito estressante", diz Hector Galvan, estrategista de mercado sênior da corretora americana RJO Futures. "Vai ser só mais lenha na fogueira desses mercados." O El Niño pode afetar os mercados de commodities de maneiras surpreendentes. Embora as chuvas imprevisíveis sejam a característica principal do El Niño, os analistas do Société Générale descobriram que são as mineradoras, e não os agricultores que têm mais motivos para se preocupar. Desde 1991, os preços do níquel tiveram a maior alta, de 13,9%, durante os anos de El Niño, entre as 11 commodities monitoradas pelo índice do banco. O motivo: o El Niño causa tempo seco na Indonésia, o maior produtor mundial de níquel, que é usado para fortalecer o aço. Os equipamentos de mineração no país dependem muito de energia hidrelétrica; quanto menos chuva, menos níquel se pode produzir. "Pode-se ganhar muito dinheiro apostando na subida do níquel se tivermos um El Niño", diz Michael Haigh, diretor global de pesquisa de commodities no Société Générale. Os preços do níquel já saltaram este ano devido a novas restrições à exportação na Indonésia.

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O nome de El Niño, "menino" em espanhol, é uma referência ao menino Jesus, porque muitas vezes ele ocorre na época do Natal, embora os meteorologistas australianos prevejam que o próximo pode se formar logo em julho. Mais fenômenos climáticos extremos podem elevar ainda mais o preço das commodities, que já estão em alta, como café, açúcar e soja, pressionando o orçamento do consumidor e prejudicando a recuperação econômica nos países desenvolvidos. Os preços mais altos das commodities também podem provocar distúrbios nos países pobres que importam grande parte dos seus alimentos, dizem analistas. "Essas pressões climáticas, combinadas com o El Niño, podem criar uma combinação muito negativa", diz John Baffes, economista sênior do Banco Mundial. "Basicamente, se tivermos um ano de El Niño e os preços subirem demais, então com certeza veremos algumas agitações." Os preços mundiais dos alimentos, que pelas estimativas do início de 2014 ficariam basicamente estáveis este ano, podem facilmente subir 15% para níveis recordes, apenas três meses após um El Niño, diz Baffes, coautor do boletim trimestral de análise de commodities do Banco Mundial, divulgado quinta-feira. Baffes apontou a África do Norte e o Oriente Médio, regiões altamente dependentes da importação de grãos, como possíveis pontos de conflito. E acrescentou que a Índia, que normalmente tem menos chuvas na estação das monções nos anos de El Niño, também pode ser duramente atingida, já que o país consome quase todos os alimentos básicos, como arroz e trigo, que seus agricultores produzem. Os cafeicultores brasileiros, afetados pela seca, gostariam de receber as chuvas que o El Niño normalmente traz para a região, se elas viessem hoje. Mas em julho ou agosto, as chuvas só serviriam para atrasar a colheita, reduzindo ainda mais as reservas de grãos do café arábica, apreciados pelo sabor suave. O preço do arábica quase dobrou este ano devido aos temores de escassez. Os amantes do chocolate também podem ter motivo de preocupação. O El Niño reduz a produção de cacau em 2,4% em média, segundo a Organização Internacional do Cacau. Isso se somaria a uma escassez já esperada, que elevou os preços 8,7% este ano. Nem todos os efeitos do El Niño são negativos. O fenômeno tipicamente traz chuva para a Califórnia, que este ano foi devastada pela seca. Isso pode beneficiar culturas como limão, abacate e amêndoas. Os preços das três commodities, que não são negociadas em bolsa, tiveram forte alta nos EUA este ano. "Se os mercados estiverem mais preocupados com os padrões climáticos em todo o país [nos Estados Unidos] e em todo o mundo, isso vai acabar afetando os preços", diz Matt Forester, diretor de investimentos da CFG Asset Management, gestora americana, que administra uma carteira de US$ 335 milhões. Se o El Niño interromper a produção nas principais regiões de cultivo, ele pode dar impulso aos resultados de empresas especializadas na logística do comércio agrícola, diz Desmond Cheung, gerente do braço de investimento em ações do setor agrícola do fundo de US$ 441 milhões Commodity Strategies Fund, da BlackRock Inc. Isso inclui empresas como a Archer Daniels Midland Co., Bunge Ltd., Cargill Inc. e Louis Dreyfus Commodities BV. Leia mais em: http://www.valor.com.br/impresso/wall-street-journal-americas/mercados-mundiais-se-preparam-para-impacto-do-el-nino-nas-comm#ixzz30OE7kQjr

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Vietnã planeja replantar 95 milhões de pés de café, apertando oferta Agência Safras 30/04/2014

O Vietnã, maior produtor mundial de robusta, planeja replantar 95 milhões de árvores de café geriátricas no primeiro programa de substituição sistemática de plantas do país. O processo cortaria futuras exportações e apertaria ainda mais um mercado que a seca do Brasil já impulsionou recentemente.

A falta de chuvas no Brasil, que produz aproximadamente um terço de todo o café mundial - e mais da metade dos grãos arábica, usados para fazer bebidas gourmet e de maior qualidade - diminuiu o tamanho da safra deste e, provavelmente, do próximo ano. Agora, o Vietnã também projeta uma grande queda na próxima colheita e nas colheitas posteriores, porque as plantações de mais idade e o clima seco podem diminuir o rendimento das lavouras. Adicionando ainda mais incertezas à oferta, o fenômeno climático El Niño tem potencial para erodir ainda mais os suprimentos no Vietnã e na Indonésia - assim como no Brasil. A produção de robusta do Vietnã no ciclo 2014/15, que começa em outubro, deve ficar entre 15% e 20% abaixo da safra atual, estimada em 1,3 milhão de toneladas. As exportações na safra atual, por sua vez, devem ficar abaixo do ano-safra 2012/13. O secretário geral da Associação de Cacau e Café do Vietnã (Vicofa, na sigla em inglês), Nguyen Viet Vinh, disse que o país deve passar por um processo em longo prazo de substituição de plantas velhas, o que, combinado com o clima seco atual, vai prejudicar a safra cafeeira. O país asiático exporta aproximadamente 90% dos grãos que produz, e os estoques menores podem formar "buracos" de longo prazo na oferta mundial. O Vietnã já exportou 1,1 milhão de toneladas de café da temporada atual, restando uma quantidade pequena para embarcar - estimada em torno de 200.000 toneladas. As informações são de agências internacionais. Produção de café da América Central e do México dev em sofrer perdas severas Notícias Agrícolas 30/04/2014 Fernanda Bellei De acordo com o relatório de abril da Marex Spectron, corretora de commodities baseada em Londres, a nova safra de café da América Central e México deverá ser baixa. A previsão de produção para a região feita pela Marex é de 14 milhões de sacas, depois de uma redução de 1,9 milhões de sacas. Doenças fúngicas como a ferrugem continuam prejudicando a produtividade dos cafezais da região. “Isso representa uma redução de 3,4 milhões de sacas em comparação com a safra de 2012/13. Além disso, os estoques de passagens da última safra estão praticamente vazios”, informa o relatório. “Aparentemente, El Salvador e Guatemala foram os países mais severamente atingidos, sofrendo reduções de 30% e 25%, respectivamente”. As exportações da região no ano passado foram beneficiadas por estoques de passagem cheios, mas este ano, a Marex Spectron prevê que as exportações fiquem reduzidas em pelo menos 4 milhões de sacas, ao longo do ano. Os atuais preços altos pagos pelo café estimulam mais investimentos em fertilizantes e pesticidas, porém, segundo o relatório, “é pouco provável que a produção da América Central fique livre da ferrugem na safra 2014/15” e ressalta. “Não devemos esquecer que boa parte da safra já foi vendida antes das altas do café no mercado futuro, o que significa que muitos produtores poderão não ter mais dinheiro para investir na nova safra”.

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Doenças do café – De acordo com José Braz Matiello, pesquisador da Fundação Procafé, os cafezais da América Central têm diversos fatores que a faz mais suscetível a doenças. “As condições são muito favoráveis. O clima é quente e úmido, o pessoal planta o café adensado, com sombra, estão dá muita condição para o fungo se desenvolver. As variedades também são muito suscetíveis, pois eles plantam muito Caturra e Bourbon”. Nos últimos dois anos, segundo Matiello, a incidência de doenças cresceu na região. No ano passado, de acordo com estimativas da OIC (Organização Internacional do Café), mais de 400 mil trabalhadores perderam seus empregos, foram afetados pela crise no setor cafeeiro na região. Colômbia e Peru – Os embarques de café da Colômbia continuam firmes e devem “cobrir o buraco” deixado pelos outros países da América Central. Porém, a produção do país pode não ser suficiente para atender a demanda, segundo o relatório. “Com quase 6 milhões de sacas já exportadas nos últimos seis meses, entre outubro e março, e com a forte demanda para atender os mercados da América Central, a questão é: quanto mais a Colômbia poderá fornecer?”. A Marex Spectron informa ainda que a região tem “pouco café nas mãos dos produtores” e as exportações da região devem ser pequenas nos próximos seis meses. A florada na Colômbia está com boa aparência e a expectativa é que a produção anual suba no país. Para a safra 2014/14, a expectativa é que a produção do país seja de 11 milhões de sacas, o que sugere que as exportações do país fiquem em média 1 milhão de sacas por mês no último trimestre de 2014. Para o Peru, onde a incidência de ferrugem é mais grave, a produção também deve ser reduzida para 3,9 milhões de sacas. El Niño – Se o fenômeno El Niño atingir a região com a força que teve em 1997, ele poderá reduzir ainda mais a produção de café na Colômbia, Brasil e América Central, além da Indonésia e do Vietnã. Já se prevê um déficit de produção na safra 2014/15 e na 2015/16, o que deverá ser intensificado pelos estoques baixos. Os preços, neste cenário, devem ficar ainda mais altos. Café: exportação de robusta de Camarões cai 24% no acumulado da safra 2013/14 Agência Estado 30/04/2014 Renato Oselame, especial para a Agência Estado, com informações da Dow Jones As exportações de café robusta por Camarões durante o primeiro trimestre do ano-safra 2013/2014 caíram 23,89%, para 790 toneladas de dezembro de 2013 a fevereiro de 2014, ante 1.038 toneladas embarcadas no mesmo período do ano-safra anterior, informou o Conselho Nacional de Café e Cacau do país. Segundo a entidade, somente em fevereiro deste ano, o país exportou 194 toneladas da commodity, contra as 390 toneladas do mesmo mês de 2013. A redução nos embarques é explicada pelo pouco interesse de venda dos produtores, que têm optado por negociar outros produtos, com preços mais remuneradores. A colheita do café robusta no ano-safra 2012/2013 foi de 16.175 toneladas, ante 36.641 toneladas no período 2011/2012. Café: exportações de Burundi despencam 59% em 2013/ 14 Agência Safras 30/04/2014

As exportações de café de Burundi na temporada 2013/14 caíram 59% em comparação ao mesmo período do ano passado. A notícia é um grande revés para a nação africana, que depende quase totalmente dos embarques do grão para obter receita estrangeira.

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Os embarques caíram para 9.800 toneladas, ante 24.000 no ciclo anterior, devido a rendimentos menores do que os esperados nas lavouras. A receita despencou para US$ 24 milhões, em relação a US$ 66 milhões em 2012/13, devido à redução nos volumes exportados. A indústria atribuiu a oferta apertada aos pobres métodos de agricultura, à seca e à negligência nas plantações de café do país, por conta de agricultores desmotivados com anos de preços domésticos voláteis. As projeções para a safra 2014/15, porém, já são mais otimistas: a produção deve se recuperar e atingir 14.000 de toneladas devido ao ciclo natural das colheitas. Burundi é um pequeno produtor de café até mesmo para os padrões africanos, mas os grãos do país são muito populares nos mercados especiais, sobretudo nos Estados Unidos e na União Europeia. As informações são de agências internacionais. (CS) Adido do USDA estima safra 2014/15 de café do Equad or em 415 mil sacas Agência Safras 30/04/2014 A produção de café total no Equador em 2014/15 (abril/março) deverá ficar em 415 mil sacas de 60

quilos, tendo aumento de 2,5% contra a safra 2013/14, que teve a estimativa reduzida de 575 para 405 mil sacas em relação ao último número oficial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A previsão é do adido do USDA. A safra 2013/14 foi revisada para baixo devido ainda aos efeitos da ferrugem na região.

A safra de arábica deverá ser de 252.000 sacas em 2014/15 (contra 245 mil sacas em 2013/14), enquanto a de robusta deve ser de 163 mil sacas (160 mil sacas em 2013/14). Para o adido do USDA, o consumo no país em 2014/15 deverá ser de 267.000 sacas, com aumento de 0,7% contra as 265 mil sacas de 2013/14. As exportações totais do Equador estão estimadas em 1,405 milhão de sacas em 2014/15, 4,5% a mais que em 2013/14 (1,344 milhão de sacas), envolvendo cafés solúveis e instantâneos e em grãos. Houve uma grande revisão para baixo na estimativa das exportações do país pelo adido em relação ao relatório oficial do USDA, já que antes o Departamento trabalhava com embarques de 1,750 milhão de sacas. Isso se explica pela quebra da produção com a ferrugem. A estimativa de importação do Equador em 2014/15 é de 1,235 milhão de sacas, 4,7% a mais que em 2013/14 (1,180 milhão de sacas). Os estoques finais do Equador em 2014/15 estão projetados pelo adido em 118 mil sacas, contra 140 mil sacas em 2013/14. (LC)