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Decisão nº 973 psdb x erika tereza coitinho affonso

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Page 1: Decisão nº 973   psdb x erika tereza coitinho affonso

10/02/2016 inter03.tse.jus.br/sadpPush/RecuperaArquivo.do?sqImagemDoc=4685712

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"DECISÃO Nº 973              RELATOR: JUIZ ANDRÉ LEMOS JORGE PETIÇÃO Nº 1098‐66.2015.6.26.0000 REQUERENTE(S):  PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA ‐ PSDB DE BANANAL   REQUERIDO(S):   ERIKA TEREZA COITINHO AFFONSO    PROCEDÊNCIA: BANANAL‐SP Vistos. Trata‐se de ação de decretação de perda de cargo eletivo por desfiliação partidária interposta pelo PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA ‐ PSDB de Bananal em face de ERIKA TEREZA COITINHO AFFONSO, com fundamento na Resolução TSE nº 22.610/2007. O requerente sustenta que a requerida, vereadora eleita, em 2012, pelo PSDB, sem justa causa, desfiliou‐se do aludido partido em 16/10/2015. Diante disso, requer liminarmente o afastamento da requerida da condição de vereadora. Ao final, requer a perda de seu mandato de vereadora em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa (fls. 02/12). A liminar foi indeferida às fls. 33/35. Devidamente intimada, a requerida apresentou defesa e documentos às fls. 51/115. Afirma, em síntese, que nunca se desfiliou do PSDB e em momento algum se filiou ao PROS, motivos pelos quais requer a improcedência da presente ação. A douta Procuradoria Regional Eleitoral suscitou que a ação foi proposta intempestivamente, razão pela qual opina pela declaração de decadência do direito de ação (fls. 117/118). Informação prestada pelo MM. Juiz da 18ª Zona Eleitoral de Bananal/SP juntada às fls. 127/130. A requerida apresenta petição para adequar o número de testemunhas arroladas (fl. 133). É o relatório. Inicialmente, importante observar que o procedimento previsto na Resolução nº 22.610 do c. Tribunal Superior Eleitoral estabelece, nos termos de seu artigo 1º, a legitimidade do partido político interessado para veicular pedido de decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa. Com efeito, a desfiliação partidária, de que trata o referido artigo, constitui um pressuposto indispensável para a propositura desta ação. No caso, do exame dos documentos colacionados aos autos, constata‐se que não existiu pedido de desfiliação da requerida do quadro de filiados do PSDB. Assim, verifica‐se que a impossibilidade jurídica do pedido, eis que ausente, na situação em comento, a viabilidade jurídica da pretensão deduzida pela parte em face do direito positivo em vigor. O MM. Juiz da 18ª Zona Eleitoral de Bananal/SP informou que "não foi protocolizado nesta unidade eleitoral nenhum pedido de desfiliação ao Partido da Social Democracia Brasileira ‐ PSDB formulado pela vereadora Erika Tereza Coitinho Affonso" (fl. 127). De igual modo, o Partido da Social Democracia Brasileira ‐ PSDB apresentou petição, nos autos do pedido de reversão de desfiliação proposta pela ora requerida perante o MM. Juízo "a quo", informando que "não há em nossos registros qualquer pedido formal de desfiliação oposto por Érica Tereza Coitinho Affonso" (fl. 128). Por sua vez, o Partido Republicano da Ordem Social ‐ PROS protocolou petição perante o MM. Juízo da 18ª Zona Eleitoral de Bananal/SP, informando que "em momento algum, foi acordado com a Vereadora Erika, que sua filiação seria efetivada na nossa agremiação PROS, mas por um descuido interno, equivocadamente, a filiação foi submetida ao Tribunal Eleitoral, sendo certo que a submissão foi feita indevidamente" e, ao final, "requer o cancelamento da filiação da Vereadora Erika Tereza Coitinho Affonso, Título de Eleitor n. 160938370167 feita equivocadamente pela Legenda PROS dos sistemas do TSE" (fl. 102). Deste modo, os documentos supramencionados corroboram a alegação da requerida no sentido de que "nunca ter se desfiliado do partido de origem, pois nunca procurou o representante do PSDB local para que este desse ciência em documento de pedido de desfiliação como é de praxe e recomenda a Lei, e também nunca se filiou no PROS" (fl. 57). Patente, portanto, que a pretensão do partido requerente de reivindicação da vaga não encontra respaldo jurídico. Diante do exposto, com fundamento no art. 54, do Regimento Interno deste e. Tribunal Regional Eleitoral, monocraticamente, julgo extinto o feito, sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 267, VI, do Código de Processo Civil. P.I., passado o trânsito em julgado, arquive‐se.  São Paulo, 19 JAN 2016. (a) André Lemos Jorge ‐ Relator"