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Eficiência e produtividade do setor público: o caso da saúde Fabiana Rocha IV Seminário de Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto, Porto Alegre, 05 e 06 de dezembro de 2011

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IV Seminário de Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto, Porto Alegre, 05 e 06 de dezembro de 2011

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Eficiência e produtividade do setor público: o caso da saúde

Fabiana Rocha

IV Seminário de Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto, Porto Alegre, 05 e 06 de

dezembro de 2011

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Financiamento da saúde

Médici (2011):

1)Não existem grandes discrepâncias entre o Brasil e outros países quanto a magnitude do gasto per capita em saúde e do gasto público per capita em saúde, considerando-se os níveis de renda per capita.

2) Não existem diferenças também com relação aos resultados alcançados (medidos pelo número médio de anos vividos em boas condições de saúde) dado o nível de gasto com saúde.

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Diagnóstico de parte do governo e da sociedade: gasta-se pouco em saúde. Necessidade de ampliar o gasto público a fim de garantir um sistema universal de saúde adequado.

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Histórico

• Financiamento do SUS com base no OSS

• Começo dos anos 90: uma das propostas consistia na especialização das fontes de financiamento

Previdência Social - contribuição sobre a folha de salários

Assistência social – contribuição para o investimento social

Saúde – contribuição sobre o lucro líquido

• Na prática não funcionou: gastos com a previdência deixavam a saúde sem recursos.

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Histórico

• 1993: criação do IPMF fez com que o setor saúde passasse a ter uma fonte mais estável de financiamento.

• 1996: a CPMF passa a ser a principal fonte de recursos para a saúde.

Em 2002: os gastos federais tiveram como fontes de recursos a CPMF (41%), a CSLL (26%), a COFINS (15%) e outras fontes orçamentárias (18%).

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Histórico

• 2007: extinção da CPMF.

• Aumento das alíquotas do IOF e da CSLL mais desempenho da economia fizeram com que a alocação de recursos para a saúde em 2008 fosse maior do que em 2007.

• Problema atual: regulamentação da Emenda Constitucional no. 29

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Eficiência

• Solução não passa pelo aumento de recursos públicos para a saúde.

• Necessidade de garantir que os recursos existentes sejam gastos de forma eficiente.

• Alcançar os mesmos resultados com níveis mais baixos de gasto ou aumentar o valor do dinheiro (melhores resultados com o mesmo nível de gasto).

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Importância

• Mensurar o tamanho do desperdício e dimensionar o impacto em termos de alívio de restrição orçamentária que uma melhora na gestão pode trazer. Possibilidade de atender as demandas na área sem que haja acréscimo na carga tributária.

• Conhecer os determinantes da ineficiência é fundamental para fornecer conselhos de política, em particular em áreas específicas.

• Alterações no modelo de federalismo fiscal de modo a melhorar a gestão e a responsabilidade fiscal.

Conceder transferências adicionais a municípios mais eficientes (Mendes et alli., 2009).

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Exemplo

Miranda (2006): avalia o desperdício na execução

orçamentária dos municípios brasileiros Tomando o setor público como um todo, é estimado um desperdício de 50,6 bilhões de reais quando o modelo com retornos constantes de escala é considerado, o que representa impressionantes 70,5% da despesa orçamentária, e de 34 bilhões quando o modelo com retornos de escala variáveis é avaliado.

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Eficiência e efetividade

• Eficiência: relaciona insumos e produtos.

• Efetividade: relaciona o insumo ou o produto aos objetivos finais a serem alcançados (resultado). Mostra o sucesso no uso de recursos em alcançar o objetivo fixado.

• Dificuldade de isolar.

• Influência de fatores ambientais.

• Ausência de uma relação insumo-produto clara.

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Insumo Eficiência Produto Efetividade Resultado

Fatores ambientais

Recursos monetários e não monetários

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Insumos

• Monetários e não monetários (físicos).

• Difícil obter informação sobre todos os custos de insumos, particularmente num nível desagregado.

• Custos indiretos e aumento da taxação associadas com um aumento nos gastos públicos.

• Alternativa majoritariamente escolhida: considerar o gasto público alocado à produção de um serviço público particular (saúde, educação,infra-estrutura) como insumo.

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Produtos

• O valor de mercado não é conhecido.

• Usar indicadores de desempenho.

• O monitoramento do desempenho das atividades do setor público tem melhorado os dados de produto.

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Evidência empírica

Dois grupos:

1) Perspectiva global, levando em conta que os governos locais oferecem uma ampla variedade de serviços.

Afonso et al. (2005): Desempenho do setor público como um todo: administração (corrupção, burocracia, qualidade do judiciário e economia subterrânea), educação ( número de matrículas e resultados em exames), saúde (mortalidade infantil e expectativa de vida), etc...

2) Avaliação da eficiência na provisão de um serviço específico.

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Indicadores compostos

• Em geral são sub-produtos da mensuração de ineficiência.

• A escolha de sub-indicadores é altamente subjetiva.

• A decisão sobre a ponderação de cada sub-indicador não é tarefa simples.

Alternativa: dar pesos alternativos aos sub-indicadores e verificar a sensibilidade dos resultados.

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Mensuração

• Índices e indicadores de desempenho

Inglaterra avalia mudanças na produtividade do seu setor público com base em indicadores calculados como a razão entre o produto real e o insumo real.

Útil para medir mudanças na produtividade ao longo do tempo, mas não inclui informação sobre os melhores resultados possíveis que são o ponto central da análise de eficiência.

• Conceito de fronteira eficiente (fronteira de possibilidade de produção).

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Premissa teórica

• Função de produção, função custo ou função lucro representam um ideal, a quantidade máxima de produto possível de ser obtida dado um conjunto de insumos, o custo mínimo de produzir aquele produto dados os preços dos insumos ou o máximo de lucro capaz de ser obtido dados os insumos, os produtos e os preços dos insumos.

• Preocupação não é com a média mas com a “melhor prática”.

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Premissa teórica

• Estimação de fronteiras: exercício de tornar a implementação empírica consistente com a proposição teórica de que nenhum agente observado pode exceder o ideal, ou seja, todas as observações devem se situar dentro do extremo teórico.

• Mensuração de (in)eficiência: estimação empírica da extensão pela qual os agentes falham em alcançar o ideal teórico.

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Técnicas para calcular ou estimar o formato da fronteira de eficiência

Não paramétricas ou paramétricas

Principal diferença: as fronteiras paramétricas requerem a definição ex-ante da forma funcional da fronteira de eficiência.

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Abordagem não paramétrica

• Constrói uma fronteira eficiente usando dados de insumo/produto para determinada amostra usando um método de programação matemática.

• Vantagens: transparência e facilidade de lidar com múltiplos produtos. Não requer hipóteses sobre a forma funcional específica da função de produção.

• Desvantagens: resultados tendem a depender muito da composição e do tamanho da amostra, assim como da escolha das variáveis de insumo e produto. Tende a ser sensível a erros de medida e outliers. Qualquer desvio de uma observação da fronteira deve ser atribuído a ineficiência.Não há espaço para ruído estatístico ou erro de medida no modelo.Problema é ampliado pela ausência de um conjunto definido de propriedades estatísticas.

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Free Disposable Hull - FDH

• Particularmente adequada para detectar os casos mais óbvios de ineficiência na medida em que não é muito demandante com relação à mensuração de ineficiência. Para cada município classificado como ineficiente, pelo menos um outro município com desempenho superior pode ser achado na amostra.

• Efficiency by default: ordenamento de eficiência não resulta de uma superioridade efetiva mas de falta de informação para que comparações pertinentes sejam realizadas.

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Data Envelopment Analysis - DEA

• Uso de programação linear para construir uma envoltória em torno dos dados.

• Baseado fundamentalmente na comparação dos produtores observados uns com os outros.

• Necessário assumir a convexidade das combinações insumo-produto uma vez que o método constrói um envelope em torno das combinações observadas.

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FDH X DEA

O método DEA tende a atribuir eficiência a menos países do que o método FDH.

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Modelos de fronteira estocástica

• Desvios da fronteira podem não estar completamente sob o controle da “firma” sendo estudada.

• Objetivo último é construir uma estimativa para a ineficiência.

• O foco primário, então, não é a função de produção. O interesse aparece somente na medida em que uma especificação particular (Cobb-Douglas ou translog) impõem restrições sobre aspectos técnicos da produção que podem distorcer as medidas de eficiência.

• Modelos Cobb-Douglas e translog dominam a literatura aplicada de fronteiras estocásticas e a estimação econométrica de ineficiência.

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DEA e modelos de fronteira estocástica

• Evidência mista sobre as diferenças entre as estimativas de ineficiência obtidas com os dois métodos.

• O fato de que as duas técnicas não produzem o mesmo quadro de ineficiência impõe um dilema para os formuladores de política e coloca dúvida ambos os métodos.

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Como incorporar influências exógenas?

• Influências exógenas: fatores que afetam a habilidade das unidades produtoras de transformar insumos em produtos, mas que não são nem insumos nem produtos.

• Alternativas:

1) Fronteira estocástica (abordagem de um estágio)

2) Abordagem em dois passos: no primeiro estágio escores de eficiência são estimados e no segundo estágio esses escores de eficiência são regredidos nas influências exógenas.

3) Abordagem em três estágios

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Dificuldade

• Influências exógenas podem afetar tanto a tecnologia usada para converter insumos em produtos quanto a eficiência com que insumos são convertidos em produtos.

• Decisão de que variáveis devem ser incluídas no primeiro estágio e quais devem ser incluídas no segundo estágio é difícil e feita caso a caso.

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Economias de escala na oferta de serviços públicos de saúde: um estudo para os

municípios paulistas

Mattos, E., Rocha, F., Novaes, L., Arvate, P.,Orellano, V. (2009) , Economia, vol. 10, número 2, maio/agosto

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Economias de escala na oferta de serviços públicos de saúde: um estudo para os municípios paulistas

Motivação:

Literatura de federalismo fiscal

Bens e serviços públicos devem ser ofertados pelo nível de governo mais próximo da população.

Questão: oferta pulverizada pode levar a significativas perdas de escala.

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Dados

• 610 municípios paulistas (95% do total) em 2005.

• FDH

• Indicadores de produto

1) Acesso à rede pública de saúde (acesso ao sistema de saúde): Razão entre os residentes mortos em hospitais ou outro estabelecimento de saúde, dividido pelos óbitos gerais da população municipal, dentro ou fora do sistema.

2) Serviços de prevenção (doenças infecciosas): Número de internações per capita devido a doenças infecciosas por local de residência.

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Estatísticas descritivas

• Acesso ao sistema de saúde em São Paulo é superior ao resto do Brasil. Em média 80% dos óbitos no estado ocorrem em hospitais ou outras unidades de saúde. Para o Brasil 69%.

• Diferença entre médias entre 1995 e 2005 ascendente tanto para o estado como para o país.

• Taxas de internação por doenças infecciosas em SP inferiores ao restante do país, embora a diferença venha diminuindo marginalmente nos últimos anos.

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Análise dos escores de eficiência

• Regiões administrativas

• PIB per capita municipal

• Classes de tamanho da população

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Regiões Administrativas

• Escore do acesso ao sistema de saúde: variação pequena entre as regiões, variando entre 30% (Araçatuba) e 10% (grande SP).

• Internação por doenças infecciosas: desempenho ruim de todas as regiões. Araçatuba, Presidente Prudente, Barretos e São José do Rio Preto ineficiência superior a 90%. Grande SP: ineficiência de 36%.

• Indicador médio: mais eficientes: grande SP, Registro e São José dos Campos; mais ineficientes: Araçatuba, Barretos e Presidente Prudente.

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Regiões Administrativas

• Acesso ao sistema de saúde apresenta baixa ineficiência média, mas com grande variância entre as RAs

• Doenças infecciosas: desempenho médio ruim em todas as RAs

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PIB per capita municipal e população

• Maior eficiência em acesso no terceiro quartil de renda. Maior eficiência em prevenção de doenças infecciosas no primeiro quartil (mais pobre).

• Em geral, municípios mais populosos apresentam escores mais elevados. Municípios pequenos, principalmente aqueles com menos de 5.000 habitantes, apresentam baixo grau de eficiência nos gastos com saúde.

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Análise econométrica

Abordagem de dois estágios: estimação dos escores de eficiência (FDH) e utilização dos escores num segundo estágio como variável dependente.

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Interesse

• Se um município, por ter um número maior de habitantes (maior escala nos serviços de saúde) apresenta maior eficiência.

• Logaritmo da população, concentração populacional e grau de urbanização.

• Sete grupos de controle (demografia, renda, saneamento e vacinação, educação, violência, clima e ideologia do partido do prefeito).

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Resultados

• Um maior número de pessoas no município acarreta um aumento na eficiência em saúde.

• Maioria das variáveis de controle que apresentou efeito significativo tem o sinal esperado.

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Conclusões

• Municípios maiores têm menor despesa per capita com saúde e, ao mesmo tempo, oferecem melhores condições de acesso ao sistema de saúde para seus habitantes.

• Descentralização na gestão pública de saúde pode levar à perda de eficiência na oferta de serviços de saúde, aumentando os gastos sem melhorar a qualidade.

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Problemas

• Perda na escala de produção.

• Duplicação ou multiplicação das redes de prestação de serviços.

• Tendência à criação de serviços para os quais não haverá demanda suficiente.