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FERNANDO NOBRE MÉDICO, HUMANISTA E POLÍTICO (Ensaios) José Jorge Peralta São Paulo/Julho-2011 Paradigmas e Trajetórias Do Homem que Abalou A Política de Portugal Uma História que não Acabou

Fernando nobre médico humanista e político1a

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FERNANDO

NOBRE

MÉDICO, HUMANISTA E POLÍTICO (Ensaios)

José Jorge Peralta São Paulo/Julho-2011

Paradigmas e Trajetórias Do Homem que Abalou A Política de Portugal Uma História que não Acabou

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FERNANDO

NOBRE

MÉDICO, HUMANISTA E POLÍTICO (Ensaios)

José Jorge Peralta São Paulo/Julho-2011

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APRESENTAÇÃO FAZER POLÍTICA COM

CIDADANIA

“Tudo vale a Pena Se a alma não é Pequena”

Fernando Pessoa

1. Penso que a figura de Fernando Nobre é algo de novo e promissor, em nosso meio político, depois de tanto mesmo do mesmo e de tanta aldrabice. Sua chegada inaugurou um novo tempo, há muito esperado.

Fernando Nobre foi o candidato da Esperança. Continua a ser. A luta continua!

O País deu às boas-vindas a Nobre.

Nobre não foi uma voz que ecoou no deserto. Não foi não! Foi uma voz que o país ouviu com muita atenção. Amigos e inimigos o ouviram com atenção. Uns para somarem e outros para tentarem subtrair...

Para muitos, a voz de Nobre soou como uma nova canção ou como um grito de solidariedade, justiça, de prosperidade e de paz.

Como Camões, ele bem sabia que ficou com a lira “destemperada e a voz enrouquecida, não do canto, mas de ver que veio cantar a gente surda e endurecida”. Mas os surdos ouvem e os mudos falam e os cegos vêem. Na vida, tudo pode mudar. Mas não é fácil. O caminho é pedregoso.

Como muitos ouviram Camões, e a sua altissonante e altiva epopeia foi publicada e lida, sofregamente, por muitos, como força motriz dos mais altos valores da Pátria, mantendo-a viva e ousada, também a voz de Nobre será multiplicada e pelos melhores ouvida, até alcançar seu grande objetivo: a restauração da dignidade nacional.

Esta, hoje, não é a bandeira só de Nobre. É a nova bandeira de todos os cidadãos conscientes e responsáveis. É a bandeira da maioria absoluta dos seus compatriotas.

Adversários?! Sim, talvez uns 2,5 milhões de patrícios, que, de tanto gritarem, fazem crer que são uma extensa legião. Mas o grito não convence. O que convence são os feitos e as atitudes, com ideias sustentáveis.

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2. Até que seja vencida essa estranha barreira contra a razão, construída em anos de desmandos e de despersonalização das genuínas forças matriciais da nação, temos muito que fazer. Há muitos mitos a desmascarar. A mente de muitos foi embotada e condicionada. Precisa ser libertada.

O fascismo nos impõem certas ideias e atitudes, sem que de sua sordidez nos apercebamos.

Os adeptos e responsáveis por nossa situação catastrófica são os inimigos de Nobre. Fique atento! Olhe, ouça, fale e faça algo por seu país.

Hoje muitos gritam sem razão. Há uma gritaria estéril na blogosfera. Há um terrorismo verbal a solta. É natural. É a desforra dos perdedores e das salamandras. A gente sensata observa, calada. Logo a tempestade passará e a razão retomará o seu lugar. É só esperar, mas atentos, sem pestanejar.

“Dormientibus non succurrit jus”, diziam os romanos. (A Justiça não socorre os dorminhocos).

Enquanto isto, muitos assumiram a ideologia dos quatro macaquinhos: “não vejo, não ouço, não falo e nada faço”.

Estão de volta os Velhos do Restelo. Mas, cuidado, o Velho do Restelo tinha razões. Toda a moeda tem duas faces... Os gritos atuais são dos velhos do rastelo, buscando o tacho. O Velho do Restelo tinha muita dignidade.

Está na hora de virar esta página decadente. Está na hora de superar os equívocos que ameaçam a nossa sociedade há alguns anos.

Está na hora de falar. Nosso silêncio pode ser interpretado como medo ou covardia.

3. Aqui tento esboçar um breve

perfil de Fernando Nobre. Simples esboço.

Todos sabemos que Nobre está muitos anos à frente das críticas, algumas malucas, que alguns lhe fazem. Mas sabemos que muitos dos que hoje gritam, de fato estão com Nobre.

São os que gritam contra as forças que Nobre ajudou a derrubar do poder, mas que continuam, por fora, escavando armadilhas para retomarem o tacho, se possível, sem trabalhar. Quer restaurar o circo!

Sem novidade, pois já é quase um vício nacional, o repúdio aos

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nossos melhores e mais dedicados patrícios.

“Se a pátria foi ingrata, fez o que costuma fazer”, (diz Vieira)

A maioria silenciosa é mais poderosa do que os ativistas sedentos das sombras e das benesses do poder, para se garantirem às custas da Nação.

4. Nobre mostrou a todos que o

país tem saída, mas precisa mudar de rumo. Mudar para ficar como está não é mudar!

Os desiludidos e os entreguistas precisam despertar para os novos ares sem derrotismos inócuos, ou terrorismos verbais.

Nobre começou a mudar o quadro de referências mentais do povo português, rumo a um país mais livre, mais justo, mais consciente, com prosperidade, paz e soberania. Um país trabalhador, alegre, ousado, livre e feliz. Um povo senhor do seu nariz.

Nos ensaios deste opúsculo,

apresento um esboço dos paradigmas e trajetórias deste homem que, com suas ideias claras e inovadoras e com seu testemunho de vida, conseguiu oxigenar

o cenário político do país, e abrir caminho à nação, para novas conquistas. Quem fica parado é o poste.

O grande chamamento da hora presente:

Cada um faça a sua parte! Ninguém se omita! Saibamos ver,

ouvir e falar, com discernimento. Portugal é um país de todos,

soberano e altivo! Com trabalho e ousadia,

venceremos a crise social, econômica e educacional que nos aflige. Mas não demos mais espaço para as sanguessugas.

5. Dêmo-nos as mãos, na

conquista de novos rumos para o nosso país. Olhe em torno de si. Verá que está bem acompanhado.

Os que muito gritam não dizem nada! O grito atroa, mas não convence.

Depois de tantos anos de um governo perdulário, ninguém mais tem medo de grito. Quem tem medo de bicho papão?! Espantalho não espanta nem os pardais! Ninguém se deixe iludir, com conversa fiada.

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Nobre é a voz e a vez dos muitos que não têm voz nem vez, em seu próprio país.

Nobre é uma voz que ninguém calará. É a voz da nação, buscando se reafirmar. Façamos como o galo da madrugada: um solta a voz e todos soltam a voz, enchendo a madrugada solidária, tecendo a manhã.

Precisamos passar o país a limpo, para podermos superar a inércia em que foi confinado por longos anos. Precisamos passar adiante dessa página decadente, em que quiseram paralisar o país.

Agora mãos à obra. Cada um faça a sua parte. Se cada um cuidar de sua

testada, a rua toda estará bem cuidada e o país pode ser novamente chamado “Jardim da Europa, à beira-mar plantado”.

Que este opúsculo possa ajudar a

despertar novas ideias e a despertar novas frentes, com pessoas sérias, dedicadas, competentes e conscientes. Sós pouco podemos. Juntos tudo alcançaremos.

Ouçamos a indagação de Fernando Pessoa:

“Valeu a pena? Tudo vale a pena Se alma não é pequena”

O Autor São Paulo, 21 de Julho de 2011

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Ensaio - 01

PERFIL DE UM HOMEM OUSADO

- Estudo Introdutório –

I – INOVAÇÃO E RUPTURA II – NOVOS PARADIGMAS UMA

PRESENÇA INDELÉVEL

Ensaio - 02

FERNANDO NOBRE E O NOVO CIVISMO

- Perfil de um Empreendedor –

I - DINAMISMO DA NOVA POLÍTICA II - A ESPERA DE UMA NOVA

PRIMAVERA III - SURGE UM LÍDER DE

CREDIBILIDADE IV - NOVA POLÍTICA - NOVO CIVISMO

Ensaio - 03

FERNANDO NOBRE REAFIRMA SEU COMPROMISSO COM O PAÍS

I - NOVOS ARES, NOVOS MARES II - NOVAS BANDEIRAS HASTEADAS III - NOVA VIDA. NOVOS DESAFIOS

Ensaio - 04

UM TACHO MAIOR PARA O POVO ESQUECIDO

I - COMPARTILHAR UMA POLÍTICA

DE COMPROMISSO II - NOVA GERAÇÃO DE POLÍTICOS –

NOVO TEMPO

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Ensaio - 05

FERNANDO NOBRE

PERSPECTIVAS E PARADOXOS DE UMA TRAJETÓRIA

I - ABERTURAS E PERCALÇOS DE

UM MUNDO DESCONCERTADO II – PARADOXOS DA CONDIÇÃO

HUMANA III - VALORES SUCATEADOS IV - INSTAURAR O DIÁLOGO

NACIONAL V - A GRANDE FORÇA DAS IDEIAS

APÊNDICE

Carta Renúncia

NOBRE RENUNCIA AO MANDATO DE

DEPUTADO Inconformado Com Atitudes

Incongruentes de Alguns Para Melhor Atender aos Novos Desafios

Ensaio - 01

PERFIL DE UM HOMEM OUSADO

- Estudo Introdutório –

I – INOVAÇÃO E RUPTURA II – NOVOS PARADIGMAS UMA

PRESENÇA INDELÉVEL

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FERNANDO NOBRE MÉDICO, HUMANISTA E

POLÍTICO José Jorge Peralta

ENSAIO – 01

PERFIL DE UM HOMEM OUSADO

(Estudo Introdutório)

I INOVAÇÃO E RUPTURA

1. Interessei-me pelo perfil,

democrático, humanista e empreendedor de Fernando Nobre, movido pela sua coragem de intervir, com determinação, num ambiente político hostil e refratário a mudanças; e por sua coragem em propor novas ideias, em um regime, dito

democrático, há 37 anos no poder, e com o controle de uma poderosa máquina burocrática, e de um pesado marketing político, sob seu domínio; com isto o governo detinha o apoio de uma maioria cooptada, ante o silêncio impotente e desiludido de muitos. Enquanto isso, a nação foi deixada à deriva, em setores essenciais.

Nobre deu voz à multidão silenciada. Entendemos que há Democracias e democracias...

Nobre conseguiu ajudar o país a abrir mais os olhos e a ver, um pouco, o que se passa nos escaninhos do poder, e a ter esperança de que a ética na política é possível; que é possível mudar para melhor; que há saídas...

O povo recordou que: “não há mal que não se acabe, nem há bem que sempre dure”, se nós estivermos atentos e cada um fizer a sua parte.

2. Nobre, com a força do diálogo

construtivo e hábil estratégia, superou os entraves do patrulhamento político e ideológico que controlava o país.

Para isso, Nobre precisou atuar, fora dos parâmetros do poder constituído, como cidadão independente,

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com todas as decorrentes dificuldades. Enfrentou o risco. Conseguiu movimentar a juventude, para angariar os apoios necessários à sua candidatura, pela força das ideias que conseguiu pôr na pauta nacional de debates. Criou um novo poder difuso, o poder cidadão. Levou a discussão para as ruas e para as praças, com respeito e dignidade.

Esta é uma história que ainda não acabou. Uma história inacabada; uma sinfonia de que apenas se executou a Abertura.

Nobre surgiu, como alguém há muito esperado; alguém que faltava em nosso cenário político, cuja estratégia deixava a opinião pública alheia e sem saída.

Tentei alinhavar algumas ideias sobre os paradigmas e as trajetórias do homem que abalou a Política estabelecida em Portugal, abrindo espaço para a grande renovação necessária. Esta poderá levar à restauração das forças genuínas da nação, trazendo desenvolvimento integral e prosperidade e paz, em todas as dimensões da vida nacional.

Com o surgimento de Nobre, na cena política, o país deu um passo de qualidade.

Sem Nobre, os resultados da eleição para o Parlamento teria sido outro. É isso que os adeptos do ex-primeiro ministro não perdoam a Nobre. Daí a maledicência que está no ar. Abençoado Nobre.

3. Nobre trouxe, como suporte, o

ideário humanista de sua ampla atuação humanitária, através da Fundação AMI, nos quatro cantos do mundo, assistindo aos excluídos da nossa civilização. Um invejável cabedal de experiência, construído entre a gente excluída, a caminho da promoção humana. Uma rica folha de serviços à humanidade e ao seu país.

Pelo que os portugueses fizeram, pelo mundo, implantando, desde o início do século XVI, hospitais “Santas Casas de Misericórdia” e “Beneficências”, por toda a parte, nos cinco continentes, podemos verificar, como o português se sensibiliza e coopera com as ações humanitárias. Aí, Nobre se distinguiu, dedicando-se, com todas as suas forças, ao bem-estar do próximo, de pessoas no

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limite das carências, de todas as raças, culturas, religiões em algumas das populações mais frágeis do nosso Planeta.

4. Esta trajetória de Fernando

Nobre chamou-me a atenção. Pude verificar que os seus paradigmas estavam em plena sintonia com as ideias-força mais dinâmicas, coerentes, sérias e leais do nosso tempo. Ele trabalha, intensamente, por uma sociedade plural, mais humana e mais próspera, com mais qualidade de vida. Isto exige profundas mudanças, na política e nas atitudes das pessoas.

Seu foco: a saúde, educação, o meio ambiente e a economia, numa perspectiva humanista, com gestão participativa e transparente.

Seus amplos horizontes passam pela solidariedade lusófona mundial, como é natural. No entanto, sua atuação transcende fronteiras.

Pude verificar ainda que o ideário de Nobre estava perfeitamente sintonizado, por outros caminhos, com o ideário que proponho no movimento Pacto Humanista Global, (o

GlobiPacto) que orienta meus próprios trabalhos e muitos outros.

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II NOVOS PARADIGMAS, UMA

PRESENÇA INDELÉVEL 5. Diante desta boa imagem, vi

com olhar atento, o surgimento deste homem, na arena política. Após os resultados das três eleições a que se submeteu, recentemente, duas populares e uma parlamentar, e após sua renúncia ao cargo de Deputado à Assembleia da República, que preteriu em favor de seu trabalho na Fundação AMI, para levar conforto, alívio e esperança às gentes sofredoras, e ainda, diante da grande celeuma nacional que o fato detonou, pensei ser meu dever investir algum tempo de minhas reflexões, para tentar entender as dimensões das atitudes e da múltipla atuação de Nobre.

Pensei que deveria procurar aquilatar os ganhos que a sua intervenção, na política nacional, trouxe ao país, ao colocar em pauta novos valores, por muitos esquecidos.

Pensei que deve ser destacada a ajuda de Nobre, para derrubar um governo que levara o país ao caos

econômico e social, deixando uma triste herança, finalmente estancada (!).

Pensei então, por simples

intuição, que Nobre, por suas ideias e atitudes, terá uma presença perene, no Parlamento e no governo de seu país. Os paradigmas, que levou à pauta nacional, serão os parâmetros da nação, exigindo atitudes condignas dos detentores do poder. Não há como esquecê-los.

6. Moveu-me, sobretudo, a

convicção de que as instituições públicas não podem manter relações promíscuas, com as instituições particulares, o que, em teoria, não é novidade para ninguém. Na prática, a teoria é outra, levando ao atraso institucionalizado: Temos a pior educação da Europa, e convivemos com uma corrupção galopante, por largos anos, e as bases da produtividade da agricultura, da pesca, e parte do comércio e da indústria foram sucateados.

Nobre conseguiu fazer-se ouvir, num espaço minado; deu seu recado, contundente, que ninguém silenciará. E

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partiu. Fez o que a sua consciência lhe ditou.

Muitos não atinaram o alcance da

atitude de Nobre. A blogosfera agitou-se, com grandes elogios e também com críticas severas, como é comum.

Muitas atitudes farisaicas tiveram espaço para se exporem, sem peias. Certa indignação formal, nos tempos modernos, mais parece hipocrisia farisaica de conversa de esquina. O problema não está na atitude do senhor Nobre, mas na cabeça de quem o manifesta.

Muitos desdenham das atitudes de Nobre, por incapacidade de enxergarem mais longe. Ficam na superfície, maldizendo e desmoralizando-se. Quem não tem grandeza, como poderá exaltar a grandeza em alguém?! Muitos têm dificuldades em entender posições mais avançadas, por causa de uma educação castradora, que lhes apequenou a mente e o sentimento humano e patriótico.

A grandeza de alguns contrastou com a pequenez de outros, alucinados no calor do espanto.

Muitos devem, a Nobre, um pedido formal de desculpas. Um dia o farão.

Isto me faz lembrar o que disse Fernando Pessoa, a propósito de D. Sebastião: “Sem a loucura, o que é o homem mais que a besta sadia (...) ”?

7. A oportunidade de um

encontro, com que Fernando Nobre me honrou, ao visitar São Paulo, e as conversas que mantivemos, deram-me a força e os elementos para encetar este trabalho, com segurança e determinação.

Nobre é um homem de larga visão e de extensos horizontes. É um estrategista competente, capaz e incansável. Tem olhos de águia.

Inicialmente, pensei elaborar

apenas algumas ideias, a serem publicadas em sites, na blogosfera. Inadvertidamente, o trabalho foi tomando novas dimensões. Isto me agradou.

O que de fato procurei foi demarcar alguns paradigmas e traçar um breve perfil das contribuições de Nobre, ao novo debate político, em seu país, visando escancarar-lhe os

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horizontes, tirando as barreiras oportunistas, com a força de seu humanismo paradigmático.

Tentei elaborar o esboço de um ensaio de interpretação, numa determinada perspectiva. Há outras.

Penso que é preciso passar o país a limpo, revigorando suas forças matriciais.

Penso que Portugal não mais

será o mesmo, a partir da intervenção de Nobre.

Nobre também não mais será o mesmo, depois de passar por esta nova experiência sócio-existencial e política, frente a frente, com a disputa bruta. Ele deixou gravado, no subconsciente coletivo, a consciência de que o país é de todos e que ninguém pode deixar de assumir sua responsabilidade pela restauração da dignidade e da prosperidade da nação.

Fernando Nobre alia-se com grupos de cidadãos organizados, entre os quais se destaca o MIL.

8. Nobre ficará, na história

recente de Portugal, como uma referência auspiciosa de um país altivo,

que sempre soube resistir e superar intempéries.

Nobre ajudou a superar uma certa apatia que ia fragilizando o país, onde muitos não mais conseguiam enxergar saída.

Quanto aos que repudiam Nobre,

apesar do que ele fez por seu país, sugiro lerem o Sermão de Santo Antônio, de Vieira, preparado para ser pregado em Roma, no dia 13.06.1671, sobre “Luz e Sombra em Portugal”, onde lastima que muitos dos maiores heróis da nação, tenham sido por ela rejeitados. Nada de novo o que alguns fazem, hoje, desconsiderando Fernando Nobre.

Certamente, Nobre é muito maior que as críticas.

É ainda de Vieira uma frase que ofende nossos brios, por ser muito certeira, mas verdadeira:

“Defendeste tua pátria? Cumpriste teu dever.

A Pátria te foi ingrata? Fez o que costuma fazer”

Felizmente, Nobre continua com

muito prestígio em seu país. A

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advertência aplica-se a poucos de seus patrícios.

9. Aqui ficam esboçadas algumas

ideias que podem levar à retomada das forças genuínas do país.

Penso que Portugal terá muitos motivos para se orgulhar de Fernando Nobre, pelo que ele fez e faz pelo seu povo e pela humanidade, e esperar pelo muito que ainda poderá fazer.

Observo que uma Nova Primavera já desponta, ao longe, no horizonte da nação.

Sumariamente, este é o conteúdo

dos ensaios que aqui disponibilizo aos leitores.

Insisto que se trata apenas de alguns esboços introdutórios de algo muito mais amplo e profundo. Dou a minha versão do que vi e pressenti, nesta complexa, quase epopeia, que ninguém pode subestimar.

Ao disponibilizar estes ensaios, farei chegar estas notícias e reflexões aos quatro cantos do mundo da Lusofonia, como uma mensagem de esperança consistente e alvissareira.

Parabéns a Fernando Nobre e parabéns à Nação Portuguesa.

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Ensaio - 02

FERNANDO NOBRE E O NOVO CIVISMO

- Perfil de um Empreendedor –

I - DINAMISMO DA NOVA POLÍTICA II - A ESPERA DE UMA NOVA PRIMAVERA III - SURGE UM LÍDER DE CREDIBILIDADE IV - NOVA POLÍTICA - NOVO CIVISMO

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ENSAIO – 02

FERNANDO NOBRE E O NOVO CIVISMO

- Perfil de um Empreendedor –

José Jorge Peralta

Ponto de Partida - Circunstâncias

Após intervir em diversos debates, na blogosfera, principalmente da imprensa, verifiquei as contradições e total falta de informação e, pior, a desinformação da maioria. Verifiquei também atitudes farisaicas, sobre os assuntos em pauta. Vi que muitos dos debatedores apenas lutavam “contra moinhos de vento”, por uma disseminada desinformação orquestrada,

em relação ao senhor Fernando Nobre. Resolvi então, sem negar meu posicionamento apartidário, sair a campo aberto com o presente estudo. Senti falta de sistematização de alguns posicionamentos e procurei dar alguma contribuição ao debate.

Não defendo pessoas; defendo as ideias que elas representam.

O perfil sociopolítico de Nobre é muito rico e instigante. Muito se falará deste homem, pelos valores que ele representa. O país pede que ele não se cale.

Focalizo aqui um dos personagens

símbolo das últimas campanhas políticas, marcado pelas polêmicas que levantou, dada a novidade e ousadia de suas propostas, numa perspectiva humanista e desenvolvimentista, a partir de nova via, implícita. Superou tanto quanto pode o marasmo geral com penúria de ideias.

Penso que Nobre é um personagem paradigmático, no cenário político mundial.

Aqui, exponho a minha opinião, e minhas reflexões, de uma ampla perspectiva sociopolítica inovadora.

Este é apenas um ensaio, planejado ao término das eleições e depois reformatado. É um ensaio em construção, pois, hoje, todo o arcabouço de nossa civilização está sendo repensado, depois de tantos golpes oportunistas que recebeu, que

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provocaram retrocessos lamentáveis. Só a coragem nos levará aos novos tempos sonhados por outras pessoas de boa vontade e de muita sabedoria.

O fechamento das ideias deste

ensaio foi encerrado após a histórica entrevista que o senhor Dr. Fernando Nobre fez, a partir de São Paulo, reaparecendo no cenário mundial, após a sua renúncia à cadeira de conquistou, na Assembleia da República.

I DINAMISMO DA NOVA

POLÍTICA

1. Há Algo Novo nos Céus do País Fernando Nobre é a novidade, na

Política de Portugal e da Europa, pelas novas ideias e novas bandeiras humanista e político-sociais que levantou. É um personagem paradigmático, no cenário sociopolítico mundial. Conseguiu captar as energias da juventude do país, com sua mensagem de esperança empreendedora, unindo desenvolvimento e humanismo. Falou alto a todas as classes, fazendo desabrochar uma certa autoestima que vem sendo, há muito degradada por políticas antinacionais, que nos deixa isolados. O mundo, e principalmente a Europa, está precisando de novos paradigmas, adequados aos novos tempos.

Efetivamente, para sermos ibéricos, europeus, ocidentais e cidadãos do mundo, temos de ter consciência de nossa pátria que nos dá a cidadania, de nossas raízes: a marca de estar no mundo e na vida.

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A cidadania portuguesa é muito honrosa e sempre invejável, ao contrário do que apregoam os estrategistas, lacaios do centrismo europeísta, bem pagos. Alguns oportunistas procuram arranhar e apequenar a biografia da própria nação, padronizando todas num mesmo diapasão. Querem anular identidades, como profetas executores do caos consumista. Querem implantar o pensamento único, anulando as diferenças. Querem as pessoas amoldadas aos novos códigos consumistas, dominados pelos anglo-saxões. Querem trocar a própria cidadania por um prato de lentilhas... Vêm tudo na perspectiva econômica e matemática e perdem-se, por desconhecerem o essencial da constituição dos povos e das pessoas.

2. Percalços e Resultados de uma

Campanha Como candidato independente,

concorreu às eleições presidenciais, com novas bandeiras. Conseguiu um honroso terceiro lugar. Concorreu à Assembleia da República, pelo círculo de Lisboa, e foi honrosamente eleito, com previsão de assumir a presidência

da Assembleia da República. Seria uma decisão lógica. Alguns companheiros negaram-lhe o apoio necessário. Sua grande façanha: ajudou a dar novo rosto político ao seu país, com derrota do PS e seu nefasto governo.

Então, depois de dez dias de Deputado, sentindo o pouco que poderia fazer, com espanto da nação, demitiu-se, para voltar ao espaço da Fundação AMI, renunciando a todas as mordomias e vantagens de Deputado. Com este gesto, abriu-se espaços para a intriga e para a frustração de muitos, num momento de grande impacto.

As hienas de sempre, festejaram. Os trambiqueiros tiveram seus cincos minutos de notoriedade. A transparência política foi para a lata do lixo, mais uma vez.

Não há nada como um dia depois do outro. A roda gigante gira, mas para, na hora certa, para levar novos passageiros. Todos têm a sua hora e a sua vez, se souberem aproveitar a ocasião oportuna.

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3. Democracia, Debate Aberto e Silêncio Nobre está capitaneando uma

nova e promissora via nas políticas europeias: a Via Participativa e Solidária, ou algo semelhante. Sem dúvida, o país precisa mais de um médico humanista e gestor do que de um engenheiro ou economista, embora precise de todos.

Precisamos ver o país como uma realidade plural complexa, e não apenas por uma das suas facetas: a economia e a multiplicação de estradas. Precisa de um olhar multidisciplinar, que atenda às múltiplas necessidades e competências das pessoas e das comunidades.

Em Democracia, o debate faz bem, o silêncio constrange.

É muito bom que as pessoas possam dizer o que quiserem no momento adequado, desde que o façamos com respeito e dignidade. Há muita gente mal informada, por futricas inacreditáveis. É bom que o povo queira dar vasão às suas desilusões, buscando novas esperanças. Buscando uma resposta. A Nação precisa saber dar algumas respostas para as perguntas ainda que seja para informar que ainda não tem respostas.

Neste caso só o silêncio seria constrangedor.

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II A ESPERA DE UMA NOVA

PRIMAVERA

4. Democracia, Espaço de Diálogo Democracia é o espaço do

diálogo e até do confronto. Diferentemente de alguns

políticos e jornalistas, o povo reconhece a honradez e os grandes serviços prestados à humanidade sofredora e carente, pelo senhor Nobre, que não tem nada de que se arrepender. Antes, tem muito de que se honrar. É um homem de coragem, um homem que sabe o que quer. É um empreendedor.

Contra o obscurantismo e as artimanhas, Nobre é um homem da transparência, na política e na ação social.

Um homem dedicado à causa social, diuturnamente, não suportaria as discussões tediosas e manhosas de um Parlamento, enquanto sabe que os excluídos o esperam por toda a parte, na Dinâmica AMI.

Penso que ele, com suas ideias de ética e saneamento do País e querendo alavancar o desenvolvimento e a prosperidade nacional, não caberia

numa AR, de tantos interesses particulares e personalistas.

A Nova Primavera que ele poderá representar, talvez ainda não coubesse no atual Parlamento. Este precisa se consolidar, em novos parâmetros, para poder superar certos vícios conjunturais e ajudar a recuperar a autoestima da nação.

Nobre não é um homem perfeito, seria exigir demais. Quem o poderia exigir?! Como ser humano, pode ter falhas de percurso, mas sabe corrigi-las. As pessoas não são personagens lineares.

É um homem competente e de princípios, com uma imensa folha de serviços prestados à Comunidade, em nível nacional e internacional.

Nobre é um homem de alto prestígio e de muita credibilidade. É um amante de seu país e um benfeitor da humanidade. É um português universal, um português genuíno. Ninguém será capaz de mudar a sua biografia.

5. Convivência com o Paradoxo

Nobre vive e atua num mundo sem fronteiras.

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Todos sabemos que alguns políticos têm razões para temer os homens decididos, ousados e honrados, que não compactuam com práticas abusivas contra seu povo. Mas o povo aplaude esses homens honrados, decididos e ousados, e rejeita os desonestos, oportunistas e perdulários que todos conhecemos, e que tanta inquietação provocam ao abusar dos bens da nação.

Numa democracia, precisamos saber conviver com o paradoxo, com os golpes baixos, com as intrigas, com os conflitos e até com as conspirações. Faz parte da condição humana. Precisamos viver em estado de alerta

O povo precisa ter voz, sem manipulações. Precisa de pessoas em quem possa confiar, e que rareiam a cada dia.

6. Um Pescador de Águas Claras

Não pode haver questão, honesta ou desonesta, sem resposta, no momento oportuno.

Só assim poderá ser esclarecido, e saber o que realmente se passa. Em política, o Povo é quem decide. Para todos decidirem bem, todos precisam

ser bem esclarecidos. A desinformação produz muitos equívocos e implanta o mal-estar.

O importante é que, para cada ação, haja uma reação, capaz de colocar as ideias em ordem. É assim que as pessoas vão se esclarecendo, e descobrindo que espécie de homens são os que disputam os votos populares.

Esclarecidas, as pessoas saberão aplaudir e se honrar, por terem conhecido um homem que foi capaz de se sacrificar, como ninguém, pelo bem da nação e da humanidade.

As forças centrífugas e centrípetas regem a vida, num giro permanente. Quem pára perece.

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III SURGE UM LÍDER DE

CREDIBILIDADE

7. Um Novo Marco para o Novo Tempo Nobre saiu do Parlamento, onde

tinha espaço restrito, para o lugar onde pode fazer muito mais por todos: Trocou o Parlamento, para servir melhor aos excluídos, na AMI, onde o seu espaço não tem fronteiras.

Todo o bom político deve ser um homem de portas abertas. Falar e fazer abertamente o que pensa, sem subterfúgios.

Ao sentir, no “Chiado”, o entusiasmo da juventude pelo Candidato Nobre, espontaneamente disse: “Nobre poderá vir a ser um grande líder da Restauração da dignidade de seu país”.

Por suas ideias arrojadas e sinceras e pela vibração e consenso que provocava na juventude e nas pessoas mais esclarecidas e independentes, Nobre destacou-se, como um homem traz esperança.

Após 37 anos, pós-Revolução dos Cravos, foi a primeira voz forte, capaz de apontar, ao país, os novos rumos que aquele movimento dilapidou,

traindo a esperança do povo, exaurindo a Nação e instituindo o colapso geral do país, na educação, na saúde, na agricultura, na pesca, na indústria, etc, etc, e até na mente dos jovens. Deixou a nação aturdida, sem ter a quem apelar. Deixou as mentes baralhadas. Jogou irmão contra irmão. Marginalizou os mais velhos e experientes, como inúteis anciãos; perpetuou as mais inomináveis e ridículas agressões aos sábios do país. Desconcertou a nação.

Nobre superou uma certa mediocridade geral, que tomou conta do país, a partir do Governo de Lisboa. Nobre foi um marco para os Novos Tempos. Apontou para Novos Rumos.

8. Dar Satisfações aos Eleitores

Nobre fez a diferença, nas duas memoráveis campanhas de que participou. Foi algo como um Cavaleiro da Esperança, para muitos.

Depois de, nas eleições para o legislativo, ajudar a tirar, do governo de Portugal, uma equipe de pessoas que levaram o País à bancarrota, e deixaram toda a nação em dificuldades inacreditáveis e evitáveis, decidiu-se que

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Nobre ocuparia as funções de Presidente da AR.

Aí poderia dar prosseguimento ao seu intento de restaurar a dignidade no governo da República.

A partir do momento em que seus parceiros de Parlamento deixaram de cumprir o compromisso assumido, e lhe fecharam o caminho, para a Presidência do Parlamento, o senhor Fernando Nobre foi impedido, por alguns de seus próprios companheiros de continuar a sua missão, num posto à sua altura.

A partir deste fato, muito pouco mais poderia fazer. Renunciou, por coerência, à sua cadeira no Parlamento sem ressentimento contra a Casa de Leis.

Preferiu servir melhor a seu povo, na Fundação AMI, onde bem sabe, e todos sabem, seria mais útil.

Seguiu a lógica de sua trajetória. Mas não renunciou à confiança que a nação nele depositou. O discurso que iniciou não se encerrou. Nobre será sempre uma voz respeitável, em todo o território nacional. A voz da transparência, contra o obscurantismo

gerencial, de muitos nas últimas décadas.

Nobre é e será sempre um homem de braços dados com o povo e com toda a Nação. Embora radicado em Portugal, sua atuação vai muito além das fronteiras de seu país.

9. Um Ícone Inovador

Nobre vai se consolidando como um dos mais fortes ícones da Restauração Plena da Soberania Nacional. A credibilidade que granjeou, por sua honestidade ousada, poderá mantê-lo como o fiel da balança da política nacional, entre forças em conflito, se souber manter, com serenidade, uma relação coerente com o público.

Seu legado já é histórico: ajudou a colocar, no governo, algumas das pessoas mais capazes de levar o país a um melhor destino.

No entanto Nobre teria muito mais a fazer, no governo do país, se o deixassem. Deixemos o rio correr. Ele segue para o mar.

Todos sabemos que Nobre

cativou a simpatia do país. Sabemos

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também que as pessoas são responsáveis por aquilo que cativam. Então Fernando Nobre precisa dar ao povo as razões de sua renúncia que a tantos frustrou, para que uma atitude positiva não seja vista como negativa.

10. Homem Talhado para Grandes

Realizações Depois de uma disputa Vitoriosa,

Nobre voltou ao seu meio preferido, onde é ainda mais requisitado, fazendo trabalho humanitário, em favor de pessoas carentes, cuidando da saúde, da alimentação, da educação e do meio ambiente de gente digna mas esquecida, e dando suas aulas na Universidade, como sempre fez.

Quando se fecha uma porta a um homem leal, abrem-se muitas outras. As águas do rio, apesar das barragens, continuam a correr para o mar. Os homens poderão retardá-las, mas elas seguirão o seu curso.

Nobre não fugiu do trabalho. Apenas tomou um decisão de acordo com sua consciência cívica: voltou ao lugar onde pode fazer mais bem à humanidade. Voltou à Fundação AMI, de onde nunca saiu. É a sua obra prima.

Mas o país sabe que ele está talhado para mais abrangentes batalhas.

11. Um Homem e um Político Diferente

Logo, Portugal compreenderá melhor a genialidade da personalidade do humano e dos méritos do médico, do político e do humanista, que é Nobre. Este homem sempre ocupará um lugar de honra, no coração dos portugueses sérios, conscientes e responsáveis, de onde nunca saiu.

Nobre cativou o que há de melhor em seu país. Sua missão continua.

As forças legítimas da Nação precisam se unir, numa frente única, pela recuperação da sanidade no país, reequilibrando salários exorbitantes, sem produtividade, cativando todos pelo bem comum.

Sem querer, Nobre deu uma grande lição de desprendimento ao seu País e ao Mundo.

Nobre é um homem diferente dessa casta de políticos que estamos acostumados a ouvir diariamente, com raras e honrosas exceções. É só por isso que a imprensa não consegue entender as atitudes decididas que toma, na hora certa. Ele segue novos

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parâmetros de lealdade a que muitos não estão mais acostumados.

Nobre não precisa do Governo,

para realizar seus sonhos, mas o Governo e o País precisam muito dele para traçar Novos Rumos, numa Democracia participativa, que estimule a prosperidade da Nação, dentro dos princípios que a regem, sem sobressaltos.

Nobre quer ver a Nação novamente livre e próspera e toda a gente respeitada, em sua dignidade e cumprindo seus deveres cívicos e tendo seus direitos respeitados.

É algo a que a nação não está acostumada, há aproximadamente 50 anos. É coisa nova, mas segue os rumos clássicos da Nação Portuguesa.

Nobre soube captar os grandes anseios do subconsciente coletivo da nação. Fala a linguagem da Nação.

IV NOVA POLÍTICA - NOVO

CIVISMO

12. Credenciais de um Homem Empreendedor

Com suas decisões corajosas, Nobre credenciou-se para servir ainda mais ao seu país. É um homem da mais alta credibilidade e confiabilidade. É desse padrão de gente que Portugal mais precisará para mostrar os novos caminhos a seguir. Ao menos para mostrar que há caminhos...

Com as últimas atitudes que tomou, Nobre credencia-se para ser visto pelo Povo Português, como um homem de mais altos empreendimentos. Passa a ser visto como uma das mais promissoras reservas do país.

Quando todo o nosso povo se der conta do potencial deste homem, ele poderá ser mais ouvido, não só na AMI, mas na imprensa falada e escrita. A isto o creditam suas atitudes mais recentes e também a sua ação humanitária, suas ideias transformadoras, e a forma de tratar o bem público, sem gastos perdulários, a

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serviço de todos, e da real prosperidade nacional.

13. Novo Projeto para a Nação

Os acontecimentos recentes, em que o senhor Nobre foi agente e também paciente, foram fatos cruciais que lhe deram a experiência que lhe faltava, nos confrontos democráticos, com todos os percalços brutos que os caracterizam, dado o conflito de interesses.

Com tudo isto, o senhor Nobre estará ainda mais amadurecido, para saber conviver com os confrontos e os paradoxos da política, do desenvolvimento e da cultura, em nosso tempo. Foi uma grande experiência, num campo minado, a que não estava acostumado. Foi capaz de manter a calma, e saiu-se muito bem.

Nobre deverá prosseguir. Ele

conquistou muitos aliados, para o Novo Projeto da Nação, que esperam a oportunidade para se manifestarem.

Todos sabemos que hoje, mais do que nunca, os governos precisam de pessoas fortes, honestas, versáteis e ágeis, capazes de pensar o mundo e a vida, numa perspectiva ampla e em

dimensões nacionais e internacionais.

No momento, Nobre é um dos homens de que o país precisa, onde quer que ele atue.

14. A Nova Via Participativa Há anos, o país vem sendo

governado e dominado por políticos atrelados a economistas e

matemáticos, que fazem da economia o bem maior, bafejados e dominados por modelos europeus, de inspiração economicista. Prognostica-se um desenvolvimento capenga., por não ser centrado nos seres humanos e na vida.

Deu nos desmandos e na corrupção que deu. Alguns aprenderam que o melhor do capitalismo é levar vantagem pessoal, a qualquer preço. A ética foi então descartada.

A nova via, que vai sendo formatada, recupera, com visão realista, os valores humanistas e éticos, a par dos valores econômicos. Há aqui uma visão holística da sociedade.

A nova via pensa nos valores sociais e no bem-estar das pessoas, a

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par dos valores econômicos, garantindo a prosperidade solidária, para todos que, com dedicação e competência, a procurarem. Quer um mundo de oportunidades para todos, com autoestima, sem excluídos. Todo o desenvolvimento a serviço da prosperidade e do bem-estar da nação e da autoconsciência de cada um.

A Via do Desenvolvimento Participativo e Solidário, exige investimentos produtivos na Educação, na saúde, na preservação do meio ambiente, e no entretenimento, com trabalho para todos, por uma sociedade participativa e próspera, com qualidade de vida.

Deverá ser dado destaque à educação e à saúde, cuidando da recuperação plena de toda a economia, no setor primário, secundário e terciário, retomando o desenvolvimento nacional e recuperando o tempo perdido, nas últimas décadas.

A Solidariedade do Mundo Lusófono, sediado nos quatro cantos do mundo, será um dos focos de sua atuação.

O desenvolvimento da ciência e da tecnologia deverão ter destaque,

paralelo a todo projeto desenvolvimentista, integrado e global.

[Texto em Construção]

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Ensaio - 03

FERNANDO NOBRE REAFIRMA SEU

COMPROMISSO COM O PAÍS

I - NOVOS ARES, NOVOS MARES II - NOVAS BANDEIRAS HASTEADAS III - NOVA VIDA. NOVOS DESAFIOS

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ENSAIO – 03

FERNANDO NOBRE

REAFIRMA SEU COMPROMISSO COM O PAÍS

José JPeralta

I NOVOS ARES, NOVOS

MARES, NOVOS OLHARES

1. Um Homem Surpreendente e de Coragem

Tive a honra de receber, em São Paulo, o senhor Dr. Fernando Nobre, que é, sem dúvida, uma das pessoas em que Portugal, hoje, deposita mais esperança. Alinha-se entre pessoas de

melhor porte social da Europa, dos últimos anos: um médico humanista, de ideias e práticas consistentes, coerentes e transformadoras e um político inovador, embora circunstancial.

Nobre colocou em pauta, no seu país, ideias inovadoras, há muito ausentes nas preocupações de nossos políticos, e, no entanto, urgentes e essenciais para superar o economicismo dominante.

Nas duas últimas eleições gerais, em Portugal, foi o destaque nacional, por suas ideias inovadoras, pela ética na política, dentro da genuína tradição portuguesa, solidária e empreendedora.

Nas eleições para o Parlamento, foi o fiel da balança que levou à vitória da Coligação liderada pelo PSD e à decorrente derrota do PS, há muito esgotado em sua credibilidade. Ajudou decisivamente na implantação de um novo governo. Voltamos à sadia alternância do poder.

Nobre veio ao Brasil, como

médico e humanista, que é o seu espaço privilegiado. Veio como Presidente da Fundação AMI. Veio encontrar-se com amigos também humanistas e veio

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visitar um polo da AMI, no sertão do Ceará.

Nobre é uma das pessoas que, em seu país, tem maior credibilidade popular, pelas suas ideias e ideais, por sua história de ações humanitárias, sem fronteiras, na Fundação AMI. Esta já atuou em mais de setenta países. Tem imensa credibilidade, por suas ousadias.

Nobre provocou forte impacto social, ao tomar decisões contrárias, à praxe política nacional, como foi a sua renúncia à função de Deputado da Assembleia da República, por saber ser mais útil ao seu país e à humanidade, na Fundação AMI, o que ninguém desconhece. Foi um ato surpreendente e quase heroico que mais o credita na sociedade.

Na sua curta intervenção na

politica nacional, Nobre marcou sua presença, indelebelmente, ao colocar, em pauta novas e eficazes ideias geradoras de uma nova geração no seu país. O perfil de Nobre e sua atuação marcante, em seu país precisa ser traçado para podermos aquilatar e entender as dimensões múltiplas de sua atuação e o seu legado que continua

em pleno desenvolvimento em nova etapa..

Depois da breve intervenção na política de seu país Portugal não mais será o mesmo. Nobre também não mais será o mesmo, após esta nova experiência.

2. Nobre Deixou sua Marca no

País Nobre sai, de todos estes

acontecimentos, mais seguro de si, mais cordato e mais preparado para saber conviver, em situações de conflito, pelo bem de seu povo.

A experiência é a força dos sábios. Nobre sai até mais humilde, que é a marca dos sábios. Sabe que, em política, precisamos ser tolerantes mas sempre firmes “Suaviter et fortiter” diziam os Romanos, como norma pedagógica.

A sociedade precisa mais de competência e consistência do que de complacência.

Sai mais convicto de que todos precisamos lutar pelas grandes causas nacionais, superando o isolamento

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egoísta, em que as pessoas foram confinadas. Acredita que só com muita competência e dedicação e com uma política sadia, voltada para o bem da nação, poderemos restaurar a soberania do país, com prosperidade e bem-estar para todos.

Fernando Nobre foi uma breve brisa fresca que perpassou pelo país.

Nobre com certo carisma, começou a dar novo formato ao “Quadro de Referências” dos “portugueses”, comprometido por muitos anos de autoritarismo, que a muitos roubou a esperança e a autoestima.

Nobre considerou que o grande ganho de sua eleição foi ter contribuído para defenestrar um governo perdulário que levou o país ao maior caos econômico e social dos últimos anos, deixando o povo em péssimas condições. O que lhe foi permitido fazer, Fernando Nobre fez. Foi um homem coerente e de muita ousadia. Quando lhe tiraram o espaço, voltou para onde o tinha e onde era esperado.

3. Uma Atitude que fez História O que mais espantou a Nação foi

um homem ser capaz de renunciar a

todas as vantagens e mordomias que oferece a função de Deputado. Tais vantagens, para ele, pouco significam, ao lado da importância que representa sua atuação, em favor das pessoas esquecidas e excluídas do banquete de uma civilização. Para muitos, o que conta é tirar vantagem de quem pode pagar impostos. Para muitos os princípios da ética na política há muito foram descartados.

O dinheiro público, muitas vezes é canalizado para benefícios particulares dos apaniguados e dos lacaios dos que detêm o poder.

Aos que diziam que ele só procurava um bom tacho, ele provou que o tacho que buscava não era para si mas para o povo, pela implantação de nova governança no país.

Foi esta a grande lição de sua curta intervenção, na política do seu país. Uma lição que não se esquece. Fez história. Marcou uma radical mudança de paradigma.

Os paradoxos enfrentados foram de grande valia para conhecer melhor as pessoas.

O país já sente que pode navegar em novos mares, com novos rumos.

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Agora todos sabem que há alguma luz no fim do túnel. O País recuperou a esperança de dias melhores, apesar de tudo o que vem por aí.

4. Nação Atenta aos Novos

Ares A coerência de Nobre deixou seu

povo aturdido de apreensão. Poucos conseguiram compreender as altas razões do ato, que é algo fora de comum. A coerência de Nobre só assustou, porque os políticos do país, há muito desconhecem a coerência ética, em suas atitudes.

A grande reação nacional, à renúncia do senhor Fernando Nobre, mostram que a Nação está muito atenta aos passos deste homem, e muito espera de sua atuação. Certamente ele continuará a agir pela restauração da ética e da dignidade em seu país, na política ou como cidadão lúcido, consciente e atuante.

Nobre é venerado por quantos esperam que o País se regenere e volte a levantar a cabeça altiva, solidária, altruísta e responsável. Espera ver o seu

país sem a multidão de excluídos que hoje povoam as mansardas e não mansardas, na periferia sócio-cultural de nosso país.

A coerência de Nobre, em vez de assustar, enche de alegria e esperança todo o país.

A partir da manifestação clara e contundente de Nobre, no Brasil, a Nação ficou sabendo que ele não procurava o tacho para si, mas para o povo. Não procurava os bens da Nação; procura o bem da Nação, como sempre fez.

Isto ele vai continuar fazendo, sediado na Fundação AMI, onde tem pleno apoio da Nação e no espaço global.

Nobre rompeu o seu silêncio, a partir do Brasil, daqui de São Paulo, com nova mensagem de um compromisso inarredável com seu povo.

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II NOVAS BANDEIRAS

HASTEADAS 5. Novas Vozes Motivam a

Nação Atenta Nobre hasteou as bandeiras que

norteiam seu percurso, pela recuperação da dignidade do país. E Nobre nunca esteve só. Ele tende a ser a grande voz da nação, em consonância com muitas outras vozes que vão tendo coragem de sair do silêncio, onde as confinaram governos nada democráticos.

Em longos e muito agradáveis diálogos que compartilhamos, senti nesse homem uma vontade férrea de, como bom português, não desistir nunca; de levar avante seus ideais, de contribuir decididamente por uma sociedade mais livre e mais justa, com reais oportunidades para todos, com mais e melhor Educação e Saúde e com qualidade de vida para todos.

Falo, aqui, de Fernando Nobre como humanista e não como político. É o humanista, o médico, o empreendedor de grandes ações humanitárias, o defensor da dignidade e do

desenvolvimento de seu país que me interessa.

Ninguém em Portugal, no Brasil ou em toda a Lusofonia, pode deixar de se interessar pela ação, efetiva e consistente, deste homem, em favor da humanidade, com projetos humanitários transformadores. Na AMI faz um trabalho exemplar, em dimensão global, sem fronteiras, pela paz e justiça entre os povos, pela inclusão social das comunidades esquecidas e sofredoras. Trabalha pela promoção humana. Atua em todos os países lusófonos e muito mais.

Nobre propõe-se lutar por um Meio Ambiente mais sadio e pela recuperação dos espaços perdidos pelo país, nos últimos 35 anos, no setor primário e secundário da economia nacional.

Procurará lutar pela recuperação de um nível de desenvolvimento que abra espaço para que haja trabalho digno para todos. Quer ajudar a pôr fim a essa nova onda de fuga de cérebros do país, pela nova emigração, dos que buscam espaço de trabalho, fora de seu país, por não terem lugar em sua própria terra.

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O país está, mais uma vez, expulsando, do seu seio, os próprios filhos, mais marcados pela ousadia. Deixarão um vazio no seu país. Farão falta.

Disse Vieira: “O português tem seu país para

nascer e o mundo inteiro para viver e conviver.”

6. Restauração da Economia

Nacional Em especial, Nobre lutará pela

recuperação da agricultura, da pesca e da indústria.

Adverte que a ampliação do espaço marítimo do país, que o tornará o 10° país maior do planeta, exigirá a rápida recuperação da frota pesqueira, pois esta será uma das grandes fontes de riqueza nacional, imprescindível ao desenvolvimento da nação. E muito mais.

Esta foi uma das tônicas do discurso de Nobre, no almoço solene, para convidados seletos, que o Banif ofereceu, em sua sede no Brasil, São Paulo, ao ilustre convidado.

Repetiu, em outras ocasiões, a sua visão otimista viável, mas cautelosa, em relação ao futuro de seu país, consciente dos obstáculos a superar. A Nação só recuperará seu pleno vigor, com a confiança e a cooperação efetiva, da maioria da nação, o que a todos interessa.

Não nos iludamos: um homem

sozinho, não move o mundo, atolado em muitos desconcertos e desmandos. Mas, se cada um der a mão ao seu irmão e todos empurrarem na mesma direção da solidariedade e da dignidade humana, tirando as pedras do caminho e aterrando os atoleiros, conseguiremos sim, os nossos intentos.

A AMI procura reunir forças a serviço dos menos favorecidos. Não é sua intensão dar o peixe mas ensinar a pescar. Faz um Excelente Serviço de Promoção Humana.

O general não ganha a guerra sem soldados motivados, como a “Ala dos Namorados” do nosso Condestável.

Quem quiser restaurar o vigor do

país terá de estar em sintonia com o subconsciente coletivo da nação. Esta

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parece ser a grande vantagem do senhor Nobre e de seus companheiros.

Nobre está fora do poder, mas mantém o grande compromisso de trabalhar, com persistência, por seu país.

III NOVA VIDA. NOVOS

DESAFIOS 7. Obra dos Portugueses de

São Paulo Quanto à visão da presença dos

Portugueses, em São Paulo, Nobre mostrou-se orgulhoso com o que viu e ouviu, o que o levou a sentir-se ainda mais português e com uma vontade firme de recuperar, no próprio país, essa energia, dedicação e capacidade de servir e de prosperar que sentiu nesta grande cidade, a maior megalópole do Ocidente.

Longe do país sentimos mais palpável a imensa capacidade empreendedora dos portugueses.

O que Nobre pôde ver em São Paulo, deixou-o entusiasmado pela força da sua gente.

Uma das grandes características paradigmáticas da cidade de São Paulo é a convivência e o empreendedorismo de gente de todos os povos, aqui sediados e interagindo, por um bem maior.

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8. Marca de um Homem Empreendedor

Em toda a sua estadia, em são Paulo, Fernando Nobre revelou-se o que todos nele admiram: um homem simples, afável, altivo e empreendedor, com uma vivência e ampla visão dos grandes problemas que assolam a humanidade e o seu país e a capacidade serena de apontar saídas.

Nobre revelou-se um homem de esperança e de ações ousadas e conscientes. É sobretudo um homem de diálogo. É um homem firme em seus propósitos, que sabe reconhecer os méritos de quem os tem e que não despreza quem pensa diferente, nem mesmo os seus inimigos. Respeita a pluralidade e as limitações de cada um. Mas não retrocede no seu caminho.

Revelou-se intransigente com a trapaça, com a falta de ética e de dignidade, como convém a um homem, talhado para grandes realizações.

Penso que Nobre é o homem em quem a nação pode confiar. Bem sei que “o povo é quem mais manda”. Todos sabemos que o povo quer o melhor, para o seu país; para todos, sem exclusões.

9. Nobre no Mundo Digital Deste homem há grandes

elogios, na Blogosfera. Cito apenas duas, postadas, na “Tribuna Lusófona”,

1) Viriato Marques deixou um novo comentário sobre a sua postagem "FERNANDO NOBRE, VISITA SÃO PAULO": Nobre foi a figura mais corajosa que já apareceu na política portuguesa. Poderia ter dormido à sombra de uma imagem imaculada e em alternativa deu o corpo às balas. Admiro-o e respeito-o muitíssimo por isso. Portugal, como habitualmente, rejeitou um dos seus melhores. Postado por Tomás Viriato Marques no blog TRIBUNA LUSÓFONA em 8 de julho de 2011 04:38

2) Evy Eden Martins Prola deixou um novo comentário sobre a sua postagem "FERNANDO NOBRE, VISITA SÃO PAULO": Com Fernando Nobre dobramos o Cabo da Boa Esperança ... enfrentamos os novos Adamastores ... conquistamos espaços ... avançamos ... ficamos imparáveis ... agradeço-lhe a coragem e

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a ousadia, partilhadas e ensinadas; a serem perpetuadas.Postado por Evy Eden Martins Prola no blog TRIBUNA LUSÓFONA em 9 de julho de 2011 12:55

Depois destas palavras, nada

mais temos a acrescentar. Mas há muito mais a dizer.

Devo realçar que Fernando Nobre e seus companheiros souberam utilizar muito bem a comunicação digital.

10. A Vida Continua. Novos

Desafios Há imensos desafios a provocar-

nos. Não nos omitamos. Juntos, encontraremos, mais facilmente, os melhores caminhos.

Todos sabemos que Nobre precisará de muitos apoios, pois atua pelo país, fora dos quadros político-partidários, o que exige dele um esforço muito maior. Sabemos que o apoio do povo é muito mais forte do que o dos partidos. Sua atuação é suprapartidária.

Nobre vê as pessoas como cidadãs, num mundo que precisa de mais solidariedade.

Os apoios que o senhor Nobre vem recebendo são muito superiores às críticas que lhe fazem. Portugal está no caminho certo. Há um fiel da balança atuando no subconsciente coletivo da nação.

Fernando Nobre, com a AMI, é um cidadão de um mundo sem fronteiras.

Vamos aprendendo que todos os desconcertos do país e do mundo têm solução, se nos acercarmos de quem soma e não de quem divide. Precisamos saber separar o joio do trigo. Precisamos saber conviver com a diferença, sem nos descontrolarmos.

Escutemos R. Tagore: “Se choras por teres perdido o

sol, as lágrimas não te deixarão ver

as estrelas”, (nem o sol que raiará na próxima

madrugada, acrescento eu). Com ou sem cargo, Nobre é, hoje,

o mais legítimo e representativo embaixador do seu país, onde quer que esteja.

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Nota: Este é um texto de opinião. O que

aqui afirmo é apenas a minha apreensão de algo muito complexo. São deduções que presumo serem correspondentes ao que vi e ouvi de Fernando Nobre, nestes dias, em que pudemos dialogar em São Paulo e de minhas vivências socioculturais.

O texto, é de minha inteira responsabilidade. Não é um texto oficial. Se houver falhas, sejam creditadas só a mim. A marca deste texto é o meu compromisso com o desenvolvimento do país que me viu nascer e o meu esforço de contribuir para o seu desenvolvimento integrado, fiel à alma da nação.

[Texto em Construção]

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Ensaio - 04

UM TACHO MAIOR PARA O POVO ESQUECIDO

- Compromisso Público com a Nação –

I - COMPARTILHAR UMA POLÍTICA DE

COMPROMISSO II - NOVA GERAÇÃO DE POLÍTICOS –

NOVO TEMPO

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ENSAIO – 04

UM TACHO MAIOR PARA O POVO ESQUECIDO - Compromisso Público com

a Nação –

I

COMPARTILHAR UMA POLÍTICA DE COMPROMISSO

José JPeralta

Ponto de Partida - Circunstâncias

Li, na Internet, um comentário que dizia: “Fernando Nobre renunciou porque queria um tacho maior”.

Respondi, com outro comentário, que aqui reproduzo, ampliado. Digo o que sinto e pressinto, do meu ponto de vista, que penso ser o que todos podem observar. Há luz no fim do túnel. Aqui dou a minha interpretação deste momento instigante, de uma nova

fase da história que vai desabrochando aos nossos

olhos, e que pede nossa adesão e

nossa participação.

Este texto segue como

uma contribuição

leal a um grande debate nacional. Falo como cidadão observador e independente. Não faço política partidária. A Política só me interessa, enquanto arte de gerenciar o bem público.

1. A Nação precisa se unir em

torno de pessoas dignas, capazes de inspirar um leal e forte movimento pela renovação nacional. O País precisa se reencontrar com seu natural vigor de um povo ousado e empreendedor.

Sei que, em tudo isto, há algo de utópico que o “Velho do Restelo” já arguia. Foi a ousadia utópica que salvou a Europa, na Grande Epopeia dos Descobrimentos, ampliando seu espaço vital e descobrindo novos recursos alimentares, e mundos desconhecidos.

Bodo do Divino – Açores: Foto JPeralta

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Algumas pessoas, de mente apequenada, não conseguem entender as atitudes das pessoas, cujas ideias vão além do trivial. “Pigmeus” não se dão bem ao lado de gigantes. Sentem-se incomodados e desconfortáveis. No entanto, todos podem se superar e conviver. Conviver com a diferença. Harmonizar.

Alguns não conseguem entender a grandeza das pessoas que se dedicam, de alma e coração, ao bem público, muitas vezes com prejuízo dos interesses pessoais e familiares. Não sabem que isto é marca da alma lusa.

Acostumados a ver, a maioria das pessoas que militam, na política, tomarem atitudes antissociais, contrárias aos interesses coletivos da comunidade, local ou nacional, muitos assustam-se; têm dificuldade em acreditar em atos fortes e decididos, como fazem alguns homens de uma nova geração que ressurge.

Todos sabemos que a corrupção, na política, e a falta de ética, são anomalias a repelir, com veemência, sem transigências.

2. Pessoas despreparadas proclamaram, tacitamente, o monopólio do pensamento e das forças matriciais da Nação Portuguesa. Só podia dar no que deu: na tragédia de um país depauperado, com um povo incrédulo e empobrecido.

Ninguém, em sã razão, pode querer ter o monopólio de uma nação complexa, como Portugal.

O Portugal profundo, de muitos desconhecido, é uma das mais belas nações do mundo, pelos valores que nela brilham e que ela irradiou pelos quatro cantos do mundo, por seus feitos memoráveis. Não é um país trivial. É um país com um passado e com um presente que o projetam no futuro. Muitos hoje o desconhecem. A questão em pauta é definir que futuro queremos, reforçando o presente.

3. Um dos mais destacados

homens da nova geração, voltada para o bem público, na tradição lusófona, é Fernando Nobre. Até hoje não há registro de qualquer ato que desabone a sua vida pública.

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O que há são registros de um homem, de uma vida toda plena de

altruísmos, pelo bem comum, em Portugal e

além-fronteiras.

Outros irão surgindo do nevoeirento ostracismo a que foram relegados, pelo nefasto autoritarismo vigente, por longos anos.

Nobre vem sendo criticado, por pessoas que se esforçam para manter a política como está, pois atende aos próprios interesses egoístas. Muitas pessoas de boa fé vão na onda da publicidade negativa e intencionalmente deletéria. Há uma quase “máfia” dos formadores de opinião, levando ao povo notícias inverídicas, ou com visão distorcida. À parte isto, todos sabemos que ninguém é perfeito.

Para o bem o para o mal, esperamos que para o bem, Nobre é o

grande nome que se destaca e se impõe.

Segundo tudo leva a crer, o senhor Nobre está atendendo exatamente ao que o povo quer, sem populismo, sem messianismo e sem burla. Está fazendo política autêntica, que é a arte do bem público. Posiciona-se no polo oposto aos demagogos e aos predadores da Nação. Vai levantando a autoestima do povo. Espera-se que assim continue.

Nobre não pode se isolar. Precisa

se juntar a uma legião de pessoas de boa vontade, que, pelo país afora, lutam por idênticos ideais. As pessoas de bem, conscientes de suas responsabilidades, precisam se dar as mãos e somar forças, sem monopólios políticos. A nossa herança e o nosso patrimônio político vem de longe. Só precisamos nos articular, compartilhar e somar forças.

Nobre tomou a dianteira, praticando atitudes paradigmáticas que despertaram a nação para as suas forças reais, ainda muito vivas.

Bodo do Divino - Na Festa do Divino .

Comensais anônimos Foto: JPeralta

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4. Os que esperavam encontrar um novo burocrata, enganaram-se.

Renúncia ao cargo de Deputado não é renúncia às responsabilidades sociais, nem aos seus compromissos inarredáveis com a sociedade e com o país. Muito pelo contrário.

Quis manter sua independência de ação e de pensamento, sem camisas de força partidárias, nos moldes atuais. Quer renovação e não acomodação.

Não quis ser mais um burocrata do povo; sem ofensa nenhuma para os burocratas, que também têm a sua missão a cumprir. É um homem de ação e de ideias. Quer a prosperidade, com justiça e bem-estar para toda a nação.

Quem se sente prejudicado, em seus planos egoístas, reage e procura denegrir imagem de pessoas de boa vontade e de muita história, recheada de serviços à comunidade.

Há sempre um Judas e um semeador de cizânia. A caravana de cavalos alados passa altiva sobre as ondas dos mares bravios.

5. Nobre quer poder levar

qualidade de vida e bem-estar a toda a

gente, para que nosso país supere a fase triste da pobreza, em que muitos dos nossos patrícios estão sendo mergulhados, excluídos da sociedade de bem-estar que lhe prometeram, e que não passou de uma ilusão fraudulenta, de um engodo para deles se aproveitarem.

Quer as instituições comprometidas com o bem público.

Enfim, o

senhor Nobre quer, sim, um tacho maior, quer um tacho maior para o povo. Tacho maior de educação, saúde e bem-estar, de qualidade. Tacho maior de trabalho para todos, com justiça e qualidade de viva. A isso ele se dedica, há muitos anos, na AMI, com pleno respaldo na tradição solidária da gente lusa.

A distribuição farta, a todos, da

sopa do Divino, nos Açores, anualmente,

Educação Científica, Técnica e

Humanista Formatura Europan SP 2007 Foto: Edubraz

Page 45: Fernando nobre médico humanista e político1a

por ocasião da Festa de Pentecostes, em espaço aberto, sem excluir ninguém, deve ser o grande paradigma do Novo Portugal que poderá surgir da crise atual.

A sopa do Divino seria, aqui, uma brilhante alegoria da educação, saúde e bem-estar, com pleno emprego e qualidade de vida, num ambiente saudável, na terra, nas águas e no ar. A educação de qualidade e integral, em todos os níveis, envolveria conteúdos científicos, tecnológicos e humanísticos, com ética e civismo, onde as pessoas, ao lado dos conhecimentos específicos sólidos, aprenderia a viver, a conviver e a ser, em vista à auto realização, como pessoas humanas, num mundo ético e solidário, cultivando a prosperidade e a paz, superando o consumismo imediatista.

II NOVA GERAÇÃO DE

POLÍTICOS – NOVO TEMPO

6. Fernando Nobre está consolidando e dando partida e respaldo a uma nova geração de homens atuantes e de políticos responsáveis. Outros já levantam as novas bandeiras. Nobre teve a missão de catalizador.

Esta Nova Geração poderá superar, democraticamente, mais de trinta anos de desmandos, na política portuguesa, onde alguns abominam algo tão essencial e primário como ética, honestidade e responsabilidade social, embora digam o contrário. O resultado assustador está aí, prejudicando a todos, numa nação aturdida que se sente traída.

Restou a vergonha de quem se omitiu... Faltou coragem. O país foi dilapidado. A credibilidade do país está comprometida e muitos passam grandes dificuldades.

Bem diz o Magno Antônio Vieira: “Por uma omissão, perde-se um

reino”

Page 46: Fernando nobre médico humanista e político1a

Os omissos que saiam de sua “confortável” omissão. Ajam em campo aberto.

É visível a imagem da desolação: só não vê quem não quer ver: As empresas são espoliadas, os empregos escasseiam, o desemprego se alastra e a desagregação das famílias também. Daí surge a geração à rasca, por não conseguir encontrar saídas, como acontece em conhecido filme de Buñuel – “O Anjo Exterminador”. Todos precisam aprender que é honroso viver do próprio trabalho. Que é parasitismo viver de subvenções.

Os navios, há 30 anos parados,

vão apodrecendo. As terras ricas e produtivas são pasto improdutivo. O país, dependente, importa 80% dos alimentos que consome... Condição degradante que precisa ser superada e revertida. O país nunca esteve em tais condições. O trabalho não é desonra. Desonra é a vagabundagem e a inapetência de muitos xenófobos que consideram como escravatura o trabalho (?!)

7. Nobre, como muitos de sua estirpe, da estirpe lusa, que tendem a se multiplicar, tem o apoio efetivo da maioria silenciosa, em seu país. Ele é uma voz, para que todos tenham sua vez.

Muito mais vozes virão, fazendo um grande coro de muitas vozes, certamente polifônico, porque plural.

Nobre tem todas as condições para ajudar a comandar um grande movimento de restauração da dignidade da Nação Portuguesa, junto com todas as pessoas de boa vontade, na genuína tradição do empreendedorismo e da ousadia portuguesa. Este grande objetivo só se realiza como obra da Nação; como obra de muitos. A Nação já desperta para um novo tempo.

Talvez daqui surja algo nos moldes da Renascença Portuguesa de Teixeira de Pascoais, em um novo tempo e com novos parâmetros.

Nobre está bem acompanhado. Quem quis isolá-lo, falhou. Está na hora de despertar as forças vivas da nação portuguesa, descartando ações e atitudes predatórias do patrimônio moral e material da nação.

Page 47: Fernando nobre médico humanista e político1a

8. A Nova Era que desponta é

marca de esperança. Tem pela frente uma missão hercúlea. Sabemos que será capaz de vencer todas as intrigas, que serão inevitáveis, dada a magnitude da mudança de rumos que seus idealizadores poderão significar. Não será fácil. É preciso que cada um faça a sua parte, onde quer que atue.

Estamos em hora de reunir forças e não de as dispersar.

Penso como algumas das pessoas mais lúcidas do País:

Portugal precisa de lideranças renovadas e com credibilidade, para inspirar um autêntico movimento de renovação nacional, ou de Restauração Nacional. Precisa de pessoas que sejam capazes de despertar as forças vivas da nação, que nunca faltaram, mas estão meio adormecidos no cinzeiro.

As forças vivas da nação, há muitos anos marginalizadas, precisam perceber que o novo tempo está surgindo, pela própria força dialética da História. Que ninguém se omita.

Ninguém barra a grande marcha da história.

Esquecendo as mágoas de um passado recente, é preciso seguir em frente, para o futuro.

Habitualmente é nas horas difíceis que as pessoas aprendem, a duras penas, que a solidariedade é uma das forças matriciais das nações.

Que todos os homens conscientes e de boa vontade, do país, se dêem as mãos, e se unam em torno de algumas ideias-força essenciais, para

Compartilhando pão, Festa do Divino –

Açores

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juntos, poderem resgatar a altivez e a soberania plena do país.

Nota: Como complemento a este

texto, leia: Lusitanidade, Lusofonia e

Universalidade http://tribunalusofona.blogspot.co

m/2009/12/blog-post_08.html

Ensaio - 05

FERNANDO NOBRE PERSPECTIVAS E

PARADOXOS DE UMA TRAJETÓRIA

I - ABERTURAS E PERCALÇOS DE UM MUNDO DESCONCERTADO

II – PARADOXOS DA CONDIÇÃO HUMANA

III - VALORES SUCATEADOS IV - INSTAURAR O DIÁLOGO NACIONAL V - A GRANDE FORÇA DAS IDEIAS

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ENSAIO – 05

- FERNANDO NOBRE - PERSPECTIVAS E PARADOXOS

DE UMA TRAJETÓRIA José Jorge Peralta

Ponto de Partida – Circunstâncias

Recebi de um amigo, gestor de um blogue interessante, um texto em que ele se justificava por não publicar um dos meus ensaios sobre Fernando Nobre. Classificava algumas atitudes de Nobre como “ridículas” e “desastrosas” como seria a renúncia à função de Deputado e outras.

Este fato levou-me à redação deste novo ensaio.

Efetivamente, o meu amigo, tocou em assuntos que outros repetem. Se são erros, talvez ridículos e desastrosos, ou atitudes heroicas, depende do ponto de vista.

Peguei a minha lanterna de Diógenes e saí por aí.

Parto do grande filósofo, Gasset: “Eu sou eu e as minhas circunstâncias”.

Explico os fatos políticos, como constitutivos de paradoxos, às vezes estonteantes, principalmente para quem se insurge contra a falta de ética na política e precisa enfrentar o falacioso “poder” econômico e até o poder dos formadores de opinião, alguns previamente cooptados pelo “poder”.

Muitos agarram-se ao poder, com unhas e dentes, pois dele vivem e não querem, por nada, perder a boquinha. São as sanguessugas.

É esta a base em que se movimenta este ensaio, onde, como sempre, defendo ideias e não pessoas. Até porque as pessoas sabem se defender.

Esta questão deu-me oportunidade de destacar outros pontos do perfil de Nobre e de refletir sobre alternativas possíveis.

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I ABERTURAS E PERCALÇOS

DE UM MUNDO DESCONCERTADO

Caro Amigo,

1. Os Paradoxos do Dia-a-Dia – A Lanterna de Diógenes

Com todo o respeito às suas posições sobre o senhor Fernando

Nobre, sinto-me na obrigação de apor, ao rol dos erros que apontou, algumas reflexões, de um outro ponto de vista. Aprendi, na vida, a fazer o jogo de tudo reaprender, ou de aprender a aprender, a cada dia, sem rotina nem embaraço.

Aprendi que os atos e atitudes humanas tem múltiplas dimensões e que podem ser apreciados por múltiplos olhares, de múltiplos pontos de vista.

Não me fixo nas aparências. Busco as causas, o contexto e as circunstâncias, para saber de que se trata de fato. Para não me enganar.

Os fatos só se explicam nas próprias circunstâncias e não pelas nossas. Quem atribui aos fatos as circunstâncias do observador, a si

mesmo aprecia e não os fatos. Usa os fatos como espelho de si mesmo.

Em tempos de extremo farisaísmo, onde apontamos nos outros os nossos próprios vícios, onde o crime organizado, em toda a malha social, tenta condenar as pessoas de bem, com dossiês esfarrapados e ainda manda flores de condolências, aprendi que precisamos sempre nos acautelar, mas vivendo a vida sem neurose, seguindo em frente.

De antemão devo informar-lhe que não faço política partidária. Penso na política, como arte de gerir o bem público, embora esta acepção possa, no momento, parecer utopia, em tempos de descalabrada corrupção egoísta. Este conceito de política será sempre um parâmetro a ser exigido.

Nobre revelou as novas fronteiras sociopolíticas e culturais que o País precisa almejar, com persistência e carinho especial. Essas lições de nobre estão no ar. Ninguém as apagará. As forças do atraso tremeram em suas bases deletérias.

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2. Reserva Silenciosa Há uma grande plêiade de

pessoas, silenciosas, que pensa assim. Mas mantêm-se na reserva, esperando oportunidades. Se não fosse assim, este mundo já teria falido. A maioria ainda acredita na ética, como valor essencial.

Sinto-me inteiramente livre para apreciar os fatos, politicamente, com foco no que considero o bem da nação e da humanidade.

Sinto-me muito à vontade para criticar ou elogiar ideias e atitudes, com base no mérito e em princípios; nunca em opiniões fantasiosas. Até porque ninguém é perfeito.

Com ou sem lanterna, ao meio-

dia ou à meia-noite, como Diógenes, o país precisa procurar pessoas de ética e competência, capazes de levar a nação a bom porto. Quem procura acha. Quem se acomoda desiste.

Eu me interesso mais pelos princípios do que pela prática política.

Mas sei que, sem prática, a teoria tem pouca serventia.

O que tenho em vista é contribuir para a adequada equação da governança do país, na perspectiva do

bem-comum, com justiça, altruísmo e prosperidade para todos os que se dedicam e buscam o saber, sendo agentes produtivos, sem se acomodarem.

Erros?! Todos os cometemos. Mas saberemos corrigi-los. Nisto está o mérito.

“Quem nunca tropeçou na vida atire a primeira pedra!”. É um desafio.

O que diferencia os humanos, uns dos outros, é a vontade e a competência de corrigir as próprias deficiências; o saber decidir, optando. Mas é também a relatividade de valores que cada um adota. O que é adequado para uns pode ser péssimo e até condenável para outros. Somos todos iguais e todos diferentes. Não somos feitos em série.

Dizia Ortega e Gasset: “Eu sou eu e as minhas

circunstâncias”. 3. O Rolo Compressor e os

Factóides Quem são os que pensam

censurar a ação política de Fernando Nobre, em Portugal? Bem sabemos que muitas pessoas, até de boa vontade, o criticam, porque se deixam influenciar

Page 52: Fernando nobre médico humanista e político1a

pelo rolo compressor de um marketing feroz e farisaico e pelas aparências ou por suas próprias limitações, num mundo complexo.

No entanto, quem aponta “erros” e inconsistências, nas atitudes do senhor Nobre, de modo geral, são aqueles que sempre se beneficiaram dos últimos governos desastrosos e perdulários. Beneficiaram-se dos governos que levaram a fome, o desemprego e o desespero a milhares de lares, levaram o país à insolvência e à bancarrota e sucatearam a educação e os meios de produção. Levaram o país ao estado e condição sócio-econômica mais grave dos últimos 100 anos. São pessoas de credibilidade duvidosa. Muitos agem em causa própria.

Há uma máquina de criar factoides e pseudo-notícias, muito bem montadas e em funcionamento, por toda a parte.

Há agências especializadas em criar notícias, para desgastar o nome de quem querem destruir, manobrando a opinião pública.

Alguém já disse: “Os filhos da escuridão são mais sagazes que os filhos da claridade”.

Na política, como na guerra, a verdade é a primeira que tomba, ainda antes da batalha.

Quem são esses, para apontar erros nas atitudes do senhor Fernando Nobre?! Que moral têm?!

Bem disse Camões que “O mundo anda desconcertado”.

Os profissionais da política ou da comunicação que criticam Nobre não resistiriam a uma pequena devassa em seus atos políticos.

Mas não podemos esquecer que

há muitas críticas de gente de bem, que espera mais das pessoas em quem confiam, sem se aperceber dos difíceis entraves a vencer, no percurso.

As pessoas de bem vivem como numa selva, cercados de “animais” ferozes, esfomeados, com incontrolada fome antropofágica. Quem não souber driblar as armadilhas é sumariamente devorado (!).

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II ABERTURAS E PERCALÇOS

DE UM MUNDO DESCONCERTADO

4. Inimigos Aliados?!

Muitos dos que acusam deviam antes se calar, para sempre, pois foram eles, e muitos outros os que se beneficiaram dos desmandos de um governo que, em seis anos, dobrou a dívida do país, que se acumulava a partir da queda do salazarismo. Levaram o país ao desastre em que se encontra, comprometendo o bem-estar de toda a nação. Isto não só é erro, como é crime, (talvez inafiançável). Mas certas pessoas têm cara de pau! Simulam desconhecimento do que se passou.

Inimigos?! É natural que

Fernando Nobre os tenha. Quem se propõem a mudar o status quo, mudando o governo, tem contra si todos os áulicos que vivem à sombra do poder. Ter inimigos é incômodo, certamente, mas não os ter é pior. O pior inimigo é o que se fantasia de amigo e faz o papel de agente duplo.

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Diz o povo: “Deus me livre, dos meus

amigos, porque, dos meus inimigos, eu sei me livrar”.

Dizia Vieira: “Inimigos?! Melhor tê-los do que os não ter”.

Temos inimigos quando temos algum valor especial.

Os inimigos podem nos ajudar sem querer, pois dão-nos oportunidade de nos esclarecermos. Só não podemos nos acomodar e nos calar. Aqui é o silêncio que mais devemos temer.

5. Explosão da Comunicação

Vivemos em tempos mediáticos, num mundo escancarado, sem portas nem janelas e nem cortinas. Ideias ou notícias vão ao ar e alcançam as pessoas por toda a parte. Basta um pequeno aparelho de que cabe na palma da mão, para ler e interagir, com eventual comentário. As melhores como as piores ideias e notícias que vêm dos pontos mais longínquos do globo, estão ao nosso alcance, quase instantâneo. Todos podem ler e todos podem comentar. Não há notícia ou opinião, positiva ou negativa que não receba manifestações de todas as espécies, a

favor ou contra, principalmente quando o assunto é de pauta global.

Até o Chico Buarque de Holanda, estimado cantor brasileiro, acostumado a ser aplaudido e amado, por toda a parte, ao acessar a internet, recentemente, descobriu, espantado “ser odiado na Internet”.

Nobre foi assunto de pauta global, em seu país, principalmente entre 2009 e 2011. Conseguiu atrair as atenções de toda a nação. Uns contra, outros a favor, outros indecisos. Muitos se manifestaram.

Quem vai a uma disputa pública está preparado para receber aplausos dos que o aprovam e apupos dos que não se sentem por ele beneficiados. Ou dos que esperavam mais dele e se desiludiram. Coisas da condição humana.

Receber aplausos ou apupos faz

parte do jogo democrático. Não ofende ninguém. É questão para quem sabe como conviver e potencializar esta situação. Não está em jogo a pessoa, mas a conjuntura.

O bom “político” só não pode ser esquecido. Ataques inspiram-no e abrem

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novos espaços para levar a sua mensagem.

III VALORES SUCATEADOS

6. Valores Abastardados

Fernando Nobre não lutou, com seus companheiros, contra moinhos de vento. Lutou contra “inimigos” de verdade: não inimigos seus, mas inimigos da nação, que a dilapidaram sem pejo.

Nobre bateu-se pela honestidade de propósitos, pela honra e pela vontade de contribuir para o bem público, o bem da nação, pela ética na política, sabendo que tais propósitos, em muitos governos perdulários e oportunistas, vão se tornando figuras retóricas de um folclore abastardado. Hoje, bem poderíamos publicar um texto de Vieira, no Sermão do Ladrão, que denuncia, com amargura, que em alguns governos se conjuga o verbo roubar (rapio) em todos os tempos, modos e pessoas. É um texto de plena atualidade, lastimavelmente. (Ver: Sermão do Bom Ladrão, Clique)

( http://politicanalusofonia.blogspot.com/2011/07/s

ermao-do-bom-ladrao.html )

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Diz Vieira: “Conjugam, por todos os modos,

o verbo roubar, porque furtam por todos os modos da arte (...)”

7. O Triunfo das Nulidades

É tão grave a situação, com a qual o senhor Fernando Nobre se debateu, que podemos verificar a atualidade de certo texto de Rui Barbosa, no Parlamento Brasileiro, em 1916:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

A corrupção e a falta de ética é tão grave, em muitos governos, que o chefe do governo chinês, no aniversário do partido, há poucos dias declarava, atônito:

“O maior inimigo da China é a corrupção”. E observemos que na China não há condescendência para os corruptos...

Entre nós, a condescendência para com os corruptos é total!! Isso dá no que se vê!

Fernando Nobre saiu das

recentes campanhas, com uma imagem muito positiva. Ninguém consegue, de verdade, arranhar a imagem de alguém que, com plena credibilidade, é capaz de defender a honra, a honestidade e a ética, numa sociedade em que a corrupção se alastra... e já abala o bem-estar das pessoas e até o seu humor.

8. O Silêncio dos Culpados Caro Amigo,

Hoje talvez se comprazam em acusar o senhor Fernando Nobre, muitos que, durante 35 anos, ou nos últimos 06 anos, se calaram omissos, ante o descalabro administrativo, visível a olho nu. Calaram-se vendo a lama da corrupção inundar o país. Assumiram a posição dos quatro macaquinhos: “Não vejo, não ouço, não falo e nem faço”.

Alguns manifestaram-se, rompendo o silencio cúmplice, apenas quando a lama chegou à altura de seu nariz e os impediu de respirar. Só reagiram quando o desemprego se foi alastrando e a dívida ameaçava o equilíbrio sócio econômico nacional.

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Bem diz Vieira: “Por uma Omissão. Perde-se

um reino”. Quem responde por isso?

IV

INSTAURAR O DIÁLOGO NACIONAL

9. Um Arsenal a Desmontar

Os desiludidos do 25 de Abril, querem mudança, querem justiça, emprego, educação de qualidade, bem-estar e paz para viver, em seu país. Querem a restauração dos meios de produção nacional, que foram sucateados.

Querem um 25 de Abril autêntico, ou talvez um 25 de Maio, pois o que conhecemos foi apenas um blefe. Foi um jogo bem urdido. Alguns prometeram o que a nação queria e fizeram o que quiseram. O povo confiou e não teve voz. Deu no que está aí. Quem responde por isto?!

O mais grave de toda esta

periclitante situação, foi a campanha antipatriótica, que, através dos últimos 37 anos, abalou as raízes do país. Através de um marketing deletério e sórdido, distribuindo subsídios absurdos para desestabilizar, desorganizar e inviabilizar a nação, sucatearam a

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agricultura, a pesca, a indústria e a educação nacional, tal qual fez a Indonésia em Timor Leste, pós 25 de Abril, para manterem o controle (as rédeas) do povo. Muitos acreditaram?! Outros se calaram, ante um desmonte irracional e trágico para o país, como o tempo demonstrou, desvendando as falcatruas “vendidas” como modernidade avançada (?!)

Foram mais longe, com atitudes ainda mais sórdidas, e quiseram convencer a nação, com um marketing de guerra, que o seu país não tinha importância; que não eram mais portugueses: agora eram europeus (?!). E muitos acreditaram (?!). Tentaram jogar no lixo a grande história do país. Por caminhos ínvios e sórdidos, convenceram (?!) muitos de que a ação de Portugal na História não passou de um amontoado de crimes (?!) Muitos acreditaram (?!) Os equívocos (?!) se disseminaram. Agora está na hora de desvendá-los, em nome da transparência ética.

10. Abertura do Diálogo Nacional O governo esgotou-se, em seu

arsenal de maldades, e encalhou num mar de lama.

Num mundo sem dogmas, não devemos ter medo de rejeitar tudo e todos que prejudicaram a Nação. Só o fascismo brutal é capaz de silenciar a voz da razão.

Fernando Nobre abriu as portas ao diálogo nacional, sem fronteiras. Rompeu a lógica dos 4 macaquinhos, que impunham silêncio, inapetência e inoperância. Foi, olhou, ouviu, falou e fez!

É preciso ouvir a voz da nação silenciada e humilhada.

11. Surge uma Voz

Devo dizer ao amigo que acompanhei, de perto, as últimas eleições, em que Fernando Nobre despontou e disputou o voto popular, e conquistou por próprio mérito um lugar na história de seu país.

Eu apenas o conheci anonimamente, neste contexto. As ideias e a coerência de sua atuação pelos excluídos, em ações de promoção

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humana, pelo bem-comum, logo me chamaram a atenção.

Observei atentamente o seu percurso e seus princípios, sua visão de mundo e da condição humana. Suas atitudes e sua coragem de reagir e levantar novas bandeiras, numa sociedade há muito desiludida, que se sentia traída, por seus políticos e quase amordaçada.

Muitos ainda se sentem envergonhados, por terem caído no conto do subsídio... Chegou a hora da verdade. A realidade é brutal.

É preciso reagir contra um governo e uma União Europeia que humilhou o país e o espoliou de seus meios de produção, em troca de subsídios e da mordaça.

Fernando Nobre saiu à luta, por

seu país, e por seu povo, ostentando os valores em que acreditava e que vivenciava, na Fundação AMI. Poucas pessoas em Portugal teriam credibilidade e coragem para levantar novas bandeiras, num país amofinado, desiludido e empobrecido, já perdendo a auto-estima.

Surgiu finalmente uma voz, que muitos procurarão calar ou até cooptar, pensei. E não me enganei.

12. Um Homem de Credibilidade ousadia

Analisando o que Fernando Nobre dizia, em seus discursos, vi que tudo era consequência de uma longa prática humanitária do homem, numa ação sem fronteiras. Oferecia-se agora para, com uma nova visão de mundo, dar novos rumos o governo de seu país.

Vi que Fernando Nobre estava em plena sintonia, na teoria, na prática e nas atitudes, com o que há de mais dinâmico e profundo nos pensadores mais respeitáveis do pensamento moderno. Estava em sintonia com os pensadores independentes, que se situam além das ideologias comprometidos, com grupos restritos, e pensam em dimensões universais.

Surgia um homem que sabia lutar pela justiça e a paz, com prosperidade, altruísmo e bem-estar para todos, independentemente de povo, raça, religião ou condição social, mas com respeito a todos e a todas as instituições sérias. Um homem de visão plural consolidada.

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Surgia um homem de ampla credibilidade e de mãos limpas.

Percebi então que o pensamento, as atitudes e as propostas de Fernando Nobre, para a Nação, estavam, plenamente de acordo com os princípios que adoto e os objetivos pelos quais pelejo, no Movimento Pacto Lusófono Mundial, depois estendido ao Pacto Humanista Global.(clique)

http://alfa8omega.blogspot.com/2009/04/um-pacto-mundial-principios-e.html

V A GRANDE FORÇA DAS

IDEIAS

13. Grandes Ideias não Cabem em Partidos Apequenados

Não cabendo as suas ideias, em nenhum partido atual considerei que o senhor Fernando Nobre, acertou ao disputar a Presidência, como candidato independente, apesar das imensas barreiras a vencer, que ele bem conhecia. Prosseguiu sua cruzada por sua nação, com mais dignidade e bem-estar, com ética na política e sem corrupção.

Muitos, como seria de esperar, fizeram de tudo para desmoralizar, desestabilizar e inviabilizar a candidatura do senhor Fernando Nobre. Com golpes baixos, conseguiram tirá-lo do segundo lugar que o levaria ao segundo turno da disputa eleitoral.

No entanto ficou num honroso terceiro lugar, com imenso respeito do eleitorado do país. O respeito de seu país foi sua maior vitória: Pôde desfraldar novas bandeiras. Abriu o diálogo, no seu país. Arejou o espaço político.

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Provou-se que as barragens não mudam o destino das águas, mas apenas dos rios.

Penso que as ideias movem o mundo. Nobre foi um semeador de novas ideias que fazem falta ao país.

Na segunda exposição ao voto

popular, Nobre foi plenamente vencedor: Foi o fiel da balança que fez o

partido, que o convidou, ser vitorioso, em Lisboa, depois de 20 anos de derrotas. Com isso, ajudou a derrotar um governo de tantos desmandos e ajudou a abrir o caminho, para uma nova era na História do País, se o Novo Governo souber governar, como se espera.

A renúncia ao cargo de Deputado no Parlamento, foi um pequeno episódio, mas muito significativo e honroso, no percurso do senhor Fernando Nobre.

Falei nisso no artigo “Um tacho maior para o povo esquecido”.

14. Um estrategista de Plantão

Meu caro amigo, Repito que erros, todos os

cometemos, até porque não dominamos plenamente as circunstâncias que nos levam a tomar certas decisões.

O que para uns pode ser classificado como erro, pode ser para outros apenas estratégia de articulação, tendo em vista um bem maior para a Nação, para a Comunidade.

Quem somos nós para julgar prematuramente?! Criticar podemos, com a relatividade de nosso ponto de vista. Não nos apequenemos.

A vida continua. O tempo é o senhor da história.

Erro estratégico?! Não creio. Fernando Nobre é um experimentado estrategista, que levou a Fundação AMI a uma incontestável credibilidade nacional e internacional, por sua qualidade e efetiva atuação, em ações humanitárias, sem fronteiras.

Não foi menos coerente nas duas vezes que foi a voto popular.

Na sequência o futuro dirá o que virá.

Só sei que, neste percurso estonteante tudo valeu a pena. Então escutemos o inquestionável Fernando Pessoa:

“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

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15. Aprendizagem da Experiência Não resta dúvida de que o senhor

Fernando Nobre sai destas disputas políticas, às quais não estava acostumado, mais experiente e com uma visão mais plural da vida e da política, e até mais tolerante. Pôde vivenciar as forças demolidoras que agem nos subterrâneos da política. Pode abalar e até revelar as forças do atraso e suas fragilidades.

Erros ou acertos só a história os julgará. Sai com uma vontade redobrada de se dedicar ao seu país e à humanidade, ainda com mais vigor, se isto for possível.

Fernando Nobre sai enriquecido, aberto ao mundo, com uma experiência e um rol de grandes serviços ao seu país. Sai ainda mais enriquecido e respeitado. Ele não se apequenou. Soube manter a natural altivez das pessoas cuja missão é servir. É um homem de credibilidade.

O País precisa de muitos homens desse quilate. Eles surgirão.

Portugal sempre foi um país de grandes homens, mas nem sempre soube fazer-lhes justiça. Os crápulas, muitas vezes, através, da história, foram

mais rápidos e atalharam o caminho dos melhores.

Nobre tem muito para oferecer ao seu país. Não será nunca uma voz silenciável. Ele, nesta fase difícil, é a voz de quem não tem vez.

Como médico, como humanista e

como cidadão, Nobre será sempre uma voz muito respeitada. Penso que Portugal tem muitos motivos para se orgulhar de Fernando Nobre, pelo muito que fez na AMI e também pelo que fez pelo seu país, em sua breve, mas decisiva passagem pela política nacional, numa campanha memorável.

José Jorge Peralta

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APÊNDICE

Carta Renúncia

NOBRE RENUNCIA AO MANDATO DE DEPUTADO

Inconformado Com Atitudes Incongruentes de Alguns

Para Melhor Atender aos Novos Desafios

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Carta Renúncia

Lisboa, 1 de Julho de 2011

Senhora Presidente da Assembleia da República,

Excelência,

Venho por esta via, com a máxima consideração e o total respeito pelos deputados eleitos e pela insubstituível função exercida pela Assembleia da República, como genuína casa da representatividade nacional na sua pluralidade e da Democracia portuguesa, apresentar a minha renúncia, a partir do dia de hoje, ao mandato de Deputado, eleito como independente e primeiro candidato da lista do Partido Social Democrático pelo círculo de Lisboa, para a XII Legislatura que teve início a 20 de Junho de 2011.

Independentemente da grande honra que é ser deputado, decidi em consciência que, perante os grandes desafios sociais que teremos de enfrentar e viver no futuro próximo, serei mais útil na acção, no terreno, ajudando os Portugueses mais afectados pela crise e desprotegidos a combater a miséria, a exclusão social e a injustiça, promovendo a dignidade e a esperança entre os mais pobres, voltando à minha actividade de mais de trinta anos de intervenção cívica, humanitária e de ajuda ao desenvolvimento em Portugal e no Mundo, no quadro dos Médecins Sans Frontières e da Fundação AMI, instituição que tive a honra de fundar em 1984 e a que presido.

É nessa área, e diante dos tempos duros que nos esperam de real emergência social, que a minha experiência, o meu empenho e o meu trabalho melhor poderão servir o País na resolução dos problemas concretos de pessoas concretas.

Nesse sentido, ao longo de mais de três décadas, creio ter ajudado a prestigiar Portugal no Mundo e

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contribuído para a diminuição das desigualdades e exclusão social no nosso País.

O Parlamento é a Casa da Democracia e os partidos políticos os seus pilares insubstituíveis e incontornáveis. Estou certo que chegará um dia em que o reconhecimento da pluralidade de modelos de representação política aclamará o Parlamento também como a Casa da Cidadania.

Quero também deixar expresso, nesta minha carta de renúncia ao mandato de deputado, o meu sentido respeito e a minha profunda amizade pela Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia da República, Dra. Assunção Esteves, e a minha elevada consideração pelas Senhoras Deputadas e pelos Senhores Deputados eleitos. É com alguma tristeza que me afasto das funções de recém-eleito deputado, mas estou certo e ciente de que serei, como já referi, mais útil aos portugueses, a Portugal e ao Mundo na acção cívica e humanitária que constitui a minha marca identitária.

Quero aqui expressar o meu mais sentido agradecimento ao Senhor Presidente do Partido Social Democrata, Dr. Pedro Passos Coelho, pelo desafio que me lançou para encabeçar a lista de Deputados pelo Círculo de Lisboa e pela honra que me deu o grupo parlamentar do PSD, como partido vencedor das últimas eleições legislativas, ao propor-me, como cidadão independente e oriundo da Sociedade Civil, como primeiro candidato do Partido Social Democrata a Presidente da Assembleia da República.

Travar esta batalha ao lado do Senhor Dr. Pedro Passos Coelho e da grande maioria do PSD constituiu um enorme desafio que muito me orgulha e uma imensa honra. O Senhor Dr. Pedro Passos Coelho e a maioria do grupo parlamentar do PSD tiveram sempre para comigo uma atitude de grande estímulo e apreço. Tentei retribuir dando toda a minha energia, disponibilidade e genuíno empenhamento.

Pressinto no Senhor Dr. Pedro Passos Coelho, nosso mui digno Primeiro-Ministro, a inteligência

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determinada, a coragem, o bom senso e o sentido de Estado necessários para resgatar Portugal do caos económico, político e social, irresponsavelmente por outros criado.

Acredito também que a Assembleia da República, por si tão dignamente presidida, dará um significativo contributo para o futuro positivo de Portugal.

Por fim, quero agradecer, uma vez mais, aos Deputados do PSD pelo Círculo de Lisboa, e em particular à JSD, que me acompanharam, apoiaram e defenderam, durante toda a campanha. O sucesso eleitoral do PSD no Círculo de Lisboa, que tive a honra de encabeçar, deveu-se a uma equipa de gente extraordinária, generosa, e de coragem. Guardá-los-ei sempre nas minhas mais gratas recordações.

Às Senhoras Deputadas e aos Senhores Deputados, as minhas sinceras saudações e o desejo de grande êxito para o exercício do seu mandato.

Estou seguro de que todos nós, independentemente do lugar onde exerceremos o nosso dever de cidadania, saberemos cumprir as nossas responsabilidades e responder com honra aos desafios do nosso tempo e de Portugal.

Com os meus respeitosos cumprimentos,

Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre