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5 Sexta-feira, 4 de fevereiro Sexta-feira, 4 de fevereiro Sexta-feira, 4 de fevereiro Sexta-feira, 4 de fevereiro Sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011 de 2011 de 2011 de 2011 de 2011 CID CID CID CID CIDADES ADES ADES ADES ADES O prefeito Marcos José da Silva determinou à Secreta- ria de Desenvolvimento So- cial e Habitação que inicie na próxima segunda-feira, dia 7, as inscrições das famílias que ganham de 3 a 10 salári- os mínimos, interessadas em adquirir unidades habitacio- nais dentro do Programa “Minha Casa Minha Vida”. O cadastramento visa aten- der a construção de mais de mil apartamentos por parte de empreendedores da cons- trução civil a partir dos pró- ximos meses, que aderiram ao programa habitacional do Governo Federal. A constru- ção dessas unidades só será possível pelo fato do prefeito Marcos ter aderido ao pro- grama em abril de 2009. O atendimento às famíli- as será feito no Parque Muni- cipal “Monsenhor Bruno Nardini”, de segunda a sex- ta-feira, das 9 às 16 horas (horário de expediente) e se estenderá até o dia 31 de março. Para ser cadastrado, o representante da família deve primeiro agendar o dia e horário do atendimento, pelo telefone 3849-8133 ou comparecer ao Parque Mu- nicipal. Feito isso, o mem- bro da família deve compa- recer com uma série de do- cumentos (ver quadro ao lado). Segundo o secretário de Desenvolvimento Social e Habitação, Marcio Ferreira, serão agendadas 50 pessoas por dia. “Vale lembrar que o que vamos realizar é um ca- dastramento de famílias inte- ressadas. Quem analisará a documentação apresentada será a Caixa Econômica Fe- deral”, destacou o secretá- rio. Um dos principais requi- sitos é a comprovação, por meio de documentos, da re- sidência de pelo menos três anos em Valinhos. “Se a pes- soa mora na cidade há pelo menos três anos, ela tem al- guma conta desse período que pode atender essa exi- gência. Dessa forma, quere- mos impedir que oportunis- tas tirem o direito de quem merece”, salientou Marcio. Prefeitura abre inscrições para “Minha Casa, Minha Vida” na segunda-feira Cadastramento será feito para famílias que recebam de 3 a 10 salários mínimos De zero a três Em 2009, a prefeitura re- alizou o cadastramento para o programa "Minha Casa Minha Vida" para famílias com renda de zero a três sa- lários mínimos. Essas pesso- as não precisam mais se ins- crever. Foram seis mil inscri- ções, que também serão ana- lisadas pela Caixa Econômi- ca Federal para imóveis que serão construídos, ou por em- preendedores com apoio da prefeitura, ou pela própria prefeitura, como é o projeto de construção das 1.200 uni- dades no bairro São Bento do Recreio. Para este caso, a prefeitura tem desenvolvido o projeto ambiental exigido pelo Ministério Público. Agilidade Após assinar com a Caixa Econômica Federal o convê- nio com o governo federal, em 2009, o prefeito Marcos determinou à Secretaria de Planejamento e Meio Ambi- ente que tivesse atenção es- pecial no trâmite de proces- sos dos projetos apresenta- dos pela iniciativa privada, respeitando as normas legais do andamento de processos. “Eu sou o prefeito de Vali- nhos que mais fez casas po- pulares na história da cidade. O problema da casa própria sempre foi tratado por mim com muita preocupação, pois mexe com os sonhos das pessoas, com a qualidade de vida delas. Infelizmente, a prefeitura não tem mais área disponível para construir unidades habitacionais. Por isso, vi nessa oportunidade do governo federal uma gran- Vereador Lorival envia auxílios para cidade que não teve enchente REPRODUÇÃO: ASSESSORES DO VEREADOR ENTREGAM DOAÇÕES AO PREFEITO E SECRETÁRIOS DE ITIRAPINA A primeira sessão do ano, nesta terça-feira, dia 1º, co- meçou em alta temperatura. Um dos assuntos de maior discussão teve início quan- do o vereador Lorival (PT), agradeceu a participação de diversas pessoas na campa- nha realizada por ele para arrecadar alimentos, roupas e outros itens para famílias vítimas da tragédia que aba- teu as cidades serranas do Rio de Janeiro e algumas do Estado de São Paulo, como Atibaia e Bragança Paulista. “Essas famílias atingidas pre- cisam de tudo, mas princi- palmente da nossa solidarie- dade e do nosso espírito hu- manitário”, afirmou Lorival. O vereador Scupenaro (PMDB) parabenizou Lori- val, mas estranhou a solida- riedade do vereador também para a cidade de Itirapina, de 15 mil habitantes, próxima de São Carlos, onde não ha- via relato de famílias desa- brigadas por enchentes. Na sua fala, Lorival não havia mencionado que enviara donativos para Itirapina, ci- dade que é governada por um prefeito também do seu partido, o PT. Scupenaro leu um e-mail enviado pela ve- readora Claudete de Oliveira (PDT), de Itirapina. “Tive- mos erosão como é de costu- me na zona rural, tivemos uma represa que encheu, porém ficou em estado de alerta, mas não causou ne- nhum dano nem à vida nem ao meio ambiente. Tivemos vazão nos bueiros que não suportaram o volume de água, também sem causar danos a vida”, leu ele o relato da vereadora. Ainda no mes- mo e-mail, a vereadora de Itirapina diz que “não temos desabrigados, não temos con- taminados, não temos casos de doença provocados pelas enchentes, não temos perda de vidas, não faltou água, não falta energia elétrica, a não ser as de costume, não temos pessoas isoladas em área de risco, não temos pes- soas assustadas ou com pa- vor, não temos nenhum setor parado com atendimento pre- judicado por danos, não pre- cisamos atendimento de bombeiros, não precisamos de nenhuma mobilização de qualquer órgão de socorro”. O vereador Scupenaro ainda relatou que as doações feitas pelo vereador Lorival, conforme notícia veiculada em um jornal da região de Rio Claro, seriam destinadas aos CRAS’s (Centros de Re- ferência de Assistência Soci- al) e para Secretaria de Assis- tência Social (veja reprodu- ção da matéria nesta pági- na) . O vereador Lorival, mes- mo não tendo citado Itirapi- na, estava já munido de da- dos e documento sobre as doações àquela cidade. E dis- se, em resposta ao vereador Scupenaro, que havia rece- bido um e-mail, assim como os demais vereadores, de uma pessoa que questionava as doações para Itirapina, e que o e-mail era falso. Lori- val mostrou e leu ainda um trecho do decreto de estado de emergência baixado pelo prefeito da cidade de Itirapi- na, que é do PT. O decreto, de 10 de janeiro, não fala em famílias que ficaram desa- brigadas em decorrência das chuvas. O texto, dentre ou- tras situações menos graves, fala em risco de enchentes e famílias em risco por conta do forte temporal ocorrido dia 5 de janeiro. “Tenho fotos que mostram pontes rompidas. O pedido foi dire- cionado para mim. Existe um decreto do prefeito”, justifi- cou. A reportagem também recebeu o e-mail da vereado- ra de Itirapina e outra mensa- gem com o relato de indigna- ção de um morador daquela cidade com as doações rece- bidas, dizendo que em Itira- pina não ocorreu enchentes e nem teve tanta gente assim desabrigada que justificasse tal doação com tantos itens. Contatos feitos por este JV com jornalistas que fa- zem a cobertura na região de São Carlos e Rio Claro, es- clarecem que a chuva provo- cou alguns estragos em Itira- pina, principalmente em es- tradas e pontes da zona rural e alagamentos em algumas ruas, provocados por enxur- radas. O secretário de Assistên- cia Social de Itirapina, Luiz Medrano, telefonou para a redação do JV e esclareceu que em sua cidade, apenas três famílias tiveram que ser deslocadas de suas casas pela Defesa Civil por danos pro- vocados na estrutura das re- sidências. Ele acrescentou que o vereador do PT desti- nou 40 caixas de roupas e meia tonelada de alimentos para formar 60 kits, que es- tão sendo distribuídos para famílias carentes. “Sobraram 20 caixas de roupas que se- rão destinadas ao Fundo So- cial de Solidariedade”, ex- plica. Revolta Em virtude da grande re- percussão que as tragédias do início do ano alcançaram, qualquer campanha de arre- cadação logo levou as pes- soas a pensarem nos mortos e desabrigados de cidades serranas do Rio de Janeiro, quando muito em Atibaia, interior de São Paulo. Várias pessoas de bairros de Valinhos entrevistadas por este JV disseram que entre- garam auxílios "para o cami- nhão do Lorival achando que ia para o Rio de Janeiro". Três senhoras, informadas pela reportagem da destina- ção diferente feita pelo vere- ador e para uma cidade que só teve 3 famílias desabriga- das e que os auxílios também foram para repartições da prefeitura daquela cidade, reagiram com muita indig- nação, dizendo que ele de- veria então deixar em Vali- nhos, que "aqui também tem muita gente que precisa”. Outro senhor disse que suas irmãs haviam doado e imaginavam estavam ajudan- do as pessoas do Rio de Ja- neiro. "Será que a roupa que elas deram foi parar no Rio de Janeiro ou para essa cida- de que não vi em lugar ne- nhum que teve enchente? Isso me deixa triste, pois eu podia então dar para as pessoas que precisam daqui de Valinhos". " disse uma senhora. Uma jo- vem, que junto com sua mãe montou uma sacola com ali- mentos, disse que doou pen- sando nas famílias do Rio de Janeiro, e não de Itirapina. “Acho uma covardia enga- nar os outros assim”. NÃO ACHO CORRETO O QUE ELE FEZ", A tragédia que abateu em cidades serranas no Rio de Janeiro no início do mês de janeiro e, em menor grau, em cidades paulistas como Ati- baia, próxima de Valinhos, fez com que surgissem mo- vimentos em muitas outras cidades para arrecadar ali- mentos, roupas e água para milhares de famílias desabri- gadas. Em Valinhos, como sem- pre acontece em momentos como esses, o poder público municipal através da Defesa Civil e do Fundo Social de Solidariedade se mobilizou e, por duas semanas (entre os dias 17 e 28 de janeiro), co- letou os auxílios, que eram recebidos no CACC (Centro de Artes, Cultura e Comér- cio) “Adoniran Barbosa”, ao lado da rodoviária, e depois encaminhados para o Rio de Janeiro e também Atibaia. Nas faixas colocadas ao re- dor do CACC estava escrito para aonde iriam as doações. Foram 21 toneladas de auxí- lios, transportados em carre- tas e que foram documenta- das através de fotos. Também fez campanha de arrecadação e encaminhou para a Defesa Civil de Vali- nhos a Igreja Evangélica Vi- vendo em Cristo, da pastora Ester Rodrigues. Também a Igreja deixava claro na sua campanha que as doações iriam, como foram, para as vítimas das cidades serranas do Rio de Janeiro. A Polícia Militar fez em todo o Estado a mesma cam- panha. Em Valinhos não foi diferente. O resultado, segun- >> Situação trágica provocada pelas chuvas faz aumentar a solidariedade do o capitão da Polícia Mili- tar Luodemir Gonzaga Bue- no, foi encaminhado para o Fundo Social de Solidarieda- de Estadual, que destinou, conforme conveniência, ao Rio de Janeiro e outras cida- des. A PM valinhense arre- cadou o suficiente para en- cher dois caminhões de man- timentos até o dia 21, que foram para o Rio de Janeiro, e após essa data, mais dois caminhões, das sedes da Companhia em Valinhos e Vinhedo e um caminhão da Microcamp Valinhos, desti- nados famílias desabrigadas de Atibaia, Carapicuíba e Bragança Paulista. Outro que fez campanha de arrecadação em Valinhos, através de um caminhão de som, foi o vereador Lorival (PT). Na faixa estampada no veículo estava escrito: "Cam- panha de arrecadação de doações às vítimas das en- chentes". Conforme infor- mou Lorival em requerimen- to apresentado na sessão da Câmara, foram arrecadadas 67 toneladas entre alimen- tos, roupas, produtos de hi- giene, lençóis e colchões que ele entregou para a Polícia Militar e foram enviados para o Rio de Janeiro, Bragança Paulista e Atibaia. Ele não citou, contudo, que havia enviado para Itirapina, cida- de que não é mencionada em registros da Defesa da região de Rio Claro sobre a ocor- rência de qualquer sinistro e muito menos enchentes que causassem número de desa- brigados que justificasse tal remessa. de saída e então chamei em- preendedores para que eles participassem do programa”. O número de unidades construídas por empreende- dores dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”, com o apoio da prefeitura, poderá chegar a quase 2.000. Em todos esses empreen- dimentos habitacionais do “Minha Casa, Minha Vida”, onde houver necessidade, a prefeitura determinará na expedição de diretrizes para aprovação dos projetos a construção de equipamentos sociais, como escolas, pos- tos de saúde e espaços de lazer. Documentos necessários para a inscrição RG (casal) CPF (casal) Título de Eleitor (casal) Certidão de Casamento Certidão de Nascimento (filhos) Certidão de Casamento com Averbação Certidão de Óbito Declaração de União Estável (amasiados/sem filhos) 03 últimos holerites Declaração de renda fornecida pelo patrão (autônomos) Declaração de pró-labore emitido por escritório contábil (autônomos) Carteira de Trabalho de todos os membros da família Três últimos recibos de benefícios (aposentados e pensionistas) Conta de água, telefone, luz recente em nome do interessado Contrato de aluguel Comprovante de residência no município há mais de 3 anos. Documentos que podem comprovar residência no município há mais de três anos, com a descrição do endereço: Carteira de Vacinação (filhos), documento que comprove o atendimento em Posto de Saúde, correspondência recebida, fatura de cartão de crédito, nota fiscal ou cadastro de compra em lojas (da época), Título de Eleitor, Conta de telefone.

Jornal de Valinhos

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5Sexta-feira, 4 de fevereiroSexta-feira, 4 de fevereiroSexta-feira, 4 de fevereiroSexta-feira, 4 de fevereiroSexta-feira, 4 de fevereiro de 2011 de 2011 de 2011 de 2011 de 2011 CIDCIDCIDCIDCIDADESADESADESADESADES

O prefeito Marcos José daSilva determinou à Secreta-ria de Desenvolvimento So-cial e Habitação que inicie napróxima segunda-feira, dia7, as inscrições das famíliasque ganham de 3 a 10 salári-os mínimos, interessadas emadquirir unidades habitacio-nais dentro do Programa“Minha Casa Minha Vida”.O cadastramento visa aten-der a construção de mais demil apartamentos por partede empreendedores da cons-trução civil a partir dos pró-ximos meses, que aderiramao programa habitacional doGoverno Federal. A constru-ção dessas unidades só serápossível pelo fato do prefeitoMarcos ter aderido ao pro-grama em abril de 2009.

O atendimento às famíli-as será feito no Parque Muni-cipal “Monsenhor BrunoNardini”, de segunda a sex-ta-feira, das 9 às 16 horas(horário de expediente) e seestenderá até o dia 31 demarço. Para ser cadastrado,o representante da famíliadeve primeiro agendar o diae horário do atendimento,pelo telefone 3849-8133 oucomparecer ao Parque Mu-nicipal. Feito isso, o mem-

bro da família deve compa-recer com uma série de do-cumentos (ver quadro aolado).

Segundo o secretário deDesenvolvimento Social eHabitação, Marcio Ferreira,serão agendadas 50 pessoaspor dia. “Vale lembrar que oque vamos realizar é um ca-dastramento de famílias inte-ressadas. Quem analisará adocumentação apresentadaserá a Caixa Econômica Fe-deral”, destacou o secretá-rio. Um dos principais requi-sitos é a comprovação, pormeio de documentos, da re-sidência de pelo menos trêsanos em Valinhos. “Se a pes-soa mora na cidade há pelomenos três anos, ela tem al-guma conta desse períodoque pode atender essa exi-gência. Dessa forma, quere-mos impedir que oportunis-tas tirem o direito de quemmerece”, salientou Marcio.

Prefeitura abre inscrições para “MinhaCasa, Minha Vida” na segunda-feiraCadastramento será feito para famílias que recebam de 3 a 10 salários mínimos

De zero a trêsEm 2009, a prefeitura re-

alizou o cadastramento parao programa "Minha CasaMinha Vida" para famíliascom renda de zero a três sa-lários mínimos. Essas pesso-as não precisam mais se ins-crever. Foram seis mil inscri-ções, que também serão ana-lisadas pela Caixa Econômi-ca Federal para imóveis queserão construídos, ou por em-preendedores com apoio daprefeitura, ou pela própriaprefeitura, como é o projetode construção das 1.200 uni-dades no bairro São Bentodo Recreio. Para este caso, aprefeitura tem desenvolvidoo projeto ambiental exigidopelo Ministério Público.

AgilidadeApós assinar com a Caixa

Econômica Federal o convê-nio com o governo federal,em 2009, o prefeito Marcos

determinou à Secretaria dePlanejamento e Meio Ambi-ente que tivesse atenção es-pecial no trâmite de proces-sos dos projetos apresenta-dos pela iniciativa privada,respeitando as normas legaisdo andamento de processos.“Eu sou o prefeito de Vali-nhos que mais fez casas po-pulares na história da cidade.

O problema da casa própriasempre foi tratado por mimcom muita preocupação, poismexe com os sonhos daspessoas, com a qualidade devida delas. Infelizmente, aprefeitura não tem mais áreadisponível para construirunidades habitacionais. Porisso, vi nessa oportunidadedo governo federal uma gran-

Vereador Lorival envia auxílios para cidade que não teve enchente

REPRODUÇÃO:ASSESSORESDO VEREADORENTREGAMDOAÇÕES AOPREFEITO ESECRETÁRIOSDE ITIRAPINA

A primeira sessão do ano,nesta terça-feira, dia 1º, co-meçou em alta temperatura.Um dos assuntos de maiordiscussão teve início quan-do o vereador Lorival (PT),agradeceu a participação dediversas pessoas na campa-nha realizada por ele paraarrecadar alimentos, roupase outros itens para famíliasvítimas da tragédia que aba-teu as cidades serranas doRio de Janeiro e algumas doEstado de São Paulo, comoAtibaia e Bragança Paulista.“Essas famílias atingidas pre-cisam de tudo, mas princi-palmente da nossa solidarie-dade e do nosso espírito hu-manitário”, afirmou Lorival.

O vereador Scupenaro(PMDB) parabenizou Lori-val, mas estranhou a solida-riedade do vereador tambémpara a cidade de Itirapina, de15 mil habitantes, próximade São Carlos, onde não ha-via relato de famílias desa-brigadas por enchentes. Nasua fala, Lorival não haviamencionado que enviaradonativos para Itirapina, ci-dade que é governada porum prefeito também do seu

partido, o PT. Scupenaro leuum e-mail enviado pela ve-readora Claudete de Oliveira(PDT), de Itirapina. “Tive-mos erosão como é de costu-me na zona rural, tivemosuma represa que encheu,porém ficou em estado dealerta, mas não causou ne-nhum dano nem à vida nemao meio ambiente. Tivemosvazão nos bueiros que nãosuportaram o volume deágua, também sem causardanos a vida”, leu ele o relatoda vereadora. Ainda no mes-mo e-mail, a vereadora deItirapina diz que “não temosdesabrigados, não temos con-taminados, não temos casosde doença provocados pelasenchentes, não temos perdade vidas, não faltou água,não falta energia elétrica, anão ser as de costume, nãotemos pessoas isoladas emárea de risco, não temos pes-soas assustadas ou com pa-vor, não temos nenhum setorparado com atendimento pre-judicado por danos, não pre-cisamos atendimento debombeiros, não precisamosde nenhuma mobilização dequalquer órgão de socorro”.

O vereador Scupenaroainda relatou que as doaçõesfeitas pelo vereador Lorival,conforme notícia veiculadaem um jornal da região deRio Claro, seriam destinadasaos CRAS’s (Centros de Re-ferência de Assistência Soci-al) e para Secretaria de Assis-tência Social (veja reprodu-ção da matéria nesta pági-na).

O vereador Lorival, mes-mo não tendo citado Itirapi-na, estava já munido de da-dos e documento sobre asdoações àquela cidade. E dis-se, em resposta ao vereadorScupenaro, que havia rece-bido um e-mail, assim comoos demais vereadores, deuma pessoa que questionavaas doações para Itirapina, eque o e-mail era falso. Lori-val mostrou e leu ainda umtrecho do decreto de estadode emergência baixado peloprefeito da cidade de Itirapi-na, que é do PT. O decreto,de 10 de janeiro, não fala emfamílias que ficaram desa-brigadas em decorrência daschuvas. O texto, dentre ou-tras situações menos graves,fala em risco de enchentes e

famílias em risco por contado forte temporal ocorridodia 5 de janeiro. “Tenhofotos que mostram pontesrompidas. O pedido foi dire-cionado para mim. Existe umdecreto do prefeito”, justifi-cou.

A reportagem tambémrecebeu o e-mail da vereado-ra de Itirapina e outra mensa-gem com o relato de indigna-ção de um morador daquelacidade com as doações rece-bidas, dizendo que em Itira-pina não ocorreu enchentese nem teve tanta gente assimdesabrigada que justificassetal doação com tantos itens.

Contatos feitos por esteJV com jornalistas que fa-zem a cobertura na região deSão Carlos e Rio Claro, es-clarecem que a chuva provo-cou alguns estragos em Itira-pina, principalmente em es-tradas e pontes da zona rurale alagamentos em algumasruas, provocados por enxur-radas.

O secretário de Assistên-cia Social de Itirapina, LuizMedrano, telefonou para aredação do JV e esclareceuque em sua cidade, apenas

três famílias tiveram que serdeslocadas de suas casas pelaDefesa Civil por danos pro-vocados na estrutura das re-sidências. Ele acrescentouque o vereador do PT desti-nou 40 caixas de roupas emeia tonelada de alimentospara formar 60 kits, que es-tão sendo distribuídos parafamílias carentes. “Sobraram20 caixas de roupas que se-rão destinadas ao Fundo So-cial de Solidariedade”, ex-plica.

RevoltaEm virtude da grande re-

percussão que as tragédiasdo início do ano alcançaram,qualquer campanha de arre-cadação logo levou as pes-soas a pensarem nos mortose desabrigados de cidadesserranas do Rio de Janeiro,quando muito em Atibaia,interior de São Paulo.

Várias pessoas de bairrosde Valinhos entrevistadas poreste JV disseram que entre-garam auxílios "para o cami-nhão do Lorival achando queia para o Rio de Janeiro".Três senhoras, informadaspela reportagem da destina-

ção diferente feita pelo vere-ador e para uma cidade quesó teve 3 famílias desabriga-das e que os auxílios tambémforam para repartições daprefeitura daquela cidade,reagiram com muita indig-nação, dizendo que ele de-veria então deixar em Vali-nhos, que "aqui também temmuita gente que precisa”.

Outro senhor disse quesuas irmãs haviam doado eimaginavam estavam ajudan-do as pessoas do Rio de Ja-neiro. "Será que a roupa queelas deram foi parar no Riode Janeiro ou para essa cida-de que não vi em lugar ne-nhum que teve enchente? Issome deixa triste, pois eu podiaentão dar para as pessoas queprecisam daqui de Valinhos".

"disse uma senhora. Uma jo-vem, que junto com sua mãemontou uma sacola com ali-mentos, disse que doou pen-sando nas famílias do Rio deJaneiro, e não de Itirapina.“Acho uma covardia enga-nar os outros assim”.

NÃO ACHO CORRETOO QUE ELE FEZ",

A tragédia que abateu emcidades serranas no Rio deJaneiro no início do mês dejaneiro e, em menor grau, emcidades paulistas como Ati-baia, próxima de Valinhos,fez com que surgissem mo-vimentos em muitas outrascidades para arrecadar ali-mentos, roupas e água paramilhares de famílias desabri-gadas.

Em Valinhos, como sem-pre acontece em momentoscomo esses, o poder públicomunicipal através da DefesaCivil e do Fundo Social deSolidariedade se mobilizoue, por duas semanas (entre osdias 17 e 28 de janeiro), co-letou os auxílios, que eramrecebidos no CACC (Centrode Artes, Cultura e Comér-cio) “Adoniran Barbosa”, aolado da rodoviária, e depoisencaminhados para o Rio deJaneiro e também Atibaia.Nas faixas colocadas ao re-dor do CACC estava escritopara aonde iriam as doações.Foram 21 toneladas de auxí-lios, transportados em carre-tas e que foram documenta-das através de fotos.

Também fez campanha dearrecadação e encaminhoupara a Defesa Civil de Vali-nhos a Igreja Evangélica Vi-vendo em Cristo, da pastoraEster Rodrigues. Também aIgreja deixava claro na suacampanha que as doaçõesiriam, como foram, para asvítimas das cidades serranasdo Rio de Janeiro.

A Polícia Militar fez emtodo o Estado a mesma cam-panha. Em Valinhos não foidiferente. O resultado, segun-

>> Situação trágica provocada pelaschuvas faz aumentar a solidariedade

do o capitão da Polícia Mili-tar Luodemir Gonzaga Bue-no, foi encaminhado para oFundo Social de Solidarieda-de Estadual, que destinou,conforme conveniência, aoRio de Janeiro e outras cida-des. A PM valinhense arre-cadou o suficiente para en-cher dois caminhões de man-timentos até o dia 21, queforam para o Rio de Janeiro,e após essa data, mais doiscaminhões, das sedes daCompanhia em Valinhos eVinhedo e um caminhão daMicrocamp Valinhos, desti-nados famílias desabrigadasde Atibaia, Carapicuíba eBragança Paulista.

Outro que fez campanhade arrecadação em Valinhos,através de um caminhão desom, foi o vereador Lorival(PT). Na faixa estampada noveículo estava escrito: "Cam-panha de arrecadação dedoações às vítimas das en-chentes". Conforme infor-mou Lorival em requerimen-to apresentado na sessão daCâmara, foram arrecadadas67 toneladas entre alimen-tos, roupas, produtos de hi-giene, lençóis e colchões queele entregou para a PolíciaMilitar e foram enviados parao Rio de Janeiro, BragançaPaulista e Atibaia. Ele nãocitou, contudo, que haviaenviado para Itirapina, cida-de que não é mencionada emregistros da Defesa da regiãode Rio Claro sobre a ocor-rência de qualquer sinistro emuito menos enchentes quecausassem número de desa-brigados que justificasse talremessa.

de saída e então chamei em-preendedores para que elesparticipassem do programa”.

O número de unidadesconstruídas por empreende-dores dentro do programa“Minha Casa, Minha Vida”,com o apoio da prefeitura,poderá chegar a quase 2.000.

Em todos esses empreen-dimentos habitacionais do“Minha Casa, Minha Vida”,onde houver necessidade, aprefeitura determinará naexpedição de diretrizes paraaprovação dos projetos aconstrução de equipamentossociais, como escolas, pos-tos de saúde e espaços delazer.

Documentos necessários para a inscriçãoRG (casal) CPF (casal) Título de Eleitor (casal) Certidão de Casamento

Certidão de Nascimento (filhos) Certidão de Casamento com Averbação Certidão de Óbito Declaração de União Estável (amasiados/sem filhos) 03 últimos holerites Declaração de renda fornecida pelo patrão (autônomos) Declaração de pró-labore emitido por escritório contábil (autônomos) Carteira de

Trabalho de todos os membros da família Três últimos recibos de benefícios(aposentados e pensionistas) Conta de água, telefone, luz recente em nome dointeressado Contrato de aluguel Comprovante de residência no municípiohá mais de 3 anos.Documentos que podem comprovar residência no município há mais de três anos, com a descriçãodo endereço: Carteira de Vacinação (filhos), documento que comprove o atendimento em Posto deSaúde, correspondência recebida, fatura de cartão de crédito, nota fiscal ou cadastro de compra emlojas (da época), Título de Eleitor, Conta de telefone.