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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre FEIRA NORDESTINA DO LIVRO NORDESTE : 55 ANOS DEPOIS Mudanças e Permanências Recife, 05 de setembro de 2015 Tania Bacelar de Araujo Sócia da CEPLAN Consultoria

Nordeste: 55 anos depois

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FEIRA NORDESTINA DO LIVRO

NORDESTE : 55 ANOS DEPOIS

Mudanças e Permanências

Recife, 05 de setembro de 2015

Tania Bacelar de AraujoSócia da CEPLAN Consultoria

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Roteiro

1. Meados do século XX: a invenção do NE

2. Nordeste : mudanças importantes e novas oportunidades

3. Nordeste : permanências e desafios

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1. A invenção do NE na metade do século XX

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Nordeste no Brasil de meados do século XX1. Durval Muniz de Albuquerque Filho : a invenção do Nordeste e outras

artes ( tese de História na UNICAMP em 1999) Representações do Nordeste na literatura , musica, e outras artes :

Gilberto Freire, João Cabral de Melo Neto, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Rachel de Queiroz + Luiz Gonzaga, Portinari, Glauber Rocha, Di Cavalcanti, Caymmi, José Lins do Rego, Josué de Castro, Luís da Câmara Cascudo e Euclides da Cunha.

“O Nordeste, na verdade, está em toda parte desta região, do país, e em lugar nenhum, porque ele é uma cristalização de estereótipos que são subjetivados como característicos do ser nordestino e do Nordeste.”

2. Iná Elias de Castro, geógrafa: O mito da necessidade ( 1992) , com

base em discursos de políticos eleitos e representantes de Estados do nordeste no Congresso Nacional, entre 1946 e 1985, mostra o processo de construção e cristalização do Nordeste como em posição de constante necessidade, frente às demais regiões do país.

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Nordeste no Brasil de meados do século XX

3. O novo Nordeste oficial e o GTDN : o Nordeste da SUDENE

1945 1970

Teses centrais : a industrialização concentrada no Centro Sul redefine a questão regional o Nordeste foi a região mais negativamente afetada pelo novo modelo de desenvolvimento do

país o Nordeste necessita de políticas públicas especiais ( a política hidráulica favorece às

oligarquias e a seca não é o problema central: o fenômeno sócio econômico é consequência ) o semiárido unifica o NE do PI à BA e o Maranhão já acolhia nordestinos emigrados

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1. NORDESTE 55 anos depois:

Mudanças importantes

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Nordeste: mudanças na economia

1. Redução do peso relativo da agropecuária na economia regional resultado do:

• avanço das atividades urbanas , inclusive a indústria na principais

metrópoles, com presença de grandes grupos nacionais e internacionais• engate na dinâmica nacional ( integração produtiva)• desmonte do tripé do semiárido com o fim do algodão • crise e encolhimento do complexo sucro alcooleiro ( que se desloca para

SP, MS, Goias...)

2. Redução do peso relativo da agropecuária regional na agropecuária nacional resultado do avanço da ocupação dos cerrados (que atinge o oeste do NE ) e do arco do desmatamento na Amazônia ( mas NE guarda quase 45% da PEA agrícola do país)

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Nordeste: dinamismo econômico nos anos recentes (2000-2010)

1. Dinamização da economia, com desempenho acima da média nacional, impulsionado pelo crescimento da renda, do crédito, do

emprego e pela atração de importante bloco de investimentos.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 201080.0

90.0

100.0

110.0

120.0

130.0

140.0

150.0

160.0

-1.0

0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

6.0

7.0

8.0

Brasil (% a.a.) NE (% a.a.) Brasil (2000 = 100) NE (2000 = 100

Índi

ce d

o vo

lum

e (2

0000

= 1

00)

Variação anual (%

a.a.)

Brasil e Nordeste: série encadeada (2000=100) e taxas anuais de crescimento (%) do PIB, 2000-2010

Fonte: Contas Regionais – IBGE. Elaboração CEPLAN Nota: valores a preços constantes de 2010, deflacionados pelo deflator implícito do PIB nacional

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NE: Projetos de grande porte em vários estados nos anos recentes

Termoelétricas

Hidroelétricas

Plantas eólicas

Refinarias

Estaleiros

Petroquimica

Siderúrgicas

Indústria de Celulose

Indústria Automotiva

Indústria Petroquímica

Legenda:

Fonte: BNDES

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Nordeste: mudanças econômicas recentes

2. Mudança significativa da estrutura produtiva:

1. crescente perda de importância relativa das bases tradicionais (complexo pecuária/ algodão/policultura e complexo sucro-

alcooleiro)

2. fortalecimento da indústria (de transformação e da construção civil)na contramão das dificuldades da indústria do SE e

Sul

3. dinamismo do agronegócio (voltado sobretudo para a produção de grãos, de frutas, de florestas voltadas para produção de celulose... )

4. avanços significativos do terciário (serviços de educação, saúde, comércio moderno, serviços às empresas,

serviços pessoais...)

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5. Dinamismo de bases produtivas de pequeno porte (1 milhão de MPE representando 14% do total nacional)

6. Avanços na produção agropecuária de base familiar (especialmente a baseada na agroecologia)

7. Consolidação de APLs, em especial no semiárido (mel, confecções, ovinocaprino, laticinios...)

8. Ampliação da base de Ciência, Tecnologia & Inovação , com destaque para a expansão das Universidades, inclusive no interior, para a instalação de novos centros de pesquisa, e desenvolvimento de polos tecnológicos.

NE: mudanças econômicas recentes

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NE: Mudança na dinâmica sub-regionalSub-Regiões selecionadas do Nordeste, 1999-2010 Participação do Produto Interno Bruto da sub-região no PIB brasileiro (Números índices: participação em 1999 = 100)

Fonte (dados brutos): IBGE, Produto Interno Bruto dos Municípios e IBGE, Contas Nacionais

130,23

113,43

108,14

106,74

100,74

85,00

95,00

105,00

115,00

125,00

135,00

145,00 19

99

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Parti

cipa

ção

em 1

999

= 10

0

Cerrados

Semiárido

Nordeste

Litoral Oriental

Regiões Metropolitanas

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Num raio de 800km6 capitais5 aeroportos internacionais8 portos internacionaismais de 40 milhões de hab. 80% do PIB do NE em 2010

Num raio de 300km3 capitais3 aeroportos internacionais5 portos internacionaismais de 18 milhões de hab. 35% do PIB do NE em 2010

Nordeste oriental Nordeste ocidental

NE: mudança na dinâmica sub-regional

Na região MAPITOBA 13 milhões de ton. de grãos em 2013/14 73 milhões de hectaresVBP de R$ 7Bi em 20142,1 milhões de hab.

NE: Mudança na dinâmica sub-regional

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Mudanças na base de infraestrutura 1. Avanço importante na oferta de energia elétrica (pós CHESF) e mais

recentemente montagem de parques eólicos na região (em especial no RN,PB,BA e MA) com paralela atração de industrias produtoras de equipamentos para geração deste tipo de energia (mas sem regulação pública e com fortes impactos locais) 2. Ampliação e modernização da base de infraestrutura econômica com

a implantação e/ou consolidação de importantes projetos ( como duplicação de rodovias , ferrovias Transnordestina e FIOL; portos

de Suape, Aratu e Pecém; ampliação e modernização de aeroportos)3. Ampliação da infraestrutura hídrica, inclusive a de pequeno porte (cisternas, poços...) mas insuficiente face à escassez de chuvas4. Avanço na oferta de infraestrutura de telecomunicações, acompanhando tendência nacional, com forte presença do celular

e do acesso à internet nas cidades

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Resistências e avanços na área da C,T&I

1. Insuficiente esforço inovativo das empresas do Nordeste (realizado sobretudo através da compra de máquinas e equipamentos) e limitada articulação destas com a base de C,T&I instalada na região.

2. Evolução positiva da base de Ciência, Tecnologia & Inovação , com destaque para a expansão das Universidades, inclusive no

interior do Nordeste, para a instalação de novos centros de pesquisa, e

para o desenvolvimento de pólos tecnológicos. • Mas os gastos Federais em C,T&I ainda permanecem muito

concentrados no Sudeste e Sul. • Os Governos estaduais tenderam a ampliar seus

investimentos, em especial a Bahia, o Ceará e Pernambuco.

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Mudanças na dinâmica demográfica

1. Queda forte na natalidade com redução do tamanho das famílias, inclusive no meio rural.

2. Aumento da esperança média de vida ( se aproxima da média nacional) com ampliação do contingente de idosos

RESULTADO: redefinição da pirâmide etária

3. Crescente urbanização com forte dinamismo das grandes metrópoles ( no século XX) e das cidades medias ( no século XXI)

4. Redução significativa da emigração para fora da região com aumento da migração intra - regional

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Mudanças no quadro social1. Melhoria dos níveis de renda da população, com significativa

redução da pobreza absoluta, inclusive no meio rural. A seca atual não requereu programas de emergência .

2. Melhoria de indicadores sociais como mortalidade infantil , mortalidade materna, elevação da esperança média de vida, melhoria significativa do IDH ....3. Melhoria da escolaridade média , com avanços importantes no acesso e interiorização do ensino superior 4. Mudança no mercado de trabalho com redução da informalidade

( embora ainda permaneça alta). Nos anos que precedem a crise atual NE apresentou a maior taxa de crescimento do emprego formal no país. 5. Aumento da violência sobretudo no meio urbano 6. Forte presença de jovens “ nem nem”: 24,7% das pessoas entre 15 e 29 anos (contra 20,3% na média nacional), ( PNAD/IBGE,2013)

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NE: Liderou crescimento do rendimento médio domiciliar (2000-2010)

Brasil e Grandes Regiões: Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes (Reais)

2000 e 2010

Mas: Rendimento médio

do Nordeste é 55% do observad

o no Sudeste

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NE Rural teve crescimento do rendimento domiciliar acima da media (2000-2010)

Brasil e Nordeste: Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes (Reais), segundo a situação do domicílio – 2000 e 2010

Rendimento médio do Nordeste

Rural é 2/3 do

observado no Brasil como um

todo

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BR e NE ampliam e interiorizam as Universidades Federais

2002: 43 campi

2010:230 campi

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BRASIL: avanços do ensino superior

Brasil, Nordeste e Semiárido Nordestino, 2000-10 Pessoas que frequentavam escola de ensino superior (graduação)

Território 2000 2010 Variação absoluta (2000-10)

Variação percentual (2000-10)

Brasil 2.864.046 6.197.318 3.333.272 116,38 Nordeste 473.802 1.307.230 833.428 175,90 Semiárido 115.110 388.495 273.385 237,50 Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 2000 e de 2010

NE : lidera o crescimento das matrículas no ensino superior, com destaque para o semiárido

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Mudanças no quadro ambiental1. Recorrência de secas severas, agora com impactos essencialmente

econômicos, com crescente influência das mudanças climáticas no avanço da desertificação e da ocorrência de inundações

2. Agravamento da degradação ambiental nos aglomerados urbanos em especial pelos reduzidos investimentos em saneamento e

pelo padrão de ocupação movido pelo mercado imobiliário

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Mudanças no ambiente institucional

1. Avanço nos anos 60 das políticas regionais via SUDENE com mudanças pós ditadura e desmonte no final do século XX.

2. Nos anos iniciais do século XXI , manutenção de quadro de insuficientes políticas regionais explícitas, com

irrelevante atuação da SUDENE recriada e dificuldades de coordenação horizontal das instituições de atuação regional, contrastando

com impactos positivos de políticas nacionais de corte setorial .

3. Reconcentração da receita pública no Governo Federal lastreando forte protagonismo da União em políticas públicas (em

especial nas políticas sociais e em investimentos produtivos e de infra).

Prevaleceram as políticas regionais “ implícitas”.

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Mudanças no ambiente cultural

1. Avanço na presença das mulheres nos espaços públicos e forte elevação do padrão educacional da população feminina

2. Predomínio crescente de padrões e valores da vida urbana e desvalorização da vida rural

3. Avanço do protestantismo e consequente valorização do esforço individual, coincidindo com momento de acesso ao consumo das camadas populares da população. Em paralelo, recuo do ativismo social da Igreja Católica, muito importante na formação dos nordestinos

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3. NORDESTE 55 anos depois:

Algumas permanências e desafios

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O NE aumentou % na economia nacional mas ainda guarda hiato importante baixa

Nordeste : Evolução do peso da economia no total nacional

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

12.45 12.55

12.96

12.77 12.72

13.07 13.13

13.07 13.11

13.51 13.46

%

Fonte: Dados básicos IBGE. Elaboração Gustavo Maia Gomes in NE 2022 Volume 2

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Nordeste: renda mensal continua muito baixa baixa Brasil, Nordeste e Pernambuco: Pessoas de 10 anos ou mais de

idade, por classes de rendimento mensal - 2013

Classes de rendimento mensal Brasil Nordeste Pernambuco

Total 100,0 100,0 100,0Até 1/2 salário mínimo 7,3 14,5 12,2Mais de 1/2 a 1 salário mínimo 16,8 24,2 24,6Mais de 1 a 2 salários mínimos 23,5 17,9 19,0Mais de 2 a 3 salários mínimos 9,6 4,5 5,1Mais de 3 a 5 salários mínimos 5,6 2,7 2,8Mais de 5 a 10 salários mínimos 3,8 1,9 1,6Mais de 10 a 20 salários mínimos 1,4 0,6 0,5Mais de 20 salários mínimos 0,5 0,3 0,2Sem rendimento 29,1 31,7 31,4Sem declaração 2,4 1,6 2,5Fonte: PNAD-IBGE. Elaboração Ceplan

47,6% 56,6%

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NE liderou ritmo de redução da pobreza e hiato inter regional se reduziu, mas ainda é grande

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 20090.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

40.00

45.00

50.00

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro

Brasil

Fonte: CPS/FGV baseado nos microdados da PNAD/IBGE. - Elaboração: CEPLAN Nota: Trata-se do percentual da população que vive com até 1/4 do salário mínimo

Brasil e Grandes Regiões: Evolução da pobreza extrema¹ – 2001 e 2009

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Brasil e Grandes Regiões: Taxa (%) de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais de idade – 2000 e 2010

Brasil e Nordeste : Taxa (%) de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais de idade por situação do domicílio – 2000 e 2010

Permanência de altas taxas de analfabetismo sobretudo no meio rural

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NE: Permanência de carências de infraestrutura econômica

1. A concentração de investimentos no Sudeste e Sul mantém defasagem em relação ao Nordeste. Aparece ainda como desvantagem competitiva para atrair empreendimentos produtivos

( Ex: interior da região , sudoeste do Maranhão e Piaui, oeste da Bahia ...)

2. Dificuldades em prosseguir investindo significativamente em infraestrutura econômica no novo ambiente nacional onde vão predominar as concessões (que tendem a priorizar projetos de maior taxa de retorno) como se vislumbrou nos primeiros Mapas do Governo

3. Em contraposição, tendência a ampliar infraestrutura de energias renováveis ( eólica, solar, biomassa...)

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Nordeste e os novos Investimentos em rodovias

Mapa das Concessões das Rodovias - 2012

Mapa das Concessões Rodoviárias – 2012

Pacote de 2015: R$ 198,4 bi

MA: Ferrovia N/S em Açailândia e porto de Itaqui PE : BR-101, entre a divisa PB/PE e a divisa PE/AL, BR-232, Arco Metropolitano e 4 terminais em SUAPE CE: Aeroporto de Fortaleza – r$1,8biBA: Aeroporto de Salvador, porto de Aratu

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NE: Permanência da carência de infraestrutura social e manutenção da estrutura

fundiária 1. Reduzidos investimentos em infraestrutura de saneamento ( água, esgoto, tratamento de resíduos sólidos) em especial nas periferias e áreas pobres das cidades nordestinas2. Insuficiência de investimentos em habitação de interesse social face ao elevado déficit habitacional existente ( apesar o MCMV) com emergência de processos de favelização em cidades médias (ao mesmo tempo em que entram na dinâmica do mercado imobiliário)3. Baixo investimento em infraestrutura social ( saúde, urbanização de áreas pobres, educação infantil, fundamental e média de qualidade...) face à uma demanda crescente4. Manutenção da estrutura fundiaria

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Relações comerciais resistem à mudança

1. Manutenção da introversão nas relações econômicas externas , com crescimento do comércio menor que o nacional (perda de importância relativa no comercio externo do país) e predomínio de exportações de baixo conteúdo tecnológico (concentração da pauta em poucos produtos em cada Estado).

2. Reforço da integração assimétrica do Nordeste no comércio inter-regional, com destaque para a Bahia (que amplia sua articulação com o Sudeste), Pernambuco (que reforça seu papel de pólo de distribuição para o Nordeste Oriental) e do Maranhão (que se integra, crescentemente, ao Pará )

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NE: Permanência de imagem distorcida no resto do

Brasil

1. Visão do Nordeste pobre, dependente do Bolsa Família, “ terra de arribação”, peso para o Brasil ...

2. Visão do Nordeste ainda dominado pelas oligarquias (como se elas só existissem nessa região), domínio dos “grotões”

3. Visão do Nordeste como região da fruticultura irrigada e do turismo de praia ( hegemônica no Governo Federal, nos anos finais do século XX)