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EDUCARE CURSOS TÉCNICOS ESTÉTICA E MASSOTERAPIA TRABALHO DE ANATOMIA ALUNA Tatiane Maia PROFESSORA: GRAZIELA DE LUCA TONON Anatomia e Fisiologia Humana Joinville, 05/2014.

T rabalho de anatomia

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EDUCARE CURSOS TÉCNICOS

ESTÉTICA E MASSOTERAPIA

TRABALHO DE ANATOMIA

ALUNA

Tatiane Maia

PROFESSORA: GRAZIELA DE LUCA TONON

Anatomia e Fisiologia Humana

Joinville, 05/2014.

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Sistema Imunitário

O sistema imunitário é constituído por um conjunto de órgãos, tecidos e células capaz de:

Reconhecer os elementos próprios e estranhos ao organismo Desenvolver ações que protegem o organismo dos agentes

patogênicos e das células cancerosas.

 Componentes do Sistema Imunitário:

Órgãos Linfóides Primários: Onde ocorre o processamento, maturação e diferenciação dos linfócitos.

Timo Medula Óssea.

Órgãos Linfóides Secundários ou Periféricos: locais de armazenamento, circulação e desenvolvimento da resposta imunitária.

Baço Gânglios Linfáticos Amígdalas Tecido linfático disperso

Células efetoras:

Fagócitos: Neutrófilos Eosinófilos Monócitos Macrófagos Produção de substâncias químicas (histamina): Mastócitos (células do tecido conjuntivo). Basófilos Linfócitos:

Linfócitos B Plasmócitos Imunidade mediada por (medula óssea) (gânglios linfáticos) anticorpos

Linfócitos T Células T Imunidade mediada por (Timo) células

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O reconhecimento dos elementos próprios e estranhos ao organismo baseia-se num conjunto de glicoproteínas superficiais da membrana citoplasmática que funcionam como marcadores celulares. Estas glicoproteínas são codificadas por um conjunto de genes, sendo designado complexo principal de histocompatibilidade (MHC). Desta forma, cada indivíduo tem uma identidade bioquímica única.

        Antigénio – molécula que pode ser reconhecida como estranha pelas células do sistema imunitário, pois possui marcadores de superfície (determinantes antigênicos) diferentes dos que possuem estas células.

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        Anticorpo – proteína específica (imunoglobulinas) que reconhecem os antigênicos, ligando-se a estes. São produzidos pelos plasmócitos.

 Propriedades relevantes apresentadas pelos leucócitos:

Diapedese – Migração dos leucócitos através dos poros do endotélio dos vasos sanguíneos para os tecidos envolventes. Só possível devido à sua capacidade de mudar de forma.

Fagocitose – Captura, por endocitose, de células ou restos de células que são destruídas em vesículas digestivas.

Quimiotaxia – processo de atracção dos neutrófilos e outros leucócitos para áreas de tecidos lesionados, através de sinalizadores químicos libertados pelas células lesionadas, proteínas de complemento activadas, linfócitos e outras substâncias.

Defesa Não Específica

Defesa não específica ou imunidade natural/inata:

presente desde o nascimento; não está especificamente destinada para um agressor; não distingue os agentes infecciosos uns dos outros; exprime-se sempre do mesmo modo não tem memória.

Fagocitose

Fagocitose: tipo de endocitose em que determinadas células englobam

partículas para proceder à sua digestão e eliminação.

Células fagocitárias:

Neutrófilos; Monócitos; Eosinófilos.

 Descrição do processo:

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1. Os agentes patogênicos, vírus e outras células são

reconhecidos pelos anticorpos que se ligam aos

antígenios específicos.2. A célula fagocitária emitem pseudópodes que auxiliam no

processo de endocitose, de modo que a que o agente patogênico penetre no interior desta célula.

3. O agente patogênico é degradado por enzimas lisossomais existentes nos lisossomais.

4. Os produtos de excreção são expelidos por exocitose e encaminhados para o exterior através dos gânglios linfáticos.

1ª Linha de defesa

 Barreiras físicas e secreções:

Pele - A epiderme e formada por células mortas queratinizadas, que contribuem para a impermeabilização da pele.

“Flora normal” - Muco - A presença de muco contendo moléculas, como a

lisozina, também é encontrada nas lagrimas (ao redor dos olhos) e na saliva. Secreções ácidas

Pêlos nasais - Cílios - A existência de cílios, auxiliam o deslocamento das

impurezas.

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Suco gástrico - As condições de alcalinidade ou acidez de cada órgão dificultam o desenvolvimento de vírus, bactérias, protistas, fungos e outros agentes patológicos. Por exemplo, devido ao seu alto grau de acidez, o estômago provoca a morte de inúmeros agentes infecciosos.

Lágrimas e saliva - O suor, lágrimas e saliva (ricas em lisozima), a secreção sebácea e o grau de acidez (pH 3 a 5) impede a proliferação de alguns microorganismos patogênicos.

2ª Linha de defesa

Histamina: substância produzida por basófilos que circulam no sangue e mastócitos do tecido conjuntivo. Estimula a vasodilatação e aumenta a permeabilidade dos capilares sanguíneos, iniciando a reação inflamatória.

Resposta Inflamatória:

Ocorre quando agentes patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras físicas de defesa do organismo, na zona de penetração (acção localizada).

Processo:

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Resposta Sistémica:

Febre – desencadeada por toxinas produzidas pelos agentes patogênicos ou por pirógenos produzidos por leucócitos, que atuam sobre o hipotálamo e regulam a temperatura do corpo para um valor mais alto. A febre moderada é benéfica porque acelera as reações do organismo, estimulando a fagocitose e a reparação dos tecidos lesados. Adicionalmente, inibe a multiplicação de alguns microrganismos.

Interferão:

Mecanismo contra infecção por vírus:1. O vírus liga-se a uma célula2. Ocorre produção de interferão por essa célula.3. O interferão entra na circulação e liga-se aos receptores

membranares das células vizinhas.

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4. As células ligadas ao interferão produzem proteínas antivirais que bloqueiam a multiplicação de qualquer vírus que entre na célula.

Sistema Complemento:

Conjunto de proteínas que circulam na forma inativa Ativadas por agentes patogênicos ou ligação anticorpo-antigénio Desencadeia uma cascata de reações com vários efeitos.

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Defesa Específica

Defesa específica ou imunidade adquirida:

É específica de um agressor (antigénio); É um processo lento, mas eficaz, especialmente dirigido a cada

elemento estranho; 3ª linha de defesa; Existe memória.

A resposta imunitária específica engloba três funções importantes:

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Reconhecimento: o antigênico é reconhecido. Reação: o sistema imunitário reage preparando os agentes

específicos que vão intervir no processo. Ação: neutralização ou destruição das células ou corpos

estranhos.

Imunidade Humoral (Linfócitos B)

Imunidade humoral/Imunidade mediada por anticorpos:

Efetivos contra bactérias, toxinas produzidas por bactérias, vírus e moléculas solúveis.

Responde a cada antigênico particular pela produção de anticorpos específicos, que são libertados no sangue ou na linfa circulando até ao local da infecção.

Mecanismo de activação e diferenciação de Linfócitos B:

Os Linfócitos B são processados e atingem a maturação na medula óssea, migrando depois para os órgãos linfóides onde são armazenados.

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Anticorpos:

        Acção dos anticorpos:

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O elevado grau de especificidade no local de ligação do anticorpo a um antigênico resulta de dois fatores:

Células-memória: numa futura exposição ao antigênico multiplicam-se e formam plasmócitos e outras células-memória.

Imunidade Mediada por Células (Linfócitos T)

     Imunidade mediada por células:

Os Linfócitos T sofrem processamento na medula óssea e maturação no Timo.

Ativos contra parasitas multicelulares, fungos, células infectadas por bactérias ou vírus, células cancerosas, tecidos enxertados e órgãos transplantados.

Os linfócitos T possuem receptores de superfície específicos – glicoproteínas – constituídos por duas cadeias polipeptídicas, cada uma codificada por um gene separado. Apresentam regiões

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variáveis que fornecem a especificidade para a reação com um único antigênico.

Apenas reconhecem os antigênicos que se encontram ligados a marcadores da superfície de certas células imunitárias (macrófagos) – as Células Apresentadoras de Antigênicos (CAA).

Células Efetoras:

Linfócitos T Auxiliares (TH) – reconhecem antigênicos específicos associados, por exemplo, os marcadores da superfície de macrófagos e segregam mensageiros químicos que estimulam a capacidade defensiva de outras células, como sejam fagócitos.

Linfócitos T citotóxicos (TC) – reconhecem e destroem células que exibem determinantes antigênicos estranhos (células infectadas, células enxertadas ou cancerosas). Uma vez ativados, estes linfócitos migram para o local de infecção segregam substâncias tóxicas que matam as células anormais por vários processos, entre os quais indução da lise celular.

Linfócitos T supressores (TS) – através de mensageiros químicos, ajudam a moderar ou suprimir a resposta imunitária, tornando mais lenta a divisão celular e limitando a produção de anticorpos pelos linfócitos B quando a infecção já está extinta.

Linfócitos T memória (TM) – vivem num estado inativo durante muito tempo, mas respondem prontamente, entrando em divisão, se o organismo for novamente invadido pelo mesmo antigênico.

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Linfócitos T vs Rejeição de Tumores                A imunidade celular é também responsável pela rejeição que ocorre quando se efetuam implantes de tecidos. A rejeição ocorre porque o tecido ou órgão transplantado possui, na superfície das células, antigênicos diferentes dos do indivíduo receptor.

O sistema imunitário, ao detectar a presença de corpos estranhos, desenvolve uma resposta imunitária, que se traduz pela ativação dos linfócitos T, que produzem substâncias capazes de destruir as células estranhas.

Para minimizar os efeitos de rejeição é necessário encontrar um doador que tenha uma semelhança entre os antígenos do complexo maior de histo compatibilidade.

Após o transplante, são ministrados imunossupressores. Infelizmente, estes tratamentos tornam os indivíduos transplantados mais vulneráveis a infecções e ao desenvolvimento de certos tipos de cancro.  

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Memória Imunológica

Quando surge uma resposta imunitária secundária esta é mais rápida, de maior intensidade e de duração mais longa.

As vacinas desencadeiam uma resposta imunitária primária provocando a produção de células-memória. Nas vacinas, as bactérias patogênicas e os vírus são previamente tratados de modo a perderem a sua virulência, mas mantendo as suas propriedades antigênicas. A tecnologia de recombinação do DNA está, atualmente, a ser usada para produzir uma grande quantidade de proteínas antigênicas para serem incorporadas nas vacinas.

Geralmente, o declínio da resposta secundária é menos acentuado do que na resposta primária. Uma terceira dose de vacinação durante o declínio da resposta secundária eleva a taxa de anticorpos para um nível superior ao da segunda dose e, normalmente, confere imunidade prolongada contra a doença provocada pelo antígeno em causa, o que explica a necessidade de reforços de vacinas ao longo da vida para obter uma imunização efetiva.

Imunização

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Soros vs Vacinas

Soros e vacinas são produtos de origem biológica (chamados imunobiológicos) usados na prevenção e tratamento de doenças. A diferença entre esses dois produtos está no fato dos soros já conterem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação, enquanto que as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de provocar a doença (a vacina é inócua), mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contração da doença. Portanto, o soro é curativo, enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva.

Desequilíbrios e doenças

Doenças Auto-imunes: Resultam de uma resposta auto-imunitária dirigida contra os próprios tecidos do organismo, ou seja, de uma reação de hipersensibilidade do sistema imunitário contra antígenos próprios.

Podem afectar:

vários órgãos e tecidos do organismo; especificamente um órgão.

Exemplos de Doenças Auto-imunes:

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Artrite Reumatóide Diabetes melitus insulino dependente (tipo I) Esclerose Múltipla Febre Reumática Glomerulonefrite Lúpus Eritematoso Sistémico (LES)

Imunodeficiências  doenças que afetam o sistema imunitário, originando falhas que podem ser aproveitadas por organismos patogênicos oportunistas.

Imunodeficiência Inata:

Existem diferentes tipos de imunodeficiências inatas, cujos sintomas dependem dos constituintes do sistema imunitário que têm funcionamento deficiente.

A falta de linfócitos B traduz-se numa maior sensibilidade a infecções extracelulares.

A falta de linfócitos T traduz-se numa maior sensibilidade a agentes infecciosos intracelulares, vírus e cancros.

A imunodeficiência grave combinada (SCID) caracteriza-se pela ausência de linfócitos B e T. Os doentes são extremamente vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis.

Tratamento por transplante de medula óssea ou terapia gênica.

Imunodeficiência Adquirida (SIDA)   :

Alergias: Reações imunitárias excessivas, ou hipersensibilidade, em relação a agentes estranhos inócuos (alergênicos), produzindo inflamação e outros sintomas, que podem causar doenças graves e até a morte.

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