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Pequeno histórico da nomeação/suspensão de nomeação de Lula. -Em 16/3/16 em edição extra do Diário Oficial da União foi criado um cargo para Jaques Wagner, de Ministro de Estado Chefe do Gabinete Pessoal da Presidenta da República. O qual foi nomeado no mesmo dia. Na mesma edição é nomeado Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, cargo anteriormente ocupado pelo Sr Jaques Wagner. IMPORTANTE questionarmos do horário dessa edição extra do dia 16/3/16, foi às 18:49. Portanto a assinatura do termo de posse (http://pt.slideshare.net/LauraMagalhes1/termo-de- posse-59746820 ) foi antes da nomeação em Diário Oficial??? Matéria Estadão: Lula deixou termo de posse assinado antes de sair de Brasíla: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-deixou- termo-de-posse-assinado-antes-de-sair-de- brasilia,10000021700 -Cidadão questiona sobre a publicação da edição extra do dia 16/3/16 na ouvidoria do DOU e recebe a resposta da Sra Marlei Vitorino da Silva (http://pt.slideshare.net/LauraMagalhes1/cidado-questiona- sobre-a-publicao-da-edio-extra-do-dia-16316 ) -No portal de transparência de 18/3/16 ainda consta o nome de Jaques Wagner na função que passou para Lula. http://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/ Servidor-DetalhaServidor.asp?IdServidor=1401281 E o salário http://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/ Servidor-DetalhaRemuneracao.asp? Op=1&IdServidor=1401281&bInformacaoFinanceira=True

Pequeno histórico da nomeação/suspensão de nomeação de Lula

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Pequeno histórico da nomeação/suspensão de nomeação de Lula.

-Em 16/3/16 em edição extra do Diário Oficial da União foi criado um cargo para Jaques Wagner, de Ministro de Estado Chefe do Gabinete Pessoal da Presidenta da República. O qual foi nomeado no mesmo dia.

Na mesma edição é nomeado Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, cargo anteriormente ocupado pelo Sr Jaques Wagner.

IMPORTANTE questionarmos do horário dessa edição extra do dia 16/3/16, foi às 18:49. Portanto a assinatura do termo de posse (http://pt.slideshare.net/LauraMagalhes1/termo-de-posse-59746820 ) foi antes da nomeação em Diário Oficial??? Matéria Estadão: Lula deixou termo de posse assinado antes de sair de Brasíla: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-deixou-termo-de-posse-assinado-antes-de-sair-de-brasilia,10000021700

-Cidadão questiona sobre a publicação da edição extra do dia 16/3/16 na ouvidoria do DOU e recebe a resposta da Sra Marlei Vitorino da Silva (http://pt.slideshare.net/LauraMagalhes1/cidado-questiona-sobre-a-publicao-da-edio-extra-do-dia-16316 )

-No portal de transparência de 18/3/16 ainda consta o nome de Jaques Wagner na função que passou para Lula.

http://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/Servidor-DetalhaServidor.asp?IdServidor=1401281

E o salário

http://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/Servidor-DetalhaRemuneracao.asp?Op=1&IdServidor=1401281&bInformacaoFinanceira=True

-Após 2 liminares cassadas, hoje foi divulgada uma terceira liminar http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/03/nova-liminar-suspende-posse-de-lula-na-casa-civil-5115296.html Trecho:

..O juiz explica que a nomeação trata-se de um ato administrativo nulo, pois concede ao nomeado o direito à prerrogativa de foro, enquanto investigado na Operação Lava-Jato.Segundo o juiz, os diálogos telefônicos captados pela Polícia Federal demonstram "a arquitetura de mecanismos escusos e

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odiosos para interferir no resultados das investigações através de ampla atuação ilícita consubstanciada em obtenção de informações privilegiadas para frustrar operações policiais, ocultação de provas, acionamento de possíveis influências em todas as esferas públicas políticas e jurídicas, mormente no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal". .. 

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EDIÇÃO EXTRA ISSN 1677-7042Ano CLII No- 51-ADiário Oficial da UniãoBrasília - DF, quarta-feira, 16 de março de 2016Atos do Poder Executivo.CASA CIVILDECRETO DE 16 DE MARÇO DE 2016A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, caput, inciso I, da Constituição, resolveNOMEARLUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, para exercer o cargo de Ministrode Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República.Brasília, 16 de março de 2016; 195º da Independência e 128ºda República.DILMA ROUSSEFF

GABINETE PESSOALDECRETOS DE 16 DE MARÇO DE 2016A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, caput, inciso I, da Constituição, resolveNOMEARJAQUES WAGNER, para exercer o cargo de Ministro de EstadoChefe do Gabinete Pessoal da Presidenta da República, ficando exoneradodo cargo que atualmente ocupa.Brasília, 16 de março de 2016; 195º da Independência e 128ºda República.DILMA ROUSSEFF

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 717, DE 16 DE MARÇO DE 2016Cria o cargo de Ministro de Estado Chefedo Gabinete Pessoal do Presidente da República,altera a Lei no 10.683, de 28 demaio de 2003, e dá outras providências.A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte MedidaProvisória, com força de lei:Art. 1o Fica transformado o cargo de Natureza Especial deChefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República em cargo deMinistro de Estado Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente daRepública.Art. 2o Fica criado o cargo de Secretário-Executivo do Gabinete

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Pessoal do Presidente da República.Art. 3o Ficam extintos os seguintes cargos em comissão doGrupo-Direção e Assessoramento Superior - DAS no âmbito da administraçãopública federal:I - dois DAS 5; eII - um DAS 4.Art. 4o A Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, passa avigorar com as seguintes alterações:"Art. 5o ...................................................................................Parágrafo único. O Gabinete Pessoal do Presidente da Repúblicatem como estrutura básica o Gabinete e uma Secretaria-Executiva." (NR)

Art. 5o Esta Medida Provisória entra em vigor na data de suapublicação.Brasília, 16 de março de 2016; 195º da Independência e 128ºda República.DILMA ROUSSEFFValdir Moysés Simão

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1000&pagina=1&data=16/03/2016

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1ª liminar

http://www.migalhas.com.br/arquivos/2016/3/art20160317-09.pdf

Recurso 1ª liminar

http://www.migalhas.com.br/arquivos/2016/3/art20160317-19.pdf

Decisão

http://www.migalhas.com.br/arquivos/2016/3/art20160318-02.pdf

2ª liminar

http://www.migalhas.com.br/arquivos/2016/3/art20160318-03.pdf

Suspensão 2a liminar

http://www.migalhas.com.br/arquivos/2016/3/art20160318-05.pdf

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3ª liminar

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/03/nova-liminar-suspende-posse-de-lula-na-casa-civil-5115296.html

Leia a íntegra da sentença do juiz de Assis:*** Sentença/Despacho/Decisão/Ato Ordinátorio1. Cuida-se de Ação Popular, ajuizada pelo cidadão RICARDO SOARES BERGONSO, contra DILMA VANA ROUSSEFF por, na qualidade de ocupante do cargo eletivo de Presidente da República, ter expedido Decreto nomeando Luiz Inácio Lula da Silva para exercer o cargo de Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Aduz tratar-se de ato administrativo nulo por desvio de finalidade, fitado que foi a conceder ao nomeado o direito à prerrogativa de foro, porquanto investigado na Operação "Lava Jato" e temente em sofrer qualquer restrição pela jurisdição da 13ª Vara da Justiça Federal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR. Com a nomeação, o desiderato seria atingido porque a competência para processo e julgamento passaria, a partir da posse no cargo, a ser do Supremo Tribunal Federal.2. Observo, inicialmente, a natureza constitucional do instrumento utilizado porque amparado no artigo 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal, o qual assegura que "qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural...". Fácil denotar que a ação popular é o mecanismo pelo qual a Constituição Federal visa concretizar tanto o princípio da inafastabilidade da jurisdição como o da moralidade administrativa, previstos, respectivamente, nos artigo 5º, XXXV e 37, caput, da Carta da República. Portanto, nenhuma lei poderá limitar o acesso à

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jurisdição, através da ação popular, a qualquer cidadão no livre gozo de seus direitos políticos, seja qual for o motivo. Em juízo de cognição sumária eminentemente técnico, vislumbro a presença dos requisitos necessários à concessão liminar da ordem pleiteada. Com efeito, a edição de todo e qualquer ato administrativo deve observância estrita ao contido na Lei nº 4.717/1965, cujo artigo 2º estabelece nitentemente a lesividade do ato administrativo praticado com vícios de incompetência, irregularidade de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos motivos apontados e em desvio de finalidade.A Administração Pública, é cediço, deve pautar-se exclusivamente pelo princípio da legalidade (artigo 37, caput, CF), sendo o gestor público subjugado ao dever de alvejar sempre a finalidade normativa. O princípio da finalidade, portanto, é inerente ao princípio da legalidade e nele está contido justamente para nortear a prática de todo e qualquer ato administrativo no estrito fim da lei, que sempre será o de satisfazer os interesses públicos, jamais as vontades particulares do detentor do cargo. Em resumo, o ato administrativo não pode ser praticado em contrário à lei para atingir finalidade privada daquele que o pratica. Analisando o ato administrativo vergastado - a nomeação do ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar o cargo de Ministro Chefe da Casa Civil - sob o viés dos princípios constitucionais e normativos mencionados, o desvio de finalidade apresenta-se patente, pelo menos por ora. O nomeado, figura pública das mais conhecidas, é investigado por ter cometido, em tese, delitos variados como lavagem de dinheiro, exploração de prestígio e organização criminosa. Nessa situação, vem experimentando os efeitos absolutamente normais decorrentes dos resultados e descobertas obtidas pela referida investigação.Em suas manifestações, o nomeado deixa claro sua rejeição pelo Juiz Federal Dr. Sérgio Moro, juiz natural e competente para presidir eventual processo criminal que vier a ser instaurado.Essa idiossincrasia em relação ao aludido Magistrado ficou indubitável pelas informações obtidas em quebra de sigilo e monitoramento telefônico judicialmente autorizado na Operação "Lava Jato", as quais vieram à tona pelos diversos canais livres de imprensa. Sem adentrar na questão quanto a validade ou não do meio escolhido para

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trazer ao conhecimento da sociedade os diálogos captados, o que somente deve ser objetivo de instância própria - o fato é que seus interlocutores - entre eles a ré DILMA VANA ROUSSEFF e o nomeado LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA - não negaram em momento algum a veracidade do conteúdo, o qual demonstrou a arquitetura de mecanismos escusos e odiosos para interferir no resultados das investigações através de ampla atuação ilícita consubstanciada em obtenção de informações privilegiadas para frustrar operações policiais, ocultação de provas, acionamento de possíveis influências em todas as esferas públicas políticas e jurídicas, mormente no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal. Como os interlocutores, aparentemente, não obtiveram todos os êxitos almejados, preferiram, então, utilizarem-se de mecanismo político para afastar o nomeado investigado da jurisdição do Juiz natural - que é a 13ª Vara da Federal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR - nomeando LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA para ocupar cargo eletivo cuja prerrogativa de foro está constitucionalmente prevista. Brilha no céu da pátria, neste instante, a constatação de que o ato de nomeação tem por finalidade única alterar a jurisdição responsável por processar e julgar o nomeado, assegurando-lhe, doravante, a competência do Supremo Tribunal Federal. Ocorre que, sendo praticado nessa linha intelectiva, o ato administrativo viola o princípio constitucional do juiz natural, emblematizado pelo artigo 5º, inciso LIII, da Constituição Federal, segundo o qual "ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente", e isso por permitir ao investigado a livre escolha do juiz que irá julgá-lo segundo, unicamente, sua vontade e seu gosto.Além disso, restou evidente, pela publicação dos diálogos captados na quebra do sigilo e monitoramento telefônico judicialmente autorizados, o uso antecipado do documento registrador da nomeação - termo de posse -, antes mesmo da efetiva posse no cargo, para obstar o cumprimento de eventual e imaginária ordem de prisão preventiva a ser deflagrada pelo Juiz natural já mencionado, num demonstração emblemática de prejuízo à instrução criminal e à aplicação da lei penal, motivos esses, aí sim, autorizadores da decretação de prisão preventiva à luz do disposto no artigo 312 do Código de Processo Penal.

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Inolvidável, ainda, a possibilidade de o desvio de finalidade constatado implicar, em tese, em crime de responsabilidade pratica pela Exma. Sra. Presidente da República, nos termos contidos no artigo 4º, incisos II, VI e VIII, do artigo 4º da Lei nº 1.079/50.Ponha-se em realce a perfeita possibilidade de utilização, como razões de decidir, dos diálogos referidos porque foram captados mediante ordem judicial devidamente fundamentada emanada pelo Juiz natural da causa.Apresentando-se, ainda que em juízo de cognição sumária, indiscutível o desvio de finalidade emplacado em retirar o nomeado da jurisdição do Juiz natural, situação hábil a representar ingerência indevida e abusiva no Poder Judiciário, a concessão liminar da ordem é medida imperiosa.

3. À luz do exposto, e para evitar qualquer risco à independência e ao livre exercício do Poder Judiciário, da atuação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, DEFIRO O PEDIDO DE ORDEM LIMINAR PARA SUSTAR O ATO DE NOMEAÇÃO DO SR. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA para o cargo de Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, ou qualquer outro que lhe outorgue prerrogativa de foro.4. Intime-se, imediatamente, a Excelentíssima Senhora Presidente da República para imediato cumprimento desta ordem, suspendendo os efeitos do ato administrativo até julgamento final desta ação.5. Intime-se, igualmente, a União através do Advogado-Geral da União para que se manifeste no prazo de 48 (quarenta e oito horas).6. À luz dos indícios de cometimento de crime de responsabilidade, oficiem-se ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados e ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República para as providências cabíveis de acordo com cada cargo.

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7. Em seguida, dê-se ciência a Ministério Público Federal.Intimação em Secretaria em : 18/03/2016

Em 19/3/16 no STJ-Liminar Ministro Gilmar Mendes:

Em despacho de 34 páginas, ministro do Supremo Tribunal Federal põe Dilma Rousseff contra a parede, a ela atribuindo manobra para livrar o ex-presidente das mãos do juiz Sérgio Morohttp://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2016/03/report-1.pdf

Trechos das gravações, que estão no despacho do Ministro

Gilmar Mendes:

-Pag 24

Em 8.3.2016, às 18h11, Luiz Inácio Lula da Silva mantém conversa com o cientista político

Alberto Carlos. Este diz que analisou seu caso e que a única chance de escapar da prisão seria a

assunção de um Ministério.

-Pag 28

Em uma conversa no dia 10.3, Rui Falcão, Presidente do Partido dos Trabalhadores, propõe ao

então Ministro Chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, a nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva

para cargo de Ministro de Estado, para impedir sua prisão

-Pag 30 e 31

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Mas duas conversas entre Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidente da República parecem

demonstrar que esta assumiu o propósito como seu. No dia 4.3, às 13h02, Luiz Inácio Lula da

Silva se diz assustado com a “República de Curitiba” e afirma que a Suprema Corte está

acovardada...

O objetivo da Presidente da República de nomear Luiz Inácio Lula da Silva para impedir sua

prisão é revelado pela conversa seguinte, em 16.3, 13h32. Trata-se de diálogo sobre o termo

de posse, com o seguinte conteúdo:...

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