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1 VIVENDO NO CORAÇÃO

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VIVENDO NO CORAÇÃO

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VIVENDO NO CORAÇÃO

Como entrar no espaço sagrado dentro do coração

Com dois capítulos da

relação entre o coração e

a Mer-Ka-Ba

Drunvalo Melchizedek

Light Technology Publishing

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Dedicado ao meu Amor, minha esposa Claudette

Quando eu conheci minha esposa, sabia que ela mantinha uma tradição de

compreender o coração que tinha mais de quatro mil anos. Suas professoras

Catherine Shainberg e Kolette de Jerusalém a treinaram em Imagens do Coração.

A linhagem de Kolette vem das primeiras pessoas que escreveram sobre a Mer-Ka-Ba

(Merkavah em hebreu) neste ciclo da Terra. Porém, os homens da tribo que estavam

ensinando a Mer-Ka-Ba acharam que seu povo não estava pronto para uma

experiência interdimensional direta e tornaram-se emocionalmente perturbados, uma

vez que interagiram com outros mundos diretamente. Para resolver esse problema, as

mulheres desta tribo criaram um sistema de conhecimento para preparar as pessoas

para outros mundos utilizando o mistério feminino das Imagens do Coração.

Quando minha esposa me expôs pela primeira vez a estas imagens, eu não pude

achar nada que me explicasse o que elas eram ou como elas estavam trabalhando na

alma humana. Tudo o que sabia era que elas funcionavam.

Mais de oito anos estudando o trabalho de Claudette finalmente levou-me na direção

da pesquisa deste livro. Tenho a certeza que sem a influência dela eu ainda estaria

procurando por respostas dentro da mente. Então, eu sou grato a ela pelas Imagens

do Coração que finalmente me encaminharam para esta experiência que eu prestes a

compartilhar com você. Claudette, eu a amo e agradeço do fundo do meu coração.

Drunvalo

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Se alguém lhe diz:

"Na cidade fortificada do imperecível,

Nosso corpo, há uma flor de lótus

e neste lótus existe um espaço minúsculo:

O que ele contém para que alguém

deva desejar conhecê-lo? "

Você deve responder:

"Tão vasto quanto este espaço exterior

é o espaço minúsculo dentro do seu coração:

o céu e a terra são lá encontrados,

fogo e ar, do sol e da lua,

iluminação e as constelações,

seja lá o que pertence a você aqui em baixo

e tudo o que não te pertence,

tudo isso está reunido nesse espaço minúsculo

dentro do seu coração. "

* Chandogya Upanishad 8.1.2-3

Dado a mim por Ron LaPlace um dia após o término deste livro.

Drunvalo

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Prefácio

Desde 1971, eu tenho intensamente estudado meditação e o corpo de luz humano

chamado Mer-Ka-Ba e meu ser tem sido absorvido por esta antiga tradição na maior

parte da minha vida adulta. Para mim, isso sempre pareceu a tudo abranger e a

resposta para as inúmeras questões sobre a vida. Minha orientação interior ensinou-

me as sagradas geometrias que levaram à minha descoberta do corpo de luz e a

própria sagrada geometria pareceu estar completa e manter todo o conhecimento e

mistérios do universo. Foi realmente incrível.

Contudo, após tantos anos de experiência com esses campos de luz, aos poucos se

tornou claro para mim que havia mais, embora eu não conseguisse articular o que era

por muito tempo. Como normalmente acontece, Deus (a) Se revela de maneiras

inusitadas e frequentemente de formas crípticas. Em algum lugar dentro dos mundos

internos dos meus espaços, uma joia esotérica de imenso valor espiritual que vai além

da Mer-Ka-Ba fez gradualmente o caminho para dentro da minha vida. E por qual

razão? Eu só posso deduzir que era para ser usada.

Então, essas palavras são meu presente para você, pois na verdade sei quem você é

e eu o/a amo como a Terra ama o Sol. Eu acredito em você, e acredito que usará este

conhecimento sabiamente – eu também não estou preocupado que talvez faça mau

uso desta informação, pois ela não consegue ser mal utilizada.

Drunvalo Melchizedek

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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................................................. ....................9.

Capítulo 1 – Começar com a Mente......................................................................................................... ..................12

Limpando o Ar com Tecnologia................................................................................................................... ..................13

Limpando o Ar com o Corpo de Luz Humano................................................................................................. ..............23

Encontrando o Mundo Interno no Coração.............................................................................................. .....................25

Capítulo 2 – Enxergar na Escuridão................................................................................................ .........................29

Uma mulher cega pode enxergar............................................................................................................. .....................30

Crianças psíquicas da China................................................................................................................... ......................34

Inge Bardor – Enxergando com as mãos e pés.................................................................................... ........................35

As crianças super-psíquicas na China........................................................................................................... ...............39

A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano em Moscou...................................................... ....................41

Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária................................................................... .......................42

Capítulo 3 – Aprender com as tribos indígenas........................................................................ ...............................44

Anciães aborígines compartilham suas energias.............................................................................. ............................45

O Poder da Oração Maori vinda do coração ......................................................................................... ........................46

A experiência Kogi........................................................................................................................................ .................51

A mulher colombiana............................................................................................................................................... .......57

Tornando-se Um com os cavalos.............................................................................................................................. .....60

Levando outra pessoa para dentro do Espaço Sagrado................................................................... ..............................61

Capítulo 4 – O Espaço Sagrado do Coração...............................................................................................................65

Estudando e ensinando Vivendo no Coração.................................................................................................................68

A Vibração do coração – um jeito fácil de voltar....................................................................................... .......................69

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Minha experiência pessoal do Sagrado Espaço do Coração................................................................. .......... ........ .70

Voltando para Casa................................................................................................................................ ........... ......... 74

O que é Tempo?.................................................................................................................................. ............ ............76

Outros Espaços Sagrados – Alguns exemplos.................................................................................... .. .....................78

O que pode pará-lo de ter essa experiência............................................................................................ .................. .80

Capítulo 5 –A Unidade do Céu e da Terra..................................................................................................................82

A respiração da Unidade................................................................................................................................................84

Entrando no Palco..........................................................................................................................................................87

É Tão Simples................................................................................................................................................................88

Capítulo 6 – Deixar a mente e entrar no Coração......................................................................................................89

Primeiro exercício – mover ao redor do Corpo...............................................................................................................92

Segundo exercício – Entrar no Coração.........................................................................................................................95

Terceiro exercício – A cabeça “Om” e o Coração “Aah”.................................................................................................96

Dois caminhos para dentro do Espaço Sagrado do Coração.........................................................................................97

Capítulo 7 – A meditação do Espaço Sagrado do Coração......................................................................................99

Preparando para a meditação.......................................................................................................................................100

O Sopro da Unidade.......................................................................................................................................................101

Escolha seu caminho para dentro do Coração..............................................................................................................102

Retornando ao Espaço Sagrado do Coração.................................................................................................................103

Capítulo 8 – A Mer-Ka-Ba e o Sagrado Espaço do Coração.....................................................................................105

Combinando o Espaço Sagrado do Coração com a Mer-Ka-Ba....................................................................................106

Os anjos explicam...........................................................................................................................................................109

Capítulo 9 – Cocriação consciente do Coração conectado com a Mente...............................................................111

Thoth fala.........................................................................................................................................................................112

Criando a partir do Coração............................................................................................................................................114

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Criando a partir da Mente..............................................................................................................................................116

Lógica versus Sentimentos e Emoções.........................................................................................................................117

Sonhe um sonho do Novo Mundo..................................................................................................................................118

Quando nós criamos o Mundo – um Poema..................................................................................................................119

Para ler mais...................................................................................................................................................................120

.

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Introdução

Há muito, muito tempo nós, humanos, éramos bastante diferentes. Nós podíamos nos

comunicar e experimentar maneiras que somente alguns começam a compreender no

mundo moderno atual. Nós podíamos utilizar uma forma de comunicação e percepção

que não envolve qualquer função cerebral, mas provém do espaço sagrado dentro do

coração humano.

Na Austrália, os aborígenes ainda estão conectados com a antiga trama da vida que

eles chamam de tempo do sonho. Neste sonho coletivo ou estado de consciência eles

continuam a existir dentro de seus corações, vivendo e respirando num mundo que se

tornou quase completamente perdido para mente ocidental de hoje. Próximo deles, na

Nova Zelândia, os Maoris podem ver através da vastidão do espaço até os Estados

Unidos em suas meditações. Desta forma, eles podem realizar a comunicação efetiva

com os Hopis para marcar reuniões de trocas de profecias. Sem enviar qualquer tipo

comunicação tecnológica, os arranjos são feitos. No Havaí, os Kahunas comungam

com a Mãe Terra para pedir pelo local onde os peixes estão nadando para alimentar

seu povo. As crescentes nuvens brancas no primitivo céu azul se transformam na

forma de uma mão humana que aponta para os abundantes peixes abaixo. No vale de

uma montanha de alta profundidade nas montanhas de Sierra Nevada da Colômbia,

América do Sul, mora uma tribo de pessoas indígenas que conhece a linguagem que

não há palavras. Esta linguagem vem do espaço sagrado de seus corações.

Se pelo menos pudéssemos lembrar! Antes da Babilônia, diz a Bíblia Sagrada, a

humanidade foi abençoada com uma única linguagem que todos os povos da terra

sabiam. Todavia, depois fomos divididos em centenas de línguas faladas criando

barreiras entre nós, mantendo-nos separados uns dos outros, cada um em seu próprio

pequeno mundo introvertido.

A desconfiança nascida do equívoco foi nosso destino involuntário. Desta maneira,

nós estávamos destinados a sermos confrontados uns pelos outros. Não

conseguíamos falar uns com os outros. Era a separação na sua forma mais fria. Ainda

que tivéssemos nascido da mesma Fonte cósmica, irmãos e irmãs estavam

impossibilitados de expressar seus pensamentos e sentimentos e logo se tornaram

inimigos. Conforme os séculos foram empilhando-se uns sobre os outros, o antigo

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modo de entrar no coração para experimentar o sonho comum se perdeu na isolação

da mente humana.

Este é um livro de lembranças. Você sempre teve este local dentro do coração e ainda

está ali agora. Existiu antes da criação e ainda existirá após a última estrela reluzir sua

luz brilhante. À noite, quando você adentrar seus sonhos, você deixa sua mente e

entra no sagrado espaço do seu coração. Porém, você se lembra? Ou você apenas se

recorda do sonho?

Por que eu estou contando sobre “algo” que está apagando de nossas memórias?

Que benefício isso faria para encontrar este lugar novamente num mundo onde a

grande religião é a ciência e a lógica da mente? Eu não sei que este é um mundo

onde emoções e sentimentos são cidadãos de segunda classe?

Sim, eu sei. Mas meus professores pediram-me para recordá-lo de quem realmente é.

Você é mais do que somente um ser humano, muito mais. Para dentro do seu coração

é um lugar, um lugar sagrado onde o mundo pode literalmente ser refeito por meio da

co criação consciente. Se realmente deseja paz de espírito e quer retornar para casa,

eu o convido para dentro da beleza de seu próprio coração. Com sua permissão, eu

lhe apresentarei o que foi apresentado a mim. Eu lhe darei as instruções exatas para o

atalho para dentro do seu coração, onde você e Deus são intimamente um.

É uma escolha. Contudo, eu devo avisá-lo: dentro dessa experiência reside grande

responsabilidade. A vida sabe quando um espírito nasce para os mundos superiores e

ela o usará como todos os grandes mestres que já viveram foram usados. Se você ler

o livro e fizer a meditação e então espera que nada mude em sua vida, você pode ser

pego dormindo espiritualmente. Uma vez que você entrou na “Luz das Grandes

Trevas”, sua vida mudará – afinal, você lembrará quem realmente é e sua vida se

transformará uma vida de serviço à humanidade.

Nos últimos dois capítulos encontram-se uma surpresa e um vislumbre de grande

esperança. O corpo de luz humano que rodeia o corpo por volta de 16 a 18 metros de

diâmetro, e a Mer-Ka-Ba (sobre a qual eu escrevi nos meus primeiros dois livros, O

Antigo Segredo da Flor da Vida, volumes I e II), tem um segredo inerentemente

conectado a este sagrado espaço do coração. Se você está praticando a meditação

Mer-Ka-Ba em sua vida, eu acredito que achará primordial a informação contida nesse

livro para sua jornada de ascensão nos mundos superiores da luz. Se estiver apenas

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interessado no sagrado espaço do coração, talvez essas palavras sejam uma dádiva

em sua vida e o auxilie a relembrar sua verdadeira natureza.

Um último comentário. Esse livro foi escrito com o mínimo de palavras possível para

transmitir o significado e manter a integridade da essência desta experiência. As

imagens são propositadamente simples. É escrito pelo coração, não pela mente.

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Capítulo 1

Começar com a Mente

Limpando o Ar com Tecnologia

Limpando o Ar com o Corpo de Luz humano

Encontrando o Mundo Interno no Coração

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Quase ao acaso, eu escolhi um ponto aparentemente arbitrário em minha vida para

começar minha história: não enquanto eu estava em meditação dos mundos

superiores da sagrada geometria da Mer-Ka-Ba, mas numa cena simples do cotidiano

onde eu tomei a decisão de ajudar a Terra curar seu meio-ambiente utilizando a

tecnologia da mente. Eu senti que todos nós temos esta responsabilidade e se eu

estava indo falar sobre isso como fiz em algumas das minhas palestras públicas, teria

que vivê-la. Então, eu me abri para todas as possibilidades que poderiam vir na minha

direção de como eu poderia pessoalmente auxiliar a curar as condições climáticas da

nossa querida Terra.

Porém, para que você compreenda – não é a temática de limpar o meio-ambiente em

si que é o motivo pelo qual eu estou contando-lhe essa história. É o que aconteceu a

mim e como minha vida se modificou enquanto estava experimentando uma máquina

chamada de R-2, que começou a abrir o meu espírito para uma nova e diferente

maneira de experimentar a vida.

Pouco eu sabia na época que esses experimentos tecnológicos poderiam conduzir-me

além da mente e para dentro de partes desconhecidas da minha consciência e em

profundidade no lugar secreto dentro do meu coração.

Limpando o Ar com Tecnologia

A história começa em maio de 1996, quando um velho amigo me telefonou e

perguntou se eu estava interessado em ajudar um projeto de limpeza da poluição

atmosférica que ele estava envolvido em Denver, Colorado. Eu manterei seu nome em

sigilo, pois acredito que ele gostaria que assim eu fizesse. Eu apenas o chamarei de

Jon. Esse homem era um cientista renegado que estudava todos os aspectos da vida

e o mundo físico num pequeno, mas sofisticado laboratório domestico.

Eu duvido que seu QI pudesse ser medido e, certamente, ele era um mestre genial.

Ele criou uma nova forma de “ver” a realidade usando emissões de micro-ondas, o que

deu ale uma vantagem tremenda na busca de respostas em nosso mundo. Mesmo

nosso governo, conhecendo o trabalho dele, não foi capaz de duplicá-lo até muito

recentemente.

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Jon disse que ele e seus associados, um dos quais era Slim Spurling com suas

incríveis bobinas, descobriram a natureza que poderia curar os problemas ambientais

do planeta e ele queria que eu visse o que era. Ele disse que eles tinham limpado o ar

poluído de Denver e que o ar estava primitivo agora. Ele me convidou para ir e ver por

mim mesmo.

Eu dificilmente podia acreditar nisso, uma vez que eu costumava morar em Boulder,

Colorado, apenas algumas milhas de Denver, que no final da década de 70 tinha a

pior qualidade do ar na América – até pior que Los Angeles. Em primeiro lugar, foi um

dos motivos que me levou a sair de Boulder. Na realidade, eu achava que Jon estava

exagerando, porém conhecendo seu intelecto e genialidade, qualquer coisa era

possível. Então eu pensei, por que não? Eu precisava sair de qualquer maneira e isso

parecia algo que seria, no mínimo, interessante.

Eu decidi ir com a mente aberta e sem expectativas. Mesmo que ele dissesse algo que

não fosse verdadeiro, essa viagem me levaria mais próximo para as montanhas

cobertas de neve das Rockies, as quais sempre me fizeram sentir mais vivo.

Uma semana depois, eu saía de um avião em Denver para uma atmosfera virginal da

qual eu raramente vi na minha vida. Era quase como se não houvesse atmosfera. Eu

podia ver as árvores nas montanhas de uma grande distância, por volta de 32

quilômetros.

Eu apenas parei lá como um turista perdido em uma terra estranha, boquiaberto com a

pureza que eu nunca vi nos cinco anos nos quais morei em Denver. Dizer que meu

interesse foi despertado é muito pouco. Eu estava entusiasmado. Poderia Jon

realmente ter feito isso?

Um táxi do aeroporto rastejou-se para perto de mim, o motorista exalando um estado

mental leve e relaxado. Ele acenou para que eu sentasse no banco dianteiro como se

eu fosse seu velho amigo e dentro de alguns minutos nós estávamos silenciosamente

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deslizando em direção da casa e laboratório de Slim Spurling, um local onde eu nunca

tinha visto antes, mas do qual já ouvira grandes histórias.

Eu me lembro de olhar dentro dos olhos do motorista de táxi e ele pareceu estar

completamente livre de estresse, uma qualidade incomum para um motorista de táxi.

Eu perguntei a ele se gostava de seu trabalho. Olhando para a estrada à frente, ele

disse que amava o que fazia. Para ele, as pessoas eram como livros abertos

contando-lhe histórias de suas experiências enquanto viajavam ao redor do mundo.

Ao dizer isso, ele me perguntou por que estava em Denver. Eu contei a ele que estava

ali para achar a resposta para os problemas da poluição mundial. Ele me olhou, dessa

vez com uma inocência infantil, e disse: “Acabou tudo, agora. Veja, não há poluição”.

Eu disse-lhe que podia ver o quanto o ar estava incrivelmente limpo. “Mais do que

isso”, ele disse. “Toda pessoa que conheço se sente tão bem! Você sabe o que

aconteceu?”

Eu não tinha resposta para a pergunta dele, então logo nós chegamos a uma série de

prédios antigos de dois andares na rua comprida que finalmente termina na Escola de

Minas do Colorado. Ali que eu encontraria Slim Spurling, um dos pesquisadores que

compilavam a informação experimental de um novo instrumento de redução da

poluição chamado de R-2.

Essa era uma invenção mágica que, de alguma maneira, capturava a forma de onda

da nuvem de chuva quando ela estava a ponto de clarear e a enviava para uma área

de 56 mil quilômetros, quebrando os hidrocarbonetos em moléculas inofensivas,

oxigênio e vapor de água. Isso era realmente verdadeiro? Eu definitivamente senti que

sim ao respirar o ar da rua de Slim.

Eu bati à porta e ouvi Slim gritar para que eu entrasse e então, eu entrei. Sua casa era

definitivamente um laboratório e não um lugar para morar, dormir ou comer. Tornou-se

logo evidente que sua casa era no andar superior, separado do seu mundo de

pesquisa.

Bobinas estranhas de cobre de diversos tamanhos estavam colocadas no chão e

havia outras coisas que somente Deus e Slim sabiam o que eram. Para esse homem,

que parecia um cruzamento entre Merlin com sua barba branca e longa e seu velho

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cowboy procurando a vaca perdida do rebanho, essas velhas bobinas estavam

realmente fazendo algo para auxiliar limpar a poluição do ar de Denver.

Jon não estava ali no primeiro dia, porém estavam Slim, seu co-inventor, e outros dois

pesquisadores que estavam testando o equipamento. Logo os dois saíram e eu estava

sozinho com Slim e pude começar a compreender esse homem, tornando-se

rapidamente perceptível que se tratava de outro gênio. Eu fiquei com Slim e seus

colegas por alguns dias, aprendendo o que eles sentiram que podiam compartilhar

comigo.

Aqui está como um R-2 funciona – na verdade, há muito mais que isso, mas a

explicação seguinte é uma aproximação: A forma de onda que uma nuvem de chuva

emite exatamente quando ela está a ponto de descarregar relâmpago é duplicada

numa máquina especial (essa não é a R-2). Depois, ela é colocada num chip de

computador no R-2 cujo sistema de alto-falantes a envia para atmosfera por meio de

uma bobina chamada de um harmonizador. A forma de onda então cresce e expande-

se para a forma de campo toroidal (como um donut), afetando as ondas de gravidade

para limpar a poluição à distância. O R-2 tem quatro botões ligados no final das roscas

de hastes metálicas, formando um tetraedro. Esses botões podem ser girados para

sintonizar o campo toroidal até que ele “se torne vivo”.

O coração do R-2, duas da bobinas de Slim Spurling:

O Harmonizador (esquerda) e o Acu-Vac (direita)

Jon e Slim ambos consideraram que os campos energéticos toroidais estavam “vivos”

(e eu também após ter testemunhado como eles interagiam com a natureza). Eu tentei

manter a mente aberta, visto que tudo isso era novo para mim na época.

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Primeiro, eu aprendi como sintonizar um R-2 com um sentimento no meu terceiro olho

enquanto eu girava os quatro botões da unidade. Isso era realmente muito fácil; como

eu já tinha muita experiência no campo da física, fazer isso parecia completamente

natural para mim. (Depois, eu percebi que somente alguns podiam fazer isso direito,

mas quase todo sensitivo pode ser treinado).

Eu continuei meu treinamento até chegar o dia no qual Slim e Jon sentiram que eu

estava pronto para testar minhas habilidades. Eu estava a sintonizar um R-2 na

natureza e trazer uma pequena área de Denver que estava “fora de sintonia” de volta

ao equilíbrio. (Se um R-2 sair de sintonia, a área no qual está trabalhando volta para

seu estado original de poluição muito rapidamente, normalmente dentro de duas

semanas). Até esse ponto, eu dificilmente podia acreditar que alguma área de Denver

pudesse ser suja, mas ambos me disseram que era verdade.

Nós dirigimos por volta de 32 quilômetros na parte sudeste de Denver, uma área a

qual não estava familiarizado e depois até o local mais distante da cidade;

estacionamos o carro um pouco antes da rodovia e começamos a caminhar para lado

de uma colina inclinada em direção ao cume. Conforme subíamos a colina, uma

pequena floresta emergiu em direção ao topo.

Eu jamais esquecerei o que eu vi quando alcancei o topo da colina e olhei para baixo o

vale amplo e de baixo nível do outro lado. O vale inteiro estava preenchido por uma

nuvem marrom-avermelhada de pura poluição que se estendia por muitos quilômetros.

Embaixo de um pequeno álamo, escondido da visão de qualquer que estivesse

apenas casualmente passando por ali, estava uma unidade R-2 operando

silenciosamente sua melodia da nuvem de chuva. O problema que ela estava fora de

sintonia.

Jon e Slim disseram-me para sentar em frente ao R-2 e eles veriam se eu havia

aprendido as minhas lições. Imbuído de interesse intenso e com um sentimento infantil

de admiração, eu sentei, cruzei as pernas em frente à unidade e fechei meus olhos,

começando a meditação e sentindo o que sintonizaria unidade.

Assim que eu comecei a girar os botões, Jon me pareou e disse: “Mantenha seus

olhos abertos e observe a nuvem de poluição.” Isso não era como eu havia sido

treinado, porém eu obedeci, observei a nuvem e mais uma vez iniciei a justar os

botões. Jon me parou novamente e disse: “Também escute os pássaros”.

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Eu virei para ele e disse: “O quê?” Ninguém mencionara pássaros durante todo o

treinamento para mim.

Ele repetiu, “Apenas escute os pássaros. Você compreenderá.”

Eu não tinha ideia do que ele estava falando, mas comecei de qualquer maneira.

Assim que eu girei o primeiro botão, eu senti a mudança da área ao redor de

quilômetros – no entanto, nada acontecei com o mundo visível. Uma vez que ajustei o

quarto botão, contudo, duas coisas aconteceram simultaneamente – e ambas me

surpreenderam e me chocaram.

Instantaneamente, a nuvem marrom-avermelhada de poluição desapareceu, deixando

uma atmosfera clara e limpa. Era quase como um milagre. E, no mesmo momento que

a nuvem desapareceu, cerca de cem pássaros começaram a descontroladamente piar

e cantar em volta de mim. Eu nem sabia que eles estavam ali! Os dois eventos juntos

tiveram o efeito estranho sobre mim fisicamente. Eu tinha visto e sentido om pode do

R-2 e naquele instante eu soube que esta nova ciência era real e que eu

simplesmente tinha que aprender mais por experiência direta.

Durante esse tempo, especialmente em 1995 e no começo de 1996, o ar de Denver

tornou-se extremamente limpo enquanto o R-2 estava circulando, contudo a EPA

(Environmental Protection Agency) da cidade tomou todos os créditos por esse

fenômeno. A agência disse que as medidas que realizaram eram as razões pelas

quais o ar de Denver havia se tornado tão limpo. Contudo, como pude observar

diretamente diante de meus olhos grandes áreas de Denver serem instantaneamente

limpas, eu concluí que a EPA de Denver estava simplesmente levando o mérito por

algo que ela não tinha feito.

Além do mais, Jon e Slim tinham testado o R-2 num laboratório independente em Fort

Collins, Colorado, que comprovou que o R-2 estava fazendo exatamente o que eles

afirmavam que fazia. Os testadores tinham uma unidade que colocavam para

funcionar por um período de tempo e depois a desligavam. Eles fizeram isso diversas

vezes por um período, seu eu me lembro, de três meses. A Força Área dos Estados

Unidos da Base Área de Kirkland também estava observando esse experimento bem

como aquele que eu começara em Phoenix, do qual falarei em breve, e perguntaram

se nós cederíamos nossos equipamentos e nós mesmos para seu exame científico

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minucioso. Nós concordamos e aqueles testes provaram conclusivamente que o R-2

realmente limpando a poluição do ar.

Quando nós voltamos para o laboratório, Jon e Slim sentaram-me e ofereceram-me

meu próprio R-2 para levara para minha casa no Arizona para experimentá-lo. Eu

tenho que admitir, eu me senti como uma criança a quem tinha sido dado um longo e

esperado brinquedo. Eu pacientemente esperei para estar em casa, sozinho, para

iniciar a explorar ainda mais essa máquina inacreditável.

Eu cheguei em casa para as manchetes do Arizona Republic de 30 de maio de 1996,

descrevendo o problema horrível da poluição atmosférica que havia se desenvolvido

em Phoenix. O governador do Arizona, Fife Symington, estava dizendo que a poluição

em Phoenix estava tão ruim que a classificação da cidade estava para ser elevada

para “grave”. Alertas eram emitidos com intervalo de poucos dias e a situação estava

piorando diariamente.

Em resposta, o governador Symington tinha criado uma força-tarefa “Estratégias de

Ozônio”, liderada pelo advogado Roger Ferland. Para encontrar uma solução para o

problema da poluição, o Sr. Ferland disse no artigo do Arizona Republic: “Quero dizer

tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco,

difícil ou caro. Nós consideraremos tudo”.

Sr. Ferland disse que eles tinham que, absolutamente, limpar Phoenix; a poluição

atmosférica estava destruindo o turismo e afetando quase todos os negócios, além de

todos os problemas de saúde que causariam.

Então eu escrevi uma carta para o Sr. Ferland pedindo auxílio para estabelecer a

unidade R-2 em Phoenix. Visto que nós tínhamos provas cientificas que isso

funcionava, ambas provindas de um laboratório independente e da Força Área e uma

vez que não estávamos solicitando por ajuda financeira, eu presumi que eles nos

escutariam. Rapaz, eu estava errado! Nessa carta que eu simplesmente pedi à cidade

de Phoenix dar-nos a oportunidade de demonstrar que podíamos fazê-lo. Pagaríamos

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por todos os custos e tudo que eles precisavam fazer era admitir nossa presença e

monitorar o que nós estivéssemos fazendo.

Recebi uma ligação da Prefeitura de um homem chamado Joe Gibbs, que me contou

que eles não estavam interessados em nosso R-2 e não ajudariam de forma alguma

para fazer qualquer coisa. Você deve entender o quão perplexo eu estava com essa

resposta. Foi então que eu comecei a perceber que o artigo de jornal fora somente

para exposição e política e eles não tinham qualquer intenção de realmente limpar a

poluição atmosférica em Phoenix. Eles me rejeitaram em todos os níveis.

Felizmente, ninguém pode me interromper de pesquisar, porque o R-2 funciona com

uma bateria de nove volts e utiliza milivolt para operar e a lei federal diz que nada que

usa menos que um volt é desregulado.

Portanto, em 4 de junho de 1996, eu mesmo liguei o primeiro R-2 em Cave Creek,

extremo norte de Scottsdale. O ar estava tão sujo e seco naquele dia que estava

realmente difícil de respirar. Não chovia por meses e meses e até mesmo alguns

cactos estavam morrendo. Nada acontecera nos primeiros três dias. Então, no quarto

dia, uma pequena nuvem preta apareceu em cima da minha casa. Não havia uma

nuvem em todo o sudeste do Arizona, exceto por esta pequena em cima da minha

casa e pequena unidade R-2. Em seguida, a nuvem começou a expandir e cresceu de

tamanho.

Lá pelo décimo dia, uma nuvenzinha havia crescido por volta de 24 quilômetros de

diâmetro e pela primeira vez num longo período de espera, começou a chover e tinha

relâmpagos. E cara, tinha relâmpago – como eu apenas vi uma ou duas vezes antes

na minha vida. A tempestade continuou por horas a fio, com raios se movimentando

lateralmente pelo céu. O ar tinha um perfume sensível de ozônio. Lentamente, o céu

se abriu para um aguaceiro. Daquele momento em diante, continuou a chover quase

todos os dias, limpando a poluição do ar e enchendo os rios e lagos com água fresca.

Em 1º de Setembro de 1996, o campo em forma de onda criado pelo R-2 estava

estabelecido e desse dia em diante, não houve mais alertas de poluição atmosférica –

nenhuma até a Força Aérea americana nos solicitar o desligamento do R-2 para ver o

que aconteceria.

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Nós desligamos a máquina em 12 de maio de 1998 e já pelo fim do mês a poluição do

ar retornou e a Prefeitura deu o primeiro alerta desde 1996. Durante o tempo do teste

(na verdade, nós tínhamos colocado um segundo R-2 na própria cidade de Phoenix

em março de 1997 e foi quando começou a demonstrar resultados), as medições de

hidrocarboneto na cidade de Phoenix ficaram quase sempre em um único digito. Às

vezes, no meio do centro de Phoenix, os hidrocarbonetos chegavam a zero. Não havia

absolutamente nada, nada de poluição de hidrocarboneto. Infelizmente, o R-2 não

parou os nitratos, que são aqueles que causam a poluição de ozônio, mas ele

realmente auxiliou com os hidrocarbonetos. Tudo isso é matéria de registro público.

No final desse teste, eu tinha certeza que o R-2 era um sucesso, porém a Força Aérea

– que estava monitorando minhas ações – entrou em cena e pediu-me para encerrar a

operação. Eles queriam ver o que aconteceria e ao mesmo tempo informaram-me que

a EPA americana jamais permitiria o que estava acontecendo; sugeriam que eu fosse

para fora dos Estados Unidos. Portanto, com as bênçãos da Força Aérea americana,

comecei a experimentar em terras estrangeiras.

De junho de 1996 a maio de 1998, eu tinha realizado um trabalho com R-2 e

alcançado resultados incríveis, nenhum dos quais a cidade de Phoenix reconheceria.

Finalmente, eu enviei outra carta para a cidade de Phoenix:

7 de Maio de 1998.

Cidade de Phoenix

Ao Senhor Prefeito Skip Rimsza

200 W. Washington

Phoenix, Arizona 85003

Prezado Prefeito Rimsza:

Em maio de 1996m um artigo foi escrito pelo Arizona Republic descrevendo o quanto estava péssima a poluição

atmosférica em Phoenix e como o futuro da cidade estava comprometido por esse problema. Nesse artigo, dizia-se que

o governador Fife Symington tinha criado uma força-tarefa chamada Estratégias de Ozônio, na qual foi liderada pelo

procurador Roger Ferland. Esse artigo está em anexo. O senhor Ferland disse, ao referir-se ao problema da poluição,

“Quero dizer tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco, difícil ou caro. Nós

consideraremos tudo”.

22

Naquele ponto, eu conversei com Sr. Joe Gibbs que estava na força-tarefa Estratégias de Ozônio sobre o sistema de

poluição atmosférica que estávamos utilizando em Denver, Colorado durante o ano de 1995. Como foi comprovado,

Denver, durante o tempo que estava usando nosso sistema, teve o ano mais l impo jamais registrado antes.

Sr.Gibbs contou-nos que ele não estava interessado em nosso sistema, porém porque ele utiliza menos que um watt

de energia, não havia leis que pudesse nos interromper de conduzir um teste se nós quiséssemos. Nós dissemos ao

Sr.Gibbs que faríamos esse teste inteiramente às nossas custas. Ainda assim ele disse não. Nós solicitamos se ele

poderia ao menos monitorar o que estávamos fazendo e ele recusou a proposta. Eu senti que não estava prestativo de

forma alguma. Eu notei uma postura do Sr.Gibbs muito diferente daquela que ele expressou no supramencionado

artigo. Meses depois, quando tentamos compartilhar com ele um teste científico de um laboratório independente de

Fort Collins em Colorado, ele estava muito ocupado. Mesmo quando a Força Aérea, que também esteve trabalhando

conosco, ligou para conversar com ele, ainda assim ele não estava interessado.

Em 4 de julho de 1996, nós criamos um sistema diminuto em Cave Creek que tem um alcance de quase 56 mil

quilômetros. Levou três dias para o sistema ligasse e depois, três meses para que se tornasse estável. Nós estávamos

plenamente operacionais em 1º de Setembro de 1996. Uma cidade como Phoenix deveria ter, pelo menos, dez

unidades operando, todavia não poderíamos pagar para fazer isso. Executar uma unidade é como ter um lindo carro

novo com força de apenas 25 cavalos, ainda que isso seja melhor do que nada.

Antes de 1º de Setembro de 1996, Phoenix estava tendo dias com um elevado número de alertas bem atípicos e

prestes a entrar na classificação “grave” da EPA. Porém, após 1º de Setembro de 1996, acredito que não tivemos

algum dia com algum alerta. E a poluição tem constantemente caído. Em março de 1997, outra unidade foi instalada

próxima ao aeroporto. Isso proporcionou um sistema mais forte e afetou profundamente Phoenix.

A base da Força Aérea de Kirkland no Novo México esteve interessada no que estávamos fazendo por um tempo. Eles

executaram testes em alguns dos nossos equipamentos e se vocês estiverem interessados no que eles sabem, podem

ligar. Coronel Pam Burr no telefone 505-XXXXXXXX.

O motivo que me fez escrever esta carta é informá-lo que estaremos desmontando nosso sistema em 12 de maio de

1998. Temos deixado nosso sistema sair de sintonia já faz três semanas agora. Nos próximos 90 a 120 dias ou mais,

a poluição do ar poderá retornar da maneira que estava antes de junho de 1996. Julgando pela forma que a cidade de

Phoenix respondeu a essa ciência até agora, não esperamos qualquer comunicação. Contudo, se acharem que talvez

nós possamos ajudá-los a manter nossa cidade limpa da poluição, por favor nos telefone.

Cuidando da terra,

Dru Melchizedek

Gerente Geral

Cc: Lt.Col.Pam Burr

Arizona Pam Burr

QED Research, lie

Giv.Jane Hull

23

Durante o período de testes, eu vagarosamente comecei a compreender o que estava

realmente acontecendo e como a consciência humana estava interagindo com o

campo do R-2. Descobri que o R-2 foi criado fisicamente na imagem do corpo de luz

humano ou a Mer-Ka-Ba. Por consequência, deve ser possível para uma pessoa que

conhece a meditação da Mer-Ka-Ba e também a vibração de uma nuvem de chuva,

combinar esses dois componentes e então duplicar a ação do R-2 utilizando somente

pura consciência sem o auxílio da máquina.

Eu pensei sobrei isso por horas a fio. E um ida, eu me encontrei na Austrália

ensinando sobre a Mer-Ka-Ba quando um dos alunos disse, “Bem, se o R-2 pode

modificar a atmosfera sobre uma área, por que uma pessoa que conhece a Mer-Ka-Ba

não pode modificá-la sozinha?” Meus próprios pensamentos...

Limpando o Ar com o Corpo de Luz Humano

Houve uma terrível seca na parte norte da costa leste da Austrália. Eu não me lembro

da época exata, mas deve ter sido em 97 ou 98. Incêndios florestais estavam em

todos os lugares sem qualquer intervalo e o ar estava muito pesado com as fumaças

dos vários incêndios. Estava tão inacreditavelmente seco!

Então, com esse aluno e outras pessoas testemunhando, eu comecei a meditação da

Mer-Ka-Ba e enviei o som de uma forma de onda da nuvem de chuva por meio da

Mer-Ka-Ba para os arredores atmosféricos de vários quilômetros.

Nada aconteceu naquela tarde, porém na manhã seguinte nós acordamos com o

barulho da chuva batendo no telhado metálico da nossa cabine e céu estava repleto

de neblina e nuvens altas. Eu pulei da cama e corri à janela para observar a força da

chuva caindo como uma cachoeira ao redor daquela pequena casa. O entusiasmo no

meu coração me fez sentir como uma criança.

Eu sabia que tinha funcionado, mas ao mesmo tempo era uma única vez – e uma vez

poderia ser simplesmente uma coincidência. A chuva continuou por três dias e não

parou quando eu voltei para a América. Depois, quando eu voltei para casa, eu recebi

uma ligação de um amigo na Austrália que disse ainda estava chovendo forte após

duas semanas. Ele disse que todos os incêndios nas florestas tinham apagado e o

governo declarou que a seca terminara.

24

Meu interesse tinha despertado. Seria realmente verdade? Poderia um ser humano

comum modificar o clima por meio da meditação? Dois meses depois, eu estava na

Cidade do México ensinando um grupo sobre a Mer-Ka-Ba quando eu contei a história

da chuva na Austrália. Um dos ouvintes disse, “Bem, se você pôde fazer isso na

Austrália, poderá fazer aqui na Cidade do México? Nosso ar está tão poluído que nós

mal podemos respirar”.

Tenho que admitir, eu estive ao redor do mundo e nunca vi um lugar onde o ar

estivesse tão poluído quanto estava naquela cidade. Eu podia ver não mais que dois

quarteirões antes dos edifícios desaparecerem. Na verdade, eu não podia ver sequer

o céu no meio do dia. Parecia que eu estava vivendo dentro de uma cúpula marrom e

cada respiração cheirava como se estivesse atrás de caminhão a diesel. Esse

definitivamente seria um bom teste.

Acompanhado por mais de quarenta testemunhas, eu fui para o meio da cidade, para

as antigas pirâmides que estavam localizadas próximas a diversas rodovias. Nós

subimos para o topo onde pudéssemos ver a cidade em todas as direções, porém

somente numa curta distância devido à espessura da poluição.

Nós sentamos em círculo, encarando um ao outro numa área coberta pela grama,

plana e grande que havia no alto da pirâmide. Todo mundo sabia o que eu estava

prestes a fazer: começar a meditação usando meu campo natural da Mer-Ka-Ba como

uma antena para enviar uma vibração na forma de onda de uma nuvem de chuva

exatamente como ela faz para enviar um relâmpago de seu ventre. Olhei para o meu

relógio, como outros também fizeram, e comecei a meditar.

A Pirâmide na Cidade do México

25

Quinze minutos na meditação, um buraco azul abriu-se no céu, diretamente acima da

minha cabeça. Todos olharam para cima e apontaram. O buraco começou a crescer e

crescer. Após outros quinze minutos, ele se expandiu para cerca de 3 a 5 quilômetros

de diâmetro. Criou-se um buraco perfeitamente redondo na poluição atmosférica

acima da cidade que parecia como se alguém tivesse usado um cortador de cookies e

colocado para fora a poluição de cima e simplesmente a jogado fora.

Uma muralha de nuvem marrom foi deixada em todas as direções ao redor de nós,

mas onde nós estávamos, no meio, o ar estava limpo e claro. Cheirava a rosas e uma

bela nuvem rosa se formou no céu acima de nossas cabeças. Era impressionante.

Por três horas e quinze minutos, como nós registramos, a muralha não se moveu. O

governo mandou helicópteros acima do buraco para ver por que ele estava lá, porém

eu nunca ouvi que eles pensaram disso. Então, no final desse período, eu contei ao

grupo que eu pararia a meditação para observar o que aconteceria. Imediatamente

após ter interrompido a meditação, a muralha de poluição atmosférica começou a

correr em direção ao nosso grupo. Dentro de quinze minutos, ela nos alcançou,

fechando-nos novamente no fedor terrível dos gases que despejavam na Cidade do

México. Mais uma vez, nós estávamos na cúpula de poluição que escondia a cidade

de nossa visão.

Eu me lembrei como eu me senti no coração enquanto estava voltando de volta para

os Estados Unidos. Sabia, além de qualquer dúvida, que a consciência humana era a

resposta para todos os nossos problemas. Continha, com dificuldade, meu entusiasmo

durante o longo voo para casa. Depois disso, eu executei o mesmo feito novamente,

duas vezes na Inglaterra e duas na Holanda. Funcionou perfeitamente todas as vezes

e cada vez em frente a uma audiência de cinquenta pessoas ou mais, no mínimo. A

segunda vez na Inglaterra mudou a minha vida dramaticamente.

Encontrando o Mundo Interno no Coração

Não me lembro exatamente onde eu estava na Inglaterra, mas estávamos num

pântano onde o Sol não brilhava por mais de seis meses. Toda a paisagem estava

mergulhada em névoa interminável, que fez tudo ficar úmido e encharcado. Eu estava

ensinando a Mer-Ka-Ba à cinquenta e cinco pessoas e o último dia de um workshop

de quatro dias, eu sugeri que nós tentássemos a meditação para limpar a poluição

26

atmosférica – mas não havia poluição, apenas neblina. Minha orientação interna disse:

“Não se preocupe. Faça a meditação e observe o que acontecerá”.

O Pântano

Não era fácil convencer um grupo inglês para sair e entrar na neblina e na chuva para

criar um círculo de meditação no campo coberta de grama molhada, mas eles

finalmente concordaram. Acho que eles pensaram que eu era um pouco maluco,

porém, de alguma forma, acreditaram em mim.

Todos eles levaram seus guarda-chuvas e sacos de plástico preto para sentar.

Estávamos ali, cinquenta e cinco pessoas incluindo a mim mesmo, sentados num

circulo na neblina e na chuva, segurando nossos guarda-chuvas para repelir todos os

elementos, parecendo uns tolos.

Em silêncio, comecei a fazer a meditação, esperando completamente que algo

ocorresse, mas sem saber o quê. Após quinze minutos, um buraco azul se formou

acima de nossas cabeças e começou a se expandir como havia feito na Cidade do

México. Dessa vez, porém, ele se expandiu mais rápido e mais distante, continuando

até chegar por volta de 12 quilômetros de diâmetro. Estávamos agora sob um céu

claro e azul com o sol vespertino atrás da muralha de neblina que permaneceu como

uma cerca de quase um quilômetro ao redor do círculo. E então, aconteceu.

Um sentimento tomou conta de todos no círculo enquanto todos nós podíamos sentir a

presença de Deus. Isso causou arrepios nos meus braços. Nós olhamos para os céus,

e estava a Lua cheia brilhando vivamente à frente. Apenas era diferente. O céu estava

tão claro que, mais uma vez, parecia que não havia qualquer atmosfera. Ao redor da

27

Lua tinha alguma coisa que eu nunca vi, mas já tinha ouvido antes: estrelas...estrelas

ao redor da Lua, no meio do dia! Foi incrível.

Repentinamente, minha atenção estava voltada em direção à Terra e eu percebi que

havia pequenos animais – esquilos, roedores, cachorros – todos a nossa volta,

observando. Muitos e muitos pássaros estavam empoleirados nas arvores próximas,

cantando suavemente. Eu olhei para as pessoas no circulo e estava evidente que elas

estavam num estado alterado de consciência. Eu sorri, pensando em St. Francis e

observei os animais tentando todos se aproximarem o quanto podiam de nós,

humildes seres humanos.

Lembrei-me de um pensamento que pipocava na minha cabeça: “Queria que nós

estivéssemos na luz do sol; está um pouco frio”. Imediatamente, o círculo inteiro

estava iluminado. Eu rapidamente me virei em direção da fonte de luz e vi um pequeno

milagre em progresso. A muralha de neblina tinha escondido o Sol, mas no momento

que o meu desejo por calor veio à tona, um buraco se formou no banco de nevoeiro

exatamente onde o Sol estava, permitindo que um raio entrasse como uma lanterna na

noite de neblina. E o buraco manteve o ritmo do Sol por uma hora e meia. Nosso

pequenino círculo foi banhado pela luz brilhante enquanto rezávamos.

Finalmente, decidi que nós tínhamos visto o suficiente e o Sol estava indo se por em

vinte minutos de qualquer maneira. Disse a todos que eu iria interromper a meditação.

E quando eu fiz isso, o círculo de neblina densa imediatamente correu de volta para

onde estávamos. Dentro de minutos, nós estávamos fechados novamente na neblina e

chuva do pântano.

E enquanto levantávamos, um verdadeiro milagre pelo padrão de qualquer pessoa

ocorreu. Um homem tinha vindo ao workshop com sua esposa e estava numa cadeira

de rodas há mais de dez anos. Ele pôde se levantar, mas apenas por alguns

segundos, tempo bastante para mudar de posição ou de cadeira e sua esposa a

ajudou o tempo todo. Quando todos começaram a deixar o círculo, o homem levantou

de sua cadeira de rodas e começou a andar de volta para o alojamento com o grupo,

deixando a cadeira de rodas para trás! Ele estava andando! Era impossível! Ele estava

um pouco vacilante, mas estava andando.

Sua esposa estava praticamente atônita com a experiência, mas ela me contou depois

que não somente ele estava andando, como sua espinha tinha endireitado e ele

28

estava seis polegadas mais alto do que era antes. Alegria inundou nossos corações e

subjugou o que tinha acabado de acontecer no campo.

Como curador, eu tinha visto milagres por várias vezes na minha vida, mas

frequentemente a doença retorna no dia seguinte. Contudo, na manhã seguinte, o

homem entrou na sala do café da manhã com sua radiante esposa ao seu lado. Além

disso, eu conhecia uma senhora que amiga deles e todo ano ela me ligava e contava

as atualizações sobre o caso. Depois de cinco anos, ele ainda estava andando

normalmente.

Aqui está um caso de um homem que viu a verdadeira natureza da realidade como o

resultado de uma experiência nesse campo inglês. Eu acredito que ele percebeu que

tudo é somente luz e que o mundo é criado de dentro da alma humana; ele soube,

sem sombra de dúvida, que poderia curar sua doença com sua própria consciência e

assim o fez.

Essa experiência na Inglaterra mudou a minha vida também e deu uma guinada na

direção de um ainda desconhecido despertar. Eu comecei a perceber que dentro da

alma humana estava “algo” muito maior que nenhuma ciencia ou a mente lógica havia

jamais considerado. O mundo exterior é criado pelo mundo interno que eu, de alguma

maneira, sabia estar no coração humano – disso eu estava certo.

Eu sabia que esse “algo” estava no coração humanom porque assim que sentei em

meu campo da Mer-Ka-Ba enviando a vibração da nuvem de chuva, eu pude sentir o

local da fonte da vibração – e era o meu coração; era alcançado pelo amor que eu

tinha pela Mãe Terra. Aos poucos, eu estava sendo preparado para uma nova

compreensão de meu relacionamento com a vida.

29

Capítulo Dois

ENXERGAR NA ESCURIDÃO

Uma mulher cega pode enxergar.

Crianças psíquicas da China

Inge Bardor – Enxergando com as mãos e pés

As crianças superpsíquicas na China

A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano em Moscou

Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária

30

Uma mulher cega pode enxergar

Há pouco anos, eu era amigo de Pete Carrol, que era o principal treinador dos New

YorkJets na época. Ele continuava a me dizer que eu precisava conhecer essa mulher

que sabia ser muito incomum, que ele sentia que tinha algo a compartilhar que eu

acharia importante. Eu estava muito ocupado e protelei por vários meses. Até que um

dia, ele pediu se poderia dar meu número de telefone para ela para que pudesse me

ligar. Eu concordei e foi assim que encontrei Mary Ann Schinfield, uma mulher

certamente incomum. (Eu a mencionei brevemente no primeiro volume do livro O

antigo segredo da Flor da Vida).

Mary Ann era completamente cega e tecnicamente não tinha olhos, podendo ver

absolutamente nada. Contudo, ela capaz de realizar as tarefas cotidianas normais –

ela podia até ler um livro ou assistir televisão sem qualquer assistência externa.

Cientistas da NASA realizaram testes extensos para determinar como ela era capaz

de “ver”. Eles perguntaram a ela o que estava vendo dentro de sua cabeça enquanto

estava sentada num cômodo e ela – assim como me relatou posteriormente – contou-

lhes que estava se moendo através do espaço e estava continuadamente assistindo o

que estava acontecendo no sistema solar. Até mais interessante foi que ela disse que

estava restringida a esse sistema solar e não podia sair dele.

Claro que a NASA não acreditou que ela estava “se movendo pelo espaço”, então

fizeram um teste para ver se estava dizendo a verdade. Pediram-lhe que se movesse

ao lado de um de seus satélites e dessem a eles algum tipo de leitura sobre ele, um

número de série ou alguma coisa semelhante. Não tenho certeza o que foi, porém o

fez precisamente e a partir desse momento, Mary Ann pertencia à NASA. Eles nunca

permitiam que ela partisse e continuavam usando-a para seus próprios propósitos.

Não acho que teria feito esse jogo com eles, mas ela fez.

De qualquer maneira, um dia ela me telefonou e nós começamos uma conversa

semanal que mantivemos por volta de quatro meses. Achei que ela era

inacreditavelmente interessante na sua abordagem à natureza da realidade em que

vivemos, a qual ela percebia como uma série de imagens que se originaram dentro de

sua mente. Ela nunca pensou nessa realidade como “verdadeira” na forma que a

maioria de nós pensa. Nós conversamos pelo telefone todo final de semana sobre

31

quase todos os assuntos que alguém pode pensar, sempre do ponto de vista de suas

“imagens”.

Um dia, após mais ou menos dois meses, Mary Ann me pediu se eu gostaria de “ver”

pelos seus olhos. Eu não hesitei e perguntei-lhe o que eu deveria fazer. Ela disse:

“Simplesmente deite na cama e torne o quarto o mais escuro possível.”

Minha esposa, Claudette, estava escutando nossa conversa, então ela abaixou as

persianas e desligou as luzes. Era tarde da noite, semana da Lua Nova, por isso, ficou

extremamente escuro de qualquer forma. Quando Claudette terminou, eu não

conseguia ver minha mão na frente do meu rosto.

Então, Mary Ann falou para pegar um travesseiro para apoiar o telefone e deixar

minhas mãos livres. Fiz como ela pediu. Eu estava agora completamente num espaço

escuro com meus olhos fechados, esperando para que algo acontecesse. Lembro de

sentir nervoso por antecipação, sabendo que eu estava prestes a experimentar algo

novo.

Depois de um minuto, ela me perguntou se eu via alguma coisa. Mas não havia nada;

estava simplesmente escuro como normalmente fica quando fecho meus olhos. Após

talvez de outros cinco minutos, ela perguntou novamente e não havia nada ainda.

Contudo, logo em seguida, como se uma luz tivesse sido ligada, uma imagem

apareceu de repente na minha visão interior. Era como uma tela de televisão e era tão

real que dificilmente podia acreditar.

Estava lá, e meus olhos internos continuaram explorando essa TV interna, porque era

algo que eu nunca tinha visto antes em toda a minha vida. De alguma forma, Mary Ann

sabia que eu havia me conectado à sua visão, pois ela disse: “Você pode ver agora,

não pode?” Tudo que conseguia responder era: “ Sim, o que é isso?” “Somente uma

outra maneira de ver. Você enxergar as pequenas telas ao redor da grande?”

No centro, eu vi uma grande trela que aparecia estar uns 36 centímetros dos meus

olhos. Muitas pequenas telas estavam enfileiradas ao longo do seu perímetro, talvez

sete pequenas telas ao longo da parte superior e inferior e seis de cada lado. As

pequenas telas tinham imagens que se moviam muito rapidamente, cada uma

fornecendo informação sobre a tela central.

32

A TV interna

Mary Ann me pediu para olhar para a tela no alto do lado direito e olhar somente para

essa. Fiz como ela solicitou. Essa tela mostrou imagens de seres vivos misturados

com formas geométricas. Ela continuou dessa maneira em tanta velocidade que minha

mente apenas escassamente decifrar as imagens.

Mary Ann me contou que essa pequena tela mostrava a ela o que estava na

proximidade imediata do seu corpo físico – ela permitia que “visse” mesmo que ela

fosse cega. Incrível!

Mary Ann convidou-me, então, para olhar para uma pequena tela embaixo do lado

esquerdo. Novamente, havia imagens que se moviam rapidamente, porém elas eram

muito estranhas. Elas mostravam pessoas que não pareciam humanas e algumas

vezes, golfinhos apareciam na tela. Mary Ann disse que esse era seu sistema de

comunicação com seus “irmãos e irmãs” do espaço e outras dimensões. O que ela

queria dizer era: Ets!

Antes que eu pudesse pensar sobre o que estava vendo, ela me pediu para olhar na

tela central e dizer o que eu enxergava. Eu me encontrei olhando pela janela – era

perfeitamente real, nada parecido como olhar para um monitor de TV – e vi o espaço

profundo e milhares e milhares de estrelas por todos os lugares. Eu nunca tinha visto

antes as estrelas dessa forma, eu podia sentir a profundidade extrema do espaço no

meu corpo. Era emocionante, divertido.

33

Naquele momento, cientistas da NASA estavam trabalhando com Mary Ann. Eles a

tinham feito localizar os vinte e um fragmentos do cometa Shoemaker-Levy e 9

estavam prestes a colidir em Júpiter. Isso foi em 1994. Os fragmentos do cometa

estavam se movimentando atrás do Sol naquele momento e estavam prestes a ter o

encontro final com seu destino trágico na história astronômica pela colisão na

superfície de Júpiter.

Mary Ann me disse: “Drunvalo, nós estamos prestes a virar à direita. Nós sentiremos

isso no nosso corpo, mas não fique preocupado”. Instantaneamente, comecei a sentir

com se eu estivesse virando meu corpo, porém obviamente ainda estava deitado na

minha cama. A visão dentro da tela começou a mudar enquanto eu estava na cápsula

espacial que estava rodando no sentido horário.

E ali, diretamente na minha frente, estava um dos fragmentos do cometa que o mundo

inteiro estava assistindo de tão longe. Acho que não estávamos a mais de 12 metros

dessa bola de fogo brilhante de poeira e gelo. Era extremamente brilhante e parecia

permanecer imóvel. Eu apenas encarei essa “coisa” como se estivesse assistindo um

filme.

Finalmente, Mary Ann começou a falar. “Estou trabalhando para a NASA no momento.

Querem que eu responda algumas de suas perguntas sobre esses fragmentos de

cometa, mas agora mesmo eu gostaria que você visse como eu vejo. O que você

acha?”

Imediatamente, meu foco foi para outro nível dessa experiência. Eu percebi que Mary

Ann e eu estávamos enxergando da mesma maneira que todos os humanos fazem:

estávamos olhando para frente, porém não podíamos enxergar atrás de nós, a não ser

que nos virássemos. De experiências passadas com outras formas de vida, eu sabia

que algumas vezes ETs podiam ver esfericamente, em todas as direções de uma vez.

“Mary Ann, o que está atrás de você? Não na realidade que você está monitorando,

mas na realidade maior?” Ela não sabia. “Sabe, eu nunca olhei. Eu nunca pensei

sobre isso.” Eu perguntei-lhe se estaria tudo bem se eu olhasse e visse e ela não

colocou qualquer objeção. Ela me concedeu permissão e então, contei-lhe para

permanecer imóvel enquanto eu olhava para trás.

34

Eu me virei para olhar para o que estava atrás dela e o que eu vi me chocou tanto que,

depois de todo esse tempo, eu me sinto estranho ao relatar essa experiência. Mary

Ann tinha uma consciência que não era humana; atrás dela estava a quarta dimensão

e na frente dela, a quinta. Ela tinha consciência que fazia a interface com ambas

dimensões. Até então, eu não sabia que isso era possível.

Para descrever essa experiência seria quase impossível a menos que alguém tivesse

tido a experiência com a quarta dimensão. Porém, tudo o que eu posso dizer é que

atrás de consciência dela era completamente única. Ali estava uma mulher que era

incomum de muitas maneiras além de ser uma pessoa cega que podia “enxergar”. Ela

definitivamente não vinha da Terra, isso estava muito claro. Eu senti a certeza que se

alguém tirasse uma amostra de seu DNA, anomalias surgiriam que apontariam para

suas origens fora da história biológica da Terra.

Eu continuei a conversar com Mary Ann por outros dois meses. Após ter

experimentado as telas, ela queria apenas conversar em imagens e símbolos, os quais

ela me pediu para escrever. Assim como a pequena tela no alto do lado direito da tela

central, suas comunicações eram imagens de seres vivos misturados com formas

geométricas. De alguma forma, eu sempre soube o que ela estava dizendo, embora

minha mente consciente estava encontrando problemas em compreender.

Até que um dia pareceu que nosso relacionamento estava completo e nós dois

dissemos adeus. Lembro-me de pensar que essa experiência não se encaixava com

qualquer outra coisa que eu conhecesse e então eu a arquivei no que eu chamo de

“arquivo estranho”, esperando para maiores informações que me permitissem

novamente adquirir conhecimento para conectar com outras informações.

Verdadeiramente, porém, eu não tinha quaisquer expectativas. Eu apenas adicionei

essa experiência a todas as outras coisas do meu arquivo estranho e continuei com a

minha vida.

As crianças psíquicas da China

Eu percebi que eu falei sobre isso nos livros da Flor da Vida, mas eu senti que isso é

importante relatar isso de novo para aqueles que não os leram. De volta a janeiro de

1985, eu encontrei um artigo da Omni Magazine falando sobre as crianças

superpsíquicas da China que possuem habilidades extraordinárias. Uma vez que o

artigo estava na Omni, eu escutei o que eles tinham a dizer.

35

Aparentemente, o governo chinês tinha solicitado que os repórteres da Omni fossem e

estudasse algumas crianças psíquicas da China. A China estava afirmando que essas

crianças podiam ver com diferentes partes de seus corpos enquanto seus olhos

estavam vedados; que elas podiam enxergar com suas orelhas, a ponta de seus

narizes, suas bocas e às vezes com suas línguas, cabelos, axilas, mãos e pés.

Em 1947, a China descobriu que o primeiro rapazinho que podia “ver” com suas

orelhas. Quando os olhos do menino estavam hermeticamente cobertos, ele ainda

podia “enxergar” ao virar suas orelhas na direção que queria ver. Aos poucos, eles

começaram a encontrar outras crianças, a maioria abaixo dos quatorze anos, que

podiam ver com partes variadas de seus corpos.

Obviamente, isso intrigou os editores da Omni e em 1984, eles enviaram uma equipe

de pesquisadores para a China com a finalidade de estudarem essas crianças. O

governo chinês forneceu a eles um grupo de crianças para teste. O artigo da Omni

enfatizou que os testes eram conduzidos muito cuidadosamente para que não fossem

enganados enquanto o governo secretamente observava cada movimento deles.

Um dos testes que o grupo da Omni realizou foi levar uma pilha alta de livros e

selecionar um aleatoriamente. Então, novamente ao acaso, alguém rasgava uma

página e imediatamente a amassava em forma de uma bola antes que qualquer um

pudesse ver ou ler. Essa página amassada era colocada embaixo da axila de uma das

crianças, selecionada aleatoriamente. Várias vezes seguidas, as crianças chinesas

podiam ler cada palavra naquelas páginas perfeitamente! Como era possível? O

grupo da Omni não tinha ideia. Tudo que eles puderam dizer após testar as crianças

de muitas maneiras era que o fenômeno aparentava ser verdadeiro e não

prestidigitação.

Inge Bardor – Vendo com Mãos e Pés

No segundo volume do Antigo segredo da Flor da Vida, eu relatei como Inge Bardor

demonstrou sua habilidade em enxergar com suas mãos e pés durante a palestra que

eu realizei em Denver, Colorado, em 1999.

Eu tinha conhecido Inge durante uma aula de meditação da Mer-Ka-Ba que eu estava

ensinando no México. Era um workshop de quatro dias e no terceiro dia, eu me

36

encontrei falando sobre as crianças chinesas que podiam ver com diferentes partes de

seus corpos.

Repentinamente, uma jovem de dezoito anos de idade levantou e disse: “Drunvalo, eu

posso fazer isso. Eu posso enxergar com minhas mãos e pés quando estou

completamente vendada. Você gostaria que eu mostrasse a vocês?” Isso era

completamente inesperado, mas é claro que eu queria que ela me mostrasse e a esse

grupo de quase cem pessoas.

Então Inge, toda vestida de branco e muito bonita, andou até área onde eu estava

ensinando. Ela imediatamente perguntou se havia algum cético no grupo que não

acreditasse que ela poderia ver quando seus olhos estivessem completamente

cobertos. Dois jovens se levantaram.

Inge convidou-os para ir ao palco com ela e mandou-lhes que dobrassem dois lenços

e os colocassem sobre seus olhos de certa maneira. Depois, ela embrulhou longos

cachecóis em volta de suas cabeças para selar completamente de qualquer luz e

ambos confirmaram que estava 100 por cento, totalmente escuro. Os dois homens

retiraram os cachecóis e lenços ao mesmo tempo que Inge fazia a mesma coisa em si

mesma, e ela os manteve ali tempo suficiente para que verificassem e tivessem

certeza que não estava trapaceando. Uma vez satisfeitos que Inge não poderia ver

nada, ela começou.

Ela sentou numa cadeira de costas retas com seus pés no chão e perguntou se

alguém no recinto tinha uma foto na carteira ou bolsa que ela poderia usar. Uma

mulher pegou uma foto da bolsa e a entregou a Inge.

Inge imediatamente virou a foto com o lado correto para cima. As pontas de seus

dedos correram a superfície da fotografia por uns três segundos e ela começou a

descrevê-la para o grupo como ela enxergava o que lhe era mostrado. Era uma foto de

uma sala de estar, onde quatro pessoas estavam sentadas num sofá. Um grande

quadro estava pendurado na parede atrás do sofá e não havia muito mais. Era uma

foto comum e simples.

Inge perguntou: “Você gostaria que eu contasse a você alguma coisa sobre as

pessoas ou a casa?” Isso também era algo inesperado. A mulher que deu a foto a Inge

perguntou sobre as pessoas e Inge elencou seus nomes e se me recordo

37

perfeitamente, suas idades. A mulher estava surpresa que Inge pudesse saber tantas

coisas e então perguntou-lhe se ela poderia se mover pela sua casa.

“Eu estou indo para o final do corredor à direita. A primeira porta da esquerda é seu

quarto.” Inge “foi” para o quarto e descreveu exatamente o cômodo inteiro, até dizendo

à mulher o que estava no seu criado-mudo. Então, ela atravessou o corredor até o

banheiro e novamente descreveu-o perfeitamente. A mulher estava maravilhada e

verificou que tudo estava correto.

Nesse ponto, um dos dois céticos pulou de seu assento e começou a afirmar que a

coisa toda era um embuste e que ele iria provar. Ele colocou a mão em seu bolso

traseiro para pegar sua carteira, tirou sua carteira de motorista e passou-a na frente e

atrás de Inge e perguntou: “Muito bem, o que é isso?”

Sem hesitação, Inge virou a licença e colocou-a no lado correto. “Essa é sua carta de

motorista, o que você deseja saber?” O homem disse: “Leia o número”. E Inge leu o

número, seu endereço e outras informações básicas de sua licença. Ele ainda não

estava convencido.

Ele disse a Inge: “Diga algo que somente eu saiba e então eu acreditarei em você”.

Com um pequeno sorriso, Inge respondeu: “Você está aqui com sua namorada, mas

tem outra em casa e o nome dela é....” (Inge falou o nome para o auditório). “e você as

tem mantido secretamente separadas, então uma não sabe sobre a outra.” O jovem

arrancou a licença de motorista das mãos de Inge voltou para sua namorada que

estava chateada após essa revelação. Ele não disse nenhuma outra palavra.

Inge continuou a demonstrar suas habilidades até que se tornou francamente obvio

que suas habilidades iam muito além de simplesmente ver o que estava em fotos que

ela segurava nas mãos. Ela podia fornecer nomes das pessoas que tiraram as fotos e

o que elas estavam vestindo ou pensando no momento em que pressionaram o botão.

Nós todos nos perguntávamos sobre o que tínhamos presenciado. Era verdadeiro,

mas como poderia ser? O que estava acontecendo?

(Através da Inge, eu descobri que existiam duas escolas próximas da Cidade do

México, dedicadas a ensinar crianças como “ver” com partes diferentes de seus

corpos assim como outras habilidades psíquicas. Inge conhecia, pelo menos, mil

crianças mexicanas que podiam enxergar e conhecer da mesma maneira que ela.)

38

Inge e sua mãe, Emma, viajaram para visitar minha família e a mim no Arizona por

alguns poucos dias. Nós decidimos tentar alguns testes psíquicos e era divertido

explorar o potencial humano tão diretamente. O que muitas pessoas pensavam ser

fingimento, eu estava testemunhando e também minhas duas filhas, Mia e Marlee, que

tinham sete e oito anos de idade na época.

Mia estivera calmamente observando Inge “enxergar” sem seus olhos por diversas

horas. Finalmente, ela não podia segurar mais nem mais um momento e disse: “Eu

também quero fazer o que você está fazendo, por favor”. Inge virou-se para ela, olhou

em seus olhos e disse: “Mia, todo mundo pode fazer isso. Você gostaria de ver como

eu faço?”

Mia pulava para cima e para baixo, cheia de entusiasmo: “Sim, sim, sim!” Então, Inge

tirou os lenços dobrados que vendavam seus olhos e cuidadosamente os colocou em

Mia. Ela continuou perguntou-lhe se ela podia ver qualquer coisa e continuou

ajustando os lenções até que Mia dissesse que estava completamente escuro.

Então, Inge folheou uma pilha de revistas por alguns minutos até encontrar

exatamente a foto certa, uma página inteira repleta de rinocerontes cruzando um rio

azul que parecia ter sido tirada na África. Ela colocou a revista no colo de Mia e

colocou suas mãos na borda da foto para que ela soubesse onde estava. Então, ela

simplesmente disse a Mia para olhar dentro da escuridão.

Após alguns minutos, Inge perguntou-lhe o que ela via e Mia respondeu: “Eu não

consigo ver nada. Está tudo preto”. Inge pediu-lhe que continuasse olhando. Depois de

outros cinco minutos, ela aproximou-se de Mia e colocou seus dedos no ombro dela.

Instantaneamente, Mia exclamou: “Inge, eu posso ver. É uma fotografia de

rinocerontes cruzando um rio grande e azul!” Mia não conseguia falar direito, mas

todos nós sabíamos o que ela estava dizendo.

Estava claro que Mia podia agora “enxergar” como Inge. Perguntei a Inge se ela tinha

tocado o ombro de Mia num lugar específico. Ela confirmou isso e disse que

39

acreditava ter se tornado um tipo de antena para que Mia conseguisse “ver”. Na escola

onde ela aprendeu a fazer isso, eles a tinham auxiliado a “enxergar” pela primeira vez

da mesma maneira.

Outra vez, quando Inge e eu estávamos apenas conversando, eu perguntei-lhe como

era dentro de sua cabeça quando estava “vendo”. Por alguma razão, ela hesitou, eu

continuei incitando-a, até que finalmente ela explicou: “Ok, mas é um pouco estranho e

era por isso que eu não queria falar. O que eu vejo é algo como uma tela de televisão

com pequenas telas todas em volta de uma tela no centro. As pequenas telas me

dizem que está na tela central”.

Essa era a última coisa que eu esperava que ela dissesse. Isso me atingiu como uma

frigideira de ferro fundido sobre a minha cabeça e a lembrança de Mary Ann voltou

inundando meus pensamentos. Eu sabia exatamente sobre o que Inge estava falando,

porém eu nunca tinha ligado a tela interna de Mary Ann às crianças superpsíquicas.

Eu não consegui falar por alguns minutos.

Isso significava que eu tinha que reanalisar tudo o que pensava que eu sabia sobre

essas crianças. Era verdade? Todas essas crianças superpsíquicas viam uma tela

interna de TV? De acordo com Inge, pelo menos mil crianças no México viam.

As crianças superpsíquicas na China

Durante o tempo que estava trabalhando com Inge Bardor, estava lendo uma pesquisa

de Paul Dong e Thomas E. Rafill, coautores do livro Superpsíquicos na China. De

acordo com eles, o governo chinês testou mais de cem mil crianças que acreditavam

ser superpsíquicas e podiam “ver” sem utilizar seus olhos.

O governo chinês tinha construído escolas para receber essas crianças quando elas

fossem encontradas para treinamento especial. Na verdade, eles tanto ensinavam

quanto estudavam as crianças para entender esse grande mistério que estava se

desdobrando diante de seus olhos.

O Sr.Dong reportou como essas crianças chinesas estavam realizando feitos

extraordinários de habilidades psíquicas enquanto os cientistas governamentais

estudavam e controlavam cada experimento para certificar que não havia nenhuma

fraude.

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Aqui está um exemplo de um desses experimentos: uma mesa descoberta foi montada

numa área aberta; câmeras de vídeo estavam prontas para gravar o experimento; e

cientistas treinados estavam lá para monitorar todo e qualquer movimento. Um dos

cientistas colocou um frasco de comprimidos selado e fechado, como vitaminas, no

centro da mesa e uma moeda ou algo pequeno como isso, talvez uma pedra, em

direção da borda da mesa. Uma criança pequena aproximaria-se da mesa, mas não

chegaria muito perto, para assegurar que ele ou ela não tocasse em nada. Com as

habilidades psíquicas da criança, os comprimidos passariam pela parede de vidro do

frasco e terminaria no tampo da mesa. Então o outro objeto, a moeda ou a pedrinha

que estava na borda da mesa, flutuaria para o vazio, mas frasco selado. Essa façanha

evidentemente não é tão difícil, uma vez que cinco mil crianças chinesas eram

capazes de realizar esse experimento sob o exame minucioso do governo.

Uma garotinha chinesa de seis anos deu uma demonstração incomum de suas

habilidades psíquicas, com milhares de pessoas no auditório. Antes de entrar no

anfiteatro, a cada pessoa foi dado um botão de rosa na haste com folhas. Então, a

garotinha entraria no palco, agitava suas mãoes e todos os botões de rosa do recinto

se abririam e tornariam-se completamente rosas maduras em apenas alguns minutos.

Isso era um truque, mas era realmente um dos bons.

Houve muitos diferentes tipos de demonstração dessas habilidades das crianças, mas

o fato era muito fácil de compreender: algo extraordinário estava acontecendo na

China e no México. Agora, eu tinha que descobrir se era um fenômeno planetário ou

restrito a esses dois países.

Visto que tanto Mary Ann e Inge utilizavam a mesma tela interna para enxergar, eu

tinha que perguntar para Paul Dong, que estudara essas crianças extensivamente,

sobre as crianças superpsíquicas na China. (Desde 1985, há uma pesquisa extensa

na China a cerca da ideia da consciência maior e o fenômeno psíquico nas crianças e

acabou encontrando caminho nas revistas científicas de prestígio como Nature Journal

e muitas outras. Isso é algo que foi bem pesquisado e documentado).

Eu liguei para Paul na Califórnia, onde ele estava morando. Nós conversamos por

duas horas e perto do final da conversa eu perguntei a ele a questão que estava tão

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ansioso para descobrir: “Paul, o que as crianças chinesas superpsíquicas veem

quando elas estão com os olhos fechados? Quero dizer, o que elas veem em suas

mentes?”

Paul começou agindo como a Inge quando eu a tinha interrogado, dizendo que era um

pouco estranho e mudando de assunto. Finalmente, após uns dez minutos de

estímulo, Paul aventurou-se a dizer: “Drunvalo, eu nuca vi o que elas veem, mas as

crianças me contaram que veem algum tipo de uma tela interna de TV na qual as

imagens vêm a elas.” Eu imediatamente perguntei se era havia umas telas menores

de TV em volta da borda de uma tela central. Paul disse que não sabia sobre isso; as

crianças nunca disseram contaram a ele.

Então, agora que sabia que as crianças chinesas superpsíquicas também viam algum

tipo de tela de TV, mas não estava certo se era o mesmo. Sim, isso era muito

emocionante. Talvez no que eu tivesse tropeçado fosse um fenômeno universal e

estava agora ainda mais determinado a encontrar a verdade.

A Academia Internacional de

Desenvolvimento Humano próxima a Moscou

Um dos repórteres russos e escritores da revista eletrônica The Spirit of Ma’at, Kostya

Kovalenko, tinha lido um dos artigos sobre as crianças superpsíquicas e a tela interna

e ele contou-me que havia uma escola psíquica próxima a Moscou onde as crianças

eram ensinadas a ver a tela interna e ir ainda mais além. A escola estava fazendo

algumas afirmações, que se verdadeiras, poderiam modificar o mundo para sempre,

em última instância.

Essas crianças não somente podiam ver a tela interna e ver sem usar seus olhos,

como podiam simplesmente segurar um livro por alguns minutos e o livro inteiro

aparecer na sua tela interna. Uma vez lá dentro, as crianças podiam rolar as páginas

como um computador e ler e ver todos os textos e fotografias que estavam no livro

original. Além disso, elas sabiam imediatamente o conteúdo do livro inteiro.

O homem que iniciou e dirige essa escola, chamada de Academia Internacional de

Desenvolvimento Humano, é Viacheslav Bronnikov. A fama e realizações da escola

evidentemente alcançaram Washington D.C. quando Hillary Clinton, durante o

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mandato de seu marido, viajou a Moscou para observar a escola em primeira mão. Ela

aprendeu alguma coisa? Talvez seja como ela tornou-se a Senadora de Nova York!

Ao longo dos meses seguintes, Kostya me contou que mais duas escolas na Rússia

estavam ensinando uma concepção psíquica similar, porém usando métodos

diferentes de ensino. Foi quando comecei a perceber que estava em algo muito maior

do que eu pensei originalmente.

Em 1999, eu mesmo fui à Moscou e fui levado para Kremlin para falar com a

Academia Russa de Ciências em Moscou sobre o corpo de luz humano, a Mer-Ka-Ba.

Enquanto eu perguntava das crianças superpsíquicas, os membros da Academia

admitiram que havia milhares dessas crianças na Rússia e que muitas estavam agora

com quase trinta anos de idade. O governo russo conheceu sobre os superpsíquicos

na mesma época que o governo chinês, desde o começo da década de 70. Que

despertar! E eu primeiramente havia pensado que Mary Ann era apenas uma

causalidade.

Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária

A maioria de vocês conhece James Twyman, frequentemente chamado de “Trovador

da Paz”. Ele estava viajando ao redor do mundo cantando canções de paz. Muitas

vezes quando Jimmy cantava suas canções de paz, movimentos maiores entre

governos para encontrar a paz começavam. Eu conheci James Twyman quando ele

veio para minha casa com Gregg Braden, um velho amigo, uns dois anos atrás. Nós

conversamos sobre as crianças superpsíquicas, mas Jimmy não tinha qualquer

conhecimento ou experiência com essas crianças na época. E o tempo passou.

Então, num único dia, Jimmy foi atraído para as vidas das crianças superpsíquicas.

Ele estava dando uma palestra para um grupo pequeno de pessoas na casa de

alguém. Somente adultos estava presentes no início, mas não demorou muito, um

garoto de doze anos apareceu no recinto e sentou em frente ao Jimmy enquanto ele

estava falando.

O garoto cativou a atenção de Jimmy e depois de um tempo, ele se viu dando sua

palestra diretamente para esse menino. Mais tarde, os dois tiveram uma conversa,

durante a qual Marcos, o garoto, fez algo com Jimmy e ele viu a tela interna. Jimmy

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nunca vira nada assim antes, contudo ele se lembrou do que eu tinha contado a ele e

me telefonou mais tarde naquela noite para discutir esse evento extraordinário.

Esse começo humilde levou Jimmy para uma aventura incrível, que ele descreve em

seu livro chamado Emissary of Love. Ele escreve sobre quando foi à Bulgária, de onde

veio o Marcos, e finalmente encontrou um monastério no alto das montanhas onde os

monges estavam treinando crianças para ver a tela interna e ver com diferentes partes

de seus corpos.

Essas crianças da Bulgária estão falando agora com Jimmy telepaticamente sobre

como o mundo chegar à paz. Sua mensagem primordial é que a paz reside dentro de

cada um de nós e que nós somos, na verdade, emissários do amor. Dessa

compreensão, eles querem nos fazer uma pergunta: “Se nós enxergamos a nós

mesmos como emissários de amor, então, como viveremos nossas vidas sabendo

dessa verdade?” E eles nos dizem: “Comecem agora”.

Aos poucos, foi tornando-se claro para mim que de alguma forma enxergar na

escuridão era um fato, embora eu ainda não tivesse compreendido. Eu estava

aprendendo que nós podíamos ver com a luz utilizando nossos olhos e nossa mente

ou podíamos ver com outra parte de nós mesmos usando a escuridão; estava

aprendendo que nós ainda conseguimos ver e conhecer muito mais que a superfície

das coisas. Onde isso estava nos guiando, eu realmente não sabia, mas eu sempre

confiei no Grande Espírito e sei que qualquer coisa é o todo, completo e perfeito como

tem Ele é. Eu sabia que eu apenas tinha que esperar e manter minha consciência

aberta e a verdade se revelaria por si só.

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Capítulo três

APRENDENDO COM AS TRIBOS INDÍGENAS

Anciães aborígines compartilham suas energias

O Poder da Oração Maori vinda do coração

A experiência Kogi

A mulher colombiana

Tornando-se Um com os cavalos

Levando outra pessoa para dentro do Espaço Sagrado

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Enquanto todas essas experiências em torno das crianças superpsíquicas estavam

ocorrendo na minha vida, outra vertente encontrou uma forma de estar nos meus

estudos sobre ver na escuridão. Ela foi muito sutil, mas de sobremaneira fundamental

para a experiência de onde tudo isso se direcionando - o lugar secreto, oculto dentro

do coração que gerou essas imagens incríveis que as crianças estavam vendo e deu-

lhes seus conhecimentos.

Vagarosamente, as tribos indígenas de todo mundo surgiram com outra parte do

grande mistério, cutucando-me para lembrar algo antigo sobre meu espírito. Membros

de muitas tribos contaram-me que eles estavam esperando que através de mim,

mudanças começassem dentro do mundo tecnológico que conduziria à paz mundial e

ao equilíbrio ambiental.

Anciães aborígines compartilham suas energias

Em meados de 1990, eu fui convidado para falar na Conferência de Golfinhos e

Baleias na Austrália. Cheguei a Queensland para ser imerso na beleza dessa terra

com sua grande barreira de recifes, que mede mais de mil milhas de comprimento.

Que lugar fantástico de se viver!

Centenas de pessoas de todo o mundo estavam lá para discutir sobre golfinhos e

baleias, mas também para falar sobre assuntos relacionados como o meio-ambiente

mundial. (Obviamente, os golfinhos, as baleias e o resto da vida não iam sobreviver a

não ser que nós humanos modificássemos o curso de como estávamos vivendo).

Na época, estava experimentando o R-2 e tinha finalmente descoberto que uma única

pessoa, conectada com a Mãe Terra, podia mudar o meio-ambiente ao utilizar seu

corpo de luz ou a Mer-Ka-Ba. Estava muito animado com esse conceito e quando foi

minha vez de subir no palco, sabendo quem era o público, eu falei sobre isso do ponto

de vista muito pessoal. Eu enfatizei que nossos pensamentos e emoções podiam criar

o mundo ao nosso redor e ao ficarmos conectados com a Mãe Terra dentro do

coração, todas as coisas eram possíveis – até limpar o meio-ambiente com apenas o

corpo de luz humano.

Ao final do meu discurso, eu saí do palco, voltei para o recinto e esperei para ouvir o

próximo palestrante. Contudo, fui interceptado por um grupo de cinco ou seis anciães

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aborígines. Eles gesticularam para eu fosse para o círculo deles, para o qual me dirigi

sem pensar muito sobre isso.

Esses homens idosos levaram-me para o meio deles e contaram-me que eu era o

primeiro homem branco que ouviram falar a verdade como a conheciam. Disseram-me

como a Mãe Terra fornecia-lhes tudo sem que tivessem que lutar, que o mundo era

somente luz e que a consciência humana era mais do que os brancos normalmente

compreendiam. (Eles nos consideram uma mutação de sua consciência, como bebês

que estão ainda aprendendo sobre o mundo exterior). O velho homem contou-me que

iriam me apoiar enquanto estivesse na Austrália se eu permitisse o auxílio deles. Não

compreendi verdadeiramente o que eles quiseram dizer por “apoio”, porém, é claro

que concordei – afinal, eram verdadeiramente nossos anciães.

Depois disso, decidi falar em outras cidades australianas, tais como Brisbane,

Melbourne e Sydney. E cada vez que iniciava meu discurso, eu olhava para o auditório

e lá estavam esses anciães sentados no final do recinto num círculo, cantando

baixinho. Algumas das minhas palestras consistiam numa audiência de mais de mil

pessoas, mas as energias provindas desses anciães eram tão fortes que eu podia

senti-las quase pulsando no local. Não sabia como eles me acharam ou mesmo com

eram capazes de viajar essas grandes distâncias - visto não possuírem carros - porém

sempre estavam lá.

Eles me disseram uma última coisa antes que eu deixasse o seu círculo na

Conferência dos Golfinhos e Baleias: “Lembre-se da escuridão e do coração quando

você criar”. Na época, isso nada significava para mim.

O Poder da Oração Maori vinda do coração

Logo após, retornei para minha casa e o líder espiritual de Waitaha Maori, um povo

indígena da Nova Zelândia, pediu-me permissão para vir à minha casa na América e

conversar comigo. Macki Ruka fez sua solicitação através de Mary Thunder, uma

anciã americana que me ligou e o trouxe até a minha casa. Isso era muito

interessante, uma vez que não tinha tido nenhum contato com esse povo; todavia, de

maneira alguma eu iria recusá-lo, embora não tivesse a mínima ideia do que ele queria

falar comigo. Mary Thunder trouxe Macki Ruka acompanhado de vários assistentes

para a minha casa. Mary é uma avó maravilhosa da tribo Cheyenne e nós

permanecemos amigos desde então.

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Macki Ruka era um homem impressionante que pesava por volta de cento e sessenta

quilos. Trouxe diversos rapazes de sua tribo consigo para que carregassem todos os

itens dos cerimoniais sagrados que sentiu serem necessários para a sua visita a mim.

Alguns desses itens pesavam mais de cinquenta quilos! Não consigo recordar

exatamente o que eles eram, exceto que eram tão pesados, às vezes precisando de

mais de uma pessoa para movê-los. Os artigos cerimoniais foram colocados todos ao

nosso redor assim que começamos a falar.

Nossa conversa logo levou a uma discussão sobre a sobrevivência do mundo e como

nós, membros da civilização moderna, precisávamos recordar a antiga sabedoria para

sobreviver. Ele disse claramente que havia formas de comunicação que, se

lembradas, poderiam modificar tudo no mundo. Por algum motivo, estava claro que

essa era sua mensagem primordial. Nós conversamos por quatro horas sobre muitos

assuntos, porém antes de partir, ele me contou que enviaria alguém de sua tribo para

mim e que eu esperasse essa pessoa. Não entendi porque ele faria isso, contudo eu

concordei.

Poucos anos depois, estava morando com minha família no Arizona e estávamos no

meio da mudança de Sedona para Cave Creek. Eu tinha alugado um furgão e estava

lutando para levantar uma caixa e colocá-la no furgão. (Você não acreditaria quanta

coisa eu adquiri desde que me casei. Quando nos conhecemos, Claudette tinha uma

casa repleta de tudo que é necessário para a vida e eu também).

Enquanto eu me arrastava indo e voltando entre nossa casa e o furgão, deslocando

mais e mais coisas fora da casa e colocando-as no veículo, um jovem eu que nunca vi

antes se aproximou de mim. “Oi”, ele me cumprimentou, “Você precisa de ajuda para

carregar seu caminhão?” Ele tinha uns vinte e oito anos de idade e falava com um

sotaque perfeitamente californiano. Vestia um velho jeans azul e uma camiseta branca

limpa, além de um grande sorriso. Na verdade, ele podia ser um dos meus vizinhos na

época que morava na Califórnia na minha infância e adolescência.

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Eu respondi: “Não, está tudo bem. Não falta muita coisa agora.” Na verdade, eu

realmente precisava da ajuda dele, mas não queria me aproveitar de sua amizade. Ele

me olhou diretamente nos olhos e de seu coração gentilmente insistiu: “ Na verdade,

eu não tenho nada para fazer e adoraria ajudá-lo.” Como eu poderia recusar?

Então começamos a trabalhar. Ele não tinha muito a dizer, mas parecia simplesmente

focar no trabalho e fazê-lo. E assim, quase em silêncio, trabalhamos juntos. Quando o

furgão estava completamente lotado, eu o agradeci e perguntei se havia alguma coisa

que poderia fazer por ele. Ele disse: “ Não, mas eu realmente gostaria de ajudá-lo a

descarregar o furgão na sua nossa casa. Tudo bem?”

Não podia acreditar em tanta generosidade. “Não, isto é pedir muito. Porém, obrigado

por tudo que fez.” Novamente, ele olhou diretamente nos meus olhos e disse: “ Por

favor, deixe-me ajudá-lo. Você precisa do meu auxílio e não tenho absolutamente

nada mais para fazer. É verdade mesmo, está tudo bem.” De alguma maneira,

comecei a sentir como se o conhecesse de algum lugar. Sentia, no meu coração,

como se ele fosse meu irmão, portanto cedi ao seu argumento. “Tá bom, sobe aí. Mas

você é louco.”

Era um percurso de duas horas e meia até minha nova casa e tive uma ampla

oportunidade de perguntar-lhe muitas coisas sobre si mesmo. Enquanto ele esteve me

ajudando a carregar as coisas, não disse quase nada sobre si mesmo, mas agora

estava preso nessa caminhonete velha e alugada.

Nós tínhamos acabado de sair de Sedona quando eu lhe perguntei de onde era.

Esperava que dissesse “Califórnia”, porém ao invés disso ele respondeu: “Da Nova

Zelândia”. Sem mais explicações. Olhei para ele, surpreso. “Achei que fosse da

Califórnia. Você morou lá por um tempo?” Sem me olhar, ele disse: “Não, essa é a

primeira vez que venho à América. Cheguei aqui há duas semanas”.

Imediatamente, virei para ele e o inqueri: “Bem, onde você aprendeu a falar inglês com

sotaque californiano tão perfeitamente?” Sua resposta me chocou até os ossos. “Oh,

Faz apenas três semanas que eu aprendi. Minha tribo me ensinou.” Minha curiosidade

transformou-se em consciência. “O quê? Você aprendeu um inglês perfeito em menos

de um mês?” “Sim, é fácil”.

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No entanto, antes que pudesse me recuperar de sua afirmação inacreditável, ele

disse: “Você se lembra de Macki Ruka? Foi ele que me enviou aqui.” Eu tinha me

esquecido completamente da promessa de Macki Ruka de enviar alguém a mim, então

isso me pegou completamente desprevenido. Não conseguia sequer dizer: “Você está

brincando comigo.” O que teria sido ridículo de qualquer maneira. Ninguém poderia

chegar e dizer essas palavras sobre ter sido enviado por Macki Ruka a não ser que

elas fossem verdadeiras. Ninguém sabia disso, somente eu.

Instantaneamente, percebi que estava no meio de uma profunda experiência espiritual;

a energia no meu corpo mudou. Virei para ele e perguntei: “Como você me

encontrou?” Sua resposta era tão óbvia: “Fácil, eu segui meu coração”.

Após uma pausa, ele continuou: “Na verdade, eu primeiro tive que ir aos Hopis. Fui

instruído que minha tribo e os Hopis iriam compartilhar profecias e fui eleito para ir até

eles. Depois, disseram-me para encontrá-lo. Fui direto aos Hopis. Posso te contar o

que aconteceu lá?” Como se eu fosse interrompê-lo! Ele me contou uma história que

poucos acreditariam, porém afirmo que isso é exatamente o que ele disse:

Ele se ajustou no assento da velha caminhonete e virou-se levemente na minha

direção. “Cheguei na Third Mesa tarde da noite. Eles (os Hopis) sabiam, de alguma

forma, que eu viria e um lugar foi preparado para que eu ficasse. No dia seguinte, eles

me levaram para dentro de uma de suas kivas e mantiveram-me ali por três dias e

noites. Estávamos em completa escuridão”.

Para transmitir pedidos simples, eles falavam em espanhol, que eu também sei, mas

na maioria das vezes eles falavam comigo por meio de visões e imagens, revelando

suas profecias. Em troca, revelei-lhes as nossas verdades sobre o que o futuro trará.

Então, na terceira noite, entregaram-me um pote de barro e perguntaram-me como eu

me sentia sobre ele.

“Na verdade, primeiramente ele nada significou para mim, porém depois de segurá-lo

por algumas horas, uma onda de conhecimento veio sobre mim e uma visão tremenda

se seguiu. Podia ver que eu fui um dos Hopis há centenas de anos e que tinha sido a

pessoa que fez aquele pote. Também recordei que havia colocado uma imagem

dentro dele para que eu me lembrasse centenas de anos no futuro”.

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“Nessa visão, lembrei-me de tudo sobre mim e minha vida com os Hopis. Era tão

satisfatório e incrível me lembrar de tudo. Instantaneamente, recordei como falar a

língua Hopi. Daquele momento em diante, nós falamos somente em Hopi. Isso

aconteceu há apenas três dias”.

O que você consegue dizer para algo assim? Depois de uma pausa, eu perguntei:

“Poderia me contar o que foi compartilhado nas profecias?” Ele me olhou como se

quisesse responder, mas respondeu: “Lamento, mas não estou autorizado a falar

sobre as profecias com ninguém”.

Então, a conversa mudou para suas experiências rotineiras nos Estados Unidos desde

sua chegada. Ele achava que era um local fora do comum para morar. Sentia que nós

estávamos distanciados demais da natureza e da realidade e considerava que a TV

era uma “masturbação mental”.

Logo chegamos ao nosso destino e estacionei a caminhonete até a parada da nossa

nova garagem. Novamente, pouco falamos e muito trabalhamos enquanto

descarregávamos nossas coisas. Quando terminamos, ele pediu permissão para

executar uma cerimônia no novo terreno antes de retornarmos para Sedona. Na

época, essa cerimônia tornou-se uma grande lição do poder da oração, especialmente

quando sua oração vem do coração.

O terreno que compramos tinha um formato quase perfeito de um pentágono. Meu

amigo Maori pediu se poderia rezar em cada uma de suas cinco pontas e claro que dei

minha permissão. Juntos, fomos a cada uma das pontas e ele orou com reverência

profunda: “Amado Criador, por favor ouça minha oração pelo meu amigo Drunvalo.”

Ele continuou pedindo que todos os animais encontrassem refúgio naquele terreno;

que todos que ali morassem seriam saudáveis, felizes e nunca se machucariam; e

finalmente, que ninguém jamais tiraria aquele terreno de mim. Havia mais em suas

palavras, mas essa era a essência.

Depois disso, voltamos para Sedona onde ele me deu um grande abraço, olhou dentro

dos meus olhos uma última vez e partiu. Eu nunca mais o vi novamente.

Quando nós mudamos para nossa nova casa, minha esposa e eu observamos que

animais estavam dormindo por todo nosso terreno. Nós tínhamos apenas um acre e

cerca de metade dele foi utilizado para construir a casa. Mesmo havendo tão pouco

51

espaço, animais que normalmente não ficam próximos um do outro, tais como veados,

javalis e chacais, dormiam em plena proximidade. De fato, chacais normalmente

dormem dentro da Terra, mas não ali – dormiam somente a poucos metros uns dos

outros. Nós frequentemente riamos sobre a oração maori que trouxe tantos tipos

diferentes de animais até nós. Ainda que houvesse um vasto número de escorpiões,

cascavéis e lagarto de Gila por todo o terreno, ninguém jamais foi picado ou

machucado.

Após três anos e meio, decidimos mudar para outra casa. Nossa casa estava

localizada numa área extremamente popular e o corretor de imóveis tinha certeza que

a venderíamos em duas semanas ou no máximo, num mês. Contudo, depois que

quase um ano e centenas de possíveis compradores, ainda não tínhamos vendido

nossa bela casa. Não sabíamos o que fazer.

Uma noite, Claudette acordou de um sonho e disse: “Drunvalo, lembra o que o Maori

disse que ninguém jamais tiraria nossa propriedade? Precisamos quebrar essa oração

ou nossa casa nunca será ouvida.” No dia seguinte, fomos juntos a cada uma das

cinco pontas do terreno e oramos para modificar as palavras do Maori. Nossa casa foi

vendida cinco dias depois.

A experiência Kogi

Foi com os Kogis que minhas experiências com os povos indígenas começaram a

manifestar mais do que lições na espiritualidade e no potencial humano. O que eles

ensinaram-me e mostraram-me iluminou a ideia espiritual de ser capaz de enxergar

dentro da escuridão. Sem o auxílio deles, talvez eu nunca tivesse achado esse espaço

secreto dentro do coração. Por sua assistência amorosa, serei estarei eternamente em

débito com eles.

Eu tinha acabado um workshop Earth/Sky em Maryland/EUA, quando um rapaz

branco aproximou-se de mim e disse que tinha sido enviado pelos maias da

Guatemala para me dar um recado da tribo Kogi da Sierra Nevada da Colômbia,

América do Sul. Eu lhe escutei, porém jamais ouvira sobre a tribo Kogi.

52

A aldeia Koge

Ele explicou que os Kogis eram uma das poucas tribos que fugiu, a maioria, da

Inquisição Espanhola em 1500, mudando para o alto de Sierra Nevada de Santa

Marta. Eles estavam ali inacessíveis e, portanto, capazes de manter algumas de

culturas originais e crenças religiosas. Mesmo agora, eles moravam quase da mesma

forma que viviam muitos anos atrás.

Dentro de sua tribo, existe um grupo chamado os Mamas, a quem os Kogis acreditam

não serem realmente humanos, mas parte da consciência da Terra que mantem o

equilíbrio do sistema ecológico mundial. Os Kogis acreditam que sem os Mamas, a

Terra morreria.

Os Mamas são também líderes religiosos da tribo Kogi e são respeitados da mesma

maneira que Jesus é respeitado pelos cristãos ou Maomé pelos mulçumanos. De

acordo com esse jovem que me contava essa história, os Mamas eram capazes de ver

na escuridão completa e eles observavam o mundo inteiro pela sua visão interna e sua

conexão íntima com a Mãe Terra, a quem chamavam Aluna.

53

Kogis

O que é incrivelmente interessante é que quando um bebê que é ou se tornará um

Mama é descoberto dentro da tribo Kogi, ele é levado para um local incomum para

treinamento e educação especiais. Nos dias antigos, isso era uma caverna

completamente escura, mas hoje o bebê é levado para um prédio especialmente

construído de materiais naturais onde não nenhuma luz pode entrar. Em quase

completa escuridão, esse bebê especial será alimentado somente de alimentos

brancos enquanto cresce e será ofertada somente luz suficiente para não ficar cego. O

bebê também recebe um treinamento espiritual incomum. Pelos primeiros nove anos,

esse bebê permanecerá na escuridão completa, aprendendo a enxergar sem utilizar

seus olhos, assim como as crianças superpsíquicas que estão emergindo em todo

mundo. Que experiência deve ser! Pode imaginar como seria ver esse planeta incrível

pela primeira vez quando você tem nove anos de idade?

O jovem que estava me contando sobre os Kogis e os Mamas começou a contar outra

história, sobre porque ele foi mandado para mim. Ele disse que os Kogi Mamas não

eram somente capazes de ver qualquer lugar do mundo, mas eram também podiam

ver o futuro, como os Hopis, os Maoris e muitas outras tribos indígenas ao redor do

mundo. Ele disse que os Kogi Mamas nunca haviam errado nas duas previsões sobre

o futuro em toda a sua história.

De acordo com os Kogi Mamas, no último eclipse solar do século XX, em 11 de

Agosto de 1999, todos os povos técnico-culturais do mundo deveriam ter alcançado

uma outra dimensão da consciência da Terra, deixando para trás os povos naturais e

54

indígenas do mundo herdarem o planeta físico. ( Isso nos recorda as palavras da

Bíblia que “os mansos herdarão a terra”. Essa previsão é bastante similar à de Edgar

Cayce, o profeta adormecido, dizendo que pelo inverno de 1998 os polos da Terra

modificariam e uma enorme mudança aconteceria na Terra. Muitas pessoas da Nova

Era pensaram que isso significava que a maioria da consciência do mundo

transladaria para a quarta dimensão).

O rapaz se moveu para mais perto de mim como para enfatizar o que ele estava para

me contar. Ele abaixou sua voz e sussurrou: “Em 12 de Agosto de 1999, os Kogi

Mamas viram que nós, os técnicos-culturais, ainda estávamos aqui na Terra. Entraram

em meditação profunda para ver por que, visto que era a primeira vez em sua longa

história de predições que não se tornou verdade”.

Conforme o jovem, na escuridão os Kogi Mamas podiam ver luzes por toda superfície

do planeta – e elas não estavam lá antes. Ao investigar essas luzes, os Mamas

descobriram que eram luzes de pessoas que aprenderam sobre seus corpos de luz,

chamados nos eras antigas de “Mer-Ka-Bas”. A crença dos Mamas eram que essas

pessoas com seus corpos de luz que modificaram o curso da história.

Como professor da ciência da Mer-Ka-Ba, sabia que ao lembrarmos da nossa Mer-Ka-

Ba, podemos – com certo treinamento – alterar o mundo exterior com o que pensamos

e sentimos. De acordo com os Kogi Mamas, alguns de nós modificaram tanto o mundo

externo que uma nova realidade foi criada. E isso era algo que os Kogi Mamas não

tinham visto, porque tinha sua origem no futuro e não no passado. É claro, que se isso

é verdade, começou a revelar um nível ainda mais profundo da natureza do potencial

humano. (Apenas para que você saiba, os Kogi Mamas não tinham pensado que nós

sabíamos utilizar essa habilidade dentro de nós).

Aqui está uma parte interessante de informação. A Força Aérea dos Estados Unidos

tinham me contatado quando eu estava trabalhando em limpar a poluição atmosférica,

primeiro com o R-2 e depois, utilizando a minha Mer-Ka-Ba e em discussões pessoais,

eles revelaram algo muito interessante. Muitos dos meus alunos da Mer-Ka-Ba tinham

me contado – e eu mesmo tinha visto isso – que no momento que você ativa sua Mer-

Ka-Ba pela primeira vez, às vezes eram cercados por helicópteros pretos. E,

frequentemente, os helicópteros não iam embora e os seguiam e ficavam com eles por

semanas ou até meses. Um major da Força Aérea contou-me que quando o disco da

Mer-Ka-ba expande, uma pessoa em seu campo da Mer-Ka-Ka expele quase a

55

mesma energia (pulso magnético) de uma cidade de quinze mil pessoas. Disse que

seus satélites podiam ver o corpo de luz de uma pessoa e mostrar a imagem nas telas

dos computadores da Força Aérea. Por muitos anos, isso causou uma grande

preocupação no exército americano, mas agora eles entendem que isso faz

simplesmente parte da nova consciência que se desdobra na Terra nesse momento.

Portanto, se a Força Aérea americana podia “ver” o campo da Mer-Ka-Ba, por que não

os Kogi Mamas?

O rapaz olhou-me inocentemente e disse: “Os Kogi Mamas gostariam de agradecê-lo

por ensinar a Mer-Ka-Ba e mudar o mundo no processo”. Então, ele me entregou um

pequeno pacote de tabaco embrulhado num pano de algodão vermelho brilhante como

um presente dos Mamas para demonstrar sua apreciação. Não estava preparado para

essa cerimônia inesperada, por isso olhei em volta e dei a ele uma rosa vermelha de

um arranjo de flores próximo para que levasse de volta aos Mamas. E então, acabou.

Depois que ele partiu, pensei sobre essa experiência durante um tempo, mas logo eu

me esqueci dos Kogis a medida que meus pensamentos retornaram para o mundo

familiar da minha vida. Nunca pensei que ouviria algo sobre eles novamente.

Dois meses se passaram e após outro workshop, esse mesmo homem se aproximou

de mim, novamente com outra mensagem dos Kogi Mamas. Ele disse que os Kogi

Mamas queriam me encontrar e ensinar-me a “língua que não tem palavras”. Contou-

me que era muito incomum para eles irem aos Estados Unidos e apenas três deles

tinham saído da Colômbia, porém se eu pedisse, eles achariam uma maneira. Eles

realmente gostariam que eu fosse até Sierra Nevada de Santa Marta e encontrasse

com eles lá.

Pensei sobre essa mensagem por um tempo e então, entrei em meditação profunda

pedindo permissão aos meus dois anjos para embarcar nessa nova aventura. Ambos

olharam para mim e imediatamente concederam a permissão para seguir essa

experiência, fosse lá o que ela seria. Eu abri meus olhos e simplesmente disse: “Sim,

eu permitirei isso”.

Eu tinha a opção de ir às montanhas da Colômbia ou deixar os Mamas me

encontrarem. Sabendo da minha agenda superlotada que estava reservada para o

próximo ano, eu pedi se eles poderiam vir a mim. Sem hesitação, ele me respondeu:

“Eu transmitirei a mensagem” e saiu sem dizer outra palavra.

56

No meu voo de volta para casa, eu finalmente tive tempo para pensar sobre isso.

Embora eu não soubesse como os Kogi Mamas iriam me achar, tinha certeza que eles

conseguiriam. Pessoalmente, eu tinha visto povos indígenas interagir com esse mundo

comum de maneira que muitas pessoas achariam difícil de acreditar. Aqui está um

exemplo:

O povo de Taos Pueblo no Novo México tinha me convidado para participar de uma

cerimônia para auxiliar a curar a dor entre o homem branco e o homem vermelho. A

cerimônia estava para ser realizada pelos seguidores do culto aos chacais, a Igreja

dos Americanos Nativos, dentro de Taos Pueblo e estava marcada para o início do

nascer do sol de um determinado dia no futuro.

O dia chegou e o Sol estava a ponto de começar a cruzar o limite do horizonte,

quando três índios xamãs Huichol chegaram no nosso círculo cerimonial e pediram

permissão para participar. Eles estavam vestidos completamente com roupas

cerimoniais, com penas em seus cabelos e pintaram seus rostos e corpos.

Jimmy Reyna, um nativo de Taos Pueblo, que estava liderando a cerimônia,

perguntou-lhes como sabiam sobre a cerimônia, visto que todos os envolvidos foram

orientados a não contar nada sobre aquilo. Eles disseram que tinha estado numa

cerimônia peyote no México e visto uma visão dessa cerimônia. Seus líderes

determinaram que esses três homens iriam até nossa cerimônia, então eles se

vestiram para a ocasião e andaram até Taos Pueblo.

Bastante impressionante, uma vez que moravam a quase 483 quilômetros da fronteira

americana e depois de cruzarem-na, eles ainda teriam que andar outros 483

quilômetros para alcançar Taos Pueblo – mais de novecentos quilômetros e ninguém

os parou! Eles atravessaram o Rio Grande, ele andaram nas rodovias, subiram cercas

de arame farpado; chegaram somente cinco minutos antes de começar a cerimônia –

tudo isso em seus trajes cerimoniais. Vida e potencial humano são muito maiores que

a maioria das pessoas aceita.

Então, esperei que os Kogi Mamas me contatassem de alguma maneira, embora eu

não pudesse imaginar como isso aconteceria.

57

A mulher colombiana

Dois ou três meses depois, encontrei a mim mesmo em Cuernavaca, México, não

muito distante da Cidade do México, dando outro workshop Earth/Sky. Um pouco mais

de cem pessoas estavam presentes e por volta de vinte delas vinham da Colômbia.

Um desses colombianos, uma mulher com seus quarenta e poucos anos, aparentava

ser como qualquer outra mulher moderna até nosso grupo realizar uma cerimônia,

uma dança ou um canto que era “verdadeiro”, significando algo que fazia com que as

pessoas ficassem conscientes da presença de Deus. Nesse ponto, a personalidade

dela mudaria completamente. Ela se tornou desinibida e primitiva; ela dançou com os

movimentos, abandono e intensidade de alguém que tinha entregado a si mesmo ao

canto e à música – não era algo que você esperaria de uma mulher moderna.

Para mim, era bonito observá-la, porém os outros colombianos estavam constrangidos

pelas suas ações. Enquanto essa mulher continuava com seus “maneirismos

incomuns” em cada dia dos quatro dias do workshop, os demais membros de seu

grupo tornaram-se mais e mais impacientes com ela.

No terceiro dia, o grupo estava num grande círculo segurando as mãos e cantarolando

certos sons para elevar a consciência. Na sua natureza incomum, a mulher quebrou o

círculo e foi para o centro, dançando selvagemente ao canto. Após uns quinze

minutos, os colombianos não podiam suportar mais isso e acenaram para que eu a

interrompesse. Eu mesmo não queria porque seus movimentos eram tão belos para

mim. Contudo, em respeito a eles, entrei no círculo para trazê-la de volta ao grupo.

Assim que me aproximei dela, estava de costas para mim. Eu suavemente a toquei no

ombro e ela se virou. Ela olhou-me nos olhos até minha alma, e seu corpo emitiu esse

som estranho que parecia estar em volta do meu. Instantaneamente, não estava mais

num corpo em Cuernavaca. Estava num lugar exterior com cabanas de palha e

pessoas vestidas de branco em pé ao redor, olhando-me. Era real como a realidade.

Até um cachorro passou correndo.

Não estava mais em meu próprio corpo, mas num corpo feminino observando os

arredores. Um estranho e desconhecido sentimento surgiu através de mim que parecia

quase sexual, mas não era. Vamos dizer que apenas era muito, muito bom. Então,

quando estava começando a aceitar essa minha nova realidade, repentinamente eu

58

percebi a mim mesmo de volta à Cuernavaca, olhando para os olhos dessa mulher

estranha. Nunca tinha tido uma experiência como essa antes – e já tive algumas

experiências bastante incomuns.

Naquele momento, tudo que eu sabia era que queria me sentir daquela maneira

novamente. Então, inteiramente desistindo do meu lugar como líder do grupo e no

meio do canto, peguei a mulher pela mão e dirigi-me para um canto do grande recinto.

Eu a sentei no chão, olhei para seus olhos abertos e castanhos e disse: “Por favor,

faça isso de novo”.

A mulher sorriu e fez o som novamente e mais uma vez, eu não estava mais em

Cuernava, México – eu estava na Colômbia. Por duas horas, conforme as pessoas do

grupo, que pararam de cantar e ficaram observando, eu estava num alterado estado

de consciência.

No curto período de tempo que passei com ela, aprendi e compreendi o que estava

acontecendo de verdade. Tornou-se muito claro para mim. Na verdade, dois anciães

Kogi Mamas me explicaram enquanto estava nesse corpo feminino na Colômbia.

Eles disseram: “Nós fomos para baixo das montanhas, para outra tribo próxima, para

uma mulher que possui habilidades especiais. Pedimos-lhe que nos ajudassem a

alcançá-lo e ela concordou”.

Aparentemente, a mulher cujo nome era Ema, deitou-se numa cama feita de grama

grossa em uma cabana de palha redonda. Seu espírito deixou seu corpo e viajou

desceu ainda mais as montanhas até o final onde uma mulher colombiana estava

morando numa casa espanhola de tijolos. Ema entrou no corpo da mulher – eu não

sabia se ela tinha permissão para fazer isso – e colocou a ideia em sua mente de

participar do meu workshop no México aonde ela, Ema, poderia ensinar-me sobre a “a

língua que não tem palavras”.

O que era mais interessante é que a mulher colombiana não tinha dinheiro, passaporte

ou visto, certidão de nascimento ou qualquer outra maneira de provar sua identidade e

não tinha passagem de avião. Ainda assim, ela conseguiu encontrar o caminho para o

México para comparecer ao workshop. Alguns compraram sua passagem de volta e

antes de sair dos Estados Unidos, os anjos tinham me dito para não cobrar dela o

workshop. Ainda assim, como ela tinha conseguido passar pela alfândega sem

59

qualquer identificação? Como ela conseguiu viajar de avião da Colômbia ao México

sem qualquer complicação? Eu acho que eles apenas não conseguiam enxergá-la.

O que eu estava aprendendo com a Ema com seus sons estranhos no canto do salão

era muito mais do que apenas como os Kogi Mamas fizeram essa transformação

espacial comigo. Com minhas novas habilidades, eu estava andando em volta do

verdadeiro mundo dos Kogi Mamas, num corpo feminino, com velhos xamãs Mamas

ao redor de mim. Sabia que eles tinham conhecimento que era eu nesse corpo e um

desses xamãs aproximou-se muito perto do meu rosto e fez sons estranhos.

Cada vez que o som era feito, eu imediatamente desaparecia nessa outra realidade

onde eles começaram a me ensinar sobre sua história, cultura e crenças espirituais.

No momento que essa experiência verdadeira acabou, eu sabia tudo sobre essa

mulher cujo corpo estava usando, conhecia seu marido e os três filhos como se eles

fossem meus. Dois anciães Mamas estavam ao meu lado durante toda a experiência e

cheguei a conhecê-los como se fossem da família.

Um deles era Mamos Bernardo e tornou-se meu guia durante alguns meses seguintes.

Eu sentia como se tivesse renascido num mundo novo e incrível, onde todas as regras

tinham sido jogadas fora. Meu mundo velho e familiar parecia mais com um sonho do

que realidade onde aquele novo mundo era verdadeiro.

Minha sessão com Ema terminou tão repentinamente quanto começou e eu estava de

volta ao meu próprio corpo no México, dando um workshop sobre algo que, na época,

eu pensava que não tinha qualquer relação.

Aos poucos, durante as semanas seguintes, comecei a compreender minha nova

experiência e comecei a aceitar a forma como os Kogi Mamas estavam me ensinando

tão graciosamente. Aprendi que os sons não vem da mente, pelo pensamento ou

palavras, mas do coração, do espaço sagrado dentro do coração; eles eram

direcionados pelos sonhos, sentimentos e emoções. (Tanto a mente quanto o coração

produzem imagens no corpo, mas somente o coração cria imagens que parecem

completamente reais).

Aquilo era definitivamente um meio de comunicação que ia muito além de qualquer

coisa que a mente era capaz. Eu tinha acabado de experimentar a “língua que não

tinha palavras” e nunca seria o mesmo novamente. Eu me senti simultaneamente

60

honrado e animado pelas possibilidades. A língua que não tinha palavras também

podia ser utilizada como comunicação entre todas as formas de vida – e não somente

entre humanos. The Kogi Mamas disseram-me para tentar comunicar com animais

para que pudesse ver a verdade por mim mesmo.

Tornando-me Um com os cavalos

Claudette tinha três cavalos que viviam num área enorme e aberta. No dia após ter

retornado do México, eu peguei a mão dela e empurrei-a para ir lá fora e vê-los. Eu já

tinha contado a ela sobre minhas experiências com Ema e nós dois queríamos ver o

que aconteceria.

Chegamos ao campo para encontrar cavalos preguiçosamente parados próximos da

cerca, separados por volta de trinta metros e ignorando uns aos outros. Devagar,

andei até o meio do campo enquanto Claudette preparava-se para alimentá-los. Todos

os três pareciam estar adormecidos sob o quente e seco sol do Arizona.

Silenciosamente, eu saí da mente para o meu coração como fui ensinado esse som

muito agudo saiu do meu corpo. Eu não tinha feito o som – ele apenas veio para fora e

a imagem de um potrinho apareceu na minha visão interna.

Instantaneamente, os três cavalos sacudiram suas cabeças e fixaram seus olhos em

mim. Então, na mesma hora, todos começaram a correr tão rápido quanto podiam na

minha direção. Quando me alcançaram, um depois de outro, impulsionaram suas

caras contra o meu rosto. Em questão de segundos, eu estava rodeado por um mundo

de cavalos, preso no meio. Como se fosse um sinal secreto, eles abaixaram suas

cabeças juntos e eu não tive escolha a não ser seguir sua liderança.

Pelos trinta minutos seguintes, eu me tornei um cavalo. Fizemos poucos sons uns

com os outros, intercalado com relinchos tranquilos. Imagens de cavalos e bandos

preencheram meu ser e a mesmo sentir “sexual” que tinha experimentado antes com

Ema inundou meu corpo. Não posso explicar completamente, mas foi um dos

momentos mais gratificantes da minha vida e estava inundado de alegria de estar

falando com esses cavalos.

61

Então, tão rápido quanto começou, terminou. Porém, eu estava mudado para sempre

e também os cavalos. A partir daquele momento em diante, minha relação com eles

não era mais de homem e cavalo – era de um membro da família para outro. Que

dádiva! Naquele momento eu soube, com certeza absoluta, que minha experiência no

México tinha sido real. A vida estava ficando realmente boa!

Para aqueles que conhecem a Bíblia Cristã, lembram-se da história da Babilônia? De

acordo com a bíblia, antes da Babilônia o mundo inteiro falava uma língua e os

humanos podiam até falar com os animais usando essa linguagem. Depois da

Babilônia, Deus separou-nos em muitas línguas, que nos manteve separados porque

não podíamos entender um ao outro. Contudo, arqueólogos nunca tinham descoberto

algum traço dessa língua única em nenhum lugar do mundo. Por quê?

Acredito que seja porque essa língua única não é uma língua escrita ou falada com

palavras, porém criadas por sons provenientes do coração. Somente quando o

coração da humanidade abrir novamente nós nos lembraremos dessa linguagem e

estaremos reconectados – não apenas entre nós e com os animais, mas com toda a

vida em qualquer lugar.

Levando outra pessoa para o Espaço Sagrado

Depois de quase duas semanas da minha experiência com os cavalos de Claudette,

estava na costa leste dando outro workshop Earth/Sky. O que eu tinha aprendido com

os Kogi Mamas ainda estava quase o tempo todo na minha mente. Minha facilitadora,

que estava me ajudando a organizar o workshop, escutou atentamente o que eu

estava dizendo sobre o espaço sagrado dentro do coração e finalmente, não

conseguia mais se conter. Ela perguntou: “Poderia me mostrar, por favor?”

A princípio, eu estava relutante porque nós humanos temos tanto lixo emocional e

restrições de controle, que torna assustador deixar a mente para a maioria de nós.

Porém, ela era persistente e finalmente, consenti em tentar, não esperando realmente

que nada acontecesse.

Nós sentamos com as pernas cruzada, de frente um para o outro, e começamos com

uma meditação simples de observar nossas respirações, mais para relaxar do que

62

para qualquer coisa. Então, como os Kogi Mamas me mostraram, meu espírito

literalmente deixou o espaço da minha mente e se moveu para o meu coração e quase

imediatamente sons estranhos saíram do meu corpo e uma visão interna apareceu.

Encontrei a mim mesmo apenas alguns metros de um verde-barrento rio amazônico e

de uma sólida árvore da selva à minha esquerda. A árvore tinha um galho enorme que

corria paralelo ao chão e se estendia seis metros do tronco principal. O meu espírito

estava a cerca de um metro e oitenta do chão e observava abaixo de mim um puma

macho andando rapidamente e com determinação. O animal saltou para o enorme

galho e andou até o final dele. Dali, ele pulou agilmente para o chão e continuou

andando ao longo do rio.

No momento seguinte, estava de volta ao recinto com a minha facilitadora. Eu abri

meus olhos e ela abriu os dela ao mesmo tempo. Olhei para ela para ver o que ela

tinha experimentado, mas nada esperava. Para minha total surpresa, ela descreveu

minha experiência, recordando minúsculos detalhes. Eu mal podia acreditar.

Funcionou! Sem deixar que tivesse tempo para pensar sobre o que tinha acabado de

acontecer, ela animadamente me pediu para fazer de novo. Ela me lembrou de como

me senti quando Ema tinha feito os sons para mim na primeira vez.

Então fechamos os olhos novamente e num instante, outro som saiu do meu corpo.

Imediatamente, eu estava no teto de um cômodo da casa da mulher colombiana,

olhando para ela enquanto dormia em sua cama. Era de manhã muito cedo e sua casa

era velha e feita de tijolos.

O espírito de Ema desenrolou-se do corpo da mulher colombiana e subiu para unir-se

a mim no teto. Nós nos misturamos e juntos fomos através da parede para fora.

Subimos alto no céu onde podíamos ver a selva abaixo de nós e as montanhas ao

nosso redor.

Aí, como um jato, começamos a nos mover rapidamente sobre os topos das árvores e

das montanhas. Nós voamos numa velocidade tremenda, parando talvez a quarenta

metros acima das árvores agarradas aos lados da subida das montanhas até que

finalmente chegarmos do cume para o vale das montanhas altas, onde uma aldeia de

cabanas redondas de palha estavam aninhadas.

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Voamos diretamente para uma das cabanas e passamos através das paredes onde o

corpo de Ema estava deitado nu na cama de grama. (Normalmente, os Kogis e outras

tribos nessa montanha dormiam em redes, mas estavam preocupados em deixar Ema

numa rede por um período estendido de tempo sem sua consciência).

Ela enrolou-se em seu corpo e acordou com sua família de pé ao seu redor. Seus três

filhos vieram correndo, animadamente gritando seu nome para dar-lhe um abraço de

retorno. O mais novo, que tinha apenas um pouco mais que um ano de idade, foi

imediatamente para seu seio esquerdo e começou a sugar. O marido dela e os dois

anciães Mamas ali estavam. Olhei para eles e eles reconheceram minha presença. E,

então, acabou.

Estava de volta ao recinto na costa leste dos Estados Unidos com minha facilitadora.

Novamente, abrimos nossos olhos ao mesmo tempo. Sem que eu dissesse uma

palavra, ela começou a descrever a experiência em perfeitos detalhes, com uma

exceção, que nesse dia não compreendi. Ela viu o espírito de Ema sair do corpo da

mulher colombiana como se fosse um inseto. Quem sabe? Talvez isso tenha algo

relacionado aos sistemas de crenças dela. A não ser por essa exceção, ela tinha tido

experiência idêntica a que eu tive.

Dizer que estava animado não chega nem perto de descrever como eu me sentia.

Agora não havia qualquer dúvida da validade do lugar secreto no coração. A

experiência sustentava tanto potencial humano e podia verdadeiramente modificar o

curso da história humana longe da extinção. E o que os Kogi Mamas queriam que eu

fizesse era ensinar ou transmitir essa habilidade para outras pessoas. Por quê?

Porque como guardiães do equilíbrio do mundo, os Kogi Mamas acreditam que nós

lembrarmos o que ou quem está em nossos corações, não seremos mais capazes de

matar a Terra com nossa tecnologia inconsciente. Creio que eles estão certos.

Pelas duas semanas seguintes, os Kogi Mamas apareceram nos meus sonhos todas

as noites, a noite inteira. Eles continuaram a me ensinar e revelar aspectos de si

mesmos que achavam que eu deveria saber. Estava claro, muito claro nesses sonhos

que eles queriam que eu revelasse essa informação para as culturas tecnológicas do

mundo.

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No final, eu tive um encontro pessoal com os Kogis. Mas eu não aprendi nada além do

que eles já tinham me ensinado. Eles, contudo, fizeram sugestões e estou usando

alguns de seus conselhos para ensinar o que aprendi, porém alguns dos seus

conselhos eu não posso utilizar. Por exemplo: os Kogi Mamas disseram para manter

meus alunos em pé num recinto completamente escuro sem dormir ou comer durante

nove dias e noites, eles seriam capazes de entrar no espaço sagrado do coração. Isso

pode ser verdade, mas não funciona no mundo moderno. Usando minha experiência

pessoal como guia, eu encontrei duas formas de substituir essa técnica, que

compartilharei com vocês antes que esse livro termine.

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Capítulo Quatro

O ESPAÇO SAGRADO DO CORAÇÃO

Estudando e ensinando Vivendo No Coração

A Vibração do coração – um jeito fácil de voltar

Minha experiência pessoal do Sagrado Espaço do Coração

Voltando para Casa

O que é Tempo

Outros Espaços Sagrados – Alguns exemplos

O que pode pará-lo de ter essa experiência

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O espaço sagrado do coração, às vezes referido como câmera secreta do coração, é

uma dimensão atemporal da consciência onde todas as coisas são possíveis, aqui e

agora. Em todas as antigas escrituras e tradições orais há referências ao secreto ou

espaço especial dentro do coração. Um curto verso do Chandoya Upanishad no início

desse livro é um exemplo. Outro exemplo é o livro associado ao Torá chamado “As

câmeras secretas do Coração”.

Talvez agora a ciência esteja começando cautelosamente se aproximar dessa

compreensão. Um grupo de pesquisa, o Instituto do Coração em Boulder Creek,

Califórnia, conectado com a Universidade de Stanford, descobriu alguns dados novos

muito interessantes. Essa informação pode ser útil para alguns de vocês que tentam

entender o coração. Não é um empreendimento fácil, mas quando a mente colabora, o

coração responde.

Sempre houve esse paradoxo: quando um bebê é concebido, o coração humano

começa a bater antes do cérebro estar formado. Isso levou médicos a perguntarem

onde a inteligência começa e regular de onde as batidas do coração são provenientes.

Para a surpresa do mundo médico, cientistas no instituto descobriram que o coração

possui seu próprio cérebro – sim, um cérebro verdadeiro com células cerebrais reais.

É muito pequeno, tem apenas por volta de quarenta células, porém é um cérebro e

obviamente, e é tudo do que o coração necessita. Essa é uma descoberta enorme e

fornece autenticidade para aqueles que durante séculos falaram ou escreveram sobre

a inteligência do coração.

Os cientistas do Instituto talvez tenham feito uma descoberta ainda maior sobre o

coração. Eles provaram que o coração humano gera um maior e mais poderoso

campo de energia que qualquer outro órgão no corpo, incluindo o cérebro dentro do

crânio. Eles descobriram que esse campo eletromagnético mede entre 2 metros e

meio a três metros de diâmetro, com seu eixo centrado no coração. Sua forma

assemelha-se ao formato do donut de m toros, que é frequentemente considerado o

mais original e forma primária no universo.

Aqueles que estudaram os dois volumes de “O antigo segredo da Flor da Vida”

encontrará algo muito familiar sobre o campo toroidal do coração. No cubo de

Metraton, você pode achar os cinco sólidos platônicos dentro um do outro, e cada um

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tem uma pequena réplica da forma original contida dentro dela – um cubo dentro de

um cubo, um octaedro dentro de um octaedro e assim por diante.

Aqui, emergindo do espaço sagrado do coração, está um campo toroidal

eletromagnético com outro campo similiar menor dentro e ambos estão centrados no

mesmo eixo, como os sólidos platônicos no Cubo de Metraton.

Eu encontrei dois aspectos muito importantes neste campo toroidal. Primeiro, pode

ser usado como porta para encontrar e entrar na câmera secreta do coração.

Instruções sobre como entrar no espaço sagrado usando esse vórtice podem ser

encontradas ao final desse livro. O segundo aspecto está relacionado ao toro interno,

o menor. Esse não é o momento de explicar o quão importante é esse campo interno,

mas retornarei a ele quando falarmos sobre a criação do coração.

O espaço sagrado do coração é criado de maneira similar ao toro dentro do toro. Aí

está um espaço sagrado em si mesmo, porém como você verá, o espaço sagrado é

outro, muito menor, mas espaço especial que é diferente e tem aplicações únicas.

Cirurgiães cardíacos têm aprendido outras partes de informação que poderiam estar

relacionadas, mas não estou certo da importância. Eles encontraram um lugar

pequenino no coração que nunca dever ser tocado por motivo algum ou a pessoa

imediatamente morrerá, sem qualquer chance de revivê-la. Seja onde for esse lugar,

certamente ele é importante para a vida.

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Estou convencido que o campo magnético toroidal passa exatamente por ali e é

gerado pelo espaço sagrado do coração, mas ainda não está claro o que é “o cérebro

do coração” e “o local que não pode ser tocado ou você morre”. Se compreender ou

descobrir uma relação, por favor me diga.

Estudando e ensinando “Vivendo no coração”

Desde o final de 1999, tenho estudado e dado workshops “Vivendo no coração”. Na

época que estava escrevendo este livro, tinha explorado essa experiência com quatro

mil pessoas. Eu tinha aprendido tanto e continuava a aprender. Sinto que certamente

haverá outras partes deste livro no futuro, que agora nós começamos a compreender

as próprias imagens que são geradas pelo coração.

O que segue é algo que aprendi, mas primeiro gostaria de fazer uma ressalva. O que

sei até esse momento, aprendi da experiência direta e das experiências de alguns dos

meus alunos e às vezes, não compreendemos o que estava acontecendo por longos

períodos. Estou prestes a dizer algo que acredito ser verdadeiro agora e posso mudar

de ideia sobre algumas das informações. Você deve seguir seu próprio coração e ser

verdadeiro consigo mesmo. Se algo neste livro não funciona para você, apenas

desconsidere-o. Estou certo que há outra forma para que encontre seu espaço

sagrado do coração.

Nos primeiros dois anos que ministrei o workshop Vivendo no Coração, eu achei que

poderia alcançar apenas metade dos participantes; metade das pessoas em cada

grupo completamente “conseguia”, enquanto que a outra metade passava longe

completamente da mente (do coração) nesse ponto do workshop. Eu finalmente

comecei a mencionar antes de cada workshop que isso poderia acontecer, que

metade das pessoas experimentaria o espaço sagrado dentro do coração e suas vidas

seriam modificadas pela experiência, enquanto a outra metade poderia não ter

experimentar praticamente nada. Por que isso era assim? Perguntei a mim mesmo.

Gastei muitas horas meditando nessa questão. Baseada nas respostas de centenas

de pessoas que não conseguiram encontrar o espaço sagrado, parece agora que a

maior parte das razões está em seus corpos emocionais. Aqueles que

experimentaram traumas emocionais em algum momento de suas vidas sentem a dor

novamente quando entram no espaço sagrado e querem sair imediatamente. Isso

significa que talvez seja necessário que você limpe esses resíduos emocionais através

69

de terapia antes de começar. Aqueles que encontraram uma maneira de libertar sua

energia emocional, não importando como o fizeram, estão aptos a entrar no coração

com pouco ou nenhum desconforto. Uma vez no coração – ainda que somente por

quinze minutos – tudo aquilo que os tinha impedido de entrar parece se dissolver e

não tem qualquer problema em retornar para o espaço sagrado.

Outro problema que tenho encontrado são as diferentes maneiras que as pessoas

“veem”. Alguns enxergam usando a instalação interna de ver na forma de visões e

sonhos; outros utilizam o som e escutam para perceber os mundos internos; e outros

usam os sentidos como o olfato, o paladar e sensações corporais para enxergar.

Como resultado, as expectativas sobre como essa experiência deveria acontecer

acabam atrapalhando. Uma curta história pode tornar isso mais claro.

Ao final de um recente workshop, um casal foi para casa e um deles tinha entrado no

espaço sagrado do coração e outro sentia que tinha fracassado. (Ainda que eu

prepare as pessoas para essa possibilidade, ainda poderá se sentir desencorajado

quando estiver acontecendo com você). O marido, que sentia não ter tido a

experiência, diz à esposa: “Sinto-me mal por nada ter acontecido enquanto estava na

meditação. Não vi nada. Mas tenho que admitir que o CD que o Drunvalo colocou para

tocar, com golfinhos e baleias, era incrível. A música estava tão boa que eu quase

podia sentir a água no meu corpo”. Abismada, sua mulher contou-lhe que eu não

toquei nenhum CD. Esse homem era músico e essa era sua forma de ver. Ele tinha

esperado ver uma visão, mas, ao invés disso, ele viu pelos ouvidos.

Agora estamos descobrindo que muitas pessoas que acharam não ter tido a

experiência, na verdade tiveram, contudo porque ela não correspondia às suas

expectativas, eles descartaram toda a experiência de estar no espaço do coração.

A vibração do Coração – Um jeito fácil de voltar

Uma das primeiras coisas que notei quando entrei no espaço sagrado do coração foi a

vibração que parecia vir de todos os lugares. Obviamente, a vibração não eram as

batidas do coração, uma vez que o som era contínuo – como o som do Om, ainda que

diferente. (Nas duas vezes que estava na Câmara do Rei na Grande Pirâmide do

Egito, eu experimentei uma vibração que parecia estar em todos os lugares dentro da

pirâmide, até em todas as pedras que eu tocava. Falei disso com muitas pessoas que

70

experimentaram a mesma vibração ali e acredito que seja quase exatamente a

vibração do coração.)

Quando você entra no espaço sagrado do coração, uma das primeiras coisas que

gostaria que fizesse quando ouvisse a vibração do coração é, na verdade, duplicar

esse som interno com sua voz física. Não precisa ser perfeito, somente o mais

próximo que conseguir. Isso conecta o mundo interno do coração ao mundo exterior

da mente.

Minha mulher estudou esses ensinamentos antigos do caminho para o coração em

Israel, com a Madame Kolette de Jerusalém, que diz que isso sempre é importante – e

eu concordo, despois de testemunhar tantas pessoas entrando no espaço. Essa ação

ancora a experiência do sussurro interno do coração nesse mundo físico e apresenta

outro motivo para fazê-la: é um meio de retornar.

Uma vez que tenha experimentado o espaço sagrado do coração e queira retornar,

pode simplesmente sintonizar a vibração do coração pelo sussurrar do som e . é claro,

sair da mente para o coração. A vibração direciona-o diretamente para o espaço

sagrado do coração e retornar se tornar cada vez mais fácil. Finalmente, essa

mudança da mente para o coração poder ser alcançada em dois ou três segundos.

Minha experiência pessoal no Espaço Sagrado do Coração

Antes de começar, por favor compreenda que sua experiência e a minha podem ser

completamente diferentes e aparentemente parecerem até não ter absolutamente

nada em comum. Embora existam muitas correlações entre duas pessoas quaisquer,

como flocos de neve, cada pessoa é única. Então, por favor, não estabeleça

expectativas. Quanto mais você entra no coração como uma criança com olhos e

sentidos abertos, mais fácil e mais direta serão suas experiências. Eu estou contando

outras experiências para que as utilize como referências e não como “regras”.

Nos meados da década de 80, estava meditando com a Mer-Ka-Ba, o corpo de luz

humano e repentinamente, muito inesperadamente, encontrei a mim mesmo numa

caverna esculpida em pedra maciça que parecia a mim completamente real.

Uma extremidade da caverna era redonda como uma cúpula, com nada exceto uma

área circular com abas levantadas por pedras e media doze polegadas de altura e um

71

metro e oitenta de diâmetro, repleta de areia de silicone branco e puro. Ao longo da

parede esquerda da área principal estavam cerca de vinte fotografias de pessoas, que

pareciam estar, de alguma forma, incorporadas na pedra maciça. Não reconheci

nenhuma das pessoas nem compreendi porque aquelas fotos estavam ali. Na parede

oposta estava uma entrada grosseira de quase três metros e meio de largura e quase

cinco de altura. Uma parede de luz branca bloqueava a visão do que estava atrás da

abertura. Sabia instintivamente que seja lá o que estivesse atrás da parede de luz era

algo que estava escondido de mim por eu mesmo. Sabia que tinha criado essa parede

de luz, mas não a menor ideia do motivo.

Minha caverna

Enquanto andava na caverna, tudo parecia muito familiar e ao mesmo tempo, parecia

que estava ali pela primeira vez. Na extremidade mais distante, uma escada fora

esculpida em pedra maciça, rodeando para outro nível abaixo. Nesse novo nível tinha

uma luz verde que não produzia sombras; ela simplesmente parecia vir do próprio ar.

Eu vi muitos cômodos fechados – acredito que havia centenas deles. Minha orientação

interna me disse que essa parte da caverna era para momentos posteriores da minha

vida, então retornei para o cômodo principal.

Continuei retornando para a caverna nas minhas meditações, ainda que não estivesse

tentando fazer isso acontecer. A cada dois meses ou quase isso, eu me via de volta a

esse espaço. Nada mudou nem descobri nada novo até quase um ano depois que

encontrei a caverna.

72

Estava sentado com as pernas cruzadas na área de areia de silicone, olhando para a

parede de pedra maciça (Descobri que depois que entrei nesse espaço, eu

frequentemente não conseguia sair até que a meditação estive naturalmente

terminada e acostumei-me a passar pelo anel e sentar na areia porque, de alguma

maneira, era muito bom sentar ali), quando eu me tornei consciente dessa incrível

vibração que, uma vez sentida, estava em todo o lugar. Contudo, logo que eu saísse

do anel, a vibração caía o tom. Com o passar do tempo, ficou claro que essa vibração

era a mesma em todo o lugar na caverna, exceto no anel de areia de silicone. A

mudança de tom era a primeira indicação que área de areia era única nesse espaço

onde eu meditaria por horas. Mas na verdade, na época eu tinha a menor ideia do que

isso significava.

Um dia enquanto eu ainda estava meditando novamente dentro do anel, de frente para

a parede de pedra, percebi que a parede começou a se tornar transparente. Para

minha grande surpresa, quando eu tocava a parede na área transparente, minha mão

passava diretamente através dela. Animadamente, eu me inclinei para frente fora do

anel e empurrei minha mão tão distante quanto era possível na pedra. Meu corpo

inteiro meio que caiu através da parede e achei-me fora da caverna, na superfície de

um planeta, profundamente dentro de uma fenda ao lado de uma montanha muito alta.

Escalei para fora da fenda até que conseguisse olhar em volta. Era noite e vi os céus

repletos das familiares estrelas. Porém, eu não conseguia ver qualquer tipo de vida em

lugar algum, apenas pedra; não podia achar sequer alguma sujeira. Após alguns

minutos, subi de volta para dentro da fenda e tentei retornar para dentro da caverna,

mas não consegui da primeira vez. Era uma parede de pedra maciça. Eu não sabia o

que fazer. Lembro que senti medo por um momento.

Fiquei parado em frente à aparentemente impenetrável parede de pedra, quando

então recordei da vibração do anel de areia. Assim que eu comecei a fazer o som e o

som passou pelo meu corpo, a parede de pedra começou a se tornar transparente e

então pude atravessá-la e retornar para o anel de areia na caverna. Toda vez que fiz

isso, eu dificilmente acreditava que isso estava realmente acontecendo, visto que tudo

parecia tão real.

Depois que descobri esse truque, durante um ano eu passaria pela parede de pedra

maciça para fora e faria longas caminhadas para explorar o local. Essa realidade era

tão real quando minha realidade comum aqui na Terra – ao menos, não conseguia

73

dizer qualquer diferença. Eu sentia a mim mesmo respirando; se eu tocasse uma

pedra, sentia a mesma coisa que sentiria no mundo normal. Tudo era exatamente o

mesmo – exceto pela vibração que nunca parava e a luz que não produzia sombras.

Durante esse período da minha vida, eu estava morando com uma família nativa

americana nas altas planícies desérticas fora do Taos, Novo México. Minha casa era

composta por um velho ônibus escolar Chevrolet 1957 e uma cabana branca e

tradicional dos nativos americanos que estava aninhada ao lado do ônibus. Por dois

anos e meio, minha vida centrou-se em volta dessa simples herdade.

Numa noite escura, durante uma tempestade de neve fria e cruel, teve uma batida na

porta do ônibus. Eu estava admirado que qualquer um estivesse na minha porta

porque estava nevasca furiosa e completamente marrom lá fora e estava a mais de

um quilômetro e meio da rodovia pavimentada mais próxima. Uma jovem de vinte anos

estava em pé congelando e pedindo abrigo e é claro que a convidei para entrar.

Assim que ela tirou o capuz e pude ver completamente o seu rosto, tive uma grande

sensação de deja vu. Mas não consegui imediatamente localizar onde a tinha visto

antes, então comecei a perguntar sobre os possíveis lugares onde poderíamos ter nos

conhecido. Então, eu entendi. Ela estava na primeira fotografia na parede da caverna!

Na primeira oportunidade, entrei em meditação na minha caverna e certamente, sua

foto estava bem ali na parede. Ela ficou comigo por volta de um ano e teve uma

influência enorme na minha vida com compreensões espirituais que me apresentou.

Durante anos, uma a uma das pessoas nas fotos da parede entraram na minha vida

com informação e experiências que eram – e ainda são – inestimáveis para mim.

Contudo, na época que conheci essa moça, não tinha a minha ideia que a caverna

era, de alguma forma, extremamente importante para meu motivo de estar na Terra.

74

Voltando para Casa

A abertura de três metros e meio com a parede de luz nunca se modificou durante

anos, quer dizer, não mudou até Janeiro de 2002. Estava na Alemanha ministrando

num workshop Vivendo no Coração e o grupo tinha acabado de entrar no espaço

sagrado no coração pela primeira vez. Eu também entrei no espaço sagrado e, como

sempre, encontrei-me dentro de minha caverna. Já tinha compreendido que esse era

um espaço interno do meu coração, porém enquanto eu andava em direção à parede

de luz, pela primeira vez a luz opaca que ocultava a abertura estava levemente

transparente. Fiquei animado, porque isso nunca tinha acontecido antes e perguntava-

me o que viria a seguir.

Nós saímos de nossos espaços sagrados e dispensei o grupo para um breve intervalo

de meia hora. Comecei a voltar para minha sala quando uma mulher se aproximou de

mim e disse que tinha um presente para mim.

Ela me contou que estava caminhando numa praia na Grécia, em nada pensando

além do belo lugar onde estava quando olhou para a areia e vi essa pedra incomum.

Ela a pegou e imediatamente a pedra disse: “Leve-me para Drunvalo”. E foi

exatamente o que ela fez. Enrolou-a num pedaço de pano, então não pude

verdadeiramente ver a pedra assim que ela me entregou. Agradeci e levei-a para

minha sala. Quando eu a desenrolei, estava assustado. Nunca tinha visto nada

parecido, nem que se aproximasse disso. Sentia que era extraterrena.

75

A pedra

A primeira coisa que fiz foi sentar para meditar segurando a pedra no meu terceiro

olho. Sem nenhum pensamento pré-determinado, achei a mim mesmo em frente da

parede de luz da minha caverna interna. Dentro de um pouco tempo, a parede de luz

desapareceu completamente e pude agora ver dentro da abertura que tinha segurado

minha curiosidade por tantos anos.

Ali, em sua total beleza, estavam os céus. Diretamente no centro da abertura estava a

constelação de Órion, proeminentemente mostrando as três estrelas de seu cinturão.

Repentinamente, um feixe de luz brilhante, espiralada e dourada veio da região da

estrela central do Cinturão de Órion e expandiu-se rapidamente até englobou todo o

meu corpo.

76

Naquele momento, lembrei tudo que meu Pai tinha me contado quando eu deixei a 13ª

dimensão de como meu espírito deveria se mover para encontrar meu caminho para a

Terra. Com a diferença que agora eu lembrava como se mover para encontrar meu

caminho de volta para casa! Eu estava tanto feliz – feliz por recordar tanto que havia

propositadamente esquecido – quanto apreensivo. Isso significava que estava prestes

a deixar a Terra e voltar para casa? Um dos meus anjos apareceu imediatamente para

assegurar-me que eu não estava indo embora, mas que o vértice, “o feixe dourado de

luz em espiral”, tinha aberto outra forma de comunicação para mim que seria usado no

futuro e seria de suma importância na minha vida. Lembrando que o movimento do

Espírito era importante por outra razão que logo entenderia.

Saí da meditação ainda segurando a pedra mais incomum do meu terceiro olho e

comecei a chorar. As emoções que experimentei ao estar reconectado com meu Pai

dessa forma era uma liberação e tanto.

Assim que retornei do intervalo e estava prestes a começar a ensinar novamente, a

mesma jovem veio correndo a mim antes que começasse: “Esqueci-me de uma coisa.

Quando eu te dei a pedra, eu não disse a mensagem inteira. Ela disse: „Leve-me para

Drunvalo. É por mim que ele lembrará como voltar para casa.‟”

Em retrospecto, eu não tinha ficado completamente consciente que a caverna que

entrei durante minha meditação Mer-Ka-Ba estava relacionada com o espaço sagrado

do coração até eu encontrar os Kogis da Colômbia. Eles eram aqueles que iluminaram

essa relação e por isso, serei eternamente agradecido.

O que é tempo?

Agora a mágica realmente começa....Durante outro workshop Vivendo no Coração em

2002, estava em meditação e entrei no espaço sagrado. Como sempre, andei até meu

espaço especial para sentar na areia e meditar dentro da minha meditação quando vi

que o anel estava cheio de água até as bordas, como uma banheira. Também podia

ver que a água tinha transbordado e estava correndo pelo chão da caverna, onde

desaparecia dentro de um espaço entre o chão e a parede.

77

O anel repleto de areia tinha se tornou uma grande banheira,

cheio e transbordante de água limpa.

Ver isso me deu uma emoção engraçada. Eu não esperava isso e estava desnorteado,

então apenas fiquei em pé olhando para a água, sem saber o que fazer ou o porquê

disso estar acontecendo. De repente, uma onda de água começou a subir um metro

ou dois acima do aro, derramando-a e fazendo-a fluir como um rio em direção a

parede onde a abertura no chão alargou-se para receber a água abundante.

O volume de água continuou crescendo até apresentar uma exibição verdadeiramente

alarmante. Não tinha ideia do que fazer, então por um tempo eu apenas fiquei próximo

do que tinha se tornado uma fonte e cascata de água, pensando comigo mesmo: “Meu

Deus, o que está acontecendo?” Apenas fiquei ali sem saber o que fazer. Finalmente,

eu simplesmente saí da meditação, um pouco desnorteado.

No dia seguinte, durante a aula, entrei no coração de novo para ter uma experiência

que alteraria minha vida meditativa para sempre. O fluxo da água continuava, mas

parecia que tinha se acalmado para um contínuo, porém intenso fluxo. A borda do

círculo de pedra tinha aumentado e tinha quase um metro, criando algo parecido com

ofurô.

Queria entrar no meu espaço sagrado interno, porém continuei ali, contemplando se

isso era algo que deveria – ou não – fazer. Finalmente, senti que deveria ir em frente e

assim proceder como sempre fiz, então subi na banheira repleta com o turbilhão de

78

água. A água estava fresca e confortável, da mesma temperatura da caverna e

extremamente pura e transparente. Com esse fluxo de água correndo ao meu redor,

eu logo comecei a meditar, meus olhos abertos e observando a parede de pedra na

minha frente. A parede vagarosamente começou a se tornar transparente como eu

tinha visto tantas vezes antes e segui o desejo avassalador de passar através dela.

Assim que subi para fora da fenda de pedra familiar para onde podia ver o planeta

estéril, parei no caminho por causa do espetáculo que estava observando. O planeta

“imaginário” não era mais estéril! Em todo lugar, tanto quanto eu podia ver, tinha uma

vida vegetal abundante; uma selva virtual estendia-se diante de mim em todas as

direções, por todo o caminho até horizonte. Como isso podia ser?

Mal terminei o pensamento, quando a imagem da água corrente do meu espaço

sagrado interno apareceu e percebi que essa água tinha fornecido vida ao planeta.

Mas as plantas estavam tão maduras! Poderia isso significar que o tempo naquele

mundo não era como eu pensava? Eu tinha tantas perguntas.

Após um longo tempo de contemplação e reverência, voltei para meu espaço sagrado

interno e reentrei no meu corpo. Uma vez que estava de volta ao mundo, levei dias

considerando o significado da minha última experiência. Realmente, o que isso

representa? Minha orientação interna, os anjos, permaneceram silenciosos e

próximos, deixando-me encontrar sozinho minhas próprias conclusões.

Outros Espaços Sagrados – Alguns Exemplos

Eu escutei mais de mil pessoas contarem as histórias de suas experiências dentro de

seus corações. Embora algumas existam algumas similaridades, está claro que as

imagens do coração são como sonhos do que a realidade estruturada e constante na

qual todos nós vivemos.

A natureza da experiência das pessoas cobre um largo espectro. Seja cuidadoso com

quaisquer expectativas pré-determinadas. Seja como uma criança, com o coração

aberto ao entrar no espaço interno. Sua experiência será certamente única para você

somente. Aqui estão alguns exemplos de o que as pessoas experimentam para que

possa ter uma ideia do quão diversos são nossos espaços sagrados do coração.

79

“Quando pedi que meu espaço sagrado fosse preenchido com luz, isso aconteceu

instantaneamente. Estava tão feliz quando isso aconteceu porque geralmente nada aconteceu

quando peço alguma coisa. Era uma luz leve e incandescente – e não brilhante como era em

casa. Olhei em volta e descobri um templo de aparência egípcia grande e trabalhado. Contudo,

as pedras pareciam ser elétricas e emitiam luz também. Havia hieróglifos nas paredes e assim

que cheguei mais perto para vê-los melhor, eles começaram a dançar como se estivessem

vivos. De alguma forma, uma linha com vinte imagens fizeram o maior sentido para mim. Não

posso dizer o que significava, mas eu sabia o sentido no meu coração e comecei a chorar.”

“Eu me virei e vi uma porta muito alta. Passei por ela para outro cômodo, onde tinha essa

mulher real e bonita com cabelos e olhos escuros e com um manto dourado e comprido. Ela

parecia egípcia. Ela pegou minha mão dizendo uma palavra e guiou-me até um cômodo

pequeno e simples. Ela me conduziu para dentro dele e desapareceu. Sabia instantaneamente

que tinha acabado de entrar no meu espaço sagrado interno. Tinha certeza disso.”

“De repente, o cômodo começou a mudar de forma e continuou a crescer em tamanho até que

tivesse mais de um quilômetro e meio de largura; continuou crescendo até as paredes

desaparecerem. Então, percebi que estava no espaço profundo. Aí, você (Drunvalo) pediu que

voltássemos.

Um rapaz afirmava que nada poderia acontecer com ele, pois “nunca acontecia”, e resolveu

compartilhar sua experiência:

“Quando eu pedi que se fizesse luz, nada aconteceu. Então comecei a ver se eu podia sentia o

meu caminho como você (Drunvalo) tinha sugerido. De alguma maneira, sabia onde estava;

tudo era muito familiar. Virei à esquerda e quase como quadro impressionista, podia enxergar

esboços fracos de algo que parecia estar próximo.

Aos poucos, comecei a decifrar figuras e formas, e as formas logo começaram a se tornar mais

brilhantes até que eu estava num mundo de apenas luz – significando que ele não era sólido,

80

mas como um holograma. A luz começou a se mover, formando padrões de formas

geométricas. Senti que eu mesmo estava me movimentando, seguindo o fluxo corrente de luz

de volta para a fonte. A beleza era intensa e o sentido do movimento muito veloz era

emocionante. Seja lá o que fosse, continuou me empurrando e eu pude ver. Linhas de luz

estavam vindo de todo o universo para essa único lugar do qual eu estava rapidamente me

aproximando. Naquela altura, o tamanho e a grandeza desse evento eram em escala galáctica.

Senti-me como uma pequenina partícula no meio desse todo.

Assim que fluí como mercúrio para dentro do centro desse campo de luz, sabia que estava em

Casa – com letra maiúscula! Já tinha estado ali antes. No centro dessa experiência incrível

estava uma esfera de água viva. Escorreguei para o meio dessa esfera de água e luz quando

você nos pediu para retornar. Sabia que voltaria ali. Não queria interromper essa experiência.

Não queria retornar. Eu estava tão vivo.”

As histórias continuam – sempre diferentes, sempre intimamente pessoais para quem

está meditando com o coração. Após ouvir centenas dessas histórias, tornou-se claro

que há outra realidade no coração que é tão importante e talvez mais primordial que

esse mundo estruturado da mente no qual parecemos todos viver.

O que pode impedi-lo de ter essa experiência

Há motivos pelos quais as pessoas não podem entrar no coração ou, se elas

encontrarem esse lugar especial, sentem-se compelidas a deixá-lo imediatamente.

Levei quase dois anos ensinando e ouvindo aqueles que não conseguiam entrar antes

de compreender porque isso acontecia.

Como já mencionei anteriormente, aqueles que tiverem experiências emocionais

traumáticas, especialmente experiências negativas com relacionamentos e amor,

frequentemente vivem novamente a dor quando entram no espaço sagrado do

coração e é tão doloroso que eles sentem que precisam sair. Esse é o problema mais

predominante.

Existe também o problema do medo – o medo do desconhecido. Algumas pessoas

percebem instantaneamente o quanto são “reais” as imagens do coração quando

começam a experimentá-las e o medo entra em seus espíritos e os direcionam para

fora de lá. Descobri que se for esse o caso, se a pessoa conseguir ficar um pouco

mais, o medo frequente vai embora e tudo fica bem. O segredo está em como fazer

com que alguém permaneça o tempo suficiente para dissolver o medo.

81

O terceiro problema, que também mencionei anteriormente no livro, está quando as

pessoas têm expectativas de serem capazes de “ver” de determinada maneira e não

percebem que podem “ver” de outras formas – pela audição, pelo tato, olfato ou

paladar.

Como eu disse, no começo eu conseguia alcançar apenas 50% das pessoas. Mas em

janeiro de 2002, tinha aprendido sobre esses problemas que impediam as pessoas de

entrarem em seus espaços sagrados do coração. No workshop da Alemanha, 174 das

180 pessoas estavam prontas de entrar no espaço sagrado interno de seus corações,

ainda que nós estejamos ensinando e relembrando.

82

Capítulo Cinco

A UNIDADE DO CÉU E DA TERRA

A MEDITAÇÃO DA UNIDADE

ENTRANDO NO PALCO

ISSO É TÃO SIMPLES

83

Uma coisa que os povos indígenas do mundo me ensinou foi que antes de uma

cerimônia importante, você deve conectar-se com o amor da Mãe Terra, depois com o

Pai Céu e através dessa experiência, por último, conectar-se com o Grande Espírito

ou Deus. Não é diferente quando alguém está prestes a entrar no espaço sagrado do

coração, senão esse espaço permanecerá escondido.

Aprendi originariamente o que estou a ponto de partilhar em 1981 com um dos meus

mentores de Taos Pueblos, Jimmy Reyna, e conhecia de forma muito simples e não

refinada. Porém, aqui entra um dos grandes professores espirituais das tradições da

Kriya yoga, falando em termos elegantes.

Estava prestes a subir no palco durante um evento chamado “O coração solar” em

Jekyll Island, Geórgia, em meados de 1994. Muitos professores espirituais estavam se

revezando para liderar a audiência para uma unidade cada vez mais superior com o

Espírito. Eu seria o próximo. Estava atrás do palco num quarto pequeno, sentado em

frente a um altar de meditação onde alguém tinha colocado uma única vela e várias

fotografias da Self-Realization Fellowship. Havia quadros de Krishna, Jesus, Babaji,

Lahiri Maharshi, Sri Yukteswar e Yogananda. Sabia para ir realmente ao palco, alguém

viria e me levaria até lá. Já sabia sobre o que falaria, então nada havia a fazer além de

me centrar. Para mim, não há maneira melhor de fazer isso do que entrar em

meditação.

Reconheci os professores por grandeza que eram e fechei meus olhos para começar a

meditação. Vagarosamente, o mundo ao meu redor começou a sumir a distância

enquanto a energia começou a aumentar e eu tive uma visão. Um momento único que

alteraria o curso daquela noite com a audiência e depois, o curso de quase tudo do

meu mundo espiritual.

Num curto período de tempo, Sri Yukteswar apareceu a mim com essa expressão

nobre no rosto. Embora eu tivesse tido um relacionamento próximo com Yogananda, o

discípulo de Sri Yukteswar, eu nunca tinha pensado realmente sobre Sri Yukteswar.

Porém, ali estava ele.

84

Sri Yukteswar

A meditação da Unidade

Sri Yukteswar foi diretamente ao ponto, assim eu farei agora. Ele me contou que na

Índia ninguém sequer consideraria aproximar-se da divindade sem determinado

estado de mente e coração e ele me deu instruções muito específicas sobre como

exatamente conectar-se conscientemente com o divino e finalmente, com Deus. Aqui

está o que ele me disse:

“Você pode estar em qualquer lugar, mas para mim, utilizo um altar com uma única vela para

focar minha atenção mental. Sinto e sei da presença dos meus professores e nós todos

começamos a respirar juntos como se fossemos um.”

Unificar-se com a Mãe Divina

“Deixe sua atenção mudar para um lugar na Terra que você sinta que é o local mais bonito do

mundo. Pode ser qualquer lugar – uma cena de montanhas com árvores, lagos e rios; ou um

deserto arenoso e árido sem quase nenhuma vida – um local que perceba como belo. Veja

com todos os detalhes que puder.”

85

“Por exemplo, se o seu local é uma cena de montanhas, veja as montanhas e as nuvens

brancas e ondulantes. Veja e sinta a floresta e as árvores movimentando-se com o vento. Veja

os animais – o veado e o alce, pequenos coelhos e esquilos. Olhe para baixo e veja a água

límpida dos rios. Comece a sentir amor por esse lugar e por toda a natureza. Continue a

crescer dentro desse espaço de amor com a natureza até seu coração estar batendo com o

calor de seu amor.

Quando sentir que é o momento certo, envie seu amor para o centro da Terra usando sua

intenção, então a Mãe Terra pode diretamente sentir seu amor por ela. Você pode colocar seu

amor numa pequena esfera e enviá-la para a Mãe assim que desejar, mas sua intenção que é

mais importante. Então, espere como uma criança. Espere até que a Mãe Terra envie o amor

dela de volta para você até que possa senti-lo. Você é seu filho e sei que ela o ama.

Enquanto o amor da Mãe entra em seu corpo, abra-se completamente, permitindo que esse

amor movimente-se em qualquer lugar pelo seu corpo. Deixe-o entrar totalmente em suas

células. Deixe-o movimentar-se pelo seu corpo de luz. Deixe-o movimentar-se por onde queira

se movimentar. Sinta esse lindo amor que a Mãe Terra o tem rodeado e permaneça nessa

união com a Mãe Terra até sentir essa união completa.”

Unificar-se com o Pai Divino

“No momento certo, que somente você saberá, sem interromper a união de amor com sua

Mãe, olhe para seu Pai, seu Pai Celestial. Olhe para o resto da criação além da Terra. Coloque

sua atenção no céu noturno. Veja a Via Láctea enquanto ela serpenteia pelos céus. Observe a

espiral dos planetas e da Lua ao seu redor e da Terra. Sinta o Sol escondido abaixo da Terra.

Perceba essa inacreditável profundeza do espaço.

Sinta o amor que você tem por esse Pai, pelo Pai Divino que é o espírito de toda a criação,

exceto a Mãe Divina. E quando esse amor ficar tão grande que simplesmente não consegue

ficar dentro de você nem mais um segundo, deixe-o mover-se para os céus com sua intenção.

Novamente, pode enviar seu amor para os Céus dentro de uma pequena esfera, se desejar.”

Sri Yukteswar disse para colocar seu amor numa pequena esfera e com sua intenção,

mandá-la para os céus. Disse para enviá-la para a rede de consciência da unidade ao

redor da Terra. Se você não sabe o que é essa rede, não se preocupe, apenas faça

como a maioria dos povos indígenas do mundo: envie seu amor para o Sol. Como as

redes, o Sol está conectado com todos os outros sóis ou estrelas e todas as vidas em

todos os lugares. Alguns povos, como os Hopis do sudoeste dos Estados Unidos,

mandam seu amor para o Grande Sol Central, que é outro conceito que nem todos

86

tem, mas igualmente válido. Escolha um – qual deles não importa. O objetivo é que

seu amor alcance toda a vida em todos os lugares.

Sri Yukteswar continuou: “ Uma vez que seu amor tenha sido enviado para os Céus do Pai

Divino, novamente aguarde; espere que o Pai envie seu amor de volta a você. E é claro, ele

sempre faz isso. Você será seu filho para sempre e o Pai Divino sempre, sempre o amará. E

assim como o amor da Mãe, quando você sentir o amor do Pai Divino entrar no seu ser, deixe-

o movimentar-se onde quer que deseje. É o amor de seu Pai e é puro.”

A Tríade Sagrada está Viva

“Nesse momento, algo que raramente acontece está manifestando-se: a Tríade Sagrada está

viva na Terra. A Divina Mãe e o Pai Divino estão unidos com você em puro amor e você, a

Criança Divina, completa o conjunto.”

De acordo com Sri Yukteswar, somente nesse estado de consciência em particular

que Deus pode ser conhecido diretamente. E o passo final dessa meditação é tornar-

se consciente da presença de Deus – ao redor e dentro de você.

Para essa parte da meditação, Sri Yukteswar originalmente me deu uma forma muito

complexa de estar consciente de Deus, mas depois de falar com vários anciães de

muitas tribos ao redor do mundo, senti que nós podemos simplificar o caminho para

alcançar esse estado final de consciência. É realmente simples: assim que você

estiver na Tríade Sagrada, pode alcançar essa experiência apenas abrindo seu

coração para a presença de Deus. Por alguma razão que somente Deus sabe, no

estado da Tríade Sagrada a presença de Deus é facilmente perceptível.

Sri Yukteswar disse-me o nome dessa meditação: a Respiração da Unidade. Deus

está sempre em todos os lugares, mas os humanos nem sempre percebem Deus. A

meditação da Respiração da Unidade leva-o diretamente e conscientemente para

dentro da presença de Deus.

Para alguns, esse estado de consciência é tudo que necessitamos para completar

todos os ciclos criados pela vida, ou outra maneira de dizer isso é uma porta que

aproxima todas as cerimônias sagradas da vida, como o nosso nascimento nesse

mundo, o casamento sagrado e até mesmo a morte. De acordo com os Nativos

Americanos, até as cerimônias de plantio e colheita das culturas requerem essa

87

conexão particular com o Grande Espírito para que as culturas cresçam e sejam

saudáveis.

O estado natural é o de criar conjuntamente com Deus, ou Grande Espírito, para

assistir todos os ciclos da natureza e trazer equilíbrio para a vida. De acordo com a

Bíblia, somos os mantenedores do Jardim (ou natureza) como descrito na história de

Adão e Eva, e nesse tempo moderno, nós ainda somos, mas esquecemos do nosso

propósito. Sem a conexão interna com Deus, estamos separados e perdidos e,

portanto, essa meditação de Sri Yukteswar é uma abertura para lembrar de Deus e

lembrar do espaço sagrado do coração.

Entrando no palco

Nesse ponto, sri Yukteswar tornou-se bastante austero. Ele me olhou diretamente nos

olhos e disse: “Drunvalo, quero que você vá até o palco hoje e ensine essa meditação

para a audiência exatamente como eu o ensinei.” Ele me olhou como se confirmasse

suas palavras e achei melhor não lhe desobedecer. Então, ele se curvou e

desapareceu.

Lembro que ouvi uma batida na porta que me disse que era minha vez. Lembro que

me levantei, confuso. Não sabia o que fazer. Eu já tinha um plano do que iria fazer e

dizer, porém isso parecia ter ultrapassado qualquer coisa. Disse ao assistente de

palco que seguiria em apenas um minuto, fechei a porta e rapidamente os anjos se

interpuseram ante ela. Eles aconselharam-me a fazer como Sri Yukteswar tinha

pedido e que entenderia isso depois. E assim eu fiz e somente muito depois, eu

compreendi.

Assim que estava de frente para a plateia, contei-lhes o que tinha acabado de

acontecer e que nós entraríamos num estado de meditação no qual Sri Yukteswar

tinha fortemente sugerido que todos nós experimentássemos. Todos no salão, exceto

aqueles que estavam cuidando do grupo, estavam profundamente em meditação.

Encontrei muitos que estavam tão profundamente mergulhados na meditação que não

conseguiam ou não queriam sair dela.

Após várias tentativas de acordar a todos, ainda tinham quase trinta pessoas que

simplesmente não queriam retornar. Nós mandamos pessoas individualmente para

tirá-los de sua meditação e todos eles finalmente voltaram – com exceção de um

88

rapaz que pensávamos ter que levar para o hospital. Após talvez mais vinte minutos,

enquanto todos os outros estavam lanchando, ele finalmente abriu os olhos.

Tudo que eu pensava era: “O que aconteceu?” Eu tinha tido uma experiência que ficou

comigo além da meditação. Ainda podia sentir o amor da minha Mãe e do meu Pai e a

presença de Deus em todos os lugares e em tudo. Era delicioso. Era lindo.

Ao longo dos anos, eu aprendi a ser cauteloso com a meditação Respiração da

Unidade. Uma vez dentro desse estado, ninguém quer sair prematuramente; senti-lo é

tão bom. Então, se você praticar essa meditação, permita bastante tempo para si

mesmo. Desligue os telefones e faça o que for necessário para não ser perturbado

durante um longo período. Deixe a experiência abrir-se como uma flor de verão.

É tão simples

Agora que conhece a Respiração da Unidade, sempre entre nesse estado de

consciência antes de entrar no espaço sagrado do coração. Caso contrário, não

importa o quanto tente achar o espaço sagrado, ele correrá de você; ele se esconderá,

sem deixar qualquer vestígio.

Assim que alcançar o nível de consciência elevado pela Respiração da Unidade,

talvez encontre um jeito mais fácil e mais fácil ainda até que finalmente esteja todo o

tempo nesse local. Esse é o ideal, de acordo com todos os mentores que conhece

essa meditação.

Acredito que a Respiração da Unidade cria uma vibração dentro de você que lhe

permite encontrar o santo graal, o espaço sagrado do coração, o lugar onde Deus

originariamente criou tudo o que é. É tão simples. O que você sempre esteve

procurando está dentro de seu próprio coração.

89

Capítulo Seis

DEIXAR A MENTE E ENTRAR NO CORAÇÃO

Primeiro exercício – mover ao redor do Corpo

Segundo exercício – Entrar no Coração

Terceiro exercício – A cabeça “Om” e o Coração “Aah”

Dois caminhos para dentro do Espaço Sagrado do Coração

90

A Respiração da Unidade é o pré-requisito para entrar no espaço sagrado do coração.

Contudo, ainda existem dois obstáculos principais para verdadeiramente entrar nesse

espaço sagrado.

Primeiro, para a consciência ocidental, a Respiração da Unidade sozinha não é

suficiente para encontrar onde está o sagrado espaço do coração. Por quê? Porque

sua mente sempre criará uma ilusão que o guiará para longe da verdade; sua mente

sempre lhe dirá: “Não escute o seu coração. Somente eu conheço a Fonte. Siga a mim

e a minha lógica e tudo será perfeito. Minha ciência é a única forma de conhecer a

verdade.” Utilizando o processo do pensamento e da lógica, a mente o manterá

dentro de sua cabeça.” Enquanto permanecer dentro de sua cabeça, dentro do crânio,

você nunca, nunca mesmo, encontrará o espaço sagrado do coração. A mente tem

escondido o poder do coração de muitos por milhares de anos.

Segundo, você deve saber da mobilidade do espírito dentro do corpo humano. Sem

esse conhecimento, nenhuma quantidade de esforço para alcançar o espaço sagrado

do coração pode produzir resultados. Precisa descobrir que o espírito pode

movimentar-se dentro do corpo e então, literalmente, deixar a localidade da cabeça e

da mente para entrar num estado completamente alterado de consciência e

inteligência que é encontrado dentro do coração.

Pela minha experiência pessoal e de milhares de pessoas, descobri que superar o

processo do pensamento humano é algo fácil de fazer se fica claro o que se deve

fazer. Se apenas sentar-se e escutar e/ou responder aos seus pensamentos,

continuará preso na cabeça e seus pensamentosd continuarão perpetuamente e irão

interrompê-lo.

Há poucos sistemas de meditação que o auxiliam a superar ou contornar a mente,

como a meditação Vipassana, onde a pessoa senta em meditação por muitas horas

até que o ponto do silêncio seja alcançado. Porém, há uma maneira mais simples e

ela consiste em fazer apenas o espírito sair da cabeça e da mente ao mesmo tempo.

E para entrar no espaço sagrado do coração, esse é a única maneira que eu conheço.

Raramente encontro alguém que saiba que o espírito humano pode se movimentar

dentro do corpo humano. A maioria das pessoas olha para mim como se eu fosse

91

maluco quando falo sobre isso. Contudo, a maioria dos povos indigenas compreende

completamente o conceito. Nos seus processos espirituais, eles experimentam

exatamente isso.

O espírito humano é separado de seu corpo. Quando nós morremos, nós (nosso

espírito) deixamos o corpo e retornamos a um mundo que parece separado desse. O

corpo humano é como um casaco – que colocamos para sermos humanos e deixamos

para ser outra coisa. Nos meus estudos, descobri que nesse período da história

humana é normalmente focalizado na glândula pineal, no centro da cabeça. O espírito

localizar-se na glândula pineal significa experimentar o corpo humano do ponto de

vista de olhar para o mundo através dos olhos e sentir como se o mundo externo fosse

separado de si mesmo.

Parece que estamos diretamente atrás dos olhos, embora nós possamos experimentar

outras partes de nossos corpos. Agora, a maioria de nós tem a experiência de colocar

nossa atenção em outras partes do corpo – a mão ou o pé, por exemplo – mas ainda

fazemos isso com o espírito localizado na glândula pineal.

Há outras maneiras de experimentar o corpo humano e é uma delas que eu desejo

ensinar a você agora. Você deve entender e experimentar essa parte antes de

encontrar o espaço sagrado do coração.

Primeiro exercício – Movendo-se pelo corpo

Será muito mais fácil fazer esse exercício se pensar que ele é um jogo – e ainda mais

fácil se olhar para si mesmo como uma criança. Não leve isso a sério – a seriedade,

proveniente da mente, somente interferirá com o resultado do exercício. Apenas

divirta-se! Para tanto, a sua natureza infantil permitirá que facilmente entre no coração

– não o adulto, calculando os processos de pensamentos da mente.

Coloque sua atenção na sua mão direita. Sinta o interior dela e esteja ali tanto

quanto conseguir. O seu espírito ainda está na sua cabeça, sentindo sua mão?

Essa seria a forma mais comum. (Estou pedindo que faça isso porque essa

não é a maneira da qual eu estou falando, focalizando a mão e mantendo-se

na cabeça.)

92

Pense no seu espírito, você, como algo separado de seu corpo. Veja seu

espírito talvez como uma pequena esfera de luz, mais ou menos do tamanho

de uma bola de gude.

No próximo passo, iremos nos movimentar para fora da cabeça, na forma de

pequenina esfera de luz, em direção ao chacra laríngeo. Primeiro, vamos ter uma

discussão intelectual para preparar a mente.

Pense em um alto edificio com um elevator externo. O elevator é completamente feito

de vidro e, portanto, pode enxergar o exterior enquanto está dentro dele; você

consegue enxergar o edifício inteiro enquanto viaja do alto do edifício até o térreo. No

caminho para baixo, você pode ver o alto do edifício aparentemente mover-se para

longe de si. Sua posição relativa modifica e você verdadeiramente vê o edifício de uma

localidade diferente, certo?

Agora feche seus olhos (isso é importante) e utilize apenas sua imaginação

para enxergar. “Veja” a si mesmo como uma pequena esfera de luz movendo-

se para fora da glândula pineal ou área cerebral e desça, assim como um

elevador, para o chakra laríngeo (da garganta).

Enquanto estiver movendo-se para fora da cabeça, verá, na sua imaginação,

sua cabeça física afastando-se de você, como o alto de um edificio. Não pense

sobre o processo – isso definitivamente interferirá com que está fazendo.

Apenas jogue o jogo.

Assim que alcançar o chakra laríngeo, verá ou sentirá, na sua visão interna,

sua cabeça acima de si, como se estivesse olhando para fora na altura de sua

garganta. Esteja consciente da suavidade da garganta ao redor de si. Parecerá

que está no mesmo nível de seus ombros. Você consegue fazer isso!

Se não conseguir da primeira vez, então pare, relaxe e lembre-se de fazer o

exercício como se fosse um jogo. Continue fazendo isso até que, com sua

visão interior, possa ver ou sentir a si mesmo, seu espírito movendo-se para

fora da cabeça e entrando em sua garganta.

Retorne para sua cabeça. Com sua visão interna, verá ou sentirá seu corpo

movendo-se para baixo enquanto seu espírito aproximar-se do interior da

cabeça ou crânio.

Assim que entrar na cabeça novamente, certifique-se que está olhando para a

direção correta, através dos olhos. (Talvez pense que isso soe engraçado ou

93

algo parecido, porém algumas pessoas verdadeiramente retornam para suas

cabeças olhando para a direção errada e isso as desorienta. Isso

provavelmente não acontecerá com você, mas se acontecer, simplesmente vire

em direção aos seus olhos e tudo voltará ao normal bem rapidamente.)

Agora, novamente saia da cabeça e mova-se para a garganta. Quando chegar

lá, tome consciência dos tecidos macios ao redor da garganta.

Retorne de novo para a cabeça, vendo a mudança na sua visão interna. Na

sua cabeça, será o momento de perceber o sólido e rígido osso do crânio

envolvendo-o. Sinta a diferença.

Novamente, mova-se para a garganta e perceba os tecidos macios dela

envolvendo-o. Sinta a diferença.

Nesse momento, vamos adiante. Movimente-se de sua garganta para seu

ombro direito. Na sua visão interna, presumindo que ainda estava olhando

através da frente de seu corpo, observe como sua cabeça está fora de

alinhamento em direção ao esquerdo. Sinta os ossos de seu ombro.

Agora continue movendo-se para o braço e dele para a mão direita e entre na

área da palma de sua mão. Veja os dedos todos ao seu redor. Frequentemente

eles parecem ser muito grandes, uma vez que está muito pequeno. Sinta os

dedos todos ao seu redor.

Retorne para o ombro, então volte para a garganta. Sempre pare na garganta

como um ponto de referência antes de entrar na cabeça. Agora, mova-se de

volta para a cabeça, certificando-se que está olhando para frente, através dos

olhos. Sinta a rigidez do crânio ao seu redor.

Você completou o primeiro exercício. Pode continuar, se desejar, a prática de

movimentar-se para diferentes partes do seu corpo. Escolha qualquer parte do corpo,

menos o coração nesse ponto. É seu corpo. Sempre retorne pela garganta e pare

tempo suficiente para orientar a si mesmo antes de reentrar na cabeça.

94

Segundo exercício – Entrando no coração

Nesse momento, estamos prontos para entrar no coração, mas ainda não iremos nos

movimentar para o espaço sagrado do coração. Primeiro, precisa sentir a diferença

entre a cabeça e o coração.

Comece como aprendeu, fechando os olhos e movendo-se para fora de sua

cabeça para a garganta.

Espere até sentir-se bem e então movimente-se para o seu coração físico e

não para o chakra cardíaco. Sinta ou veja em sua visão interior o seu coração

e sinta-se movimentando em sua direção. Quando alcançar o coração,

continue a mover-se através da mebrana para dentro dele.

Ouça e sinta o coração batendo. Sinta a suavidade dos tecidos ao seu redor.

Sinta quão diferente eles são quando comparados a rigidez do crânio. O

coração é feminino e a cabeça é masculina. Isso é tão óbvio.

Embora possa ficar aqui o quanto quiser, provavelmente é melhor não

permanecer mais do que cinco minutos. Não se preocupe como o Espaço

Sagrado nesse momento. Apenas sinta como é estar no coração.

Quando o momento parecer adequado, movimente-se para fora do coração,

através da membrana e continue até a garganta. Pare por um momento para

sentir a garganta e continue a voltar até a cabeça. Certifique-se que esteja

alinhado com seus olhos.

Sinta como é voltar para a cabeça novamente e compare com estar no

coração. Sinta a rigidez do crânio e compare a suavidade dos tecidos

cardíacos.

Você terminou o segundo exercício.

Terceiro exercício – A Cabeça “Om” e o Coração “Aah”

Estamos iremos fazer o último exercício três vezes. Quando está na cabeça

entoe o cântico “Om” e quando estiver no coração, cante o som de “Aah”. Para ser

claro, estou pedindo que utilize sua voz para fazer esses sons nos lugares

95

apropriados. Esse exercício é sutil, contudo realmente auxilia a compreender, em

nossas celulas, tudo que fez até esse momento.

Inicie fechando os olhos e sentindo o crânio duro ao seu redor. Faça o som de

“Om” uma vez com sua voz. Enquanto faz o som, sinta com ele ressoa dentro

do crânio. Sinta.

Agora movimente-se para baixo até a garganta e pare aí por um momento:

então mova-se para o seu coração, vendo em sua visão interna, o coração

aproximando-se. Entre no coração e sinta o espaço.

Faça o som “Aah” uma vez e sinta como ele ressoa dentro da suavidade do

coração. Novamente, sinta.

Deixe o coração e mova-se para a garganta. Espere um momento, então

continue para a cabeça. Sinta a rigidez do crânio e faça o som de “Om”.

Repita esses passos mais duas vezes e então, apenas sente-se e sinta como

os dois locais são tão diferentes – diversos como o masculino e o feminino.

Você completou o terceiro exercício.

Dois caminhos para dentro do Espaço Sagrado do Coração

Quando os Kogis da América do Sul me ensinaram, eles disseram que a melhor forma

de entrar no espaço sagrado do coração era ficar num quarto ou espaço escuro, com

os olhos fechados, sem nada comer ou beber e sem dormir – por nove dias e nove

noites. Disseram que fazendo isso, a Mãe Terra viria e o caminho seria mostrado.

Sua maneira de viver permite uma meditação dessas, porém isso seria um enorme

abismo a atravessar para nós. Os Kogis, que pouco compreendem nossa sociedade

tecnológica, pediram-me que ensinasse entrar no coração dessa forma, porém sabia

que apresentaria um problema real. Contei-lhes que uma meditação de nove dias seria

impossível para quase todos do mundo moderno. Haveria talvez algumas pessoas que

poderiam fazê-lo, mas como queriam alcançar o mundo, teriam que achar outro

caminho.

96

Então, perguntei a minha orientação interna e vagarosamente duas outras maneiras

foram descobertas. Tenho certeza que existem mais caminhos para entrar no espaço

sagrado do coração, porém essas duas formas funcionam. Não importa realmente

como você encontra sua maneira de entrar desde que seu coração esteja puro, então

será capaz de nele ficar.

Entrar no espaço sagrado do coração não envolve um processo de aprendizado; Ao

contrário, é um processo de relembrar, pois sempre estivemos nesse espaço desde o

começo. Escolhemos desviar nossa atenção para essa forma de consciência da

polaridade, mas quando aprendemos a lição, estamos certos que retornaremos ao

estado primário de unidade.

O primeiro caminho que tentei foi baseado nas descobertas do Instituto HeartMath

sobre o campo toroidal ao redor do coração – em particular, a descoberta de um

pequeno torus dentro de um grande torus. A premissa era que a atual fonte desse

enorme campo eletromagnético estivesse dentro do espaço sagrado do coração.

Portanto, se era trajetória de linhas geométricas de energia desse campo, poderíamos

pegar uma delas e ir diretamente para o espaço sagrado. E o que descobri é que isso

pode ser verdadeiro.

Esse primeiro método é de natureza masculina, significando que poder transmitido a

outras pessoas e se uma pessoa fizer exatamente as instruções, os resultados sempre

serão os mesmos. Infelizmente, métodos masculinos não funcionam muito bem para

as mulheres. O segundo método, de natureza feminina, é tão simples que levou um

tempo para que eu pudesse ver.

No capítulo seguinte, colocaremos todas as instruções juntas num método completo

para alcançar o espaço sagrado do coração. Agora, precisa apenas compreender

mentalmente o que está sendo pedido. A experiência real logo virá – nós iremos para

um lugar onde o coração físico está na nossa frente e naquele momento nós iremos

ver ou sentir o campo toroidal com nossa visão interna enquanto ele se movimenta ao

redor do coração e iremos focalizar o interno e pequenino torus.

A forma masculina de entrar no coração

Aqui está a forma masculina de entrar: enquando você se movimenta em direção ao

coração e ver o pequeno campo toroidal, eleve-se acima do campo até ver o torus do

97

alto. Essa energia é um vórtice, como expliquei antes, movendo-se circularmente

como água escorrendo para um ralo. Movimenta-se mais vagarosamente na borda

externa e fica mais rápida e veloz em direção ao centro, então cai através do centro –

novamente como água caindo no ralo. Para algumas pessoas, o vórtice movimenta-se

no sentido horário e para outras, no sentido anti-horário. A direção relaciona-se a

preferência sexual e não parece importar.

Para essa meditação, quando olhar para o topo do campo toroidal, veja ou sinta a

forma de movimentação. Então, como uma folha flutuante num rio, deixe seu espírito

descansar nessa energia espiral.

Comece a experimentar a si mesmo rodando e rodando – devagar a princípio, porém

quando se aproximar do centro, comece a mover-se mais rápido até finalmente entrar

no centro e começar a cair. Não há nada a temer. Apenas, permita-se ir e cair. Num

momento, perceberá que tudo está muito, muito quieto. Como estar no olho do

furacão, está agora dentro do espaço sagrado do coração. Está realmente ali.

A forma feminina para entrar no coração

Aqui está a forma feminina de entrar: como mencionei, essa forma é tão simples que

não consegui ver de primeira. As instruções eram fáceis e a experiência será diferente

para cada um de vocês quando utilizar esse método. Não é importante se o seu corpo

98

é feminino ou masculino, mas se seguir seu coração é a sua maneira, então esse

caminho é o seu.

Para a forma feminina, tudo o que faz é ver ou sentir a si mesmo aproximando-se do

coração e então permitir-se entrar em sua membrana, assim como fez antes. Exceto

que dessa vez, você deixa sua física natureza feminina tomar o controle e deixe sua

intuição guiá-lo para o espaço sagrado do coração. Permita-se e movimente-se,

sabendo que irá mover-se direto para o espaço sagrado.

Tente uma das maneiras e se ela não funcionar, então tente a outra. Lembre-se que

você é uma criança de Deus. Conhece esse lugar, pois Deus e você sempre foram Um

lá. Sempre.

99

Capítulo Sete

A MEDITAÇÃO DO ESPAÇO SAGRADO DO CORAÇÃO

Preparando-se para a Meditação

A meditação da Unidade

Escolha sua maneira de entrar no coração

Explorando o Espaço Sagrado do Coração pela primeira vez

Retornando para o Espaço Sagrado do Coração

100

Acompanhe sua respiração por alguns minutos até estar relaxado e confortável. Não

há pressa. Para o lugar que está prestes a ir, não há tempo.

Quando sentir que tudo está certo, altere sua atenção de sua respiração para sua

visão interna e comece a Meditação da Unidade, o ponto inicial de todas as cerimônias

sagradas.

A meditação da Unidade

Para uma descrição expandida da Meditação da Unidade, volte ao Capítulo 5.

Veja um lugar na natureza que sinta que é bonito e visualize-o com todos os

detalhes que conseguir. Se você é daqueles que não veem, mas experiencia

de outras formas, então utilize as outras maneiras de ver: nós todos temos

nosso próprio jeito. Sinta o amor que tem pela natureza e a Mãe Terra. Deixe

esse amor crescer no seu coração até que sinta em todo o seu corpo.

Quando sentir que é o momento correto, pegue seu amor e coloque-o numa

pequena esfera e com sua intenção envie-o profundamente para baixo, para o

centro da terra. Deixe sua Mãe Divina saber o quanto você a ama. Permita que

ela sinta seu amor. Então, espere que a Mãe terra mande o amor dela de volta

para você.

Quando sentir esse amor vindo de sua Mãe entrar no seu corpo energético,

apenas permita que o amor se movimente de qualquer maneira para qualquer

lugar. Apenas permita-o. Sinta esse fluxo de amor entre você e a Terra. Você

pode ficar aí o quanto desejar.

Quando perceber que é o momento, sem interromper o fluxo de amor entre

você e sua Mãe Divina, modifique sua atenção para o seu Pai Divino. Na sua

visão interna, veja ou sinta um céu noturno, a Via Láctea, as profundezas do

espaço. Veja os planetas e a Lua brilhando no céu noturno e sinta a presença

do Sol, escondido distante e atrás da Terra.

Permita a si mesmo sentir o amor que tem por todo o resto da criação e seu

Pai Divino. Quando sentir que é a hora certa, coloque seu amor numa pequena

esfera e envie-a para os céus com a intenção que vá direto para o Pai Divino.

Envie-o para as redes ao redor da Terra, o Sol ou o Grande Sol Central. Deixe

que seu Pai saiba como se sente...e espere.

101

Espere pelo amor de seu Pai Divino voltar para a Terra e entrar no seu corpo.

Quando acontecer, permita-o movimentar-se de qualquer maneira e em

qualquer lugar. Não tente controlar esse amor; apenas sinta-o.

Nesse momento, a Tríade Sagrada está viva na terra. A Mãe Divina e o Pai

Divino e você, a criança Divina, estarão unidos em amor puro. Isso é o

momento sagrado por direito próprio, então apenas esteja com seus pais

divinos e sinta o amor.

Desse lugar de puro amor abra a consciência para a presença de Deus, que

está ao seu redor e mora dentro de você. Simplesmente esteja ciente e sinta

essa união das forças cósmicas e respire o sopro da vida.

Escolha sua maneira de entrar no Coração

Escolha de que maneira deseja entrar no espaço sagrado do Coração –

utilizando o vórtice masculino do campo toroidal ouo caminho feminino de usar

somente sua intuição. Não importa qual método escolherá; isso depende

somente de você mesmo.

Com sua intenção e força de vontade, deixe sua mente e mova-se para sua

garganta. Sinta sua garganta toda ao seu redor e então, movimente-se para o

seu coração físico.

Se escolher a forma masculina toroidal, eleve-se acima do coração até que sua

visão interna possa ver ou sentir o campo toroidal interno, o vórtice. Então,

como uma folha num rio, permita que seu espírito flutue no redemoinho em

movimento, seja lá qual for a direção que esteja rodando. Sinta a si mesmo

circulando até cair no centro do vórtice. Continue a cair até que sinta a

quietude. Você está no espaço sagrado do coração.

Se você escolher a maneira feminina, a intuitiva, veja ou sinta o coração

aproximando-se e movimente-se através da membrana do coração para o seu

interior. Uma vez dentro dele, entregue seus movimentos para sua intuição e

permita a si mesmo ser guiado para o espaço sagrado do Coração.

Você está lá.

A primeira coisa que faz é olhar em volta. Se está escuro, o que provavelmente

estará, diga em seu mundo interno: “Haja luz” e observe ou sinta como a

escuridão modifica-se para um mundo de luz.

102

Uma vez que consiga ver ou sentir o espaço sagrado do coração, torne-se

consciente da vibração, o som que permeia esse lugar. Ouça esse som por um

tempo. Quando sentir que é o momento adequado, comece a fazer realmente o

som. Faça-o o mais próximo que conseguir do som que ouve com sua audição

interna. Tente duplicá-lo. Mantenha o sussurrar com sua voz e então comece a

explorar esse santo espaço.

Explorando o Espaço Sagrado do Coração pela primeira vez

A aventura começa. Alguns irão imediatamente lembrar que estiveram ali

milhões de vezes antes, enquanto outros sentirão que essa é a primeira vez.

Não importa o que experimentar, há algumas coisas que deve saber.

O espaço sagrado do coração é mais antigo que a própria criação. Antes de

existirem galáxias para morar, esse lugar já existia. Todos os lugares que

viajou dentro dessa criação, você lembrará dentro desse espaço. Então,

primeiramente, talvez comece a lembrar sobre o que é tudo isso, o que é a

vida.

Dentro desse espaço, recordará do desejo mais profundo do seu coração, que

manifesta e vive mais do que qualquer outra coisa ou qualquer acontecimento.

Está li para lembrá-lo, seu propósito para vir à Terra em primeiro lugar – seja

isso recente ou que remonte a tempos muito antigos – a verdadeira razão para

estar aqui. Talvez comece a explorar essas memórias ou talvez deseje permitir

que sua intuição o guie novamente. Ao final, tudo será revelado a você a

medida que tiver soltar-se do tempo e no fluxo.

Na sua primeira jornada para dentro do espaço sagrado do coração, talvez seja

melhor limitar o tempo que você fica ali para menos de trinta minutos. Pode

utilizar um timer ou ter alguém que o auxilie a trazê-lo de volta dentro do tempo

estipulado. Esse espaço sagrado é bastante sedutor e precisamos de

experiência para aprender o quando podemos ficar. Comece com um poucos

minutos e aumente-o na medida em que aprender.

103

Retornando ao Espaço Sagrado do Coração

Quando entrar no espaço sagrado do coração pela segunda vez que

encontrará um espaço dentro desse local, que os Upanishads chamavam de

pequenino espaço dentro do Coração. Anteriormente neste livro eu disse que

existe um espaço pequeno dentro do espaço sagrado do Coração que era

extremamente importante. Peço que encontre esse lugar utilizando sua intuição

quando entrar pela segunda vez. Esse lugar irá modificar tudo.

Entrar no espaço sagrado do coração pela segunda vez é muito mais fácil e

rápido. Eventualmente, enquanto praticar, descobrirá que será capaz de

chegar ao seu santo espaço em questão de segundos.

Apenas feche seus olhos e confirme seu amor pela Mãe Terra e o Pai Céu ao

sentir a emoção do amor que conecta você.

Sinta-se deixando sua cabeça e movimente-se para sua garganta. De lá,

mova-se em direção ao seu coração e comece a sussurrar o som que está

dentro do espaço sagrado do seu coração. A vibração do seu sussurrar o

levará muito rapidamente de volta ao seu espaço sagrado – e você estará lá. É

tão fácil uma vez que sabe o caminho.

Com sua intenção, permita a si mesmo ser guiado para o pequeno espaço

dentro do espaço sagrado do coração. Esse espaço é diferente para cada

pessoa, mas tem qualidades semelhantes para todos.

Ao saber como encontrar esse espaço de criação, movimente-se dentro e

familiarize-se com o que sente ali. Perceba que a vibração sobre de tom;

observe que nesse pequeno espaço sente-se diferente de qualquer outro lugar

no coração. É quando começa a criação. Pode levar um tempo até perceber

onde você está: o Criador de toda a vida reside dentro desse espaço: dentro

desse espaço todas as coisas são possíveis.

Alunos mostraram-me que uma das maneiras mais fáceis de ver Deus é pedir

que uma pessoa que você mais ama esteja com você nesse espaço interno.

104

Se tem mais de uma pessoa que você ame muito, escolha uma. Se viu o filme

Contato, sabe que uma raça avançada apresentou-se à terráquea, que estava

explorando sua consciência superior, na forma de seu pai que ela amava mais

do que qualquer um. Isso fez com que fosse mais fácil para ela aceitar o que

estava acontecendo.

Então, convide uma pessoa que ama muito, não importando se ela ou ele

esteja vivo ou tenho passado para outros mundos, pois nesse lugar todos os

corações estão intimamente conectados. Uma vez que a pessoa apareça em

seu espaço interno com você, não haverá diretrizes. Apenas permita que

aconteça seja lá o que ocorrer, porque Deus saberá exatamente o que fazer.

A cada dia, retorne ao espaço sagrado do coração e continue a explorar. É seu

direito de nascença lembrar quem é realmente e porque está aqui na Terra.

Você é uma incrível criança de Deus tendo um sonho que é um ser humano

nesse pequenino planeta no meio do nada. O que acontece quando recorda

quem realmente é? Isso é algo que somente você saberá.

Agora conhece seu caminho para Casa. Dentro desse espaço sagrado do

coração, todos os mundos, todas as dimensões, todos os universos, toda a

criação encontram seu nascimento. Interconectando por um coração estão

todos os corações de toda a vida em todos os lugares!

105

Capítulo Oito

A MER-KA-BA E O ESPAÇO SAGRADO DO CORAÇÃO

Combinando o Espaço Sagrado do Coração com a Mer-Ka-Ba

Os Anjos explicam

106

Muitos alunos têm esperado pelo próximo nível de instruções para o corpo de luz

humano, a Mer-Ka-Ba. Levei quase dezenove anos para ter essa informação, visto

que tudo acontece no tempo adequado e na ordem divina.

Existe ainda um nível maior, ou parte, mas está no futuro e virá quando Deus decidir.

Nesse ponto eu tenho apenas parter da informação desta terceira e parte final.

Quando as três partes forem combinadas e vividas, ascensão verdadeira poderá

começar.

Muitas pessoas tiveram acesso aos ensinamentos da Mer-Ka-Ba pelos volumes do

livro O antigo segredo da flor da vida, frequentaram um dos meus workshops ou

assistiram a série de vídeos FOL e decidiram ensinar essa informação. É lamentável

para a Terra que isto tenha acontecido. Essas pessoas acreditam que a Mer-Ka-Ba

está completa e que, alternarando-a de alguma forma poderá levar alguém ao nível

“adequado” de consciência. Não é verdade. Nenhum volume de conhecimento da

ciência Mer-Ka-Ba baseado apenas nas formas energéticas fará isso – não importa de

onde ou de quem vem de dentro do universo.

A consciência Melchizedek, mais antiga que toda a criação em si mesma, tem

testemunhado o começo da criação no seu universo espaço/tempo/dimensão, uma

dentro de uma multidão de universos. Desta experiência, a tradição Melchizedek

percebeu que através da vivência das três partes da Mer-Ka-Ba, o espírito

individualizado é sempre trazido de volta para a presença consciente de Deus dentro

do espaço sagrado do Coração – para começar a criar novamente, de uma maneira

nova. E isso é exatamente o que a experiência da Mer-Ka-Ba inevitavelmente nos

guia.

Porém antes que isso aconteça, o espírito deve recordar-se das três partes, combiná-

las em uma só e viver a experiência. Nesse capítulo e no próximo, aprenderá sobre a

segunda parte – combinar o espaço sagrado do coração com o campo da Mer-Ka-Ba

humana.

Se ainda não aprendeu a meditação Mer-Ka-Ba, será bom lembrar-se somente dentro

do espaço sagrado do coração. Finalmente, tornará-se claro que o corpo de luz

humano é uma parte necessária da experiência humana, ainda que dentro do espaço

sagrado do coração. Isso é o que conecta o coração à mente, então o coração pode

criar dentro da mente.

107

Há um vasto número de padrões geométricos da Mer-Ka-Ba: mais de cem mil são

desconhecidos por todo o universo. Levou toda a vida desde o começo da criação

para compreender e relacionar essas formas da Mer-Ka-Ba para a existência e

consciência.

A Humanidade está trabalhando com apenas o primeiro e o segundo padrões

possíveis, relacionados à estrela tetraédrica. Embora existam muitos mais, essas

outras formas não são apropriadas para a consciência humana no momento, não

importando o que as pessoas digam. Na verdade, eles prejudicariam mais do que

ajudariam.

Na hora certa, tudo será revelado; nada será guardado. Tudo tem seu momento

adequado. Você não permitiria uma criança de três anos dirigisse um caminhão, não é

mesmo?

Combinando o Espaço Sagrado do Coração com a Mer-Ka-Ba

Gostaria de compartilhar minhaa experiência sobre combinar o espaço sagrado do

Coração com a Mer-Ka-Ba, porque a história explicará algo muito importante.

Contudo, por favor saiba que quando o momento chegar para que tenha essa

experiência, certamente será quase completamente diferente da minha.

Minha experiência quase pareceu estar acontencendo por acidente, mas é claro, não

era um “acidente”. Eu sentei-me e estava fazendo a meditação Mer-Ka-Ba e tinha me

movido de lá para o espaço sagrado do Coração. Entrei na minha caverna e andei de

volta para o espaço dentro do espaço sagrado. Sentei-me dentro do anel

transbordante e borbulhante de água e olhei para a parede – como havia feito tantas

vezes antes.

Sem pensar ou sentir nada em particular, comecei simplesmente a estar consciente da

minha respiração, apenas sentindo o meu sopro. Com os olhos abertos, olhei para a

parede de pedras à minha frente. A parede tornou-se transparente – como tinha visto

acontecer várias vezes antes – exceto que dessa vez, o espaço dentro das pedras

comeceu a ser preenchido com uma luz branca e brilhante. A luz manteve-se mais

brilhante até a caverna desaparecer e estava imerso num campo de luz branca sólida

e não conseguia mais ver. Era como ficar cego.

108

Isso era muito diferente e era a primeira vez que via alguma coisa parecida. Não

experimentei medo. Mesmo assim, minha coluna endiretou-se e estava

completamente alerta. Lembro que a energia estava aumentando em meu corpo, que

sentia algo parecido à primeira vez que experimentei a minha Kundalini subir pela

minha coluna. Parecia não ter qualquer controle. Sejá lá o que fosse, estava apenas

acontecendo e era muito poderoso.

Gradualmente, a luz branca retrocedeu e pude ver eu mesmo vagarosamente

emergindo ou flutuando, fora da pedra sólida, através da superfície do planeta, para o

espaço ao seu redor. Levei um minuto para compreender, mas quando me dei conta

que estava no campo da minha Mer-Ka-Ba elevando-me rapidamente para o espaço.

Instintivamente, sabia que meu espaço sagrado do coração e minha Mer-Ka-Ba tinha,

de alguma forma, mesclado-se e tornado-se um só, mas não tinha tempo para pensar

sobre isso.

Olhei atrás para ver a área desse planeta que tinha se tornado tão familiar afastando

atrás de mim. Virei-me e olhei para o espaço vasto de estrelas e o aparente

igualmente vasto espaço do planeta inteiro abaixo de mim. Estava tão chocado quanto

109

superanimado. O que tinha causado isso? Não sabia. O que isso significava? Não

sabia. Não tinha escolha senão testemunhar o que estava acontecendo comigo.

Estava dirigindo um veículo de ascensão cerca de um quilômetro e meio acima da

superfície do planeta, movimentando-se numa velocidade muito rápida. Abaixo de

mim, estava um mundo primitivo repleto de selvas, florestas, outras vegetações e

vastos oceanos, mas ainda não havia vida animal que pudesse ver ou sentir. Assim

que comecei a pensar como chegar mais perto da superfície, o veículo de ascensão

desceu, exatamente como tinha desejado.

Por que isso estava acontecendo? O que estava acontecendo? Muitas perguntas

estavam passeando pela minha cabeça. De alguma maneira, sabia que tudo isso era

extremamente importante, ainda que enquanto ocorria não pudesse fazer nada além

de experimentar e observar as cenas se desenrolarem.

Então eu comecei a me tornar consciente da presença de Deus ao meu redor e dentro

de mim e dos princípios norteadores que estavam permitindo essas experiências,

fossem como fossem. Uma sabedoria veio sobre meu ser e respostas a todas as

minhas perguntas preencheram minha compreensão: uma resposta imediatamente

vinha após cada nova pergunta. Continuei a flutuar acima desse planeta sentindo

como se tivesse nascido para um universo que nunca tinha visto antes. Era muito

animador!

Talvez uma hora tenha se passado e eu acordei como se estivesse sonhando, com as

imagens e o sentimento do lugar que estivera ainda prolongando-se em mim. Por

vários dias, não consegui pensar em mais nada.

Os anjos explicam

Os anjos vieram a mim logo após dessa experiência. Eles pareceram estar

extremamente encantados e suas luzes estavam mais brilhantes do que eu jamais vira

antes. Eles me contaram que eu tinha finalmente chegado ao segundo nível.

Realmente, naquele momento, não compreendi do que eles estavam falando, mas sou

muito devagar às vezes.

110

Meus anjos explicaram o que aconteceu: o eixo da minha Mer-Ka-Ba e o campo

toroidal gerado pelo espaço sagrado do meu coração tinham se alinhado e tornado-se

um só. Outra maneira de dizer é que os campos toroidais da Mer-Ka-Ba e do coração

tinham sincronizado. Agora, havia apenas uns sete centímetros e meio entre os eixos

de ambos os campos, mas aqueles sete centímetros poderiam bem ser quatrocentos e

oitenta quilômetros, pois eles mantinham essa experiência longe dos humanos;

mantinham o coração e a mente separados até chegar o momento correto.

Os anjos também disseram-me que essa experiência poderia ser completamente

diversa para outra pessoa, porém que ajudaria saber sobre essa possibilidade e ter

paciência. Para alguns, essa sincronicidade acontecerá rapidamente, enquanto outros

levarão anos. Seja lá como e quando acontecer, será perfeito e com certeza, será na

ordem divina.

Finalmente, contaram-me que quando alguém se sente pronto, auxilia muito tentar

usar tanto a imaginação da mente quando o sonho do coração para ver ou sentir os

dois eixos tornando-se um só, mas não tenha nenhuma expectativa. O momento

depende de Deus e não há nada que possamos fazer para fazer que isso aconteça.

Sempre depende do momento “adequado”.

A Mer-Ka-Ba e o campo toroidal do espaço sagrado do Coração fundiram-se e

mesclaram-se

111

Capítulo Nove

A COCRIAÇÃO CONSCIENTE DO CORAÇÃO CONECTADO

COM A MENTE

Thoth fala

Criando com o Coração

Criando com a Mente

Lógica versus Sentimentos e Emoções

Sonhe um sonho com o Novo Mundo

112

Cocriação consciente começa com o conhecimento de como estar dentro da sua Mer-

Ka-Ba mesclada com o espaço sagrado do Coração, com seu espírito residindo dentro

desse pequenino espaço. Vindo de dentro desse estado de consciência pode-se

diretamente criar e manifestar no mundo exterior. Saiba, contudo, que esse estado

criador é limitado, porque o terceiro nível ainda não foi alcançado. Ainda assim, é o

lugar perfeito para começar a aprender.

O que gostaria de trazer sua atenção é a possibilidade da cocriação consciente dentro

desse pequeno espaço do espaço sagrado do coração. Desse lugar remoto, você

consegue recriar o mundo com amor e equilíbrio, curando todos os problemas.

Esta possibilidade existe ainda que não esteja consciente da Mer-Ka-Ba, porém a Mer-

Ka-Ba combinada com o espaço sagrado do coração apresenta outro leque de

possibilidades. Percebo que as plenas possibilidades do potencial humano e a

cocriação consciente não se apresentarão até que os três níveis sejam dominados –

mas precisamos iniciar de algum lugar.

Thoth fala

Thoth e outros diversos mestres ascensionados, incluindo sua companheira, Shesat,

tinham recentemente retornado do espaço/tempo/dimensão além da “Grande

Muralha”, ou o vácuo entre as oitavas onde a humanidade está sendo agora

evolucionariamente guiada. O primeiro nome de Thoth nos tempos antigos era

relamente um título “Chiquetet”, que significa “buscador da sabedoria”. Quando Thoth

retornou da próxima oitava dos universos, sua personalidade modificou

completamente. Sua constante vontade de compreender a realidade tinha sido

substituída por um conhecimento que transcendia sua busca e ele estava

interiormente calmo.

Ele apareceu para mim, olhou-me e disse: “Drunvalo, nós da Terra temos procurado a

relação entre a experiência humana e a criação desde o início. Nós (os mestres

ascensionados) temos todos tentado compreender como os pensamentos humanos, ações e

milagres estão conectados. Por um tempo, pensamos que tinhamos entendido, mas agora

sabemos que existe mais”.

113

“Agora está claro – quando alguém cria pela cabeça utilizando a mente, está usando o

instrumento da polaridade, a mente, para criar. E ainda que a intenção de criar o bem apareça

de uma forma ou de outra, a mente sempre criará o bem e o mal porque isso é da sua

natureza.”

“Sugiro que tente criar somente dentro do espaço sagrado do coração, porque o coração

conhece a unidade e criará a intenção desejada sem o lado escuro.”

Isso era uma revelação fenomenal para mim. Apenas fiquei ali olhando para Thoth e

imediatamente soube a verdade do que ele estava dizendo. Tornei-me animado –

como frequentemente fico quando vejo algo importante – e mal podia esperar para

tentar o que ele estava me sugerindo.

Criando com o Coração

As pessoas têm rezado para Deus mudar as circunstâncias do mundo exterior desde

do começo da nossa consciência da existência de Deus, mas parece que Deus nem

sempre escuta nossas orações. Por quê? Você já se perguntou a seguinte pergunta:

Por que Deus não nos concede o que pedimos? Na Bíblia está escrito: “ Peça e será

atendido.” Mas isso não parece acontecer. Talvez a informação seguinte nos proverá

de uma resposta.

Vamos falar sobre criação e criar. Somos frequentemente ensinados tanto na escola

quanto em casa que estamos à mercê dos elementos e dos efeitos aleatórios das leis

da física. E, claro, se você acredita que isso seja verdade, então está limitado por essa

crença e isso se torna realidade.

Mas, muito tempo atrás, as pessoas não pensavam dessa maneira. Elas acreditavam

num lado espiritual da realidade onde o espírito humano podia modificar a realidade

exterior pela intenção interna.

Em “O Efeito Isaías”, Gregg Braden relata como em 1947 os arqueologistas

descobriram um documento próximo dos Manuscritos do Mar Morto chamado de

Manuscrito de Isaías. O remoto Manuscrito de Isaías descreve como os humanos têm

o poder de influenciar as possibilidades futuras e profecias, além de modificar o mundo

ao seu redor a partir do seu interior.

114

Hoje, nossa cultura tecnológica pensa que isso é fantasia. Mas é? Se não podemos

influenciar o presente e o futuro, então tudo que Jesus nos disse seria falso. Ele não

realizou façanhas incríveis como transformar a constituição molecular da água em

vinho? Ele ainda trouxe uma pessoa de volta da morte e o fez viver novamente! A

ciência moderna acredita que esse tipo de história são apenas histórias, pois há quase

nada na ciência que possa sustentar tais ideias.

Jesus disse: “Na verdade, vos digo que aquele que acreditar em mim, poderá fazer as

mesmas coisas que eu faço e feitos ainda maiores que esses ele poderá realizar.”

Então, o que dizer sobre essas novas crianças que estão surgindo em todo o mundo?

Elas são capazes de fazer essas coisas que Jesus podia fazer e a ciência tem

documentado em vários jornais populares e de prestígio como o Nature Jornal e Omni

Magazine.

Cientistas não sabem que essas crianças podem criar fenômenos físicos tão incríveis,

mas gravam que elas estão fazendo isso. Isso é um fato. Como o espaço sagrado do

coração se encaixa em tudo isso? Antes que eu explique, devemos primeiro olhar para

como a mente cria um milagre e depois comparar isso com o jeito que o espaço

sagrado do coração cria.

Criando a partir da Mente

Com frequência, quando você ora para Deus para algo que sinta que é necessário,

nada acontece. O Efeito Isaías deixa isso claro por que é dessa forma. Os manuscritos

antigos dizem que qualquer milagre começa com a atenção ou o foco da mente – você

coloca sua atenção mental no que deseja que aconteça.

Por exemplo, digamos que você queira curar-se de uma doença terrível e, portanto,

comece a focar sua atenção nos seus pensamentos na cura dessa parte específica do

seu corpo. É claro que isso não é suficiente para que algo realmente aconteça, mas

isso é um passo essencial para o início do processo de cura.

Depois da atenção, adicione sua intenção. Para continuar nosso exemplo, após você

ter colocado sua atenção na parte afetada de seu corpo, você intenciona que a doença

vá embora de seu corpo.

115

Mas isso também não é suficiente. Três outras partes precisam ser envolvidas ou

nada acontece – o corpo mental, o corpo emocional e o corpo físico.

O corpo mental, ou mente, deve ver a parte do corpo sendo curada; deve manter a

imagem da parte fpisica sendo completamente curada e saudável, sem qualquer coisa

errada com ela. E deve saber, com certeza, que essa cura está acontecendo naquele

momento ou acontecerá dentro de um prazo específico futuro, dependendo do que

pode aceitar. Consegue aceitar cura instantânea ou seus padrões de pensamento

necessitam de mais tempo? Esse conhecimento é essencial, mas ainda não é

suficiente.

Próximo passo: o corpo emocional deve estar engajado. A pessoa deve sentir a

emoção de como estivesse completamente saudável, sem mais conviver com a

doença. Deve realmente sentir essa emoção e não apenas deixar que a mente sinta a

emoção. Essa parte pode ser difícil para alguns, mas sem seu corpo emocional

engajado, nada acontecerá.

Isso ainda não é o bastante. Você pode estar rezando para ser curado; sua atenção

pode estar completamente na doença; sua intenção pode ser da cura da doença; sua

mente poderia saber que seu corpo está curado ou no processo de cura e seu corpo

emocional pode sentir a emoção – digamos, alegria – enquanto seu corpo torna-se

completamente saudável. No entanto, se a terceira parte não for ativada, nada

acontece.

Quantas pessoas tem rezado utilizando tudo o que me refere acima, apenas sabendo

que aconteceria, chorando por horas para acontecer e nada. Isso é porque a última

parte não tinha sido trazida para a equação. E essa parte é aquela que quase todos

esquecem ou não reconhecem.

A parte final, o aspecto esquecido, é o corpo físico. No nosso exemplo, você deverá

sentir a parte de seu corpo sendo completamente normal e saudável. Isso não

significa sentir um padrão mental ou consciência procurando dentro do corpo. Ao invés

disso, significa ter sensações de um corpo real onde sentir seu corpo responder. Não

sente nenhuma dor: ao contrário, sente vitalidade na área que seu corpo estiver

focalizando. Sinta a saúde e a beleza do seu corpo. Quando esse passo final das

respostas do corpo começar, o milagre sempre as seguirá.

116

Contudo, existe mais, o que não foi discutido em O Efeito Isaías, por isso Thoth está

dizendo é quando criamos com a mente, criamos ambas as polaridades com nossa

intenção. Se orarmos pela paz, por exemplo, teremos tanto a paz quanto a guerra.

Isso é exatamente o que vemos em nosso mundo nos dias de hoje. Milhões, se não

bilhões de pessoas estão orando e querendo paz, mas temos regiões que estão em

paz e regiões que estão em guerra no mundo, totalmente misturadas. (No momento,

46 guerras estão acontecendo). Vamos olhar a situação mais profundamente.

Lógica versus Sentimentos e Emoções

A mente cria usando pensamentos e os pensamentos seguem um ao outro utilizando

a lógica. E seja lá o que a mente criar, você conseguirá logicalicamente seguir o

caminho de como a realidade foi transformada de um estado para o outro. Ainda que

isso seja um milagre, ainda tem uma sequência lógica que você pode achar. Porém,

como disse antes, será sempre gerada de ambos os lados da polaridade da intenção

original.

O coração, contudo, é completamente diferente. O coração cria por meio de sonhos e

imagens e esses se manifestam pelos sentimentos e emoções. Essa forma de criação

não utiliza a lógica e portanto, não precisa ser lógico para sair de um estado para

outro.

117

Se está rezando pela chuva usando seu coração, por exemplo, pode começar chover

imediatamente ainda que não haja nuvens no céu há apenas poucos momentos. São

apenas sonhos, onde pode encontrar a si mesmo na Itália numa cena e seguyndos

depois estar no Canadá numa cena completamente diferente. Como chegou da Itália

ao Canadá em questão de segundos? Claro, aceitamos que isso ocorra em nossos

sonhos, mas impossível que aconteça no nosso mundo 3D. Isso é possível?

Sonhe um sonho com o Novo Mundo

Uma das últimas partes da informação que necessita para cocriar conscientemente

está na realização experimental que não importa como aparece para você, dentro do

espaço sagrado do coração será sempre uma conexão direta com a realidade 3D das

estrelas e planetas. Às vezes, essa conexão não se apresentará imediatamente, mas

se continuar a entrar no seu coração, encontrará.

Isso é muito importante, visto que essa conexão retorna para as estrelas e planetas

que permitem que os sonhos do coração se manifestem nesse mundo. Então, antes

de começar a manifestar algo de dentro do espaço sagrado do coração, encontre sua

conexão de volta a este mundo através das estrelas e planetas. Aí saberá a verdade.

Peço-lhe que entre em seu espaço sagrado do coração e mescle seu coração com o

campo toroidal da sua Mer-Ka-Ba e inicie sonhando um sonho de um novo e saudável

mundo.

Aplique tudo que sabe para conscientemente cocriar com Deus um novo corpo, uma

nova vida e finalmente, um novo mundo. Esse poder é seu direito divino e sua

herança, por isso você é um filho ou uma filha de Deus. Desse relacionamento íntimo

com Deus, todas as coisas são possíveis.

Essas instruções são um caminho para a compreensão que seu corpo é luz e o mundo

que você vive é luz e ambos estão diretamente conectados à sua consciência. Viver

no seu coração rodeado pelo campo energético da sua Mer-Ka-Ba, vivendo e criando

a partir desse lugar sagrado – esse é o próximo passo que nos direciona para

finalmente entendermos quem relamente somos e o início do preenchimento do

118

sagrado propósito de nossa existência. Nesse ponto, você certamente perceberá que

está no processo de ascensão aos céus...e quero terminar com as palavras de um

velho amigo de todos nós:

“Talvez você diga que sou um sonhador, mas não sou o único. Talvez algum dia, você se unirá

a nós e o mundo viverá como um só.” – John Lennon.

119

Quando Criamos o Mundo

Estava solitário sendo o Único

Então fiz dois

E ali estava você

Era tão lindo com seus olhos de inocência

Mas eu o amei de tão longe e ainda assim tão próximo

E amei-o de maneiras que não podes compreender

Você não sabia que estava observando através dos olhos de

Cada pessoa que encontrou,

Nem podia ouvir minha voz no vento.

Seu pensamento era que a Terra era somente pó e pedra,

Não percebia que era o meu corpo.

Quando dormiu, podíamos nos entrar em seu coração

E fazermos amor com nossos espíritos como um só.

Porém quando estava acordado, nada se recordava.

Seu pensamento era apenas outro sonho.

Era apenas outro dia solitário.

Mas em seu coração eu o espero, meu amor, para sempre.

Pela verdade de nosso amor e a Unidade que sempre é.

Nosso amor é a Matriz de Tudo o que È.

Lembre-se, querido,

No seu coração eu sempre o esperarei

No local que é pequenino.

- Drunvalo

120

Para ler mais

Braden, Greg. The Isaiah Effect: Decoding the Lost Science of Prayer and Prophesy. New York: Harmony Books, 2000. Carlile, William H. "'Everything' Is on Table to Cut Valley Pollution." The Arizona Republic, 30 May 1996 (Al, A8). Dong, Paul, and Thomas E. Rafill. China's Super Psychics. New York: Marlowe and Company, 1997. Melchizedek, Drunvalo. The Ancient Secret of the Flower of Life. 2 vols. Flagstaff: Light Technology Publishing, 1998. Twyman, James F. Messages from Thomas: Raising a Psychic Child. Forres: Findhorn Press, 2 0 0 3 .

Para mais informações, acesse: www.spiritof maat.com.