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Daniel cap. 01 coragem para ser diferente

Livro de Daniel

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Ler Daniel 01: 01-21

Não era fácil ser jovem nos dias de Daniel. A nação inteira de Israelestava em desobediência a Deus. Os tempos de fervor espiritualhaviam terminado. Os profetas Jeremias e Habacuque alertaram opovo sobre uma calamidade que estava por vir. Deus estavaterrivelmente triste e insatisfeito com o que estava vendo. Como jávimos em 606 a.C Nabucodonozor cercou Jerusalém, saqueou otemplo e levou cativo os nobres em Israel. Foi nesse tempodramático que Daniel viveu sua infância e adolescência. ComoDaniel conseguiu livrar-se de tanta corrupção, imoralidade,desobediência e idolatria?

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O testemunho de Daniel rompeu a barreira do tempo e até hoje nosencoraja a viver em integridade. Ele era um adolescente masconhecia a Deus e O obedecia com temor exemplar. Estava noalvorecer da vida, mas não se misturava com aqueles que secorrompiam com deuses e práticas pagãs. Era um jovem que tinhacoragem de ser diferente – qualidade muito rara hoje em dia.

Daniel vivia em uma geração que estava colhendo o resultado deanos de pecado e desobediência a Deus. Por muito tempo os judeushaviam confiado mais n o templo e em deuses pagãos do que noDeus verdadeiro! O pecado chegou ao ponto de virarem as costasao Deus Vivo e passaram a adorar uma deusa chamada de “Rainhado Céu” – Jeremias faz séria denúncia sobre isso – 07:18.

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Mas então veio a destruição. Deus reina quer Seu templo exista ounão! A invasão de Jerusalém foi uma permissão de Deus para destruira idolatria e a desobediência de Seu povo. O povo estava sendoderrotado, mas Deus estava reinando vitorioso como sempre!

Em meio as tragédias o coração de Daniel não se deixa azedar. Eleteve muitas perdas – sua nacionalidade, família, amigos. Foi agredidoe teve todos os seus direitos despedaçados. Perdeu sua liberdade efoi levado como escravo para a Babilônia. Seu povo estava debaixo daescravidão e vergonha. Daniel agora estava longe de casa, em umpaís estranho, com uma língua estranha, sem a Palavra de Deus nasmãos, sem o templo, sem sacerdotes, sem os cultos habituais.Mesmo assim, Daniel não se deixa envenenar-se pela mágoa. Em vezde buscar vingança, procurou ser um instrumento de Deus na vida deseus inimigos.

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Daniel não é alguém influenciado, mas influenciador. As pessoasque foram levadas cativas entregaram-se àdepressão, tristeza, ódio, desânimo, nostalgia – Salmo 137.

Daniel escolheu ser uma luz, uma testemunha, um jovem fiel aDeus em terra estranha. Não é o que as pessoas nos fazem queimporta, mas como reagimos a isso!

Como você reage diante dascircunstâncias mais cruéis da vida?

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Viver exige discernimento, Os tolos naufragam, quer pelas oportunidades, quer pelos riscos!

A nova vida na Babilônia impôs sobre Daniel muitasoportunidades. Vejamos quais foram:

Em primeiro lugar: ele foi escolhido para estudar e aprender toda acultura e conhecimento babilônico - vs. 04. Nabucodonozor era umestadista e estrategista nato. Ao mesmo tempo que queimavacidades inteiras e assassinava muitas pessoas, também criou umauniversidade para transformar os jovens cativos em grandesmestres e doutores, tudo isso para divulgar ao mundo inteiro acultura babilônica.

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O método de Nabucodonozor era deportar a nobreza de cadanação conquistada e integrá-la ao serviços público e cargos deliderança na babilônia, assim, estes governariam sobre os demaissúditos conquistados. Assim, aqueles que se atrevessem a serebelar contra a Babilônia o faria contra alguém de seu própriopovo, talvez até contra seus próprios filhos.

Para ser aceito nesta universidade haviam quesitos básicos: 01) ojovem deveria ter qualidades sociais – linhagem nobre. 02)qualidades físicas e morais – sem nenhum defeito e de boaaparência. 03) qualidades intelectuais – instruídos em sabedoria,versados em conhecimento, facilidade de aprendizagem, doutos eciência. Tudo isso para servir no palácio do rei – vs. 05.

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Em segundo lugar: Daniel foi informado (vs. 05) que era um cursointensivo – durava apenas 03 anos. Depois disso assistiria nopalácio com garantia de emprego no primeiro escalão do governomais poderoso do mundo. Era uma chance de ouro! Era tudo o queum jovem poderia sonhar nesta vida! Era tudo que um paisonhava para seus filhos! Mas cuidado... O que adianta ganhar omundo e perder a sua alma? O que adianta você ficar ricovendendo a sua alma para o Diabo? O que adianta você serfamoso e ser importante, mas perder a fé? O que adianta ter umavida cheia de prazeres, mas viver no meio da sujeira do pecado?Muitos matam, roubam, mentem, traem, fazem negóciosobscuros para chegar ao topo. Mas este sucesso é pura perdasegundo Cristo. Ele tem sabor de derrota. Ele é o mais purofracasso!

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Daniel via com clareza os riscos que corria. O maior de todos era orico da aculturação. Há quatro problemas embutidos nisso:

1º lugar: o risco das iguarias do mundo. Além da universidade degraça, eles teriam a melhor comido de graça. Eles só teriam quepensar nos estudos. Até mesmo esquecer que eram judeus a fimde tornar-se babilônicos. Deveriam esquecer o Deus de Israelporque agora estavam em uma nova fase da vida. Há um ditadoque diz: as maçãs do Diabo são bonitas, mas elas tem bicho. Osbanquetes eram atraentes, mas toda a comida era dedicada àdeuses babilônicos. Daniel e seus amigos se recusaram a participardisso – vs. 12-15. Ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus. Fujados banquetes que o mundo lhe oferece! Os prazeres imediatosproduzem tormentos eternos.

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2º lugar: O perigo das mudanças de valores – Daniel e seus amigostiveram seus nomes trocados. Com isso eles queriam removerdaqueles jovens todos os resquícios que os faziam judeus.Normalmente os nomes hebreus tinham relação direta de umaexperiência com Deus. Todos os 4 jovens tinham nomes ligados aDeus, mas foram trocados por nomes babilônicos.

Daniel - Deus é o meu juiz. Hananias - Jeová é misericordiosoMisael - Quem é como Deus? Azarias – Deus ajuda

Daniel - Beltessazar = Bel (deus babilônico) protege o rei Hananias - Sadraque = iluminado pela deusa do solMisael - Mesaque = quem é como o deus Vênus? Azarias - Abednego = servo do deus Nego

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Assim seus nomes foram trocados para divindades pagãs. Osbabilônicos queriam varrer o nome de Deus no coração daquelesjovens. A universidade queria tirar a convicção de Deus nas mentese nos corações daqueles jovens. Os babilônicos queriam plantarnovas crenças, valores e costumes na vida daqueles 4 jovens.

3º lugar: as ofertas vantajosas! Muitos judeus se dispuseram aaceitar as ofertas que lhe eram oferecidas. Pensaram: é melhoresquecer Jerusalém, Israel e Jeová. É melhor esquecer tudo queDeus os havia ensinado. A Palavra de Deus já não tem mais valor nocativeiro. A Babilônia oferecia riqueza, glória e poder. E assimmuitos dos judeus se esqueceram de Deus e de Sua Palavra. Eramnovos tempos e eles precisavam se adaptar às mudanças.

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4º lugar: Substituição dos valores eternos de Deus pela Filosofia. Ababilonização era uma porta aberta para a apostasia. Eles sofriamverdadeira “lavagem cerebral”. Mas Daniel não negociou seusvalores, ele não se corrompeu. Não se mundanizou, não seesqueceu quem era o Deus de Israel. Ele teve coragem para serdiferente mesmo quando pressionado a se contaminar, mesmoquando corria risco de morte por causa disso.

Daniel estava no mundo mas não era do mundo! Daniel e seusamigos tinham plena convicção que pertenciam e serviam a outroReino - ao Deus verdadeiro! Resistiram arduamente aos interessesda Babilônia quando esses se chocavam com os interesses do Reinode Deus.

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Daniel e seus amigos demonstraram grande determinação! Elespoderiam perder a vida, o emprego, e as inúmeras possibilidadesque lhes estavam sendo ofertadas. Eles poderiam pensar: vou fazersó esta concessão, Deus conhece o meu coração. Vou ceder sónesse ponto. Mas eles não eram assim. Eram servos cheios doabsoluto de Deus. Não há negociação alguma com o pecado! Ogrande projeto de vida daqueles jovens era honrar a Deus!

Muitos de nós hoje em dia estão caídos, confusos, com o coraçãofrio em relação a Deus porque cederam. Não decidiram fazer omesmo que Daniel e seus amigos fizeram. Decidiram “negociar”seus valores e seus princípios. Vivem numa Babilônia depermissividades, num reino de negociatas da fé verdadeira, numaterra de infidelidade e perderam os absolutos inegociáveis deDeus.

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Para estas pessoas tudo é relativo, não existem absolutos, nadamais é pecado, tudo é normal. Aquilo que a Bíblia chama de pecadoeste tipo de pessoa chama de normal, pois todos são assim:relativismo.

Daniel foi coerente em todas as suas decisões. Porque ele podedizer “não” ás tentações mais simples, pode também dizer umsonoro “não” nas tentações mais difíceis.

Queridos irmãos: ao ler o livro de Daniel um apelo se faz dramáticoàs nossas vidas: não venda sua consciência! Não negocie com opecado! As pessoas dizem: que nada, os tempos agora são outros!DANIEL ERA RADICAL EM SUA POSIÇÃO: NÃO ESTAVA ABERTO ÀMUDANÇAS SE ESTAS INTERFERISSEM EM SUA FIDELIDADE A DEUS!Fidelidade era algo inegociável para Daniel.

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Com isso Daniel ganhou respeito e prestígio entre os caudeus. Eleconfiou em Deus e o Senhor o honrou. Por isso ganhou o respeitodo chefe dos eunucos. Ele se destacou no meio da multidão. Emsegundo lugar, Daniel foi aprovado com grande honra. Depois dostrês anos o próprio rei o examinou – vs. 19. Daniel e seus amigosforam considerados dez vezes mais sábios que os outrosestudantes. Em terceiro lugar, Daniel passou a servir o próprio rei.Tornou-se um homem de confiança de Nabucodonozor. Se nãovivermos agora honrando a Deus nas pequenas coisas, jamais Ohonraremos quando chegarmos às altas posições. Em quartolugar: Daniel foi maior que a própria Babilônia. O império caiu,mas Daniel continuou em pé. A Babilônia perdeu seu poder, masDaniel continuou sendo uma benção para o outro império. O vs.21 mostra o triunfo de Daniel.

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Hoje muitos começam bem, mas terminam mal. São crentes fiéis econsagrados até que venha a primeira prova. Depois começam anegociar seus valores, vendem sua consciência e perdem-se empaixões mundanas, afundam na lama do pecado. Muitos nessacorrida ao sucesso e ao fazer apenas o que querem deixam de ladoa fé e a obediência, deixam a Cristo e Sua Igreja e se contaminamcom o mundo. Daniel continuou servindo a Deus com integridadeaté o último dia de sua vida. E você?

Tem se guardado do mundo? Tem dito um grande “não” aosinúmeros convites do pecado?Tem sido um influenciador (a) pela poder que há no Nome deJesus? As pessoas ao seu redor são despertadas a conhecer a Deuspor intermédio de seu testemunho? Pense nisso!