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Vida Autor Milton Rodrigues dos Santos

Vida e morte

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Uma breve descrição da vida pós morte, segundo meu conhecimento .

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VidaAutor Milton Rodrigues dos Santos

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Após a morte de meu corpo vaguei no purgatório (bardo) até passar o choque Traumático do desligamento. Após 49 dias de erraticidade no bardo eis que me encontro aqui no salão das recordações, a confrontar-me com o grande juiz de minhas ações. E com certeza, ninguém mais além de mim as sabe, e por isso serei o meu grande e único juiz. E creiam-me, não há juiz mais severo do que o confronto com nossa própria culpa. Ao contrário do que se pensa Deus não julga, o amor jamais julga algo ou alguém, o amor é símbolo de unificação, e o ódio símbolo de separação, e cabe ao ser reconhecer por si só seus atos.

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Jamais alguém sofrerá a danação no inferno ou em qualquer lugar do gênero como se supõe. Deus não seria toda bondade se enviasse ao inferno alguém por suas faltas, por seus erros, ou seja, pelos seus pecados. A lei do amor funciona de forma contrária a do ódio, que tem por lei olho por olho. No amor, por exemplo, um homicida nascerá com o profundo desejo curar ou salvar vidas, e será direcionado a participar de grandes grupos de cura junto com outros que o fazem normalmente, podendo ser um médico, bombeiro, ou outros auxiliadores das dores humanas.

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Contudo continuo aqui neste salão de paredes reluzentes, translúcidas, minha vida se desenrolando passo a passo, desde o momento da união de minha alma a este corpo que por hora já se foi. Revendo o início de tudo, desde o começo da gravidez de minha mãe biológica, escolhida por mim, para complementar os acertos e erros da vida pregressa. O casal que escolhi para serem meus pais, é que fizeram o alicerce da nova casa que habitei (vida).

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E foi a partir deste alicerce que tive construir a minha nova morada. Devo agradecer e não amaldiçoá-los por qualquer falha ou enganos que cometeram, até porque foram a partir destes que aprendi e aprendendo pude corrigi-los, porque o que já está bem feito, está bem feito, e sobre o que já está bem feito não se aprende nada. Só se corrige o que está mal feito, esta e a graça de vir a este mundo, são corrigir as imperfeições, com as limitações impostas pelo signo e seu ascendente, dado que sob o signo que se nasce é que são abertas as janelas para este mundo, ferramentas do qual eu tenho para edificar a obra.  

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Quando encarnado jamais imaginei que o autor e ator de tudo eram eu. E até me questionava sempre querendo saber o porquê de tanto sofrimento! E somente agora me dei conta que as escolhas foram minha e segundo minhas necessidades de aprendizado. Agora sei que não há acasos! Tudo é planejado conforme as necessidades, desde doenças, traumas, isto ou aquilo, ter ou não ter, qualquer que seja o motivo ou a razão, tudo e até mesmo os grandes traumas intrauterinos, (medos que desconhecemos).

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Como disse a escolha foi minha. Anteriormente quando aqui estive (por já estive aqui outras vezes) eu optei por uma nova encarnação e que seria do sexo masculino. Para que ocorra a opção do sexo a alma tem que ser atraída por um dos cônjuges. A lei da atração é o amor, ou seja, se for masculino, é atraído pelo amor para com a mãe, e se for feminino, a atração é pelo amor com o pai. Qualquer termo fora estes dois é segundo a necessidade do aprendizado. Dado que ocorre com algum desequilíbrio hormonal, emocional do casal, ou vicio que se adquire na fase sexual pré-adolescente.

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Com ajuda de amigos (astrais) procurei um casal que pelo seu estilo de vida propiciasse as minhas necessidades. Encontrado me aproximei e fiquei ao lado até o momento que calculado daria a data do nascimento, determinando assim signo e até a hora do nascimento.  E na hora certa prevista, a cúpula se iniciou, acompanhei passo a passo o desenvolvimento do feto, protegendo, induzindo formas mentais para que a criança tivesse a sensibilidade à altura de minha evolução.

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No final de quatro meses foi me dado o soro do esquecimento um bloqueio às minhas memórias passadas que me impedia lembrar-se de tudo que já fizera, e isso porque se eu já viesse sabendo o que iria acontecer poderia me esquivar dos outros aprendizados e fizesse só o que era para fazer e fugisse do restante da aula. E no quinto mês da gravidez um cordão umbilical foi ligado a mim, e deste momento em diante eu estava encarnado novamente para aprender e me aperfeiçoar. Mas, aprender o que mesmo? A sim! - “Que para uma gota d’ água não secar, deve-se misturá-la ao oceano, a sua origem”.