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Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

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Page 1: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

Juacutelia da Silveira Gross

Porto Alegre

2011

EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

Juacutelia da Silveira Gross

EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS

Monografia apresentado agrave Escola de Educaccedilatildeo

Fiacutesica da Universidade Federal do Rio Grande

do Sul como preacute requisito para a conclusatildeo do

curso de Licenciatura em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira

Porto Alegre

2011

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Juacutelia da Silveira Gross

EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS

Conceito Final

Aprovado em________de_______________de________

BANCA EXAMINADORA

Prof ______________________________________-UFRGS

Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS

4

Dedico este trabalho ao meu pai Ledir

Becher Gross e agrave minha matildee Sandra

Silveira por todo o amor confianccedila e

dedicaccedilatildeo a mim Foram um dos grandes

responsaacuteveis por essa minha conquista

5

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia

compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada

Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos

ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha

formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal

Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes

Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e

dedicaccedilatildeo nesse trabalho

A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa

Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos

a me ajudar

Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos

aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo

Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha

ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e

estarem do meu lado

Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai

Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria

possiacutevel

6

RESUMO

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que

supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No

entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o

objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os

valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra

do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos

Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444

VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao

laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo

vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um

protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max

pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque

com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o

atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10

plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas

refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em

trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo

(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre

os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente

nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e

PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os

momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e

apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre

os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico

PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio

7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

12 Objetivos Gerais 14

12 Objetivos Especiacuteficos 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15

21 Forccedila e Potencia muscular 15

22 Fadiga muscular 16

23 Crioterapia 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23

31 Problema de pesquisa 23

32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23

321 Variaacuteveis independentes 23

322 Variaacuteveis dependentes 23

33 Delineamento da pesquisa 23

34 Populaccedilatildeo e amostra 23

35 Criteacuterios de inclusatildeo 24

36 Caacutelculo amostral 24

37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25

38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26

39 Registro alimentar 27

310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27

311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29

312 Protocolo Indutor de Fadiga 30

8

313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31

314 Instrumentos de coletas de dados 32

315 Procedimentos eacuteticos

316 Procedimentos estatiacutesticos

33

34

4 RESULTADOS 35

41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35

42 Valores de impulsatildeo vertical 35

43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37

44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38

5 DISCUSSAtildeO 40

6 CONCLUSAtildeO 46

REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47

ANEXOS 56

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 2: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA

Juacutelia da Silveira Gross

EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS

Monografia apresentado agrave Escola de Educaccedilatildeo

Fiacutesica da Universidade Federal do Rio Grande

do Sul como preacute requisito para a conclusatildeo do

curso de Licenciatura em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira

Porto Alegre

2011

3

Juacutelia da Silveira Gross

EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS

Conceito Final

Aprovado em________de_______________de________

BANCA EXAMINADORA

Prof ______________________________________-UFRGS

Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS

4

Dedico este trabalho ao meu pai Ledir

Becher Gross e agrave minha matildee Sandra

Silveira por todo o amor confianccedila e

dedicaccedilatildeo a mim Foram um dos grandes

responsaacuteveis por essa minha conquista

5

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia

compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada

Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos

ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha

formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal

Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes

Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e

dedicaccedilatildeo nesse trabalho

A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa

Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos

a me ajudar

Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos

aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo

Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha

ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e

estarem do meu lado

Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai

Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria

possiacutevel

6

RESUMO

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que

supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No

entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o

objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os

valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra

do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos

Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444

VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao

laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo

vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um

protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max

pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque

com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o

atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10

plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas

refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em

trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo

(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre

os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente

nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e

PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os

momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e

apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre

os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico

PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio

7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

12 Objetivos Gerais 14

12 Objetivos Especiacuteficos 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15

21 Forccedila e Potencia muscular 15

22 Fadiga muscular 16

23 Crioterapia 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23

31 Problema de pesquisa 23

32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23

321 Variaacuteveis independentes 23

322 Variaacuteveis dependentes 23

33 Delineamento da pesquisa 23

34 Populaccedilatildeo e amostra 23

35 Criteacuterios de inclusatildeo 24

36 Caacutelculo amostral 24

37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25

38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26

39 Registro alimentar 27

310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27

311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29

312 Protocolo Indutor de Fadiga 30

8

313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31

314 Instrumentos de coletas de dados 32

315 Procedimentos eacuteticos

316 Procedimentos estatiacutesticos

33

34

4 RESULTADOS 35

41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35

42 Valores de impulsatildeo vertical 35

43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37

44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38

5 DISCUSSAtildeO 40

6 CONCLUSAtildeO 46

REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47

ANEXOS 56

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

REFEREcircNCIAS

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 3: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

3

Juacutelia da Silveira Gross

EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS

Conceito Final

Aprovado em________de_______________de________

BANCA EXAMINADORA

Prof ______________________________________-UFRGS

Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS

4

Dedico este trabalho ao meu pai Ledir

Becher Gross e agrave minha matildee Sandra

Silveira por todo o amor confianccedila e

dedicaccedilatildeo a mim Foram um dos grandes

responsaacuteveis por essa minha conquista

5

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia

compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada

Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos

ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha

formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal

Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes

Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e

dedicaccedilatildeo nesse trabalho

A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa

Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos

a me ajudar

Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos

aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo

Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha

ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e

estarem do meu lado

Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai

Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria

possiacutevel

6

RESUMO

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que

supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No

entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o

objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os

valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra

do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos

Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444

VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao

laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo

vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um

protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max

pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque

com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o

atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10

plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas

refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em

trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo

(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre

os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente

nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e

PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os

momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e

apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre

os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico

PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio

7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

12 Objetivos Gerais 14

12 Objetivos Especiacuteficos 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15

21 Forccedila e Potencia muscular 15

22 Fadiga muscular 16

23 Crioterapia 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23

31 Problema de pesquisa 23

32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23

321 Variaacuteveis independentes 23

322 Variaacuteveis dependentes 23

33 Delineamento da pesquisa 23

34 Populaccedilatildeo e amostra 23

35 Criteacuterios de inclusatildeo 24

36 Caacutelculo amostral 24

37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25

38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26

39 Registro alimentar 27

310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27

311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29

312 Protocolo Indutor de Fadiga 30

8

313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31

314 Instrumentos de coletas de dados 32

315 Procedimentos eacuteticos

316 Procedimentos estatiacutesticos

33

34

4 RESULTADOS 35

41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35

42 Valores de impulsatildeo vertical 35

43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37

44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38

5 DISCUSSAtildeO 40

6 CONCLUSAtildeO 46

REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47

ANEXOS 56

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 4: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

4

Dedico este trabalho ao meu pai Ledir

Becher Gross e agrave minha matildee Sandra

Silveira por todo o amor confianccedila e

dedicaccedilatildeo a mim Foram um dos grandes

responsaacuteveis por essa minha conquista

5

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia

compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada

Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos

ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha

formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal

Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes

Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e

dedicaccedilatildeo nesse trabalho

A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa

Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos

a me ajudar

Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos

aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo

Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha

ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e

estarem do meu lado

Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai

Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria

possiacutevel

6

RESUMO

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que

supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No

entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o

objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os

valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra

do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos

Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444

VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao

laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo

vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um

protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max

pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque

com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o

atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10

plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas

refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em

trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo

(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre

os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente

nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e

PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os

momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e

apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre

os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico

PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio

7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

12 Objetivos Gerais 14

12 Objetivos Especiacuteficos 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15

21 Forccedila e Potencia muscular 15

22 Fadiga muscular 16

23 Crioterapia 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23

31 Problema de pesquisa 23

32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23

321 Variaacuteveis independentes 23

322 Variaacuteveis dependentes 23

33 Delineamento da pesquisa 23

34 Populaccedilatildeo e amostra 23

35 Criteacuterios de inclusatildeo 24

36 Caacutelculo amostral 24

37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25

38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26

39 Registro alimentar 27

310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27

311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29

312 Protocolo Indutor de Fadiga 30

8

313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31

314 Instrumentos de coletas de dados 32

315 Procedimentos eacuteticos

316 Procedimentos estatiacutesticos

33

34

4 RESULTADOS 35

41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35

42 Valores de impulsatildeo vertical 35

43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37

44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38

5 DISCUSSAtildeO 40

6 CONCLUSAtildeO 46

REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47

ANEXOS 56

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 5: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

5

AGRADECIMENTO

Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia

compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada

Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos

ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha

formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal

Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes

Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e

dedicaccedilatildeo nesse trabalho

A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa

Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos

a me ajudar

Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos

aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo

Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha

ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e

estarem do meu lado

Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai

Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria

possiacutevel

6

RESUMO

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que

supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No

entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o

objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os

valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra

do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos

Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444

VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao

laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo

vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um

protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max

pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque

com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o

atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10

plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas

refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em

trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo

(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre

os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente

nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e

PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os

momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e

apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre

os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico

PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio

7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

12 Objetivos Gerais 14

12 Objetivos Especiacuteficos 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15

21 Forccedila e Potencia muscular 15

22 Fadiga muscular 16

23 Crioterapia 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23

31 Problema de pesquisa 23

32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23

321 Variaacuteveis independentes 23

322 Variaacuteveis dependentes 23

33 Delineamento da pesquisa 23

34 Populaccedilatildeo e amostra 23

35 Criteacuterios de inclusatildeo 24

36 Caacutelculo amostral 24

37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25

38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26

39 Registro alimentar 27

310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27

311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29

312 Protocolo Indutor de Fadiga 30

8

313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31

314 Instrumentos de coletas de dados 32

315 Procedimentos eacuteticos

316 Procedimentos estatiacutesticos

33

34

4 RESULTADOS 35

41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35

42 Valores de impulsatildeo vertical 35

43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37

44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38

5 DISCUSSAtildeO 40

6 CONCLUSAtildeO 46

REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47

ANEXOS 56

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 6: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

6

RESUMO

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que

supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No

entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o

objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os

valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra

do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos

Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444

VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao

laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo

vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um

protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max

pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque

com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o

atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10

plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas

refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em

trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo

(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre

os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente

nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e

PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os

momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e

apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre

os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico

PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio

7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

12 Objetivos Gerais 14

12 Objetivos Especiacuteficos 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15

21 Forccedila e Potencia muscular 15

22 Fadiga muscular 16

23 Crioterapia 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23

31 Problema de pesquisa 23

32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23

321 Variaacuteveis independentes 23

322 Variaacuteveis dependentes 23

33 Delineamento da pesquisa 23

34 Populaccedilatildeo e amostra 23

35 Criteacuterios de inclusatildeo 24

36 Caacutelculo amostral 24

37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25

38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26

39 Registro alimentar 27

310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27

311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29

312 Protocolo Indutor de Fadiga 30

8

313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31

314 Instrumentos de coletas de dados 32

315 Procedimentos eacuteticos

316 Procedimentos estatiacutesticos

33

34

4 RESULTADOS 35

41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35

42 Valores de impulsatildeo vertical 35

43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37

44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38

5 DISCUSSAtildeO 40

6 CONCLUSAtildeO 46

REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47

ANEXOS 56

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 7: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

7

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

12 Objetivos Gerais 14

12 Objetivos Especiacuteficos 14

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15

21 Forccedila e Potencia muscular 15

22 Fadiga muscular 16

23 Crioterapia 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23

31 Problema de pesquisa 23

32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23

321 Variaacuteveis independentes 23

322 Variaacuteveis dependentes 23

33 Delineamento da pesquisa 23

34 Populaccedilatildeo e amostra 23

35 Criteacuterios de inclusatildeo 24

36 Caacutelculo amostral 24

37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25

38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26

39 Registro alimentar 27

310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27

311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29

312 Protocolo Indutor de Fadiga 30

8

313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31

314 Instrumentos de coletas de dados 32

315 Procedimentos eacuteticos

316 Procedimentos estatiacutesticos

33

34

4 RESULTADOS 35

41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35

42 Valores de impulsatildeo vertical 35

43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37

44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38

5 DISCUSSAtildeO 40

6 CONCLUSAtildeO 46

REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47

ANEXOS 56

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 8: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

8

313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31

314 Instrumentos de coletas de dados 32

315 Procedimentos eacuteticos

316 Procedimentos estatiacutesticos

33

34

4 RESULTADOS 35

41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35

42 Valores de impulsatildeo vertical 35

43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37

44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38

5 DISCUSSAtildeO 40

6 CONCLUSAtildeO 46

REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47

ANEXOS 56

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
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  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 9: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

9

LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES

Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia

CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)

ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica

js joule por segundo

K+ iacuteon potaacutessio

LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio

ms Milissegundo

min Unidade de medida de tempo minuto

Mg2+ iacuteon magneacutesio

Na+ iacuteon soacutedio

Nm Newton metro

PT Pico de torque (Nm)

degC graus Celsius

s Unidade de medida de tempo segundo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima

W Watt

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 10: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 4 - Salto com contramovimento 30

Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36

Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39

Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39

Paacutegina

Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20

Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22

Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 11: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

11

LISTA DE TABELAS

Paacutegina

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35

Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36

Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37

Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

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Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 12: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos

processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de

recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no

desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)

Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees

desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para

suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do

organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz

com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento

de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade

fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e

subprodutos formados (ROSS 2006)

A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que

se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que

aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo

depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho

Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os

paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no

desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir

para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para

atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de

competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto

periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo

afim de maximalizar o desempenho

Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para

otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e

metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)

recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et

al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e

hidroterapia (DOWZER et al 1998)

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 13: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

13

A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil

utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em

determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade

metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores

diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo

circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a

formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem

podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos

esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os

atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria

interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas

Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo

muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e

fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de

atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008

SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto

de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido

agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de

aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo

existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do

desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses

meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga

Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da

crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em

atletas

O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos

gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o

meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e

terminando com as referecircncias utilizadas

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 14: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

14

11 OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia

em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga

12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato

122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico

123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga

na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 15: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

15

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR

A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos

maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga

sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e

das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do

muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo

de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al

2003)

A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =

m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de

exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e

fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI

1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos

a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer

(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente

pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +

velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou

aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima

estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia

A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de

condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a

velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =

F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e

ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)

Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido

um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido

especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas

(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 16: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

16

amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila

(DVIR 2002)

22 FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo

para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel

particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho

motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um

relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A

fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido

investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e

desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)

A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia

de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de

tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do

exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de

produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do

ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos

meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a

induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga

muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos

investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na

localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais

(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem

perifeacuterica)

A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade

de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de

disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo

de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas

falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na

atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 17: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

17

intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001

GANDEVIA et al 1994)

A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de

accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de

alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas

ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer

por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades

motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da

forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo

muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do

muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser

responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade

a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas

metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a

outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular

(TERRADOS et al 1997)

23 CRIOTERAPIA

Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios

em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo

terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos

de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas

intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique

Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees

menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)

Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um

meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir

Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio

massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea

e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees

reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 18: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

18

recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al

2007 CROWE et al 2007)

A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura

corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo

picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes

compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT

2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de

lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local

ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um

modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em

toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em

imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada

no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada

capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos

benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois

pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a

cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade

do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel

muscular (WILCOCK et al 2006)

Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a

diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a

resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD

et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido

lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN

2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a

restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio

rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-

exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances

de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)

A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo

simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de

aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
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  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 19: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

19

do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)

pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim

o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para

espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)

constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura

superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de

dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo

abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim

o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo

da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro

pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar

de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)

A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da

camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de

conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al

(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que

as dos tecidos superficiais

A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas

encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas

natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir

transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo

anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute

elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo

que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das

atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo

do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e

de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um

aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o

fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)

Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em

niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al

2002)

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 20: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

20

Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros

inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa

e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e

30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da

coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar

associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma

explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular

induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado

pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio

(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo

Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 21: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

21

Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem

com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular

(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco

de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a

temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da

pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do

potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de

fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a

quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para

alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os

efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo

nervosa

A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da

potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a

potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo

aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute

possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades

esportivas que utilizem dessas capacidades

Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos

motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre

temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos

mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo

O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua

a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos

vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes

com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al

(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da

matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e

indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa

Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da

realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

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SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

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SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

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SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

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VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

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n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

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ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

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magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 22: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

22

muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades

musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al

(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um

exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de

lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia

causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de

transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos

comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas

pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator

importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de

imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que

variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com

temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com

temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com

temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de

10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD

et al 2007)

Guia para a temperatura da aacutegua

Muito fria 10-13 degC

Fria 12-30 degC

Teacutepida 30-33 degC

Neutra 34-36 degC

Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian

1989)

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
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  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 23: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

23

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

31 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de

forccedila e potecircncia de atletas

32 VARIAacuteVEIS

321 INDEPENDENTES

bull Crioterapia

322 DEPENDENTES

bull Potecircncia de membros inferiores

bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho

bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho

33 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma

pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal

34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA

Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40

anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam

treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma

perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de

estudo

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 24: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

24

A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute

um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante

uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida

trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade

(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais

como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al

2003)

35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois

anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo

apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e

estavam com o TCLE assinado

36 CAacuteLCULO AMOSTRAL

Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no

estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al

(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves

semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo

O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi

adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das

diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a

resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia

Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de

Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas

meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila

isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos

De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com

um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

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2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

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tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

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THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

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VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

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VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

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WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

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ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

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ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 25: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

25

37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO

Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de

rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma

apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo

de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram

encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os

primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado

o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio

Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda

visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao

acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que

permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi

realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100

Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em

seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1

minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os

dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou

parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque

com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos

(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos

sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um

termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos

(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta

permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3

minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos

os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo

de 7 dias

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 26: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

26

Figura 03 Desenho experimental simplificado

Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram

agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre

os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas

levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala

no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as

intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias

38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA

A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as

marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 27: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

27

Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A

avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no

periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de

Ross e Kerr (1982)

39 REGISTRO ALIMENTAR

Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos

indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24

horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi

realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e

alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As

refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as

quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto

deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum

fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de

utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos

Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos

participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as

anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito

Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram

instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar

novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os

participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham

cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e

terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)

versatildeo Profissional (2008)

313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex

Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para

monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
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  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 28: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

28

um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o

protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo

maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super

ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a

cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de

ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O

equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que

nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram

submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo

Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os

avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de

intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste

Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo

RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou

presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga

No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3

horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou

naacuteuseas

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
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  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 29: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

29

311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test

(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software

instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve

aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de

contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato

que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a

altura do salto

Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto

(BOSCO et al 1987)

h = 18 g tsup2

Onde

h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade

t = tempo de vocirco

g = gravidade (98 mssup2)

Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com

movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de

preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as

matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura

dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do

quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado

aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as

pernas para traacutes durante o salto

Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados

entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado

registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

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314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
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  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 30: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

30

Figura 04 Salto vertical com contramovimento

312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES

Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa

fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de

referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios

foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg

modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias

maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste

os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e

estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi

passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram

realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos

compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi

alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento

foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o

braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a

perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho

sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade

angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos

realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e

teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos

realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo

de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor

de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo

isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

REFEREcircNCIAS

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 31: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

31

313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA

Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para

posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto

Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com

intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo

aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of

Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo

escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo

com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente

motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram

constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte

dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a

seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo

sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo

aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio

manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes

o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e

forccedila

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 32: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

32

314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS

Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e

Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de

Educaccedilatildeo Fiacutesica

Adipocircmetro

Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2

Balanccedila e estadiocircmetro

Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada

por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm

Dinamocircmetro isocineacutetico

Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs

Ergoespirocircmetro

Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de

gases

Esteira ergomeacutetrica

Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo

maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga

Frequumlenciacutemetro

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

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THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

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European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

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TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

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55

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VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

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WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

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ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

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ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 33: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

33

Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante

as sessotildees de teste

Jump Teste

Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt

Minas Gerais ndash BR

Tanque

Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam

Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro

Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para

medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias

das coletas de dados

Termocircmetro Sub Aquaacutetico

Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque

Ultra-freezer

Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque

315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 34: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

34

Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro

de 1996

316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS

Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo

da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os

grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de

Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o

fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois

grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada

uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo

entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas

seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em

cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam

uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram

natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software

IBM SPSS versatildeo 19 para Windows

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
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  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 35: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

35

4 RESULTADOS

41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA

Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio

padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram

inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e

VO2max

Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra

Meacutedia plusmn desvio padratildeo

Idade (anos) 2229 plusmn 233

Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732

Estatura (cm) 17978 plusmn 909

Massa adiposa () 2775 plusmn 444

VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668

42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e

efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do

momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo

vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e

PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores

obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre

uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve

diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 36: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

36

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e

PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e

PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo

controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de

318

Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021

Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF

e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 37: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

37

Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e

PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo

apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no

teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois

grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo

com ou sem gelo)

Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn

desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929

Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

REFEREcircNCIAS

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMrsquos Guidelines for exercise

testing and prescription USA Lippincott Williams amp Wilkins 8ed 2009

ASCENSAtildeO A MARCO LEITE ANTOacuteNIO N REBELO SEacuteRGIO MAGALHAumlES

JOSEacute MAGALHAumlES Effects of cold water immersion on the recovery of physical

performance and muscle damage following a one-off soccer match Journal of Sports

Sciences 293 217-225 2011

BAILEY DM ERITH SJ GRIFFIN PJ DOWSON A BREWER DS GANT N et al

Influence of cold-water immersion on indices of muscle damage following prolonged

intermittent shuttle running J Sports Sci 25(11)1163-70 2007

BANFI G MELEGATI M VALENTINE P Effects of cold-water immersion of legs

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 38: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

38

44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO

A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)

bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta

efeito do momento (p=0001)

No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e

PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle

pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e

entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de

forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos

Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi

encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento

PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento

PF e PI em que ocorre um aumento de 4

Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo

PREacute PF PI

Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746

Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia

representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

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ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 39: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

39

Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos

PREacute PF e PI

Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
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  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 40: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

40

5 DISCUSSAtildeO

Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular

tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na

temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos

fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento

muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a

diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no

potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere

que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso

resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do

momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu

somente 318

Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se

esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas

funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas

duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo

quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das

valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram

que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia

velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da

crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos

utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros

inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para

recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros

inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo

apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros

inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo

em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior

massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 41: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

41

diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o

exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos

niacuteveis basais

Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)

os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada

(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol

amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que

permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste

antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa

no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de

uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua

neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto

com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a

partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com

contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de

imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos

encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes

ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30

segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de

recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no

cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma

temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo

passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo

causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo

quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes

A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio

geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a

metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de

gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e

quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa

Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o

periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

REFEREcircNCIAS

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMrsquos Guidelines for exercise

testing and prescription USA Lippincott Williams amp Wilkins 8ed 2009

ASCENSAtildeO A MARCO LEITE ANTOacuteNIO N REBELO SEacuteRGIO MAGALHAumlES

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BAILEY DM ERITH SJ GRIFFIN PJ DOWSON A BREWER DS GANT N et al

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intermittent shuttle running J Sports Sci 25(11)1163-70 2007

BANFI G MELEGATI M VALENTINE P Effects of cold-water immersion of legs

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British Journal of Sports Medicine v41 p 339 2007

BARBANTIV S Teoria e praacutetica do treinamento desportivo Satildeo Paulo

Edusp1979

BARONI B M et al Efeito da crioterapia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo do lactato

sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho

Humano v12 n3 p 179-185 2010

BOMPA T O Treinamento Total para Jovens Campeotildees Traduccedilatildeo de Caacutessia

Maria Nasser Revisatildeo Cientiacutefica de Aylton J Figueira Jr Barueri Manole 2002

BORGMEYER J A SCOTT BA MAYHEW JL The Effects of Ice Massage on

Maximum Isokinetic-Torque Production Sport Rehabilv13 p1-8 2004

48

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DENEGAR C PERRIN D Effect of Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation

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DVIR Z Isocineacutetica Avaliaccedilotildees musculares interpretaccedilotildees e aplicaccedilotildees clinicas

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49

DOURIS P MCKENNA R MADIGAN K CESARSKI B COSTIERA R LU M

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DOWZER CN REILLY T CABLE NT Effects of deep and 14 shallow water running

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DUARTE R MACEDO R Efeito do gelo no momento maacuteximo de forccedila durante o

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 42: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

42

nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os

resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta

negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado

no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia

quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode

atrapalhar o desempenho do atleta

Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os

resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do

dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)

as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para

verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um

amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees

isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas

possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees

isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)

Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque

isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute

para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi

suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os

valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle

identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou

seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez

crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste

uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento

ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37

Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque

isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que

os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo

encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados

por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de

resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees

concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

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56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 43: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

43

recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi

utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica

foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo

foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os

momentos

Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da

crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes

um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos

fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois

grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash

recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-

exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo

apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que

a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de

exerciacutecios

Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones

et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de

imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos

flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos

em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o

membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas

significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos

Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a

crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na

forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo

de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em

dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em

temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de

imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste

estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas

significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

REFEREcircNCIAS

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magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 44: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

44

Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na

forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado

no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo

foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o

membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos

imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees

enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila

isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas

entre os grupos (Eston et al 1999)

Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em

iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os

autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila

muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido

uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a

intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da

crioterapia a longo prazo

No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo

imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14

minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute

completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram

analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram

diferenccedilas significativas em nenhum momento

Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI

no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva

parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel

que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees

beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados

Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da

crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do

muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees

musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos

aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

REFEREcircNCIAS

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMrsquos Guidelines for exercise

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ASCENSAtildeO A MARCO LEITE ANTOacuteNIO N REBELO SEacuteRGIO MAGALHAumlES

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BANFI G MELEGATI M VALENTINE P Effects of cold-water immersion of legs

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BARBANTIV S Teoria e praacutetica do treinamento desportivo Satildeo Paulo

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BARONI B M et al Efeito da crioterapia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo do lactato

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Humano v12 n3 p 179-185 2010

BOMPA T O Treinamento Total para Jovens Campeotildees Traduccedilatildeo de Caacutessia

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BORGMEYER J A SCOTT BA MAYHEW JL The Effects of Ice Massage on

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CHESTERTON LS FOSTER NE ROSS L Skin temperature response to

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DENEGAR C PERRIN D Effect of Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation

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DVIR Z Isocineacutetica Avaliaccedilotildees musculares interpretaccedilotildees e aplicaccedilotildees clinicas

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49

DOURIS P MCKENNA R MADIGAN K CESARSKI B COSTIERA R LU M

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DOWZER CN REILLY T CABLE NT Effects of deep and 14 shallow water running

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ENWEMEKA CS ALLEN C AVILA P BINA J KONRADE J MUNNS S Soft

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ESTON R PETERS D Effects of cold water immersion on the symptons of

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FARR T NOTTLE C NOSAKA K SACO P The effects of therapeutic massage

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GANDEVIA SC ALLEN GM MCKENZIE Central fadigue Critival issues

quantification and pratical applicationsInGANDEVIA SC ENOKA RM

50

HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory

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GARCIA MAC MAGALHAtildeES J IMBIRIBA LA Comportamento temporal da

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GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B

ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous

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KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo

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PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

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ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

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regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

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SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

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THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

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TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

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ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 45: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

45

quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de

trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada

perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano

celular

Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo

da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos

devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a

aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da

necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas

de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas

propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura

muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de

fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia

manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o

processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se

elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo

muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a

impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo

limita as nossas conclusotildees

A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do

desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do

niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees

de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

REFEREcircNCIAS

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMrsquos Guidelines for exercise

testing and prescription USA Lippincott Williams amp Wilkins 8ed 2009

ASCENSAtildeO A MARCO LEITE ANTOacuteNIO N REBELO SEacuteRGIO MAGALHAumlES

JOSEacute MAGALHAumlES Effects of cold water immersion on the recovery of physical

performance and muscle damage following a one-off soccer match Journal of Sports

Sciences 293 217-225 2011

BAILEY DM ERITH SJ GRIFFIN PJ DOWSON A BREWER DS GANT N et al

Influence of cold-water immersion on indices of muscle damage following prolonged

intermittent shuttle running J Sports Sci 25(11)1163-70 2007

BANFI G MELEGATI M VALENTINE P Effects of cold-water immersion of legs

after training session on serum creatine kinase concentrations in rugby players

British Journal of Sports Medicine v41 p 339 2007

BARBANTIV S Teoria e praacutetica do treinamento desportivo Satildeo Paulo

Edusp1979

BARONI B M et al Efeito da crioterapia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo do lactato

sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho

Humano v12 n3 p 179-185 2010

BOMPA T O Treinamento Total para Jovens Campeotildees Traduccedilatildeo de Caacutessia

Maria Nasser Revisatildeo Cientiacutefica de Aylton J Figueira Jr Barueri Manole 2002

BORGMEYER J A SCOTT BA MAYHEW JL The Effects of Ice Massage on

Maximum Isokinetic-Torque Production Sport Rehabilv13 p1-8 2004

48

BOSCO C LUHTANEN P KOMI PV A simple method for measurement of

mechanical power in jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-

282 1987

CHESTERTON LS FOSTER NE ROSS L Skin temperature response to

cryotherapy ArchPhys Med Rehabil Vol83 pp543-9 2002

COULANGE M Consequences of prolonged total body immersion in cold water on

muscle performance and EMG activity European Journal of Applied Physiology v

452 n 1 p 91-101 2005

CLEMENTS JM CASA DJ KNIGHT JC MCCLUNG JM BLAKE AS MEENEN PM

et al Ice-water immersion and cold-water immersion provide similar cooling rates in

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CROSS KM WILSON R W PERRIN D H Functional Performance Following an

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CROWE MJ OrsquoCONNOR D RUDD D Cold water recovery reduces anaerobic

performance Int J Sports Med 28(12)994-8 2007

DEAL DN TIPTON J ROSENCRANCE E CURL WW SMITH TL Ice reduces

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DENEGAR C PERRIN D Effect of Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation

Cold and a Combination Treatment on Pain Decreased Range of Motion and

Strength Loss Associated with Delayed Onset Muscle Soreness J Athletic training

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DVIR Z Isocineacutetica Avaliaccedilotildees musculares interpretaccedilotildees e aplicaccedilotildees clinicas

Satildeo Paulo Manole p101-28 2002

49

DOURIS P MCKENNA R MADIGAN K CESARSKI B COSTIERA R LU M

Recovery of maximal isometric grip strength following cold immersion J Strength

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DOWZER CN REILLY T CABLE NT Effects of deep and 14 shallow water running

on spinal shrinkage Br J Sports Med32(1) 44-481998

DUARTE R MACEDO R Efeito do gelo no momento maacuteximo de forccedila durante o

movimento concecircntrico de extensatildeo do joelhoEssFisiOnline v1 n3 p21-37 jun

2005

ENOKA R STUART Neurobiology of muscle fatigueJ Apll Physiol 72 D (5) 1631-

1648 1992

ENWEMEKA CS ALLEN C AVILA P BINA J KONRADE J MUNNS S Soft

Tissue Thermodynamics Before During and After Cold Pack Therapy

Medicine amp Science in Sports and Exercise 3445-50 2002

ESTON R PETERS D Effects of cold water immersion on the symptons of

exercise-induced muscle damage Journal of Sports Sciences v 17 p 231-38

1999

FARR T NOTTLE C NOSAKA K SACO P The effects of therapeutic massage

on delayed onset muscle soreness and muscle function following downhill walking

Journal of Science and Medicine in Sport v 5 n 4 p 297-306 2002

FLECK S J E KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular

2ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Editora Artmed 1999

GANDEVIA SC ALLEN GM MCKENZIE Central fadigue Critival issues

quantification and pratical applicationsInGANDEVIA SC ENOKA RM

50

HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory

nerve conduction are affected differently by ice pack ice massage and cold water

immersion Phys Ther90(4)581ndash591 2010

GARCIA MAC MAGALHAtildeES J IMBIRIBA LA Comportamento temporal da

velocidade de conduccedilatildeo de potenciais de accedilatildeo de unidades motoras sob condiccedilotildees

de fadiga muscular Rev Bras Med Esporte Vol 10 Nordm 4 ndash JulAgo 2004

GAYA A (org) Ciecircncias do movimento humano introduccedilatildeo agrave metodologia da

pesquisa Porto Alegre Artmed 2008

GILL ND BEAVEN CM COOK C Effectiveness of post match recovery strategies in

rugby players Br J Sports Med40(3)260-263 2006

GOODAL S HOWATSON C The effects of multiple cold water immersions on

indices of muscle damage Journal of Sports Science and Medicine v 7 p 235-241

2008

GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B

ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous

blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011

HARRELSON GL WEBER MD LEAVER-DUNN D Uso das modalidades na

reabilitaccedilatildeo In Andrews JR Harrelson GL Wilk KE Reabilitaccedilatildeo fiacutesica das lesotildees

desportivas Rio de Janeiro Guanabara-Koogan p 61-103 2000

HOWATSON G GAZE D VAN SOMEREN KA The efficacy of ice massage in

the treatment of exercise-induced muscle damage Scandinavian Journal of Medicine

and Science in Sports v 15 p 416ndash422 2005

51

KIMURA I F et al The Effect of Cryotherapy on Eccentric Plantar Flexion Peak

Torque and Endurance Journal of Athletic Training v32 n2 p124ndash126 1997

KINZEY S J et al The effects of cryotherapy on ground-reaction forces produced

during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000

KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole

2003

KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and

powertraining physiological mechanisms of adaptation Exerc Sport Sci Rev 24363-

971996

KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo

Manole 2000

KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989

LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced

inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl

Physiol May 1 92(5) 1995-2004 2002

MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative

effects of sports massage active recovery and rest in promoting blood lactate

clearance after supramaximal leg exercise J Athl Training33(1) 30-35 1998

MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994

MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e

Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001

52

MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in

Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994

MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot

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MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary

examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and

Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999

METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in

rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation

(Stuttg) 39 93-100 2000

MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC

Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using

a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991

MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach

2(2)4-9 1978

MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do

conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005

OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972

OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy

on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative

shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002

PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and

strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997

53

PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The

effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of

Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008

PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI

LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista

Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005

POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for

neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol

Dec111(12)2977-86 2011

PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

Manole 2002

ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

immersion on physical performance between successive matches in high-

performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573

2009

RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003

SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

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2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

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n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

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method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 46: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

46

6 CONCLUSAtildeO

O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de

saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico

o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser

um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar

as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o

exerciacutecio

47

REFEREcircNCIAS

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMrsquos Guidelines for exercise

testing and prescription USA Lippincott Williams amp Wilkins 8ed 2009

ASCENSAtildeO A MARCO LEITE ANTOacuteNIO N REBELO SEacuteRGIO MAGALHAumlES

JOSEacute MAGALHAumlES Effects of cold water immersion on the recovery of physical

performance and muscle damage following a one-off soccer match Journal of Sports

Sciences 293 217-225 2011

BAILEY DM ERITH SJ GRIFFIN PJ DOWSON A BREWER DS GANT N et al

Influence of cold-water immersion on indices of muscle damage following prolonged

intermittent shuttle running J Sports Sci 25(11)1163-70 2007

BANFI G MELEGATI M VALENTINE P Effects of cold-water immersion of legs

after training session on serum creatine kinase concentrations in rugby players

British Journal of Sports Medicine v41 p 339 2007

BARBANTIV S Teoria e praacutetica do treinamento desportivo Satildeo Paulo

Edusp1979

BARONI B M et al Efeito da crioterapia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo do lactato

sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho

Humano v12 n3 p 179-185 2010

BOMPA T O Treinamento Total para Jovens Campeotildees Traduccedilatildeo de Caacutessia

Maria Nasser Revisatildeo Cientiacutefica de Aylton J Figueira Jr Barueri Manole 2002

BORGMEYER J A SCOTT BA MAYHEW JL The Effects of Ice Massage on

Maximum Isokinetic-Torque Production Sport Rehabilv13 p1-8 2004

48

BOSCO C LUHTANEN P KOMI PV A simple method for measurement of

mechanical power in jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-

282 1987

CHESTERTON LS FOSTER NE ROSS L Skin temperature response to

cryotherapy ArchPhys Med Rehabil Vol83 pp543-9 2002

COULANGE M Consequences of prolonged total body immersion in cold water on

muscle performance and EMG activity European Journal of Applied Physiology v

452 n 1 p 91-101 2005

CLEMENTS JM CASA DJ KNIGHT JC MCCLUNG JM BLAKE AS MEENEN PM

et al Ice-water immersion and cold-water immersion provide similar cooling rates in

runners with exercise-induced hyperthermia J Athl Train 37(2)146-150 2002

CROSS KM WILSON R W PERRIN D H Functional Performance Following an

Ice Immersion to the Lower Extremity Journal of Athletic Training v 31 n 2 1996

CROWE MJ OrsquoCONNOR D RUDD D Cold water recovery reduces anaerobic

performance Int J Sports Med 28(12)994-8 2007

DEAL DN TIPTON J ROSENCRANCE E CURL WW SMITH TL Ice reduces

edema A study of microvascular permeability in rats J Bone Joint Surg Am 84-

A1573-8 2002

DENEGAR C PERRIN D Effect of Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation

Cold and a Combination Treatment on Pain Decreased Range of Motion and

Strength Loss Associated with Delayed Onset Muscle Soreness J Athletic training

27(3) 200 -206 1992

DVIR Z Isocineacutetica Avaliaccedilotildees musculares interpretaccedilotildees e aplicaccedilotildees clinicas

Satildeo Paulo Manole p101-28 2002

49

DOURIS P MCKENNA R MADIGAN K CESARSKI B COSTIERA R LU M

Recovery of maximal isometric grip strength following cold immersion J Strength

Cond Res 17(3)509-13 2003

DOWZER CN REILLY T CABLE NT Effects of deep and 14 shallow water running

on spinal shrinkage Br J Sports Med32(1) 44-481998

DUARTE R MACEDO R Efeito do gelo no momento maacuteximo de forccedila durante o

movimento concecircntrico de extensatildeo do joelhoEssFisiOnline v1 n3 p21-37 jun

2005

ENOKA R STUART Neurobiology of muscle fatigueJ Apll Physiol 72 D (5) 1631-

1648 1992

ENWEMEKA CS ALLEN C AVILA P BINA J KONRADE J MUNNS S Soft

Tissue Thermodynamics Before During and After Cold Pack Therapy

Medicine amp Science in Sports and Exercise 3445-50 2002

ESTON R PETERS D Effects of cold water immersion on the symptons of

exercise-induced muscle damage Journal of Sports Sciences v 17 p 231-38

1999

FARR T NOTTLE C NOSAKA K SACO P The effects of therapeutic massage

on delayed onset muscle soreness and muscle function following downhill walking

Journal of Science and Medicine in Sport v 5 n 4 p 297-306 2002

FLECK S J E KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular

2ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Editora Artmed 1999

GANDEVIA SC ALLEN GM MCKENZIE Central fadigue Critival issues

quantification and pratical applicationsInGANDEVIA SC ENOKA RM

50

HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory

nerve conduction are affected differently by ice pack ice massage and cold water

immersion Phys Ther90(4)581ndash591 2010

GARCIA MAC MAGALHAtildeES J IMBIRIBA LA Comportamento temporal da

velocidade de conduccedilatildeo de potenciais de accedilatildeo de unidades motoras sob condiccedilotildees

de fadiga muscular Rev Bras Med Esporte Vol 10 Nordm 4 ndash JulAgo 2004

GAYA A (org) Ciecircncias do movimento humano introduccedilatildeo agrave metodologia da

pesquisa Porto Alegre Artmed 2008

GILL ND BEAVEN CM COOK C Effectiveness of post match recovery strategies in

rugby players Br J Sports Med40(3)260-263 2006

GOODAL S HOWATSON C The effects of multiple cold water immersions on

indices of muscle damage Journal of Sports Science and Medicine v 7 p 235-241

2008

GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B

ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous

blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011

HARRELSON GL WEBER MD LEAVER-DUNN D Uso das modalidades na

reabilitaccedilatildeo In Andrews JR Harrelson GL Wilk KE Reabilitaccedilatildeo fiacutesica das lesotildees

desportivas Rio de Janeiro Guanabara-Koogan p 61-103 2000

HOWATSON G GAZE D VAN SOMEREN KA The efficacy of ice massage in

the treatment of exercise-induced muscle damage Scandinavian Journal of Medicine

and Science in Sports v 15 p 416ndash422 2005

51

KIMURA I F et al The Effect of Cryotherapy on Eccentric Plantar Flexion Peak

Torque and Endurance Journal of Athletic Training v32 n2 p124ndash126 1997

KINZEY S J et al The effects of cryotherapy on ground-reaction forces produced

during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000

KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole

2003

KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and

powertraining physiological mechanisms of adaptation Exerc Sport Sci Rev 24363-

971996

KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo

Manole 2000

KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989

LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced

inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl

Physiol May 1 92(5) 1995-2004 2002

MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative

effects of sports massage active recovery and rest in promoting blood lactate

clearance after supramaximal leg exercise J Athl Training33(1) 30-35 1998

MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994

MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e

Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001

52

MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in

Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994

MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot

Surg 24(6)438-41 1985

MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary

examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and

Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999

METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in

rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation

(Stuttg) 39 93-100 2000

MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC

Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using

a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991

MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach

2(2)4-9 1978

MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do

conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005

OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972

OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy

on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative

shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002

PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and

strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997

53

PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The

effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of

Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008

PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI

LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista

Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005

POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for

neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol

Dec111(12)2977-86 2011

PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

Manole 2002

ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

immersion on physical performance between successive matches in high-

performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573

2009

RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003

SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455

2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation

n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 47: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

47

REFEREcircNCIAS

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BARBANTIV S Teoria e praacutetica do treinamento desportivo Satildeo Paulo

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BORGMEYER J A SCOTT BA MAYHEW JL The Effects of Ice Massage on

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48

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CHESTERTON LS FOSTER NE ROSS L Skin temperature response to

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DOWZER CN REILLY T CABLE NT Effects of deep and 14 shallow water running

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DUARTE R MACEDO R Efeito do gelo no momento maacuteximo de forccedila durante o

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ENOKA R STUART Neurobiology of muscle fatigueJ Apll Physiol 72 D (5) 1631-

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ENWEMEKA CS ALLEN C AVILA P BINA J KONRADE J MUNNS S Soft

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FARR T NOTTLE C NOSAKA K SACO P The effects of therapeutic massage

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FLECK S J E KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular

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GANDEVIA SC ALLEN GM MCKENZIE Central fadigue Critival issues

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50

HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory

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GARCIA MAC MAGALHAtildeES J IMBIRIBA LA Comportamento temporal da

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GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B

ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous

blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011

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HOWATSON G GAZE D VAN SOMEREN KA The efficacy of ice massage in

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KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole

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KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and

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KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo

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KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989

LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced

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MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative

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MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994

MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e

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MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot

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MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary

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METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in

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MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC

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MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach

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MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do

conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005

OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972

OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy

on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative

shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002

PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and

strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997

53

PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The

effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of

Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008

PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI

LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista

Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005

POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for

neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol

Dec111(12)2977-86 2011

PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

Manole 2002

ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

immersion on physical performance between successive matches in high-

performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573

2009

RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003

SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

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2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

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WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

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ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 48: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

48

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49

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50

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ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous

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KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole

2003

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KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989

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PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and

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53

PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The

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Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008

PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI

LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista

Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005

POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for

neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol

Dec111(12)2977-86 2011

PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

Manole 2002

ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

immersion on physical performance between successive matches in high-

performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573

2009

RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003

SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455

2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation

n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 49: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

49

DOURIS P MCKENNA R MADIGAN K CESARSKI B COSTIERA R LU M

Recovery of maximal isometric grip strength following cold immersion J Strength

Cond Res 17(3)509-13 2003

DOWZER CN REILLY T CABLE NT Effects of deep and 14 shallow water running

on spinal shrinkage Br J Sports Med32(1) 44-481998

DUARTE R MACEDO R Efeito do gelo no momento maacuteximo de forccedila durante o

movimento concecircntrico de extensatildeo do joelhoEssFisiOnline v1 n3 p21-37 jun

2005

ENOKA R STUART Neurobiology of muscle fatigueJ Apll Physiol 72 D (5) 1631-

1648 1992

ENWEMEKA CS ALLEN C AVILA P BINA J KONRADE J MUNNS S Soft

Tissue Thermodynamics Before During and After Cold Pack Therapy

Medicine amp Science in Sports and Exercise 3445-50 2002

ESTON R PETERS D Effects of cold water immersion on the symptons of

exercise-induced muscle damage Journal of Sports Sciences v 17 p 231-38

1999

FARR T NOTTLE C NOSAKA K SACO P The effects of therapeutic massage

on delayed onset muscle soreness and muscle function following downhill walking

Journal of Science and Medicine in Sport v 5 n 4 p 297-306 2002

FLECK S J E KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular

2ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Editora Artmed 1999

GANDEVIA SC ALLEN GM MCKENZIE Central fadigue Critival issues

quantification and pratical applicationsInGANDEVIA SC ENOKA RM

50

HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory

nerve conduction are affected differently by ice pack ice massage and cold water

immersion Phys Ther90(4)581ndash591 2010

GARCIA MAC MAGALHAtildeES J IMBIRIBA LA Comportamento temporal da

velocidade de conduccedilatildeo de potenciais de accedilatildeo de unidades motoras sob condiccedilotildees

de fadiga muscular Rev Bras Med Esporte Vol 10 Nordm 4 ndash JulAgo 2004

GAYA A (org) Ciecircncias do movimento humano introduccedilatildeo agrave metodologia da

pesquisa Porto Alegre Artmed 2008

GILL ND BEAVEN CM COOK C Effectiveness of post match recovery strategies in

rugby players Br J Sports Med40(3)260-263 2006

GOODAL S HOWATSON C The effects of multiple cold water immersions on

indices of muscle damage Journal of Sports Science and Medicine v 7 p 235-241

2008

GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B

ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous

blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011

HARRELSON GL WEBER MD LEAVER-DUNN D Uso das modalidades na

reabilitaccedilatildeo In Andrews JR Harrelson GL Wilk KE Reabilitaccedilatildeo fiacutesica das lesotildees

desportivas Rio de Janeiro Guanabara-Koogan p 61-103 2000

HOWATSON G GAZE D VAN SOMEREN KA The efficacy of ice massage in

the treatment of exercise-induced muscle damage Scandinavian Journal of Medicine

and Science in Sports v 15 p 416ndash422 2005

51

KIMURA I F et al The Effect of Cryotherapy on Eccentric Plantar Flexion Peak

Torque and Endurance Journal of Athletic Training v32 n2 p124ndash126 1997

KINZEY S J et al The effects of cryotherapy on ground-reaction forces produced

during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000

KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole

2003

KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and

powertraining physiological mechanisms of adaptation Exerc Sport Sci Rev 24363-

971996

KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo

Manole 2000

KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989

LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced

inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl

Physiol May 1 92(5) 1995-2004 2002

MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative

effects of sports massage active recovery and rest in promoting blood lactate

clearance after supramaximal leg exercise J Athl Training33(1) 30-35 1998

MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994

MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e

Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001

52

MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in

Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994

MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot

Surg 24(6)438-41 1985

MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary

examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and

Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999

METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in

rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation

(Stuttg) 39 93-100 2000

MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC

Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using

a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991

MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach

2(2)4-9 1978

MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do

conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005

OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972

OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy

on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative

shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002

PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and

strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997

53

PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The

effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of

Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008

PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI

LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista

Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005

POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for

neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol

Dec111(12)2977-86 2011

PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

Manole 2002

ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

immersion on physical performance between successive matches in high-

performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573

2009

RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003

SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455

2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation

n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 50: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

50

HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory

nerve conduction are affected differently by ice pack ice massage and cold water

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velocidade de conduccedilatildeo de potenciais de accedilatildeo de unidades motoras sob condiccedilotildees

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GAYA A (org) Ciecircncias do movimento humano introduccedilatildeo agrave metodologia da

pesquisa Porto Alegre Artmed 2008

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2008

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reabilitaccedilatildeo In Andrews JR Harrelson GL Wilk KE Reabilitaccedilatildeo fiacutesica das lesotildees

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HOWATSON G GAZE D VAN SOMEREN KA The efficacy of ice massage in

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51

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during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000

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2003

KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and

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KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989

LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced

inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl

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MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative

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MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994

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Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001

52

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strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997

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PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

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ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

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RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

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SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

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SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

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SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

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STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

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SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

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SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

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THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

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TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

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Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

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2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

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VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

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WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

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ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

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ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 51: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

51

KIMURA I F et al The Effect of Cryotherapy on Eccentric Plantar Flexion Peak

Torque and Endurance Journal of Athletic Training v32 n2 p124ndash126 1997

KINZEY S J et al The effects of cryotherapy on ground-reaction forces produced

during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000

KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole

2003

KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and

powertraining physiological mechanisms of adaptation Exerc Sport Sci Rev 24363-

971996

KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo

Manole 2000

KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989

LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced

inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl

Physiol May 1 92(5) 1995-2004 2002

MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative

effects of sports massage active recovery and rest in promoting blood lactate

clearance after supramaximal leg exercise J Athl Training33(1) 30-35 1998

MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994

MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e

Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001

52

MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in

Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994

MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot

Surg 24(6)438-41 1985

MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary

examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and

Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999

METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in

rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation

(Stuttg) 39 93-100 2000

MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC

Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using

a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991

MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach

2(2)4-9 1978

MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do

conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005

OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972

OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy

on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative

shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002

PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and

strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997

53

PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The

effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of

Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008

PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI

LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista

Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005

POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for

neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol

Dec111(12)2977-86 2011

PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

Manole 2002

ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

immersion on physical performance between successive matches in high-

performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573

2009

RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003

SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455

2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation

n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 52: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

52

MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in

Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994

MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot

Surg 24(6)438-41 1985

MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary

examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and

Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999

METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in

rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation

(Stuttg) 39 93-100 2000

MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC

Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using

a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991

MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach

2(2)4-9 1978

MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do

conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005

OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972

OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy

on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative

shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002

PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and

strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997

53

PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The

effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of

Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008

PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI

LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista

Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005

POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for

neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol

Dec111(12)2977-86 2011

PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

Manole 2002

ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

immersion on physical performance between successive matches in high-

performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573

2009

RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003

SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455

2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation

n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 53: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

53

PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The

effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of

Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008

PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI

LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista

Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005

POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for

neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol

Dec111(12)2977-86 2011

PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo

Manole 2002

ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water

immersion on physical performance between successive matches in high-

performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573

2009

RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation

and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003

SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER

T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment

regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats

American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007

SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a

professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455

2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation

n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 54: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

54

SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water

immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J

Sports Med 41(6)392-72007

SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob

diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1

p17-24 janeirojunho 2005

STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole

2001

SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of

active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise

tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004

SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J

Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical

Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el

rendimento deportivo Sintesis 1997

THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature

effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension

European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003

TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The

magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J

Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010

TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and

recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11

2001

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455

2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation

n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 55: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

55

VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and

symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455

2008

VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production

of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation

n 12 p 240-248 2003

WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003

WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a

method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006

ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e

Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996

ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB

Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy

ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998

YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of

magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle

after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 56: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

56

ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo

Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo

verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o

exerciacutecio

Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em

que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd

Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas

Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se

vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o

seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual

de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute

realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade

maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e

aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma

cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do

coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que

mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira

por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de

aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)

como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas

naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta

algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar

imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as

providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o

meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia

se necessaacuterio

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 57: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

57

Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc

faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um

aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em

seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar

sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes

de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes

a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc

fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes

vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram

submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa

parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando

vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa

de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da

produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores

Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro

inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente

nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa

A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de

acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo

utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o

seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para

realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do

mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na

instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em

dinheiro

Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os

participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e

tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo

de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o

estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 58: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

58

Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301

Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em

duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu

representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel

Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo

__________________________ _________________________

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel

Porto Alegre ______de ________________ de 2011

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 59: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

59

ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa

Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana

Exemplo de preenchimento

Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa

cheia Achocolatado Nescau

2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa

cheias Vagem Cozida

3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 60: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

60

1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta

NOME DATA

HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h

h

h

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 61: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

61

ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES

Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle

e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas

(pgt005)

Caracteriacutestica Registro alimentar

protocolo controle

Registro alimentar protocolo

crioterapia

P

Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949

Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958

Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795

Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962

Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947

Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756

Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562

Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605

Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548

Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726

Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Page 62: Efeitos da crioterapia de imersão pós exercício

62

ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS

  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
  • Porto Alegre
  • Juacutelia da Silveira Gross
  • Conceito Final
  • Aprovado em________de_______________de________
  • BANCA EXAMINADORA
  • Prof ______________________________________-UFRGS
  • Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
  • AGRADECIMENTO
  • RESUMO
  • PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
  • SUMAacuteRIO
  • LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
  • LISTA DE FIGURAS
  • LISTA DE TABELAS
  • Guia para a temperatura da aacutegua
  • Adipocircmetro
  • Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
  • Balanccedila e estadiocircmetro
  • Dinamocircmetro isocineacutetico
  • Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
  • Ergoespirocircmetro
  • Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de gases
  • Esteira ergomeacutetrica
  • Frequumlenciacutemetro
  • Jump Teste
  • Tanque
  • Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
  • Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
  • Termocircmetro Sub Aquaacutetico
  • Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
  • Ultra-freezer
  • Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
  • Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
  • Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
  • REFEREcircNCIAS
  • GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
  • KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole 2003
  • KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo Manole 2000
  • KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
  • MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
  • ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
  • Porto Alegre ______de ________________ de 2011
  • ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR
  • Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana