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A Sociedade da Informação em Portugal (abordagem política)

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Page 1: A Sociedade da Informação em Portugal (abordagem política)

A Sociedade da Informação em Portugal e a inclusão das Tecnologias da

Informação e Comunicação na Escola portuguesa

Data Documento Alguns aspetos a salientar1

1985 (a 1994)

Projeto MINERVA (Meios Informáticos no Ensino:

Racionalização / Valorização / Atualização)

Despacho 206/ME/85, de 15 de

novembro

O Projeto MINERVA pretendia promover a introdução das tecnologias da informação na Escola e no currículo do ensino não superior. Consideradas “meios auxiliares de ensino”, as tecnologias da informação implicavam a formação de “orientadores, formadores e professores” para o seu ensino e utilização.

1996

Criação da Equipa de Missão para a Sociedade da

Informação

Resolução do Conselho de Ministros nº 16/96, de 21 de

março

Nesta Resolução, considerava-se que a emergência da Sociedade da Informação estava em estreita articulação com o desenvolvimento científico e tecnológico. Assim, incumbia-se o Ministro da Ciência e da Tecnologia de promover o debate sobre esta temática, no sentido de possibilitar a elaboração de um Livro Verde com propostas para a integração de Portugal na Sociedade da Informação. Competia-lhe ainda assegurar a “coordenação da informação” e da representação nacional nas investigações científicas e tecnológicas, levadas a cabo pela União Europeia e que estivessem relacionadas com este tema. Para o efeito, seria apoiado por uma Equipa de Missão para a Sociedade de Informação.

1999

Prorrogação do mandato da Equipa de Missão para a

Sociedade da Informação até 31 de março de 2010

Resolução do Conselho de

Ministros nº 41/99, de 6 de abril

Para além de lhe prorrogar o mandato, este documento redefiniu as atribuições da Equipa da Missão, nomeadamente no que concerne à realização do balanço das atividades governativas referentes à Sociedade da Informação e ao acompanhamento do problema informático do ano 2000, da execução dos objetivos previstos no Livro Verde e do programa "Cidades Digitais”.

2000

Portugal Digital - Iniciativa Internet

Resolução do Conselho de

Ministros nº 110/2000, de 22 de agosto

Dinamizada pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia, esta iniciativa visava dar prioridade ao desenvolvimento da sociedade do conhecimento e da informação em Portugal. Para isso era apresentado um plano de ação, estruturado em dez metas e composto por diversas ações e medidas que tinham como eixos prioritários a promoção do funcionamento em rede, o incentivo à aquisição de computadores e ao uso da Internet pelas famílias, o estímulo ao uso da Internet em lugares públicos e nas empresas, a modernização da Administração Pública, a promoção da acessibilidade e o desenvolvimento de conteúdos.

Esta iniciativa foi revogada pela Resolução nº 107/2003, de 12 de agosto.

Criação da Comissão Interministerial para a

Sociedade da Informação

Resolução de Conselho de Ministros nº 114/2000, de 18

de agosto

A cargo do Ministro da Ciência e da Tecnologia, competia a esta Comissão desenvolver um conjunto de atividades articuladas com as iniciativas da União Europeia, nomeadamente com o Plano de Ação eEurope 2002: Uma Sociedade da Informação para todos. Foram ainda constituídas “unidades operacionais” com competências em áreas específicas da Sociedade da Informação, com as relacionadas com o Comércio Eletrónico, com os Cidadãos com Necessidades Especiais na Sociedade da Informação, formação de competências e modernização da Administração

1 Em atualização.

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Pública, entre outras.

Este documento foi revogado pela Resolução nº 135/2002, de 20 de novembro.

2002

Alteração das estruturas governamentais com

competências de atuação a nível da sociedade da

informação, criando a Unidade de Missão Inovação e

Conhecimento (UMIC) e a Comissão Interministerial para

a Inovação e Conhecimento

Resolução do Conselho de Ministros nº 135/2002, de 20

de novembro

Tendo por base o Plano de Ação “e-Europe 2005: Uma sociedade da informação para todos”, aprovado em 2002 em Sevilha, o governo criou a Unidade de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC), “uma estrutura de apoio ao desenvolvimento da política governamental em matéria de inovação, sociedade da informação e governo eletrónico” e que, entre outras atribuições, coordenaria o Programa Integrado de Apoio à Inovação (PROINOV).

Esta Unidade de Missão tinha um prazo de 90 dias para apresentar um relatório de avaliação das iniciativas, programas e estruturas governamentais “com impacto nas áreas da inovação, da sociedade da informação e do governo eletrónico” e um “plano estratégico e operacional”. Era ainda formada uma Comissão Interministerial para a Inovação e Conhecimento que proporia estratégias de desenvolvimento nestas áreas, articulando as várias iniciativas existentes e acompanhando a implementação do Plano de Ação e-Europe 2005 e de outros programas europeus relacionados com a Sociedade da Informação.

2007

Plano Tecnológico da Educação

Resolução do Conselho de Ministros nº 137/2007, de

18/09

Este diploma de modernização tecnológica das escolas, que pretendia posicionar Portugal entre os cinco países europeus mais liga-se à Estratégia de Lisboa e ao Plano Tecnológico. Associa o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação à construção da Sociedade do Conhecimento e ao sucesso escolar dos alunos, considerando a Escola “o pilar da inclusão digital dos alunos portugueses” (p. 6564).

2009

Aprovação do Tratado da Organização Mundial de

Propriedade Intelectual sobre Direito de Autor (OMPI),

adotado em Genebra em 20 de dezembro de 1996

Resolução da Assembleia da

República nº 53/2009, de 20 de julho

O Tratado da OMPI sobre Direito de Autor (WCT) foi estabelecido em 1996, entre os países da União, e veio na sequência do Ato de Paris da Convenção de Berna (1971) para a proteção das obras literárias e artísticas. Começa-se por estabelecer que a proteção do direito de autor “abrange as expressões, e não as ideias, os processos, os métodos operacionais ou os conceitos matemáticos enquanto tal” (artigo 2º). Entre outras disposições, estabelece-se que os programas de computadores e as bases ou compilações de dados são obras e criações literárias, respetivamente, e como tal, são protegidas. Também a “armazenagem de uma obra protegida sob forma digital num suporte eletrónico constitui um ato de reprodução”