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Novas formas e expressões de cultura: evolução e impacto social das tecnologias de informação e comunicação.

Internet, o telemóvel, os vídeo jogos, os reprodutores de MP3, etc. constituem agora mesmo o “ecossistema natural” dos adolescentes e jovens. Eles vêem todos estes aparatos com a mesma naturalidade com que nós, mais velhos, vemos o rádio ou a televisão. Não se surpreendem perante a tecnologia, simplesmente, com absoluta naturalidade, a utilizam para estar em contacto, para fazer novos amigos, para procurar informação, baixar e escutar música e em geral, para desenvolver a sua própria cultura ou por uma questão de gestão da própria imagem. Os resultados de algumas investigações revelam que os jovens da era digital parecem ser mais inteligentes, curiosos, assertivos, aceitam com maior facilidade a diversidade e têm também maior nível de auto-estima que os jovens que pertencem a gerações anteriores. Outras, no entanto, apontam em sentido contrário: os jovens vivem amarrados aos ecrãs de TV ou aos Pc’s, perdendo a sua capacidade de atenção, sofrendo de stress, presunção e inclusive crueldade como resultado da sua interacção com a Rede. A sociedade nunca esteve tão exposta aos produtos mediáticos como na actualidade, razão pela qual a comunicação tem-se tornado num dos elementos cruciais na hora de desencadear mudanças e ocasionar transformações na actualidade. O espaço público, antes

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Curso de Educação e Formação de Adultos – Nível SecundárioTécnicos de Informática – Instalação e Gestão de RedesC.L.C.5EFA.INF.N.L.05Nome: LUÍS FILIPE TAVARES DA COSTA Nº4944 Data: 24-07-

1 influenciado pela política e pela imprensa escrita, tem que conviver com outras formas de interacção provenientes do denominado espaço virtual. De facto, estaríamos vivendo um momento importante no qual coexistem a tecnologia e a comunicação como um dos vários motores geradores das transformações sentidas pela sociedade.Nos anos oitenta, quando apareceram os Walkmans, tive logo acesso ao produto pois o meu pai ofertou-me um aparelho Sony e foi a loucura na escola. Passava muito tempo a gravar música para ouvir durante o tempo que passava na rua ou nos intervalos das aulas. Mais tarde quando começaram a aparecer os vídeo jogos, as consolas ou outros tipos de aplicadores, também fui aguçado pela curiosidade do que é novo e do que há para aprender, através de experimentação ou por informação e instruções do produto. Estes rituais vão-se seguindo através das épocas, consoante surjam novos produtos no mercado e estes sejam acessíveis ao grande mercado ou não. Telemóveis, Mp3 ou Internet, com formação formal ou através de pesquisa, estas inovações tecnológicas alteraram a minha forma de vida familiar e social e até profissional, pois vieram facilitar em muito a comunicação e aumentar as fontes de informação, distribuição,

divulgação e até a própria criatividade.Hoje em dia podemos criar, editar e produzir os nossos próprios álbuns fotográficos, musicais ou os filmes e documentários que fazemos nas férias ou nas festas familiares e encontros ocasionais. Talvez não tenhamos total certeza

daquilo que os nossos filhos estão a fazer quando se encontram fora de casa, por isso, desde muito cedo, lhes colocamos um telemóvel nas mãos para nos sentirmos mais seguros das suas actividades, na escola ou fora dela.Quando o comportamento dele é motivo de satisfação, como prémio oferecemos-lhes uma Ps2 ou uma PSP, porque os publicitários dizem-nos que é o que eles apreciam e está na moda desta geração. Na maior parte

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1 dos casos nem sequer avaliamos os conteúdos dos jogos, se são de teor didáctico, violento ou educativo até. Também acabamos por não controlar quanto tempo gastam a jogar e a estudar, e por vezes apenas reparamos no resultado final através das notas escolares quando já é tarde demais. Para não gastarem dinheiro em demasia com o telemóvel, permitimos que se comuniquem com os colegas através do MSN e por bónus ou não, acabamos mais tarde por descobrir conteúdo impróprio para adolescentes ou conteúdo protegido por direitos descarregado de forma ilícita, apenas porque temos acesso fácil e rápido a qualquer ponto do nosso universo. Ficamos surpreendidos com a facilidade com que eles operam e manobram todas as funções destes aparelhos, para os quais, quase temos de tirar um curso só para podermos entender o seu funcionamento e desempenho. Qualquer equipamento vem acompanhado de um manual de utilização e instruções detalhadas para que nada nos escape.

Dados Gerais:

A edição de 2005 do estudo Consumidor contabiliza 2 301 mil indivíduos que costumam jogar computador ou consola, um número que representa 27.7% do universo composto pelos residentes no Continente com 15 e mais anos.Esta actividade é muito heterogénea entre a população, sobretudo quando analisada a idade dos indivíduos (e outras variáveis que "dependem" desta).

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1 Os jovens e os estudantes destacam-se claramente, com valores muito acima da média do universo. Dois terços dos jovens entre os 15 e os 17 anos diz jogar computador ou consola (75.4%), tal como 60.3% dos jovens entre os 18 e os 24 anos. Os valores baixam consideravelmente a partir desta faixa etária.Os homens são mais adeptos deste tipo de jogos do que as mulheres: este hábito abrange 35.0% dos homens e 21.0% das mulheres.Entre as regiões é onde menores diferenças de comportamento se observam. Mesmo assim, na Grande Lisboa e no Litoral Centro o número dos que joga computador ou consola é superior à média do universo.Pelo contrário, entre as ocupações regista-se maior heterogeneidade de comportamentos, dado o valor apresentado pelos estudantes, 68.8%, muito acima da média.Nas classes sociais, a alta e média alta e a alta apresentam taxas superiores à média do universo.

Os resultados do trimestre móvel de Fevereiro de 2008 do Barómetro de Telecomunicações indicam que 2 435 mil

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1 portugueses já utilizam um telemóvel de terceira geração, que permite realizar video-chamadas. Este número representa 29.8% do total de residentes em Portugal com 10 e mais anos que possuem telemóvel e tem revelado uma tendência de crescimento ao longo do último ano.

Os casados com crianças entre os 0 e os 6 anos são os maiores utilizadores de dois ou mais telemóveis (5.6%). No que diz respeito a utilizadores diários de Internet, a maior percentagem vai para os solteiros dependentes, sendo que a utilização desta última se faz tanto em casa como na escola /universidade.Ambos os estádios vivem em lares com posse de bens acima da média.Os casados com filhos entre os 18 e os 24 anos, e os monoparentais com crianças apresentam uma utilização de dois ou mais telemóveis semelhante - 3.1% e 3.5 %, respectivamente.Já em termos de utilizadores diários de Internet, os monoparentais evidenciam-se (9.8%, enquanto que os casados com filhos entre os 18 e os 24 anos apresentam 4.4%, sendo que os primeiros utilizam a Internet sobretudo a partir do local de trabalho.

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1 Os casados com crianças entre os 7 e os 12 anos e os casados com jovens entre os 13 e os 17 anos vivem em lares com posse de bens perto do valor médio, ou um pouco acima dele, particularmente no que diz respeito à utilização de mais do que um telemóvel.A população enquadrada nos Ninhos Vazios é a classe mais idosa, sendo que a maioria é reformada, pensionista ou desempregada. Verifica-se também que é a que está mais distante das novas tecnologias, o que explica os valores apresentados tanto na utilização de dois ou mais telemóveis como em termos de utilização diária de Internet.Os Independentes com mais de 35 anos possuem uma percentagem de utilização dos bens referidos de um modo geral semelhante (com 2.6% para Internet e 2.4%, no caso dos telemóveis). Tal como os Ninhos Vazios e os Outros Casados, esta é uma classe bastante distante das novas tecnologias.

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