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Abril-Maio 2007 - 11
ção da mão-de-obra está sofren-do mudanças”, avalia Passeto, que elogia o SENAI ao qualificar os trabalhadores. Para o gerente, os patamares almejados somente poderão ser alcançados “com es-tudos prospectivos de universida-des e instituições como o SENAI, a exemplo do que fizeram Esta-dos Unidos e Japão”.
O empresário amazonense Silvio Romano, da Marcellus J.B. Campe-lo, afirma que conhecer a visão de futuro debatida no workshop foi muito importante e que as trocas de experiências em qualificação profissional servirão para desen-volver seus projetos de construção civil com inclusão social. “Nossos colaboradores são do bairro em que erguemos os prédios”, diz o
Difusão tecnológica SENAI apresentou o seu modelo de prospecção e as tendências tecnológicas
e organizacionais para os setores da construção civil e de calçados em visitas técnicas e workshops realizados em março, em São Pau-lo, e em abril, no Rio Grande do Sul. Na capital paulista, o encon-tro, que reuniu cerca de 60 pesso-as, entre empresários, acadêmicos e profissionais da instituição, ser-viu para reforçar a estratégia que o setor vai adotar nos próximos cinco a dez anos.
Promovido pelo SENAI Nacio-nal, o encontro foi definido pelo gerente-executivo da Unidade de Tendência e Prospecção (Unitep), Luiz Antônio Cruz Caruso, arquiteto do projeto, como oportunidade de “disseminar tecnologias emergen-tes específicas selecionadas pelo Modelo SENAI de Prospecção”, com a intenção de “contribuir para um ambiente institucional favorá-vel à difusão tecnológica”.
Segundo Caruso, “as institui-ções em geral, em particular as de formação profissional, necessitam conviver com um conjunto de fa-tores econômicos, sociais e políti-cos que conduzem a um aumento crescente da incerteza de realizar investimentos de longo prazo”.
O gerente-executivo ressalta que o Modelo, resultado de es-forço conjunto do Sistema SENAI com algumas das principais uni-versidades do país, responde às indagações de quantos trabalha-dores vão necessitar de capacita-ção no futuro próximo, que perfis profissionais esses trabalhadores terão e que fatores condicionam a difusão de novas tecnologias.
OSENAI levanta rumos para os próximos anos em dois setores industriais
A qualificação dos trabalhado-res é um fator fundamental para o setor da construção civil, que pre-vê incrementar em cerca de 6% seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2007. “O boom está atropelando as construtoras”, afirma o gerente de Relações Institucionais da Tigre S.A., Wilson Passeto, avalizado por seus 37 anos no segmento de tubos e conexões. Ele bate na te-cla da necessidade de se ter uma visão sistêmica do processo pro-dutivo, no qual a qualificação da mão-de-obra e os cuidados am-bientais devem ditar os caminhos para a construção civil.
Mudanças“A inovação está quebrando
paradigmas, e a própria organiza-
Competitividade
JOSÉ PAULO LACERDA
Mais de 650 expositores de cinco continentes participaram da Feicon Batmat 2007
- Abril-Maio 20071�
empresário, que tem forte atua-ção em obras públicas: colégios, creches e hospitais, entre outros. Outro benefício propiciado gra-ças à antecipação de mudanças é permitir a melhoria dos progra-mas de capacitação profissional e dos serviços técnicos e tecnológi-cos oferecidos às empresas.
Com roteiro previamente de-finido pelo grupo executivo seto-rial, formado por especialistas do SENAI, de empresas e de acade-mias, empresários e profissionais da construção civil visitaram a 15ª Feicon Batmat 2007 – Feira Inter-nacional da Indústria Construção Civil/International Construction In-dustry Exhibition. O evento contou com mais de dois mil lançamen-tos de produtos. A novidade foi o crescimento do número de repre-sentantes chineses, que, com uma
Competitividade
área ocupada próxima aos 20% do espaço total da feira, se destaca-ram entre os mais de 650 exposi-tores dos cinco continentes.
Tendências para calçadosA (Unitep) realizou workshop,
em Porto Alegre, e visita a 31ª Fimec – Feira Internacional de Couros, Químicos, Componen-tes e Acessórios, Equipamentos e Máquinas para Calçados e Cur-tumes, em Novo Hamburgo, com empresários e profissionais de educação, em busca de tendên-cias tecnológicas.
De acordo com Luiz Caruso, a idéia foi “repassar informação de como os perfis profissionais vão se transformar em um futuro próximo e quantos profissionais serão necessários para realizar essas tarefas”. O gerente-execu-
tivo destacou que o modelo do SENAI está embasado, sobretu-do, em duas metodologias: a Di-fusão Tecnológica e a Gestão de Modernização Tecnológica.
Na Fimec, que reuniu 50 mil visitantes de 37 países, principal-mente da América Latina, e mais de 1,2 mil expositores, os em-presários e docentes conferiram se as tecnologias prospectadas pelo modelo estavam presentes na feira. O diretor comercial da Klim Produtos Infantis, Valdir Mestriner, empresa paulista de Birigüi, confirmou que a pros-pecção do SENAI estava alinha-da com a feira. “A tecnologia do calçado vem evoluindo bem, des-de a abertura do mercado nacio-nal nos anos 90. Hoje a questão do avanço é mais no detalhe, na evolução dos materiais.”
JOSÉ PAULO LACERDA
Ferramentas CAD/CAM: Karg, da Torielli S.p.A,explicou como tecnologias podem ser usadas no desenvolvimento de solados e calçados