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Este trabalho foca-se nos resultados esperados e aqueles proporcionados pelos projetos de BI (business intelligence), implantados nas diversas empresas brasileiras, independente de tamanho ou mercado de atuação.O desenvolvimento deste tema será baseado em uma breve pesquisa realizada, tratando-se do início e dos resultados esperados conseguidos com projetos de BI. O resultado final deste processo deverá ser a sugestão de um framework voltado exclusivamente para o gerenciamento de projetos de BI, procurando ter como ponto focal as necessidades e o resultado para o negócio, referindo-se à empresa, uma área ou um departamento.BI (business intelligence) traz para os executivos de TI e profissionais das áreas de negócio, independente do mercado que está localizada, uma situação perigosa muitas vezes desconfortável profissionalmente.Em uma breve pesquisa que realizei no LinkedIn BI Group, percebe-se a fama desse genero de projetos, ou seja, "sempre estão fadados a falhar" (opinião colhida no LinkedIn BI Group, de um CIO de uma empresa de venda de software de BI). Entretanto, essa notoriedade de projetos de BI já existe há muito tempo. Então, porque os profissionais de TI e, sobretudo, da área de BI, não conseguem evitar ou reduzir tal tipo de risco? Porque os profissionais de TI, sobretudo seus executivos, não conseguem aprender com as falhas anteriores? Porque existe tanta divisão no entendimento das reais necessidades de informação das áreas clientes? E, por fim, porque as técnicas administrativas e de governança não conseguem ser aplicadas nessa área?A importância desse estudo está em melhorar e simplificar a abordagem para os executivos da área de TI e, sobretudo, os profissionais de BI visando "real agregação de valor" (redução de riscos, continuidade e melhoria continua), delimitando e instituindo práticas governamentais.
Citation preview
IMT - Instituto Mauá de Tecnologia
Governança de TI
Programa de MBA em Governança de TI
MBA Governança de TI
Estudo para a Implantação de
uma Metodologia de Projetos
de BI
BI Beneficiando a Governança de TI
Governança de TI
Eduardo Caruso
email: [email protected]; [email protected]
São Paulo, 25 de julho de 2010.
Pré-projeto apresentado como reequisito para obtenção
do Título de Especialista em Governança de TI
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Rovai
Índice
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................1
1.1 Motivação.........................................................................................................................1
1.2 Definição do Problema de Pesquisa.................................................................................2
1.2.1 Primeiro Problema: Pequeno Conhecimento dos Conceitos e Aplicação de BI......2
1.2.2 Segundo Problema: Falta de "Cultura” das Empresas em BI...................................4
1.2.3 Terceiro Problema: Concorrência e Globalização Levaram BI ter Menos
Importância que Outros Projetos..............................................................................................5
1.2.4 Quarto Problema: Necessidades Técnicas Maiores que as do Negócio...................6
1.2.5 Quinto Problema: Falta de Método para Averiguação das Tendências e Adaptação
às Necessidades de Negócio.....................................................................................................8
1.2.6 Questão Principal......................................................................................................8
1.3 Objetivo............................................................................................................................8
1.3.1 Objetivo Geral..........................................................................................................8
1.3.2 Objetivos Específicos...............................................................................................9
1.4 Foco e Limitações.............................................................................................................9
1.5 Metodologia....................................................................................................................10
2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO......................................................................................10
2.1 Escolha do Assunto........................................................................................................10
2.2 Definindo BI e Aspectos Específicos de Governança....................................................11
2.3 Atual Desenho do Processo de BI nas Empresas Nacioanais ou Latinas.......................14
2.3.1 Influência Economico-financeira do Estilo Adotado pelas Empresas...................18
2.3.2 Simulação Econômica de Projetos de BI................................................................21
2.3.3 Cálculos Segundo a Teoria do ZIP - Base de Comparação....................................23
2.3.4 Resultado do Teste de Influência do Fornecedor de Solução de BI.......................25
2.3.5 Conclusão sobre a Influência Econômica do Fornecedor......................................28
2.3.6 Processo Decisório para Business Intelligence.......................................................28
2.4 Questões de Pesquisa......................................................................................................31
2.4.1 Pesquisa de Opinião...............................................................................................31
2.5 Contribuição Esperada....................................................................................................32
2.6 Detalhamento da Metodologia.......................................................................................33
3 Referências Bibliográficas......................................................................................................34
Ilustrações
FIGURA 1: QUADRANTE MÁGICO DO GARTNER PARA PLATAFORMAS DE BI...........................................3
FIGURA 2: ARQUITETURA SEGUNDO “THE CORPORATE INFORMATION FACTORY”.................................11
FIGURA 3: ARQUITETURA DE BI SEGUNDO RALPH KIMBALL......................................................................12
FIGURA 4: MERCADO DE BI CONSIDERANDO A PRESENÇA DO ATRAVESSADOR..................................22
FIGURA 5: PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO NO MERCADO DE BI CONSIDERANDO O ATRAVESSADOR.23
FIGURA 6: RESULTADO FINAL NO MERCADO EQUILIBRADO (SEM ATRAVESSADOR)..........................26
FIGURA 7: RESULTADO FINAL NO MERCADO COM ATRAVESSADOR........................................................27
Figura 8: Processo de decisão de investimentos em BI.................................................................................................30
Tabelas
TABELA 1: PERGUNTA DA PESQUISA "BENCHMARKING".................................................................................2
TABELA 2: PERGUNTA DA PESQUISA "BENCHMARKING".................................................................................3
TABELA 3: PERGUNTA DA PESQUISA "BENCHMARKING"...............................................................................4
TABELA 4: PRINCIPAIS AQUISIÇÕES DE EMPRESAS DE BI EM 2.009..............................................................6
TABELA 5: PERGUNTA DA PESQUISA "BENCHMARKING"...............................................................................7
TABELA 6: PERGUNTA DA PESQUISA "BENCHMARKING"...............................................................................9
Tabela 7: Estimativas do faturamento mundial com BI para 2009 (Milhões de US$)..................................................18
Abreviações
BI: Business Intelligence (Inteligência do Negócio)
CRM: Customer Relationship Management (Gerenciamento do Relacionamento com o
Cliente)
DW: Datawarehouse (Armazém de Dados)
Linkedin: Site de relacionamento
Processo de Decisão: composição de diversas fases que, para o nosso caso, levam as
empresas (departamentos, seções, empresa como um todo) a empregar ou utilizar projetos
de BI.
Stakholder: qualquer envolvido diretamente no uso ou na confecção do projeto
Case Study: Angliquismo de estudo de caso
Knowlodge Base: sistema de inteligência que permite a utilização de ferramentas para
tomar decisões utilizando-se de métodos quantitativos e qualitativos se maneira
simultânea.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho foca-se nos resultados esperados e aqueles proporcionados pelos projetos de BI
(business intelligence), implantados nas diversas empresas brasileiras, independente de tamanho
ou mercado de atuação.
O desenvolvimento deste tema será baseado em uma breve pesquisa realizada, tratando-se do
início e dos resultados esperados conseguidos com projetos de BI.
O resultado final deste processo deverá ser a sugestão de um framework voltado exclusivamente
para o gerenciamento de projetos de BI, procurando ter como ponto focal as necessidades e o
resultado para o negócio, referindo-se à empresa, uma área ou um departamento.
1.1 Motivação
BI (business intelligence) traz para os executivos de TI e profissionais das áreas de negócio,
independente do mercado que está localizada, uma situação perigosa muitas vezes desconfortável
profissionalmente.
Em uma breve pesquisa que realizei no LinkedIn BI Group, percebe-se a fama desse genero de
projetos, ou seja, "sempre estão fadados a falhar" (opinião colhida no LinkedIn BI Group, de um
CIO de uma empresa de venda de software de BI). Entretanto, essa notoriedade de projetos de BI
já existe há muito tempo. Então, porque os profissionais de TI e, sobretudo, da área de BI, não
conseguem evitar ou reduzir tal tipo de risco? Porque os profissionais de TI, sobretudo seus
executivos, não conseguem aprender com as falhas anteriores? Porque existe tanta divisão no
entendimento das reais necessidades de informação das áreas clientes? E, por fim, porque as
técnicas administrativas e de governança não conseguem ser aplicadas nessa área?
A importância desse estudo está em melhorar e simplificar a abordagem para os executivos da
área de TI e, sobretudo, os profissionais de BI visando "real agregação de valor" (redução de
riscos, continuidade e melhoria continua), delimitando e instituindo práticas governamentais.
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1.2 Definição do Problema de Pesquisa
1.2.1 Primeiro Problema: Pequeno Conhecimento dos Conceitos e Aplicação de
BI
A procura constante por dados, para transformarem-se em informações, passando para
conhecimento e, por fim, serem incorporadas às empresas depende fundamentalmente da cultura
e do mercado em que tal empresa se encontra. Devido a este conceito, o ambiente onde estão
inseridos os projetos de BI e, mais amplamente o ambiente de negócios da empresa, altera
constantemente.
Em um "Benchmarking" realizado anualmente pelo "The Data Warehousing Institute", com
empresas e profissionais americanos e europeus, classificou que a maioria dos profissionais
concentra-se em cargos da média ou do alto escalão das empresas: cerca de 82% dos profissionais
distrinuem-se entre a diretoria e gerência das empresas. Comparativamente, ao Brasil, em outra
pesquisa realizada pela ITWeb, mostra a inversão desse resultado: quase 70% dos profissionais
de BI centram-se como analistas.
Tabela 1: Pergunta da Pesquisa "Benchmarking"
Which best describes your role?BI director or program managerBI project managerArchitectBI strategic consultantSubject matter expertBI sponsor 4%Business requirements analystReport developerDW or database administratorOtherData modelerETL developerQuality assurance (testing)
36%16%16%6%4%4%3%3%3%3%2%2%1%
Fonte: "The Data Warehousing Institute"
Ainda comparativamente: enquanto que nos Estados Unidos e nos países europeus, quase 70%
dos profissionais possuem mais de 8 anos de experiência; no Brasil, quase 85% está concentrado
em 5 anos de experiência.
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Tabela 2: Pergunta da Pesquisa "Benchmarking"
How many years of BI experience do you have?0–2 years3–5 years6–8 years9–10 years10 years or more
9%22%21%20%28%
Fonte: "The Data Warehousing Institute"
Apesar dessas circunstâncias, ainda percebe-se outra inversão de valores no Brasil: enquanto que
o Gartner mostrava que o mercado mundial de BI deveria crescer cerca de 17% em 2.010 no
mundo; no Brasil, esse mercado tem demonstrado crescimento cada vez menor, até com períodos
de depressão. Em uma reportagem do IT Web: "Depois de um ciclo forte de crescimento, o mercado
brasileiro ultrapassou a barreira de US$ 200 milhões já em 2.008. Mas,... os projetos de aplicativos de inteligência de
negócios não escaparam dos cancelamentos vivenciados ao longo desse ano e cortes nos orçamentos.”.
Figura 1: Quadrante Mágico do Gartner para Plataformas de BI
Comumente o tamanho do mercado de BI é medido como função do "pipeline" das empresas
"vendedoras de software", ou seja, não há uma pesquisa que, independente da ferramenta,
verifique a satisfação e os resultados alcançados por esse tipo de projeto.
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Daqui conseguimos determinar o primeiro problema encontrado: mesmo para os profissionais da
área de BI, os conceitos e as delimitações desses projetos ainda não estão bem claros para a
grande maioria dos profissionais no Brasil e na América latina.
1.2.2 Segundo Problema: Falta de "Cultura” das Empresas em BI
No mesmo "Benchmarking" do "The Data Warehousing Institute" foi feita a seguinte questão:
"onde a equipe de BI das empresas está concentrada?". 78% dos respondentes mostraram os
Estados Unidos e Canadá como resposta; e 11% na Inglaterra, França e Alemanha. De um total
de mais de 150.000 respondentes, apenas 3% disse que os profissionais estão alocados no México
ou na América do Sul. Analisaremos então: 78% dos entrevistados estão concentrados em dois
países; 11% em três países, sendo que 3% estão distribuídos em mais de 10 países. A mesma
pesquisa ainda mostra que 36% dos profissonais de BI estão concentrados em médias empresas.
Supõe-se que no Brasil, 90% dos respondentes estão em empresas de grande porte, filiais das
empresas de grande porte nos Estados Unidos ou Europa.
Tabela 3: Pergunta da Pesquisa "Benchmarking"
Where is your BI/DW team primarily located?U.S.EuropeCanadaAsiaMexico, Central/South AmericaAustraliaAfricaMiddle East
69%11%8%4%3%3%2%1%
Fonte: "The Data Warehousing Institute"
A conclusão está no fato de nos países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra a cultura do
Data Warehouse e do BI está mais difundida, sendo que boa parte dos profissionais e dos
projetos já está mais difundida para empresas de médio e pequeno porte. No Brasil e na América
latina, ainda permanece como refém da cultura e das metodologias daquelas regiões. Outra
questão é que, em função dos profissionais que se destacam e permanecem nesse mercado,
dificilmente permanecem no Brasil ou na América latina, normalmente dirigindo-se para países
como Estados Unidos e da Europa, o que implica dizer que os profissionais não permanecem no
Brasil suficiente par difundir e perpetuar a cultura de BI.
4 / 42
1.2.3 Terceiro Problema: Concorrência e Globalização Levaram BI ter Menos
Importância que Outros Projetos
A globalização, para o mercado de BI não se traduziu em maiores investimentos. O número de
companhias "fornecedoras de ferramenta de BI” reduziu-se para menos da metade. Como é
mostrado na tabela abaixo; ou seja, a redução do número de companhias, clientes das empresas
fornecedoras de software de BI, e a "obrigação cada vez maior" por transparência fez com que
outras oportunidades surgissem, concorrendo diretamente com o mercado de BI. Isso é explicado
pela facilidade de acesso às informações; ou seja, as empresas foram obrigadas a criar esquemas
de comunicação cada vez mais perfeitos, reduzindo-se a necessidade de projetos de BI. Os
processos de integração e de globalização foram concorrentes e não icentivadoras dos projetos de
BI.
Outra questão da movimentação do mercado, e é provado pela tabela abaixo, as aquisições de
maior valor, excceção única para a aquisição do Hyperion foram feitas por empresas com
nenhuma ou participação pequena no mercado de BI. Atualmente, tais aquisições foram feitas
para descontinuidade dos produtos ou para "ser suporte" de outros softwares, tal como a
aquisição da Business Objects pela SAP, que serve como ferramenta de relatório para seu ERP.
Assim, a indentificação do terceiro problema: ao mesmo que a evolução tecnológica, a integração
entre as companhias, e a necessidade de novas e maiores infraestrutura introduziu novas
variáveis, também criou fatores e tendências difíceis de serem percebidos pelos profissionais de
TI e, em especial, do mercado de BI.
Essa situação não poderia ser surpresa para esses profissionais, uma vez que uma das vertentes
desse mercado é o "mining", ou mineração de dados, para descobrir tendências e determinar o
peso dos fatores que determinam ou influenciam o mercado, bem como quais os fatores internos
das empresas para tratar dos respectivos ambientes de negócio.
5 / 42
Tabela 4: Principais Aquisições de Empresas de BI em 2.009
DATA AQUISIÇÃO EMPRESA QUE COMPROU EMPRESA COMPRADA
Jan/2009 Epiphany Orange
12/nov/2009 IBM Cognos
5/set/2009 Cognos Applix
7/set/2009 SAP Business Objects
Jun/2009 Business Objects Cartesis
8/mai/2009 SAP OutlookSoft
1/mar/2010 Oracle Hyperion
Fonte: ZDNet, artigo publicado sobre: " Business intelligence success, ROI, and failure"
1.2.4 Quarto Problema: Necessidades Técnicas Maiores que as do Negócio
O quarto problema é uma consequência direta do primeiro, uma vez que a grande maioria dos
profissionais no Brasil está concentrada em setores operacionais da empresa e não em cargos
eletivos.
Isso indica que:
1. Não existe departamento ou área específica, bem como profissionais de alto escalão de
BI: o que torna a função básica desse tipo de projeto, qual seja: analiasar e dar
entendimento às nessidades e os resultados da área de negócio atendida, voltado para o
"segundo plano"; outra consequência direta é a falta ou pequeno suporte do alto escalão
de TI para os projetos de BI.
6 / 42
2. Falta de cultura em BI: o principal resultado disso é o fato de anteciparmos e também
desordenarmos as ações para o amadurecimento do mercado e dos seus profissionais. Em
uma entrevista retirada de um artigo da ZDNet, "Business intelligence success, ROI, and
failure" o vice-presidente da empresa "Information Makers", Michel Corcoran, traduz o
que ocorre nos Estados Unidos: "Most BI initiatives fail because organizations make
large investments to equip a small number of back office analysts with BI capabilities",
resumindo, o pequeno investimento em "back office" especializado em BI é uma das
principais causas desses projetos falharem. É necessário notar que estamos falando de um
mercado onde a média de anos de trabalho com BI é de 8 ou mais anos (veja tabela 2). No
Brasil, mais uma vez a situação é diferente, em diversos artigos da internet e da revista
"forumIT", mostra que a preocupação atual dos profissionais de TI, especificamente com
relação aos projetos de BI está na definição da infra-estrutura e na formação de uma
equipe de "back office". Isso é um claro indício de antecipação das fazes do processo de
aprendizado em relação a BI.
3. Redução cada vez maior das equipes de BI: isso é uma tendência mundial. Veja a tabela
abixo:
Tabela 5: Pergunta da Pesquisa "Benchmarking"
How many distinct BI/DW teams exist in your organization?
1 team2 teams3 teams4 teams5 teams6–10 teams10 or more teams
35%23%13%8%8%6%7%
Fonte: "The Data Warehousing Institute"
Como as empresas acreditam consolidar as operações de BI/DW para toda a empresa, a maioria
(58%) mantém apenas uma ou duas equipes distintas de BI. O interessante é notar que em 2009,
referente aos números apresentados neste trabalho, à média do número de equipes era de 4,5; em
2008 a média era de 5,5, um redução de 18% em um ano.
7 / 42
Isso é um indicativo da continuidade dos problemas encontrados nos países onde existe pequena
cultura para projetos de BI, tal como o Brasil; já que essa tendência demonstra-se consolidado
nos Estados Unidos e na Europa, pois acontece desde 2006, anterior à crise economica;
resumindo-se existe a tendência de que continuemos com foco na infra-estrutura e no back-office
de BI, sem considerar as reais necessidades do negócio.
1.2.5 Quinto Problema: Falta de Método para Averiguação das Tendências e
Adaptação às Necessidades de Negócio
Desde que as empresas tenham como política adaptar-se às novas tendências de mercado, a
aplicação de método e da transparência administrativa, bem como foco no resultado de projetos
torna-se a principal parte do ambiente de negócio da empresa e, em particular, da área de TI.
No artigo de Emilia Belucci, de junho de 1999, intitulado "All techniques for modeling legal
negotion, proceedings of the 7th international conference on artificial intelligence and law",
mostra que, para tornar tais tendências e tomar ações corretivas ou de resultado perante elas, as
empresas necessitam concentrar-se na interpretação das necessidades dos seus reais clientes;
adaptar tais necessidades em vantagens tecnológicas construir uma base de conhecimento que
permita rápida adaptação, correção ou resultado.
Esse artigo é esclarecedor no que tange à ordem da situação: primeiramente é necessário entender
as necessidades dos verdadeiros clientes, e, somente depois de ter isto esclarecido, passar a
desenvolver a solução ou adotar produtos de tecnologia.
1.2.6 Questão Principal
A questão que motivará esse trabalho será: porque projetos de BI falham e como podemos
transformá-los em projetos rentáveis adequados às metodolias de governança de TI?
1.3 Objetivo
1.3.1 Objetivo Geral
Identificar e propor práticas relevantes para focar e direcionar a utilização do BI (Business
Intelligence) para gestão e identificação das necessidades de negócio.
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1.3.2 Objetivos Específicos
Revisar literatura em busca de embasamento conceitual sobre governança e a aplicação de
BI.
Estudar o processo específico de negócio e sua aplicação para o desenvolvimento do
método a ser proposto.
Estudar os processos de decesião de marketing e as melhorias que podem ser agregadas
ao processo.
Identificar e propor “templates” e práticas relevantes para a aplicação de BI na gestão da
área de negócio selecionada, qual seja: vendas e marketing.
1.4 Foco e Limitações
Como função de entender e propor uma nova metodologia, escolheremos como foco o
departamento que mais utiliza e demanda projetos de BI, segundo a pesquisa "Benchmarking" do
"The Data Warehousing Institute".
Uma das questões apresentava a seguinte resposta:
Tabela 6: Pergunta da Pesquisa "Benchmarking"
Which department(s) does your BI team support?
Marketing/SalesFinance/accountingExecutive teamOperations/productionInformation technologyAdministrationAudit/complianceHuman resourcesServiceInventory/warehousingResearch and developmentLogistics/shippingProcurementDesign/engineeringOtherLegalCommunications/PRManufacturing
97%76%59%56%51%38%36%33%30%26%22%21%19%19%18%18%16%16%
Fonte: "The Data Warehousing Institute"
Dessa maneira, o foco do nosso estudo estará voltado para as necessidades de negócio para a área
de vendas e marketing, visto que quase a totalidade das empresas e profissionais pesquisados
adota BI para esta área, sendo que todas as demais áreas poderão se benficiar da metodologia.
9 / 42
Além disso, outra razão para a escolha dessa área está no fato de que os fatores de mercado e
internos da empresa ocorrem primeiramente nela, sendo que as estratégias do uso das
informações é relativamente homogênio, ou seja, independe do mercado e da natureza da
empresa.
Logo a adoção desse método por outras áreas deverá sofrer adaptações, e os resultados esperados
podem não ser generalizados.
Este estudo também não tem a pretenção de comparar métodos utilizados em empresas grandes
ou pequenas, bem como por países de qualquer região do mundo. Entretanto, parte da pesquisa
desenvolvida troxe respostas, na sua grande maioria do Brasil e dos Estados Unidos.
1.5 Metodologia
1) Pesquisa Exploratória
2) Pesquisa de Opinião
3) Case Study
2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
2.1 Escolha do Assunto
A dinâmica empresarial é cada vez mais rápida e complexa, com dificuldade em prever ações. A
maior dependência por informações também obedece este quesito. Entretanto, este aspecto é
extremamente amplo e existem diversas maneiras para solução ou suporte inteligente de ações.
A conseqüência direta é o fato que os “verdadeiros clientes” (1) de BI especializam-se em
diferentes ferramentas para acessar as informações, que sem objetivos declarados, falha de
infraestrutura ou de método tornam-se uma tarefa muito difícil para a maioria dos clientes, que
possuem limitado tempo disponível; muitas vezes especializando-os em “caçadores de erros de
dados”.
__________
(1) “Verdadeiros clientes” são as pessoas que, podendo não ser “sponsor ou satackholder”, utilizam informações para tomada de decisão ou
suporte a ações.
Aquelas estruturas são as usuais em empresas nacionais ou localizadas na América latina.
10 / 42
Os relatórios construídos ou apresentados naquele tipo de ambiente geralmente apresentam-se
como “velhos”, ou seja, frequentemente estão desatualizados às necessidades do negócio; além
disto, esses ambientes não permitem ao negócio antecipação ou análise de situações futuras.
Dessa maneira, as pessoas tomam decisões com informações incompletas ou, na maioria das
vezes, sem qualquer informação.
Um recente estudo realizado pelo IDC (International Data Corporation), entitulado “The
Financial Impact of Business Analytics” (“O Impacto Financeiro das Análises de Negócios” –
IDC, 2.009), confirma que muitos executivos de gerentes sabem: as iniciativas de BI incorporam
valor a todas as iniciativas das empresas. O estudo mostrou que as implantações de BI com foco
nas análises de negócio geraram em média um retorno de 431%. Adicionalmente, quase 63% das
empresas que participaram o estudo apresentaram um “payback” de dois anos ou menos.
2.2 Definindo BI e Aspectos Específicos de Governança
Segundo Inmon, no livro Corporate Information Factory, BI é uma arquitetura lógica cuja razão
de sua existência é propor inteligência à administração, conseguida através dos dados
operacionais das diversas áreas de negócio.
Trata, portanto de uma definição técnica, que pode ser aplicada a qualquer tipo e tamanho de
empresa, desde que tenha como objetivo construir sistemas de suporte a decisão. A figura abaixo
mostra como Inmon idealiza a sua “Fábrica de Informações Corporativas”.
Figura 2: Arquitetura segundo “The Corporate Information Factory”
11 / 42
A arquitetura acima consiste em dois agentes: os “produtores de dados” e os “consumidores de
dados”. Os produtores de dados capturam os dados (integração e transformação) dos sistemas
operacionais e sua reunião em uma base de dados com formato de fácil conceito, uso ou consumo
pelos “consumidores de negócio”. Os “consumidores de dados” adquirem as informações
produzidas e manipuladas nesse ambiente tecnológico.
Outro autor amplamente utilizado e consultado sobre projetos de BI é Ralph Kimball. Kimball
não fez qualquer definição do que é BI nas literaturas utilizadas para este estudo (The Data
Warehouse Lifecyle Toolkit e Data Warehouse Toolkit); entretanto, podemos tirar algumas
conclusões baseado naquelas obras: Business Intelligence (BI) é uma técncia computacional
utilizada para conhecer, aprofundar-se e analisar dados de negócio.
Kimball salienta ainda mais as condições técncias do que Inmon; na sua arquitetura ele salienta as
condições e particularidades das fontes de dados e/ou sistemas fontes (source data or/and source
system), ETL (extraction, transformation and load), dados de teste (data staging área), modelos
dimensionais (dimensional model) e apresentação dos dados e análises (presentation área).
Figura 3: Arquitetura de BI segundo Ralph Kimball
12 / 42
Os requisitos de negócio são partes integrantes da metodologia de qualquer um dos dois autores,
entretanto os processos de governança, o suporte financeiro e independência financeira, e a
adequação aos objetivos da empresa que cada projeto, ou iniciativa, fica a cargo de cada gerente
ou responsável.
Howard Dresner lançou o termo BI para o mercado, enquanto estava empregado pelo Gartner
Group. Segundo Dresner o conceito de BI está na diferença existente entre DSS (decision support
system) e EIS (executive information system), ou seja, é um sistema focado em análises
quantitativas e que pode ser utilizado por uma variedade de profissionais.
Dresner resumiu boa parte das preocupações da evolução do mercado de BI em uma entrevista na
computerword em outubro de 2006, ou mais de 17 anos após o surgimento daquele termo
(http://www.computerworld.com/s/article/266298/BI_at_age_17?). Segue parte da entrevista com
Howard Dresner:
Computerworld: As melhorias tecnológicas fizeram BI ser prontamente adaptáveis?
Dresner: Possivelmente, possivelmente não. [O verdadeiro requisito] está mais em trabalhar os
valores a serem agregados. Atualmente você consegue encontrar BI para necessidades
particulares ou parcialmente particulares, significando que está pronto para ser instalado, mas as
pessoas não conseguem utilizar. Nós disponibilizamos às pessoas uma ferramenta e um sistema
[e simplesmente] “fazemos uma oração”... Ainda não atingimos o nível de dar aos usuários a
visão de seus negócios. [Caso o grande foco do BI em uma empresa for, por exemplo,] descobrir
os custos de uma linha de produtos de perfume. [Então] você necessita descobrir o que
aconteceu: foi um erro [administrativo]? [Como parte da pesquisa junto com os gestores,
deveríamos descobrir se] É uma tendência? Ao invés disso [fazemos o seguinte], “aqui está a
ferramenta, eu espero que você descubra alguma coisa impactante”...
Computerworld: O que sustenta a adoção de BI?
13 / 42
Dresner: Não é tecnologia. É a cultura e a organização [das empresas]... As informações estão
cada vez mais sofisticas e inteligentes. Se pudéssemos avançar rapidamente em uma máquina do
tempo e pegar o software do prazo de cinco anos, ele ainda não aumentaria a taxa de aprovação.
Devemos transformar o BI em uma questão de governança, dar transparência às informações. Os
gestores de segundo nível [das empresas] estão preocupados em perder “poder de decisão”
disponibilizando para outros seus dados e informações... [E] as pessoas terem acesso [às
informações] que elas necessitam.
Através dessa entrevista, Dresner, um autor mais atualizado, demonstra outros fatores que
necessitam fazer parte para que os projetos de BI tenham sucesso. Esse é um dos aspectos que
estaremos tratando neste trabalho, qual seja facilitar, alinhar e dar transparência às necessidades
de informações que deverão ser pesquisadas e divulgadas.
Em função dos aspectos descritos nos parágrafos anteriores, e para andamento deste trabalho,
adotaremos outra definição para BI, que se aproxima da definição de Dresner:
BI é uma manifestação da cultura e da organização empresarial, voltada exclusivamente
para garantir os resultados e objetivos manifestados pelos seus dirigentes, ou aquilo que
sustenta e suporta as políticas e procedimentos para os usuários de negócio. Dessa maneira,
o “verdadeiro cliente” de BI é aquele que permite mapear, pesquisar e divulgar de forma
responsável e de resultados suas necessidades de dados e informações. Isso permite criar
objetivos comuns, remediar e corrigir as inconsistências de objetivos e dados (qualificar),
compartilhar, agregar e alavancar valores ao negócio, cumprir metas e objetivos
estratégicos. Em suma, BI é uma manifestação da estrutura organizacional, que
supervisiona e amplia a utilização de dados, informações e conhecimentos sob a forma de
análises e relatórios como um ativo da empresa.
2.3 Atual Desenho do Processo de BI nas Empresas Nacioanais ou Latinas
Como as empresas desenham e implantam seus projetos de BI atualmente?
Primeiramente, as empresas procuram examinar a infraestrutura disponível, com pequenas
preocupações às necessidades e aos objetivos de curto e longo prazo.
14 / 42
Dessa maneira, fica mais fácil definir os níveis de investimento necessários em termos
financeiros, bem como individualizar, particularizar ou ampliar os investimentos, podendo ser
dividido em departamentos, ou fazer para toda a empresa.
Em terceiro lugar define-se parcerias internas e externas, utilizando-se de métodos de seleção.
Finalmente, as decisões de investimento e os objetivos que deverão ser atingidos, podendo ser ou
não de negócios, são definidos via comitê.
O método atualmente utilizado pelas empresas brasileiras e sul americanas para o
desenvolvimente e aplicação do BI demonstra-se longe das necessidades de negócio propriamente
ditas, ou seja, levam pouco em consideração os objetivos da empresa (onde quer chegar, como
chegar, para que chegar lá, quando chegar) ou mesmo da área ou do deparramento, causando
sempre “reconstruções” ou falta de consistência nos objetvos e nas medidas (métricas, índices, e
indicadores) utilizados para medir o desempenho ou prever ações futuras.
Uma ilustração da falta de integração entre as “reais necessidades de negócio” e o
desenvolvimento do projeto de BI pode ser exemplificada pelo “framework” adotado pela
microsoft para sua solução de BI, que segue os ensinamentos de Kimball, ou seja, apesar de
existir a fase de “levantamento de requisitos” esses estão sempre focados nas questões técnicas,
sem a preocupação da eficácia que o levantamento de informações deveria trazer.
A seguir um breve resumo do conceito utilizado pela Micorsoft retirado do “Microsoft BI Stack –
Software Evaluation Guide”. Pelo início do texto a seguir, deve-se levar em consideração as
“necessidades do negócio”, mas os passos adotados são totalmente voltados para a implantação
do produção, uma vez que o documento, de 71 páginas, apenas uma página trata apenas dos
conceitos dos processos de negócio que devem ser levantados e melhorados. Veja a seguir:
O BI (Business Intelligence) cumpre uma promessa simples: melhorar o desempenho dos
negócios aprimorando a tomada de decisões em toda a organização. Quando você tem certeza
de que sua visão dos dados corporativos é sólida, bem fundamentada e completa, pode esperar
que suas decisões o ajudassem a criar vantagens competitivas e alcançar os objetivos
corporativos.
Mas para que o BI atinja seu potencial, ele deve ter a flexibilidade e a funcionalidade
15 / 42
necessárias para se estender do indivíduo à equipe e à organização. O BI também deve
responder às diferentes necessidades de seus funcionários e levar em conta todas as informações
- estruturadas ou não, que você usa para tomar decisões.
Microsoft BI oferece tudo isso por meio de três passos básicos que proporcionam confiança na
tomada de decisões em todos os níveis de sua organização.
Passo 1: Forneça Dados de Qualidade
A base de uma solução de BI bem-sucedida é formada por dados confiáveis que as pessoas
podem acessar e entender facilmente. Microsoft SQL Server 2008 é a plataforma de BI que reúne
todos os seus dados, não importa onde eles residam, e ajuda a melhorar seus processos. O SQL
Server 2008 oferece um mecanismo comprovado e "enterprise-ready" que armazena quantias
enormes de dados, escala até as maiores necessidades corporativas e tem suporte para altas
cargas de consulta, alto desempenho e clustering.
...
Passo 2: Tenha uma Visão Mais Clara e Melhore a Tomada de Decisões
Para que os funcionários trabalhem em equipe, você tem que dar a eles um modo de reunir todas
as informações necessárias — estejam elas em emails, na Internet, em uma fonte de dados
corporativa, em uma conversa no corredor ou em qualquer outro lugar.
A Microsoft fez um enorme investimento no 2010 Microsoft Office System, melhorando a
integração e a funcionalidade para que você possa, continuamente, analisar, visualizar e obter
uma visão clara dos dados por meio do ambiente já familiar do Microsoft Office.
Ferramentas de relatório e análise ajudam os profissionais da informação a acessar e investigar
os dados necessários para melhorar suas decisões.
Passo 3: Alinhe as Decisões às Metas da Empresa
Os dois primeiros passos ajudam as pessoas a tomar decisões como indivíduos. Este passo
melhora a tomada de decisões no nível corporativo em toda a organização. Você pode usar o
conjunto integrado de ferramentas do Microsoft Office PerformancePoint Server 2007 para
construir um programa abrangente de gerenciamento de desempenho com suporte para
16 / 42
processos de tomada de decisão organizacional.
O Office PerformancePoint Server 2007 foi construído para dar suporte a cenários corporativos
e empresariais — do setor de vendas até o RH, o de operações e o de finanças. A tomada de
decisões tem agora um contexto maior, que captura as operações de toda a empresa.
O gerenciamento de desempenho controla as ferramentas, as aplicações e os dados envolvidos
na tomada de decisões, ajudando a alinhar estratégias, pessoas e processos.
O Resultado: Revele o Potencial de Seus Funcionários
Os indivíduos têm acesso a dados de alta qualidade. Podem tomar decisões mais bem
fundamentadas e ter certeza de que elas estão de acordo com os objetivos da empresa. Microsoft
BI suporta ambientes de negócios, desde pequenas empresas até as grandes corporações. Ele
cresce junto com você, e o investimento é pequeno se considerarmos o resultado: a confiança
que o ajudará a construir o sucesso de sua empresa.
Se você vai revelar o potencial de todos os seus funcionários, suas equipes e sua organização
precisa de algo maior que uma ferramenta, uma fonte de dados ou uma aplicação. Você precisa
de uma solução de BI que proporcione flexibilidade com a segurança, a administração e a
centralização que o departamento de TI requer para realizar seu trabalho. E tudo isso pode ser
adquirido a um preço que permite comprar as ferramentas e aplicações para todos em sua
organização.
A solução de BI da Microsoft oferece uma gama completa de ferramentas de BI pessoais,
organizacionais e para equipes, estreitamente integradas e que funcionam do modo que você
conhece hoje.
...
Você também deve considerar um breve exercício de melhoria dos processos internos como
parte da implementação [implantação] dos sistemas. Normalmente, isso faz parte de um projeto
de implementação [implantação] de sistemas, mas não conduzido de forma estruturada.
Recomendamos que as empresas adotem um método com enfoque na melhoria dos processos,
considerando os quatro passos a seguir:
17 / 42
Fonte: Microsoft BI Stack – Software Evaluation Guide
2.3.1 Influência Economico-financeira do Estilo Adotado pelas Empresas
Nesta parte, tentaremos demonstrar como a dependência de fornecedores terceiros influencia o
mercado e a sua contribuição para a difusão dos conceitos e das aplicabilidades do BI – Business
Intelligence.
Tabela 7: Estimativas do faturamento mundial com BI para 2009 (Milhões de US$)
Companhia 2009Market
Share em 2009 (%)
2008Market
Share em 2008 (%)
Crescimento 2009-2008 (%)
SAP 2.084,1 22,4 2.096,1 23,4 -0,6
Oracle 1.351,1 14,5 1.284,0 14,4 5,2
SAS Institute 1.324,6 14,2 1.286,6 14,4 3,0
IBM 1.135.6 12,2 996,5 11,1 14,0
Microsoft 739,1 7,9 681,5 7,6 8,5
MicroStrategy 295,0 3,2 280,0 3,1 5,4
Outras 2.392,4 25,7 2.322,3 26,0 3,0
18 / 42
Total 9.321,9 100,0 8.946,9 100,0 4,2
Fonte: Gartner (abril de 2010)
Tal qual descrevemos anteriormente, o mercado de BI é inteiramente formado e medido como
função do “budget” das empresas fornecedoras de ferramentas de análise. Isto traz como
consequência:
BI, tal qual é exigido pela governança empresarial e a governança de TI, não foca somente
a visualização dos resultados. Trata e sustenta a política e a estrutura organizacional,
conforme definimos na parte de definição de BI.
Como propriedade das empresas de pesquisa, tal qual formar opinião a respeito de
diversos assuntos, as “fornecedoras de software” acabam sendo as mais procuradas e,
portanto, influenciando e gerando os conceitos a respeito de BI.
Para verificar a real interferência desses fornecedores no mercado de BI, realizamos uma
experiência utilizando as técnicas do tipo "Zero Intelligence Plus" (ZIP), onde, segundo David
Cliff [Cliff, 1997], os comportamentos dos fornecedores (área de TI das empresas) e
consumidores (clientes das áreas de TI) podem ser simulados. Para esse estudo, entretanto,
diferentemente do que prevê essa técnica, consideraremos a presença de um terceiro agente, qual
seja, o de um "fornecedor de software de BI". Esse novo agente representa uma barreira que
impede a interação direta entre a área de TI e seus respectivos clientes.
Escolhemos a técnica do ZIP pois permite remover todas as complexidades das estratégias
traçadas pelas empresas do seu modelo, ou seja, os pedidos ou decisões sobre ferramentas ou
projetos de BI obedecem uma ordem aleatória. Dessa forma, poderemos examinar os mecanismos
do mercado de BI isoladamente, considerando somente seus participantes ou agentes.
O objetivo desta parte do trabalho é simular o comportamento dos fornecedores de ferramenta ou
projetos de BI, das empresas e dos usuários (2) (clientes da área de TI) para determinar o grau de
influência dos fornecedores no processo decisório de BI.
__________
19 / 42
(2) Para os fins deste trabalho, "cliente e consumidor" terão a mesma definição, qual seja, ” toda aquele (pessoa física ou jurídica) que adquire
algum produto ou serviço de TI para consumo próprio; "usuário" é todo aquele (pessoa física ou jurídica) que faz uso de algum tipo de serviço de
TI, podendo ser classificado de acordo com a área de interess (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumidor)
Zero Intelligence ou ZI é um algoritmo criado para verificar as estratégias adotadas pelos agentes
econômicos, no nosso caso, as áreas clientes de BI, forncedores de solução e a área de TI, para
compra ou venda de forma aleatória.
De acordo com a teoria, comercializar sob a forma de "leilões simples" traz resultados mais
eficientes no que tange a alocação de recursos. De qualquer maneira, a teoria permite que as
estratégias não atinjam necessariamente seus resultados, ou cuja venda seja realizada.
No contexto deste trabalho, o mercado que descreveremos somente tratará da estrutura com a
participação dos três agentes; embora é importante salientar que existem situações com a
participação da área de TI das empresas e dos clientes da área de TI.
No mercado de TI, cada fornecedor (intermediário ou não) ajusta seus preços baseado em quatro
fatores: (1) fornecedor ativo ou inativo, se já atingiu ou não as cotas pré-estabelecidas; os demais
fatores variam em função do último negócio feito no mercado de BI, ou seja, (2) preço do
fornecedor, (3) se a oferta foi realizada pelo fornecedor ou pelo cliente, (4) aceitação ou não da
oferta.
Quando o fornecedor está inativo, ou já alcançou suas metas, há pouco incentivo para baixar seus
preços de oferta. Essa situação, para o mercado de BI, é mais comum tendo a área de TI das
empresas como fornecedoras, isso é, se a área de TI observar redução nos preços dos projetos de
BI, esta ainda pode no próximo período ofertar seus projetos no valor do período anterior; mas se
os preços dos projetos de BI aumentaram, poderia ter realizado a transação com valores mais
elevados, a área de TI aumenta os preços de oferta antes do começo do próximo período. Assim,
somente as áreas de TI ativas em BI podem reduzir os preços desses projetos. Salientando apenas
que essas explicações também cabem para o fornecedor indireto.
Caso contrário, os fornecedores ficando na dependência dos clientes, transformando os preços
dos projetos de BI os preços tendem ao menor patamar, enquanto o preço dos clientes estará no
nível máximo. O contrário acontece se os clientes estiverem propensos a reduzir seus preços
sempre que um dos fornecedores fizer a oferta e esta serem rejeitado.
20 / 42
2.3.2 Simulação Econômica de Projetos de BI
Podemos resumir os critérios que descrevemos acima da seguinte maneira:
Sendo:
q = preço de oferta dos fornecedores
p = preço mínimo e máximo dos fornecedores
Então temos as seguintes situações:
Para os fornecedores:
o se o último lance foi aceito ao preço q
o então:
os fornecedores de BI para o qual p <= q deverão aumentar sua margem de
lucro
se o fornecedor for ativo para o qual p >= q, então haverá redução na
margem de lucro
Para os clientes:
o se o último lance foi aceito ao preço q
o então:
todos os clientes de BI para o qual p >= q deverão aumentar sua margem
de lucro
se o cliente ativo para o qual p <= q, então haverá redução na margem de
lucro
__________
21 / 42
(3) "Atravessador" possui as mesmas características do fornecedor, com características de único detentor dos produtos e dos projetos de BI. Para
este trabalho, fica caracterizado quando a área de TI atua como sócia parceira ou está presente nas negociações ou apresentado da solução.
A atravessadora afeta tanto a área de TI, quando esta atua como fornecedora de projetos de BI,
quanto os clientes. Para a área de TI, o atravessador assume os custos de disponibilização dos
projetos no mercado e possibilita que os projetos possam alcançar maior número de usuários ou
de clientes. Para os clientes, o atravessador representa maior oferta de projetos com
características diferentes, bem como aquele que disponibiliza os produtos ou a solução final de
BI. A figura abaixo ilustra a presença do atravessador.
Figura 4: Mercado de BI considerando a presença do atravessador
Se a área de TI compra a um preço PC e incorpora os serviços do atravessador ou da própria
vendendo PC+L (onde L é lucro) isso causa um impacto no mercado. O atravessador interfere
na forma como os negócios são efetuados, representando uma barreira entre a área de TI e os
clientes. A área de TI não terá mais livre acesso aos seus clientes, ou seja, o preço de mercado
será influenciado diretamente pelo atravessador.
22 / 42
Área de TI Cliente
Atravessador-
Fornecedor de Projeto de BI
Negócio-
Transação
Negócio-
Transação
A figura mostra a relação entre fornecedor e atravessador e atravessador e consumidor. A diferença entre o preço de compra do atravessador e o de compra do consumidor é o lucro do atravessador.
Área de TI Cliente
Atravessador-
Fornecedor de Projeto de BI
Negócio-
Transação
Negócio-
Transação
A figura mostra a relação entre fornecedor e atravessador e atravessador e consumidor. A diferença entre o preço de compra do atravessador e o de compra do consumidor é o lucro do atravessador.
A forma representativa de como os negócios é realizada nesse tipo de mercado é ilustrada na
figura abaixo. Sem a presença do atravessador, haveria apenas uma fase de negociação realizada
entre a área de TI e seus clientes.
Figura 5: Processo de negociação no mercado de BI considerando o atravessador
Observe que na figura acima os processos em que ocorre os processos de negociação entre o
atravessador ou fornecedor de solução de BI, não a participação do cliente da área de TI.
2.3.3 Cálculos Segundo a Teoria do ZIP - Base de Comparação
Anexo a este documento está a "planilha-base" para os cálculos.
Metodo ZIP-anexo.xls
Os parâmetros utilizados foram os seguintes:
Valores em milhões de reais
Projetos de instalação (para ferramentas) ou implantação (para projetos) completos (com
infra e manutenção)
Períodos de negociação: 5 periodos
Ticket médio (no. de ofertas pelo valor total dos projetos no período): 2,53
Autocorrelação do primeiro projeto: 0,19
23 / 42
• Negociar• Vender
• Negociar• Vender
se houver participação de atravessador
• Negociar• Comprar
• Negociar• Comprar
Área de TI
Processo de negociação
Dia iAtravessador
ou Fornecedor BI
Cliente TI
Processo de negociação
Dia i+1
• Negociar• Vender• Negociar• Vender
• Negociar• Vender• Negociar• Vender
se houver participação de atravessador
• Negociar• Comprar• Negociar• Comprar
• Negociar• Comprar• Negociar• Comprar
Área de TI
Processo de negociação
Dia iAtravessador
ou Fornecedor BI
Cliente TI
Processo de negociação
Dia i+1
Coificiente alfa (mede a inclinação da reta): 0,0011
__________
(4) "Signal-to-noise ratio" indica quanto uma informação ou uma amostra pode ser utilizada para representar a realidade de suas ocorrências.
Matematicamente é definida pela seguinte fórmula: snr=média / desvio padrão
Desvio padrão: 0,5
Snr (signal-to-noise ratio4): 4,5
A volatilidade dos preços de negócio com BI foi definida como sendo o logaritimo natural entre o
preço de venda do negócio fechado como o comprador pelo preço de venda imediatamente
anterior também do negócio fechado com o comprador.
Para o caso do nosso exemplo, ou mesmo da teoria do ZI (Zero Intelligence) não importa se o
negócio foi fechado com o mesmo cliente ou com clientes diferentes. O que estamos procurando
medir, nesse caso é a volatilidade do negócio e não a estratégia utilizada pelo cliente com
negócios de BI.
Nossa intenção nesse parágrafo é determinar o nível de variância dos preços de projetos ou de
ferramentas de BI. A técnica descrita acima é denominada de "Realized Variance", ou a medida
da volatilidade dos preços desse tipo de projeto.
Aplicando a fórmula aos dados temos o seguinte resultado:
Volatilidade no período dos negócios de BI: 0,031
Ajuste do preço em relação ao tempo (erro padrão do preço de venda para cada período da
regressão): 0,539
Coificiente beta (medida do risco ou a variação ao longo dos períodos): 0,695
24 / 42
A fase final do cálculo trata do ajuste do preço dos projetos de BI ao erro em relação ao tempo.
Esse artifício tem por objetivo finalizar o processo de "expurgo" das estratégias comerciais, ou
seja, "desazonalizar" o histórico de preços de projetos de BI. O modelo sugere o ajuste ao
processo de aprendizagem para determinar a probabilidade da sua dinâmica e medir seu grau de
maturidade.
A fórmula segundo Magdon-Ismail e Atiya (2003), (que, por sua vez cita Rogers and Satchell
(1991)), é dada por: o desvio padrão multiplado pela raiz quadrada dos seguintes atributos: preço
de cada lance diminuida por duas vezes o quadrado do coificiente alfa, somado pelo coificiente
beta. No Excel pode ser representada da seguinte maneira: desvpad*((<preco venda>-
(2*indicalfa^2)+(cov/desvpad^2)^0,5).
2.3.4 Resultado do Teste de Influência do Fornecedor de Solução de BI
Como descrevemos anteriormente, para este trabalho estaremos focando o mercado com a
presenção do fornecedor de solução de BI ou atravessador.
Para avaliar a influência da presença de atravessadores nesse mercado, foi realizado um conjunto
de experientos, em Excel, no qual também foram avaliadas diferentes estruturas de mercado.
Diferentemente do que prega a teoria do ZIP, modificamos sua técnica e introduzimos a figura do
atravessador ou do fornecedor de soluções de BI.
Dividimos nosso experimento em duas partes:
1. Atravessador sem preço mínimo de venda e seu preço máximo de compra é igual ao que o
cliente da área de TI compraria;
2. O atravessador possui preço mínimo de venda pelo menos 50% superior ao que ele
venderia em um mercado estrutura com concorrência perfeita.
2.3.4.1 Medida básica de Comparação
Construiremos uma situação básica para servir de comparação. Os parâmetros tais como
quantidade de períodos (dias, semanas, meses, ano, etc.), quantidade de agentes participantes,
quantidade de negócios realizados no período, demanda, oferta, preços de mínimo de venda e
preços máximo de compra foram definidos conforme se segue.
25 / 42
Para esta situação, foram definidos 10 agentes fornecedores de solução BI e dez áreas clientes de
TI, que realizavam o processo de negociação em duas fases durante quinze períodos. O número
máximo de negócios que poderiam ser efetuados em um único período foi fixado como nove.
Cada área cliente de TI deseja comprar uma solução por período e cada e cada agente fornecedor
oferta uma solução por período. Os preços mínimos e máximos foram pré-estabelecidos de forma
aleatória.
Os fornecedores, que neste caso podem representar o fornecedor de solução de BI ou a área de
tecologia das empresas, sem a presença do atravessador, fazem ofertas acima do preço de
equilíbrio, enquanto os clientes da área de TI fazem oferta abaixo do preço de equilíbrio.
Podemos observar na figura abaixo, que sintetiza os resultados obtidos, os negócios tendem
inferiormente a serem efetuados no preço de equilíbrio teórico. Nos primeiros períodos o
mercado encontrava-se desequilibrado, que se equilibrou posteriormente. Isso devido os agentes
não possuirem inicialmente referência de preços.
0
1
2
3
4
5
6
1 2 3 4 5
preco compra preco venda PRECO DESAZONIZADO (ou ajuste às variações)
Figura 6: Resultado final no mercado equilibrado (sem atravessador)
2.3.4.2 Atravessador sem Preço Mínimo de Venda
26 / 42
Nesta experiência, o fornecedor de solução de BI possui o mesmo teto máximo de compra que o
cliente de TI. Os parâmetros de entrada deste experimento são os mesmos do caso básico e do
cálculo segundo a teoria ZIP. No algoritmo, um dia os atravessadores fazem o papel de clientes
de TI e e no dia seguinte fazem o papel de fornecedores de solução ou de ferramenta de BI para
os clientes finais de TI. O resultado de cada dia é armazenado e então ocorre a inversão, os
atravessadores passam a vender e o teto mínimo de venda passa a ser o preço de compra. Para
cada dia de compra há um dia de venda.
Observamos que os atravessadores mesmo tendo teto máximo de compra igual ao dos clientes de
TI (ou o preço que eles desejam pagar) conseguem obter lucro, conforme a figura abaixo.
Entretanto, o lucro do atravessador foi menor do que o do fornecedor. Isso ocorre porque o preço
mínimo de venda do atravessador é maior do que o do fornecedor e o preço máximo de compra
do consumidor continuam inalterados, sendo o mesmo do atravessador. Abaixo, observamos os
negócios efetuados ao longo dos 5 períodos definidos anteriormente. Adiferença entre o preço de
venda e compra é o lucro do atravessador.
Apesar dos atravessadores terem obtido lucro na maioria dos casos, houve um momento em que
seu lucro chegou próximo de zero ou teve prejuízo. Este fenômeno ocorre porque os
atravessadores não possuem um preço mínimo de venda.
0
1
2
3
4
5
6
7
1 2 3 4 5
preco compra (com atravessador) preco venda com atravessador PRECO DESAZONIZADO (ou ajuste às variações) preco compra real
Figura 7: Resultado final no mercado com atravessador
27 / 42
A ilustração mostra os negócios efetuados pelo atravessador no período de 5 períodos. Podemos
observar claramente que sem considerar o valor real da venda, ou a venda nominal, os valores
dos projetos ou da ferramentas de BI tendem a representar sempre lucro para a indústria.
Considerando a desazionalização, entretanto, os valores e períodos de lucro são pequenos. A
curva de preço de compra é a mesma do Caso Base, com a inclusão de mais um agente, o da
compra com a presença do fornecedor.
2.3.5 Conclusão sobre a Influência Econômica do Fornecedor
Os resultados mostram que nos mercados onde não existe a presença do fornecedor de solução ou
de ferramenta de BI seus agentes são mais eficientes na distribuição e na composição dos
produtos de mercado.
O aumento ou o decréscimo dos preços ou da quantidade ofertada ou demanda interfere
diretamente nos preços reais que são comercializados atualmente.
A ação de cada agente atravessador depende unicamente da forma como está estruturado o
mercado de BI, ou da forma como as empresas nacionais passarão a comandar tais demandas.
Entretanto, para que isso ocorra é necessário que se defina o comportamento de cada agente;
sendo este um dos principais objetivos deste trabalho.
Em situações onde as informações ou a forma metodológica dos agentes agirem são distribuídas,
o uso de agentes autônomos interagindo em estruturas de mercado pode ser uma boa alternativa
para a alocação dos recursos escassos.
2.3.6 Processo Decisório para Business Intelligence
Segundo a pesquisa da TDWI, denominada "Best of Business Intelligence, A Year in Review",
uma das consequências da crise economica, iniciada no final de 2007, foi a queda de empregados
utilizarem BI para satisfazerem suas necessidades de informação ou suportar decisões. De acordo
com a pesquisa, essa queda, em relação a 2009 foi de 1%.
É necessário esclarecer que esse valor representa o uso mundial da "ferramenta (5)".
28 / 42
A onda economica atual exigiu das áreas de negócio, e em especial TI, conhecer e adequar seus
processos internos e de negócio de rápida. Especificamente de Business Intelligence exigiu
maiores investimentos em tecnologias, tanto para se adequar à evolução tecnológica, quanto para
as necessidades corriqueiras de negócio. Os exemplos disso estão a seguir:
__________
(5) Para esse caso, estamos utilizando a palavre ferramenta para designar a técnica, a tecnologia e a filosofia de BI.
On Demand BusinessTM (IBM)
Latencia zero das empresas (HP)
Informação ao alcance dos seus dedos (Microsoft)
Visão 360o. dos clientes (CRM)
Todos os fornecedores perceberam a necessidade, entretanto, a política e as empresas nacionais
talvez não estivessem preparadas para adequar-se e quebrar os "silos" de informação; ou seja, as
empresas nacionais estão preparadas para desenvolver sistemas analíticos, mas não preparadas
para disponibilizar e distribuir as informações de maneira correta a todos os interessados que
possa levar a empresa, ou mesmo o departamento, atingir seus objetivos estratégicos.
Através dessa perspectiva, verificamos a necessidade de maior aproximação e conhecer
metodologicamente os processos de negócio e os serviços e processos de tecnologia que
sustentam os objetivos de negócio.
A pequena satisfação dos usuários diretos e indiretos das aplicações de BI, combinado com as
questões mencionadas acima, faz com que haja ou aconteça conflitos diretos entre a área de BI e
a de negócio, sendo que a principal consequência é fazer com que não se consiga entender os
reais impactos dos processos analíticos para a tomada de decisão. Ao mesmo tempo para a área
de TI, em especial a de Business Intelligence, torna-se difícil determinar qual a estratégia tomar,
medir o grau de influência na estratégia de negócio, definir corretamente seu ambiente de suporte
e de decisão, falta de acuracidade e integridade dos dados.
29 / 42
Ao analisar a literatura dos projetos de BI que falharam deverá permitir desenhar o processo que
diminui ou, ao menos reduza as falhas detectadas, permitindo cada vez mais transparência nos
processos e nos dados tratados.
Abaixo o processo decisório utilizado pela maioria das empresas a respeito da implantação e
continuidade de um projeto ou de uma ferramenta de BI:
30 / 42
Feedback e avaliação de fornecedores
Análise /
avalia
ROI
ROI<0
Atualiza decisão final
Delay ROI>0
NÃO
Necessidade de Informação
Início/sugere infraestrutura
SIM
Figura 8: Processo de decisão de investimentos em BI
Fonte: "The Data Warehousing Institute"
Nossa preocupação está em determiner um processo que verifique a real necessidade dos projetos
de BI e permita a melhor adequação dos recursos (financeiros, humanos e de infra), inicialmente
em uma pequena áarea da empresa, mas que possa ser aplicada globalmente, com pequenas
adequações; e esteja em conformidade com os objetivos da empresa.
A estrutura representada pela figura nº 8, mostra que apesar de a avaliação dos fornecedores ser
feita pela empresa, esta não apresenta aptidão em completar tal processo, uma vez que a alta e a
média cúpula da empresa fica afastada dos seus próprios processos (processos de negócio), dos
processos de BI (tecnologia) e da sua real necessidade de análises.
A estrutura acima é fundamentada uma pela elevada demanda por produtos e pela queda da
demanda por serviços de Business Intelligence. A conseqüência direta é o aumento das
necessidades de infraestrutura, com a conseqüente adequação das necessidades de negócio à
infraestrutura definida.
A alteração na estrutura do processo decisório e do desenvolvimento de BI será criar maior
envolvimento do nível intermediário e estratégico das empresas, de forma colaborativa
otmizando seus objetivos.
2.4 Questões de Pesquisa
2.4.1 Pesquisa de Opinião
O constante crescimento da demanda por projeto de BI observado em períodos anteriores e da
recente queda pode indicar alguns problemas, sobretudo dos resultados apresentados por esse tipo
de projeto.
A importância desta pesquisa opinião será a de servir como diferenciador entre o que é
desenvolvido e o que é aplicado como metodologia de coleta e desenvolvimento de projetos nas
empresas nacionais; bem como poderá servir de base para verificar a necessidade e a maturidade
do mercado de BI nacional (BI serve para o cliente ou não?).
A pesquisa de opinião foi feita com a colocação de uma única questão no site LinkedIn.
31 / 42
O conjunto de respostas enviadas não permitia tabulação (apenas leitura e inteerpretação), pois
tratava-se de uma questão genérica e aberta, sem exigência de padronização, contemplou quase
24 respondentes ou comentários.
Abaixo breve planejamento para a realização da pesquisa.
2.4.1.1 Plano de pesquisa
Etapa 1: Necessidade de pesquisa
o Problema da pesquisa: qual a condição que faz Business Intelligence dar resultado
para a área de TI, em especial para a área de negócio.
o Exploração inicial: verificar para os gerentes de TI, analistas ou usuários de BI
como é possível verificar, e fazer com que demais áreas da empresa verifiquem os
resultados e benefícios dos projetos de Business Intelligence. O foco da pesquisa é
generalizado; somente foram tabulados os respondentes em empresas que estejam
estabelecidas no Brasil e que responderam até uma semana após a postagem.
Etapa 2: Planejamento da pesquisa
o Objetivo da pesquisa: reunir opiniões que possibilitem deduzir como são
conduzidos e quais os objetivos primordiais de projetos de BI.
o Questão de pesquisa: How do you evaluate BI's contribution to performance?
(como os senhores avaliam a contribuição do BI para a performance?).
o Necessidade de dados: somente as opiniões.
o Fonte primária: http://www.linkedin.com/
o Fonte secundária: não há.
o Metodologia de coleta de opinião: levantamento através da questão no site
“LinkedIn”.
Etapa 3: Coleta e análise
o Coleta, análise e entendimento das opiniões.
32 / 42
2.5 Contribuição Esperada
A relevância deste trabalho está focada substancialmente nas alterações que as empresas
realizaram nos processos de decisão a respeito de projetos de BI, onde as inovações de técnicas
de análise e as necessidades de informação e conhecimento das empresas contribuem para a
implantação de infraestruturas próprias para projetos de BI, CRM, DW, entre outros;
diferentemente que a grande maioria das empresas vendedoras de software está adotando,
focando quase que exclusivamente o apoio financeiro, necessitando urgente de alteração na
abordagem a ser apreendida nesses tipos de projetos.
O desafio de gestão estará na criação de uma superestrutura que permita entender melhor e
capturar melhor as necessidades de análise, informação e conhecimento, envolvendo, de forma
colaborativa todas as partes interessadas a fim de estabelecer sinergia nas ações ou consecução
dos objetivos.
Dando atenção para os pontos fracos levantados anteriormente e do exemplo de método descrito
neste documento, permite construir algumas metas, tais como os descritos na seção 1.3 deste
trabalho, sobretudo no que tange a identificar e propor boas práticas para direcionar e aumentas a
utilização de projetos de BI.
2.6 Detalhamento da Metodologia
Nosso trabalho está baseado numa prova de conceito sobre a infraestrutura de case-study,
iniciada com processos de pesquisa em relatórios reconhecidamente críveis.
O resultado final deste trabalho será a criação de um novo conceito, permitindo ações corretivas
anteriores à finalização do processo de BI, ou mesmo durante o processo decusório do BI, que
atualmente é altamente focado em questões técnicas (sobretudo infraestrutura disponível), na
importância e competência dos fornecedores para o mercado e nos custos do projeto, com a
interferência direta de pessoas não interessadas diretamente no processo, levando a diversos
conflitos entre os diversos “stakeholders”. Esse conflito força a criação de um método que
permita conseguir e agir em concenso entre os diversos interessados e financiadores dos projetos
de BI, ou seja, que a necessidade de concenso passará obrigatoriamente na acuracidade e
confiança das informações adquiridas no início do processo e da transparência das decisões e dos
métodos a serem empregados.
33 / 42
A questão crucial, apesar de não declarada de início, mas nos permite interpretá-la desta maneira,
será aumentar a quantidade de informações e decisões alternativas, a fim de haver maior
possibilidade de concenso entre as partes interessadas.
A primeira parte deste trabalho utilizará o método da pesquisa exploratória, a fim de descobrir o
comportamento atual do mercado e as maneiras como as empresas se comportam para a gestão,
implantação e o processo de decisão sobre projetos de BI.
Para este caso, a pesquisa qualitativa permitirá lidar e selecionar as questões levandas em capítulo
acima, permitindo combinar quais delas terá mais peso para a inclusão do “case study” ou
questão principal.
Outra questão da escolha é nossa experiência e participação direta nas negociações, definições e
andamento dos diversos processos envolvendo projetos de BI.
Uma vez firmado e confirmado os problemas desctitos, passa-se para o método do “case study”.
O comportamento dos agentes presentes nos projetos de BI, juntamento com nossa experiência
permite particularizar e comparar o método com os atualmente utilizados. Nenhum dos
stakeholders tenta maximizar os objetivos de negócio ou aqueles as quais tais projetos poderão
condizir o negéocio e, consequentemente, avaliar a real contribuição da área de TI. Normalmente
os objetivos não declarados simplificam-se em comparar os processos de TI atualmente
existentes com o projeto recém-criado, sem a maturidade necessária que permita qualquer tipo de
comparação.
Assim, a tradução para a nossa questão principal, será o de facilitar o entendimento das
necessidades de negócio, possibilitar entender os processos de negócio, desenhá-los e transformá-
los em um sistema que permita tomar decisões e guardar tais informações formando a base para o
“knowlodge base” do processo de negócio foco do projeto de BI.
Todo o processo será descrito nos capítulos seguintes, já que este capítulo trata do detalhamento
do primeiro capítulo, tentando explicá-lo de maneira mais aprofundada.
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