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PDA – PLANO DIRETOR DE AUTOMAÇÃO Diretrizes para Elaboração de Estudos de Implantação de Sistemas de Automação Industrial
1 MÁRCIO VENTURELLI
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Márcio Venturelli
PDA – PLANO DIRETOR DE AUTOMAÇÃO
Diretrizes para Elaboração de Estudos de
Implantação de Sistemas de Automação Industrial
PDA – PLANO DIRETOR DE AUTOMAÇÃO Diretrizes para Elaboração de Estudos de Implantação de Sistemas de Automação Industrial
2 MÁRCIO VENTURELLI
Quando pensamos em Automação Industrial muitas vezes nos
deparamos com muitas alternativas de mercado, muitos
fornecedores, muitas demandas internas da própria planta e até
mesmo, conflitos de investimentos, um caminho a ser adotado
é a elaboração de um PDA Plano Diretor de Automação, que
embasará a tomada de decisões de investimento, respondendo
a maior pergunta de todas, onde quero chegar com minha
automação.
Os maiores desafios quanto a elaboração de um PDA, são
responder as perguntas abaixo:
Quais são os DIRECIONADORES de Automação Industrial
de minha Planta?
Quais são os PADRÕES de Automação Industrial de
minha Planta?
Quais são os RESULTADOS esperados da Automação
Industrial de minha Planta?
Direção, Padrão e Resultado muitas vezes não são levados em
consideração na decisão de automação de uma planta,
começamos por ai, respondendo a estas questões.
Normalmente temos um dos cenários descritos:
1. Tenho uma planta em funcionamento, preciso atualizar o
sistema de automação, perguntamos:
Onde estou?
Para onde vou?
2. Vou fazer uma fábrica nova, qual sistema de automação
utilizar, perguntamos:
Onde quero chegar?
Até onde posso ir?
Estas respostas podem parecer fácil num primeiro momento,
mas no decorrer de um trabalho focado no planejamento deste
plano, você verá que há muitas variáveis a serem consideradas,
pois não se trata simplesmente de escolher uma tecnologia ou
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fabricante, mas sim de implantar um sistema onde este possa
entregar resultados ao longo de toda a sua vida útil.
Cuidado em escolher por um fabricante logo no início de um
projeto, a espinha dorsal da solução deve ser a filosofia da
automação, considerando o que se espera de resultados do
sistema, para ai sim, partir para as escolhas de mercado que
atendam às especificações.
O controle operacional de uma planta é baseado em 3
elementos, Tecnologia, Processos e Pessoas.
Ao longo do tempo, estes elementos evoluíram, passaram por
diversas transformações, e isto deve ser levado em
consideração na elaboração de um plano.
Por exemplo, na área tecnológica pensávamos em processos
automatizados e controlados de forma simplesmente local, hoje
pensamos em informática industrial e gestão industrial no
contexto de tecnologia, quanto aos processos antes eram
manuais, não havia informação e não eram padronizados, hoje
são informatizados, há procedimentos e podemos emular
cenários de produção, quanto as pessoas antes os
profissionais de planta não tinham formação, o conhecimento
era praticado pela figura do oficio e o profissional não via o
negócios como um todo, atualmente as pessoas são
qualificadas, conhecem o processo produtivo e principalmente,
veem o negócios como um todo.
Levantamos todas estas questões para colocar um termo de
importância quanto a Automação Industrial de uma planta
produtiva, com a evolução tecnológica, hoje devemos pensar
na automação como estratégica para o negócio, ela é o meio,
pois encurta os caminhos dos objetivos produtivos.
Com isso propomos um questionamento amplo sobre esta
questão, fazendo perguntas para saber até que ponto a
automação é estratégica em seu negócio produtivo:
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A automação é responsável direta pela produção?
A automação é responsável direta pela segurança?
A automação é responsável pela geração de indicadores
para tomada de decisões (operação/manutenção)?
Qual o status da Automação no organograma?
Uma vez entendendo a importância da automação na
produção, podemos justificar a importância da elaboração de
um PDA consistente e que realmente dê diretrizes de
investimento com foco em retorno, sendo assim, descrevemos
abaixo o que é um PDA:
Documento que indica onde você quer “chegar” em
quanto tempo;
Conjunto de projetos, especificações, desenhos e
descritivos de Engenharia Básica;
O documento permite gerar ET Especificação Técnica
para contratação de Engenharia Detalhada e Integração.
Os investimentos em automação seguem os conceitos de
CAPEX e OPEX, pois estão no modelo industrial, as principais
diretrizes nos dois modelos são:
CAPEX (Capital Expenditure)
o Tecnologia a Prova de Futuro
o Viabilidades Técnicas / Econômicas
o Segurança de Operação
OPEX (Operational Expenditure)
o Aumento da Produção
o Diminuição de Custos
o Elevação da Segurança
Os principais benefícios em colocar o PDA como um
documento norteador, são seguidos abaixo:
Sistematizar ações de projeto e implantação de uma TA
(Tecnologia da Automação) Estratégica, atingindo
objetivos organizacionais;
Implantar sistemas de Automação Industrial com
Tecnologia a Prova de Futuro;
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Entregar para Operação e Manutenção (O&M) sistemas
que gerem informações para Tomada de Decisões;
Na elaboração de um PDA, devemos levar em consideração as
principais dimensões da automação industrial hoje:
Segurança – é a base do sistema de controle
operacional, é o início;
Operação e Manutenção – as ferramentas devem estar
focadas para atender aos dois;
Gestão – a automação deve entregar informações para
tomada de decisões;
Conexão – todo o contexto deve estar conectado e
trocando informações por redes.
Para elaboração de um PDA, sob o aspecto tecnológico,
devemos pensar no que há de melhor e mais atual em termos
de tecnologia, isso garante o investimento ao longo do tempo e
protege o investimento.
Ainda sugerimos um exercício de “puxar” a tecnologia o
máximo que se puder, tendo como o direcionador a Industria
4.0, que é a próxima fronteira tecnológica da automação, que
está promovendo a 4ª revolução industrial, logo nossos
sistemas devem estar direcionados para isso.
Seguir um roteiro simples, mais consistente de saber onde você
está e onde você quer chegar, isso dá uma base importante
para não se perder em necessidades, pois não adianta colocar
um sistema sofisticado se não necessita, e tão importante
quanto isso, é a limitação do recurso financeiro para o
investimento, o equilíbrio de tudo isso faz um ótimo projeto de
automação.
Como vimos anteriormente, o PDA é um conjunto de
documentos, listamos abaixo os principais, lembrando que não
é uma receita, pode ter variações, mas na essência entregam
estes itens:
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Descritivo da Filosofia da Automação
Estudo de Maturidade (planta existente)
Projeto de Migração dos Sistemas Legados (existente)
Estruturação de TAG da Planta e Sistemas
Arquitetura Geral do Sistema e Subsistemas
Fluxograma e Descritivos de Malhas P&ID
Descritivo de I/O e Comandos e Intertravamentos
Descritivo e Especificação de Área Ex, SIS e Aterramento
Arquitetura e Descritivo Infraestrutura e CFTV
Descritivo do Processo com Interfaces de Operação
Encaminhamento de Redes e Painéis em Campo
Descritivo e Folhas de Dados de Instrumentos e Típicos
Especificação de Hardware e Software
Projeto e Especificação de Convergência para Gestão
Caderno de Encargos para Contratação e “Vendor List”
Requisitos de Instalação do Sistema
Plano de Gestão de Projetos do Empreendimento
Treinamento de O&M Operação e Manutenção
Para elaboração de um PDA, devemos seguir alguns passos,
vemos abaixo quais são eles:
1. Levantamento de Dados Gerais
2. Conhecimento do Processo e Tecnologias
3. Comparativos de Tecnologias Existentes
4. Fazer o Estudo de Viabilidades Financeiras
5. Elaborar os Documentos - PDA
6. Implantar as Etapas do PDA (implantação na planta)
O PDA não é um documento recente, ele sofreu evoluções ao
longo do tempo, apesar de ainda estar distante de muitas
empresas, todavia podemos descrever as principais tendências
deste importante documento:
A Elaboração de PDA estar alinhada estrategicamente ao
Negócio da Empresa;
Os PDA e PDI serem elaborados com as mesmas
diretrizes estratégicas de convergência técnica;
Os Investimento em Automação terem apelo de
aprovação através de Viabilidade Financeira.
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Podemos concluir que o esforço que a empresa emprega na
elaboração de um PDA leva a equipe a focar o entendimento
quanto ao VALOR que a Automação Industrial entregará ao
negócio, baseado em Tecnologia, Processos e Pessoas.
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SOBRE O AUTOR
FEV/2015 - R0
Márcio Venturelli trabalha no mercado de
automação industrial há 20 anos, tendo atuado
em diversos departamentos, tais como,
assistência técnica, treinamentos,
comissionamento, projetos, engenharia,
marketing e negócios.
Trabalhou em diversos projetos de implantação
de sistemas de automação de plantas de
bioenergia, transformação e manufatura, no
Brasil e no exterior.
Atualmente trabalha em desenvolvimento de
mercados e tecnologia, com foco em soluções
de sistemas de automação industrial, tendo
como diretrizes viabilidades técnicas e
financeiras, otimização e gestão industrial.
É professor universitário de pós-graduação de
automação industrial e gerenciamento de
projetos.
Membro Sênior da ISA (Sociedade Internacional
da Automação) e Presidente da Seção ISA
Sertãozinho-SP, Membro do PMI-SP (Instituto
de Gerenciamento de Projetos), Diretor de
Safety Bus da PI (Associação Profibus/Profinet
Internacional) e Coordenador do Comitê de
Automação Industrial do CEISE Br.
Graduado em Ciência da Computação –
Especialista em Automação Industrial, Pós-
Graduado em Gestão Industrial e Petróleo e
Gás. MBA em Estratégia de Negócios.
E-mail: [email protected]
http://about.me/marcio.venturelli