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Petroleiros com dilma

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Pré-sal. Petroleiros. Dilma Roussef

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Por que os petroleiros votam emDilma? A resposta, certamente, soaóbvia para a grande maioria dos tra-balhadores que viveram no gover-no FHC/Serra o desmonte da Petro-brás, a quebra do monopólio, os es-cândalos das privatizações, demis-sões, desemprego, arrocho salarial,perda de direitos e tantos outros ata-ques. José Serra foi um dos princi-pais articuladores e executores dapolítica privatista e neoliberal do go-verno dos tucanos, que mergulhouo Brasil em uma das mais profundas

crises sociais do país. Desregula-mentaram setores estratégicos, en-fraqueceram e reduziram o Estado.Aprofundaram a concentração derenda e a exclusão social.

O governo FHC/Serra tambémreeditou o autoritarismo, com argu-mentos e expedientes que lembra-vam a ditadura militar. Criminalizouos movimentos sociais, invadiu re-finarias da Petrobrás com tanquesdo Exército, demitiu e perseguiutrabalhadores, tentou calar os sin-dicatos com multas milionárias.

Todos estes motivos já seriammais do que suficientes para definiro voto dos petroleiros em Dilma.Mas, a principal questão que estáxeque nesta eleição é escolhermosnas urnas se queremos ou não darcontinuidade a um projeto populare democrático de reconstrução doBrasil, onde a Petrobrás e o pré-salsão o passaporte do país para umfuturo sem miséria, com mais e me-lhores empregos, educação, saúdee desenvolvimento para todos. Ospetroleiros dizem SIM.

Edição 962 23 a 30/10/2010P E T R O L E I R O S C O M D I L M A

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A Petrobrás (com acento, como eragrafada até o início da década de

90, antes das mudanças neoliberais quesofreu) pela qual os trabalhadores lutam –100% pública e estatal – está em processocontínuo de disputa. Tanto na relação capi-tal X trabalho, quanto na geopolítica quemove a indústria de petróleo. A Petrobrássempre foi alvo dos entreguistas. Por isso,quase virou Petrobrax no apagar das luzesde 2000, quando José Serra era ministrode FHC. Seu governo quebrou o monopólio

Serra e FHC iniciaram a privatização daPetrobrás, fragmentando a empresa em

unidades autônomas de negócio e entregando30% da Refap à multinacional Repsol, que jáhavia abocanhado a estatal argentina YPF. Ostucanos também criaram a Transpetro e pre-pararam a venda de parte da Reduc , das FA-FENs e de outras refinarias. No E&P, os in-vestimentos foram reduzidos; o CENPES e aEngenharia, desmantelados; navios e platafor-mas encomendados no exterior. O governoLula interrompeu drasticamente este processode desmonte e transformou a Petrobrás emuma das maiores empresas de energia domundo. Em 2002, os investimentos do governoFHC/Serra no setor de exploração não passa-ram de US$ 500 milhões. O governo Lula/Dil-ma elevou este montante para U$ 4 bilhões!Por isso, o Brasil tornou-se autossuficiente naprodução de petróleo e descobriu o pré-sal.

O CENPES foi fortalecido com investimen-

estatal da Petrobrás, entregou ao mercado eà Bolsa de Nova Iorque mais de 30% de suasações, sucateou e fragmentou a empresa, pre-parando-a para a privatização, leiloou blo-cos de petróleo estratégicos para o país, en-tre outros crimes de lesa pátria.

O governo Lula resgatou a Petrobrás do pro-jeto privatista dos tucanos, fortalecendo-a paraassumir o papel de locomotiva do Brasil, rumoao desenvolvimento. A Petrobrás voltou a cres-cer e fez também o país crescer. Nacionalizousuas encomendas, dobrou o número de traba-

lhadores, transformou o Brasil em autossufi-ciente na produção de petróleo, descobriu opré-sal e será na próxima década uma dasmaiores petrolíferas do mundo. A Petrobrax,que afundou a P-36, causou os maiores de-sastres ambientais do país e matou centenasde trabalhadores, é símbolo do retrocesso,de um passado que não permitiremos que serepita. A Petrobrás, com acento, fortalecida,mais estatal e mais nacional, é a reafirmaçãodo projeto político iniciado pelo governo Lulae que terá continuidade com Dilma.

Petrobrás Petrobrax

tos estratégicos, dobrou suas instalações, fezconvênios com centros de pesquisas de cercade 100 universidades pelo país afora. O par-que de refino da Petrobrás, sucateado no go-verno FHC/Serra, foi ampliado, aumentandoem mais de 15% sua capacidade. Cinco novasrefinarias estão em andamento, no Maranhão,Pernambuco, Rio Grande do Norte e no Com-

Do desmonte à autossuficiência

perj. Duas novas plantas de fertilizantes ni-trogenados também estão em construção, se-pultando o projeto tucano de privatização dasFAFENs. Soma-se a estes investimentos aentrada da Petrobrás no setor de bioener-gia, onde já é referência mundial. A empresaé hoje uma das maiores produtoras do pla-neta de biodiesel e etanol.

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A Petrobrás trans-formou-se nestesoito últimos anos emalavanca da econo-mia brasileira, ge-

rando emprego, distribuindo renda e desen-volvendo estados que antes eram margi-nalizados, como as regiões Norte e Nor-deste. A empresa, sozinha, responde pormais de 20% de todos os investimentos dopaís. Suas atividades, de forma direta eindireta, geram uma riqueza que represen-ta cerca de 12% do PIB. A renda que a Pe-trobrás cria para o Brasil é reinvestida nopaís através da maioria dos projetos doPAC. O Comperj é um dos principais exem-plos e será responsável por pelo menos212 mil empregos diretos e indiretos.

A indústria naval, que foi destruída nogoverno FHC/Serra, gera atualmente

“Os petroleiros são a pátria de capacete e macacão.Vocês são a prova viva do que o Brasil é capaz”.

Dilma Rousseff, durante sua participação na II Plenafup.

cerca de 78 mil postos de trabalho dire-tos e mais de 200 mil empregos indire-tos. Só as embarcações da Transpetrodeverão impulsionar nos próximos anosmais 40 mil novos postos de trabalho di-retos no setor naval e outros 120 mil in-

diretos. Em função da decisão governa-mental de nacionalização das encomen-das da Petrobrás, o Brasil tem hoje omaior programa de investimentos offsho-re do mundo. O oposto do que aconteciano governo FHC/Serra.

Nos oito anos do governo Lula/Dilma, os petroleiros recuperarama maior parte dos direitos usurpa-dos por FHC/Serra. Aliando mobili-zação e negociação, a categoriaconseguiu corrigir uma série de dis-torções, consolidar direitos e avan-çar em pleitos históricos, comoanistia, fim das discriminações con-tra os trabalhadores admitidos após1997, recomposição dos efetivos,mudanças na política de remunera-ção (que garantiram até 14% de gan-hos reais nos últimos quatro anos), entreoutras conquistas. Se no governo FHC/Serra, o efetivo próprio da Petrobrás foireduzido de 51 mil para 37 mil trabalha-

Anistia, recuperação de direitos,novas conquistas e ganhos reais

dores, no governo Lula/Dilma, mais de 40mil petroleiros ingressaram na empresaatravés de concursos públicos. Hoje sãomais de 76 mil trabalhadores no Sistema

Retomada da indústria nacional, geraçãode empregos e distribuição de rendaRetomada da indústria nacional, geraçãode empregos e distribuição de renda

Petrobrás, todos com direitos equi-parados, inclusive os companhei-ros da TBG e das termoelétricas.Outra grande conquista dos petro-leiros no governo Lula/Dilma foi aanistia de 88 trabalhadores arbitra-riamente demitidos por participaçãonas greves de 1994 e 1995. Soma-se a esta conquista, o cancelamen-to de 450 advertências, 270 sus-pensões e mais de 700 puniçõesocorridas em função destes movi-mentos grevistas, incluindo a anis-

tia dos dias parados. Além disso, trouxe-mos de volta aos quadros da Petrobrásmais de 1.100 anistiados da Interbrás, Pe-tromisa, Petroflex e Nitriflex.

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Nesse contexto de disputa, contra a volta das políticas neoliberais de privatização,retirada de direitos e precarização do trabalho, os petroleiros têm lado. Estão a favor dosavanços nas políticas estruturais do governo Lula, que vêm promovendo a cidadania paramilhões de brasileiros e brasileiras, antes relegados à exclusão social e à miséria, ecolocando o Brasil como um dos principais atores no cenário internacional, reafirmandosua soberania e independência. Sabemos que não podemos dar espaço para aqueles queatacam um projeto político que está mudando para melhor as condições de vida de milhõesde brasileiros e brasileiras. É necessário muito cuidado para evitar retrocessos, poissomos testemunhas vivas dos bons resultados da nossa luta e sabemos que devemoscontinuar fazendo muito mais.

Os petroleiros, portanto, entendem que é essencial seguir reconstruindo o Estado,para garantirmos o desenvolvimento sustentável, com justiça social e soberania nacio-nal. Por isso, a categoria aprovou na II PLENAFUP, realizada em junho deste ano, emBrasília, o apoio à candidata Dilma Rousseff. Desde então, os petroleiros têm estadoalerta e em luta constante para eleger a sucessora do projeto iniciado pelo governoLula. Estamos com Dilma e iremos às urnas no dia 31 de outubro de 2010 ratificar oapoio em massa da categoria à continuidade de uma sociedade justa, solidária e sobe-rana. Vamos eleger a primeira mulher a presidir o Brasil.

Ao mudar o curso da Petrobrás, o governo Lula/Dilma fortaleceu a empresa, retomou as pesquisase projetos exploratórios que foram interrompidos ou impedidos pelos tucanos/demos, recuperou aauto-estima de seus trabalhadores e garantiu a descoberta da maior província petrolífera do país. Opré-sal é tão estratégico para o Brasil que motivou o governo a alterar o modelo de concessão,herdado de FHC e que Serra quer manter. Estamos falando de uma riqueza que pode representar U$9 trilhões! É a maior descoberta petrolífera do planeta dos últimos 30 anos. O pré-sal não só fará doBrasil um dos principais produtores mundiais de petróleo, como transformará o país em uma naçãodesenvolvida e sem miséria. Os petroleiros, mais do que ninguém, sabem o risco que representarápara a soberania nacional, José Serra se apossar deste bilhete premiado.

Após oito anos de governo Lula/Dilma, o Brasil começa a recupera parte do patrimônio público queos tucanos e demos dilapidaram. No final de 2001, a participação do Estado no controle da Petrobrásjá havia sido reduzida para 55,7%. A União tinha 32,53% de participação no capital total da empresa.Até 1985, o Estado controlava 85,72% das ações votantes da companhia e 78,58% do seu capitaltotal. Ao final do governo FHC/Serra, após um contínuo processo de sucateamento, a mais estratégi-ca empresa brasileira estava dilacerada. A Petrobrás só não chegou a ser completamente privatiza-da, devido à resistência dos trabalhadores, principalmente os petroleiros, que fizeram uma greve de32 dias em maio de 1995 contra as políticas neoliberais do PSDB e PFL (atual DEM).

No governo Lula/Dilma, o Estado brasileiro aumentou para 64% sua participação nas ações daPetrobrás com direito a voto e elevou para 48% sua participação no capital total da empresa. A partici-pação acionária dos investidores internacionais foi reduzida de 37,8% para 26%. Seu atual valor demercado está em torno de R$ 378 bilhões. Em 2002, no final do governo FHC/Serra, a empresa valia R$54 bilhões. O fortalecimento da Petrobrás tornou a empresa mais estatal, mais nacional e economica-mente preparada para ser a operadora única do pré-sal.

Descoberta do pré-sal e alteraçãodo modelo entreguista de concessão

Fortalecimento da Petrobrás:mais estatal e mais nacional

Com Dilma, para o Brasil seguir em frente!

Edição Especial Petroleiros com Dilma – Boletim da FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS Filiada à CUT www.fup.org.brAv.Rio Branco, 133/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - (21) 3852-5002 [email protected] Edição: Alessandra Murteira - MTb 16763 Projeto

gráfico e diagramação: Cláudio Camillo MTB 20478 Estagiária de jornalismo: Carol Cavassa Diretoria responsável por esta edição:Anselmo, Caetano, Chicão, Daniel, Divanilton, Estér, Leopoldino, Machado, Marlúzio, Moraes, Paulo César, Silva, Simão, Sinval e Ubiraney