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Por que o carro é mais barato na Argentina e no Chile? - Veja o que as montadoras falam (e o que não falam) sobre o assunto - O Lucro Brasil não fica só na montadora, mas em toda a cadeia produtiva A ACARA, Associacion de Concessionários de Automotores De La Republica Argentina, divulgou no congresso dos distribuidores dos Estados Unidos (N.A.D.A), em São Francisco, em fevereiro deste ano, os valores comercializados do Corolla em três países: No Brasil o carro custa US$ 37.636,00, na Argentina US$ 21.658,00 e nos EUA US$ 15.450,00. Outro exemplo de causar revolta: o Jetta é vendido no México por R$ 32,5 mil. No Brasil esse carro custa R$ 65,7 mil. Por que essa diferença? Vários dirigentes foram ouvidos com o objetivo de esclarecer o “fenômeno”. Alguns “explicaram”, mas não justificaram. Outros se negaram a falar do assunto. Quer mais? O Gol I-Motion com airbags e ABS fabricado no Brasil é vendido no Chile por R$ 29 mil. Aqui custa R$ 46 mil.

Por que o carro é mais barato na argentina e no chile

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Por que o carro é mais barato na Argentina e no Chile?- Veja o que as montadoras falam (e o que não falam) sobre o assunto

- O Lucro Brasil não fica só na montadora, mas em toda a cadeia produtiva

A ACARA, Associacion de Concessionários de Automotores De La Republica Argentina, divulgou no congresso dos distribuidores dos Estados Unidos (N.A.D.A), em São Francisco, em fevereiro deste ano, os valores comercializados do Corolla em três países:

No Brasil o carro custa US$ 37.636,00, na Argentina US$ 21.658,00 e nos EUA US$ 15.450,00.

Outro exemplo de causar revolta: o Jetta é vendido no México por R$ 32,5 mil. No Brasil esse carro custa R$ 65,7 mil.

Por que essa diferença? Vários dirigentes foram ouvidos com o objetivo de esclarecer o “fenômeno”. Alguns “explicaram”, mas não justificaram. Outros se negaram a falar do assunto.

Quer mais? O Gol I-Motion com airbags e ABS fabricado no Brasil é vendido no Chile por R$ 29 mil. Aqui custa R$ 46 mil.

O Corolla não é exceção. O Kia Soul, fabricado na Coréia, custa US$ 18 mil no Paraguai e US$ 33 mil no Brasil. Não há imposto que justifique tamanha diferença de preço. 

A Volkswagen não explica a diferença de preço entre os dois países. Solicitada pela reportagem, enviou o seguinte comunicado:

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“As principais razões para a diferença de preços do veículo no Chile e no Brasil podem ser atribuídas à diferença tributária e tarifária entre os dois países e também à variação cambial”.

Questionada, a empresa enviou nova explicação:

“As condições relacionadas aos contratos de exportação são temas estratégicos e abordados exclusivamente entre as partes envolvidas”.

Nenhum dirigente contesta o fato de o carro brasileiro ser caro. Mas o assunto é tão evitado que até mesmo consultores independentes não arriscam a falar, como o nosso entrevistado, um ex-executivo de uma grande montadora, hoje sócio de uma consultoria, e que pediu para não ser identificado.

Ele explicou que no segmento B do mercado, onde estão os carros de entrada, Corsa, Palio, Fiesta, Gol, a margem de lucro não é tão grande, porque as fábricas ganham no volume de venda e na lealdade à marca. Mas nos segmentos superiores o lucro é bem maior.

O que faz a fábrica ter um lucro maior no Brasil do que no México, segundo consultor, é o fato do México ter um “mercado mais competitivo” (?).

Um dirigente da Honda, ouvido em off, responsabilizou o “drawback”, para explicar a diferença de preço do City vendido no Brasil e no México. O “drawback” é a devolução do imposto cobrado pelo Brasil na importação de peças e componentes importados para a produção do carro. Quando esse carro é exportado, o imposto que incidiu sobre esses componentes é devolvido, de forma que o “valor base” de exportação é menor do que o custo industrial, isto é: o City é exportado para o México por um valor menor do que os R$ 20,3 mil. Mas quanto é o valor dos impostos das peças importadas usadas no City feito em Sumaré? A fonte da Honda não responde, assim como outros dirigentes da indústria se negam a falar do assunto.

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Mas quanto poderá ser o custo dos equipamentos importados no City? Com certeza é menor do que a diferença de preço entre o carro vendido no Brasil e no México (R$ 15 mil).

A conta não bate e as montadoras não ajudam a resolver a equação. Apesar da grande concorrência, nenhuma das montadoras ousa baixar os preços dos seus produtos. Uma vez estabelecido, ninguém quer abrir mão do apetitoso “Lucro Brasil”.

Ouvido pela AutoInforme, quando esteve em visita a Manaus, o presidente mundial da Honda, Takanobu Ito, respondeu que, retirando os impostos, o preço do carro no Brasil é mais caro que em outros países porque “aqui se pratica um preço mais próximo da realidade. Lá fora é mais sacrificado vender automóveis”.

Ele disse que o fator câmbio pesa na composição do preço do carro no Brasil, mas lembrou que o que conta é o valor percebido. “O que vale é o preço que o mercado paga”.

E porque o consumidor brasileiro paga mais do que os outros?

“Eu também queria entender – respondeu Takanobu Ito – a verdade é que o Brasil tem um custo de vida muito alto. Até os sanduíches do McDonalds aqui são os mais caros do mundo”.

“Se a moeda for o Big Mac – confirmou Sérgio Habib, que foi presidente da Citroën e hoje é importador da chinesa JAC - o custo de vida do brasileiro é o mais caro do mundo. O sanduíche custa US$ 3,60 lá e R$ 14,00 aqui”. Sérgio Habib investigou o mercado chinês durante um ano e meio à procura por uma marca que pudesse representar no Brasil. E descobriu que o governo chinês não dá subsídio à indústria automobilística; que o salário dos engenheiros e dos operários chineses não são menores do que os dos brasileiros.

“Tem muita coisa errada no Brasil – disse Habib, não é só o preço do carro que é caro. Um galpão na China custa R$ 400,00 o metro quadrado, no Brasil custa R$ 1,2 mil. O frete de Xangai e Pequim custa US$ 160,00 e de São Paulo a Salvador R$ 1,8 mil”.

Para o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e pela Volkswagen. “As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes, donas dos maiores volumes de venda e referência do mercado”, disse.

Fazendo uma comparação grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez o que mais dita preço e o que mais distorce a relação custo e preço:

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“Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços das suas bolsas?”, questionou.

Ele se refere ao “valor percebido” pelo cliente. É isso que vale.

“O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado”, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil.

“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.

Amanhã a terceira e última parte da reportagem especial LUCRO BRASIL: “Quando um carro não tem concorrente direto, a montadora joga o preço lá pra cima. Se colar, colou”.

Leia abaixo a 1º parte da reportagem

 

Joel Leite 

27/06/2011

Lucro Brasil faz o consumidor pagar o carro mais caro do mundo

O Brasil tem o carro mais caro do mundo. Por quê? Os principais argumentos das montadoras para justificar o alto preço do automóvel vendido no Brasil são a alta carga tributária e a baixa escala de produção. Outro vilão seria o “alto valor da mão de obra”, mas os fabricantes não revelam quanto os salários – e

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os benefícios sociais - representam no preço final do carro. Muito menos os custos de produção, um segredo protegido por lei.

A explicação dos fabricantes para vender no Brasil o carro mais caro do mundo é o chamado Custo Brasil, isto é, a alta carga tributária somada ao custo do capital, que onera a produção. Mas as histórias que você verá a seguir vão mostrar que o grande vilão dos preços é, sim, o Lucro Brasil. Em nenhum país do mundo onde a indústria automobilística tem um peso importante no PIB, o carro custa tão caro para o consumidor.

A indústria culpa também o que chama de Terceira Folha pelo aumento do custo de produção: gastos com funcionários, que deveriam ser papel do estado, mas que as empresas acabam tendo que assumir, como condução, assistência médica e outros benefícios trabalhistas.

Com um mercado interno de um milhão de unidades em 1978, as fábricas argumentavam que seria impossível produzir um carro barato. Era preciso aumentar a escala de produção para, assim, baratear os custos dos fornecedores e chegar a um preço final no nível dos demais países produtores.

Pois bem: o Brasil fechou 2010 como o quinto maior produtor de veículos do mundo e como o quarto maior mercado consumidor, com 3,5 milhões de unidades vendidas no mercado interno e uma produção de 3,638 milhões de unidades.

Três milhões e meio de carros não seria um volume suficiente para baratear o produto? Quanto será preciso produzir para que o consumidor brasileiro possa comprar um carro com preço equivalente ao dos demais países?

Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, “é verdade que a produção aumentou, mas agora ela está distribuída em mais de 20 empresas, de modo que a escala continua baixa”. Ele elegeu um novo patamar para que o volume possa propiciar uma redução do preço final: cinco milhões de carros.  

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A carga tributária caiu e o preço do carro subiu

O imposto, o eterno vilão, caiu nos últimos anos. Em 1997, o carro 1.0 pagava 26,2% de impostos, o carro com motor até 100cv recolhia 34,8% (gasolina) e 32,5% (álcool). Para motores mais potentes o imposto era de 36,9% para gasolina e 34,8% a álcool.

Hoje – com os critérios alterados – o carro 1.0 recolhe 27,1%, a faixa de 1.0 a 2.0 paga 30,4% para motor a gasolina e 29,2% para motor a álcool. E na faixa superior, acima de 2.0, o imposto é de 36,4% para carro a gasolina e 33,8% a álcool.

Quer dizer: o carro popular teve um acréscimo de 0,9 ponto percentual na carga tributária, enquanto nas demais categorias o imposto diminuiu: o carro médio a gasolina paga 4,4 pontos percentuais a menos. O imposto da versão álcool/flex caiu de 32,5% para 29,2%. No segmento de luxo, o imposto também caiu: 0,5 ponto no carro e gasolina (de 36.9% para 36,4%) e 1 ponto percentual no álcool/flex.

Enquanto a carga tributária total do País, conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, cresceu de 30,03% no ano 2000 para 35,04% em 2010, o imposto sobre veículo não acompanhou esse aumento.

Isso sem contar as ações do governo, que baixaram o IPI (retirou, no caso dos carros 1.0) durante a crise econômica. A política de incentivos durou de dezembro de 2008 a abril de 2010, reduzindo o preço do carro em mais de 5% sem que esse benefício fosse totalmente repassado para o consumidor.

As montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, mostrou que algumas montadoras instaladas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes e que grande parte desse lucro vem da venda dos carros com aparência fora-de-estrada. Derivados de carros de passeio comuns, esses carros ganham uma maquiagem e um estilo aventureiro. Alguns têm suspensão elevada, pneus de uso misto, estribos laterais. Outros têm faróis de milha e, alguns, o estepe na traseira, o que confere uma aparência mais esportiva.  

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A margem de lucro é três vezes maior que em outros países

O Banco Morgan concluiu que esses carros são altamente lucrativos, têm uma margem muito maior do que a dos carros dos quais são derivados. Os técnicos da instituição calcularam que o custo de produção desses carros, como o CrossFox, da Volks, e o Palio Adventure, da Fiat, é 5 a 7% acima do custo de produção dos modelos dos quais derivam: Fox e Palio Weekend. Mas são vendidos por 10% a 15% a mais.

O Palio Adventure (que tem motor 1.8 e sistema locker), custa R$ 52,5 mil e a versão normal R$ 40,9 mil (motor 1.4), uma diferença de 28,5%. No caso do Doblò (que tem a mesma configuração), a versão Adventure custa 9,3% a mais.

O analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa, concluiu que, no geral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser três vezes maior que a de outros países.

O Honda City é um bom exemplo do que ocorre com o preço do carro no Brasil. Fabricado em Sumaré, no interior de São Paulo, ele é vendido no México por R$ 25,8 mil (versão LX). Neste preço está incluído o frete, de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil. Restam, portanto R$ 20,3 mil.

Adicionando os custos de impostos e distribuição aos R$ 20,3 mil, teremos R$ 16.413,32 de carga tributária (de 29,2%) e R$ 3.979,66 de margem de lucro das concessionárias (10%). A soma dá R$ 40.692,00. Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o México a montadora já tem a sua margem de lucro, o “Lucro Brasil” (adicional) é de R$ 15.518,00: R$ 56.210,00 (preço vendido no Brasil) menos R$ 40.692,00.

Isso sem considerar que o carro que vai para o México tem mais equipamentos de série: freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, airbag duplo, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos. O motor é o mesmo: 1.5 de 116cv.

Será possível que a montadora tenha um lucro adicional de R$ 15,5 mil num carro desses? O que a Honda fala sobre isso? Nada. Consultada, a montadora apenas diz que a empresa “não fala sobre o assunto”.

Na Argentina, a versão básica, a LX com câmbio manual, airbag duplo e rodas de liga leve de 15 polegadas, custa a partir de US$ 20.100 (R$ 35.600), segundo o Auto Blog.

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Já o Hyundai ix35 é vendido na Argentina com o nome de Novo Tucson 2011 por R$ 56 mil, 37% a menos do que o consumidor brasileiro paga por ele: R$ 88 mil. 

Leia amanhã a 2º parte da reportagem especial LUCRO BRASIL: Por que o mesmo carro é mais barato na Argentina e no Chile?

Joel Leite 

Plano da Nissan prevê 50 carros novos até 2016A Nissan anunciou um plano de negócios para acelerar o crescimento da empresa em novos mercados. O plano entra em vigor este ano e vai até 2016.

O objetivo é chegar em 2016 com uma participação de 8% no mercado mundial e um aumento do lucro operacional também de 8%.

A montadora vai colocar no mercado um carro totalmente novo a cada seis semanas durante esses seis anos, o que significa 50 novidades. O objetivo é construir um catálogo para abranger 92% do mercado.

A empresa vai ampliar o número de concessionárias de seis para sete mil em todo o mundo e no Brasil vai construir uma nova fábrica, com uma capacidade para 200 mil unidades como um primeiro passo nesse processo.

Além do Brasil, a marca irá aumentar sua presença na Rússia, na Índia, assim como "na próxima onda de mercados emergentes".

A China já é o maior mercado da marca no mundo e o objetivo é ampliar a participação, buscando 10% das vendas no país. Em 2012 a Nissan deverá produzir 1,2 milhão de unidades na China.

Os carros elétricos desenvolvidos em conjunto com a parceira Renault fazem parte desse projeto. O objetivo é vender 1,5 milhão de unidades de veículos com emissão zero em conjunto com a marca francesa.

"À medida que acelerarmos nosso crescimento, vamos trazer mais inovação e emoção aos nossos produtos, bem como carros mais limpos e acessíveis para todos ao redor do mundo, em linha com os desafios energéticos e ambientais do século 21", disse Carlos Ghosn, presidente e CEO da Nissan.

Joel Leite 

22/06/2011

O grande crescimento das pequenas

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Muitas são desconhecidas do grande público, outras são grife do mundo do automóvel, mas em comum elas têm o pequeno volume de venda e um crescimento percentual espantoso, o que mostra a disposição do consumidor brasileiro em conhecer novas marcas e apostar nas novidades e, por outro lado, investir no luxo quando tem poder aquisitivo.

Os números de venda de carros e comerciais leves este ano mostram que essas pequenas marcas duplicaram, triplicaram, quadruplicaram as vendas de primeiro de janeiro até ontem (21/6), período em que o mercado total teve um crescimento de 9,9%.

Algumas marcas, como a Jinbei, que comercializa a van Topic, têm um volume insignificante: apenas 39 unidades de janeiro a junho de 2010 e de 273 unidades vendidas este ano, até ontem. Por isso não é de admirar que ela tenha crescido 600% e ocupado a primeira posição no ranking de aumento de vendas. Mas montadoras com alguns milhares de carros vendidos, como a Chery (6.368 de janeiro até ontem) e Hafei (7.449), cresceram mais de 200% no período: 235% e 220%, respectivamente (veja quadro).

Das 14 marcas que mais cresceram acima de 50% este ano, apenas duas - Nissan (+ 77%) e Kia (+ 76%) - são de grande volume. A primeira vendeu 24.021 carros até ontem e a Kia 37.750. Veja a tabela.

Também tiveram aumento expressivo a Changan (132%), a Porsche (85%) e a Ssangyong (76%).

Observe que a presença das chinesas é constante entre as marcas que mais crescem. Das 14 que cresceram acima de 50% este ano, cinco vêm da China.

As pequenas avançando

Marca2010 (*) 2.011 (*)   Var.%

1) Jinbei 39 273 600%

2) Chery 1.387 6.368 360%

3) Hafei 2.220 7.449 235%

4) Jeep 272 870 220%

5) Changan 307 712 132%

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6) Porsche 346 641 85%

7) Nissan 13.601 24.021 77%

8) Kia 21.378 37.750 76%

9) Ssangyong 1.294 2.281 76%

10) Míni 717 1.186 65%

11) Effa 271 448 65%

12) Suzuki 1.781 2.873 61%

13) Iveco 1.413 2.220 57%

14) Volvo 1.188 1.781 50%

(*) Período de 1/1 a 21/6 

Joel Leite 

21/06/2011

Motos: preços estáveis pelo segundo mês consecutivo

Pelo segundo mês consecutivo os preços das motos zero quilômetro ficaram absolutamente estáveis: em maio a variação foi mais uma vez 0%, conforme índice AutoInforme/Molicar, que avalia o Preço de Verdade, isto é, o preço realmente praticado no mercado.

Desde a crise, no final de 2008, os preços das motos vêm caindo. No ano passado houve uma queda de 5,42% e neste ano a queda acumulada até maio é de 1,37%. A novidade é que pela primeira vez nesse período o mercado fica estável por dois meses seguidos.

Mas é cedo pra dizer que se trata de uma inversão da tendência de queda. É preciso esperar mais alguns meses para saber se essa estabilidade se confirma. Afinal, ela é resultado principalmente da estabilidade dos preços da Honda, que domina o mercado com 77,5% das vendas.

Algumas marcas com menor participação tiveram variação grande de preço. Caso da Yamaha, que teve uma queda de preço de 0,97% no mês e da Kasinski, cujos preços caíram 0,78%.

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A Dafra (+0,73%) e a Suzuki (+1,71%) tiveram aumentos expressivos em junho, enquanto a Honda teve uma alta insignificante, de 0,07% (veja o gráfico).

Joel Leite 

20/06/2011

Mercedes-Benz prepara um papamóvel híbrido

Há 80 anos a Mercedes-Benz fornece para o Vaticano

A Mercedes-Benz está construindo um "papamóvel" híbrido e deverá estar pronto para a visita do papa Bento XVI à Alemanha no final de setembro. A informação é do semanário alemão Wirtschaftswoche.

A montadora alemã informou que "por razões de confiabilidade a empresa não dá informações sobre seus clientes privados. Mas, sabe-se que o "papamóvel" foi projetado sobre o Mercedes modelo classe M, mas com motor híbrido. Sua bateria elétrica recarregável permite uma autonomia de 30 quilômetros sem emissões.

Por questões de segurança, o Papa não pode ter um carro elétrico 100%, pois em caso de ataque o veículo precisa empreender fuga rapidamente, o que não é possível com um carro com motor elétrico e baixa autonomia. O Vaticano é cliente da Mercedes-Benz há mais de 80 anos.

Joel Leite 

Recall por atacado

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A Harley Davidson está convocando donos de 18 modelos Harley e quatro Buell (marca da empresa que está fora de linha) para fazer revisões, que apresentaram vários tipos de problemas, como luz de freio, cabo de bateria, disjuntor principal, carcaça do filtro de combustível, cano de escapamento, válvula de combustível, regulador de voltagem, pneu dianteiro.

As motos Bell têm problemas na tubulação do freio dianteiro, eixo da embreagem, guia de tensão do cilindro traseiro, descanso lateral, senso do ângulo de inclinação.

No total estão envolvidas na chamada 2.480 unidades dos modelos Touring, V-Road, Sportster e Softail, da Harley Davidson e o Ulysses, da Buell. O recall começa hoje. Mais informações: www.buell.com/pt_PT/home.html, SAC (0800 724 1188). [email protected].

Joel Leite 

17/06/2011

Citroën sobe para o 7º lugar no ranking

A Citroën aumentou as vendas na primeira quinzena e obteve a sétima colocação do ranking parcial de junho. A marca francesa, de carro novo na praça, vendeu 4.336 unidades na primeira

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quinzena (onze dias úteis), ficando na frente da Honda (que despencou para a 11ª posição, com apenas 2.897 carros) e da Toyota, nona colocada com 3.224.

O C3 Picasso vendeu até ontem 109 unidades e o Aircross 894.

A Kia, com 3.796 unidades até aqui, também teve grande crescimento de vendas e está na oitava posição. O bom desempenho da Citroën e da Kia foi combinado com a queda das duas japonesas, que sofrem com os problemas de abastecimento de peças que vêm do Japão, cuja produção foi afetada pelo terremoto no país.

Joel Leite 

16/06/2011

Venda diária é a segunda pior do ano

O mês de junho não está tendo um bom desempenho de vendas como nos meses anteriores. As vendas de carros e comerciais leves na primeira quinzena estão num ritmo fraco. Foram vendidos até ontem 12.875 carros e comerciais leves por dia, contra 13.662 em maio e 14.337 em abril.

Nos primeiros onze dias úteis do mês, as vendas atingiram 141.631 unidades. Mas a expectativa é de uma reação na segunda quinzena, período sempre mais animado no mercado. E como junho tem 21 dias úteis (fevereiro teve 20 e abril 19), o mercado aposta em vendas em torno das 280 mil unidades no encerramento do mês.

Líder, a Fiat ficou com 24,1% na primeira quinzena. A Volks caiu para 19,9% e a GM ficou com 18,7%.

Joel Leite  

15/06/2011

América do Sul é desigual em vendas e crescimento

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A diferença do volume de vendas entre os países da América do Sul é tão grande que não dá pra falar num mercado regional. Veja na tabela, os dados relativos ao mês de abril deste ano.

O Brasil é o líder absoluto e distante de qualquer concorrente. É responsável pela venda de sete de cada dez carros no Continente. Em abril vendeu 272 mil, das 380 mil comercializadas na América do Sul no período. A Argentina, que se recupera de uma crise profunda, vendeu apenas 61 mil carros e o terceiro colocado, o Chile, vendeu em abril o equivalente ao que o Brasil comercializa num dia, 14,2 mil unidades.

A seguir vêm a Colômbia, 10,9 mil unidades e a Venezuela, com 8,5 mil, números muito baixos considerando que são países de importância no Continente.

Equador e Peru venderam cerca de cinco mil carros cada um em abril e ambos estão crescendo. O Peru vendeu 14,7% mais do que mesmo período de 2010, enquanto o Equador cresceu 3%.

O Uruguai vendeu apenas dois mil carros e Paraguai e Bolívia cerca de 500 cada um. Ambos estão tendo queda de vendas este ano.

Os países melhor posicionados no ranking, no entanto, estão em crescimento. A exceção é o Uruguai, que vende apenas 2 mil carros/mês, mas é o país que mais cresce: + 30,8% em abril.

O aumento de vendas mais consistente, no entanto, é da Argentina, que cresceu 26,9%, passando de 48.598 em abril do ano passado para 61.673 unidades neste ano.

Peru, Chile, Brasil e Equador crescem, enquanto a Venezuela, ao lado de Bolívia e Paraguai, experimentam queda nas vendas. A Colômbia mantém as vendas estáveis. 

Joel Leite 

Espanha discute a retirada de carro velho de circulação 

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O presidente da Associação de Concessionárias de Veículos da Espanha, Juan Antonio Sánchez Torres, quer que o governo introduza um plano no país para retirar de circulação carro com mais de dez anos de uso. Eles representam 40% da frota espanhola, segundo o dirigente. Para Juan Torres, a queda de 40% nas vendas de carros nos últimos três anos na Espanha, com o elevado número de negócios feitos com carros usados e de alta quilometragem, causou a deterioração da frota espanhola, retornando a níveis de 15 anos atrás.

O dirigente mostra que quatro de cada dez veículos que circulam nas estradas espanholas têm mais de uma década, enquanto que em 2007 - antes da eclosão da crise, o percentual de carros com mais de dez anos era de 35,6%.

Para o dirigente, o governo não pode ignorar esta realidade, "que pode ter sérias implicações para a segurança rodoviária e para o meio ambiente". Ele lembrou que um carro de 15 anos polui o mesmo que 100 veículos atuais.

Para o presidente da Ganvam é paradoxal o fato do governo incentivar a venda de veículos elétricos, tendo como discurso o fato de se "limpar" o ar, apontando este tipo de veículo como o futuro, mas não pensa em soluções realistas e urgentes que é a retirada de carros poluidores de circulação.

Juan Torres quer que o governo volte a dar incentivos fiscais, com subvenções para quem trocar um carro com mais de cinco anos por um novo. A proposta é que estes carros antigos sejam desmanchados e retirados de vez de circulação. Torres quer também, com esta atitude, aquecer as vendas e ajudar as concessionárias que empregam 278 mil trabalhadores e tem um volume de negócios de 95 milhões de euros, o que representa 9% do PIB.

Joel Leite 

14/06/2011

Kia cresceu 18,7% no mundo em maio

A Kia vendeu em maio, 207.839 veículos no mundo, o que significa um aumento de 18,7% em relação ao mesmo mês de 2010. Separando as regiões, os resultados foram: 48,4% na América do Norte (55.140 unidades), 28,8% na China (33.624 unidades), 19,2% na Europa, incluindo números da Europa Ocidental e Oriental (41.139 unidades) e 7% nos mercados gerais, que incluem as regiões da América Central e do Sul, Caribe, Ásia (excluindo China e

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Coreia), Pacífico, Oriente Médio e África (39.924 unidades), enquanto as vendas no mercado local da Coreia diminuíram 5% (38.012 unidades).

As vendas globais da empresa nos cinco primeiros meses do ano chegaram a 988.011 unidades, registrando um aumento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado. América do Norte obteve o maior ganho nesse período, com crescimento de 42,4% (226.078 unidades vendidas), enquanto as outras regiões também apresentaram crescimento de dois dígitos no acumulado: 17,6% na China (169.691 unidades), 15,9% nos mercados gerais (202.389 unidades), 15% na Europa (183.708 unidades) e 12,2% na Coreia (206.145 unidades).

O Cerato foi o mais vendido da marca, com 38.204 unidades comercializadas em maio. O Kia Sportage vem a seguir, com 28.563 unidades, enquanto o Kia Sorento, o Kia Rio e o Kia Soul venderam respectivamente 18.459, 18.191 e 17.812 unidades.

Joel Leite 

13/06/2011

Ford enfrenta JAC reduzindo preçosPromoção iniciada para combater a marca chinesa, estende-se agora para todo o País: Fiesta equipado ao preço do J3.

No último balanço mensal da Abeiva - Associação Brasileira dos Importadores de Veículos, o presidente da JAC, Sérgio Habib, afirmou que a Ford estava dando desconto em alguns dos seus carros apenas em cidades onde a JAC tem concessionária, mostrando claramente que era uma estratégia para enfrentar a marca chinesa. Habib ainda disse:

"Os carros chineses estão cumprindo um bom papel, que é de fazer com que as grandes marcas brasileiras baixem seus preços ou pelo menos não aumentem".

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Agora a Ford anuncia a sua promoção, que era válida apenas em São Paulo e Rio de Janeiro (locais de maior concentração de concessionárias da JAC), vendendo o Fiesta RoCam 1.6 completo, com air bag duplo e ABS, por R$ 37,9 mil na versão hatch e R$ 39,9 mil na versão sedã.

Oswaldo Ramos, gerente nacional de vendas da Ford, diz que "o lançamento deste novo catálogo a esse preço trouxe um aumento de mais de 263% na venda de modelos com esses equipamentos. Diante do sucesso, resolvemos aumentar a produção deste catálogo e estender a promoção para todos os cerca de 500 distribuidores no País".

Os modelos que estão nesta promoção têm ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, computador de bordo, faróis de neblina e travamento automático das portas a 15 km/h.

Joel Leite 

Deputado quer faixas exclusivas para motosArgumento é o aumento do número de mortes no trânsito: só na cidade de São Paulo morreram 478 motociclistas no ano passado.

O Supremo Tribunal Federal já considerou ilegal a lei paulista que determina faixas exclusivas para motociclistas. Mesmo assim, o deputado federal Newton Lima (PT-SP) apresentou um Projeto de Lei em Brasília que determina a criação obrigatória de faixas exclusivas para a circulação de motos em todo o Brasil.

O parlamentar também propõe a proibição do tráfego de motos e demais veículos ciclomotores entre veículos de faixas adjacentes ou entre a calçada e a pista a ela contígua. Para Newton Lima essa medida "é essencial para a segurança dos milhares de motoristas que diariamente correm grandes riscos no trânsito."

Para apresentar o Projeto de Lei, o deputado baseou-se em estatísticas sobre o trânsito brasileiro. Em 2010, as mortes de motociclistas aumentaram no Brasil 11,7% em relação ao ano anterior, enquanto o aumento da frota ficou em torno de 7,2%. Na capital paulista, levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) mostra que 478 motoqueiros perderam a vida no ano passado.

Newton Lima afirma que "entre os anos de 1998 e 2008 houve no Brasil um crescimento de 753% no número de motociclistas acidentados e o total de vítimas fatais subiu 23,9%. A engenharia de trânsito das cidades de médio e grande porte tem enfrentado o grande desafio de conciliar, com segurança e agilidade, a convivência de carros e motos. Acredito que este PL é uma solução viável para todo o Brasil".  

Joel Leite 

Alemanha exige transparência nas negociações da OpelA possível venda Opel deixou a chanceler alemã, Angela Merkel, preocupada. Ela pediu transparência à GMC nas negociações da empresa, já que correram vários boatos, entre eles que a empresa tinha sido vendida para a Volkswagen e também para uma empresa chinesa.

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Steffen Seibert, porta-voz alemão, afirmou que "a chanceler está preocupada com os trabalhadores da Opel, que foram colocados em uma situação de insegurança devido aos boatos sobre a venda da empresa".

A irritação da chanceler seria porque a GM se recusou a comentar o assunto e também não manteve contato com a chanceler ou do Ministério da Economia, para esclarecer o que estava acontecendo.

A GMC havia desistido da venda da Opel em 2009, depois de uma longa negociação coma Fiat, optando em fazer uma reestruturação drástica para voltar a ser viável economicamente, já que a empresa havia perdido US$ 1,6 bilhão no ano passado.

Um novo relatório divulgado na sexta-feira pelo site Welt Online, afirmava que a Beijing Automotive Industry Holding Co, da China, estava entre os interessados em uma aproximação da diretoria da GMC. Mas todos se recusam a fazer qualquer comentário a respeito do assunto.

Joel Leite 

09/06/2011

Marcas chinesas são maioria no mercado brasileiro- Com oito representantes, chineses ganham dos japoneses e ingleses (sete cada)- Em dois meses a JAC já é líder, com 5,6 mil unidades vendidas.- Mais uma chinesa, a Haima, começa a vender este ano.

Já são oito as marcas chinesas presentes no Brasil. Nenhum outro país tem oficialmente tantas marcas atuando no mercado interno, seja como importador, seja como fabricante. As mais próximas são as alemãs e as inglesas, ambas com sete representantes. A Alemanha tem seis e os Estados Unidos cinco (veja a lista completa)

As chinesas, em conjunto, ainda têm uma participação limitada no mercado, com volume de vendas reduzido, mas estão avançando mês a mês.

Em maio foram vendidos no Brasil 16.704 carros e utilitários chineses

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A mais agressiva delas, a JAC, lidera o ranking chinês, com 5.595 unidades vendidas até maio. É preciso ressaltar que esse número de carros foi vendido em apenas dois meses.

A Hafei é a segunda mais vendida, com 4.644 carros de janeiro a maio e em terceiro está a Chery, com 3.866. Lifan, Changan, Chana, Effa e Jinbei vêm a seguir, nesta ordem, na classificação por volume vendido (veja tabela). A Haima foi a última a chegar e começa a comercializar seus carros até o fim do ano, aumentando para nove os representantes da China no mercado brasileiro.

JAC tem 2,5% da vendas em grandes centros

O aumento de vendas da JAC em maio foi de 45% em relação a abril, crescimento que já era esperado. Foram vendidas 3.041 unidades, sendo 1.928 do hatch J3 e 1.113 do sedã J3 Turin.

Mas o mais marcante é a participação nos grandes centros, onde está melhor instalada, com maior número de concessionárias.

Em São Paulo, a JAC fechou maio com 2,28% de participação, na frente da Mitsubishi. No Rio, com 2,62%, vendeu mais do que Mitsubishi e Toyota e em Brasília superou também a Nissan, com 2,79% das vendas.

Joel Leite 

08/06/2011

Carros antigos podem ser isentos de InspeçãoOs colecionadores de carros antigos tiveram um aliado para isentar a obrigatoriedade de se fazer a inspeção veicular nos seus carros, que, por serem antigos, estão fora do limite de emissões, já que quando foram construídos não se pensava em poluição e a tecnologia não permitia os motores serem eficientes como os de hoje. O deputado Itamar Borges (PMDB) apresentou uma emenda ao projeto de lei do Executivo isentando estes carros da inspeção veicular.

Como Itamar é deputado estadual, se a lei for aprovada com a emenda, será válido apenas para carros do Estado de São Paulo. A proposta do Governo é regularizar os carros dentro do Programa Ambiental de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso no Estado de São Paulo.

O deputado quer definir e regularizar os carros antigos de coleções e filiados a clubes oficiais de carros antigos. Por isso, ficam de fora "carros velhos", mas que não sejam enquadrados em "carros antigos".

Itamar Borges afirma que "esses veículos, devido ao tempo que foram fabricados, não podem ser submetidos aos mesmos testes de emissão de poluentes que um carro novo. Geralmente os carros antigos são filiados a clubes e circulam apenas para participar de eventos, exposições e, eventualmente, para passeio. Portanto, não podem ser equiparados, nem tratados, como um veículo de utilização habitual".

Joel Leite 

Effa terá consórcio nacional

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O Grupo Effa, que vende veículos da marca Lifan no Brasil, está lançando o seu consórcio oficial. Agora, quem quiser comprar um veículo da marca basta ir até uma das 85 revendedoras Effa e 22 da Lifan.

Todos os veículos vendidos no mercado nacional pelas duas marcas poderão ser adquiridos por consórcio, neste primeiro momento, com prazos de 36 e 48 meses. O Lifan 320, que custa R$ 29.980,00 pode ser comprado com prestação mensal de R$ 740,58 no plano de quatro anos. Já o modelo Effa Picape, com custo de R$ 20.480,00, sai por 48 parcelas de R$ 507,14. Nas prestações, estão incluídos seguro prestamista (o consórcio é quitado em caso de falecimento do titular), seguro de vida e auxílio funeral. Além disso, os consorciados ainda concorrem, semanalmente, a um prêmio de R$ 5.000,00 (Título de Capitalização Bradesco).

Dos 7.248 veículos vendidos pela Effa no ano passado, 63% foram á vista e 37% financiadas. Para este ano a empresa tem a expectativa de que o consórcio seja responsável por 6% das vendas, ficando 54% em financiamentos e 40% à vista. O Grupo Effa quer fechar o ano com vendas de 35 mil veículos, sendo 20 mil unidades da Effa e 15 mil carros da Lifan.

 

Joel Leite 

Inflação do Carro: Deu deflação em maio: - 0,75%

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Ficou mais barato andar de carro em maio. Pela primeira vez neste ano a Inflação do Carro da Agência AutoInforme registrou queda nos preços dos serviços e produtos usados pelo motorista para fazer a manutenção e rodar como carro.

Houve uma "deflação" de 0,75% no mês, causada principalmente pela redução do preço do álcool na bomba. O preço do combustível caiu 9,06% em trinta dias.

No acumulado do ano o álcool continua com uma alta de 13,30%. Houve outras quedas de preço que contribuíram para a deflação no mês. O alinhamento de direção ficou 5,22% mais barato e o preço da pastilha de freio caiu 2,42%.

Na lista dos itens que mais subiram, destaque para o estacionamento mensal, + 4,83% no mês (+17,37% do ano). O jogo de velas teve alta de 3,89% e a gasolina subiu 2,77%.

O custo do uso e manutenção do carro em maio foi de R$ 991,43. O cálculo inclui todas as peças de reposição, serviços, impostos, seguros e combustíveis.

Veja os ítens que mais caíram e subiram de preço em Maio

 

Joel Leite 

07/06/2011

Vendas de carros na China devem cair neste anoO mercado chinês pode ter queda de vendas este ano. O jornal Shanghai Daily, da China, publicou matéria afirmando que o fim das políticas de estímulo econômico lançado em Pequim logo depois de começar a crise e as restrições para reduzir o número de emplacamentos em grandes cidades, para evitar mais congestionamento, podem provocar esta queda nas vendas.

O jornal salienta ainda que a expectativa é de uma queda de até 10%.

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O aumento dos combustíveis e o atraso na produção dos carros japoneses devido ao terremoto de 11 de março também tiveram impacto na redução das vendas.

Em abril, as vendas caíram 0,25%, conforme a Associação de Fabricantes de Automóveis da China. O presidente do Centro de pesquisas, Zhao Hang, disse que "a queda das vendas acontecerão pelas medidas governamentais para combater os engarrafamentos, que estão cada vez mais insustentáveis nas grandes cidades."

Zhao Hang lembra que os fabricantes chineses estão sendo os mais afetados pela queda das vendas, já que eles fabricam carros mais populares, um segmento mais sensível à crise. A queda de vendas de carros vai na contramão do crescimento do PIB chinês, que deve ser de 8% neste ano.

Joel Leite 

06/06/2011

Ford vai produzir motor 1.0 nos EUANo trabalho para produzir motores de baixo consumo, a Ford anunciou que vai fabricar o seu menor motor nos Estados Unidos até 2013. Os engenheiros da empresa estão trabalhando em um motor de um litro e três cilindros, que estará à disposição de carros da marca fabricados em todo o mundo. Por enquanto a Ford não diz quais carros serão equipados com o novo motor. O anúncio será feito até o fim do ano.

Atualmente o menor motor da Ford disponível nos Estados Unidos é um 1.6 de quatro cilindros, usado no Fiesta. Este motor tem 120 cavalos de potência e faz 16 quilômetros com um litro de combustível, na rodovia.

A Ford garante que o novo motor, apesar de menor, terá a mesma potência, mas será mais eficiente. O motor terá tecnologia EcoBost, que utiliza turbocompressor e injeção direta. Deverá ser mais rápido do que o de quatro cilindros.

Joel Leite 

03/06/2011

Strada é o 5º veículo mais vendido no Brasil

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A Strada, da Fiat, alcançou este ano a quinta posição no ranking dos veículos mais vendidos no Brasil. Em maio, a picape vendeu 10.227 unidades, confirmando a posição conquistada desde fevereiro.

É a primeira vez nos últimos 60 anos que uma picape ocupa um posto dessa relevância.

Nos anos 1950 a F100, da Ford, era um dos veículos mais vendidos, chegando a ficar em segundo lugar em 1957 e em terceiro em 1958 (veja quadro). Na época predominavam as vendas de veículos de uso misto. Essa tendência se reverteu com a chegada do Fusca, em 1960.

Mas uma picape nunca esteve entre os cinco mais vendidos no País.

A concorrente Saveiro, da Volks, também teve ótimo desempenho, ocupou a 11ª. posição em maio, com 7.128 unidades.

Nas primeiras posições não houve alterações: o Gol manteve a liderança, o Uno permanece em segundo e o Celta em terceiro. Completam a lista dos Dez Mais o Corsa sedã (incluídas as vendas do Classic), Siena, Fox, Fiesta hatch, Palio e Voyage.

O Corolla, apesar da queda de vendas, mantém a posição de mais vendido no segmento e o City perdeu espaço para o Cerato. O sedã da Kia vendeu 3.064 unidades em maio.

Outro destaque é o Jetta, da Volks, que no primeiro mês cheio de vendas vendeu 1.745 unidades.

O J3, da JAC vendeu 1.927 unidades. A versão sedã, J3 Turin, 1.113. São os dois chineses melhor classificados no ranking (veja tabela).

Joel Leite 

Kia é a marca que mais cresce no mundo

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Com crescimento de 22,7% no primeiro quadrimestre do ano, a Kia é a marca que mais cresce no mundo. De janeiro a abril a coreana vendeu 608.425 unidades, 22,7% a mais que os 495.994 carros comercializados no mesmo período do ano passado, conforme a Jato Consult.

A Volkswagen é a segunda que mais cresce, com índice de 17,9% em relação ao quadrimestre de 2010. A Toyota mantém a liderança de vendas mundiais, com 1.699.279 unidades, mas está prestes a perder a posição. De janeiro a abril a marca vendeu 8,6% a menos do que no mesmo período do ano passado e é a que mais perdeu entre as dez primeiras do ranking (veja quadro). Com apenas 60 mil carros atrás da japonesa, a Volks poderá assumir a liderança mundial.

Com 16,5% em relação ao ano passado, a GM foi a terceira marca que mais cresceu, seguida pela Nissan, Hyundai, Ford e Renault. Além da Toyota, Honda e Fiat amargaram queda de vendas neste ano.

Joel Leite 

EUA passam China e lideram vendas em abril

Os EUA venderam mais do que a China em abril, com crescimento de 17,9% em comparação ao mesmo período de 2010. A China cresceu apenas 3,5% no mês e continua reduzindo o ritmo de vendas. Números provisórios de maio mostram que os chineses tiveram uma pequena queda de vendas em maio

A Alemanha sem em terceiro, cresceu 2,8% em abril, menos que o Brasil, quanto colocado, que teve um aumento de vendas de 4,2% em relação a abril de 2010.

O balanço de abril confirma crescimento dos países em desenvolvimento e queda de vendas nos países europeus. A Rússia e a Índia cresceram 42,4% e 14,1% em relação ao ano anterior, respectivamente, enquanto França e Itália tiveram queda de 10,3% e 1,1%.

Pior foi o Japão, em crise por causa dos acidentes. As vendas no país caíram 47,4%.

No acumulado do ano a China permanece na liderança, com 621.432 carros vendidos (*) a mais que os EUA. O Japão mantém a terceira posição, a Alemanha em quarto e o Brasil em quinto.(veja tabela)

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Joel Leite 

02/06/2011

Palio é o carro mais recomendado pelos mecânicos

Se você tem um Palio saiba que estará bem com os mecânicos caso necessite leva-lo até uma oficina. Essa constatação foi feita na pesquisa Melhor Carro e Imagem das Montadoras, que ouviu 1.169 reparadores de veículos em vários estados brasileiros.

A pesquisa é feita pela Cinau, responsável pela edição do jornal Oficina Brasil, dirigido a mecânicos. Ela avalia todos os anos a preferência dos mecânicos em relação aos carros vendidos no mercado brasileiro. Este é o segundo ano consecutivo que o Palio é o mais recomendado pelos mecânicos.

A mesma pesquisa aponta que a Fiat é a marca de automóveis com maior acesso a informação técnica, mais tecnologia e a que apresenta melhor relação custo benefício.

O Uno novo foi o mais recomendado entre os carros com motor 1.0 e a Strada é a preferida entre as picapes leves.

O Palio quebrou uma série de vitórias do Gol, que deteve a primeira posição na preferência dos mecânicos durante anos seguidos. Desta vez o carro da Volks ficou em segundo lugar, com 13,2% das preferências. O Palio recebeu o voto de 14,3% dos entrevistados.

Na terceira posição, mas bem mais distante, aparece o Corsa, que volta a figurar entre os três primeiros, no lugar do Toyota Corolla, com 6,1% da preferência dos reparadores.

Na outra ponta do ranking, o Fiesta aparece como o carro menos recomendado pelos reparadores de veículos. O carro da Ford recebeu a nota negativa de 11% dos jurados e ficou na frente date do Marea entre os piores. O velho sedã da Fiat teve 7,2% de reprovação, seguido pelo Peugeot 206, com 5,5%. Dos três, o Fiesta é o único que continua em fabricação. O 206 rejeitado é o modelo anterior.

Segundo os autores da pesquisa, o mau resultado da Ford em consequência da negligência com o setor: "É fácil entender porque um carro da Ford é considerado o pior na visão dos

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reparadores. Nos seis quesitos avaliados, a montadora aparece em último lugar. Isso não significa, no entanto, que os veículos da marca sejam carros ruins, mas a Ford não se relaciona com o mercado em geral, principalmente o de reparação".

A Fiat foi indicada também a melhor marca nos quesitos Acesso a Informação Técnica, Custo e Benefício e Tecnologia. A Volkswagen ganhou no item Confiança na Marca

Os dados da pesquisa CINAU Melhor Carro/Imagem das Montadoras foram levantados em dezembro de 2010 (veja tabela).

Vendas de motos têm melhor maio da história

Este foi o melhor maio da história de vendas de motos no Brasil. Com emplacamento de 171.314 unidades, neste ano as vendas superaram maio de 2008, quando o mercado bateu o recorde, antes de se iniciar a crise que derrubaram as vendas.

Os dados da Abraciclo - Associação brasileira dos Fabricantes de Motos mostram que maio teve um aumento de vendas de 17,2% em relação a abril, quando se vendeu 146.124 unidades. Se comparado com maio de 2008 o aumento foi de 3%.

Se as vendas totais do mês foram bem maiores, o mesmo não aconteceu com as vendas diárias, que cresceram apenas 1,3% em comparação com abril. Foram comercializadas 7.787 motos por dia. Em abril foram vendidas 7.690 unidades diariamente.

"As restrições de crédito têm limitado bastante o crescimento do setor, mas as alternativas de modalidade de vendas, como o consórcio, colaboram para a recuperação do segmento. Estamos agora começando a nos recuperar dos efeitos da crise, mas ainda temos um longo caminho a seguir", afirma Roberto Akiyama, presidente da entidade.

Para este ano a Abraciclo prevê um crescimento de 10% nas vendas e de 12,5% na produção.

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Joel Leite 

01/06/2011

Vendas passam de 300 mil e batem novo recordeMaio registrou novo recorde de vendas de carros e comerciais leves. Foram vendidas no mês passado 300.566 unidades, superando as 288.661 vendidas em março, que também teve os mesmo 22 dias úteis de maio.

Pela primeira vez no ano as vendas superam o patamar de 300 mil unidades, o que aconteceu somente em três, dos doze meses do ano passado.

Mas em relação às vendas diárias houve uma queda de 4,71%. Foram vendidas no mês 13.662 unidades por dia, contra 14.337 em abril que teve apenas 19 dias úteis.

Maio superou em 10,3% as vendas de abril e cresceu nada menos que 27,4% em relação a maio do ano passado.

Agora, no acumulado do ano, o crescimento do mercado - janeiro a maio - é de 8,1%, com 1.349.941 carros e comerciais leves vendidos no mercado interno.

Joel Leite 

Veja o ranking das 62 marcas em maio 

Tudo bem que as quatro grandes montadoras do Brasil estão com folga nos primeiros lugares. Ali não há quase mudança, apenas a GM que fica muito próxima da Volks. A Fiat mantém a liderança, sem novidades, com 22,23% de participação. A Volks tem 20,7% e a GM 18,49%.

A Ford continua sem ameaçar a terceira colocada, mas também distante da quinta. Ficou com 9,09% em maio e a Renault, líder entre as novas, com 4,48%.

O que chama a atenção é que as chinesas e as coreanas estão ganhando espaço. Sergio Habib, presidente da JAC, afirmou que chegar aos 3% é fácil, mas a partir daí as coisas ficam bem mais difíceis. Chegar aos 9% da Ford é uma missão quase impossível. Habib lembrou que

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não haverá uma invasão de chineses no Brasil, mas Chery e JAC vão ganhando participação no mercado.

O que se vê é a Hyundai se aproximando perigosamente da Renault enquanto Kia trava uma batalha de milímetros com Honda e Citroën. É esperar até o fim do ano para ver as mudanças, que certamente acontecerão, mesmo porque a Honda está com problemas para produzir seus carros, com falta de peças que vêm do Japão.

Veja o ranking completo das 62 marcas de carros vendidas no mercado interno

Joel Leite 

PSA cria fundação "Um mundo em movimento"O nome é um plágio deste blog

O Grupo PSA, que tem as marcas Peugeot e Citroën anunciou, através de seu presidente mundial, Philippe Varin, a criação da Fundação "Um Mundo em Movimento" (que plageia este blog), que tem como objetivo apoiar projetos sociais, educacionais e culturais ou ambientais no campo da mobilidade.

A Fundação participará do financiamento de projetos executados por associações e instituições de caridade ou apoiando programas filantrópicos realizados localmente pelas unidades industriais da PSA Peugeot Citroën. Vai também atuar em especial nas regiões onde o Grupo está implantado, para agir de acordo com as necessidades e especificidades locais. Esta deve ser uma oportunidade de todos, especialmente para os funcionários do Grupo, apoiarem projetos com base local.

Joel Leite 

Fiat vai comprar o que resta da ChryslerA Fiat vai mesmo comprar o que resta da Chrysler, que está em poder do Tesouro dos Estados Unidos. O governo detém 6% da empresa. Assim, a Chrysler ficará livre da propriedade do governo, que socorreu a empresa na crise de 2008.

O valor a ser pago será definido até o dia 10 de junho. Se não houver um acordo entre a Fiat e o governo estadunidense, o valor será definido por três bancos de investimentos. A Fiat já tem 52% da empresa. Em 2009, quando foi anunciada a falência da Chrysler, o grupo italiano adquiriu 20% da montadora. Aos poucos a sua participação foi aumentando, chegando a 52%. A última investida foi comprar 16% da empresa por US$ 1,3 milhão.