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Tendências do Byod nas Organizações

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Tendências do Byod nas Organizações

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Page 1: Tendências do Byod nas Organizações

Tendências do Byod nas Organizações

Maico Pitol1*

, Carlos Adriani Lara Shaeffer1**

1Instituto de Ciências Exatas e Geociências – Universidade de Passo Fundo (UPF)

Caixa Postal 611/631 – 99001970 – Passo Fundo – RS – Brasil

2Espec. MBA em Gestão e Governança da Tecnologia da Informação

Universidade de Passo Fundo (UPF) – Passo Fundo – RS – Brasil

[email protected], [email protected]

Resumo. Este trabalho apresenta umas das tendências do mercado da Tecnologia

da Informação que esta em ascensão no momento, o BYOD (Bring Your Own

Device), que significa traga seu próprio dispositivo. Inicialmente são discutidos

conceitos sobre BYOD, após são expostas e discutidos termos sobre essa nova

tecnologia, como benefícios das empresas, políticas de segurança da informação

por parte das organizações e por fim uma conclusão sobre o que as empresas e

pesquisadores observam sobre o Bring Your Own Device. Os dados mostram que

uma das preocupações em relação à nova tecnologia, é a falta de políticas internas

nas organizações para tratarem claramente desse termo.

PALAVRAS-CHAVE: BYOD, Tecnologia da Informação, Segurança Byod.

Abstract. This paper presents some trends in the Information Technology market

on the rise at this time, the BYOD (Bring Your Own Device), which means bring

your own device. Initial concepts are discussed on BYOD after are exposed and

discussed in terms of this new technology, as the company benefits, policies for

information security for organizations and finally a conclusion on what companies

and researchers note about the Bring Your Own Device. The data show that one of

the concerns regarding the new technology is the lack of internal policies in

organizations to clearly treat this term.

KEYWORDS: BYOD, Information Technology, Security BYOD.

1. Introdução

Com as transformações e os investimentos que vêm ocorrendo na economia mundial, no

mercado de Tecnologia de Informação (TI), empresas buscam novas tecnologias e

soluções corporativas, sejam essas soluções para aumentar sua lucratividade ou até

mesmo para satisfazer seus clientes com o serviço por ela prestado.

Segundo estudos apresentado pelo portal administradores1 o novo cenário de

globalização trás consigo o advento de um novo modelo de organização, todo um

* Acadêmico de especialização MBA em Gestão e Governança da Tecnologia da Informação, do ICEG,

UPF.

** Professor orientador, professor mestre de Tecnologia da Informação na Universidade de Passo Fundo.

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sistema de comunicação baseado no paradigma nas novas tecnologias da Informação

que modifica as relações de trabalho. Na busca da viabilização de seus propósitos, as

organizações são levadas à exploração da tecnicidade, ajustando-se ao uso estratégico e

inovador enquanto ferramenta de informação. As tecnologias existentes se apresentam

como importantes instrumentos, propiciando o acúmulo de informação, a difusão do

conhecimento e da comunicação, bem como a potencialização para o estabelecimento de

relações mais dinâmicas e interativas.

Como no contexto visto acima, surgem às novas tecnologias e ferramentas na

área de TI, que veem para tentar somar as empresas, para se produzir mais com menos

gastos e mais flexibilidade, tanto por parte da organização como por parte do

funcionário da mesma.

Segundo César Taurion gerente de novas tecnologias da International Business

Machines (IBM), relata que a consumerização da TI é um fato e com esse fenômeno

surge o BYOD, isto significa que funcionários estão usando tablets, smartphones, no seu

dia a dia e querem traze-los para seus ambientes de trabalho, com isso as empresas

ficam mais preocupadas com essa nova tecnologia e buscam alternativas de como

implantar essa nova política de trabalho em vez de proibir o uso desses novos aparelhos

eletrônicos particulares na empresa.

Também se observa a preocupação das organizações, quando se diz respeito à

segurança das informações acessadas pelo funcionário por meio de seus dispositivos

móveis. As empresas que se adequarem a nova tecnologia buscam impor procedimentos

e regras para que essas informações não sejam perdidas ou ate mesmo acessadas por

concorrentes ou espiões.

Na seção 2, apresentam-se aspectos sobre a política BYOD, bem como onde

surgiu a nova tecnologia, transformações que veem ocorrendo na área, crescimento e

expansão no Brasil, como funcionário vê a tecnologia, e impacto sobre as empresas que

usam essa tecnologia.

2. BYOD nas Organizações

No mundo dos negócios, para atender às necessidades empresariais, atualmente não se

pode desconsiderar a Tecnologia da Informação e seus recursos disponíveis, pois a

mesma pode auxiliar na elaboração de procedimentos e normas que podem ser útil para

que a organização alcance suas metas e objetivos.

A satisfação do cliente e o desejo de melhorar a competitividade são motivos

principais que levam as organizações empresariais, governamentais e institucionais a

investirem em tecnologia segundo estudo apresentado pela Cisco Systems2 e Instituto

para conectividade nas Américas (ICA).

O BYOD libera os funcionários para usar os dispositivos que mais os agradam

para a realização das suas tarefas profissionais. Como os consumidores finais estão hoje

à frente da tecnológica, as empresas perceberam que é muito mais negócio apoiar essa

1 www.administradores.com.br

2 www.cisco.com.br

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ideia do que proibir. Afinal, elas não podem fechar os olhos para esta tendência, que é

difícil proibir. Como reagir diante deste novo cenário? O setor TI não é mais dono do

ambiente tecnológico dos usuários. O tradicional paradigma da homologação e definição

por TI do que pode ou não entrar na empresa já não vale mais. A pergunta que fica é

como fazer frente a essa tecnologia?

Segundo César Taurion a definição da estratégia é o primeiro passo. O fato de

cada vez mais os usuários comprarem seus smartphones não significa que a empresa

deve ficar parada esperando que eles os tragam e os conectem à rede corporativa. Na

prática podemos pensar em dois extremos. Em um, tudo é proibido, e nenhum

smartphone entra na empresa, o que é difícil de controlar. No outro extremo, tudo é

liberado, os riscos são imensos. O que a empresa tem é que definir em que ponto entre

os extremos quer chegar e por onde começar. A área de TI deve liderar o processo, mas

envolvendo outros setores como gestão de riscos, Recursos Humanos e Jurídico, uma

vez que aspectos legais e trabalhistas serão envolvidos.

Ainda Taurion diz que para definir a estratégia e a política de uso valide se

existem restrições legais, implicações nos aspectos relacionados com remuneração dos

funcionários e obtenha aval da auditoria e da área de gestão de riscos, a empresa tem

que entender que uma política única nem sempre poderá ser aplicada, uma vez que as

legislações e as culturas são diferentes entre os países que atua. Também deve ser

definido quem vai arcar com os custos das ligações e se a alternativa BYOD será

obrigatória. Quanto a pagar as ligações, muitas empresas reembolsam os funcionários

que usam o seu próprio dispositivo particular nas atividades profissionais, pagando os

custos das chamadas móveis e do acesso a dados. Outras cobrem metade das despesas,

mediante apresentação de relatório dos gastos.

Já no início da implementação do programa podemos nos deparar com um

problema, por exemplo se o funcionário não quiser entrar na politica BYOD, a empresa

arcara com as despesas para a aquisição dos equipamentos, como o smartphone, já é um

problema a vista na elaboração do plano de implementação da política. E esse é só uma

das questões, sem falar ainda das questões jurídicas e das questões de segurança de

dados da empresa, que veremos na seção 3.

Segundo o artigo publicado pela IBM - BYOD na Prática - Brasil3 podemos

pensar em três diferentes abordagens. A primeira é estabelecer que se os recursos

corporativos forem acessados por um dispositivo pessoal, a empresa tem o direito de

controlar e bloquear o aparelho. Para colocar em prática essa política, é necessário criar

normas por escrito e responsabilidades para ambas às partes. O funcionário tem que

assinar o documento.

No segundo modelo a empresa compra o dispositivo e permite seu uso para fins

particulares, além, obviamente das atividades profissionais. Os funcionários que não

gostam da experiência obtida em tais aparelhos ficam livres para usar outro

equipamento pessoal, entretanto, sem acesso corporativo. Muito comum hoje entre

usuários BlackBerry que também utilizam um iPhone ou Android.

3 www.ibm.com/midmarket/br/pt/articles_byod_como_comecar.html

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O terceiro modelo é a transferência legal do dispositivo para o funcionário, que

pode ser, em alguns casos, permanente. Mas há também a situação em que a

organização compra o aparelho por um valor simbólico e dá ao profissional o direito de

usá-lo para fins pessoais, comprometendo-se a vendê-lo de volta pelo mesmo preço

quando o empregado deixar a empresa.

Vale lembrar que todos os processos e regulamentação das normas e políticas

acordadas devem ser registradas e mencionadas no estatuto da empresa e assinadas por

ambas as partes, e analisadas por um responsável jurídico para não haver discordâncias

entre o estatuto da empresa com as normas regulamentadoras do MTE (Ministério do

Trabalho e Emprego).

Também deve-se analisar se o atual portfólio de aplicações será impactado pelos

novos dispositivos que entram na empresa. Por exemplo, durante anos a empresa pode

ter ajustado seus aplicativos a se comunicarem com os BlackBerry, mas eles podem não

estar preparados para iPhones e Androids.

Outro ponto importante é educar os funcionários para a nova política, restrições

e riscos envolvidos. Também se deve definir claramente os objetivos do programa e

justificar seu caso de negócio. Se realmente vai haver algum benefício com a nova

politica e como esses benefícios serão mensurados, se serão medidos com o aumento da

produtividade, se medidos a curto, médio ou ao longo prazo.

Outro aspecto da estratégia é definir a amplitude do programa BYOD para todos

os funcionários ou apenas uma parcela específica e identificar quem será o seu

patrocinador. A estratégia também deve definir os procedimentos do que será feito

quando o funcionário deixar a empresa e quais suas responsabilidades quanto ao uso

indevido dos aplicativos instalados no seu smartphone.

Ainda segundo artigo publicado pela IBM – Brasil, a questão é quem vai pagar a

conta da implementação da política de BYOD. Por exemplo, não comprar mais

smartphones reduz as despesas para a empresa, mas por outro lado ampliar a rede para

suportar maior trafego de dados e o help desk para atender a novas demandas aumentará

os custos. Apesar de reduzir as despesas de capital , as companhias estão aumentando o

opex4 com dispositivos móveis, que são os custos com manutenção. Os gastos com help

desk tendem a aumentar. Eles precisam oferecer suporte para diferentes sistemas

operacionais. Também é necessário avaliar o custo de aquisição de novas tecnologias

para gerenciar os dispositivos móveis. É necessário balancear bem os prós e contras para

que o estudo de caso faça sentido.

Uma das etapas que não podemos desconsiderar é agrupar os funcionários pelas

suas demandas de uso para estes dispositivos. As atividades profissionais em uma

empresa são bem diversas e consequentemente as suas demandas de uso tendem a ser

bem diferentes. Uma boa ferramenta auxiliar é construir uma matriz funções efetuadas

versus demandas de aplicações e usos.

Segundo César Taurion gerente de novas tecnologias da IBM – Brasil, a terceira

etapa é planejar o processo de implementação. Isto significa adquirir e colocar em

operação as tecnologias necessárias, como ferramentas de gestão de dispositivos,

4 Capital utilizado para manter ou melhorar os bens físicos de uma empresa

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eventual aumento na capacidade da rede e expansão do help desk. O help desk é um

ponto importante. Embora de maneira geral os smartphones sejam suportados

individualmente pelos próprios fabricantes (uma empresa como a Apple, por exemplo,

não oferece suporte corporativo), o help desk deve suprir os funcionários em duvidas

técnicas quanto ao uso dos aparelhos e principalmente quanto à instalação e operação

dos aplicativos instalados na loja interna da empresa.

A loja de aplicativos é outra questão desafiadora. Se o ambiente tende a ser

heterogêneo, provavelmente haverá uma loja para cada tipo de sistema operacional

smartphone, uma vez que eles são diferentes entre si. Isto leva a uma definição

estratégica se os aplicativos corporativos serão baseados em tecnologias nativas.

Usando-se tecnologias nativas cada aplicativo deverá ter uma versão gerenciada e

atualizada para cada sistema operacional, seja Linux, iOS, Android ou Windows.

Segundo artigo “Não é possível fugir do BYOD” publicado pelo portal dos

administradores, o Brasil ainda é um país em desenvolvimento, mas mesmo assim,

quando se trata de tecnologia para uso pessoal, principalmente mobile, os números

chamam a atenção. Uma pesquisa divulgada recentemente pela Nielsen5, empresa que

estuda tendências e comportamentos no mercado mundial, mostra que 84% dos

brasileiros possuem celular, sendo que 36% desse total são smartphones, ou seja, de

cada dez brasileiros três utilizam smartphones. As empresas não podem ignorar este

cenário. Se uma pessoa possui um aparelho que lhe oferece diversos recursos,

certamente, utilizará no ambiente de trabalho e na maioria dos casos para realizar

alguma tarefa que envolve dados da empresa.

Ainda segundo João Moretti diretor geral da MobilePeople6 empresa

especializada em soluções moveis corporativas, os cuidados com o BYOD devem ser

tomados por qualquer empresa, seja de grande, médio ou pequeno porte. Certamente,

em uma empresa menor há uma relação mais estreita e é mais fácil de observar a forma

como esta feito o usos das redes. Mas as equipes de TI de organizações menores são

mais enxutas e nem sempre estão preparadas para a rapidez com que a tecnologia

corporativa está se transformando. Por isso todo cuidado é pouco, independente do

tamanho da empresa, afinal todas as organizações possuem informações importantes

que precisam ser preservadas.

Moretti também ressalta que a melhor solução é tentar implementar a nova

tecnologia e não impedi-la, pois a realidade nos mostra isso. Cada empresa possui um

perfil e deve acompanhar a evolução tecnológica de acordo com a sua cultura, mas não a

como fugir da rapidez com que os avanços estão acontecendo. É fundamental

acompanhar os fatos de perto, sem preconceitos e principalmente, sem acreditar que está

longe da realidade da empresa, existem soluções para companhias de todos os perfis e o

melhor é se precaver.

É sempre bom monitorar constantemente o processo, pois novas tecnologias

surgem constantemente e novos hábitos de uso começam a ser adquiridos. Estamos

falando de tecnologias como smartphones e tablets que são recentes. O iPhone surgiu

5 http://www.nielsen.com/br/pt.html

6 http://www.mobilepeople.com.br/

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em 2007 e o iPad em 2009. Não existem livros de referência de melhores práticas

consagradas. Temos que criar práticas para implementação do projeto. Mas este é um

bom desafio. Na próxima seção veremos questão da segurança da Informação com a

implementação da BYOD, um dos pontos apontados como prioridade por especialistas

na área.

2. Metodologia da pesquisa

Esta seção tem como objetivo apresentar a metodologia do presente trabalho. O estudo

sobre BYOD teve início em outubro de 2013 e foi concluída em abril de 2014. A

pesquisa foi feita através de sites confiáveis de empresa como Cisco, IBM e portais

como Portal dos Administradores. O estudo baseou-se também em ferramentas web, por

os estudos do BYOD serem ainda recente e não conter esse material em bibliografias

registradas, e o conteúdo de material ser escasso ainda no Brasil.

O estudo vivenciado pesquisou ainda questões de segurança sobre o BYOD, por

o pesquisador já ter experiência com políticas de segurança de TI e também relatou

dados sobre o que as empresas veem sobre a nova tecnologia.

O objetivo também teve por base a confecção de material sobre BYOD, para dar

uma visão geral sobre o que é essa nova tecnologia, já que existem poucos materiais

brasileiros publicados com essa nova tendência nas organizações.

Na pesquisa realizada, ocorreram alguns dados, como por exemplo o Brasil tem

2,5 dispositivos conectados por profissional do conhecimento em 2014, número quase

tão alto como o número dos Estados Unidos.

3. Segurança BYOD

Quando nos deparamos com a questão da Segurança da Informação a situação na

maioria dos casos é levada a sério pelas organizações e seus responsáveis pela área, pois

a segurança de acesso contra invasões, roubo de informações confidenciais,

contaminação da rede pode gerar custo alto a empresa, e com o uso do BYOD nas

organizações, se não existem políticas de segurança e medidas eficientes, a segurança

das empresas pode se tornar ainda mais vulnerável.

Segundo a Kaspersky7, empresa de soluções de segurança para internet e Redes,

embora as empresas reconheçam o potencial da BYOD, elas admitem que o uso de

aparelhos pessoais para trabalho ou o uso pessoal de aparelhos no trabalho, tem

contribuído para o aumento de ameaças à segurança corporativa. Ao menos 65% das

companhias entrevistadas em um estudo global conduzido pela Kaspersky têm essa

percepção.

Ainda segundo a Kaspersky, apenas uma em cada oito empresas tem uma

política de segurança de dispositivos móveis totalmente implementada, o número de

7 http://brazil.kaspersky.com/

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incidentes de segurança de TI, envolvendo smartphone e tablets está em alta, e a maioria

das empresas não tem planos para limitar o uso de dispositivos móveis pessoais para

fins relacionado ao trabalho.

Dispositivos móveis estão sendo utilizados no trabalho em uma base diária, estes

dispositivos são também muitas vezes de propriedade dos empregados e estão sendo

usados tanto para fins pessoais e comerciais. Termos informações importantes

corporativas e pessoal como contatos, aplicativos, dados em um único dispositivo é

conveniente, mas também representa um risco de segurança para qualquer negócio.

Apresenta-se abaixo uma serie de implicações quanto a segurança das

informações e problemas que poderão ocorrer se a segurança do BYOD não for

implementada corretamente na organização:

Cópia de dados da empresa por parte do funcionário que usa o

dispositivo, para possível uso por outra empresa;

Instalação de Apps8 não autorizados no dispositivo, que podem ser

programas espiões que captam informações da rede corporativa da

empresa ou copiam informações contidas no dispositivo;

Perda do equipamento por parte do funcionário, mesmo acessando dados

em nuvem9 na empresa, o usuário poderá ter senha salva no equipamento

e com isso pessoas não autorizadas podem ter acesso a informações

confidenciais da empresa;

Falta de controle de nível de acesso a aplicações do sistema da empresa;

Falta de infraestrutura de rede robusta por parte da organização, pode

deixar a rede mais lenta e congestionada, já que para cada funcionário vai

ter que se usar mais faixas de IPs disponíveis, por exemplo se esse

funcionário trabalhava em um computador e agora ele trabalha com o

smartphone e mais o tablete, a infraestrutura de rede vai ter que suportar

mais dispositivos e como alguns dispositivos Wi fi tem o número de

conexões máximas também poderemos ter problemas;

Falta de monitoramento de dados e acessos sobre informações que

trafegam pela rede através dos dispositivos;

Falta de conscientização do funcionário, que ele esta usando uma

ferramenta de trabalho e não poderá acessar no dispositivo o que ele

quiser;

Falta de bloqueios em determinados acessos à internet;

Falta de segurança no próprio dispositivo móvel, como não atualizações

dos mesmos, não instalação de antivírus, com isso o dispositivo fica mais

8 Aplicativo que pode ser instalado no smartphone, para acessar diretamente um serviço.

9 Dados são armazenados em um servidor e são acessados remotamente de qualquer lugar no mundo.

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vulnerável, por exemplo para que um cavalo de troia10

seja instalado no

aplicativo;

Falta de configuração correta ao acesso às conexões sem fio, por exemplo

falta de VPN (Rede Particular Virtual) para acessar os dados na rede wi

fi, controle de acesso muito conhecido nas empresas pois melhora a

segurança dos dados que ali trafegam, pois tem que validar o usuário na

VPN para podermos ter acesso ao aplicativo;

Falta de gerenciamento de regras, para que o acesso total às informações

só seja permitido àqueles usuários que realmente estão habilitados;

Falta de analise dos equipamentos mais usados no mercado para avaliar

quais são mais adequados, ou não, para acessar as informações da

empresa;

Falta de controles de acessos ao tipo de conexão que o usuário vai fazer

para se conectar a rede da empresa, poderá a wi fi da empresa estar

bloqueada para conexão de dispositivos não identificados, mas o

funcionário poderá acessar através da conexão 3G ou 4G do próprio

dispositivo e acessando de fora da rede corporativa da empresa a

segurança de dados tem que ser mais elevada ainda, pois o canal de

conexão é mais inseguro que dentro da rede corporativa;

Falta de virtualização da área de trabalho para compatibilidade e suporte

de dispositivos, pois cada dispositivo tem seu próprio sistema

operacional que pode acarretar em incompatibilidade com um ERP11

da

empresa que precisamos acessar;

Falta do aumento na largura de banda de conexão, que muitos desses

aplicativos exigem. Alguns dos aplicativos mais populares usados pelos

funcionários apresentam gráficos avançados, incluindo redes sociais e

serviços de transmissão de mídias. A combinação de mais dispositivos na

rede e aplicativos com gráficos avançados não aprovados pode criar

gargalos, a não ser que os departamentos de TI estejam atentos aos

planejamentos dos recursos e gerenciamento de rede.

Nem todas as empresas têm políticas de mobilidade em vigor para governar

quem acessa a rede da empresa e com que dispositivo. Isso é um problema, até mesmo

quando a grande maioria dos dispositivos móveis é de propriedade da empresa,

os riscos à segurança da rede, à propriedade intelectual e aos dados da empresa

aumentam à medida que os funcionários conectam mais dispositivos pessoais à

rede. Isso não se deve ao fato de às vezes os funcionários agirem de má fé ou não, mas

porque torna-se muito mais difícil para os líderes de TI saberem quais dispositivos são

10 Cavalo de Troia é um programa que tem um pacote de vírus que é usado geralmente para obter

informações sem permissão do usuário.

11 Significa sistema integrado de gestão, software de gestão que reúne dados e processos de todos os

setores da organização.

Page 9: Tendências do Byod nas Organizações

legítimos e quais não são.

A seguir veremos políticas de segurança e ferramentas que devem ser vistas

como facilitadoras do BYOD, tornando a rede mais inteligente e segura:

Utilização de sistemas de autenticação que permitam identificar todos os

acessos, quem acessa e que tipo de informação é acessada na rede

corporativa;

Configuração correta do acesso às conexões Wifi, por exemplo, com o

uso de VPN (Rede Particular Virtual), a fim de garantir a segurança das

informações;

Gerenciamento de regras, para que o acesso total às informações só seja

permitido àqueles usuários que realmente estão habilitados;

Monitoramento e controle do tráfego de todos os dispositivos pessoais

que acessam a rede corporativa;

Estudo dos equipamentos mais usados no mercado para avaliar quais são

mais adequados, ou não, para acessar as informações da empresa;

Termos uma política de segurança que esclareça quais dispositivos

podem conectar-se à rede corporativa e de que forma o acesso pode ser

feito;

Garantia que nenhum código malicioso afete os dados, todos os

dispositivos móveis pessoais devem contar com soluções de segurança,

que detectem pro ativamente ameaças;

Investimento na educação dos funcionários: para que os mesmos estejam

conscientes dos riscos a que estão expostos e quais são os cuidados que

devem ter ao levar equipamentos pessoais para a companhia;

Gerenciamento unificado de políticas: uma única política protege os

dados, aplicativos e sistemas reconhecendo o tipo de usuário (ou seja,

convidados, múltiplos perfis de funcionário). Uma plataforma de política

única, em vez de várias políticas fornecidas por sistemas de TI separados,

pode ajudar as empresas a fechar com rapidez e eficiência a lacuna de

políticas móveis e tornar o BYOD mais seguro. O gerenciamento

unificado de políticas também identifica e gerencia todos os dispositivos

móveis que acessam a rede;

Protegendo e fornecendo serviços e acesso à rede da empresa: o BYOD

exige que os departamentos de TI forneçam o nível certo de acesso à rede

da empresa, com base no perfil e no dispositivo do usuário. Os usuários

também devem poder acessar os aplicativos, serviços e dados adequados;

Proteção de dispositivos: uma camada de segurança adicional a nível de

dispositivos, tanto de propriedade dos funcionários quanto da empresa, é

fundamental para proteger dados sensíveis da empresa. O gerenciamento

Page 10: Tendências do Byod nas Organizações

de dispositivos móveis permite aos administradores de rede negar acesso

e apagar remotamente dados de dispositivos perdidos ou roubados.

Transmissão segura de dados: segurança e criptografia diretamente de um

dispositivo para a infraestrutura de rede, seja por cabo ou sem fio,

permite às empresas fornecer até mesmo seus dados mais sensíveis a

usuários móveis, independente do dispositivo ou localização;

Colaboração móvel independente do dispositivo: os funcionários estão

usando uma variedade de dispositivos e ferramentas para trabalhar com

seus colegas. Ao permitir aos funcionários escolher a ferramenta certa,

independente de ela ser oficialmente suportada pela TI, o que é a

essência do BYOD, há o risco de os funcionários caírem em silos criados

por eles mesmos. Com ferramentas de colaboração capazes de permitir

aos funcionários usar uma única interface para várias contas IM12

,

acessar mensagens de voz e permitir que outras pessoas os vejam quando

estão online, esses riscos são eliminados, restando apenas os benefícios;

Vídeo móvel e compartilhamento de área de trabalho: a capacidade de

participar de reuniões, compartilhar ou exibir aplicativos e ter chamadas

de vídeo de qualquer lugar ou de qualquer dispositivo é essencial para os

profissionais do conhecimento. Isso se aplica principalmente aos

executivos, cujas agendas apertadas e programações de viagem

dificultam ainda mais a realização de reuniões tradicionais em salas de

conferência. Ainda, a colaboração é fundamental para permitir melhores

tomadas de decisão. Se eles não puderem ter sessões de colaboração ricas

e instantâneas em trânsito ou na estrada, as decisões podem ser atrasadas

e a execução, comprometida. Ferramentas baseadas na nuvem que

permitem a colaboração dentro e fora dos limites da rede da empresa são

fundamentais para a cultura móvel atual, e para o BYOD em particular;

Infraestrutura de rede robusta: com o uso do BYOD a maior tráfego na

rede, profissionais do conhecimento usam uma variedade de aplicativos

com largura de banda intensa, incluindo serviços de nuvem ricos em

mídia e colaboração por vídeo. Além disso, esses dispositivos agora se

conectam a rede da empresa de várias formas — com fio, por Wi-Fi e por

3G/4G — tanto dentro das instalações quanto fora delas. As empresas

devem desenvolver redes que possam lidar com o aumento na largura de

banda e o crescente número de dispositivos, e ao mesmo tempo garantir

que os dispositivos se conectem a rede da forma mais econômica

possível. Temos visto que as empresas estão utilizando uma variedade de

medidas de economia de custos, incluindo a convergência móvel fixa,

para reduzir orçamentos de mobilidade que aumentam rapidamente. Uma

rede convergida, especialmente uma capaz de unificar tráfico celular e

Wi-Fi e gerenciar políticas de dispositivos móveis, não é um luxo, mas

um requisito conforme as necessidades do BYOD da empresa aumentam;

12 Uma mesma conta para acessar vários serviços.

Page 11: Tendências do Byod nas Organizações

Virtualização da área de trabalho para compatibilidade e suporte de

dispositivos: à medida que mais funcionários trazem seus próprios

dispositivos para o trabalho, a variedade de sistemas operacionais e

configurações faz surgir sérios desafios de compatibilidade para os

departamentos de TI. A virtualização da área de trabalho soluciona

problemas de compatibilidade capacitando a TI para fornecer uma “área

de trabalho virtual” composta por aplicativos e dados que os funcionários

podem acessar independente do dispositivo que utilizam. Os aplicativos

e os dados que eles acessam são transmitidos diretamente do datacenter

para o dispositivo. Essa solução não somente torna qualquer dispositivo

compatível com o software da empresa, como também os torna mais

seguros, já que os dados são armazenados no datacenter e não no próprio

dispositivo, que funciona como um thin client13

. Os funcionários querem

e esperam que a TI corporativa ofereça suporte aos dispositivos que eles

usam no trabalho, independente de serem de propriedade do funcionário

ou fornecidos pela empresa. Com áreas de trabalho virtuais, os

aplicativos podem ser gerenciados centralmente e executados

independentemente do dispositivo do usuário. Isso permite que a TI se

concentre em manter a área de trabalho, oferecendo suporte ao software

da empresa e deixando o suporte ao dispositivo por conta do usuário.

4. Dados globais sobre o uso do BYOD

Em pesquisa realizada pela o Cisco® Internet Business Solutions Group (IBSG),

relatou dados sobre o uso do BYOD no mundo, em oito países de três regiões, foram

entrevistados ao todo 4900 tomadores de decisão de varias empresas de diferentes

ramos, mas entrevistados sempre executivos e gerentes no que se diz respeito à tomada

de decisão de TI na organização. Os resultados mostram que o crescimento do BYOD

não é limitado aos Estados Unidos, onde o nível de aceitação da BYOD e

implementação de politicas de uso é mais alto no mundo. A pesquisa foi realizada na

América Latina (Brasil, México), Ásia (China, Índia), Europa (Reino Unido, França,

Alemanha, Rússia) e Estados Unidos.

O BYOD tem preferência por regiões, as empresas da Ásia e da América Latina

veem e incentivam o uso extensivo do BYOD, enquanto que a Europa é mais cautelosa

e restritiva.

Veremos abaixo alguns números da pesquisa global realizada sobre o uso da

BYOD:

O BYOD é um fenômeno global: forte evidência de funcionários em toda

parte usando seus próprios dispositivos no trabalho; 89 por cento dos

departamentos de TI permitem o BYOD de alguma forma;

13 Uma espécie de terminal burro, que conecta ao servidor onde se encontra os dados e o sistema

operacional, todo processamento é feito no servidor e os dados são mostrados no Thin Claint através

da conexão de rede.

Page 12: Tendências do Byod nas Organizações

Os principais benefícios do BYOD para a empresas são maior

produtividade, satisfação do funcionário, menores custos; 69 por cento

dos líderes de TI são positivos em relação ao BYOD;

Maior grau de consistência entre grandes empresas e empresas de porte

médio em atitudes relativas ao BYOD;

Os EUA e a Índia estão à frente na virtualização da área de trabalho,

outros líderes de TI estão cientes disso, mas a implantação está atrasada;

Em nenhum outro lugar o crescimento de dispositivos será mais rápido

do que na China, que, apesar de estar empatado com a Rússia e com a

Alemanha com menor nível atual de adoção de dispositivos móveis por

profissional do conhecimento, espera-se um crescimento de

aproximadamente 23 por cento — de 1,8 dispositivos para 2,7 — nos

próximos dois anos;

Os Estados Unidos e a Índia lideram os outros países no percentual de

profissionais do conhecimento que usam dispositivos móveis

(aproximadamente 70 por cento), mas a China e o México não estão

muito atrás. Por outro lado, na Alemanha e França, apenas cerca de 50

por cento dos profissionais do conhecimento usam dispositivos móveis;

No momento o Brasil esta com 2,5 dispositivos por funcionário, e os

líderes de TI esperam um crescimento robusto nos próximos dois anos;

Em média, os líderes de TI esperam que o número de dispositivos

aumente de 2,3 por funcionário para 2,8 no decorrer dos próximos

semestres;

O número crescente de dispositivos por usuário é, em grande medida, o

resultado do BYOD. Por exemplo, 42 por cento dos smartphones e 38

por cento dos laptops usados no local de trabalho são agora de

propriedade dos funcionários. Isso mostra que o BYOD, longe de ser

uma tendência emergente, já está bem estabelecido nas empresas em todo

o mundo. E os líderes de TI esperam um forte crescimento do BYOD nos

próximos dois anos, sendo que 63 por cento diz esperar um aumento no

percentual de dispositivos de propriedade dos funcionários;

A alta adoção atual e o crescimento fora da Europa tornará rapidamente o

BYOD à abordagem predominante nesses países. Destaca-se o alto

percentual de tomadores de decisão em TI que dizem que o aumento no

BYOD será significativo: 35 por cento na Índia, onde mais de 50 por

cento dos smartphones e laptops já são de propriedade dos funcionários,

e 29 por cento no Brasil, onde mais de 40 por cento da maioria dos

dispositivos móveis são de propriedade dos funcionários. Apesar da

relativamente baixa penetração do BYOD nos países europeus, os

tomadores de decisão em TI esperam um crescimento menor na Europa

do que na América Latina e na Ásia nos próximos dois anos;

Somente 52 por cento dos líderes de TI na Alemanha e no Reino Unido, e

40 por cento na França, acredita que o BYOD é um desenvolvimento

Page 13: Tendências do Byod nas Organizações

positivo para seus departamentos. Em contraste, 80 por cento dos líderes

de TI fora da Europa acreditam que o BYOD está tendo um efeito

positivo. No Brasil, China, Índia e México, 32 por cento são

extremamente positivos em relação ao BYOD, ao contrário dos 10 por

cento no Reino Unido, Alemanha, França e Rússia;

Crenças divergentes sobre os benefícios do BYOD para os departamentos

de TI se manifestam em como e se os dispositivos de propriedade dos

funcionários devem ser suportados. No geral, há forte aceitação do

BYOD por parte dos líderes de TI das empresas. Quase 90 por cento

aceita o BYOD de alguma forma, o que varia de apenas permitir

dispositivos de propriedade dos funcionários na rede da empresa a

oferecer suporte completo de TI para todos esses dispositivos. Os

Estados Unidos e a Índia fornecem o apoio mais abrangente aos

dispositivos de propriedade dos funcionários, com cerca de 30 por cento

das empresas oferecendo suporte de TI a todos os dispositivos. O Brasil

tem as políticas mais liberais, com 82 por cento das empresas apoiando

determinados ou todos os dispositivos de propriedade dos funcionários;

Em várias áreas fundamentais- não apenas para o BYOD, mas a todas as

iniciativas de mobilidade -, muitas empresas estão despreparadas. Por

exemplo, somente metade das grandes empresas e 41 por cento das

empresas de porte médio têm uma política em vigor com relação ao

acesso de rede do funcionário para dispositivos móveis;

Nas das duas maiores e mais influentes economias da Ásia: a China e a

Índia, no geral, os líderes de TI da China e da Índia apoiam fortemente o

BYOD e estão animados com os benefícios que o BYOD traz para suas

empresas e departamentos;

A pesquisa incluiu dois grandes países da América Latina: o México e o

Brasil. Assim como nos países asiáticos, os líderes de TI no México e no

Brasil apoiam muito o BYOD. Na verdade, suas empresas têm as mais

altas taxas de adoção do BYOD por empresa. Quando pedimos para os

líderes de TI descreverem se os dispositivos eram principalmente de

propriedade dos funcionários ou da empresa, o México e o Brasil tiveram

o maior percentual de dispositivos de propriedade dos funcionários;

A Europa tem as tendências regionais mais consistentes, em graus

variados, os líderes de TI europeus são mais relutantes em apoiar o

BYOD entre seus funcionários e o veem com olhos menos otimistas.

Como consequência, eles estão vendo menos dispositivos de propriedade

dos funcionários e aplicativos não aprovados. Resumindo, eles parecem

estar reagindo ao BYOD a fim de minimizar seu impacto em como os

negócios são feitos atualmente, em vez de adotá-lo para aumentar a

liberdade de seus funcionários de trabalhar da forma que preferirem.

Page 14: Tendências do Byod nas Organizações

5. Conclusões

Acredita-se na validade da execução deste trabalho, pois foi apresentado de maneira

simples o que é esse fenômeno global, o BYOD, quais as politicas, o nível de aceitação

por parte das empresas e de seus gestores, e também apresentado pontos vulneráveis na

questão da segurança da informação e o que fazer para minimizar esses riscos.

Pode-se considerar que para aproveitar ao máximo todo o potencial da

consumerização de TI, as empresas precisam criar uma política de mobilidade sólida,

com conscientização dos funcionários de como usar a tecnologia. Os colaboradores

inovam e colaboram ainda mais quando têm liberdade para trabalhar como preferem. Se

executada com o grau certo de planejamento e suporte, o BYOD oferece ganhos para as

empresas e seus funcionários.

No trabalho apresentado, também foi possível observar o significativo

crescimento do BYOD nas organizações, pois as transformações e investimentos no

mercado de TI são constantes. Constatou-se que empresas estão buscando políticas de

implementação e tentando impor normas para que essa nova tecnologia venha a trazer

benefícios à organização. Destaca-se, ainda que a maioria das empresas estão abraçando

essa nova tendência em vez da proibição total dos dispositivos móveis na organização.

Também observou-se que a maioria das empresas tem preocupação quanto a

segurança da informação em relação ao uso do BYOD, ao analisem os riscos a que estão

expostas com essa modalidade, procura-se criar regras e tecnologias adequadas para

evitar brechas para ataques à segurança e vazamentos de informações. Vale ressaltar que

os principais riscos a que as empresas estão expostas quando os funcionários utilizam

seus próprios dispositivos no ambiente de trabalho é o roubo de informação pela falta de

controle sobre os equipamentos pessoais utilizados no ambiente de trabalho,

contaminação da rede corporativa por vírus ou programas maliciosos e excesso de

tráfego na rede.

Pode-se destacar que a dificuldade de implementação da nova tecnologia em

determinados locais por receios de alguns administradores e gestores quando se esta

expondo questões de segurança da empresa. E também pela falta de tempo e recursos

para implementação de politicas corretas para o controle dos dispositivos.

No estudo apresentado também foi possível ver que apesar de novo o BYOD

tem grande aceitação nas empresas 69 % dos lideres de TI são positivos em relação ao

BYOD, apesar de estar mais consolidado nos Estados Unidos onde o uso é mais maciço.

Quanto ao Brasil apesar de a maioria das empresas não ter políticas de uso da tecnologia

bem definida, o usos de dispositivos móveis por parte dos funcionários, seja ele de

propriedade do funcionário ou da empresa é alto, cerca de 3 dispositivos por

funcionário. Destaca-se que na Europa ainda o uso da BYOD é visto com mais cuidados

pelas empresas, por isso a media de dispositivos moveis por funcionário é menor que na

Ásia, América Latina e Estados Unidos.

Acredita-se, portanto, que as contribuições deste trabalho para área de

Tecnologia da Informação são válidas, pois se se pode ter um panorama geral sobre a

BYOD, onde uma das principais preocupações são as políticas de uso da tecnologia e a

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questão de segurança da informação. Destaca-se, ainda a validade do presente trabalho,

pois poderá servir de base para desenvolvimentos de trabalhos futuros sobre o BYOD.

6. Referências

MORGAN, GARETH. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 2002. 380 p

IBSG, Cisco® Internet Business Solutions Group. BYOD: uma perspectiva global

Publicado em 17/06/2012, disponível em < http://www.cisco.com.br > Acesso

em: 07 fevereiro 2014.

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13/08/2013, disponível em < http://www.administradores.com > Acesso em: 20

fevereiro 2014.

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<http://www.idrc.ca>.Acesso em: 09 dezembro 2013.

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Publicado em 16 Agosto 2013. Disponível em <http://www.ibm.com/br>.

Acesso em: 02 março 2014.

MOBILE PEOPLE, Empresas especializada em soluções móveis

corporativas.Disponível em < http://www.mobilepeople.com.br>. Acesso em: 01

março 2014.

KASPERSKY LAB BRASIL, Empresa de soluções de segurança para internet e Redes.

Disponível em < http://brazil.kaspersky.com>. Acesso em: 15 fevereiro 2014.

UOL, Empresa brasileira de conteúdo e serviços de internet. Empresas culpam BYOD

por brechas de segurança. Publicado em 11 dezembro 2013. Disponível em

< http://olhardigital.uol.com.br >. Acesso em: 01 março 2014.