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TEORIA HUMANISTA Silvia Marina Anaruma Unesp – Campus de Rio Claro Mai/2010

Teoria Humanista

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Page 1: Teoria Humanista

TEORIA HUMANISTA

Silvia Marina Anaruma Unesp – Campus de Rio Claro

Mai/2010

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CARL ROGERS

1902-1987

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• Começa a publicar entre 1930 e 1940

• Nasceu e viveu nos E.U.A.

• Estudos em Agricultura (viagem à China) , Lic em História, Teologia (carreira pastoral) , Doutor em Psicologia, Professor Universitário e Terapeuta ( o 1º. A usar as gravações das sessões como técnica de análise) momentos de confronto com os psiquiatras

• Um dos mais destacados, senão o mais reconhecido psicólogo da América

• 1939 - publica o seu primeiro livro: "O tratamento clínico da criança-problema”

• 1949 a 1951 – Teve depressão e resolve passar pelo processo terapêutico com um dos seus discípulos

• 1951- “Terapia centrado no Cliente”

• 1961 – “ Tornar-se Pessoa” (antes longa viagem ao Japão)

• 1963 – “ Liberdade para aprender”

• 1987 – Indicado para o prêmio Nobel da Paz

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• Sua teoria “não – diretiva” influencia não só o campo da Psicologia e das psicoterapias, como de todas as ciências humanas:

• Educação• Família• Gestão• Educação e práticas médicas• Profissão Jurídica• Aconselhamento pastoral• Trabalhos nas comunidades

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A TERCEIRA FORÇA

1. Behaviorismo – Determinismo, objetividade, Experimentação, laboratório

2. Psicanálise – Interpretação instintivo, psicologia dinâmica

3. Humanismo - Fenomenologia, existencialismo, teoria do self

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HUMANISMOMovimento filosófico – interesse pelos valores humanos (Hegel, Marx, Merleau Ponty, Sartre)

-O reconhecimento da pessoa como valor imensurável

-Ao contrário de defender o individualismo, tem um caráter comunitário

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Influência do Zen-budismo

O indivíduo deve encontrar suas respostas a partir de si mesmo

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• "Por que uma criança aprende a andar? Ela tenta erguer-se, cai e machuca a cabeça. [...] Não existe grande recompensa enquanto ela não conseguir realmente realizar seu intento, e apesar de tudo, a criança está disposta a suportar a dor [...] Para mim, isso é uma indicação de que existe uma verdadeira força de atração para a possibilidade de crescimento continuar." (Rogers, In: Frick, W.

Psicologia Humanista, p. 118)

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A teoria implica numa reflexão das noções de

LIBERDADE x CONTROLE

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A teoria Humanista na Educação

A questão do controle e liberdade

Tem tudo a ver...

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Reflexões sobre ensinar e aprender

• “Eu não posso ensinar a outra pessoa a maneira de ensinar”

• Aquilo se pode ensinar a outra pessoa tem pouca ou nenhuma influência significativa sobre seu comportamento

• Estou interessado naquilo que tenha uma influência significativa sobre o comportamento

• A única coisa que se aprende de modo a influenciar significativamente o comportamento é um resultado da descoberta de si, de algo que é captado pelo indivíduo

• Este conhecimento não se pode comunicar diretamente a outra pessoa

• Os resultados do ensino ou não tem importância ou são perniciosos

• Sinto que é extremamente compensador aprender, em grupo, nas relações com outra pessoa, como na terapia, ou por mim próprio

• A melhor maneira de aprender é abandonar minha própria defesa e compreender como é que a outra pessoa encara e sente a sua própria experiência

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Consequências destes pressupostos:

• Deve-se renunciar ao ensino. As pessoas deveriam reunir-se se quiserem aprender

• Renunciar aos exames

• Acabar com os diplomas e graus acadêmicos

• Abolir a exposição de conclusões

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A aprendizagem significativa na terapia e

na educação• A aprendizagem significativa é

facilitada na psicoterapia e ocorre na relação terapêutica

X

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O que é uma aprendizagem significativa?• É mais do que uma acumulação de

fatos é uma aprendizagem que provoca uma modificação...

• Quer seja comportamento

Orientação da ação futura

Atitudes e personalidade

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Na terapia centrada no cliente

• A pessoa começa a se ver de modo diferente• Aceita-se a si mesma e aos seus sentimentos de uma

maneira mais total• Torna-se mais confiante em si mesma e mais autônoma• Torna-se mais na pessoa que gostaria de ser• Torna-se flexível, menos rígida nas suas percepções• Adota objetivos mais realistas• Comporta-se de uma forma mais amadurecida• Modifica os seus comportamentos desadaptados• Aceita mais abertamente os outros• Torna-se mais aberta à evidência• Modifica as sua características de personalidade de base,

de uma maneira construtiva

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Aprendizagem significativa na Educação

X Aprendizagem em Psicoterapia

1. O enfrentamento do problema que tenta resolver e não consegue – quer aprender a resolvê-lo

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Atitudes do terapeuta

2. Congruência

3. Uma consideração positiva incondicional

4. Uma compreensão por empatia

5. Que o paciente experimente ou aprenda algo da congruência, aceitação e empatia do terapeuta

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Quando estas cinco condições existem acorre

inevitavelmente um processo de alteração

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Implicações no domínio da educação

•O contato com os problemas

•A autenticidade do professor

•Aceitação e compreensão •Os recursos disponíveis

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“Rogers concluiu:

o que é válido em psicoterapia aplica-se à educação. Portanto, a eficácia do processo da aprendizagem depende da qualidade da interação entre professor e aluno, da existência de um clima afetuoso entre ambos. A abordagem Rogeriana da educação consiste no ensino centrado no estudante ou na educação centrada na pessoa “ (Claudia et al , s/d).

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APRENDIZAGEM E HUMANISMO - pressupostos

- Aprendizagem centrada no aluno e não no ensino - Aprendizagem escolar como um aspecto do processo de auto-realização

"Um músico deve compor, um artista deve pintar,

um poeta deve escrever, caso pretendam deixar seu coração em paz.

O que um homem pode ser, ele deve ser. A essa necessidade podemos dar o nome de

auto-realização."

Abraham Harold Maslow (1908 - 1970)

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- O professor é um facilitador - Não transmite conteúdo, dá assistência

- O conteúdo advém da própria experiência dos alunos

O PAPEL DO PROFESSOR

- Educação assume um papel amplo

- Educação do homem como um todo

- O professor não ensina, apenas cria condições para que o aluno aprenda

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Educação leva à busca progressiva da autonomia

O professor dá ênfase às relações interpessoais, ao crescimento que delas resulta e a preocupação com a orientação interna

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  ”  Rogers... está convencido que, tal como ocorre com uma planta que, mesmo em locais insalubres, luta em busca do sol e da vida, embora os meios lhe sejam adversos, nós, os seres humanos, temos um impulso inerente ao organismo como um todo para nos direcionarmos ao desenvolvimento de nossas capacidades tanto quanto for possível, quer sejam físicas, intelectuais ou morais, em conjunto “ (Guimarães)

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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

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MÉTODOS DE PROMOVER A LIBERDADE PARA APRENDER

1. EDIFICAR SOBRE PROBLEMAS PERCEBIDOS COMO REAIS

2. PROMOVER RECURSOS

3. O USO DE CONTRATOS

4. DIVISÃO DE GRUPOS

5. ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS DE FACILITADORES DA APRENDIZAGEM

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6. A ORIENTAÇÃO DA PESQUISA

7. A SIMULAÇÃO COMO TIPO DE APRENDIZAGEM EXPERIMENTAL

8. OS GRUPOS BÁSICOS DE ENCONTRO

9. AUTO-AVALIAÇÃO

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MÉTODOS QUE NÃO SE EMPREGAM

1. NÃO SE ESTABELECE DEVER DE CASA

2. NÃO SE DETERMINA LEITURAS

3. NÃO DÁ AULAS EXPOSITIVAS – A MENOS SE SOLICITADO

4. NÃO FAZ AVALIAÇÕES OU CRÍTICAS

5. NÃO DÁ PROVAS OBRIGATÓRIAS

6. NÃO SE RESPONSABILIZA SOZINHO PELAS NOTAS

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APLICAÇÃO DAS IDÉIAS ROGERIANAS AO TRABALHO

DIÁRIO DO PROFESSOR (BARROS, 2007)

Os educadores reconhecem o grande valor e a praticidade indiscutível da teoria de Rogers.

Os que a adotaram sentiram que precisavam melhorar seu relacionamento com os alunos, assumindo, em sala de aula outras atitudes e nova linguagem.

Os professores organizaram algumas regras que buscam comunicar ao aluno compreensão e aceitação, que se seguem:

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1. acabar com o julgamento. Cortar avaliações tanto negativas como positivas. Evitar adjetivos como: certo, errado, bonito, feio, estúpido, etc.

2. evitar rótulos, diagnósticos e prognósticos. Muitas afirmações usadas pelo professor prejudicam seu relacionamento com os alunos.

3. reconhecer, sempre que possível, a queixa de uma criança que se sente prejudicada e atender a seu desejo.

4. receber com cuidado os comentários e as perguntas que parecem não ter relação com o tópico que está sendo tratado.

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5. evitar “perguntas” que contenham mensagens de desaprovação, desapontamento ou desprazer. Há perguntas que fazem a criança sentir-se tola, culpada ou enraivecida e vingativa.

6. usar frases não-críticas para obter cooperação. As frases críticas geram resistência. Emitir, de preferência, “mensagens-eu”.

7. evitar considerar como um desafio proposital uma pequena infração do aluno. Deixar sempre aberta, ao aluno, uma porta para uma saída honrosa. Esta máxima evita muitos problemas disciplinares.

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8. usar polidez e cortesia com as crianças como se faz com visitas em nossa casa.

9. respeitar a autonomia da criança. Omitir frases pressionantes (“Você deve...”, “É melhor você fazer...”)

10. expressar irritação sem ofender a criança.

11. reconhecer e aceitar os sentimentos da criança.

12. ser bondoso, oferecendo ajuda nas horas difíceis para a criança.

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O que estas imagens despertam em você ?(Sugestão para o professor fazer uma

relação com a teoria)

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Influência do ExistencialismoConceito de Intencionalidade

A característica do pensamento que independe dos fatos objetivos ou dos eventos internos

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•Na atual conjuntura que vivemos é adotar esta abordagem ? Como ?

•O professor tem força para promover a liberdade em sala de aula?

•Quais as implicações para se promover a liberdade na escola?

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BIBLIOGRAFIA

BARROS, C.S.G. Pontos da Psicologia Escolar. 5ª. Ed. Ed. Ática. 2007.

HIPÓLITO,J. Pessoa como Centro. " Revista de Estudos Rogerianos. nº. 3 Primavera-Maio,1999

M ILHOLLAN, Frank; FORISHA, Dill E. Skinner x Rogers maneiras contrastantes de encarar a educação. São Paulo: Summus, 1978.

ROGERS, Carl R. Tornar-se Pessoa. São Paulo: 4.ed. Martins Fontes, 1991.

.___Liberdade para aprender. 2ª. Ed., BH, Interlivros, 1977