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Humanismo e criação literária

2º humanismo e criação literária

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Humanismo e criação literária

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Novos valores, novas atitudes

• Os Humanistas são, os intelectuais admiradores da cultura clássica e dos valores humanos.

• Bons conhecedores do Latim e do Grego, estudam os autores antigos (Platão, Aristóteles ou Cícero)

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• Estes humanistas tinham um novo conceito de vida e do mundo.

• Desenvolveram um agudo espírito crítico sobretudo em relação aos problemas da sociedade.

• Conscientes das suas capacidades intelectuais manifestavam grande confiança em si próprios.

Erasmo

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• Esta atitude conduziu ao Individualismo.

• A afirmação pessoal de cada indivíduo e a valorização das suas realizações.

• Estas ideias também passaram às elites da sociedade renascentista.

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• Os grandes humanistas europeus

• Maquiavel – Primeiro tratado de ciência política moderno (O Príncipe)

“Origina-se aí a questão aqui discutida: se é preferível ser amado ou ser temido. Responder-se-á que se preferiria uma e outra coisa; porém, como é difícil unir, a um só tempo, as qualidades que promovem aqueles resultados, é muito mais seguro ser temido do que amado, quando se veja obrigado a falhar numa das duas. Os homens costumam ser ingratos, volúveis, dissimulados, covardes e ambiciosos de dinheiro; enquanto lhes proporcionas benefícios, todos estão contigo, oferecem-te sangue, bens, vida, filhos, como se disse antes, desde que a necessidade dessas coisas esteja bem distante. Todavia, quando ela se aproxima, voltam-se para outra parte.”

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• Erasmo de Roterdão – Espírito crítico (Elogio da Loucura)

O livro começa com um aspecto satírico para depois tomar um aspecto mais sombrio, tem uma série de orações, já que a loucura aprecia a auto-depreciação, e passa então a uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas corruptas da Igreja Católica Romana. O ensaio termina com um testamento claro e por vezes emocionante dos ideais cristãos.

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• Thomas More – Imagina uma sociedade ideal (Utopia)

Neste livro cria uma ilha-reino imaginária que alguns autores modernos viram como uma proposta idealizada de Estado e outros como sátira da Europa do século XVI. Um dos aspectos desta obra de More é que ela recorre à alegoria (como no Diálogo do conforto, ostensivamente uma conversa entre tio e sobrinho) ou está altamente estilizada, ou ambos, o que lhe abre um largo campo interpretativo .

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• Entre os Portugueses:

• André de Resende

Intelectual, um teólogo, um arqueólogo, um especialista da Grécia e da Roma antiga, em suma um grande pensador humanista português.

André de Resende foi, provavelmente, o pioneiro da arqueologia em Portugal, à qual se dedicou com zelo, devendo-se-lhe o primeiro estudo dos monumentos epigráficos da época romana em Portugal.

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• Damião de Góis

Historiador e humanista português, relevante personalidade do renascimento em Portugal. De mente enciclopédica, foi um dos espíritos mais críticos da sua época, verdadeiro traço de união entre Portugal e a Europa culta do século XVI.

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Nova criação literária e a imprensa

• Nos finais do século XVI Shakespeare afirma-se como um dos maiores dramaturgos.

Dramaturgo e poeta inglês, amplamente considerado como o maior dramaturgo da Língua inglesa e um dos mais influentes no mundo ocidental. As suas obras permaneceram ao longo dos tempos. 38 peças, 154 sonetos, dois poemas de narrativa longa, e várias outras poesias. As suas obras são as mais actualizadas do que as de qualquer outro dramaturgo. Muitos de seus textos e temas, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com frequência pelo teatro, televisão, cinema e literatura.

Entre suas obras é impossível não ressaltar Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a questão).

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• Miguel de Cervantes escreve uma das obras-primas da literatura mundial (D.Quixote de La Mancha)

O livro surgiu num período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e na altura. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que estas histórias tinham sido historicamente verdadeiras e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro de Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis de fancaria. A história é apresentada sob a forma de novela realista.

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• Em Portugal surge um dos grandes poetas universais, Luís de Camões autor de os Lusíadas.

Frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade.

As armas e os barões assinaladosQue, da ocidental praia lusitana,Por mares nunca de antes navegadosPassaram ainda além da Taprobana,Em perigos e guerras esforçados,Mais do que prometia a força humana,E entre gente remota edificaramNovo reino, que tanto sublimaram.(...)Cantando espalharei por toda a parte,Se a tanto me ajudar o engenho e arte

Camões, Lusíadas, Canto I.

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• Esta activa produção literária e humanista pôde ser divulgada graças à imprensa.

• Esta foi inventada nos meados do século XV por Gutenberg, na Alemanha.