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América do Sul A América do Sul é um subcontinente que compreende a porção meridional da América. Sua extensão é de 17.819.100 km², abrangendo 12% da superfície terrestre, porém só tem 6% da população mundial. Une-se à América Central, ao norte, pelo istmo do Panamá e separa-se da Antártica pelo estreito de Drake. Tem uma extensão de 7400 km desde o mar do Caribe até o cabo Horn, ponto extremo sul do continente. Os outros pontos extremos da América do Sul são: ao norte a Punta Gallinas, na Colômbia, ao leste a Ponta do Seixas, no Brasil, e a oeste a Punta Pariñas, no Peru. Seus limites naturais são: ao norte com o mar do Caribe; a leste, nordeste e sudeste com o oceano Atlântico; e a oeste com o oceano Pacífico.

AméRica Do Sul

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Page 1: AméRica Do Sul

América do Sul

A América do Sul é um subcontinente que compreende a porção meridional da América. Sua extensão é de 17.819.100 km², abrangendo 12% da superfície terrestre, porém só tem 6% da população mundial. Une-se à América Central, ao norte, pelo istmo do Panamá e separa-se da Antártica pelo estreito de Drake. Tem uma extensão de 7400 km desde o mar do Caribe até o cabo Horn, ponto extremo sul do continente. Os outros pontos extremos da América do Sul são: ao norte a Punta Gallinas, na Colômbia, ao leste a Ponta do Seixas, no Brasil, e a oeste a Punta Pariñas, no Peru. Seus limites naturais são: ao norte com o mar do Caribe; a leste, nordeste e sudeste com o oceano Atlântico; e a oeste com o oceano Pacífico.

No século XIX, o continente recebeu cerca de 15 milhões de imigrantes provenientes da Europa, e sofreu influências culturais e ideológicas tanto dos Estados Unidos quanto da Europa. A rápida urbanização superou a oferta de emprego e moradia. Como esforço

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para estimular o comércio e produção, formaram-se grupos econômicos como o Mercado Comum Centro-Americano (MCCA), Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) (1960), e a Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio (ALADI) (1981). Desde 1º de janeiro de 1995 vigora o Mercosul (Mercado Comum do Sul), que pretende extinguir gradativamente a fronteira econômica entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai; tendo recentemente a adesão da Venezuela.

A América do Sul possui vastos recursos naturais e graves problemas econômicos e sociais. Em razão do alto endividamento externo e interno, vários países sul-americanos aplicam as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que comprimem as contas públicas mas não eliminam as crises.

A indústria está concentrada no beneficiamento de produtos agrícolas e na produção de bens de consumo, com destaque para a indústria automobilística. No Brasil e na Argentina encontra-se mais diversificada, abrangendo setores como extração, refino de petróleo e siderurgia. O Brasil é responsável por cerca de três quintos da produção industrial sul-americana. A mineração inclui a extração de petróleo (com destaque para a Venezuela), cobre, estanho, manganês, ferro e outros. A agricultura é intensiva nas áreas tropicais, onde há culturas voltadas para a exportação (café, cacau, banana, cana-de-açúcar, cereais). A pecuária é praticada em larga escala no sul e no centro.

História

A História da América do Sul é marcada por uma tendência de ascensão e declínio de impérios e dominações estrangeiras, desde a derrocada dos Incas, colonização e as guerras de independência, até mais recentemente, por sucessivas ondas de ditaduras e redemocratização. Apesar disso, embora muitas vezes se tratem os países do continente como bastante similares e politicamente ligados, estes processos políticos não ocorreram de forma homogênea em todos os países — dos quais são exceções notáveis, ao longo dos séculos, o Brasil e as Guianas.

Início

A América do Sul foi provavelmente o último continente do planeta a ser habitado por humanos, à exceção da Antártida. As primeiras evidências de ocupação humana datam de quatorze mil anos, por vestígios de agricultura. Por volta do ano 1000, mais de dez milhões de pessoas habitavam o continente, concentrados principalmente na

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Cordilheira dos Andes e no litoral norte, banhado pelo Mar do Caribe. As demais regiões eram de povoamento mais esparso e nômade.

Civilizações Pré-Colombianas

As Pinturas rupestres de Cueva de las Manos.

Os chibchas ou muíscas foram uma das principais civilizações indígenas pré-incaicas, concentrados na atual Colômbia. Junto com os quíchua nos Andes e os aimarás no Altiplano, formavam os três grupos sedentários mais importantes do continente. A cultura chavín, no atual Peru, estabeleceu uma rede comercial e agricultura desenvolvida a partir de 900 a.C.. Além destes e antes dos incas, houve outras civilizações (povos organizados em cidades, não em tribos e aldeias) sul-americanas e também outros povos que não chegaram a ser civilizações.

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Machu Picchu, cidade inca.

Originalmente, os incas eram um clã específico entre o povo quíchua (ou quéchua), que habitava os Andes. Embora sem conhecerem a escrita nem a roda, os incas e os povos subjugados construíram um Estado altamente avançado. Em 1530, o Império Inca estava em seu auge, com o imperador Huayna Capac. Este, no entanto, ao morrer deixou como herança um império partilhado entre seus filhos, o que ocasionou uma guerra civil entre os dois irmãos. Foi nesse contexto que os conquistadores espanhóis chegaram.

Colonização Européia

Mapa da América do Sul, de 1575.

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De acordo com registros não-oficiais, o primeiro registro visual do continente por europeus aconteceu em 1498, pelo navegador português Duarte Pacheco Pereira. Nos anos seguintes, outros navegadores fizeram explorações no litoral sul-americano. Em 1494, face ao achamento do Novo Mundo por Colombo, Portugal e Castela se apressaram em negociar a partilha das novas terras. A divisão do planeta em dois hemisférios foi oficializada no Tratado de Tordesilhas.

Os espanhóis, estimulados pelo sucesso de Cortés no México (contra os astecas), descem pelo Panamá e desembarcaram na costa do Império Inca. A conquista resultou num violento decréscimo demográfico, reduzindo drasticamente a população do continente.

A América do Sul ficou dividida praticamente entre os dois reinos ibéricos, com áreas de colonização litorânea ocidental-pacífica para Castela e a oriental-atlântica para Portugal. Espanhóis se instalaram no Prata, no Caribe e nos Andes. Já os portugueses investiram principalmente no extrativismo de pau-brasil e, mais tarde, na plantação de cana-de-açúcar. A colonização ibérica também trouxe o proselitismo religioso, com a fundação de missões católicas para conversão dos nativos, sendo o trabalho conduzido especialmente pelos jesuítas.

A União Ibérica, formada a partir de 1580, extingue na prática as fronteiras das zonas de colonização na América do Sul. A principal mudança da União Ibérica é que Portugal passa a ser inimiga dos adversários da Espanha, como Inglaterra e as recém-emancipadas Províncias Unidas dos Países Baixos. Com isso, potências como Inglaterra, França e Holanda invadiram e ocuparam áreas de dominação dos reinos ibéricos.

Aos poucos, surgiu uma nova classe social e étnica, a partir da miscigenação entre colonos ibéricos e os índios: os mestiços ou gentio (na América Portuguesa) e os mestizos ou criollos (na América Hispânica). Nas áreas de escravidão, ocorreu o mesmo entre europeus e africanos, dando origem aos mulatos, cafuzos e mamelucos.

O século XVIII viu as revoltas de Tupac Amaru, no Peru, e de Felipe dos Santos e a Inconfidência Mineira, no Brasil, contra as injustiças cometidas pelo governo colonial. As revoltas foram uma reação à política do despotismo esclarecido que, a partir da Europa, tentava maximizar os lucros obtidos com a exploração em suas colônias, especialmente na área mineral (ouro, prata e diamantes). Os tratados de Utrecht, em 1713, e de Madri, em 1750, procuram delimitar as novas fronteiras da divisão do continente entre as duas monarquias ibéricas.

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Mapa da América do Sul em 1750.

Independências e Conflitos Internos

As Guerras Napoleônicas submeteram Portugal e Espanha à ocupação (e, no caso desta última, ao domínio político) por parte da França, então em guerra contra a Inglaterra. Isto levou ingleses a atacarem terras sul-americanas sob controle espanhol. Com a restauração das monarquias soberanas, entre 1811 e 1814, os colonizadores tentaram restaurar o sistema rígido colonial, o que provocou revoltas.

O bacharel Simón Bolívar, o platino José de San Martín, e Bernardo O'Higgins do Chile, se encarregam de organizar os exércitos coloniais e pouco a pouco, libertam e conquistam, militarmente, a independência dos vários vice-reinados e capitanias sul-americanos, que passam a ser repúblicas. No Brasil, a independência foi batalhada entre 1817 e 1825 (ano do reconhecimento por Portugal) por representantes das elites nativas, mas acabou só sendo efetivada por iniciativa do próprio herdeiro do trono colonizador, o então príncipe-regente Pedro de Alcântara que se coroou imperador Dom Pedro I em 1822. As Guianas inglesa, holandesa e francesa continuaram sob suas metrópoles. As duas primeiras só ficariam independentes na segunda metade do século XX (Guiana em 1966 e Suriname em 1975), enquanto a terceira ainda é um departamento ultramarino da França.

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Simón Bolívar, libertador de seis países latino-americanos: Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela.

Durante as lutas pela independência, a intenção dos libertadores era unificar toda a América Hispânica sob uma mesma república (pan-americanismo). O plano de Bolívar para a unificação da América fracassa logo em seguida ao Congresso do Panamá, para desgosto do Libertador. A América Portuguesa, por outro lado, se mantém íntegra — exceto pelo extremo sul. O Império Brasileiro se firma como potência regional. Internamente, o país sofre com as revoltas do período regencial e com a Guerra dos Farrapos.

A Guerra do Paraguai transformou em aliados, os até então inimigos Brasil, Argentina e Uruguai com o objetivo de travar as ambições territoriais do General Solano Lopez e seu relativamente poderoso Paraguai. A guerra termina com uma catástrofe para a nação paraguaia que perde uma parte de seu território, e tem um custo muito elevado em termos de vidas e bens materiais.

O Chile enfrenta a aliança de Peru e Bolívia na Guerra do Pacífico (1879-1884), derrotando-os e ocupando um território rico em guano. Nesse conflito, a Bolívia deixou de ter a seu acesso ao Oceano Pacífico. O país também perde território para o Brasil com a anexação do Acre, em 1903.

História Recente

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A partir da década de 1870, o continente viveu uma onda de governos autoritários e nacionalistas, liderados por figuras típicas da política latino-americana chamados de "caudilhos". Houve caudilhos tanto de caráter reformista quanto conservador. De forma geral, a onda autoritária durou até a ascensão da burguesia industrial, na década de 1930.

Os anos 1930 na América do Sul começaram sob o forte impacto da Grande Depressão ou crise de 1929 que se seguiu nos Estados Unidos. A suspeita de aproximação e o receio de alinhamento de alguns ditadores com as potências do Eixo, levam o governo dos EUA (sob Franklin Roosevelt e Harry Truman) a criarem e implementarem a Política da Boa Vizinhança para o continente, destinada a aumentar a influência econômica e cultural norte-americana sobre a América do Sul.

De 1954 a 1976, praticamente todo o continente mergulhou em regimes militares. Vários dos governos sul-americanos colaboraram na Operação Condor. As ditaduras foram enfrentadas por movimentos guerrilheiros de esquerda.

O primeiro ciclo de redemocratização, a partir da metade da década de 1980, foi liderado por Raúl Alfonsín na Argentina, Patricio Aylwin no Chile, Alan García no Peru e Tancredo Neves e José Sarney no Brasil. Num segundo momento, seus sucessores implementam reformas neoliberais seguindo as orientações do Fundo Monetário Internacional e do Consenso de Washington. A proposta de integração latino-americana é retomada no campo econômico, com a abolição gradual de barreiras alfandegárias e propostas para uniões monetárias.

A partir do final dos anos 1990, com as crises econômicas e sociais resultantes das experiências neoliberais, os governos de direita vão perdendo popularidade e começa uma seqüência de eleições de governos populistas ou de centro-esquerda. O fenômeno é chamado de "Guinada à Esquerda" da América do Sul e inclui tanto lideranças que se notabilizam pelo radicalismo no enfrentamento antielitista e antiimperialista.

Política

Durante a primeira década do século XXI, os governos sul-americanos têm impulsionado a política de esquerda, com líderes socialistas que são eleitos como no Chile, Uruguai, Brasil, Argentina, Equador, Bolívia, Paraguai e Venezuela. Apesar do movimento de esquerda, a América do Sul em sua maioria ainda abraça a política de mercado

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livre, e ela está tomando um caminho ativo em direção à maior integração continental.

Bandeira do MERCOSUL (imagem coletada de: http://www.brasilescola.com/geografia/mercosul-paises-integrantes.htm)

Bandeira da União das Nações Sul-Americanas (imagem coletada de: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Uni%C3%A3o_de_Na%C3%A7%C3%B5es_Sul-Americanas)

Recentemente, uma entidade intergovernamental tem sido formada para fundir duas uniões aduaneiras existentes: o Mercosul e a Comunidade Andina, formando assim o terceiro bloco político-comercial no mundo. Esta nova organização política conhecida como a União de Nações Sul-Americanas procura estabelecer o movimento livre de pessoas, desenvolvimento econômico, uma política de defesa comum e a eliminação de tarifas.

Subdivisões

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País ou dependênci

aÁrea

População

(milhões)   

País ou dependênci

aÁrea

População

(milhões)

1Argentina

2.791.810 km²

36,2 9 Peru1.285.220 km²

28,3

2 Bolívia1.098.581 km²

8,4 10 Suriname163.270 km²

0,43

3 Brasil8.514.877 km²

187,5 11 Uruguai176.220 km²

3,3

4 Chile756.950 km²

16,1 12Venezuela

916.445 km²

27,2

5 Colômbia1.141.748 km²

42,7 13

Ilhas Malvinas (Reino Unido)

12.173 km²

0,003

6 Equador283.560 km²

13,4 14

Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul (Reino Unido)

3.093 km²

7 Guiana214.970 km²

0,69 15Guiana Francesa (França)

91.000 km²

0,18

8 Paraguai406.750 km²

5,8

Regiões

O continente é subdividido ainda em regiões geográficas e políticas determinadas por aspectos de relevo, vegetação e cultura:

Amazônia - todo o norte do Brasil, mais sul da Venezuela e Colômbia, e norte do Peru e Bolívia

Complexo do Pantanal - oeste do Brasil, Paraguai e Bolívia Guianas - Guiana, Suriname e Guiana Francesa Sul do Caribe - norte da Colômbia e da Venezuela, Trindade e

Tobago Planalto Central - centro do Brasil Sertão - nordeste do Brasil Mata Atlântica - costa oriental do Brasil Região Andina - sudoeste da Colômbia, Equador inteiro, Peru,

oeste da Bolívia, norte da Argentina e Chile inteiro Região Platina - norte da Argentina, Paraguai e Uruguai

o Altiplano - leste da Bolívia

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o Chaco - sudeste da Bolívia, norte do Paraguai e da Argentina

Cone Sul - Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil o Pampas - nordeste da Argentina, Uruguai e extremo sul

do Brasil o Patagônia - sul do Chile e da Argentina

Geogragia

A América do Sul ocupa uma área de 17.819.100 km², localiza-se a 60º00'00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 20º00'00" de latitude sul da Linha do Equador e com fusos horários -6, -5, -4, -3 e -2 horas em relação a hora mundial GMT. Quatro quintos do continente ficam abaixo da Linha do Equador. No planeta Terra, o continente faz parte do continente pan-americano. É banhado pelo mar do Caribe, oceano Atlântico e oceano Pacífico.

Geologia e Relevo

Primitivamente ligada à África, com a qual compunha o continente da Gonduana, a América do Sul era representada, basicamente, por três massas cristalinas: o escudo Brasileiro, o escudo Guiano e o escudo Patagônico. Os escudos Brasileiro e Guiano apresentam traços de dobramentos antigos, pré-cambrianos e pré-devonianos, o mesmo se verificando no Cretáceo com o escudo Patagônico. No Cretáceo, quando parece ter-se iniciado o desligamento do bloco africano do brasileiro, dobraram-se as camadas sedimentares acumuladas, dando origem à cordilheira dos Andes, já no Terciário. Uma vez formada a cordilheira dos Andes, ocorreu quase simultaneamente a regressão dos mares que cobriam as partes mais baixas dos escudos ou entre estes e os Andes.

Com relação à bacia Amazônica, o levantamento do bloco andino barrou o escoamento das águas para oeste e, com o aumento da sedimentação, a bacia adquiriu um aspecto lagunar. A evolução da sedimentação da bacia do Orinoco não teve seqüência muito diferente da bacia Amazônica.

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Imagem de satélite da América do Sul

Quanto à planície do Pampa, pois, ao que parece, a sedimentação, até o final do Mesozóico, ocorreu em ambiente marinho ou em conjunto de grandes lagunas. Mas no Terciário, com a formação dos Andes, o braço de mar que separava o escudo Patagônico do Brasileiro regrediu. De outro lado, no Mesozóico e Paleozóico, os sedimentos provieram das áreas cristalinas das áreas soerguidas do norte (planalto Brasileiro) ou do sul (escudo Patagônico), enquanto no Terciário a planície começou também a receber os sedimentos dos Andes. O relevo dessa área possui características próprias. A planície Amazônica é um imenso funil que desce suavemente em direção ao Atlântico a partir dos sopés andinos. Na planície Amazônica, encontra-se a maior rede hidrográfica do mundo, com uma área de cerca de 7.000.000 km².

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Ao norte da planície Amazônica, estendendo-se por quase 500.000 km², surge a bacia do Orinoco. A planície do Orinoco é continuada para o sul através de lhanos do Beni, de Mojos, Guarayos e de Chiquitos. Ao sul da Bolívia, inicia-se o Chaco. Ao sul do Chaco, estendem-se os pampas, onde formaram bacias sem escoamento para o mar. A noroeste da província de Buenos Aires, erguem-se as serras pampianas. A serra de Famatina (cerca de 6.000m) é a mais alta desse conjunto, onde também se destacam outras serras.

Diferente é o aspecto morfológico geral da região situada a leste das referidas planícies, formando a segunda importante faixa de relevo da América do Sul. Trata-se do planalto Brasileiro e seu prolongamento para o norte, o planalto das Guianas. Este último, estende-se pela fronteira brasileira com as Guianas e com a Venezuela. A escarpa do planalto, do lado sul, desce abruptamente. Para o norte, em direção à planície do Orinoco, suas vertentes são mais suaves. Depois da interrupção produzida pela planície a área planaltina prossegue para o sul, constituindo-se no planalto Brasileiro, com cerca de 5.000.000 km².

Interrompidas mais o sul pelos depósitos pampianos, as formas planaltinas reaparecem ao sul do rio Colorado (Argentina), constituindo o planalto da Patagônia. Apesar do domínio das formações continentais, há sinais de trangressão marinha na costa. A superfície atual parece corresponder a um peneplano, cuja formação data do fim do Plioceno. Movimentos posteriores de soerguimento aprofundaram os vales na massa sedimentar. Os vales patagônicos, que em regra se caracterizam por uma topografia semi-desértica, possuem perfis longitundinais com forte inclinação, largos talvegues cercados por altas vertentes. Como os soerguimentos pós-pliocênicos não se fizeram uniformemente, restaram áreas deprimidas.

O oeste da América do Sul é ocupado pela terceira grande faixa morfo-estrutural e que constitui a extensa cordilheira dos Andes. A par dessas três áreas morfo-estruturais, observa-se um grande contraste morfológico entre o litoral do Atlântico (16.000km de extensão) e o do Pacífico (9.000km). O litoral atlântico é, em geral, baixo, de fraco declive, arenoso ou constituído de depósitos fluviais e ostenta uma larga plataforma continental. Os rios desempenharam papel importante na configuração do litoral, de grande parte das ilhas da foz do Amazonas e do delta do Paraná. Mas tiveram importância também a erosão marinha e os movimentos epirogênicos.

As grandes altitudes das costas do Pacífico se opõem imensas profundidades submarinas, quase não existindo plataforma continental. A única área mais acidentada é a situada ao sul, onde aparecem ilhas e arquipélagos, como o de Chonos, Madre de Díos, Reina Adelaide, além da ilha da Terra do Fogo, separada do continente pelo estreito de Magalhães.

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Solos

Milhares de quilômetros quadrados de solo escuro, de origem eólica e aluvial, ocorrem nos pampas da Argentina e Uruguai, onde se encontram algumas das melhores terras do mundo. Pequenas áreas de bons solos aparecem também nos vales andinos e da costa ocidental, especialmente no vale Longitudinal do Chile, na planície de Guayas, Equador, e no vale do Cauca, Colômbia. Excelentes também são as terras roxas da bacia do Paraná no Brasil, originadas da desagregação dos afloramentos basálticos e atualmente propícias à cultura cafeeira, somente encontrando rival nos solos vulcânicos dos Andes colombianos.

As terras da bacia Amazônica em geral são pobres; existem solos férteis em pequenas áreas de terras aluviais, porém sujeitas a inundações. A infertilidade e a elevada acidez fazem com que a maior parte da terras da planície tropical sejam ruins para a agricultura.

Clima

A distribuição das temperaturas médias na região apresenta uma regularidade constante a partir dos 30º de latitude sul.

Nas latitudes temperadas, os invernos são mais amenos e os verões mais quentes do que na América do Norte. Pelo fato de sua parte mais extensa do continente localizar-se na zona equatorial, a região possui mais áreas de planícies tropicais do que qualquer outro continente.

As temperaturas médias anuais na bacia Amazônica oscilam em torno de 27°C, com pequenas variações estacionais. Entre o lago de Maracaibo e a foz do Orinoco, predomina um clima tropical do tipo senegalês, que engloba também partes do território brasileiro.

O centro-leste do planalto Brasileiro possui clima tropical úmido e quente. As partes norte e leste do pampa argentino possuem clima temperado oceânico, enquanto as faixas oeste e leste tem clima temperado. Nos pontos mais elevados da região andina, os climas são mais frios do tipo norueguês. Nos planaltos andinos, predomina o clima quente, embora amenizado pela altitude, enquanto na faixa costeira, registra-se um clima equatorial do tipo guineano. Deste ponto até o norte do litoral chileno aparecem, sucessivamente, climas

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mediterrâneo oceânico, temperado do tipo bretão e, já na Terra do Fogo, clima frio do tipo siberiano.

Mapa climático da América do Sul de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger.

A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das massas de ar. Na maior parte da região tropical a leste dos Andes, os ventos que sopram do nordeste, leste e sudeste carregam umidade do Atlântico, provocando abundante precipitação pluviométrica. Nos lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as precipitações vão de moderadas a elevadas. O litoral colombiano do Pacífico e o norte do Equador são regiões bastante chuvosas. O deserto de Atacama, ao longo desse trecho da costa, é uma das regiões mais secas do mundo. Os trechos central e meridional do Chile são sujeitos a ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é desértica. Nos pampas da Argentina, Uruguai e Sul do Brasil a pluviosidade é moderada, com chuvas bem distribuídas durante o ano. As condições moderadamente secas do Chaco opõem-se a intensa pluviosidade da

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região oriental do Paraguai. Na costa do semi-árido Nordeste brasileiro as chuvas estão ligadas a um regime de monções.

Fatores importantes na determinação dos climas são as correntes marítimas, como as de corrente de Humboldt e das Malvinas. A corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no litoral do Nordeste e aí divide-se em duas outras: a corrente do Brasil e uma corrente costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas.

Hidrografia

Os mais importantes sistemas hidrográficos da América do Sul — o do Amazonas (o mais vasto), do Orinoco e do Paraná-rio da Prata — têm a maior parte de suas bacias de drenagem na planície. Os três sistemas, em conjunto, drenam uma área de cerca de 9.583.000 km².

A maior parte dos lagos da América do Sul localiza-se nos Andes ou ao longo de seu sopé. Entre os lagos andinos, destacam-se o Titicaca e o Poopó. A mais importante formação lacustre do norte é o lago de Maracaibo, na Venezuela, e na costa oriental salienta-se a lagoa dos Patos, no Brasil.

Vegetação

A cobertura vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas áreas em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica. As florestas tropicais úmidas são bastante extensas, cobrindo a bacia Amazônica.

Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste parte do planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre os Andes centro-meridionais chilenos, e florestas tropicais descontínuas compreendem a região do Chaco.

Existem vastas áreas de campos e savanas. No Nordeste brasileiro, sob um clima semi-árido, aparece a caatinga e, correspondendo ao clima tropical, estendem-se os cerrados do Brasil central. Os páramos, vegetação estépica de altitude, cobrem amplas porções dos planaltos interandinos do Equador e do Peru setentrional, enquanto os pampas apresentam a mesma vegetação. E a vegetação desértica das punas, predomina em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru centro-meridional, norte do Chile e nordeste da Argentina.

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Fauna

Os animais nativos da América do Sul pertencem, em sua maioria, ao chamado domínio neotrópico da zoogeografia. A fauna das florestas tropicais carateriza-se pela abundância de macacos, antas, roedores e répteis. Os mais característicos membros da fauna amazônica são o peixe-boi, mamífero aquático e vegetariano, e a piranha.

A região dos Andes, as estepes frias e desertos da Patagônia possuem uma fauna peculiaríssima, como os quatro membros do ramo americano de camelídeos: guanaco, lhama, alpaca e vicunha.

Lhama, animal típico dos andes.

A pradarias situadas no sul do Amazonas possuem uma fauna característicamente transicional. Nessa área ocorrem espécies tropicais, ao mesmo tempo que animais das regiões mais frias.

Demografia

Grupos Etnicos

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Para a formação étnica da população sul-americana predominaram três etnias: índios, brancos e negros. Em muitos países predominam os mestiços de espanhóis com indígenas, como é o caso da Colômbia, Equador, Paraguai e Venezuela. Em apenas dois países os povos indígenas são maioria: no Peru e na Bolívia. Grandes populações de ascendência africana são encontradas no Brasil, na Colômbia e na Venezuela.

Os países de forte ascendência européia são a Argentina, o Uruguai, o Chile, e o Brasil. Os dois primeiros países tem sua população derivada de imigrantes espanhóis e italianos e, no caso do Sul e sudeste meridional do Brasil (principalmente São Paulo), derivada de imigrantes portugueses, italianos, alemães e espanhóis.

No Chile em 1848 ocorreu uma grande imigração de alemães (também suíços e austríacos) e franceses. Esta imigração foi patrocinada pelo governo chileno para fins de colonização das regiões meridionais do país. A origem basca, está entre os 1.600.000 (10%) e 4.500.000 (27%). Outros grupos imigrantes historicamente significativos são os croatas, com 380.000 a 500.000 descendentes sendo o segundo país do mundo com o maior número de descendentes de croatas, Além dos italianos, suíços, franceses e bretões, de acordo com algumas estimativas, seriam entre 350.000 e 420.000 descendentes de bretões no Chile. De acordo com a embaixada de Grécia tem entre 90.000 e 120.000 descendentes de gregos, e o Chile é um dos países com o maior número de descendentes dos gregos no mundo.Estima-se que há 600.000 mil descendentes de italianos e 500.000 descendentes de francos. Outras origens europeias também estão disponíveis, mas em pequenas quantidades. O Chile também recebeu um grande número de imigrantes a partir do Médio Oriente, especialmente Palestina, sendo esta a maior colônia fora do Médio Oriente, com 450.000 a 500.000 integrantes, Líbano, Síria e uma grande comunidade de Arménia.

A imigração alemã no Brasil foi o movimento migratório ocorrido nos séculos XIX e XX de alemães para várias regiões do Brasil. As causas deste processo podem ser encontradas nos freqüentes problemas sociais que ocorriam na Europa e a fartura de terras no Brasil. Atualmente, estima-se que dezoito milhões ou 10% dos brasileiros têm ao menos um antepassado alemão.[57] O Brasil abriga hoje a maior comunidade ucraniana da América Latina, contando com 1 milhão de pessoas.

Minorias étnicas incluem os árabes e japoneses no Brasil, chineses (cantoneses) no Peru e indianos na Guiana.

Alguns grupos étnicos do continente sul-americano, como os negros e os indígenas, são vítimas de preconceito racial. As manifestações

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preconceituosas de racismo contra esses grupos étnicos são bastante frequentes, devido à histórica herança deixada pelos colonizadores portugueses e espanhóis, em virtude da exterminação dos povos indigenas.

Evolução Etnica

As populações primitivas da América do Sul, os ameríndios, de caracteres antropológicos mongolóides, distribuíam-se, no período colonial, em grupos. Os metódos de redução e conquista variaram, de acordo com o estágio de civilização dos nativos.

Na região dominada pelos portugueses, os colonizadores arrebanharam os índios espalhados pelo interior, levando às terras propícias para fundar colonização. Com esse objetivo, foram organizadas expedições de busca aos escravos índios, como bandeiras. Essa obra de conquista, foi acompanhada pelas missões religiosas, que também procuravam "reduzir" os gentios e fazê-los produzir, mas através de outros métodos e com o objetivo de cristianização.

Com essa obra de conquista veio juntar-se ao indígena um outro contingente, o branco, ibérico principalmente. Na primeira fase, o conquistador interessou pelo ameríndio, sobretudo como mão-de-obra. Não tardou, porém, que os europeus, especialmente os portugueses, se desiludissem quanto à eficiência do ameríndio escravizado. Como o indígena não se adaptasse bem a agricultura, os colonizadores começaram a importação, como os escravos, de negros africanos, que vieram a constituir o terceiro elemento importante na formação étnica das populações sul-americanas.

É a partir do final do século XIX, todavia, que se assiste a entrada em massa de imigrantes europeus em diversos países latino-americanos. Essa imigração se concentrou sobretudo na Argentina, no Chile, no Uruguai e no Brasil. São os italianos que chegam em maior número, superando inclusive espanhóis e portugueses.

Composição da População

A população branca predomina na região, mas é considerável a porcentagem de mestiços, enquanto os indígenas constituem minoria. Na Colômbia, 75% da população correspondem a mestiços e 1% aos ameríndios. Na Venezuela, 2% dos habitantes são ameríndios, 21% europeus ibéricos, 10% afro-americanos e 67% eurameríndios. A população brasileira é formada principalmente por descendentes de

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povos indígenas, colonos portugueses, escravos africanos e de imigrantes europeus. No Brasil, são considerados pardos (caboclos, cafuzos e mulatos), mas o número de mestiços deve ser maior, estando diluídos nos 49,7% considerados brancos. 95% do contingente populacional do Paraguai, compõem-se de índios e mestiços, enquanto o Uruguai é país predominante branco (88%), correspondendo os mestiços e negros a 8% e 4% respectivamente. A população chilena é principalmente Branca do origem europeia, 95% da população. Uma descrição pormenorizada da etnia mostra que 52,7% (8.8 milhões) - 90% (15 milhões) da população são descendentes de europeus. Outro estudo que analisou o genótipo mostrou que 30% da população é classificada como caucasica descendentes directos dos europeus e 65% (brancos-mestiços), com um fenótipo branco, e na Argentina, onde foi maior o aniquilamento de indígenas e onde o escravo negro não penetrou, a população é quase inteiramente branca (90%). No entanto, outros estudos mostram que 56% da população da Argentina, tem ancestralidade ameríndia. Nos países andinos e caribenhos, entretanto, os índices de ameríndios e mestiços são consideráveis:

Equador: índios (25%), mestiços (65%), negros (3%) e brancos (7%);

 Peru: índios (45%), mestiços (37%), brancos (15%) e negros, orientais e outros (3%);

 Bolívia: ameríndios (55%), mestiços (30%), brancos (15%); Guiana: hindus (50)%, negros (36%), índios (7%), brancos,

chineses e outros (7)%; Guiana Francesa: crioulos (80%); Suriname: 37% indianos, 31% crioulos, 15% indonésios, 10%

negros, 7% índios, chineses e europeus.

População

A população da América do Sul não se distribui uniformemente, havendo áreas rarefeitas, ao lado de outras de densidade relativamente elevada. Alguns fatores de ordem física e humana contribuem para isso. Entre as causas de rarefação demográfica, salientam-se:

A existência de regiões desérticas, como a Patagônia, o pampa seco, o Atacama e a Sechura;

As zonas de florestas equatoriais, como a Amazônia; As áreas de campos, onde a criação extensiva de gado contribui

para a escassez demográfica.

Quanto aos fatores que têm determinado maiores concentrações de população destacam-se:

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As faixas litorâneas bem abrigadas e dotadas de portos naturais;

As costas de clima relativamente benigno; Os vales de alguns rios navegáveis, como o Amazonas, Orinoco,

Cauca, Paraná; E as regiões naturalmente férteis, onde se desenvolveu uma

atividade agrícola apropriada, como o eixo Rio-São Paulo, no Brasil, a província de Buenos Aires, na Argentina, e o vale central do Chile.

A população da América do Sul teve o maior índice de crescimento no mundo entre 1920 e 1960. O declínio da mortalidade, determinado em grande parte pela elevação dos padrões de higiene pública, foi a causa fundamental dessa expansão demográfica. Outro fator que contribuiu para esse aumento foi a imigração. Desde 1800, cerca de 12 milhões de imigrantes chegaram à região. Desse total, cerca de 4 milhões vieram da Espanha, 4 milhões da Itália, 2 milhões de Portugal e o restante da Alemanha, Polônia, Síria, Japão, China e outros países.

Idioma

O português e o espanhol são as línguas mais faladas na América do Sul, região geográfica que é parte da grande região cultural, chamada América Latina.

O português é a língua oficial do Brasil, que possui aproximadamente 50% da população sul-americana. O espanhol é a língua oficial da maioria dos países do continente. Também há a presença de outras línguas, como o holandês (língua oficial do Suriname), o inglês (língua oficial da Guiana) e outras línguas, como alguns dialetos indígenas.

As línguas indígenas da América do Sul incluem o quíchua, no Equador, Peru e Bolívia; guarani no Paraguai e um pouco na Bolívia; aimará, na Bolívia e Peru; e o Mapudungun é falado em certas regiões do sul do Chile, e mais raramente, na Argentina. No mínimo, três dessas línguas indígenas (quíchua, aimará e guarani) são reconhecidas junto com o espanhol como línguas oficiais em seus países.

Outras línguas encontradas na América do Sul incluem hindi e indonésio no Suriname; italiano na Argentina, Brasil, Uruguai, Venezuela e Chile; e alemão em algumas regiões de Argentina, Chile, Venezuela e Paraguai. O alemão também é falado em muitas regiões do sul brasileiro, Hunsrückisch é o dialeto alemão mais falado no país. Entre outros dialetos alemães, uma forma brasileira do pomerano também é representada.

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Na maior parte dos países do continente, as classes superiores são constituídas por pessoas instruídas; regularmente estudam inglês, francês, alemão ou italiano. Nestas áreas onde o turismo é significante, o inglês e outras línguas européias são faladas. Há pequenas áreas localizadas no extremo sul do Brasil que falam espanhol, devido a proximidade com o Uruguai.

Economia

A América do Sul experimentou, a partir de 1930, um notável crescimento e diversificação na maioria dos setores econômicos. Grande parte dos produtos agrícolas e pecuários é destinada ao consumo local e ao mercado interno. No entanto, a exportação de produtos agrícolas é fundamental para o equilíbrio da balança comercial da maioria dos países.

Os principais cultivos agrários são justamente os de exportação, como a soja e o trigo. A produção de alimentos básicos como as hortaliças, o milho ou o feijão é grande, mas voltada para o consumo interno. A criação de gado destinada à exportação de carne é importante na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Colômbia. Nas regiões tropicais os cultivos mais importantes são o café, o cacau e as bananas, principalmente no Brasil, na Colômbia e no Equador. Por tradição, os países produtores de açúcar para a exportação são: Peru, Guiana e Suriname, sendo que no Brasil, a cana-de-açúcar também é utilizada para a fabricação de álcool combustível. Na costa do Peru, noroeste e sul do Brasil cultiva-se o algodão.

Cinqüenta por cento da superfície sul-americana está coberta por florestas, mas as indústrias madeireiras são pequenas e direcionadas para os mercados internos. Nos últimos anos, no entanto, empresas transnacionais vêm se instalando na Amazônia para explorar madeiras nobres destinadas à exportação.

As águas costeiras do Pacífico da América do Sul, são as mais importantes para a pesca comercial. A captura de anchova chega a milhares de toneladas, e também é abundante o atum, dos quais o Peru é um grande exportador. A captura de crustáceos é notável, particularmente no nordeste do Brasil e no Chile.

Apenas Brasil e Argentina fazem parte do G20 (países industriais), enquanto que somente o Brasil integra o G8+5 (as nações mais poderosas e com maior influência do planeta).

No setor de turismo, se iniciaram em 2005 uma série de negociações com objetivo de promover o turismo e aumentar as conexões aéreas

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dentro da região. Punta del Este, Florianópolis e Mar del Plata se encontram entre os principais balneários da América do Sul.

PaísPIB (nominal) de 2007

PIB (PPC) de 2007

PIB (PPC) per capita de 2007

IDH de 2007

Argentina 245.600 523.700 13.000 0.860 Bolívia 12.800 39.780 4.400 0.723Brasil 1.269.000 1.838.000 9.700 0.807 Chile 160.800 234.400 14.400 0.874 Colômbia 171.700 320.400 7.200 0.787Equador 44.500 98.280 7.100 0.807Guiana 0.978 4.057 5.300 0.725Paraguai 9.340 26.550 4.000 0.752 Peru 101.500 217.500 7.600 0.788Suriname 2.234 3.449 7.800 0.770Uruguai 21.170 37.050 10.700 0.859 Venezuela 226.900 335.000 12.800 0.826

Setor Primário

Agricultura

A maioria dos sul-americanos vive nas proximidades do litoral e por isso grande parte das áreas em que se faz uso intensivo da terra localiza-se nessa faixa periférica. Menos de 5% das terras da região são cultivadas, 19% destinam-se a pastagens e 47% são ocupadas por florestas. A proporção de terra cultivada varia desde 12% no Uruguai até 1% no Paraguai e a 0,03% na Guiana Francesa.

Apesar dos esforços que têm sido feitos no sentido da industrialização, a América do Sul ainda é uma região onde as atividades agrícolas desempenham papel fundamental. O mais importante produto da região é o café, cultivado sobretudo nas terras roxas dos estados brasileiros de São Paulo e Paraná e na cordilheira Ocidental da Colômbia, constituindo grande fonte de divisas desses países. As principais áreas de cultura do milho se encontram no interior do planalto Brasileiro, sobretudo na sua porção sul-oriental, e nas terras que bordejam na faixa tritícola dos pampas argentinos. A banana é intensamente cultivada em torno do golfo de Guayaquil e callejón do Equador (primeiro exportador da América do Sul), na região do baixo rio Magdalena e nas baixadas quentes e úmidas do Sul do Brasil. A produção de trigo concentra-se quase toda nas grandes áreas do pampa úmido e no Sul do Brasil; a Argentina é um dos principais países tritícolas do mundo, ao lado da Rússia, Estados Unidos da América e Canadá. A cultura do cacau assume grande

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importância no callejón equatoriano, em torno do lago de Maracaibo, na Venezuela, e, principalmente, no sul do estado da Bahia, Brasil, que é primeiro produtor sul-americano e segundo produtor e exportador mundial. Fato a destacar na agricultura brasileira na década de 1970 foi a enorme expansão da soja, que passou a ser um principais produtores de exportação do país.

A fibras comerciais, como o sisal e a juta, encontram-se na América do Sul alguns grandes produtores, como a Colômbia, o Equador e o Brasil, com suas plantações na Amazônia e no Nordeste. O Brasil é também o principal produtor de algodão, graças às suas vastas plantações do Nordeste e do estado de São Paulo, bem como de mamona, amendoim e mandioca. Cabe ainda ao Brasil a primazia no cultivo da cana-de-açúcar, com suas imensas plantações no Nordeste, estado de São Paulo e do Rio de Janeiro, embora outros países, como o Peru, possuam grandes canaviais. Se bem que alguns países do norte do continente cultivem fumo em grande escala, é no Brasil que se encontram as maiores áreas fumageiras, notadamente nos estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais. Os babaçuais e carnaubais são também plantas industrializáveis, bem aproveitadas pelo Brasil, que tem como principais áreas produtoras os estados do Nordeste. Por fim, as frutas têm seu lugar na economia agrícola dos países sul-americanos; a Argentina é grande produtora de peras, uvas e maçãs, e o Brasil possui extensos laranjais.

A agricultura sul-americana, entretanto, não emprega sistemas ou técnicas unformes para um mesmo produto. A produtividade não apenas varia de país para país mas também apresentava enormes diferenças regionais dentro de cada país. Até aproximadamente 1930, as técnicas e os métodos de plantio apresentavam alto índice de arcaísmo, caracterizado pela ausência de mecanização e adubação, preparo inadequado dos solos, ineficiência no combate às pragas, etc. Assim, somente a partir de 1930 tem-se tratado desses problemas, tentando-se, inclusive, a recuperação de terras esgotadas em virtude do uso predatório.

Pecuária

É também do campo que provém uma fonte de riqueza de alguns países sul-americanos: a pecuária. Em razão de uma série de fatores, tais como o relevo acidentado e a exigüidade de espaço útil, os países andinos não se destacam por seus rebanhos; em geral, apenas existe a criação de animais de pequeno porte (suínos, caprinos e ovinos) ou de espécies que melhor se adaptam às condições geográficas, como o caso da alpaca e do lhama. Os maiores rebanhos bovinos pertencem ao Brasil, Uruguai e Argentina, onde também se concentram grandes criações de ovinos, suínos e eqüinos. Igualmente importantes são os rebanhos brasileiros de caprinos e muares.

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Mineração

O subsolo sul-americano é rico em petróleo. Cerca de 25% da área total da região contém bacias sedimentares em que podem ocorrer estratos petrolíferos. Mas, até 1965, a maioria dos campos produtores localizavam-se nas bacias estruturais flanqueadas pela cordilheira dos Andes. A Venezuela, com uma reserva estimada em 17 bilhões de barris, possui a mais rica área petrolífera da América do Sul, a segunda do hemisfério ocidental e a sétima do mundo, somente ultrapassada pelos Estados Unidos, Rússia, Iraque, Irã, Arábia Saudita e Kuwait. Outros países sul-americanos que dispõem de grandes reservas são Argentina, Colômbia, Peru, Bolívia e Brasil.

A produção de gás natural é comumente associada à do petróleo, mas sua utilização comercial tem sido limitada pela distância dos campos produtores em relação aos grandes centros de consumo.

Ao contrário do que ocorre na América do Norte, são escassos os recursos carboníferos sul-americanos. Embora existam depósitos em diversas áreas dos Andes, bem como no Sul do Brasil, somente três países — Colômbia, Chile e Brasil — apresentam produção razoável. O carvão brasileiro contém elevado teor de cinza, necessitando, pois, de adição de carvão importado a fim de ser convenientemente utilizado na indústria.

A América do Sul é rica em minério de ferro, que ocorre em imensa quantidade, sobretudo no planalto das Guianas e no escudo Brasileiro. Numerosos e extensos depósitos têm sido descobertos quase à flor da terra, e podem ser minerados diretamente e a baixos custos. Os principais detritos ferríferos venezuelanos localizam-se próximo ao rio Caroni, afluente meridional do Orinoco, e o desenvolvimento de sua exploração tem sido facilitado pela existência de meios de transportes fluviais baratos. Já no Brasil, que possui uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, as condições de exploração são menos favoráveis, uma vez que a maior parte das minas situa-se no interior do estado de Minas Gerais, de onde o minério é transportado por ferrovias para os portos de escoamento do litoral.

Outro recurso mineral importante da América do Sul é o cobre, que se encontra principalmente nas terras geologicamente recentes dos Andes centrais, no Chile e no Peru. Somente as minas de cobre da América do Norte e da África Central rivalizam com as do Chile.

A maior parte das reservas de estanho do hemisfério ocidental encontra-se no território boliviano. As minas localizam-se a grandes altitudes, nos Andes, e algumas delas são antigas jazidas de prata exauridas nos tempos coloniais. Estima-se que os depósitos dos

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Andes bolivianos contém um terço de todo o estanho existente no mundo.

O Brasil possui imensas reservas de manganês, e uma das maiores jazidas do mundo localiza-se a sudoeste do estado de Mato Grosso. Um depósito menor, porém mais acessível, é explorado no estado do Amapá.

Entre outros minérios abundantes na América do Sul, destacam-se a bauxita (sul da Guiana Francesa, Suriname e extremo norte do Brasil), platina (Colômbia), prata (Peru e Bolívia), nitrato (Chile), chumbo, zinco, bismuto e antimônio (Bolívia), vanádio e chumbo (Peru), iodo e enxofre (Chile), sal marinho, amianto, tungstênio, titânio e nióbio no (Brasil).

Extrativismo Vegetal

A atividade extrativa vegetal compreende o aproveitamento das áreas florestais do Sul do Brasil, onde as plantações de eucalipto e de araucária nativa produzem grande quantidade de madeiras, bem como a exploração do mogno e outras árvores em regiões dispersas desse país. A extração de madeiras apresenta-se também como atividade econômica importante em certas regiões do Paraguai, Chile e Bolívia. Nesse setor há ainda que salientar o aproveitamento de plantas medicinais e oleaginosas pelo processo da coleta.

Setor Secundário

Indústria

Os países mais industrializados da América do Sul são Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e Uruguai respectivamente. Esses países sozinhos respondem por mais de 75% da economia da região e somam um PIB maior que US$ 2,9 trilhões. As industrias na América do Sul começaram a tomar peso sobre as economias da região a partir de 1930, quando a Grande Depressão nos Estados Unidos e outros países do mundo impulsionaram a produção industrial do subcontinente. A partir desse período a região deixou a face agrícola para trás e passou a obter altas taxas de crescimento econômico que se mantiveram até o início da década de 90 quando se desaceleraram devido a instabilidades políticas, crises econômicas e políticas neoliberais.

Desde o fim da crise econômica de Brasil e Argentina, que ocorreram no período de 1998 à 2002 e que provocou recessão economica, aumento do desemprego e queda da renda da população, os setores industriais e de serviços vem se recuperando rapidamente,

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principalmente no Chile, na Argentina, e no Brasil que crescem a uma média de 5% ao ano. Toda a América do Sul após esse perído vem se recuperando rápido e demonstrando bons sinais de estabilidade econômica, com inflação e taxa de câmbio controlados, crescimento contínuo, diminuição da desigualdade social e do desemprego, fatores que favorecem a indústria. As principais industrias são: eletroeletrônica, têxtil, alimentícia, automobilística, metalúrgica, aérea, naval, vestuário, bebida, siderúrgica, tabaco, madeireira, química, etc.

As exportações chegam a quase US$ 400 bilhões de dólares anuais, sendo o Brasil responsável por metade desta.

Energia

Em virtude da diversidade da topografia e das condições de precipitação pluviométrica, os recursos hidráulicos da região variam enormemente nas diferentes áreas. Nos Andes, as possibilidades de navegação são limitadas, exceto no rio Magdalena, no lago Titicaca e nos lagos das regiões meridionais do Chile e da Argentina. A irrigação é fator importante para a agricultura desde o noroeste do Peru até a Patagônia. Menos de 10% do potencial elétrico conhecido dos Andes haviam sido aproveitados até meados da década de 1960.

Usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo.

O escudo Brasileiro tem um potencial hidrelétrico muito superior ao da região andina e suas possibilidades de aproveitamento são

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maiores devido à existência de diversos grandes rios com margens elevadas e à ocorrência de grandes desníveis, formando imensas cataratas, como as de Paulo Afonso, Iguaçu e outras menores. O sistema do rio Amazonas tem cerca de 13.000 km de vias navegáveis, mas as suas possibilidades de aproveitamento hidrelétrico ainda são desconhecidas.

Setor Terciário

Transportes

Os sistemas de transportes da América do Sul ainda são deficientes, apresentando baixas densidades quilométricas. A região dispõe de cerca de 1.700.000 km de rodovias e 100.000 km de ferrovias, que se acham concentradas na faixa litorânea, continuando o interior desprovido de comunicação.

Apenas duas ferrovias são continentais: a Transandina, que liga Buenos Aires, na Argentina a Valparaíso, no Chile, e a Estrada de Ferro Brasil-Bolívia, que a faz a conexão entre o porto de Santos, no Brasil e a cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Além disso, existe a rodovia Panamericana, que atravessa os países andinos de norte a sul, embora alguns trechos estejam inacabados.

Duas áreas de maior densidade ocorrem no setor ferroviário: a rede platina, que se desenvolve em torno do estuário do Prata, em grande parte pertencente à Argentina, com mais de 45.000 km de extensão; e a rede do Sudeste do Brasil, que serve principalmente ao estado de São Paulo, estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais. São ainda o Brasil e a Argentina que se destacam no setor rodoviário. Além das modernas estradas que estendem pelo norte da Argentina e pelo sudeste e sul do Brasil, um vasto complexo rodoviário visa a articular Brasília, a capital federal, às regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil.

A América do Sul possui um dos maiores feixes de vias fluviais navegáveis do mundo, representadas principalmente pelas bacias Amazônica, do Prata, do São Francisco e do Orinoco, cabendo ao Brasil cerca de 54.000 km navegáveis, enquanto a Argentina tem 6.500 km e a Venezuela, 1.200 km.

As duas principais frotas mercantes também pertencem ao Brasil e Argentina. Segue-se as do Chile, Venezuela, Peru e Colômbia. Os maiores portos em movimento comercial são os de Buenos Aires, Santos, Rio de Janeiro, Bahía Blanca, Rosário, Valparaíso, Recife, Salvador, Montevidéu, Paranaguá, Rio Grande, Fortaleza, Belém e Maracaibo.

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A aviação comercial encontrou na América do Sul um magnífico campo de expansão, que possui uma das maiores linhas em densidade de tráfego do mundo, a do Rio de Janeiro-São Paulo, e grandes aeroportos, como Congonhas, Internacional de São Paulo/Guarulhos e Viracopos (São Paulo), Internacional do Rio de Janeiro e Santos Dumont (Rio de Janeiro), Ezeiza (Buenos Aires), Belo Horizonte, Brasília, Caracas, Montevidéu, Lima, Bogotá, Recife, Salvador, Porto Alegre, Fortaleza, Manaus e Belém.

Turismo

O turismo na América do Sul é uma das áreas que mais cresce na economia sul-americana. Com a maior floresta tropical do mundo (Amazônia), o maior rio do mundo (Amazonas), a segunda maior cadeia de montanhas (Andes), ilhas oceânicas isoladas (Galápagos, Ilha de Páscoa e Fernando de Noronha), praias paradisíacas (litoral do Nordeste Brasileiro), desertos (Atacama), paisagens glaciais (Patagônia e Terra do Fogo), a mais alta cachoeira do mundo (Salto Angel, com 979m de queda, na Venezuela) e as quedas com o maior volume de água (Cataratas do Iguaçu), dentre muitos outros monumentos naturais e criados pelo homem que atraem turistas de todo o mundo.

Cultura

Os sul-americanos são culturalmente ricos, devido a histórica conexão com a Europa, especialmente Espanha e Portugal, e o impacto da cultura popular dos Estados Unidos da América.

As diferenças culturais são consideráveis e a divisão do subcontinente na época colonial fez com que existissem duas línguas dominantes, o espanhol e o português. A cultura indígena de origem pré-colombiana teve forte influência no Peru, Bolívia e algumas regiões da Amazônia.

Devido às diferenças culturais dentro das fronteiras nacionais, é possível encontrar maior semelhança cultural entre os habitantes de áreas fronteiriças do que entre estes mesmos e os do interior de cada país. Isto se deve, em parte, a divisão pós-colonial que acompanhou a formação dos estados independentes durante o século XIX.

Arte

A cultura sul-americana está presente de diversas maneiras a nível mundial. Assim, por exemplo, o artesanato andino desfruta de considerável demanda em diferentes mercados, como o europeu. As nações sul-americanas tem uma grande variedade na música. Alguns dos gêneros mais famosos incluem a cumbia da Colômbia, samba e

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bossa nova do Brasil, e o tango, de Argentina e Uruguai. Na primeira metade do século XX, o tango teve grande exito na Europa e na Colômbia. Esta música era interpretada em castelhano, porém não foi um obstáculo para sua difusão no exterior. Na América do Sul se desenvolveram estilos musicais não-exclusivos do subcontinente, como a salsa, que tem sua "capital" em Santiago de Cali, Colômbia.

A literatura da América do Sul tem atraído crítica considerável e aprovação popular, com autores como Gabriel García Márquez, Pablo Neruda e Jorge Luis Borges.

Por causa da ampla mistura étnica na América do Sul, a culinária tem influências africanas, asiáticas e européias. O estado brasileiro da Bahia é especialmente conhecido pela influência da culinária da África Ocidental. Argentinos, chilenos e uruguaios consomem grande quantidade de vinho.

Esporte

Pelé (Brasil) e Maradona (Argentina), os “futebolistas do Século”, segundo a FIFA.

Na América do Sul, se pratica uma considerável quantidade de modalidades esportivas. O esporte mais popular é o futebol, representado pela CONMEBOL. O torneio mais importante a nível de seleções é a Copa América, enquanto que a nível de clubes é a Copa Libertadores de América. Em relação a Copa do Mundo de Futebol, sua primeira edição foi realizada no Uruguai em 1930, e os países da

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região venceram 9 das 18 edições disputadas até 2006: Brasil (5), Uruguai (2) e Argentina (2).

Outros esportes como o basquetebol, natação e voleibol também são populares. Independentemente do nível de popularidade, alguns países definiram uma modalidade como esporte nacional por lei. É o caso de Argentina (pato), Colômbia (tejo) e Chile (rodeio do Chile).

Em outros esportes, alguns países sul-americanos se destacam a nível mundial de maneira individual. Por exemplo, Argentina é uma potência no rugby, pólo e hóquei Brasil no automobilismo e Colômbia no ciclismo. A prática do ténis é estendida a Argentina, Chile e Brasil; que tiveram campeões de torneios de Grand Slam.

Curiosidades

O Brasil era a única monarquia da América do Sul, durante o século XIX.

O ponto central da América do Sul fica na cidade de Cuiabá (Brasil), com um marco conhecido como Centro Geodésico da América do Sul.

Por ser politicamente uma Região Ultramarina, a Guiana Francesa é administrada por um presidente regional eleito e pelos 31 membros do Conselho Regional.

O lema Ordem e Progresso, tal como aparece na bandeira do Brasil, tem suas origens nos ideais do filósofo francês Auguste Comte; os adeptos da bandeira do Brasil e de seu lema positivista estão espalhados pelo mundo inteiro, principalmente nos Estados Unidos da América e na França, e em outros países da Europa, como Alemanha e Itália.

A América do Sul já foi sede das Copas do Mundo de 1930 (Uruguai), 1950 (Brasil), 1962 (Chile) e 1978 (Argentina).

O Brasil já conquistou uma copa do mundo na América do Sul, mais precisamente no Chile, em 1962.

No Brasil se encontram as duas maiores florestas urbanas do mundo: o Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio de Janeiro, e o Parque da Cantareira, em São Paulo, respectivamente.

Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul

http://indoafundo.com

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