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CONTABILIDADE Fevereiro /2007

Apostila Contabilidade Geral Idepac

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CONTABILIDADE

Fevereiro /2007

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INDICE PÁG

MODULO 11. História da Contabilidade 32. Noções Básicas De Contabilidade 43. Funções, Finalidade E Área De Atuação Da Contabilidade 44. Postulados, Princípios E Convenções Contábeis 65. Contas Patrimoniais 126. Estruturação E Classificação De Grupos Do Patrimônio Líquido 217. Resumo 218. Exercícios 26

MODULO 21. Estrutura do plano de contas 292. Estrutura do balanço patrimonial 353. Estrutura da demonstração do resultado 364. Modelo Da Demonstração Do Resultado 375. Explicando A Função Das Contas De Resultado 386. Exercícios 43

Aprendemos e retemos

10% do que lemos

30% do que vemos

20% do que ouvimos

50% do que vemos e ouvimos

70% do que ouvimos e logo falamos

90% do que ouvimos e logo fazemos

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MÓDULO 1

História da Contabilidade

A Contabilidade existe há muitos anos, os egípcios deixaram um acervo de registros em até 6.000 anos, antes de Cristo, onde havia algo relacionado. E segundo alguns historiadores, foram eles os primeiros a utilizar à medida monetária para os registros, usando uma moeda chamada “shat” em ouro e prata. Conforme o homem enriquecia, crescia a necessidade de controle e preservação dos bens, e assim, deu início a história da contabilidade, que se divide em quatro períodos: • Antigo: início com a civilização do homem até 1202 da era cristã, quando foi publicado o “Líber Abaci” de Leonardo Pisano. Nesta época, o controle era realizado de forma rudimentar, mas servia para a identificação dos rebanhos, que eram feitos através de pedras colocadas em recipientes para separar os nascimentos dos animais, separar pagamentos de dívidas, entre outros motivos. Existiam também as fichas de barro, onde eram feitos os registros do Inventário, a contagem dos bens, o controle de “entradas” e “saídas” dos animais, de produtos agrícolas, etc., separados conforme sua natureza.• Medieval: início em 1202 da era cristã até 1494, quando foi publicado no mesmo ano da obra “Tratactus de Computis et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli. Ela contribuiu para que a contabilidade entrasse no ramo do conhecimento humano e seu enfoque principal seria sobre o débito e crédito e respectivos números positivos e negativos. Este período foi marcado por muitas mudanças. Estudavam técnicas matemáticas, medidas e pesos entre outros e o desenvolvimento financeiro e comercial do homem.• Moderno: início em 1494 até 1840, quando foi publicado “La Contabilità applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche” de Franscesco Villa. Neste período, com os diversos acontecimentos da época, a contabilidade se tornou extremamente importante, pois houve muita movimentação de riquezas e de pessoas de um determinado lugar para outro. Com a obra “Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Porporcionalitá”, o Frei Luca Pacioli, considerado o pai da contabilidade e não somente das partidas dobradas, deixou um registro sobre a Contabilidade e sua Escrituração, mostrando, o que era necessário para o comerciante, sistematizando a contabilidade, marcando assim o inicio da fase moderna de sua história.• Científico: início em 1840, até os dias de hoje. Neste período, surgiram muitas escolas que identificavam várias visões para a contabilidade. Essas escolas, demonstravam cada uma, a sua visão para a contabilidade. As principais escolas, que podemos citar, seria: Aziendalista, onde o controle econômico ou administrativo é o instrumento; e a Patrimonialista, onde o principal enfoque era a definição do patrimônio.

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NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE

Conceitos

É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza econômica.

(Prof. Hilário Franco)

Um dos atributos da Contabilidade é permitir o controle da movimentação do Patrimônio das empresas.O Patrimônio de uma empresa é movimentado em função dos acontecimentos diários, tais como compras, vendas, pagamentos, recebimentos etc.

Registrando esses acontecimentos, a Contabilidade terá condições de fornecer informações sobre a situação do Patrimônio, sempre que solicitada.

FUNÇÕES, FINALIDADE E ÁREA DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE

FUNÇÕES

As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico.Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;Organizar: um sistema de controle adequado à empresa;Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos, as situações econômicas, patrimoniais e financeiras da empresa;Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apuração dos resultados obtidos pela empresa;Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas.

FINALIDADES

A finalidade básica da Contabilidade é o acompanhamento das atividades realizadas pela empresa, no sentido indispensável de controlar o comportamento de seus patrimônios, na função elaboração e comparação dos resultados obtidos entre períodos analisados.A contabilidade faz o registro metódico e ordenado dos negócios realizados e a verificação sistemática dos resultados obtidos. Ela deve identificar, classificar e

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anotar as operações da entidade e de todos os fatos que de alguma forma afetam suas situações econômicas, financeiras e patrimoniais. Com esta acumulação de dados, convenientemente classificados, a Contabilidade procura apresentar de forma ordenada, o histórico das atividades da empresa, a interpretação dos resultados, e através de relatórios produzir as informações que se fizerem precisas para o atendimento das diferentes necessidades.

As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da administração das empresas no exercício de suas funções. Portanto a Contabilidade é o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade sócio-econômica.

Controle: a administração através das informações contábeis, via relatórios pode certificar-se na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas determinados.

Planejamento: a informação contábil, principalmente no que se refere ao estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade e os planos orçamentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial, ou seja, no processo de decisão sobre que curso de ação deverá ser tomado para o futuro.

Todo e qualquer levantamento de informações administrativas e gerenciais deve ter como a Contabilidade. Relatórios baseados em informações nas quais não são provenientes dos livros contábeis são meros especulativos, pois não refletem a realidade da empresa, não têm consistência, não têm amparo na escrituração, não podem ser usados como prova contábil, são inexatos. Somente os dados retirados dos livros contábeis merecem boa-fé, tanto para fins comerciais, tributários, civis e principalmente para decisões judiciais.

ÁREAS DE ATUAÇÃO EM GERAL

Fiscal: auxilia na elaboração de informações para os órgãos fiscalizadores, do qual depende todo o planejamento tributário da entidade.

Pública: é o principal instrumento de controle e fiscalização que o governo possui sobre todos os seus órgãos. Estes estão obrigados à preparação de orçamentos que são aprovados oficialmente, devendo a Contabilidade pública registrar as transações em função deles, atuando como instrumento de acompanhamento dos mesmos. A Lei nº 4.320/64, constituindo se na carta magna da legislação financeira do País, estatui normas gerais para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços públicos.

Gerencial: auxilia a administração na otimização dos recursos disponíveis na entidade, através de um controle adequado do patrimônio.

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Financeira: elabora e consolida as demonstrações contábeis para disponibilizar informações aos usuários externos.

Auditoria: compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão destes registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes.

Perícia Contábil: elabora laudos em processos judiciais ou extrajudiciais sobre organizações com problemas financeiros causados por erros administrativos.

ÁREAS DE ATUAÇÃO ESPECÍFICA

Análise Econômica e Financeira de Projetos: elabora análises, através dos relatórios contábeis, que devem demonstrar a exata situação patrimonial de uma entidade.

Ambiental: informa o impacto do funcionamento da entidade no meio ambiente, avaliando os possíveis riscos que suas atividades podem causar na qualidade de vida local.

Atuarial: especializada na Contabilidade de empresas de previdência privada e em fundos de pensão.

Social: informa sobre a influência do funcionamento da entidade na sociedade, sua contribuição na agregação de valores e riquezas, além dos custos sociais.

Agribusiness: atua em empresas com atividade agrícola de beneficiamento in-loco dos produtos naturais.

POSTULADOS, PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS

Postulados

Os postulados são proposições ou observações de certa realidade não sujeita a verificação e constituem a lei maior da Contabilidade, pois definem os ambientes econômicos, sociais e político no qual esta deve atuar, o seu objeto de estudo e a sua existência no tempo. Os postulados contábeis, segundo alguns autores consultados são: a entidade e a continuidade.

Postulado Contábil da Entidade: define as entidades contábeis, dando, a esta vida e personalidade próprias, pois determina que o patrimônio de toda e qualquer unidade econômica que manipula recursos econômicos, independente da finalidade de gerar ou não lucros, de ser pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, não deve se confundir com a riqueza patrimonial de seu sócio ou acionista, ou proprietário individual e nem sofrer os reflexos das variações nela verificadas.

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A Entidade (empresa) não se confunde com a pessoa física do sócio, juridicamente são duas pessoas distintas: a pessoa física e a pessoa jurídica, com obrigações diferentes. Exemplo: a empresa contrai uma dívida, caso não a pague será executada (a empresa é executada não o sócio). A mesma coisa acontece se o sócio contrair dívida, quem é executado é o sócio não a empresa.

Outro exemplo, quando o sócio tira dinheiro da empresa: a contabilidade deve registrar ou como retirada de pró-labore, retirada de lucros, empréstimos, etc. Se o sócio saca mais dinheiro do que relativo aos lucros, pró-labore, e por esse motivo a empresa vai mal, o sócio é condenado a devolver o dinheiro à empresa ou assumir as dívidas com os fornecedores.

Observa-se que este postulado é importante na medida em que ele identifica o campo de atuação da Contabilidade, pois onde existir patrimônio administrável existirá certamente a Contabilidade.

Postulado Contábil da Continuidade: determina que a entidade é um empreendimento em andamento, com intenção de existência indefinida, ou por tempo de duração indeterminado, devendo sobreviver aos seus próprios fundadores e ter seu patrimônio avaliado pela sua potencialidade de gerar benefícios futuros (lucros), e não pela sua capacidade imediata de ser útil somente à entidade. Como o próprio nome diz a empresa deve ter continuidade, é função da contabilidade zelar pela continuidade da empresa. O Auditor Independente emite parecer sobre as condições em que a contabilidade de encontra: consistência, observação dos regimes, é obrigação do Auditor ressalvar o seu parecer se por algum motivo a empresa está em situação de descontinuidade. Exemplo: crise financeira, incapacidade produtiva, multas de elevado valor impagáveis pela empresa, etc.

Princípios Contábeis

Os princípios originaram-se da necessidade do estabelecimento de um conjunto de conceitos, princípios e procedimentos que não somente fossem utilizados como elementos disciplinadores do comportamento do profissional no exercício da Contabilidade, seja para a escrituração dos fatos e transações, seja na elaboração de demonstrativos, mas que permitissem aos demais usuários fixar padrões de comparabilidade e credibilidade, em função do conhecimento dos critérios adotados na elaboração dessas demonstrações.

Além de delimitar e qualificar o campo de atuação da Contabilidade, os princípios servem de suporte aos postulados. E através da evolução da técnica contábil em função de novos fatos sócio-econômicos, modificações na legislação, novos pontos de vista, ou outros fatores, um princípio que hoje é aceito, poderá ser modificado, para atender às inovações ocorridas na vida empresarial.

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Os princípios básicos, essenciais ao exercício da Contabilidade são: o princípio do custo como base de valor, o princípio da realização da receita e confrontação da despesa, o princípio do denominador comum monetário e o princípio da competência.

Princípio do Custo como Base de Valor: sua aplicação é importante para a Contabilidade na medida em que ele descarta a possibilidade do uso de valores subjetivos para o registro dos bens, estabelecendo que seja utilizado o valor que a entidade sacrificou no momento de sua aquisição.

Os valores registrados na contabilidade sempre terão como base o preço de aquisição, o valor que certo produto custou à empresa. Exemplo: Comprou-se uma mercadoria por R$ 100,00, no início do ano; no final do ano a mercadoria continua no estoque e o fornecedor está vendendo a mesma mercadoria por R$ 180,00; na Contabilidade permanece o valor registrado por R$ 100,00, ou seja o custo pago na ocasião da aquisição.

E o caso da reavaliação de bens, mais utilizada para imóveis? Onde o valor do bem é reavaliado pelo preço de mercado?

É uma situação possível, porém existe regra específica para reavaliação: - 01 a 03 laudos de engenheiros ou empresas especializadas, confirmando o valor;- a reavaliação precisa ser aprovada em assembléia ou em ata pelos sócios da empresa;- deve constar nota explicativa sobre a reavaliação

Princípio da Realização da Receita e Confrontação da Despesa: determina o momento em que a receita deve ser considerada como realizada para compor o resultado do exercício social. Da mesma forma, determina que a despesa que foi necessária à obtenção daquela receita seja igualmente confrontada na apuração do resultado.

De acordo com a teoria contábil do lucro, as receitas são consideradas realizadas no momento da entrega do bem ou do serviço para o cliente e neste momento, todas as despesas que foram necessárias à realização daquelas receitas devem ser computadas na apuração do resultado. Assim, ao relacionar as despesas com as receitas, o resultado estará sendo apurado e poderá refletir o mais próximo possível a realidade da entidade.

Exemplo: - a empresa vendeu 1.000 unidades de uma mercadoria a R$ 200,00 cada unidade; - o custo de cada unidade vendida é de R$ 99,00 - por este princípio significa que a empresa tem registrado em sua receita R$ 200.000,00 (1.000 unid. X R$ 200,00) e conseqüentemente como despesa (custo) R$ 99.000,00 (1.000 unid. ao custo de R$ 99,00).

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Para toda a receita deve existir um sacrifício (despesa) correspondente. Estaria incorreta a Contabilidade se tivesse registrado o custo de apenas 500 unidades, demonstrando, assim, um lucro maior do que o real. A receita e a despesas devem ser confrontadas no mesmo exercício a que competirem.

Princípio do Denominador Comum Monetário: estabelece que a Contabilidade seja processada em uma única moeda, oferecendo maior consistência aos registros e maior confiabilidade às informações constantes nos relatórios contábeis. Exemplo: no Brasil admite-se como moeda somente o Real (R$). Todos os balanços devem ser elaborados com base no Real (moeda nacional).

Princípio da Competência: estabelece que as receitas e as despesas devem ser atribuídas aos períodos de sua ocorrência, independentemente de recebimento e pagamento. A receita ou a despesas deve ser contabilizada no momento em que ela foi incorrida (aconteceu) e não quando foi recebida ou paga, respectivamente.

É um dos principais princípios da contabilidade, onde muitos profissionais da área não entendem sua aplicação.

Exemplos:

-Água, luz, telefone referente competência dezembro/xx e paga em janeiro do ano seguinte, pelo regime de competência devem ser contabilizadas no mês de dezembro/xx;-Juros e Encargos financeiros da conta corrente e conta garantida, bem como despesas bancárias relativas a dezembro/xx e debitados em janeiro do ano seguinte, devem ser contabilizadas em dezembro/xx.-Outras despesas referentes aos meses de novembro/xx e dezembro/xx, pagas somente no ano seguinte, devem ser contabilizadas no mês de sua competência, ou seja, novembro/xx e dezembro/xx;

Exemplo da Contabilização da Energia Elétrica de dezembro, paga em janeiro do ano seguinte:

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Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito

Contabilização da fatura pela Competência31/12/xx Despesas/cust

os -Resultado

Valor fatura ref energia elétrica mês de dezembro 7.000,00

31/12/xx Contas a Pagar -Passivo

Valor fatura ref energia elétrica do mês dez/ 7.000,00

Contabilização do pagamento no exercício seguinte10/01/xx Contas a Pagar

–Passivo

Valor pagamento fatura 7.000,00

10/01/xx Banco c/corrente

Valor débito c/c B.Brasil ref. pgto fatura 7.000,00

Convenções Contábeis

As convenções são mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve ser observada no exercício profissional da Contabilidade. São: convenção da objetividade, da materialidade, da consistência e do conservadorismo.

Convenção da Objetividade: o profissional deve procurar sempre exercer a Contabilidade de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar no seu trabalho e os registros devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência do fato administrativo.

Convenção da Materialidade: a informação contábil deve ser relevante, justa e adequada e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade.

Exemplo:

Bens do imobilizado de pequeno valor não devem ser contabilizados no Ativo Imobilizado, mas sim em contas de resultado (despesas), devido o custo de controlar contabilmente um bem de pequeno valor.

Ex.: um grampeador, que custa R$ 30,00 e cuja a vida útil chega a quase 05 anos. O custo de manter um sistema ou planilha de depreciação, bem como os lançamentos contábeis ao longo de sua vida útil inviabilizam o trabalho do contador. É o mesmo tempo que se utiliza para controlar um empréstimo de milhares ou milhões de Reais.

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Convenção da Consistência: os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo das informações consistentes, para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários.

Exemplo:

Ao adotar um critério ou método de avaliação, o Contador deverá mantê-lo consistente (uniforme) dentro de um mesmo período, e quando for alterá-lo somente no início do período seguinte, bem assim, fazer constar nas notas explicativas à utilização de método diverso que o anterior e apresentar os reflexos que a mudança proporcionou. Exemplo: Se utilizar a depreciação para veículos a 15% ao ano, deverá fazer no período todo, procurando não alterar no próximos exercícios, para fins de análise, porém se for necessário a alteração mencionar em notas explicativas ( que é parte componente as Demonstrações Financeiras ) que a depreciação de veículos no exercício foi alterada de 15% ao ano para 20%.

Convenção do Conservadorismo: estabelece que o profissional da Contabilidade deve manter uma conduta mais conservadora em relação aos resultados que serão apresentados, evitando que projeções distorcidas sejam feitas pelos usuários. Assim, é preferível ter expectativa de prejuízo e a entidade apresentar resultados positivos, ou seja, se houver duas opções igualmente válidas deve-se optar sempre por aquela que acusa um menor valor para os ativos e para as receitas e o maior valor para os passivos e para as despesas.

Pela convenção do conservadorismo (ou da prudência) as contingências ativas ou os ganhos contingentes não devem ser registrados. Somente quando estiver efetivamente assegurada a sua obtenção ou recuperação é que devem ser reconhecidos. Contingência é uma condição ou situação cujo resultado final, favorável ou desfavorável, somente será confirmado caso ocorram, ou não ocorram, um ou mais eventos futuros incertos (Resolução CFC 750-93).

Exemplo:

- a empresa discute na justiça o reajuste de preço de um produto ou serviço anteriormente por ela fornecido, caso ganhe a ação receberá R$ 100.000,00. Pelo conservadorismo, por se tratar de um possível aumento patrimonial (receita), o Contador deverá ser conservador, lançando esse valor como receita somente quando o juiz sentenciar ganho final.

- a empresa discute na justiça o reajuste de preço de um produto ou serviço anteriormente comprado, caso ganhe a ação deverá pagar R$ 98.000,00 à outra empresa litigante. Pelo conservadorismo, por se tratar de uma possível perda, o Contador deverá ser conservador, aprovisionando o valor da ação como despesa no exercício.

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O Conservadorismo significa cautela, ou seja, os ativos devem ser registrados apenas quando tidos como líquidos e certos e as dívidas provisionais mesmo quando incerto a obrigação do pagamento.

CONTAS PATRIMONIAIS

O PATRIMÔNIO

BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES

O patrimônio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominada ativo, e de uma parte com valores negativos denominada passivo. O ativo é formado pelos bens e direitos e o passivo pelas obrigações. O excesso do ativo sobre o passivo é o capital, conhecido como patrimônio líquido que aparece no passivo, para completar a igualdade entre o total do ativo e o do passivo, resultando na equação patrimonial.

ATIVO:

Representa a parte dos valores positivos do patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade.

Os elementos que compõe o ativo são revestidos de algumas características especiais, tais como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefícios econômicos para a entidade, devem ser um recurso econômico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma entidade contábil e devem ser mensuráveis monetariamente.

PASSIVO:

Representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas a prazo, com data de vencimento e beneficiário certo e conhecido. Todas as contas do passivo representam os valores negativos do patrimônio.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO :

É a diferença entre os valores positivos do ativo (bens e direitos) e os valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade em um determinado momento. É a parte do balanço que representa o capital social investido pelos sócios, mais os lucros acumulados da empresa e reservas.

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ABORDAGEM CONCEITUAL DO PATRIMÔNIO

É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica, com finalidade definida e mensurável economicamente. Tem-se do lado esquerdo o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direito inclui as obrigações a serem pagas por essa pessoa ou essa empresa.

Sendo o Patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma empresa. Veja o que significa cada um destes componentes:

-Bens são coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica.

Do ponto de vista contábil, Bem é tudo o que uma empresa possui, seja para uso, troca ou consumo.

Exemplo:

Supondo que uma empresa possua os seguintes Bens:• prateleiras• discos para venda (mercadorias)• papel para embalagem

Desses três, as prateleiras são Bens de uso da empresa; os discos são Bens de troca e o papel para embalagem é um Bem de consumo.

Pode-se ainda dividir os Bens de uma empresa em:

a. Materiais (tangíveis): são os Bens corpóreos. Dividem-se em móveis e imóveis.

• Móveis: são aqueles que podem ser removidos de seu lugar natural por força própria ou alheia. Exemplo: mesa, máquina, veículo etc.

• Imóveis: são aqueles que podem ser removidos do seu lugar natural. Exemplo: terrenos, casas, sítios etc.

b. Imateriais (intangíveis): são os Bens incorpóreos, ou seja, determinados gastos que a empresa faz, que por sua natureza devem ser considerados Bens. Os mais comuns são: Gastos de Organização, Fundo de Comércio, Marcas e Patentes etc.

Direitos: são todos os valores que uma empresa tem a receber.

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Os Direitos geralmente aparecem registrados com o nome do elemento (quase sempre um documento) acrescido da expressão a Receber.

Exemplos:

• Duplicatas a Receber• Promissórias a Receber

Obrigações: são todos os valores que uma empresa tem a pagar.

As Obrigações geralmente são registradas utilizando-se o nome do elemento (quase sempre um documento) acrescido da expressão a Pagar.

Exemplos:

• Duplicatas a Pagar• Promissórias a Pagar• Impostos a Pagar

Representação gráfica do Patrimônio

O Patrimônio é um conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma empresa. Para que a Contabilidade desempenhe seu papel de fornecer informações sobre a situação do Patrimônio, ela precisa apresentar esses elementos patrimoniais de alguma forma. A maneira que a Contabilidade utiliza para representar a situação patrimonial é a forma gráfica. Os Bens, Direitos e Obrigações podem ser didaticamente dispostos em um gráfico em forma de T.

O gráfico, como podemos observar, tem dois lados:• No lado esquerdo, colocamos os Bens e os Direitos.• No lado direito, colocamos as Obrigações.

Veja:

ATIVO PASSIVO

BENS E DIREITOS OBRIGAÇÕESDisponibilidades Empréstimos e FinanciamentosEstoques FornecedoresContas a Receber Salários a Pagar

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Ativo e Passivo

A Contabilidade atribui, com muita lógica, um nome para cada um dos lados do gráfico:

O lado esquerdo do gráfico recebe o nome de Ativo, pois é composto pelos Bens e

Direitos, que formam o conjunto dos elementos positivos da empresa.

O lado direito do gráfico recebe o nome de Passivo, pois é composto pelas Obrigações, as quais formam o grupo dos elementos negativos da empresa.

Patrimônio Líquido

No gráfico em T, que serve para representarmos os elementos componentes do Patrimônio, a soma do lado esquerdo deverá ser igual á soma do lado direito.

Partindo-se do princípio de que os elementos positivos (Ativo = Bens e Direitos) devam ser superiores aos elementos negativos (Passivo = Obrigações), aparecerá no gráfico um terceiro grupo de elementos que denominaremos Patrimônio Líquido.

Esse terceiro grupo corresponde exatamente à diferença entre o Ativo (Bens e Direitos) e as Obrigações, e será colocado no lado do Passivo para assegurar a igualdade entre os dois lados.

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ATIVO

Patrimônio

BensDireitos

Patrimônio

PASSIVO

Obrigações

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Sendo assim, veja como fica o gráfico do Patrimônio:

Note que tem dois grupos de elementos patrimoniais de cada lado. Veja, agora, quais são os elementos que compõem esses grupos:

Bens e Direitos: mesas, automóveis, dinheiro, mercadorias, Duplicatas a receber etc.

Direitos Obrigações: Duplicatas a Pagar, Promissórias a Pagar etc.Patrimônio Líquido: Capital, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Os grupos dos Bens, Direitos e Obrigações podem ser entendidos facilmente; porém, o mesmo pode não ocorrer em relação ao Patrimônio Líquido.

• Capital: equivale ao Capital Social integralizado, conforme consta no Contrato Social da empresa.

• Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados: são elementos que representam o resultado das atividades da empresa.

ATIVO PASSIVO

(+)BENS E DIREITOS ( - ) OBRIGAÇÕESDisponibilidades Empréstimos e FinanciamentosEstoques FornecedoresContas a Receber Salários a Pagar

(=) PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapitalReservasLucros ou Prejuízos Acumulados

Em relação ao quadro anterior foi acrescentado, ao lado direito, o Patrimônio Líquido (PL) para equilibrar as contas, pois o patrimônio líquido representa a diferença entre os bens e direitos (Ativo) e as obrigações ( Passivo). O PL está representado ao lado direito por convenção, pois o intuito da empresa é o de que o Ativo seja sempre maior que o Passivo ( ter mais bens e direitos do que obrigações), por isso o PL fica ao lado direito para equilibrar a balança.

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ATIVO

Patrimônio

BensDireitos

PASSIVO

ObrigaçõesPatrimônio Líquido

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Sendo o patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações com terceiros e capital próprio, a equação fundamental do patrimônio é assim definida:

BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES = PATRIMÕNIO LÍQUIDO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO = CAPITAL PRÓPRIO

Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigações com terceiros por passivo, e capital próprio por patrimônio líquido, podermos afirmar que:

A - P = P.L.

Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitos e pague todas as suas obrigações com terceiros, a sobra ou situação líquida é o capital próprio, que é denominado pela Contabilidade de patrimônio líquido.

Alguns Conceitos ImportantesO Patrimônio, objeto da contabilidade, é um conjunto de bens, direitos e obrigações.• Bens: Por bens, entendemos como sendo as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas. Já no ponto de vista da contabilidade, bens é tudo aquilo que a empresa ou a entidade possui para a sua satisfação e necessidade, seja ela, para troca, consumo ou aplicação. Esses bens, para o ponto de vista contábil pode se classificar como:Bens Materiais (Tangíveis): são aqueles que podemos tocar e ver. Exemplo:Máquinas, Veículos, Imóveis, etc.Bens Imateriais (Intangíveis): são aqueles que não podemos ver e tocar. Exemplo:Marcas, Patentes, Nome Comercial, etc.• Direitos: Na contabilidade podemos conceituar como sendo tudo aquilo que a empresa tem a receber, ou até mesmo direitos adquiridos por alguma operação contábil que resulta em um beneficio futuro (contas a recuperar). Essas pessoas podem ser: pessoas físicas ou jurídicas. Exemplo: Duplicatas a Receber, Alugueis a Receber, Clientes,Impostos a Recuperar, etc.• Obrigações: Abrangem tudo aquilo que a empresa tem a pagar ou recolher para terceiros. Exemplos: Duplicatas a Pagar, Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar, etc.• Patrimônio Líquido: Podemos definir como sendo capital próprio da empresa ou entidade, onde estão agrupado, o capital de todos os sócios, acionistas ou proprietário, o resultado da empresa em determinado momento, seja ele positivo ou negativo, e as Reservas. Pode-se dizer também que é a diferença dos (Bens + Direitos) e (Obrigações) dentro do Balanço Patrimonial. Note que os Direitos e as Obrigações são fáceis de se conhecer, pois, na contabilidade, normalmente representam um elemento seguido das expressões. Direitos: “A Receber” ou “A Recuperar” Obrigações: “A recolher” ou “A Pagar” Esses quatro conceitos são os mais importantes da Contabilidade. Eles são representados dentro de um gráfico a

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qual chamamos de Balanço Patrimonial. Os bens e direitos da empresa ou entidade, ficam localizados em um grupo que denomina-se ATIVO; já as Obrigações e o Patrimônio Líquido, ficam em outro grupo denominado PASSIVO.Ativo“São elementos do ativo de uma determinada pessoa física ou jurídica, todos os valores atribuídos aos bens que possui com ela ou que possui em comum com outros, enfim, os bens que podem exigir de terceiros”. O Ativo representa a parte positiva do Balanço Patrimonial da empresa, geralmente localizado ao lado esquerdo deste demonstrativo. O Ativo, tem como natureza Devedora, sendo todos os saldos positivos deste grupo à Débito.PassivoNormalmente encontra-se ao lado direito do Balanço Patrimonial. Representa a parte negativa do Balanço. Nele serão classificadas todas as obrigações que a empresa ou entidade possui com terceiros e com os seus sócios, acionistas ou proprietários. Este, tem como natureza Credora, sendo todos os saldos positivos deste grupo à Crédito. Graficamente estes grupos são demonstrados da seguinte formaAtivo e PassivoAtivo: Bens E Direitos (Natureza Devedora) e Passivo: Obrigações E Patrimônio Liquido (Natureza Credora)Natureza Devedora: na contabilidade refere-se aquilo que a pessoa física ou jurídica, vai receber sobre alguma coisa para restituição ou prestações posteriores. O Ativo, como dito anteriormente, tem essa natureza, porém pode haver casos de uma conta com natureza devedora figurar no Passivo, com por exemplo às contas Prejuízo do Período e Capital a Integralizar.Natureza Credora: está ligado a todos os pagamentos e saídas que a pessoa física ou jurídica venha a realizar, ou o compromisso de efetuá-lo. Dentro do balanço a maior parte deste tipo de natureza, figura no Passivo, mas existem casos de natureza credora no Ativo,estas são conhecidas como contas redutoras. Como exemplo de contas redutoras temos a Depreciação Acumulada e a Provisão para Devedores Duvidosos.

Débito e CréditoVamos entender o que vem a ser Débito e Crédito dentro da contabilidade. Muitos acham que esses dois termos são iguais ao que vemos no extrato da nossa conta no banco, onde o Débito seria uma saída de dinheiro de nossa conta e o Crédito seria uma entrada. Na contabilidade esse termo não tem o mesmo significado. Os lançamentos contábeis são formados através de Debito e Crédito• Débito: significa todo o aumento de bens e direitos, e toda a diminuição de obrigações da empresa ou entidade. Também representa a aplicação de recursos. A aquisição de uma máquina, a entrada de dinheiro em caixa, e tudo que aumente o Ativo, será debitado, assim como os pagamentos de obrigações existentes e quando incorrerem gastos.• Crédito: significa a diminuição dos Bens e dos direitos, e todo o aumento das obrigações da empresa ou entidade. Representa a origem de capitais, ou seja,

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todo aumento das obrigações e as realizações de receitas, serão creditadas, assim como a diminuição dos Bens e Direitos da empresa ou entidade.

ATIVO PASSIVO RESULTADO(+) Aumenta = Débito (+) Aumenta = Crédito (+) Receita = Crédito(-) Diminuí = Crédito (-) Diminui = Débito (-) Despesa = DébitoOUPARA AUMENTAR OS BENS E DIREITOS = DÉBITOPARA DIMINUIR OS BENS E DIREITOS = CRÉDITOPARA AUMENTAR AS OBRIGAÇÕES E PATRIMÔNIO LÍQUIDO= CRÉDITOPARA DIMINUIR AS OBRIGAÇÕES E PATRIMÔNIO LÍQUIDO= DÉBITO

GRUPOS DO ATIVO

As contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez (capacidade de pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das exigibilidades.

Podemos visualizar esta obrigação no balanço patrimonial que é um instrumento contábil que indica em um determinado momento a situação financeira, econômica e patrimonial de uma entidade e no qual as contas são classificadas nos seguintes grupos:

1. Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo, estoques e despesas antecipadas.

1.1 Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa, bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações financeiras.

1.2 Realizável a Curto Prazo: registra-se os direitos a receber no prazo de até 12 (doze) meses, representados pelas seguintes contas Duplicatas a receber, Impostos a recuperar e outros Créditos

1.3 Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias.

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1.4 Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.

2. Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o término do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Exemplo: duplicatas a receber (+ 12 meses), empréstimos a sócios.

Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei nº 6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos à acionistas, empréstimos à coligadas, empréstimos à controladas, etc...

3. Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessários para que a entidade alcance seus objetivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos, imobilizado e diferido.

3.1 Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o objetivo principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras empresas, participação em empresas coligadas, participação em empresas controladas e obras de arte.

3.2 Imobilizado: representam as aplicações de recursos em bens instrumentais que servem de meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem depreciação, os bens imateriais sofrem amortização e os terrenos sofrem exaustão. Ex: Imóveis, máquinas e equipamentos, veículos, móveis e utensílios.

3.3 Diferido: representa as aplicações de recursos em despesas que irão influenciar o resultado de mais de um exercício. Ex: gastos de implantação, gastos pré-operacionais, gastos com modernização e reorganização.

GRUPOS DO PASSIVO

4. Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até 12 (doze) meses. Ex. fornecedores, salários a pagar, provisão para férias, Obrigações Sociais, Obrigações Fiscais e Tributárias e empréstimos bancários.

5. Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigações com prazo de vencimento após 12 (doze) meses. Ex: empréstimos bancários e financiamentos. Neste grupo também são classificadas as seguintes contas: adiantamentos de sócios, adiantamentos de acionistas, empréstimos de coligadas e empréstimos de controladas.

6. Resultado de Exercício Futuro: compreende as receitas recebidas antecipadamente que de acordo com o regime de competência pertence a exercício futuro. Ex: receita antecipada e custos atribuídos à receita antecipada.

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ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

7. Patrimônio Líquido: representa o capital que pertence aos proprietários. Ex: capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros (legal, estatutária, contingência, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuízos acumulados.

7.1 Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado pelos sócios ou acionistas.

7.2 Reservas

7.2.1 Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas, eventualmente, pela entidade. No caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de ações, o produto da alienação de partes beneficiárias, entre outras.

7.2.2 Reservas de Reavaliação: registram os aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações feitas pela entidade com base em laudo.

7.2.3 Reservas de Lucros: são reservas originados dos lucros e destinadas para reenvestimento na empresa. Exemplo: Na Assembléia dos acionistas ou no próprio contrato social os sócios (ou acionistas) determinam que X por cento do lucro da empresa, não será distribuído aos sócios e deverá permanecer como uma reserva para a aplicação na atividade da empresa (reserva para compra de imobilizado com o objetivo de não descapitalizar a empresa).

7.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados : registra os resultados acumulados pela empresa, quando ainda não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista.A diferença para a Reserva de Lucros, acima mencionada, é a de que os Lucros Acumulados estão à disposição dos sócios para distribuição ou não e a Reserva de Lucros já foi destinada a permanecer na empresa e não poderá ser distribuída.

RESUMO

CONCEITO

“Contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não.”

CAMPO DE APLICAÇÃO

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O das entidades econômico-administrativas, sejam de fins lucrativos ou não.

OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE

O patrimônio das entidades.

PATRIMÔNIO

Conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade econômico administrativa.

FINALIDADES DA CONTABILIDADE

Assegurar o controle do patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem ser lucrativos ou meramente ideais.

De acordo com o parágrafo acima, observamos duas funções básicas na contabilidade. Uma é a administrativa, e a outra é a econômica. Assim:

– Função administrativa: controlar o patrimônio– Função econômica: apurar o resultado.

USUÁRIOS DA CONTABILIDADE:

– Sócios, acionistas, proprietários;– Diretores, administradores, executivos;– Instituições financeiras;– Empregados– Fornecedores– Clientes– Órgãos governamentais– Fisco

TÉCNICAS CONTÁBEIS

A contabilidade para atingir sua finalidade se utiliza das seguintes técnicas.

Escrituração

É o registro de todos os fatos que ocorrem no patrimônio.

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Demonstrações Financeiras

São demonstrativos expositivos dos fatos ocorridos num determinado período. Representam a exposição gráfica dos fatos. São elas:

– Balanço Patrimonial– Demonstração do Resultado do Exercício– Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados– Demonstração das Mutações do patrimônio Líquido– Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

Auditoria

É o exame e a verificação da exatidão ou não dos procedimentos contábeis.

Análise das Demonstrações Financeiras

Analisa e interpreta as demonstrações financeiras.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE

O Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução Federal no 750/93, determinou os seguintes princípios fundamentais de contabilidade.

– Entidade– Continuidade– Oportunidade– Registro pelo Valor Original– Atualização Monetária– Prudência– Competência

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA DA CONTABILIDADE

Controlar o patrimônio.

a. Patrimônio – conjunto de bens, direitos e obrigações suscetíveis de avaliação econômica, vinculados a uma entidade ou pessoa física.

b. Bem – tudo aquilo que satisfaz as necessidades humanas e pode ser avaliado econômica-mente.

1. Classificação dos bens:

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1.1 Bens tangíveis, corpóreos, concretos ou materiais – têm existência física, existem como coisa ou objeto.

1.2 Bens intangíveis, incorpóreos, abstratos ou imateriais – não possuem existência física, porém representam uma aplicação de capital indispensável aos objetivos da empresa, e cujo valor reside em direitos de propriedade que são legalmente que são legalmente conferidos aos seus possuidores.

Exemplos de bens intangíveis: direitos sobre marcas, patentes, direitos autorais, ponto comercial, fundo de comércio, ações ou quotas do capital de outras empresas, etc.

c. Direitos – valores de propriedade da entidade que se encontram em posse de terceiros.

Exemplos: duplicatas a receber, clientes, contas a receber, dinheiro depositado no banco, aplicações financeiras, etc.

d. Obrigações: são dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa posse (uso).

Exemplos: fornecedores, duplicatas a pagar, notas promissórias a pagar, impostos a recolher, contas a pagar, títulos a pagar, contribuições a recolher, etc.

e. Composição Patrimonial: o patrimônio é dividido em três partes.

1a Parte – ATIVO (A) - parte positiva, composta de bens e direitos.

2a Parte – PASSIVO EXIGÍVEL (PE) - parte negativa, composta das obrigações com terceiros.

3a Parte – PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) ou SITUAÇÃO LÍQUIDA (SL) – parte diferencial entre o ativo e o passivo exigível. O patrimônio líquido representa as obrigações da entidade para com os sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença entre o valor dos bens e direitos (ativo) e o valor das obrigações com terceiros (passivo exigível).

Essa parte diferencial (PL/SL) é que vai medir ou avaliar a situação ou condição da entidade sendo, portanto, considerado como PASSIVO NÃO EXIGÍVEL.

f. Equação Fundamental do Patrimônio: PL/SL = A – PE

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Especificação da fórmula: PL = Patrimônio Líquido, SL = Situação Líquida, A = Ativo, PE = Passivo Exigível.

g. Representação Gráfica do Patrimônio

PATRIMÔNIOATIVO +

PASSIVO (-)

Bens Exigível – Obrigações

Direitos

PL/SL

TOTAL TOTAL

h. Situações ou Estados Patrimoniais

1. Situação favorável: ocorre quando A > PE, determinando PL > 0. Assim, A = PE + PL.

2. Situação plena ou propriedade total dos ativos: ocorre quando A > PE e PE = 0, determinando PL > 0. Assim, A = PL.

3. Situação nula ou de equilíbrio aparente: ocorre quando A = PE, determinando PL = 0. Assim, A = PE.

4. Inexistência de ativos: ocorre quando PE > A e A = 0, determinando PL < 0. Assim, PE = (PL).

5. Situação desfavorável: ocorre quando A < PE, determinando PL < 0.

FUNÇÃO ECONÔMICA DA CONTABILIDADE: apurar o resultado

1 ResultadoDiferença entre o valor das Receitas e o valor das Despesas (D)

O resultado pode ser:

Positivo ou Lucro - quando o valor das receitas é superior ao das despesas;Negativo ou prejuízo – quando o valor das receitas é inferior ao das despesas;Nulo – quando o valor das receitas é igual ao valor das despesas.

2 ReceitasSão entradas de elementos para o ativo da empresa, na forma de bens ou direitos que sempre provocam aumento da situação líquida.

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3 DespesasÉ gasto incorrido para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As despesas podem diminuir o ativo ou aumentar o passivo, mas sempre provocam diminuições na situação líquida ou patrimônio líquido.

Exercícios Módulo 1

1 - Qual a função da Contabilidade?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

1 – Por que os registros contábeis são importantes para os credores?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

2 - Por que os registros contábeis são importantes para os sócios das empresas?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

3 - Por que os registros contábeis são importantes para o governo?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

5 – Defina o princípio da competência.

__________________________________________________________________

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__________________________________________________________________

6 – Defina o princípio da entidade.

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

7 - O que representa o Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido?

Ativo:_____________________________________________________________

__________________________________________________________________

Passivo:___________________________________________________________

__________________________________________________________________

Patrimônio Líquido: _________________________________________________________________

__________________________________________________________________

8 – Qual a diferença de Bens tangíveis e intangíveis?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

9 – Qual a finalidade da Contabilidade?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

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10 – Cite três áreas de atuação da Contabilidade?

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MÓDULO 2

ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS

O plano de contas será a estrutura de toda a atividade a ser desenvolvida pela contabilidade, assegurando chegar ao controle e estudo do patrimônio da empresa comercial.

Com a vigência da Lei 6404/1976 (a chamada “Lei das S/A”), a estrutura do plano de contas passou a ser uniformizada para todas as formas societárias.

A estrutura básica do plano de contas incluirá quatro grandes grupos: Ativo, Passivo, Despesas e Receitas.

Evidencia-se a necessidade de codificação das contas do plano para estabelecer a distinção de grupos para as de nomes semelhantes, para a pré-classificação das operações e classificação por natureza de saldos.

O Ativo encontra-se subdividido em: Ativo Circulante, Ativo realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente.

O Passivo encontra-se subdividido em: Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido.

As despesas ou custos são subdivididas em: Deduções de Vendas, Custo das Mercadorias Vendidas, Despesas com Vendas, Despesas Financeiras, Despesas Gerais e Administrativas, Despesas Operacionais, Despesas Não-operacionais, Correção Monetária do Balanço e Provisão para o Imposto de Renda.

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As receitas ou ingressos estão subdivididas em: Receita Bruta de Vendas, Receita Financeira, Receita Não-operacional, Reversão de Provisão e Correção Monetária do Balanço.

Plano Geral de Contas

1. ATIVO1.1 CIRCULANTE1.1.01. DISPONÍVEL1.1.01.001 CAIXA1.1.01.001.0001 CAIXA1.1.01.002.0000 BANCO CONTA MOVIMENTO1.1.01.002.0001 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL11.01.003 APLICAÇÕES FINANCEIRAS11.01.003.0001 APLICAÇÃO FINANC. C.E.F.1.1.02.000.0000 CLIENTES1.1.02.001.0000 DUPLICATAS A RECEBER1.1.02.001.0001 DUPLICATAS A RECEBER1.1.03.000.0000 OUTROS CREDITOS1.1.03.001.0000 TITULOS A RECEBER1.1.03.001.0001 N P A RECEBER1.1.03.002.0000 ADIANTAMENTOS ATERCEIROS1.1.03.002.0001 ADTOS A FORNECEDORES1.1.03.003.0000 IMPOSTOS A RECUPERAR1.1.03.003.0001 IRPJ EXERCICIOS ANTERIORES1.1.03.003.0002 CSSL EXERCICIOS ANTERIORES1.1.03.003.0003 ICMS A RECUPERAR1.1.03.003.0004 IPI A RECUPERAR1.1.04.000.0000 ESTOQUES1.1.04.001.0000 MERCADORIA PARA REVENDA1.1.04.001.0001 MERCADORIAS11.05.000.0000 DESPESAS ANTECIPADAS11.05.001.0000 DESPESAS A RATEAR11.05.001.0001 SEGUROS A APROPRIAR 1.2.00.000.0000 ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO1.2.01.000.0000 CREDITOS E VALORES1.2.01.001.0000 CLIENTES1.2.01.001.0001 DUPLICATAS A RECEBER1.2.01.002.0000 TITULOS A RECEBER1.2.01.002.0001 TITULOS A RECEBER1.3.00.000.0000 ATIVO PERMANENTE1.3.01.000.0000 INVESTIMENTOS1.3.01.001.0000 PART. OUTRAS SOCIEDADES1.3.01.001.0001 CONTROLADAS1.3.01.001.0002 COLIGADAS1.3.02.000.0000 IMOBILIZADO1.3.02.001.0000 BENS EM OPERAÇÃO1.3.02.001.0001 TERRENOS1.3.02.001.0002 INSTALAÇÕES1.3.02.001.0003 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS1.3.02.001.0004 COMPUTADORES E PERIFERICOS1.3.02.001.0005 MOVEIS E UTENSILIOS1.3.02.001.0006 VEÍCULOS

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1.3.02.001.0007 OUTROS BENS1.3.02.002.0000 (-) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA1.3.02.002.0001 CONSTRUÇOES E BENFEITORIAS1.3.02.002.0002 INSTALAÇOES1.3.02.002.0003 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS1.3.02.002.0004 COMPUTADORES E PERIFERICOS1.3.02.002.0005 MOVEIS E UTENSILIOS1.3.02.002.0006 VEICULOS1.3.02.002.0007 OUTROS BENS1.3.02.003.0000 IMOBILIZADO EM ANDAMENTO1.3.02.003.0001 CONSTRUÇOES EM ANDAMENTO1.3.02.003.0002 BENS EM USO - IMPLANTAÇAO1.3.03.000.0000 ATIVO DIFERIDO1.3.03.001.0000 GASTOS PRE OPERACIONAIS1.3.03.001.0001 GASTOS DE ORGANIZAÇAO1.3.03.002.0000 (-) AMORTIZAÇAO1.3.03.002.0001 GASTOS DE ORGANIZAÇAO

2.0.00.000.0000 PASSIVO2.1.00.000.0000 PASSIVO CIRCULANTE2.1.01.000.0000 FORNECEDORES2.1.01.001.0000 FORNECEDORES NACIONAIS2.1.01.001.0001 FORNECEDORES2.1.02.000.0000 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS2.1.02.001.0000 EMPRESTIMOS2.1.01.001.0001 CAPITAL DE GIRO2.1.02.002.0000 FIANCIAMENTOS2.1.02.002.0001 CAIXA ECONOMICA FEDERAL2.1.03.000.0000 OBRIGAÇOES SOCIAIS/FISCAIS2.1.03.001.0000 OBRIGAÇOES SOCIAIS2.1.03.001.0001 INSS A RECOLHER2.1.03.001.0002 FGTS A RECOLHER2.1.03.001.0003 CONT. SINDICAL A RECOLHER2.1.03.001.0004 IRRF FOLHA PAGAMENTO2.1.03.001.0005 INSS AUTONOMO A RECOLHER2.1.03.001.0006 C SIND. PATRONAL RECOLHER2.1.03.002.0000 OBRIGAÇOES FISCAIS2.1.03.002.0001 PIS A RECOLHER2.1.03.002.0002 COFINS A RECOLHER2.1.03.002.0003 ISS A RECOLHER2.1.03.002.0004 ICMS A RECOLHER2.1.03.002.0005 IPI A RECOLHER2.1.03.002.0006 IRPJ A RECOLHER2.1.03.002.0007 CSSL A RECOLHER2.1.03.002.0008 IOF A RECOLHER2.1.03.002.0009 IRRF (PJ) A RECOLHER2.1.03.002.0010 REFIS2.1.04.000.0000 OUTRAS OBRIGAÇOES2.1.04.001.0000 OBRIGAÇOES TRABALHISTAS2.1.04.001.0001 SALARIOS A PAGAR2.1.04.001.0002 PRÓ-LABORE A PAGAR2.1.04.002.0003 FERIAS A PAGAR2.1.04.002.0004 RESCISOES A PAGAR2.1.04.002.0005 OUTRAS OBRIGAÇOES2.1.04.002.0000 ADIANTAMENTO DE CLIENTES

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2.1.04.002.0001 ADIANTAMENTO DE CLIENTES2.1.04.003.0000 OUTRAS CONTAS A PAGAR2.1.04.003.0001 FATURA AGUA/LUZ/TELEFONE2.1.04.003.0002 COMISSOES A PAGAR2.1.04.003.0003 OUTRAS CONTAS A PAGAR2.1.05.000.0000 OUTRAS PROVISOES2.1.05.001.0000 TRABALHISTAS2.1.05.001.0001 FERIAS2.1.05.001.0002 13 SALARIO2.2.00.000.0000 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO2.2.01.000.0000 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS2.2.01.001.0000 EMPREST/FINANC BANCARIOS2.2.01.001.0001 CAIXA ECONOMICA FEDERAL2.2.02.000.0000 OBRIGAÇOES FISCAIS/TRIBUTARIAS2.3.00.000.0000 RESULTADO EXERCICIOS FUTUROS2.3.01.000.0000 RECEITAS EXERCICIOS FUTUROS2.3.02.000.0000 CUSTOS/DESPESAS EXERCICIOS FUTUROS2.4.00.000.0000 PATRIMÔNIO LIQUIDO2.4.01.000.0000 CAPITAL SOCIAL2.4.01.001.0000 CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO2.4.01.001.0001 CAPITAL SOCIAL2.4.02.000.0000 RESERVAS DE CAPITAL2.4.03.000.0000 RESERVAS DE REAVALIAÇAO2.4.04.000.0000 RESERVAS DE LUCROS2.4.05.000.0000 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS2.4.05.001.0000 LUCROS/PREJUIZOS ACUMULADOS2.4.05.001.0001 LUCRO EXERCICIO ANTERIOR2.4.05.001.0002 LUCRO DO EXERCICIO2.4.05.001.0003 (-) DISTRIBUIÇAO DE LUCRO

CONTAS DE RESULTADO

3.0.00.000.0000 RECEITAS3.1.00.000.0000 RECEITA BRUTA VENDA PRODUTOS E SERVIÇOS3.1.01.000.0000 VENDA PRODUTOS/MERCADORIAS3.1.01.001.0000 VENDA DE MERCADORIAS3.1.01.001.0001 MERCADORIAS3.1.02.000.0000 VENDA DE SERVIÇOS3.1.02.001.0000 SERVIÇOS3.1.02.001.0001 SERVIÇOS3.2.00.000.0000 (-) DEDUÇAO DA RECEITA3.2.01.000.0000 VENDA CANCELADA/DEVOLUÇAO3.2.01.001.0000 VENDAS CANCELADAS3.2.01.001.0001 VENDAS CANCELADAS3.2.01.001.0002 DEVOLUÇAO3.2.02.000.0000 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS3.2.02.001.0000 IMPOSTOS SOBRE VENDAS3.2.02.001.0001 ICMS3.2.02.001.0002 ISS3.2.02.001.0003 IPI3.2.02.001.0004 PIS SOBRE FATURAMENTO3.2.02.001.0005 COFINS SOBRE FATURAMENTO

4.0.00.000.0000 CUSTOS E DESPESAS4.1.00.000.0000 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS4.1.01.000.0000 CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS

Seja um transmissor de vida – passe adiante o que você recebeu. 31

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4.1.01.001.0000 CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS4.1.01.001.0001 CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS4.1.02.000.0000 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS4.1.02.001.0000 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS4.1.02.001.0001 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS4.2.00.000.0000 CUSTOS DE PRODUÇAO4.2.01.000.0000 CUSTOS OPERACIONAIS4.2.01.001.0000 MAO DE OBRA DIRETA4.2.01.001.0001 SAL DPTOS PRODUTIVOS4.2.01.001.0002 PREMIOS PRODUÇAO4.2.01.001.0003 FERIAS4.2.01.001.0004 13 SALARIO4.2.01.001.0005 INSS4.2.01.001.0006 FGTS4.2.01.001.0007 AVISO PREVIO/INDENIZAÇOES4.2.01.001.0008 ASSISTENCIA MEDICA/SOCIAL4.2.01.001.0009 AUXILIO ALIMENTAÇAO4.2.01.001.0010 OUTROS ENCARGOS4.2.01.002.0000 OUTROS CUSTOS DIRETOS4.2.01.002.0001 SERVIÇOS DE TERCEIROS4.2.01.003.0000 CUSTOS INDIRETOS4.2.01.003.0001 ALUGUEIS/CONDOMINIOS4.2.01.003.0002 DEPRECIAÇAO/AMORTIZAÇAO4.2.01.003.0003 MANUTENÇAO/REPAROS4.2.01.003.0004 ENERGIA ELETRICA4.2.01.003.0005 AGUA4.2.01.003.0006 TRANSPORTE DO PESSOAL4.2.01.003.0007 COMUNICAÇOES4.2.01.003.0008 IMPOSTOS E TAXAS4.2.01.003.0009 REFEITORIOS4.2.01.003.0010 RECRUTAMENTO E SELEÇAO4.3.00.000.0000 DESPESAS OPERACIONAIS4.3.01.000.0000 DESPESAS DE VENDAS4.3.01.001.0000 DESPESAS COM PESSOAL4.3.01.001.0001 SALARIOS/ORDENADOS4.3.01.001.0002 FERIAS4.3.01.001.0003 13 SALARIO4.3.01.001.0004 INDENIZAÇOES4.3.01.001.0005 OUTROS ENCARGOS4.3.01.002.0000 DESPESAS GERAIS4.3.01.002.0001 ALUGUEIS/CONDOMINIOS4.3.01.002.0002 DEPRECIAÇAO/AMORTIZAÇAO4.3.01.002.0003 MANUTENÇAO E REPAROS4.3.01.002.0004 PROPAGANDA4.3.01.002.0005 PUBLICIDADE4.3.01.002.0006 ENERGIA ELETRICA4.3.01.002.0006 AGUA E ESGOTO4.3.01.002.0007 TELEFONE4.3.01.002.0008 CORREIOS E MALOTES4.3.01.002.0009 REPRODUÇAO4.3.01.002.0010 SEGUROS4.3.01.002.0011 TRANSPORTE DO PESSOAL4.3.01.002.0012 DESPESAVIAGEM4.3.01.002.0013 DESPESAS COM VEICULOS4.3.01.002.0014 COMBUSTIVEIS4.3.02.000.0000 DESPESAS ADMINISTRATIVAS

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4.3.02.001.0000 DESPESAS COM PESSOAL4.3.02.001.0001 SALARIO/ORDENADOS4.3.02.001.0002 FERIAS4.3.02.001.0003 13 SALARIO4.3.02.001.0004 INSS4.3.02.001.0005 FGTS4.3.02.001.0006 INDENIZAÇOES4.3.02.001.0007 VALE REFEIÇAO4.3.02.001.0008 VALE TRANSPORTE4.3.02.001.0009 SEGURO DE VIDA EM GRUPO4.3.02.001.0010 SEG ACIDENTE TRABALHO4.3.02.001.0011 GRATIFICAÇOES4.3.02.001.0012 OUTROS ENCARGOS4.3.02.002.0000 DESPESAS DE OCUPAÇAO4.3.02.002.0001 ALUGUEL/CONDOMINIO4.3.02.002.0002 DEPRECIAÇAO/AMORTIZAÇAO4.3.02.002.0003 MANUTENÇAO E REPAROS4.3.02.003.0000 UTILIDADES E SERVIÇOS4.3.02.003.0001 ENERGIA ELETRICA4.3.02.003.0002 AGUA4.3.02.003.0003 TELEFONE4.3.02.003.0004 CORREIO4.3.02.003.0005 REPRODUÇAO4.3.02.003.0006 SEGUROS4.3.02.003.0007 TRANSPORTE DO PESSOAL4.3.02.003.0008 DESPESAS COM INTERNET4.3.02.004.0000 HONORARIOS4.3.02.004.0001 DIRETORIA4.3.02.004.0002 CONSELHO ADMINISTRAÇAO4.3.02.004.0003 CONSELHO FISCAL4.3.02.005.0000 DESPESAS GERAIS4.3.02.005.0001 VIAGENS/REPRESENTAÇOES4.3.02.005.0002 MATERIAL DE ESCRITORIO4.3.02.005.0003 MAT. AUXILIAR E CONSUMO4.3.02.005.0004 HIGIENE E LIMPEZA4.3.02.005.0005 COPA, COZINH, REFEITORIO4.3.02.005.0006 CONDUÇOES E LANCHES4.3.02.005.0007 REVISTAS/PUBLICAÇOES4.3.02.005.0008 DONATIVOS/CONTRIBUIÇOES4.3.02.005.0009 LEGAIS E JUDICIAIS4.3.02.005.0010 SERV PROF E CONTRATADOS4.3.02.005.0011 VIGILANCIA E SEGURANÇA4.3.02.006.0000 IMPOSTOS E TAXAS4.3.02.006.0001 IMP PROP PREDIAL URBANA4.3.02.006.0002 IMP PROP VEICULOS4.3.02.006.0003 TAXAS MUNICIPAIS4.3.02.006.0004 CONTRIBUIÇAO SINDICAL4.3.02.006.0005 CONTRIBUIÇAO PIS4.3.02.006.0006 CONTRIBUIÇAO PASEP4.3.02.007.0000 DESPESAS COM PROVISOES4.3.02.007.0001 CONST PROV PERDAS DIVERSAS4.3.02.007.0002 CONST PROV DESPESA RISCO4.3.02.007.0003 REVERSAO PERDAS DIVERSAS4.3.02.007.0004 REVERSAO DESPESAS RISCOS4.3.03.000.0000 RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO4.3.03.001.0000 DESPESAS FINANCEIRAS

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4.3.03.001.0001 JUROS PAGOS OU INCORRIDOS4.3.03.001.0002 DESCONTOS CONCEDIDOS4.3.03.001.0003 COMISSOES/DESP BANCARIAS4.3.03.001.0004 DESPESAS BANCARIAS4.3.03.001.0005 CPMF4.3.03.002.0000 RECEITAS FINANCEIRAS4.3.03.002.0001 DESCONTOS OBTIDOS4.3.03.002.0002 JUROS RECEBIDOS/AUFERIDOS4.3.03.002.0003 RECEITA INVEST TEMPORARIOS4.3.03.002.0004 RECEITA FINANC COMERCIAL4.3.03.003.0000 VARIAÇOES MONETARIAS4.3.03.003.0001 VARIÇAO OBRIGAÇAO4.3.03.003.0002 VARIÇAO CAMBIAL4.3.03.003.0003 CORREÇ MONETARIA PASSIVA4.3.03.003.0004 VARIAÇAO DE CREDITO4.3.03.003.0005 CORREÇAO MONETARIA ATIVA4.3.03.003.0006 PIS RECEITAS FINANCEIRAS4.3.04.000.0000 OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS4.3.04.001.0000 LUCROS/PREJUIZOS PART SOCIEDADE4.3.04.001.0001 PART RESULT CONTROLADAS4.3.04.001.0002 DIVIDENDOS/RENDIMENTOS4.3.04.001.0003 AMORTIZAÇAO AGIO/DESAGIO4.3.04.002.0000 VENDAS DIVERSAS4.3.4.2.1 VENDA DE SUCATAS4.3.05 RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS4.3.05.0001 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS4.3.05.0001.0001 VENDAS DO ATIVO IMOBILIZADO4.3.05.0002 DESPESAS NÃO OPERACIONAIS4.3.05.0002.0001 BAIXA BENS ATIVO IMOBILIZADO4.3.05. PROVISÃO PARA IRPJ E CSSL4.3.05.001 PROVISÃO IRPJ E CSSL4.3.05.001.0001 PROVISÃO P/ IMPOSTO DE RENDA4.3.05.001.0002 PROVISÃO P/ CONTRIB.SOCIAL

ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO= BENS e DIREITOS PASSIVO= OBRIGAÇÕES

ATIVO PASSIVO1. Ativo Circulante 4. Passivo Circulante- 1.1 Disponível ( caixa, bancos, aplic.fin)

- Fornecedores

- 1.2 Realizável a Curto Prazo (Dupls a receber)

- Empréstimos

- 1.3 Estoques ( de mercadorias, produtos)

- Tributos a pagar

- 1.4 Despesas antecipadas ( exercício seguinte)

5. Passivo Exigível a Longo Prazo

2. Ativo Realizável a Longo Prazo - Obrigações a vencer após 12 meses-Créditos realizáveis (a receber após 12 meses)

6. Resultado de Exercício futuro

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3. Ativo Permanente 7. Patrimônio Líquido- 3.1 Investimentos ( participação em empresas)

- 7.1 Capital Social

- 3.2 Imobilizado (imóveis, veículos, máquinas)

- 7.2 Reservas

- 3.3 Diferido ( gastos a amortizar em 04 anos)

- 7.3 Lucro ou Prejuízo acumulado

3.2.1 Movimentação do Patrimônio

A movimentação do Patrimônio ocorre através do relacionamento comercial entre a empresa e as pessoas que a visitam diariamente:

a. Há pessoas que fornecem mercadorias para a empresa (fornecedores). A empresa pode efetuar a compra à vista ou a prazo. No primeiro caso, ocorre a simples troca de Bens: dinheiro por mercadoria; no segundo caso, a empresa cria uma Obrigação para pagamento futuro.

b. Há pessoas que compram as mercadorias da empresa (clientes). A empresa pode vender; também, à vista ou a prazo. No primeiro caso, há simples troca de bens: dinheiro por mercadoria; no segundo caso, a empresa contrai um Direito para receber o valor da venda posteriormente.

Além dessas pessoas (fornecedores e clientes), existem outras que, em função do próprio desenvolvimento normal da empresa, com ela se relacionam prestando-lhe serviços (energia elétrica, telefone etc.), exigindo-lhe impostos etc.

Portanto, podemos concluir que a movimentação do Patrimônio da empresa ocorre em função de quatro acontecimentos principais:

• compras;• vendas;• pagamentos

recebimentos

ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

GRUPOS DO RESULTADO (RECEITAS E DESPESAS)

RECEITASAs receitas podem ser classificadas ou denominadas da seguinte forma:Receita operacional – É toda receita originada da atividade ou atividades principais da empresa. Esta deve seguir o Princípio da Competência, que diz que as Receitas devem ser contabilizadas no momento do fato gerador (a entrega da mercadoria ou a prestação do serviço), independente de quando irá se receber.

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Isto é, o valor total das mercadorias ou serviços vendidos deve ser reconhecido como receita operacional do período.Receita não operacional – É toda Receita não originada da atividade ou atividades principais da empresa. O conceito de receita não operacional é de elemento líquido, ou seja, eliminam-se todos os custos antes de apropriá-la. Como casos comuns desse tipo de receitas temos os ganhos de capital, correspondentes a transações com imobilizados ou com investimentos em outras empresas, desde que não relacionadas com a atividade principal da empresa.Receita (ou lucro) extraordinária (o) – É a Receita que não resulta das operações típicas da empresa no período contábil, sendo, conseqüentemente, de natureza inusitada e apresentando alto grau de anormalidade, ou seja, estranha à atividade ou atividades da empresa. A receita (ou lucro) extraordinária (o) também é de elemento liquido, excluindo também a correspondente parcela de impostos aplicáveis.DESPESASAs despesas podem ser classificadas ou denominadas da seguinte forma:Custo – é o preço pelo qual se obtém um bem, direito ou serviço. É também o montante do preço da matéria-prima, mão-de-obra e outros encargos diretamente ligados à produção de bens ou serviços . Ele é, portanto, o preço pelo qual é adquirido um bem ou serviço, bem como o valor que se tem no processo interno da empresa para prestação de serviços ou obtenção de bens, para venda ou uso interno.Despesa – É o encargo necessário para comercializar os bens ou serviços, objetos da atividade, bem como para a manutenção da estrutura empresarial independentemente da sua freqüência. A despesa, embora direta ou indiretamente necessária para a geração da receita, não está associada à prestação do serviço ou à produção do bem, não sendo, pois, agregada ao custo.

Despesa não operacional – Valores diminutivos não associados com a atividade principal da empresa. Como casos comuns desse tipo de despesa temos as perdas de

capital, correspondentes a transações com imobilizados ou com investimentos em outras empresas, desde que não relacionadas com a atividade principal da empresa.

Prejuízo (ou perda) extraordinário (a) – Valores diminutivos, que não resulta das operações típicas da empresa no período contábil, sendo, conseqüentemente, de natureza inusitada e apresentando alto grau de anormalidade. O conceito de prejuízo (ou perda) extraordinário (a) também é de elemento líquido, excluindo ainda a correspondente parcela de impostos aplicáveis. Estabelecido os Princípios Fundamentais de Contabilidade para o reconhecimento da receita e da despesa, são descritos, a seguir, alguns critérios específicos de contabilização.

MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

RECEITA OPERACIONAL BRUTAVendas de Produtos

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Vendas de MercadoriasPrestação de Serviços

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTOS DAS VENDASCusto dos Produtos Vendidos Custo das MercadoriasCusto dos Serviços Prestados Custo de Produção

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Com Vendas Despesas Administrativas

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDA / RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDODespesas Financeiras(-) Receitas FinanceirasVariações Monetárias e Cambiais Passivas(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas

(-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS

= RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO

RESULTADOS NÃO OPERACIONAISReceitas Não OperacionaisDespesas Não Operacionais

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO

(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro

EXPLICANDO A FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

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Compreende a receita bruta das vendas de bens e serviços prestados em operações realizadas pela empresa.

Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário (parágrafo único do art. 31 da Lei 8981/1995).

Os impostos não cumulativos citados correspondem ao IPI e ao ICMS quando cobrado como substituição tributária.

Desta forma, para que se possa aplicar o conceito legal de Receita Operacional Bruta, é recomendável que a empresa que contabiliza o IPI e o ICMS como Receita de Vendas, o faça em conta de “Faturamento Bruto” e não em “Receita de Venda de Produtos”, ficando assim o plano de contas da empresa:

Faturamento Bruto(-) IPI Faturado(-) ICMS Substituição Tributária(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

Devoluções de Vendas

Nesta conta, de natureza devedora, são registradas as devoluções de vendas relativas à anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços. Assim sendo, as devoluções não devem ser deduzidas diretamente da conta de vendas, mas registradas nessa conta devedora.

Abatimentos

Nessa conta serão registrados os descontos incondicionais concedidos aos clientes relativos às vendas e serviços.

Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas

A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes (exceto IPI e ICMS substituição tributária), que são registrados em contas devedoras. Desta forma, os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais como: ISS, ICMS, PIS, COFINS, serão diminuídos da receita bruta.

CUSTOS DAS VENDAS

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Estas contas registram os custos de bens ou serviços vendidos. Para maiores detalhamentos sobre a composição dos Custos das Vendas.

“O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente”: a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo; b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de produção; c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção; d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção; e) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.

DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS

As despesas de vendas representam os gastos de promoção, colocação e distribuição dos produtos da empresa, bem como os riscos assumidos pela venda, tais como:

a) despesas com folha de pagamento da área de vendas;b) comissões sobre vendas;c) propaganda e publicidade;d) gastos com garantia de produtos;e) utilidades e serviços: transporte, depreciação e manutenção de bens,

energia elétrica, telefone, água.

As despesas administrativas representam os gastos, pagos ou incorridos, para direção ou gestão da empresa, tais como:

a) despesas com o pessoal: salários, gratificações, férias, encargos, assistência médica, transporte;b) utilidades e serviços: energia elétrica, água, telefone, fax, correio, seguros;c) despesas gerais: material de escritório, material de limpeza, viagens, alimentação, jornais e revistas, despesas legais e judiciais, serviços profissionais contratados, depreciação e manutenção de bens;d) impostos e taxas: IPTU, IPVA, ITR, Contribuição Sindical.

RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS – RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

Nesse grupo são incluídos os juros, os descontos e a atualização monetária pré-fixada, além de outros tipos de receitas ou despesas, bem como aquelas decorrentes de aplicações financeiras.

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As atualizações monetárias ou variações cambiais de empréstimos são registradas separadamente no grupo variações monetárias.

As Receitas Financeiras compreendem:- descontos obtidos, decorrentes de pagamentos antecipados de duplicatas de fornecedores ou outros títulos;- juros recebidos referentes aos juros cobrados pela empresa de seus clientes, por atraso de pagamento e outras operações similares;- receitas de aplicações financeiras que englobam as receitas decorrentes de aplicações financeiras, correspondentes à diferença entre o valor aplicado e o valor resgatado, do tipo Certificado de Depósito Bancário (CDB), etc.;

- outras receitas de investimentos temporários.

As Despesas Financeiras compreendem:

- descontos concedidos aos clientes pelo pagamento antecipado ou pontual de duplicatas;- juros de empréstimos, financiamentos, desconto de títulos e outras operações;- comissões e despesas bancárias cobradas pelos bancos nas operações de desconto, de concessão de crédito, etc.- correção monetária prefixada de empréstimos.

As Variações Monetárias de Obrigações e Créditos compreendem:

- variação cambial incorrida pela atualização periódica de obrigações ou créditos a serem pagos ou recebidos em moeda estrangeira;- atualização monetária que registra as atualizações sobre obrigações ou créditos sujeitos à cláusula de atualização monetária.

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS

Abrange outras receitas e despesas operacionais decorrentes de atividades acessórias do objeto da empresa, tais como:

a) lucros e prejuízos em participações societárias;b) vendas de sucatas ou sobras de estoques.

RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

Nesse grupo são segregados os resultados não operacionais, ou seja, aqueles decorrentes de outras operações não ligadas às atividades principais ou acessórias da empresa, tais como:

a) ganhos e perdas na alienação de investimentos permanentes;b) ganhos e perdas na alienação de bens e direitos do ativo permanente;c) ganhos e perdas por desapropriação, baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência de bens do ativo permanente.

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PROVISÃO DE IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO

Nessas contas devem ser registrados os valores relativos à Contribuição Social Sobre o Lucro e do Imposto de Renda devido sobre o resultado ajustado de adições e exclusões ao Lucro Real:- a título de Imposto de Renda sobre o lucro calcular uma alíquota de 15% sobre o resultado e ajustes, acrescido de um adicional de Imposto de Renda de 10%, quando o lucro tributário ultrapassar a R$ 240.000,00;- a título de Contribuição Social, calcular a uma alíquota de 9% sobre o resultado contábil ajustado.

As contas de resultado são contas periódicas. Isso quer dizer que a cada exercício social os saldos dessas contas são encerrados para se apurar o resultado, através da confrontação ordenada e sucessiva de tais saldos, conforme dispõe a legislação comercial e os princípios contábeis fundamentais.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

RECEITA OPERACIONAL BRUTA• Venda de Mercadorias e/ou Prestação de Serviços(-) DEDUÇÕES E ABATIMENTOS• Vendas Anuladas• Descontos Incondicionais Concedidos • ICMS sobre Vendas • PIS s/ Faturamento • COFINS .=RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (–) CUSTOS OPERACIONAIS• Custo das Mercadorias Vendidas e/ou Custo dos Serviços Prestados (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO(–) DESPESAS OPERACIONAIS• Despesas com Vendas • Despesas Financeiras • ( - ) Receitas Financeiras • Despesas Administrativas • Outras Despesas Operacionais (+) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (=) LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (+) RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS ( -) DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DAS PROVISÕES ( -) PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ( -) PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA

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(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO

Exercícios Módulo 2

1 – Elabore um Plano de Contas:

Ativo PassivoAtivo Circulante Passivo Circulante Ativo Realizável a Curto Prazo Ativo realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Investimentos Imobilizado Passivo Exigível a Longo Prazo

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Patrimônio Liquido Despesas Receitas 4 – Elabore a Estrutura do Balanço Patrimonial.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Realizável à Curto Prazo

Ativo Permanente Patrimônio Líquido

Imobilizado

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Total Ativo Total Passivo

5 – Elabore a Demonstração do Resultado.

RECEITA OPERACIONAL BRUTA•(-) DEDUÇÕES E ABATIMENTOS•••••=RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (–) CUSTOS OPERACIONAIS•(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO(–) DESPESAS OPERACIONAIS•••••(+) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (=) LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (+) RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS ( -) DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DAS PROVISÕES ( -) PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ( -) PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO

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6 – Para que serve o Plano de Contas?

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7 – O que é registrado nas contas do Ativo?

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8 – O que representa o Passivo?

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9 – O que representa o Patrimônio Líquido nas empresas?

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10 – Marque com A (Ativo), P (Passivo) e PL (Patrimônio Líquido), as contas abaixo:

( ) Móveis e utensílios ( ) Empréstimos a pagar( ) Valores a pagar ( ) Reservas ( ) Caixa ( ) Impostos à recolher( ) Capital Social ( ) Bancos Conta Movimento

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11 - Descreva cinco contas do Ativo Permanente/Imobilizado.

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12 - Identifique os grupos das contas abaixo:

CONTAS GRUPOS

IMOVÉISICMS À RECOLHERMÁQUINAS E EQUIPAMENTOSCAPITALESTOQUESFORNECEDORESJUROS ATIVOS (À RECEBER)BANCOSIMPOSTOS À RECOLHERLUCROS ACUMULADOSJUROS PASSIVOS (PAGAR)PREJUÍZOS ACUMULADOSSALÁRIOS À PAGARVEÍCULOS

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