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A G R U P A M E N T O D E E S C O L A S S E R R A D A G A R D U N H AE S C O L A B Á S I C A S E R R A D A G A R D U N H A
A N O L E C T I V O 2 0 1 0 / 2 0 1 1
G E O G R A F I A – 8 º A N O
Material de apoio às aulas
Estrutura das áreas urbanas
Funções urbanas
No espaço urbano é possível encontrar uma grande diversidade de funções urbanas que se
organizam em áreas mais ou menos homogéneas e com características próprias – ÁREAS
FUNCIONAIS.
A localização das áreas funcionais é influenciada:
Pelo custo dos terrenos, dos imóveis e das rendas;
Pelo grau de acessibilidade dos lugares. O custo, de um modo geral, diminui à
medida que aumenta a distância ao centro.
Áreas Funcionais – Centro / CBD
O Central Business District (CBD) é o termo geográfico que designa a área central de uma aglomeração urbana de maior dimensão e importância, caracterizada pela forte concentração terciária. • Em Portugal, esta área da cidade designa-se por «Baixa»; nos Estados Unidos por «Downtown»; em França por «Cité» e em Inglaterra por «City».
A área central de uma cidade individualiza-se das restantes: pela forte concentração das actividades terciárias; pela grande intensidade de usos do solo; pelo fraco número de alojamentos; pelo volume de empregos que fornece;pela forte atracção que exerce sobre a população: tratar negócios, ver montras, fazer compras, etc.
No CBD concentram-se actividades do sector terciário que vão desde o comércio especializado até aos mais altos níveis de decisão da Administração Pública (ministérios, tribunais superiores, etc.) e da actividade privada (sedes de bancos, companhias de seguro, etc.).
Áreas Funcionais – Centro / CBD
É também no CBD que tendem a realizar-se actividades de animação lúdica e cultural de qualidade (teatros, cinemas,…).
No centro da cidade, o tráfego é quase sempre muito intenso, tanto de veículos como de peões, devido à concentração de uma grande diversidade de funções raras - funções que só se encontram disponíveis em determinados lugares, as únicas que têm capacidade para suportar os elevados custos do solo e que, por isso, atraem diariamente um grande número de pessoas.
Demograficamente, o CBD caracteriza-se por uma enorme concentração de população flutuante - presente apenas durante o dia. Os residentes são, essencialmente, pessoas idosas, como poucos recursos, e outras mais jovens e de maiores rendimentos que ocupam os edifícios renovados.
A expansão do CBD
O CBD caracteriza-se por ser uma área da cidade onde se regista uma forte concentração das actividades (devido à sua maior acessibilidade). É para esta área que convergem as principais vias de trânsito, o que origina uma forte concentração de veículos e peões. Em resultado de problemas como:
congestionamento do centro (área mais antiga, de ruas estreitas);
dificuldades de estacionamento;
escassez de espaço para a expansão das actividades;
diminuição geral da acessibilidade – acesso ao centro mais difícil e demorado .
Verifica-se a tendência para a descentralização de algumas actividades para outras áreas da cidade.
Surgem, assim, novas centralidades noutros pontos da cidade, onde o espaço disponível e as melhores acessibilidades permitem ofertas mais inovadoras.
Áreas Funcionais – Áreas residenciais
A função residencial é a que ocupa mais espaço, distribuindo-se por diferentes áreas da cidade.
A qualidade das habitações reflecte as características sociais da população que nelas reside.
As áreas residenciais dividem-se, assim, em:
áreas residenciais para classes com rendimentos elevados;
áreas residenciais para classes com rendimentos médios;
áreas residenciais para classes com rendimentos baixos;
Áreas Funcionais – Áreas residenciais
Áreas residenciais para classes com rendimentos elevados:
elevada acessibilidade;
ambiente aprazível;
existência de jardins e espaços verdes;
afastadas de unidades industriais;
baixos índices de poluição;
qualidade da construção;
prestígio social da área;
elevado valor do solo e do preço da habitação, o que a torna acessível a um estrato social restrito, as classes média alta e alta.
Áreas Funcionais – Áreas residenciais
Áreas residenciais para classes com rendimentos médios
São os bairros da classe média que ocupam a maior parte do solo urbano.
surgem em áreas periféricas;
predominam edifícios plurifamiliares, com um elevado número de pisos e de andares;
elevada densidade de construção;
a qualidade ficam aquém das áreas de habitação de luxo;
O aumento da distância ao centro da cidade, e, consequentemente, a diminuição do preço do solo, o desenvolvimento dos transportes e o desejo de aquisição de casa própria têm contribuído para o crescimento destes bairros nas periferias da cidade.
O aumento da distância ao centro da cidade, e, consequentemente, a diminuição do preço do solo, o desenvolvimento dos transportes e o desejo de aquisição de casa própria têm contribuído para o crescimento destes bairros nas periferias da cidade.
Áreas Funcionais – Áreas industriais
Áreas residenciais para classes com rendimentos baixos
A população de menores recursos geralmente reside em:
Áreas antigas da cidade, normalmente com edifícios degradados;
Bairros de habitação social, mandados construir pelo Estado ou pelas autarquias;
Bairros de habitação precária – barracas ou bairros de lata, sem água canalizada e sem rede de esgotos, habitados por uma população de escassos recursos, muitas vezes imigrantes.
O aumento da distância ao centro da cidade, e, consequentemente, a diminuição do preço do solo, o desenvolvimento dos transportes e o desejo de aquisição de casa própria têm contribuído para o crescimento destes bairros nas periferias da cidade.
Áreas Funcionais – Função Industrial
Nos países desenvolvidos
A função industrial foi sendo gradualmente deslocada para a periferia porque:
as indústrias são grandes consumidoras de espaço;
o tráfego de veículos pesados é muito intenso;
a poluição atmosférica e sonora é extraordinariamente acentuada.
Actualmente promove-se a criação de espaços próprios destinados à indústria – os parques industriais.
Nos países em desenvolvimento
A função industrial está ainda a ganhar importância nas grandes cidades, tanto em termos de espaço como da ocupação profissional da população.
Planta funcional da cidade de Lisboa