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Unijui – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio grande do Sul Reforma Agrária Concentração Fundiária Trabalhadores Sem-Terra Pedro Henrique Caminha Regis M. Montagner Tiago R. L. Tizotte Componente Curricular: Sociedade Política e Cultura Professor: Dejalma Cremonese Ijui-Maio, 2006

Reforma AgráRia Mst

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Aula de sociologia

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Unijui – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio grande do Sul

Reforma Agrária Concentração Fundiária

Trabalhadores Sem-Terra

Pedro Henrique CaminhaRegis M. MontagnerTiago R. L. Tizotte

Componente Curricular: Sociedade Política e CulturaProfessor: Dejalma Cremonese

Ijui-Maio, 2006

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Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um

movimento político-social brasileiro que busca além da

reforma agrária, a construção de um projeto popular para o Brasil,

baseado na justiça social e na dignidade humana.

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A agricultura brasileira sempre esteve entre as principais

atividades econômicas do país. Porém o Brasil não se tornou uma potência Agrícola, pois

alguns dos maiores problemas sociais brasileiros estão centralizados no campo.

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O MST proclama-se como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social camponesa ocorridos desde que os portugueses entraram

no Brasil, quando a terra foi dividida em sesmarias por favor real, de

acordo com o direito feudal português, fato este que excluiu em princípio grande parte da população

do acesso direto à terra.

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O MST teve origem na oposição ao modelo de reforma agrária imposto pelo regime militar, principalmente nos anos 1970, que priorizava a colonização de

terras devolutas em regiões remotas, com objetivo de exportação de excedentes

populacionais.

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Com a retomada da democrática no Brasil, os camponeses se

reorganizaram novamente e retomaram a luta pela reforma

agrária. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra surge no final da década de 1970,

com a ocupação da fazenda Nonoai, no Rio Grande do Sul.

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Em 1984 o Movimento passa a se organizar de maneira nacional,

exercendo atividades que consistem na ocupação de terras improdutivas como forma de pressão pela reforma

agrária, mas também há reivindicação quanto a empréstimos e ajuda para que realmente possam

produzir nessas terras.

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O MST se organiza em 23 estados brasileiros. Sua estrutura

organizacional se baseia emdireção regional, direção estadual e

direção nacional.

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A organização não tem registro legal por ser um movimento social e,

portanto, não é obrigada a prestar contas a nenhum órgão de governo, como qualquer movimento social ou associação de moradores. A maior

instância da organização é o Congresso Nacional, que acontece a

cada 5 anos.

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Este congresso é apenas para ratificação das diretivas, não é um

momento de decisões. Os coordenadores e os dirigentes nacionais, por exemplo, são

escolhidos no Encontro Nacional, que acontece a cada dois anos. A

Coordenação Nacional é a instância operacional máxima da organização,

que conta com cerca de 120 membros.

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Embora um dos principais dirigentes públicos do movimento é João Pedro Stédile, um dos maiores

defensores da reforma agrária no Brasil, o MST não adota ninguém

como principal dirigente,pois adota o princípio da direção

colegiada, onde todos os dirigentes têm o mesmo nível de

responsabilidade.

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João Pedro Stédile

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O movimento recebe apoio de organizações não governamentais e

religiosas, do país e do exterior, interessadas em estimular a reforma agrária e a distribuição de renda em

países em desenvolvimento. Sua principal fonte de financiamento é a

própria base de camponeses já assentados, que contribuem para a

continuidade do movimento.

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Quando se ouve falar em Sem Terra imagina-se que são trabalhadores rurais que não tem terra,

baderneiros, vagabundos.Sem Terra tornou-se nome próprio. Nome de

trabalhadores organizados lutando pela Reforma Agrária e para transformar a sociedade.

Sem Terra tornou-se sinal do resgate da dignidade de trabalhadores e trabalhadoras chamados vagabundos, chutados de um canto para outro. Conquistaram, pela

sua opção de entrar na luta, uma identidade: Sou Sem Terra.Tornou-se, por causa do MST, um

cidadão respeitado. E o MST nada mais é do que centenas de milhares de Sem Terra.

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A sociedade atual, exclui os mais pobres, deixando-os sem trabalho, sem direitos e

sem dignidade. O MST, aos poucos, consegue resgatar esta dignidade:

consegue fazer seus documentos, e registrar os filhos; ensina a ler e escrever

a realidade e vê os seus filhos participando da Escola; consegue um

teto para a família;Mas isto é pouco. Só conseguiremos nossos objetivos quando a Reforma

Agrária for uma luta de todos.

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Objetivos gerais:

1. Construir uma sociedade sem exploradores e onde o trabalho tem supremacia sobre o capital;2. A terra é um bem de todos. E deve estar a serviço de toda a sociedade;3. Garantir trabalho a todos, com justa distribuição da terra, da renda e das riquezas;4. buscar permanentemente a justiça social e igualdade de direitos econômicos, políticos, sociais e culturais;

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5. Difundir os valores humanista e socialistas nas relações sociais;6. Combater todas as formas de discriminação social e buscar a participação igualitária da mulher.

Nossos desafios:

- Elaboração de um programa para o campo;

- Buscar unidade entre as organizações do campo e da cidade;

- Fazer lutas massivas;

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- Intensificar a organização dos pobres;- Ajudar na construção do Projeto Popular para o Brasil; - Desenvolver a solidariedade e os novos valores;- Impulsionar a revolução cultural.

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A Estrutura Fundiária no Brasil

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LatifúndioÉ um regime de propriedade agrária

caracterizado pela concentração desequilibrada de terras pertencentes a

poucos proprietários, ou seja, os latifúndios são extensas propriedades

rurais onde existe uma grande proporção de terras geralmente não cultivadas e são exploradas com tecnologia obsoleta e de

baixa produtividade.

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A concentração de terras, em posse dos poucos grandes fazendeiros, tem sido com freqüência apontada como

a principal causa das injustiças sociais, responsável pelo inchaço

demográfico das grandes cidades e do aumento da violência como um

todo.

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Histórico do Latifúndio

Sabe-se que Platão defendia que a propriedade da terra deveria ser pela

coletividade. Já seu discípulo Aristóteles, ao contrário, recomendava que o modelo ideal

para o desenvolvimento da sociedade agrária deveria ser exercido através da propriedade

privada.Sabe-se também que os romanos tentaram pôr fim aos latifúndios e limitaram a propriedade privada rural em torno de 500 jeiras (cerca de

125 hectares).

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A concentração de terra no Brasil é uma das maiores do mundo.

Segundo o IBGE, os estabelecimentos agrícolas estão divididos da seguinte forma:

- 4,3 milhões com áreas inferiores a 100 Hectares;

-470 mil com áreas de 100 a menos de 1.000 Hectares;

- 47 mil com áreas de 1.000 a menos de 10.000 Hectares;

- 2,2 mil com áreas a partir de 10.000 Hectares.

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Com relação à mão-de-obra, constatou-se o seguinte:

As propriedades com menos de 10 Hectares absorvem 40,7% da mão-de-obra;

As de 100 a 1.000 Hectares absorvem 39,9% da mão-de-obra;

As acima de 1.000 Hectares absorvem 4,2%

da mão-de-obra.

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Quanto ao percentual de produção:

As propriedades inferiores a 100 Hectares respondem por 47% do valor total da

produção agropecuária;

As propriedades de 100 a menos de 1.000 Hectares respondem por 32% desse valor;

As propriedades entre 1.000 e 10.000 Hectares participam com 17% do valor total;

As propriedades acima de 10.000 Hectares

respondem por 4% do valor total.

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As melhores terras destinam-se à monocultura de cultivos para a exportação como cana, café,

algodão, soja e laranja. Ao mesmo tempo, 40 milhões de pessoas

passam fome no país, sendo que grande parte está no meio rural.

Ex: Aracruz, produz celulose (cultivo do deserto verde).

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A soma das 27 maiores propriedades existentes no país atinge uma superfície igual

a do Estado de São Paulo,

A soma das 300 maiores atinge uma área igual a São Paulo somado ao Estado do

Paraná. Uma das maiores propriedades, a da Jari S/A, que fica parte no Pará e parte no Amapá, tem

área superior ao Estado de Sergipe.

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Conclusão:

Todos os dados mostram que os pequenos produtores são

responsáveis pela grande maioria da produção e pela geração de

empregos no campo. Portanto, a realização da reforma agrária é

fundamental para resolver problemas econômicos e sociais no Brasil.

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Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/MST

http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/polsoc/refagra/apresent/

http://www.mst.org.br

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=16670

https://www.al.rs.gov.br/anais/49/Plenario/1996/960822.htm

A história da luta pela terra e o MST, Mitsue Morissawa, Editora Expressão Popular, 2001.

VIOLÊNCIA NO CAMPO - O latifúndio e a reforma agrária, Chiavenato, Júlio José, Editora Moderna, 2000.