1 A família como foco da atenção do enfermeiro aul… · família da pessoa em situação...

ENFERMAGEM EM CUIDADOS

INTENSIVOS

A família como foco da atenção do enfermeiro

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

1

A FAMÍLIA COMO FOCO DA ATENÇÃO DO

ENFERMEIRO

O internamento numa U C I constitui um evento

imprevisto com impacto a nível individual e

familiar.

É fundamental que o enfermeiro percecione a

família da pessoa em situação crítica como alvo dos

seus cuidados, identificando as suas necessidades,

compreendendo-a no seu todo e cuidando-a

através de uma relação terapêutica, baseada numa

comunicação eficaz.

2

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

O que é?

Quem é?

Família

Relação

Terapêutica ?

Que comunicação …?

Comunicação

Eficaz

3

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

A FAMÍLIA COMO FOCO DA ATENÇÃO DO

ENFERMEIRO

FAMÍLIA

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

O que é …?

Quem é …?

Evolução do conceito

M L

uís

a S

anto

s, R

N. M

Sc,

PhD

4

O QUE É FAMÍLIA?

Elementos unidos por laços de parentesco ...

Vários indivíduos – laços relacionais – grupo ...

Laços relacionais ...

Laços de sangue ...

M L

uís

a S

anto

s, R

N, M

Sc,

Ph

D

5

O QUE É FAMÍLIA?

Laços legais ...

Estrutura social – instituição – papeis sociais ...

Núcleo – forma de organização ...

Tem finalidades – continuação da espécie ...

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD 6

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

A família constitui, mais do que unidade jurídica,

social e económica, uma comunidade de amor e de

solidariedade insubstituível para o ensino e

transmissão dos valores culturais, éticos, sociais,

espirituais e religiosos, essenciais para o

desenvolvimento e o bem-estar dos seus próprios

membros e da sociedade.

(A.D.)

O QUE É FAMÍLIA?

7

FAMÍLIA

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhDO que é ?

Quem é ?

8

QUEM É ?

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

9

QUEM É ?

Em sentido lato

...

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

10

QUEM É ?

“... o conjunto de pessoas ligadas entre si pelo casamento ou pela filiação”

“ ... a sucessão de indivíduos que descendem uns dos outros, no sentido de linhagem, raça ou dinastia”

(Flandrin,1995, p12).

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

11

QUEM É ?

Em sentido mais restrito,

“as pessoas aparentadas que vivem sob o mesmo

tecto”

(Editora, Dicionários, 1975, p629)

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

12

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

Antropológica

... família deriva primitivamente de agrupamentos biológicosespecíficos.

Este fenómeno biológico evoluiu para um fenómeno social, noqual estabeleceram-se “status” e papéis.

Actualmente a família como uma célula organizada e orientadapara a produção e para o consumo, é considerada autónomapara a resolução dos problemas dos elementos que aconstituem.

13

FAMÍLIA

“... uma comunidade que nasce, cresce,

procria, decresce e morre, continuando-se ao

longo das gerações transmitindo a vida...”.

(Ribeiro,1994, p58).

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

14

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

Psicanalítica

... a origem da família, numa união que transcende

o aspecto material

Desenvolveram-se princípios e limites que impedem

o casamento e as relações sexuais entre os membros

daquele grupo considerado como um todo unido.

15

FAMÍLIA

“... local adequado onde se cresce, vive e morre;

onde se sofre e ama; onde o homem se realiza na

plenitude do seu ser”

(Professor Villadrich, Citado por Pinto 1997)

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

16

Ideia de coabitação

«aqueles que vivem na mesma casa»

«gente de casa»

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

Sociológica

17

FAMÍLIA

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

Parentesco

Residência Comum

18

FAMÍLIA

“ O conceito de família varia ... mas háalgo em comum como sendo o agregadodoméstico ... composto de pessoas unidaspelos vínculos do casamento, parentesco eafinidade ... em que cada um assume orespectivo papel, função e estatuto,vivendo num contexto de referência evalores comuns.”

(Frei Bernardo, 1991, p3).

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

19

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

SistémicaSistema: Conjunto de

elementos em interação ao

longo do tempo, formando

um contexto estável.

A família considerada um sistema :

• É composta por indivíduos em inter-relação.

• Contém sub-sistemas e pertence a um supra-sistema.

• Possui fronteiras que a distinguem do meio onde se

insere.

20

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE FAMÍLIASÉC XIX

(Flandrin, 1995)

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

“é da casa de …”

“é da família de …”

21

Os parentes mais

próximos ...

O sentido - «gente

de casa»

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE FAMÍLIASÉC XIX

22

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE FAMÍLIASÉC XIX

Ideia de parentesco

«aqueles que são do mesmo sangue»

«aqueles que descendem de um antepassado

comum»

«conjunto de várias pessoas unidas pelos laços de

sangue ou de afinidade»

(Flandrin, 1995,p14)

M Luísa Santos, RN, MSc, PhD

23

Por volta de 1869 apontava-

se como definição de família

“ ... parentes que habitam

juntos; e mais

particularmente o pai, a mãe

e os filhos ou mesmo só os

filhos”

(Flandrin,1995, p17)

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE FAMÍLIASÉC XIX

24

CONCEITO DE FAMÍLIA

HOJE

Em que é que nos

basearemos hoje para definir

família?

Ou seja, quando hoje nos

referimos à família de que

estamos a falar?

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

25

CONCEITO DE FAMÍLIA

HOJE

Laços relacionais

M L

uís

a S

anto

s, R

N, M

Sc,

PhD

26

FAMÍLIA

Grupos de indivíduos entre os quais sedefinem relações específicas com:

- objetivos comuns; Suporte

Proteção

Desenvolvimento

- estabilidade temporal;

- Individualidade/autonomia;(RELVAS, 1996)

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

27

FAMÍLIA

“Um corpo de pessoas separadas”

(SKYNNER, 1983)

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

28

FAMÍLIA

Pessoas em interação.

O fundamental não é o

sanguíneo.

Na base de tudo existe um

sistema.

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

29

FAMÍLIA

Uma definição una e universal é difícil;

o sentimento e por outro lado o conhecimento,

pessoal e científico, fazem-nos encarar a família

segundo um emaranhado de noções, questões e

mesmos de contradições e paradoxos.

Relvas (1996, p9)

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

30

FAMÍLIA

... as mais variadas imagens familiares

constituem para cada pessoa referenciais, que

imitam e integram, e a partir dos quais

desenvolvem e estruturam o seu auto – conceito

de família .

(Bernardo, 1993, p3)

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

31

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

O que nos diz a CIPE ?

conjunto de seres humanos considerados como

unidade social ou todo colectivo composto por membros

unidos por consanguinidade, afinidades emocionais ou

relações legais, incluindo as pessoas significativas. A

unidade social constituída pela família como um todo é

vista como algo mais do que os indivíduos e as suas

relações pelo sangue, afinidades emocionais ou relações

legais, incluindo as pessoas significativas, que

constituem as partes do grupo.

CIPE (1999)

32

O QUE NOS DIZ A CIPE ?M

Luísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

CIPE (2013)

33

FAMÍLIA

“Família refere-se a duas

ou mais pessoas que

dependem um do outro

para apoio Emocional,

físico e económico. Os

membros da família são

auto-definidos”

(Hanson, 2005, p7)

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

34

FAMÍLIA

“ …quem os seus

membros dizem que

é.”

(Wright & Leahey, 2009)

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

35

FAMÍLIA

Espaço natural de liberdade e afirmação

Grupo natural

Agregado familiar

Instituição social – individualização/

socialização

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

36

FAMÍLIA

Família é uma estrutura

que se autodefine com

uma ou mais pessoas

vivendo em relação.

Santos, 2012

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

37

FAMÍLIA

Continua ...

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD

38

REFERÊNCIAS

Castro, Cidália; Vilelas, José E Botelho, Maria Antónia - A experiência vivida da pessoa doente

internada numa UCI: revisão sistemática da literatura. Pensar Enfermagem. [Em linha]. Vol.

15, nº2 (2011), p. 41-59. Disponível na WWW: <URL:

http://pensarenfermagem.esel.pt/files/Pensar%20Enfermagem15_2sem_41_59(1).pdf>.

Santos, M. Luísa V. A., 2012. Abordagem sistémica do cuidado à família: impacto no desempenho

profissional do enfermeiro. (Tese doutoramento, Universidade de Lisboa). Lisboa. Acedido em

http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/6979/1/ulsd_re1182_td.pdf

Siddiqui, Shala; Sheikh, Farheen E Kamal, Rehana – What families want: na assessment of family

expections in the ICU. International Archives of Medicine. [Em linha]. Vol. 4, nº 21 (2011), p.

1-5. Disponível na WWW: <URL: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3130654/pdf/1755-

7682-4-21.pdf>.

Slatore, Christopher [et al.] – Communication by nurses in the intensive care unit: qualitative

analysis of domains of patient-centered care. American Journal of Critical Care. [Em linha].

Vol. 21, nº 6 (2012). Disponível na WWW: <URL:

http://ajcc.aacnjournals.org/content/21/6/410.full.pdf+html>.

39

M L

uísa S

anto

s, RN

, MS

c, PhD