1 Prof. Antonio Lanzana Dezembro 2013 CENÁRIOS PARA A ECONOMIA MUNDIAL E BRASILEIRA

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Prof. Antonio LanzanaProf. Antonio LanzanaDezembro 2013Dezembro 2013

CENÁRIOS PARA A ECONOMIA CENÁRIOS PARA A ECONOMIA

MUNDIAL E BRASILEIRAMUNDIAL E BRASILEIRA

I. Cenário Econômico Mundial

II. Cenário Econômico Brasileiro

2.1. Situação Atual

2.2. Tendências Macroeconômicas

2.3. Tendências Setoriais

III. Desafios

SUMÁRIO

I. CENÁRIO ECONÔMICO MUNDIAL

Três grandes questões determinarão o cenário mundial

Europa evoluiu mas ainda há muitos desafios

Estados Unidos em condições de retomada

Desaceleração da China

Três grandes questões determinarão o cenário mundial

Europa evoluiu mas ainda há muitos desafios

Estados Unidos em condições de retomada

Desaceleração da China

Europa

Situação da Zona do Euro

2012 -0,6%

2013 -0,4% ( *)

Eliminou-se hipótese de rompimento

Conscientização da necessidade de ajuste fiscal

Dificuldades ainda persistem pois déficit e dívida pública ainda permanecem elevados em vários países

Tendência de estagnação/crescimento muito limitado

Expectativa de crescimento de 0,8% em 2014

Tabela 1 – Indicadores Fiscais – 2013* (% do PIB)

PaísPaís Déficit Público Déficit Público Dívida LíquidaDívida Líquida

Alemanha 0,4 56,3

Espanha 6,7 80,8

França 4,0 87,2

Grécia 4,1 172,6

Irlanda 7,6 105,5

Itália 3,2 110,5

Portugal 5,5 117,5

Tratado de Maastrich 3,0 60,0

Fonte: FMI (Projeções)Fonte: FMI (Projeções)

Estados Unidos

Situação muito mais favorável que Europa

Desemprego se reduziu atualmente 7,3%

Sinais positivos para uma retomada

Redução do endividamento dos consumidores

Redução do endividamento das empresas

Redução do déficit público

Pronunciamento do Presidente do FED

O “conflito” democratas x republicanos

Gráfico 1 – EUA -Endividamento das Famílias ( % da Renda)

0

20

40

60

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2000

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2007

2008

2009

2010

2011

2012

Fonte: FED Fonte: FED

Gráfico 2 EUA – Déficit Fiscal Nominal (% do PIB)– 2007-2015

Fonte: FED/SPX/FMIFonte: FED/SPX/FMI

1

2

3

4

5

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7

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9

1020

07

2008

2009

2010

2011

2012

2013

*

2014

*

2015

*

% do PIB

Emergentes

PIB da China vem desacelerando

2010 10,3%

2011 9,2%

2012 7,8%

2013* 7,5%

Emergentes acompanham

2010 7,1%

2011 6,1%

2012 5,1%

2013* 4,5%

• Economia da China em fase de transição

Menos investimento e mais consumo interno Na transição PIB cresce de forma menos acentuada

• Continua sendo importante, mas com menor velocidade• PIB deve crescer entre 7,0% e 7,5% em 2013 (tendência

de desaceleração para os próximos anos)• Emergentes continuam liderando o crescimento mundial,

mas vai reduzir a diferença.

• Economia da China em fase de transição Menos investimento e mais consumo interno Na transição PIB cresce de forma menos acentuada

• Continua sendo importante, mas com menor velocidade• PIB deve crescer entre 7,0% e 7,5% em 2013 (tendência

de desaceleração para os próximos anos)• Emergentes continuam liderando o crescimento mundial,

mas vai reduzir a diferença.

Tabela 2 – Projeções PIB

Fonte: FMI e Banco MundialFonte: FMI e Banco Mundial

20112011 20122012 2013*2013* 2014*2014*Mundo 3,8 3,2 2,9 3,6

Desenvolvidos 1,3 1,3 1,2 2,0

. Estados Unidos 1,7 2,2 1,6 2,8

. Zona do Euro 1,5 -0,6 -0,4 0,8

. Reino Unido 0,7 -0,2 1,4 1,9

. Japão -0,7 2,0 2,0 1,2

Emergentes 6,1 5,1 4,5 5,1

. China 9,2 7,8 7,5 7,3

. Índia 7,1 4,5 3,8 5,1

. Rússia 4,3 3,6 1,5 3,0

II. CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO

• País tem apresentado baixos índices de crescimentoPIB cresceu apenas 1,0% em 2012 e deve ter crescido 2,3%

em 2013.

O que explica ?Crise mundial está longe de explicar tudo.PIB mundial cresce de acordo com o previsto.Outros emergentes vêm crescendo, inclusive na AL.

2.1. Situação Atual

• Economia brasileira está numa fase de transição

• Esgotaram-se os estímulos que fizeram o País crescer de forma mais acelerada

Preços mais favoráveis das commodities

Endividamento do consumidor

Transferências governamentais (bolsa família,

aposentadorias, salário mínimo,...)

Infraestrutura foi “consumida”

Preços mais favoráveis das commodities

Endividamento do consumidor

Transferências governamentais (bolsa família,

aposentadorias, salário mínimo,...)

Infraestrutura foi “consumida”

• O que acontece nesta fase de transição?

• O PIB vai crescer de forma limitada.

Crescimento médio do Governo Lula de 4,0%a.a.

Crescimento médio do Governo Dilma de 2,0%a.a.

• O PIB cresce pouco porque os investimentos não estão

respondendo adequadamente.

• O PIB vai crescer de forma limitada.

Crescimento médio do Governo Lula de 4,0%a.a.

Crescimento médio do Governo Dilma de 2,0%a.a.

• O PIB cresce pouco porque os investimentos não estão

respondendo adequadamente.

• Investimentos respondem parcialmente. Por que?• Investimentos respondem parcialmente. Por que?

Falta de Infraestrutura

Incerteza em relação à condução da política econômica

Inflação elevada ( e “represada”)

Crescimento baixo

Déficit em conta corrente muito alto

Ampliação do déficit público e da dívida pública

bruta

“Manobras contábeis”

Compasso de espera

Falta de Infraestrutura

Incerteza em relação à condução da política econômica

Inflação elevada ( e “represada”)

Crescimento baixo

Déficit em conta corrente muito alto

Ampliação do déficit público e da dívida pública

bruta

“Manobras contábeis”

Compasso de espera

• Economia deu sinais de melhora no primeiro semestre de 2013, mas perdeu fôlego no terceiro trimestre.

• PIB do terceiro trimestre

- 0,5% em relação ao trimestre anterior + 2,2% em relação ao mesmo trimestre de 2012 - 0,5% em relação ao trimestre anterior + 2,2% em relação ao mesmo trimestre de 2012

Gráfico 3 – PIB - Brasil (Trimestre/mesmo trimestre do ano anterior – em %)

Gráfico 3 – PIB - Brasil (Trimestre/mesmo trimestre do ano anterior – em %)

Fonte: IBGE e projeções própriasFonte: IBGE e projeções próprias

• Nível de atividade

2.2. Tendências Macroeconômicas

Crescimento do PIB continua limitado em 2014

PIB deve crescer 2,0% em 2014

Taxas de juros serão maiores que em 2013

Mercado de trabalho em desaceleração

Crédito crescendo a taxas mais reduzidas

Não há espaço para estímulos na área fiscalSuperávit primário vem se reduzindoDéficit nominal se ampliou Dívida pública bruta vem crescendoRisco de rebaixamento (rating)

O problema não é aumentar a demanda Inflação está alta Déficit em conta corrente é elevado

Situação muito diferente de 2010País estava saindo da recessão (-0,3% em

2009) Inflação de 4,3% em 2009

InflaçãoPermanecerá acima da meta.Governo parece “acomodado” com inflação em torno

de 6,0%.2011 - 6,5%; 2012 - 5,8%; 2013 – 5,8%; 2014 – 6,0%Governo administra inflação e crescimento.

• Taxa de câmbioAlta volatilidadeTendência de valorização mundial do dólar, inclusive no

BrasilHá pressões para maior desvalorizaçãoGoverno vai “administrar” devido a impactos inflacionáriosA médio prazo, tendência é de alta

Tabela 3 – Brasil – Projeções

INDICADORES 2009 2010 2011 2012 2013* 2014*

PIB (%) -0,30 7,50 2,70 1,00 2,30 2,00

Inflação (%) 4,30 5,90 6,50 5,84 5,80 6,00

Taxa de Juros (% a.a.) 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 10,50

Taxa de Câmbio (final de período) 1,74 1,67 1,85 2,04 2,30 2,50

2.3. Tendências Setoriais

Agricultura “puxou” crescimento em 2013

Indústria perdeu participação

Indústria de Transformação acompanhou o PIB mas vem perdendo participação ao longo dos anos

Setor Serviços vem aumentando participação.

2424

Setores e Subsetores 2013* 2014*Agropecuária 8,1 3,4Indústria – Total 1,2 1,9• Transformação 2,1 1,9• Construção civil 1,7 2,1Serviços 2,4 1,9PIB total 2,4 2,0

Fonte dos dados brutos: IBGE e previsões próprias

Tabela 4 – Brasil – Taxas de crescimento

68,7

68,2

67,6

67,9

67,5

66,2

65,0

63,0

62,9

65,8 66

,6

60,0

62,0

64,0

66,0

68,0

70,020

03

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

*

Gráfico 4 – Setor Serviços (% do PIB) - Brasil Gráfico 4 – Setor Serviços (% do PIB) - Brasil

Fonte:IBGEFonte:IBGE

Fonte dos dados brutos: IBGEFonte dos dados brutos: IBGE

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,019

95

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

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2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

*

PIBbr Indústria Transformação

Gráfico 5 – PIB x Indústria de Transformação Gráfico 5 – PIB x Indústria de Transformação

Gráfico 6 -Participação da Indústria de Transformação no PIB Gráfico 6 -Participação da Indústria de Transformação no PIB

11,0

12,0

13,0

14,0

15,0

16,0

17,0

18,0

19,0

20,0

21,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*

Brasil

Fonte dos dados brutos: IBGEFonte dos dados brutos: IBGE

• Queda acentuada nos anos recentesCâmbioElevação do custo da mão de obraElevação de custos industriais acima da produtividade Estratégias de defesa com maior importação Elevado custo da infraestruturaCarga tributária excessiva

• Queda acentuada nos anos recentesCâmbioElevação do custo da mão de obraElevação de custos industriais acima da produtividade Estratégias de defesa com maior importação Elevado custo da infraestruturaCarga tributária excessiva

100,0

110,0

120,0

130,0

140,0

150,0

160,0

170,0

180,0

190,0

200,0

210,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*

IPA - PI SNMe

Gráfico 7 – Salário Nominal Médio X Preços IndustriaisGráfico 7 – Salário Nominal Médio X Preços Industriais

Fonte dos dados brutos: IBGE Fonte dos dados brutos: IBGE

Gráfico 8 - Participação de Importados no Consumo

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

22,0

24,020

07

2008

2009

2010

2011

2012

2013

*

Fonte: CNIFonte: CNI

100,0

110,0

120,0

130,0

140,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*

Pme SRMe

Gráfico 9 – Salário Real Médio X Produtividade Gráfico 9 – Salário Real Médio X Produtividade

Fonte dos dados brutos: IBGE Fonte dos dados brutos: IBGE

Mudanças de Médio/Longo PrazoCâmbio será mais favorável ( dólar será a moeda

vencedora da nova ordem)Redução da capacidade competitiva da China

• Elevação do custo da mão de obra • China voltada mais para consumo interno implica em

valorização do yuanEUA vão se tornar muito competitivos em atividades

intensivas em energia e vão atrair empresas.

Mudanças de Médio/Longo PrazoCâmbio será mais favorável ( dólar será a moeda

vencedora da nova ordem)Redução da capacidade competitiva da China

• Elevação do custo da mão de obra • China voltada mais para consumo interno implica em

valorização do yuanEUA vão se tornar muito competitivos em atividades

intensivas em energia e vão atrair empresas.

III. DESAFIOS

Recuperar a credibilidade da política econômica

Medidas efetivas para convencer os agentes econômicos no sentido de que:

O compromisso do Governo é com o centro da meta de inflação ( 4,5%)

Vai controlar inflação e não o índice ( sem represamento de preços)

Há compromisso com a recuperação do superávit primário ( acima de 2,2% do PIB), sem “manobras contábeis”

Acelerar os investimentos em infraestruturaHá pouca disponibilidade de recursos para

investimento no setor público

Participação crescente do setor privado

Há interesse com marcos regulatórios estáveis e definidos

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