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ANO VII | NÚMERO 70 | JANEIRO 2012 Em sua 6ª edição, evento discutirá o tema Tecnologia e Gestão Cenários do Varejo

Cenários do Varejo

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Em sua 6ª edição, evento discutirá o tema Tecnologia e Gestão

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Page 1: Cenários do Varejo

ANO VII | NÚMERO 70 | JANEIRO 2012

Em sua 6ª edição, evento discutirá o tema Tecnologia e Gestão

Cenários do Varejo

Page 2: Cenários do Varejo

Informações: (85) [email protected] www.cdlfor.com.br

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Page 3: Cenários do Varejo

E x p E d i E n t E

Conjuntura do Comércioé uma publicação mensal editada

pela da CDL de Fortaleza.DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

PresidenteFrancisco Freitas Cordeiro

1° vice-presidentePio Rodrigues Neto

2° vice-presidenteFrancisco Deusmar de Queirós

Projeto Gráfico e DiagramaçãoEverton Sousa de Paula Pessoa

Produção textualFernanda Lima

Estagiária de jornalismoDulcinea de Carvalho

Jornalista responsávelDégagé Assessoria

Tiragem10.000 exemplares

ImpressãoGráfica Cearense

Sugestões e comentá[email protected]

Rua 25 de Março, 882 – CentroCEP 60060-120 – Fortaleza – CE

Fone: (85) 3464.5506www.cdlfor.com.br

Palavra do Presidente

Em 2011,fizemos história

O anO de 2011 ficará na história da CDL de Fortaleza, a começar pela bem-sucedida Convenção Nacional do Comércio Lojista, realizada em nossa Capital, considerado o maior e melhor evento do setor, segundo avaliação dos 6 mil convencionais presentes. A amplia-ção da parceria do SPC Brasil e Serasa veio consolidar o nosso posicionamen-to no mercado como o maior bureau de crédito do país. Com isso, a demanda pelo Serviço de Proteção ao Crédito – SPC, da CDL de Fortaleza, alcançou no ano de 2011 a marca de 12 milhões de informações, um recorde histórico. A Faculdade CDL, hoje com mais de 1 mil alunos, cresce celeremente, exigindo a ampliação das instalações para atender a demanda por novos cursos e alunos.

No cenário global, o Brasil acaba de ultrapassar o Reino Unido conquistan-do o posto de sexta economia mundial. No front doméstico, o País está a quase pleno emprego, conjugado com aumen-to da renda das famílias. Se computados

ainda os investimentos previstos e os projetos em conclusão, nas três esferas governamentais, certamente as influên-cias da crise financeira internacional não serão suficientes para conter a trajetória de crescimento da economia brasileira, assegurando-nos, portanto, um cenário promissor para 2012.

Neste início de ano uma comitiva do Ceará participará da 101ª Convenção Mundial do Varejo, em Nova Iorque. O objetivo é conhecer os grandes temas e tendências do comércio varejista, visan-do replicá-los para os empresários do nosso Estado, por ocasião da 6ª edição do evento “Cenários do Varejo”, que acontecerá nos próximos dias 09 e 10 de fevereiro, na CDL de Fortaleza, para o que, desde já, contamos com a presença dos nossos associados.

ESPECIALAs empresas e os consumidores: Tendências de comportamento em 2012 6

RESPonSAbILIdAdE SoCIoAmbIEntALO importante não é fazer“propaganda verde”, mas agir com sustentabilidade 9

EConomIA & mERCAdoO Brasil, o Ceará e a crise mundial: Perspectivas para 2012 10

n E s ta E d i ç ã o

[email protected]

Consciência ambientalComprovada mAIS: Aconteceu na CDL 4 Diálogo com o Empresário 8 Homenagem 15

mAtéRIA dE CAPACenários do Varejo discute tendências mundiais para o comércio 12

ASSoCIAtIvISmoCooperar para crescer 14

tECnoLogIAE-commerce: inovaçãopara o seu bolso 16

FACuLdAdE CdLCompetitividade no Varejo:Qualidades para atuar no segmento de comércio 17

LIdERAnçA & gEStãoVá pra China! 18

FEdERAçãoEm AçãoO desenvolvimento do comércio por meio do debate 19

CdL JovEmMelhores momentos de 2011 20

Como FAzERVitrine: cartão de visitade qualquer loja 21

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Janeiro 2012 3

Page 4: Cenários do Varejo

Aconteceu na CDL

Pedro Ivo é homenageado com o Troféu Iracema

O Prêmio Lojista do Ano 2011 foi entregue a um empresário que trilha o sucesso das

conquistas diárias com muita garra e determinação: Pedro Ivo Mendes Frota. A comenda foi entregue no dia 9 de dezembro pelo presidente da CDL de Fortaleza, Freitas Cordeiro, no La Maison Coliseu, durante um jantar dançante que teve a presença de ilustres empreendedores e personalidades da capital cearense.

Pedro Ivo é um exemplo de empresário, que trouxe para o setor de Varejo e Serviços cearense inovação na área de tecnologia e informática. Além da loja de informática Ibyte, que já tem sedes em outras capitais do Nordeste, como em Natal e São Luís, o sócio-fundador da Ibyte desenvolveu e criou a primeira fábrica de computadores do Estado do Ceará.

Pedro Ivo recebe Troféu Iracema.

Os sócios da Ibyte: Custódio Azevedo, Pedro Ivo e Francisco Marinho Filho.

“Ficamos muito felizes. O Prêmio nos dará uma maior responsabilidade, porque agora precisamos ser ainda mais exigentes conosco. Quando soubemos, fizemos uma ação de endomarketing bem

legal para divulgar que não é um prêmio do Pedro Ivo, mas da equipe Ibyte”, afirmou o empresário sobre ser agraciado, com o Troféu Iracema, pelos diretores e presidente da CDL de Fortaleza.

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Lançamento da campanha Fortaleza Liquida 2012

Os preparativos para a maior festa do varejo cearense já começaram e, para marcar esse momento, ocorreu o lançamento da campanha Fortaleza Liquida 2012 no dia 30 de novembro, no Auditório da Loja Conceito, na CDL de Fortaleza.

A Fortaleza Liquida – evento que já faz parte do calendário do comércio cearense – acontecerá no período de 1 a 11 de março de 2012 e possibilitará ao pequeno lojista ter competitividade em igual patamar com o grande comerciante.

Durante o lançamento da campanha, Freitas Cordeiro – presidente da CDL de Fortaleza –, junto com empresários dos mais

diversos ramos do comércio, prestigiaram a palestra “O Ceará na Conjuntura econômica atual”, ministrada por Carlos Mauro Benevides Filho, Secretário da Fazenda do Estado do Ceará, que enfatizou tópicos como: a parceria entre o Governo do Estado e a Fortaleza Liquida; a política de redução da carga tributária; parcelamento das vendas na Fortaleza Liquida; e como, nominalmente, o Ceará tem sido o estado que mais faz investimentos – com retorno e eficiência – no país.

Com expectativa de aumento de 30% nas vendas durante o

Freitas Cordeiro fez o lançamento da Fortaleza Liquida 2012. Mauro Filho, secretário da fazenda, palestrou durante o evento.

mês de março, a Fortaleza Liquida dinamizará a criatividade do comércio cearense, além de não economizar em sorteios de prêmios: a cada R$ 25,00 em compras o cliente receberá cupons para concorrer a dez motos, dez tablets e uma Hilux. É aguardar e participar.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Janeiro 2012 5

Page 6: Cenários do Varejo

Hoje a principal maneira de aten-der bem o consumidor é anteci-pando seus desejos. A superação

de expectativas é como uma conquista: ganha quem consegue alcançar os pen-samentos e sentimentos de um cliente com o perfil cada vez mais exigente. Se os produtos ofertados pelas lojas e empresas não demonstram a curto e médio prazo um benefício convincente para quem compra – que supere o ato da aquisição por si só – é grande a possibilidade de o empreendedor ser percebido apenas como mais um no mercado.

Até o século passado os clientes não questionavam tanto acerca da procedên-cia dos produtos comercializados. Im-portava, principalmente, ter. A postura passiva ficou para trás após o “divisor de águas” que foi o surgimento da internet. Hoje os fatores que influenciam o ato de compra e colaboram para o retorno (ou novo acesso) do cliente à loja vão além da necessidade básica: alcançam o conceito de felicidade. As empresas começam a entender que nenhuma possui todos os recursos e habilidades capazes de alcan-çar as diversas necessidades dos compra-dores. Nesse cenário, existe um aspecto que faz toda a diferença no mercado atu-al: o processo de co-criação.

A partir do momento que foi rompi-do o paradigma de que os valores de uma empresa residem somente nela própria, passou-se a perceber o consumidor como uma das principais fontes para orientar

Especial

As empresase os consumidoresTendências de comportamento em 2012As empresas devem conhecer o que seu público-alvo pensa, sente e deseja, pois o perfil do novo consumidor já não se satisfaz apenas com a aquisição de produtos

Hoje os fatores que influenciam o ato de compra e colaboram para o retorno (ou novo acesso) do cliente à loja vão além da necessidade básica: alcançam o conceito de felicidade.

na produção do “Pizza Hero” para iPads, um jogo que estimula uma disputa entre os usuários para definir quem primeiro prepara pizzas via internet. O interessan-te é que, terminada a competição, você pode receber em casa a pizza que foi pre-parada durante o jogo.

PosicionamentoOutra tendência forte do consumi-

dor atual é pesquisar informações so-bre a origem do produto de interesse ou adquirido, até alcançar a história da empresa. No Ceará, quem tem consegui-do romper a distância entre o cliente e a produção do produto é o Grupo Ypió-ca. No Museu da Cachaça, integrado ao ponto turístico Y-Park, os visitantes co-nhecem a história da empresa por meio de várias mídias interativas e presenciam o processo de produção da aguardente desde a colheita da cana até a degusta-ção. Essa perspectiva alude a mais uma tendência no varejo que tem ganhado bastante força: as lojas não vendem so-mente produtos, mas vendem a si pró-prias, sua história e o valor de sua marca, construindo uma relação de confiança com os consumidores, como têm feito o grupo Pão de Açúcar e O Boticário.

Se por um lado a tecnologia aproxima as pessoas, por outro o excesso de informa-ções também pode confundir ou dispersar clientes. É o atendimento de qualidade – principal reivindicação dos consumidores – que pode viabilizar soluções a curto pra-

as organizações sobre quais os próximos passos a serem dados quando o assunto é vendas e resultados satisfatórios. Similar situação ocorreu com a pizzaria america-na Domino’s.

Em uma primeira estratégia para superar a queda de 6% nas vendas, a Domino’s consultou os clientes que, há algum tempo, estavam insatisfeitos com as mudanças na qualidade dos produ-tos. Após diversas sugestões e tentativas de combinações entre os ingredientes, a pizzaria alcançou um cardápio que hoje é aprovado pelos clientes. Em seguida, a Domino’s teve uma nova e ousada inicia-tiva de unir conveniência e interatividade

6 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Janeiro 2012

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zo, como o mobile payment, que recebe pagamentos por meio de celulares. Lojas como a Saraiva, Submarino.com e Colom-bo já aceitam esse serviço.

Considerável, ainda, é a quantidade de pessoas que pesquisam produtos pela web a fim de realizar compras nas lojas físicas, quando a atual intenção do merca-do brasileiro é favorecer o surgimento da superconveniência, “sonho” de qualquer cliente. Porém, para alcançar o novo con-sumidor o comércio também deve se ater – virtual e presencialmente – a outros as-pectos relevantes, como promover ações socioambientais; oferecer um ágil e eficaz Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC); engajar os clientes à história da marca do produto que consomem; e, principalmen-te, não se esquecer de realizar pesquisas de mercado, aliando a empresa aos consumi-dores em um processo de co-criação que se renove continuamente.

Embora o comportamento humano possa ser influenciado por meio de refor-ços positivos e negativos, cada indivíduo é único e é essa particularidade que estimu-la ou não a decisão de compra, que está constantemente suscetível à dinâmica das mudanças do contexto contemporâneo em que vivemos. Afinal, o foco do comér-cio deve ser conhecer o seu público-alvo para saber o que ele pensa, sente e deseja, conquistando-o por meio de um eficaz atendimento, mas também pela aquisição do produto por intermédio da surpresa, da satisfação e da felicidade.

as lojas não vendem somente produtos, mas vendem a si próprias, sua história e o valor de sua marca, construindo uma relação de confiança com os consumidores.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Janeiro 2012 7

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Início de ano é sempre um momento de muitas expectativas e avaliações. Espera-se que o novo ano traga uma melhor fase e crescimento para os negócios, que a economia permaneça estável e que o ambiente empresarial seja favorável. É tempo de avaliar o que aconteceu no ano findado, se metas foram alcançadas, lucros esperados atingidos e percentuais de crescimento suplantados. O momento ainda é de avaliar cenários e entender o que mudou. Se destacarmos as

mudanças no âmbito fiscal tributário, poderemos ter a certeza de que os cenários têm mudado de forma constante e rápida. Muitas medidas têm sido adotadas pelos fiscos para modernizar os seus sistemas e isso tem causado impactos importantes na relação fisco-contribuinte. Nesse contexto, torna-se fundamental e necessário que os empresários conversem com seus contadores e vice-versa, assimilando tudo o que está acontecendo e avaliando o impacto para

Muita coisa mudou:escute seu contador!

Cassius regis Coelho

Presidente do Conselho Regional de

[email protected]

o seu negócio, como suas operações, suas margens, sua política comercial de vendas e de compras e a relação com fornecedores. Não é possível iniciar um ano novo sem entender o que enfrentaremos e quais regras mudaram, sem planejar com base em informações contábeis e gerenciais seguras, sem avaliar se o regime tributário escolhido é o melhor, sem discutir alternativas mais econômicas no âmbito tributário com seu contador. Agir assim seria como se arriscar a navegar em mares revoltos sem bússola, sem leme, à mercê das marés, que podem até levá-lo a um porto seguro, mas também podem lhe afundar!

Diálogo com o Empresário

as lições de KotlerAprendendo na prática – NovembroLi o excelente texto “As lições de Kotler” e adquiri o livro “Marketing 3.0”, de Philip Kotler. Trata-se realmente de uma obra que deveria ser lida por todos os que atuam no comércio.João Gabriel Lima, Fortaleza-CE

Lojista do anoMatéria de Capa – DezembroDiz Pedro Ivo: “Reinventar-se é um desafio constante”. A tarefa de um empresário

é estar a frente do seu tempo, nunca acomodar-se e sempre crer que sua coragem de empreender servem de exemplo para todos nós. Parabéns Pedro Ivo.Gilberto araújo, Fortaleza-CE

Maria da PenhaCDL Jovem – DezembroMuito justa a homenagem a guerreira Maria da Penha, essa cearense que é um símbolo contra a violência domestica. Parabéns CDL Jovem pela feliz escolha.denise Gomes, Fortaleza-CE

a arte de praticar FeedbackLiderença e Gestão – DezembroO professor Marcos Braun fez um diagnóstico perfeito a cerca do Feedback. Aplicar corretamente esta habilidade é um dever do líder.andré Machado, Fortaleza-CE

aprendizadoComo Fazer – NovembroEstou gostando bastante da seção “Como Fazer”. Ela tem me apresentado dicas valiosas de como organizar minha loja. Gostaria de dicas sobre vitrine. Maria neris, Fortaleza-CE

Espaço do Leitor

twitter.com/cdlfortaleza Curta a CDL de Fortaleza no Facebook

COLAbORE PARA fAzER A CONJUNTURA DO COMÉRCIOEnvie suas opiniões, críticas e sugestões de matérias para [email protected] Conjuntura é elaborada para você e com você. participe!

8 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Janeiro 2012

Page 9: Cenários do Varejo

Responsabilidade Socioambiental

Montar um negócio no qual você possa desenvolver ideias, reali-zar-se e obter lucro são etapas

que demandam muito empenho. Porém, quando a empresa é alicerçada em ações de responsabilidade socioambiental, a escolha por coordenar um empreendimento se va-loriza e o retorno é ainda mais satisfatório.

Ir além da “propaganda verde” é fazer uso de projetos e ações que, por meio do comércio, favoreçam o meio ambiente. No caso de uma empresa ter excedentes na pro-dução ou retorno de produtos para o esto-que, pode também ater-se à reciclagem do que já foi produzido, reaproveitando não apenas um material específico, mas viabi-lizando uma nova oportunidade de venda desse mesmo produto. Nesse aspecto, a em-presa tem que agir com clareza e honestida-de, mostrando quais ações têm sido realiza-das por meio do varejo e como a iniciativa de reaproveitamento de materiais repercute positivamente no meio ambiente e na socie-dade. Para este novo modelo de produção, o Setor de Varejo e Serviços já desenvolve al-guns projetos empresariais, como é o exem-plo da Goóc Eco Sandals, empresa situada

O importante não é fazer “propaganda verde”, mas agir com sustentabilidadeAções sustentáveis nas empresas devem ir além das propagandas

em São Paulo, que fabrica produtos utilizan-do pó de borracha de pneu reciclado.

A Goóc já reutilizou quase 3.000.000 de pneus, atenuando as agressões ao meio ambiente. Em cada item fabricado – como sandálias, papetes e outros cal-çados, além de bolsas e mochilas – existe uma filosofia de vida, fazendo que os pro-dutos tenham uma identidade original,

sejam inovadores e ecologicamente cor-retos. A marca também criou o projeto Goóc 2014, que pretende transformar 42 milhões de pneus em 210 milhões de san-dálias, transformando o Brasil em uma referência no uso da reciclagem no ano em que o país sediará a Copa do Mundo.

Dono e fundador da Goóc, Thái Quang Nghiã infunde a marca da liber-dade nas coleções das Sandálias de Pneu Reciclado, transmitindo sua história re-pleta de lutas e superações. Refugiado do Vietnã, Thái chegou ao Brasil aos 21 anos de idade e hoje, 30 anos depois de ter sido resgatado, é um brasileiro naturalizado e reconhecido empreendedor, que empre-ga centenas de pessoas em suas fábricas situadas no estado de São Paulo e em ne-gócios espalhados por todo o país.

Com base no exemplo da Góoc, o fun-damental é nos convencermos da possibi-lidade de desenvolver projetos empresa-riais que não agridam a sociedade e o meio ambiente. Ser ecologicamente correto vai além de uma remodelagem na missão e nos valores da empresa e é, também, uma ótima forma de gerar negócios.

Em cada item fabricado existe uma filosofia de vida, fazendo que os produtos tenham uma identidade original, sejam inovadores e ecologicamente corretos.

Goóc destaca-se por produzir sandálias a partir de pneus reciclados.

FOTO: DIVULGAÇÃO

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Janeiro 2012 9

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Economia & Mercado

Oque antes era apenas uma pos-sibilidade, agora se tornou fato. A crise financeira, com foco na

Europa e EUA, têm afetado, sim, a eco-nomia brasileira. Não de forma devasta-dora, mas de modo significativo, já que no terceiro trimestre a taxa de cresci-mento do PIB, revelada pelo IBGE, ficou próxima a zero.

Esse desempenho pouco expressivo no terceiro trimestre foi gerado, princi-

palmente, pela redução da demanda de exportação e o arrefecimento do consu-mo de produtos industriais. Por conta desse cenário, a produção industrial em outubro caiu 2%, afetando fortemente a geração de empregos neste mês.

Percebendo este movimento de con-tração, o Governo Federal adotou medi-das para estimular a economia, com foco no consumo interno e a produção indus-trial. Com redução da taxa de juros, redu-

ção de impostos sobre o consumo de al-guns bens duráveis e um maior estímulo à oferta de crédito, o governo inicia uma ofensiva para reaquecer a economia.

O resultado foi a retomada dos inves-timentos e do consumo interno, com o re-torno da geração de empregos. De acordo com a Pesquisa Mensal do Emprego-PME, do IBGE, em novembro de 2011 a taxa de desemprego caiu para 5,2%, a menor taxa para o mês de novembro desde 2002.

O Brasil, o Ceará e a crise mundial

Perspectivas para 2012O mercado brasileiro não foi um dos mais atingidos pela crise econômica mundial. Mesmo assim, seus efeitos foram percebidos. A boa notícia é que especialistas acreditam que em 2012 nossa economia terá uma melhor performance do que em 2011

Depois dos gastos com as festas de fim de ano, consumidores procuram descontos e melhores

ofertas na compra de material escolar.Foto: Rodrigues Pozzebom/ABr

10 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Janeiro 2012

Page 11: Cenários do Varejo

6,6%inflação (ipCa) em 12 meses até novembro

de 2011

11,5%taxa de Juros

sELiC

5,2%taxa de

desemprego em outubro

48,2%Relação crédito/piB em novembro

de 2011

R$ 1,85dólar em

26/12/2011

De olho nos números

17,4%Crescimento da inadimplência de

Janeiro a novembro de 2011

Com esse resultado, a população de-socupada somou 1,3 milhões de pessoas, uma redução de 9,6%. É certo que uma parte importante dos empregos gerados reflete o período de fim de ano e, portan-to, o fato de que muitos dos empregos criados são temporários.

Convergindo com as perspectivas do mercado, o Banco Central reduziu re-centemente a estimativa de crescimen-to de 3,5% para 3,0%, reconhecendo a desaceleração econômica. Acompa-nhando a queda na demanda agregada, a inflação deve fechar o ano em 6,3%, segundo expectativas do próprio mer-cado financeiro.

Em que pese à crise externa trazer al-gumas incertezas, os números macroeco-nômicos do Brasil destoam sensivelmen-te do cenário mundial, exibindo uma boa média de crescimento econômico e baixo nível de desemprego.

Previsão para 2011 Crescimento do PIB: 3,0%, com

retomada no último trimestre do ano. Desemprego: 5,2%, uma das mais

baixas desde ano de 2002. Inflação: 6,64%, com tendência de

redução em 2012. Investimento Direto Externo (IED):

US$ 60,6 bilhões, em novembro, quase o dobro do ano passado.

Macrodesempenho da economia brasileira em 2011

Para 2012, as expectativas do governo e do mercado são mais otimistas. Mui-tos economistas avaliam que a economia volta a crescer mais forte e as estimativas apontam um crescimento da ordem de 4%. Além disso, a inflação deve ficar abai-xo de 5,5%.

Economia cearense segue firme sua trajetória de crescimento

A economia cearense sentiu menos o impacto da crise econômica do que a econo-mia brasileira. Considerando os investimen-tos estruturantes na área de transporte (Me-trô e Rodovias), um centro multieventos, aliado ao crescimento das vendas de varejo e o incremento da agropecuária em mais de 39%, o PIB cearense se expandiu cerca de 4,7% nos últimos quatro trimestres, e deve fechar o ano com uma expansão 1,5 pontos percentuais acima da economia brasileira.

O cenário para a economia cearense nos próximos anos também é bastante promissor em virtude da construção da usina siderúrgica, assim como da refina-ria de petróleo. A conclusão desses dois grandes empreendimentos deve mudar a estrutura industrial, duplicando o PIB cearense nos próximos 5 anos.

Tendências do comércio varejista O comércio varejista apresentou um

crescimento de 4,3%, em outubro de 2011, sobre o mesmo mês do ano ante-rior. Segundo o IBGE, no acumulado dos dez primeiros meses do ano o crescimen-to foi de 6,7%, um nível significativo, con-siderando o desempenho do setor indus-trial no mesmo período de apenas 0,7%.

Os segmentos de melhor desempenho sobre o volume de vendas foi o de equipa-mentos e materiais para escritório, informá-tica e comunicação, com 28,8% de expansão, seguido do segmento de móveis e eletrodo-mésticos, com incremento de 13,3%.

Previsão para 2012 Crescimento do PIB: 4% a 4,5%. Desemprego: 5%. Inflação: 5,5%, se aproximando da meta. Crédito bancário: 50% do PIB, recorde

histórico.

Cenário para 2012Voltando-se para o desempenho es-

tadual, o varejo cearense apresentou o 3º melhor desempenho de todo o país, com uma expansão de 8,2%, quase o dobro da média nacional.

No período de janeiro a outubro de 2011, o volume de vendas do varejo ce-arense cresceu 9,2% e deverá manter-se nesse ritmo até o fim do ano.

Além dos investimentos estruturantes em andamento, o crescimento da massa salarial e uma forte geração de renda na agricultura têm mantido o bom desempe-nho do varejo neste estado.

O crédito deve continuar crescendo, ten-do superado 48,2% do PIB, em outubro. Em 2012, essa relação será de cerca de 51%, de acordo com estimativas do Banco Central.

Volume de informações do SPC chega à marca de 12 milhões

Com o bom desempenho da economia cearense, a demanda por produtos durá-veis e não duráveis de consumo, incluindo alimentos, sustentaram o crescimento da demanda por crédito em 2011.

Com isso a demanda pelos serviços do SPC – Sistema de Proteção ao Crédito, da CDL de Fortaleza, compreendendo con-sultas, registros e regularizações, cresceu 22% no ano de 2011, em relação ao ano anterior, o equivalente a 12 milhões de informações, um recorde histórico.

Compulsando somente o volume de consultas, o crescimento chegou a 29%, no mesmo período. No tocante à inclusão de novos registros no banco de dados do SPC, o resultado foi 10% menor, enquanto que pelo lado das regularizações de dívidas, hou-ve um aumento de 23%, em relação a 2010.

Esse resultado demonstra uma posi-ção natural de proteção contra os riscos de crédito. Além disso, revela um padrão de iniciativa revelada pelos consumido-res, já que as exclusões abrem espaço para a obtenção de mais crédito. Ao que tudo indica, o ano de 2012 se inicia em meio a boas atitudes de gestão.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Janeiro 2012 11

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Matéria de Capa

Cenários do Varejo discute tendências mundiais para o comércio

Novo ano, novas metas, o varejo se reno-va. Com o início de 2012, o segmento do comércio cearense já tem marcado um

compromisso de primeira qualidade: o Cenários do Varejo que, em sua 6ª edição, pretende congre-gar empreendedores dos mais diversos ramos do comércio cearense em única oportunidade para divulgar as últimas novidades do comércio nacio-nal e mundial.

O Cenários do Varejo é preparado com base no Retail’s Big Show, a maior convenção mundial do varejo, que acontece todo ano em Nova York, organizado pela NRF – National Retail Federation. Em sua 101a Convenção e EXPO – que em sua edição anterior reuniu em torno de 22 mil partici-pantes de 86 países – o Retail’s Big Show pretende disseminar novidades do setor varejista, propor-cionando troca de experiências entre os partici-pantes, estimulando parcerias estratégicas, além de receber entre seus convidados Bill Clinton.

Nova York figura para o comércio como o centro do varejo mundial. Ano após ano novas perspectivas e pontos de venda surgem, mos-trando que a ousadia, criatividade e inovação no varejo sempre podem surpreender do menor ao maior empreendedor e, por consequência, o pú-blico consumidor. Nesse contexto, o Brasil marca presença anualmente no Retail’s Big Show com uma grande delegação composta entre CEOs, presidentes e executivos de algumas das empresas mais importantes do país, como o Grupo Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Riachuelo, O Boticário e Máquina de Vendas.

Em sua 6ª edição, o evento Cenários do Varejo 2012 terá como foco a tecnologia e gestão

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Programação

09 de fevereiro – Quinta-feira

18h30 Credenciamento

19h Política macroeconômica voltada para o mercado interno e seus reflexos no varejo brasileiro em 2012

10 de fevereiro – Sexta-feira

8h30 às 10h Painel 1: Tecnologia como ferramenta para melhorar a competitividade no varejo

10h às 10h30 Intervalo

10h30 às 12h Painel 2: Tendências em formatos de lojas e gestão de operações no varejo

14h às 16h Workshop 1 – Possibilidades de implementação de tecnologias de vanguarda no varejo brasileiro: o caso “Loja do Futuro”. (Auditório da Loja Conceito)

16h30 às 18h30 Workshop 2 – Como aperfeiçoar a gestão de operações de varejo. (Auditório da Loja Conceito)

Palestras Paralelas – Auditório Gervásio Pegado

14h às 15h30 Linhas de crédito para MPME’s Varejistas.

15h30 às 16h30 Comércio Eletrônico e Mídias Sociais

17h às 18h30 Apresentação do Programa “Agentes Locais de Inovação no Varejo” pelo SEBRAE

19h Lições da 101ª Convenção NRF e sua aplicação no varejo brasileiro

Inscrições gratuitas para os associados da CDL de Fortaleza.Informações: (85) 3433.3012 e 3433.3013 – www.cdlfor.com.br

a ousadia, criatividade e inovação no varejo sempre podem surpreender do menor ao maior empreendedor.

A presença da delegação cearense, liderada pelo presidente da CDL de For-taleza, Freitas Cordeiro, e pelo presidente da Federação das CDLs do Ceará, Honó-rio Pinheiro, também prestigia o evento comprometendo-se, a partir daí, apresen-tar para os varejistas de Fortaleza as últi-mas tendências do comércio mundial por meio do evento Cenários no Varejo.

Tecnologia e gestãoO Cenários do Varejo 2012 – que será

realizado na CDL de Fortaleza nos dias 9 e 10 de fevereiro – terá programação diversificada com palestrantes de exímia formação e atuação no empreendedoris-mo nacional e internacional, que parti-cipam do Retail’s Big Show e pretendem trazer ao Ceará todas as informações dis-cutidas no evento.

Em 2012, o Cenários do Varejo vem com muitas novidades, a começar pelas palestras com temas diversificados e dis-cutidos no Retail’s Big Show e a monta-gem inédita da Loja do Futuro com várias novidades em tecnologia de varejo. Além disso, workshops também serão realiza-dos, possibilitando aprofundar temas de relevância para o comércio local.

É com a intenção de formar, discutir e ampliar conceitos, ideias e possibilidades no comércio cearense, que o Cenários do Varejo 2012 conta com sua presença para iniciarmos o novo ano no comércio com força total!

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Page 14: Cenários do Varejo

Marca registrada da atual ges-tão da CDL de Fortaleza, o Associativismo teve presença

marcante ao longo do ano de 2011. A iniciativa de micro e pequenas empre-sas que se unem para enfrentar a con-corrência têm repercutido de maneira bastante positiva seja no Ceará ou nos demais estados brasileiros.

A união em prol do associativismo alimenta a competitividade. Empreen-dimentos que decidem atuar por meio de uma rede de negócios têm como principais características: um plano de marketing unificado aliado ao planeja-mento de ações de venda; padroniza-ção de atendimento por meio da capa-citação gerencial e técnica de equipes, viabilizando um regimento interno do grupo; design/layout de lojas pa-dronizado, uniformizando uma marca própria; e a compra conjunta, que de-monstra a vontade maior de priorizar o interesse coletivo sobre os individuais.

Associativismo

Cooperar para crescerA cooperação entre empresas é uma forma de torná-las mais competitivas no mercado

Em um mercado com perfil globalizado, comerciantes e empreendedores que aderem à cultura associativista aprendem que o verdadeiro valor de se atuar no varejo se constrói, sobretudo, no ato de cooperar para crescer.

FebrafarA Federação Brasileira das Redes As-

sociativistas de Farmácias, por exemplo, tem apresentado resultados consideráveis ao se pautar na essência do associativis-mo. Sociedade civil sem fins lucrativos, a Febrafar tem sede administrativa em São Paulo e reúne 34 redes de farmácias in-dependentes em 19 Estados, incluindo o Ceará, além do Distrito Federal. Ao pro-mover o fortalecimento das redes associa-das de farmácia em todo território nacio-nal, as 5.300 lojas integradas à Febrafar faturam, em média, R$ 80 mil por mês, gerando atendimento em mais de 1.500 municípios brasileiros, fomentando o de-senvolvimento socioeconômico e a repre-sentatividade política entre as afiliadas.

Outro exemplo de destaque tem sido um grupo de 17 empresários de Coelho Neto, no Maranhão. Por intermédio do Projeto Varejo Competitivo, realizado pela Unidade de Negócios do Sebrae, em Caxias, os empreendedores têm for-talecido o segmento de mercearias do município e mini-mercados. Por meio da melhoria nos processos de gestão os empresários descobriram a força do as-sociativismo criando uma Central de Negócios, que está em processo de for-malização. Enquanto ocorrem os trâmi-tes, “o grupo aprende a fazer compras coletivas, a negociar preço junto a forne-cedores e a realizar um rodízio de mer-cadorias para não emperrar o estoque. Essa mudança advém das capacitações recebidas”, informa Larissa Gomes, ges-tora do projeto.

Possibilitar um maior desenvolvi-mento econômico é apenas uma das metas do associativismo. Em um mer-cado com perfil globalizado, comer-ciantes e empreendedores que aderem à cultura associativista aprendem que o verdadeiro valor de se atuar no varejo se constrói, sobretudo, no ato de coope-rar para crescer.

Estande da Febrafar, na Econofarma, em São Paulo

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Freitas Cordeiro:o lojista da paz

“Foi, certamente, o discurso mais emocionante que escutei em mi-nha vida”, afirmou o empresá-

rio Gervásio Pegado Filho, referindo-se às palavras proferidas pelo presidente da CDL de Fortaleza, Freitas Cordeiro, que foi condecorado com a Medalha Albani-sa Sarasate.

Reeditada depois de 22 anos, a Meda-lha Albanisa Sarasate foi criada para ho-menagear aqueles que mais se destacam na defesa dos interesses e aspirações das comunidades nordestinas. Até então a comenda só tinha sido confiada a apenas duas personalidades: ao ex-governador e ex-senador Virgílio Távora e ao ex-rei-tor da Universidade Federal do Ceará, Antônio Martins Filho.

Durante a cerimônia de entrega do Prêmio Delmiro Gouveia, e em meio à platéia atenta e repleta de renomados empresários do varejo cearense, o gover-nador Cid Gomes entregou a Medalha Albanisa Sarasate a Freitas Cordeiro e, in memorian, ao seu filho André Pimen-ta. “Recebo a comenda com a humildade

que me impõe a sua magnificência, po-rém, com o orgulho da contemplação, saberei honrá-la e preservá-la em lugar de destaque na estante do meu coração”, declarou Freitas Cordeiro. “Esta ma-nifestação reflete o sentimento de toda minha família e amigos com quem com-partilho a honraria”.

Sobre o primeiro emprego como re-visor textual do jornal O POVO, Freitas Cordeiro disse: “São momentos que eu não me esqueci. Momentos que vivi aqui. Detalhes que marcaram profundamente a origem de minha vida profissional, pois foi essa casa que me acolheu e concedeu a dádiva do primeiro emprego, desprezando os requisitos da experiência e indicação”.

Emocionada, a jornalista Luciana Dummar, presidente do Grupo de Comu-nicação O POVO, designou o homenage-ado como o “Lojista da Paz” e afirmou, na respectiva ocasião, que “unidade” era “a palavra da noite”. Freitas Cordeiro retri-buiu: “Embora embriagado e envolvido pelo torvelinho das emoções, tenho plena consciência da dimensão desta honraria,

o que ela representa para o Grupo de Comunicação que presides e o quanto és parcimoniosa em sua distribuição”, falou o presidente da CDL de Fortaleza referin-do-se à Luciana Dummar.

Para Freitas Cordeiro, trabalhar no ramo do comércio – além de ter sido uma influência paterna – tornou-se uma missão de vida. Para lidar com a diversi-dade nos negócios, considera essencial o bom conhecimento das empresas, saber do que elas precisam e como suprir suas necessidades.

Já de posse da Medalha Albanisa Sara-sate, Freitas Cordeiro declarou convicto: “Seguirei sonhando e distribuindo meus sonhos com a grande legião de amigos, na esperança de que se tornem a realidade. À frente da Presidência de nossa querida CDL desenvolvemos e abraçamos proje-tos de abrangência plural, no propósito de uma construção coletiva, que resulte em benefícios para toda nossa comunida-de. Sou poeta que não obedece à métrica e a rima, que acredita na vida, devoto de uma só religião: o amor”.

Grupo de Comunicação O POVO presta homenagem ao presidente da CDL de Fortaleza

Homenagem

Freitas Cordeiro agradece a Luciana Dummar. A direita, recebe a Medalha Albanisa Sarasate entregue pelo Governador Cid Gomes.

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Page 16: Cenários do Varejo

Tecnologia

Atecnologia e a internet trou-xeram para o consumidor a possibilidade de se comunicar

24 horas com qualquer empresa. Nesse cenário, o desenvolvimento tecnológi-co estimulou o E-commerce (Comércio Eletrônico) que hoje funciona como ferramenta imprescindível para a reali-zação de vendas e feedback aos clientes, seja por meio das redes sociais ou aten-dimento via sites e afins.

A procura dos consumidores pelo E-commerce tem se intensificado por-que é comum encontrar os mesmos produtos em lojas virtuais por um pre-ço inferior ao que é encontrado no es-tabelecimento físico. Esta vantagem no fator “preço” está associada à ausência de despesas com comissões de vende-

dor, instalações e aluguel da loja, como ocorre no site amazon.com, que realiza vendas exclusivamente pela internet.

Embora a comodidade de realizar uma compra sem sair de casa seja um aspecto relevante, há casos em que pro-moções virtuais e aquisições dos produ-tos nas lojas físicas promovem, simulta-neamente, eventos de grande porte que mobilizam o público. A Black Friday, por exemplo, ocorre no dia seguinte ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e marca o início da temporada de vendas de fim de ano. A iniciativa dos comerciantes norte-americanos re-duz preços de vários produtos em 90% por meio de promoções irresistíveis anunciadas, principalmente, nos sites das empresas participantes.

E-commerce:inovação para o seu bolso

Os consumidores associam E-commerce a produtos mais baratos

No Brasil, a última ação da “Sexta--feira Negra” ocorreu em 25 de novem-bro do ano passado e teve participantes como a Walmart, B2W, Fnac, Saraiva, Magazine Luiza, Compra Fácil e Extra, e o Grupo Pão de Açúcar. Com a Black Friday, o comércio eletrônico brasileiro faturou 88% a mais que em 2010 e teve entre os produtos mais procurados os de informática, eletrodomésticos, ele-trônicos, moda e acessórios.

Vale ressaltar que nesta ávida busca por promoções via internet, não é pala-vra de ordem que o varejo tradicional desapareça devido ao E-commerce. De forma geral, o consumidor brasileiro ainda é desconfiado com a aquisição de produtos por compras online, pois acre-dita que o produto pode não ser igual ao que é ofertado no ponto de venda.

A loja física e a virtual são estruturas complementares, principalmente, por que a loja virtual consiste em um canal de venda com vantagens e diferenciais que agregam valor e geram rentabili-dade para qualquer empresa, como fle-xibilidade, agilidade nas negociações, interatividade com consumidores por meio de estratégias dinâmicas e persua-sivas, entre outros.

Sabemos que o sucesso de um em-preendimento depende de como a em-presa evolui com o passar dos anos, tornando-se cada vez mais acessível e presente para seus consumidores. Onde mais uma empresa poderia estar 100% presente se não na internet?

a loja física e a virtual são estruturas complementares.

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Page 17: Cenários do Varejo

faculdade CDL

O Programa Competitividade no Varejo inova quanto a metodologia e visa aprimorar a capacidade competitiva e dos resultados em lojas de pequeno e médio porte

Muitas pessoas associam compe-tição com o estado de ser ven-cedor, mas raramente vincu-

lam ao processo que conduz à formação de um indivíduo ou empresa a tornar-se apta para o ato de competir.

Para o Setor de Varejo e Serviços uma das qualidades mais apreciadas em um comerciante e empresário que se preze não é apenas saber competir, mas gostar de servir. “Mas é importante que também seja atrelado a este servir a profissionalização dessa pessoa. Hoje no segmento varejista a gente percebe insti-tuições – como a nossa Faculdade CDL – que se dedica e se pauta na formação de pessoas para o varejo exatamente devido à falta de preparação nesta área para o mercado”, afirma a professora Ana Dias, que leciona na referida instituição.

Para que uma empresa seja conside-rada competitiva não basta que ela persi-ga os seus concorrentes: é necessário que ela consiga aliar inovação com capital aplicado. Organização, administração, foco e objetivo também são caracterís-ticas singulares para ser competitivo. Em outras palavras: é fundamental que o empresário alie competitividade com plano empresarial, ou seja, o poder da marca tem que ser percebido pelo clien-te antes, durante e depois de efetuada a compra. Este impacto é compreendido quando o cliente não vincula mais o pro-duto apenas ao seu valor financeiro, mas ao seu valor de essência, à sua represen-tação ou status.

Ser competitivo no varejo é ter cer-teza de que se está prestando o melhor serviço de acordo com o perfil do con-

Competitividade no Varejo:Aprimorando qualidades paraatuar no segmento de comércio

sumidor. Pensando nisso, a Faculdade CDL iniciou em novembro o Programa Competitividade no Varejo, cujo princi-pal objetivo se pauta no desenvolvimen-to das habilidades de gestão e que está dividido em dois momentos: tem início por meio de um autodiagnóstico e al-gumas horas de aulas teóricas e práticas para ampliação do campo compreensão do gestor; em seguida, o curso envolve a realização do diagnóstico por parte dos facilitadores das disciplinas aliado a um projeto de consultoria que o empresário participante contratará, caso ache opor-tuno e necessário.

O Programa Competitividade no Va-rejo inova quanto à metodologia e visa aprimorar a capacidade competitiva e dos resultados em lojas de pequeno e

médio porte do segmento de comércio e serviços. “Este projeto é fantástico, pois tem como objetivo trabalhar e ajudar o pequeno e médio varejista, bem como sua gestão de uma forma profissionali-zada e mais orientada”, declara a profes-sora Ana Dias.

Se você tem interesse em se qualificar e tornar-se mais competitivo, faça sua inscrição no Programa Competitivida-de no Varejo. Acesse www.faculdadecdl.edu.br e informe-se!

Este projeto é fantástico, pois tem como objetivo trabalhar e ajudar o pequeno e médio varejista.

A professora Ana Dias destaca a importância da profissionalização da gestão no varejo.

FOTO: FERNANDA LIMA

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Page 18: Cenários do Varejo

Marcos Braun FilhoLiderança & Gestão

Vá pra China!

C aros leitores: quem nunca foi mandado para “algum lugar” no calor de uma discussão? Uma vez em minha juventude,

no ápice de um desentendimento, um dos meus colegas exaltou-se e disse: “Vá pra China, Marcos!” Pois não é que fui mesmo? Esperei exatos 13 anos para realizar esta viagem. Mais que fazer um curso foi uma experiência e tanto de vida, onde descobri a riqueza do idioma (que não é nada fácil), a etiqueta chinesa para negócios, relações interpessoais e a tão famosa cerimônia do chá.

A China é o 3° maior país do mundo em território, o 2° em economia e o 1° em população. E nem só de cópias vivem os chineses: eles inventaram o papel, a impressora, a pólvora, o baralho, a bússola, o papel higiênico, a porcelana, a carruagem, o calendário, a sombrinha, entre outros. Na área da medicina, diagnosticaram doenças como diabetes, hipotiroidismo, doenças endócrinas em geral e a malária.

No cotidiano chinês predominam as ideias de Confucio, como a cortesia, sabedoria e a generosidade. Assim, para onde quer que os chineses migrem vivem em comunidade, valorizando e recriando a sua cultura, defendendo e propagando seus valores. Quanto ao governo, a China é comunista, mas sua população aderiu ao modelo capitalista, gerando um forte paradoxo. A situação ambiental é muito preocupante e ainda uma iniciativa embrionária nas políticas governamentais.

A indústria chinesa corresponde a 52% do PIB do país. As empresas públicas da China (state-owned enterprises) obedecem ao governo chinês, seu único acionista, que ocupa a maior parte do mercado nacional, sufocando o setor privado e distorcendo a economia. Outro destaque é que o custo da mão de obra chinesa e da produção tem aumentado, devido à incorporação de know-how por parte da indústria

‘Quem chega ao topo sozinho, fez alguma coisa errada no caminho’. Por que não crescermos juntos? Palavra de ordem do mundo contemporâneo: parceria.

e o Japão para se tornar o maior “tigre” de exportações do mundo e uma potência econômica. Não é por acaso que o Brasil é o país que mais tem se beneficiado com o crescimento econômico chinês: nossas exportações possibilitaram o pagamento de quase toda a dívida externa e o acúmulo de US$ 250 milhões de reservas em divisas, que ajudaram nosso país a sair cedo e fortalecido da crise financeira que assolou o mundo. Por isso a China está muito interessada no Brasil: porque precisa dos recursos brasileiros para fomentar o desenvolvimento da sua indústria.

Ao voltar pra casa, a gente se dá conta de como o mundo é pequeno e que a globalização permitiu e permite essas interrelações. Além do que, nosso país tem muito para aprender com a China e eles conosco.

Existe um ditado do escritor e formador de líderes mundial John Maxwuel que gosto bastante: “quem chega ao topo sozinho, fez alguma coisa errada no caminho”. Por que não crescermos juntos? Palavra de ordem do mundo contemporâneo: parceria.

Marcos Braun Filho é consultor empresarial, professor e coach. MB Consultoria e Educa-ção Corporativawww.marcosbraun.com.br

local de eletrônicos, automóveis e bens-de-capital, e devido à crescente especialização de funcionários, que demandam maiores salários. A pirataria afugenta as multinacionais do mercado chinês, enquanto o crescimento da economia chinesa tem sido ocultado pela participação estrangeira nas exportações locais, preocupando os economistas chineses.

É relevante refletirmos que o Brasil possui mais condições que a China

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federação em Ação

Com a meta de levar ao comércio do interior do Ceará mecanismos para o seu desenvolvimento, a

Federação das CDLs do Ceará realizou em 2011 diversos encontros, seminários e reuniões com o objetivo de fortalecer, promover a união e resgatar a crença jun-to aos lojistas associados.

Os eventos foram realizados em várias cidades do interior, abrangendo as sete Ba-ses Regionais da Federação e levando in-formação a mais de 700 líderes cedelistas, que puderam expor suas reivindicações e projetos para o desenvolvimento do co-mércio em suas cidades. Temas de maior relevância – como o acesso ao crédito para os micros e pequenos empresários, segu-rança nos centros comerciais e qualifica-ção da mão de obra trabalhadora – foram debatidos durante todo o ano de 2011.

O desenvolvimento do comércio por meio do debateFCDL promove debates para discutir a expansão do movimento lojista cearense

Ações da FCDL alcançaram todas as regiões do interior cearense.

A expansão do movimento lojista ce-arense também esteve em pauta durante os encontros. Neste ano, foram fundadas oficialmente três CDLs nos municípios de Tamboril, Itarema e Croatá, colocando a disposição dos empresários da região uma

entidade que prima pelo crescimento do comércio em suas cidades, defendendo os legítimos interesses da classe lojista.

O ano de 2012 já iniciará com gran-de movimentação no setor do comércio. Em janeiro, um grupo de empresários cearenses, liderado pelos presidentes da Federação das CDLs do Ceará, Honório Pinheiro, e da CDL de Fortaleza, Freitas Cordeiro, participam entre os dias 11 a 19 da maior feira mundial do varejo – a 101ª NRF, em Nova Iorque – EUA. A Conven-ção Mundial do Varejo, como é conheci-da, mostra as novas tendências, serviços e tecnologia de ponta do varejo.

A CDL de Fortaleza, com o apoio da Federação das CDLs do Ceará, replicará esse evento internacional em Fortaleza, nos dias 9 e 10 de fevereiro, por ocasião da re-alização do “Cenários do Varejo 2012”.

Federação das CdLs do Ceará realizou diversos encontros com o objetivo de fortalecer e promover a união e resgatar a crença junto aos lojistas.

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Sucesso nas iniciativas e realizações marcaram o ano de 2011 na CDL Jovem

CDL Jovem

ACDL Jovem de Fortaleza come-mora a chegada de 2012 sob o primeiro ano da gestão do presi-

dente Pablo Guterres e com muitas con-quistas para recordar.

Ao longo de 2011 foram realizados vá-rios eventos importantes, com cases de su-cesso de diversas empresas locais que são destaque em seus segmentos, como o Gru-po Ypióca, o Grupo J. Macêdo, Coco Bam-bu Frutos do Mar, La Maison, o Colégio Ari de Sá Cavalcante e a Construtora Diagonal.

Impossível não falar também sobre o sucesso da CDL Jovem na 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, que se re-alizou de 11 a 14 de setembro, em Fortale-za, quando a CDL Jovem reiterou a união com a CDL Executiva, além de ter realiza-do o “Talk Show Copa x Comércio” inter-mediado pelo jornalista e comunicador de TV Serginho Groisman. Na ocasião es-teve presente Pablo Guterres, presidente da CDL Jovem de Fortaleza e anfitrião do debate, e convidados ilustres como Do-mingos Neto, Deputado Federal; Antonio

Melhores momentos de 2011

temas atuais e relevantes para o mercado no qual estamos inseridos também foram discutidos em palestras realizadas pela CdL Jovem.

Balhman, Deputado Federal; Ferrúcio Feitosa, Secretário Especial da Copa no Ceará; e Dieter Gerding, Cônsul Honorá-rio da Alemanha. O debate teve ainda a presença de diretores e empresários asso-ciados das CDLs Jovens e CDLs de todo o Brasil, e uma platéia que demonstrou entusiasmo e participação maciça.

Temas atuais e relevantes para o mer-cado no qual estamos inseridos também

foram discutidos em palestras realizadas pela CDL Jovem, como “O processo de abertura de capital e o relacionamento com investidores”, ministrado por Álva-ro de Paula, do Grupo M. Dias Branco; “Crimes Virtuais”, com o Delegado Jaime Paula; e uma justa homenagem a Maria da Penha, em reconhecimento por sua luta contra a violência doméstica no Cea-rá e no Brasil.

Somem-se ainda o Dia das Crianças – CDL Jovem que, em 2011, ocorreu junto ao encerramento da Semana do Colabo-rador da CDL de Fortaleza, congregando a família cedelista em um grande momen-to de união, e a Confraternização de Natal da CDL Jovem, realizada no restaurante Philó, com muita animação e alegria dos associados.

Ao rememorarmos os bons frutos co-lhidos em 2011, aproveitamos para dese-jar um Feliz Natal e um 2012 com muito crescimento pessoal e profissional e óti-mas vendas para todos! Estes são os votos da CDL Jovem de Fortaleza.

Diretoria da CDL Jovem e a homenageada Maria da Penha

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Page 21: Cenários do Varejo

Como fazer

Vitrine: cartão de visita de qualquer lojaAlém de preços, bons produtos e limpeza, o que mais uma vitrine deve ter?

Vitrine bonita chama a atenção, mas não garante a compra, embo-ra possa ser o primeiro passo para

efetivação de uma venda. Fato é que os vi-trinistas, profissionais especializados em elaborar montagens com esmero e criativi-dade, transformam espaços para exposição de produtos em cenários que conquistam até os clientes mais resistentes.

Partindo da visão panorâmica do consumidor, este – fisgado pelo que vê em uma vitrine – pode adentrar uma loja e se tornar um comprador em potencial, motivo que faz os vitrinistas adquirirem imensa importância para o comércio: “A vitrine deve ser entendida como um es-paço em constante renovação e mudan-ça, já que é uma área acessível aos clien-tes e aos comerciantes, devendo sempre ser produzida com o máximo cuidado e total planejamento, visando potenciali-zar vendas e proporcionar experiências agradáveis e, muitas vezes, inesquecí-veis”, afirma Felipe Reis, Vitrinista e Visualista de uma grande marca com várias lojas em Fortaleza.

DicasNa estratégia para

compor vitrines, algu-mas técnicas podem ser utilizadas, como:• Analisar o estilo da

loja e o público-al-vo que se pretende alcançar;

• Escolher um tema que obrigatoria-mente deve estar em harmonia com o interior da loja;

• Valorizar os produtos expostos crian-do ambientes específicos que susci-tem imagens, situações e sensações;

• Ater-se ao uso adequado de um layout para averiguar ângulos, expo-sições e iluminação, bem como altura dos produtos, materiais de decoração, não se esquecendo de expor os valo-res das mercadorias em etiquetas com preços visíveis.

Para estimular a percepção e interes-se do consumidor ainda é válido: o uso de irreverentes combinações de roupas nos manequins; utilizar uma trilha sono-ra condizente com a preferência musical do público consumidor; aromatizar sua-vemente a loja com boa fragrância; criar cenários que esbocem situações confor-me o propósito da venda (se datas co-memorativas ou promoções exclusivas da loja); e, até mesmo, utilizar a estra-

tégia da “vitrine viva”, na qual modelos reais atuam como se fossem manequins expostos em vitrines. Gisele Bündchen, consagrada top model brasileira, por exemplo, já fez “vitrines vivas” para campanhas das lojas C&A, atraindo uma multidão de trausentes em um shopping paulista e, claro, conquistando compra-dores que adquiriram peças e acessórios utilizados por Gisele.

Além dos conhecimentos técnicos, ao preparar uma vitrine devem-se aliar a criatividade e o bom gosto à ideias e con-ceitos. Informações visuais não compõem um atendimento inteiro, mas certamente é um dos primeiros passos capaz de esti-mular e promover futuras vendas.

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Page 22: Cenários do Varejo

prepare seu ponto de venda para o ano que inicia

t rabalhar na área do varejo significa ter disposição para aprender sempre. As mudanças no mercado,

no perfil do consumidor e dos concorrentes, requerem uma aprendizagem constante conforme a dinamicidade do comércio. É melhor se atentar, também, aos cuidados com sua loja. Por isso formulamos algumas dicas que auxiliarão você a utilizar melhor o seu ponto de venda em 2012.

Inicialmente, o olhar e a postura de “Boas vindas” fornecem um primeiro passo para cativar o consumidor. Embora a venda comece antes mesmo do primeiro diálogo, uma aproximação sutil e escutar o cliente são boas iniciativas, pois ele é capaz de fornecer um importante feedback acerca do que falta no estabelecimento comercial ou o que de melhor nele tem sido ofertado.

Outro ponto considerável é o planejamento de reformas na sua loja. Não fica bem cultivar o mesmo layout ou visual por um período prolongado ou um cliente que passa diante de uma vitrine se deparar com os mesmos produtos à mostra por dias seguidos. Para o consumidor pode parecer desleixo por parte dos vendedores.

Para que o cliente sinta-se à vontade no ponto de venda é preciso identificar de forma clara o local do atendimento e onde estão expostos os artigos na loja. Desta forma, os ambientes deverão ser estrategicamente organizados – como contextualizar produtos em meio a cenários, por exemplo –, facilitando o deslocamento dos clientes entre prateleiras e corredores no local. Ainda nesse caso, pintar a parede com uma cor diferente ou direcionar a iluminação para um produto específico ajudará bastante.

Observar seu ponto de venda em horários diversos também é outra dica preciosa. Assim, você perceberá

Aprendendo na Prática

O mais importante é conquistar o consumidor e nele estimular a sensação de que valerá a pena retornar àquele estabelecimento.

perguntas óbvias (após uma compra jamais pergunte: “é só isso?”) e exagero na simpatia (poderá soar falso), atitudes que podem minar a disposição de o cliente comprar.

Propagandas são sempre bem-vindas: poluição visual não. Portanto, para chamar atenção do consumidor não é necessário apelar para o excesso de cartazes, figuras ou similares, independente da proposta e perfil da loja. Muitas informações confundem os clientes, da mesma forma que fornecer valores diferentes dos que estão indicados na vitrine, catálogo ou etiqueta, passará uma péssima impressão e falta de credibilidade do negócio.

Outra observação relevante é que não importa qual a classe social do público que transita na sua loja: ele sempre vai querer (e merecer) um ótimo conforto e comodidade. Cabe aqui mencionar exemplos não aplicáveis, como a ausência de cor nos ambientes ou cores que distraem a atenção do cliente, da mesma forma que é desagradável um ponto de venda na penumbra ou demasiadamente iluminado. Em ambos os casos, a falta de equilíbrio e bom senso nesses aspectos não favorecerá reter o consumidor no interior da loja por mais tempo, como também ele preferirá o lado externo ao interno se no ponto de venda não tiver um sistema de refrigeração adequado.

E, para refletir, perceber o cliente como o “rei” não significa ceder tudo o que ele quer: significa considerá-lo como peça-chave do sucesso das vendas e, principalmente, surpreendê-lo sempre que possível, pois esta é uma das “iscas” que poderá influenciá-lo para uma futura visita e nova compra. O mais importante é conquistar o consumidor e nele estimular a sensação de que valerá a pena retornar àquele estabelecimento.

o tipo de público que predomina em determinados períodos e poderá direcionar o tipo de abordagem feita pelos colaboradores dependendo do perfil do cliente. Afinal, para cada pessoa, seja ela jovem ou adulta, existem peculiaridades a serem destacadas e necessidades a serem supridas. É recomendável evitar

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