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N O V O S F I T A D O S D O C U R S O D E M E D I C I N A

U N I V E R S I D A D E D E C O I M B R AQ U E I M A D A S F I T A S 2 0 1 4

HUCaçad r

Texto1

Texto2

“Capa negra usei, por Coimbra me apaixonei.”

Coimbra, nossa Coimbra, tens escritas nas pedras seculares histórias de outros tempos. Foste o marco da juventude de um país. Serás sobretudo um marco na nossa juventude. Com o Mondego aos pés e a praça cheia de estudantes. Com as infinitas Monumentais e o badalar da velha Cabra. A capa aos ombros ao passar no Arco de Almedina. O fado que as guitar-ras tocam durante as serenatas. A Queima das Fitas e a Festa das Latas.

Da alta até à baixa, não há nada que manche mais as tuas pa-redes se não esta saudade. Este amor que entristece por se conhe-cer o seu fim, por se saber que por muito eterna que sejas, em bre-ve pertencerás a outros e o que nós em ti vivemos será vivido por eles. Não me interpretes mal, não há maior orgulho do que sentir que abraçamos uma herança de gerações perdidas no tempo e que a passamos aos que vêm depois, tal como nos foi entregue a nós.

É respirar-te Coimbra! É o orgulho de vestir de negro e ver as tuas ruas varridas constantemente pelas nossas vestes. Iremos sem-pre emocionar-nos com o luar espelhado no Mondego. Por tudo o que nos deste, por todos os que nos deste, terás sempre lugar em nós. Cegos não seremos, porque que te vimos, com os olhos e com o co-ração, e viveremos para sempre, porque sabemos que te amámos.

Saudações Académicas

A Comissão Central da Queima das Fitas 2014

Novos fitados do Curso de Medicina

André Filipe Dias de FriasAntónio Henrique Pereira NevesBernardo Lobão Afonso Teixeira

Carolina de Jesus Peixoto dos ReisDaniel Salgado dos Santos Vieira

Diana Catarina Ferreira de CamposDiana Raquel Lemos BredaGabriela Mesquita dos Reis

Inês Isabel Sampaio da Nóvoa Gomes MiguelJéssica Carina Afonso Peres

Joana Mariz RibeiroJoão Carlos Marques Alfaro

João de Brito AscensãoJoão Henriques Ribeiro CarvalhoJoão Paulo Moreira MagalhãesJosé Miguel Bastos Dias FerrãoManuel João Moutinho Teixeira

Márcia Joana Jesus Ferreira CarvalhoMariana de Castro Martins

Pedro Miguel Rebelo Pereira MarquezTomás José Rodrigues de Freitas Meneses Osório

Tony Luís João

Comunicado do Excelentíssimo Dignissíssimo Monarca e Presidente do Carro HUCaçador: Bem, sigam-se as formalidades, Chegámos ao final desta jornada que culmina no cortejo da Quei-ma das Fitas de 2014. Caminho este que se iniciou numa singela tarde quando de forma informal, apertados ao redor duma mesa no polo 3 à espera da aula de Farmacologia, decidimos votar para a presidência e tesouraria do carro. “É para ver se isto anda para a frente”. Em 5 minutos houve eleição e empossamento desta direcção, por mim presidida, ajudado pelo João Alfaro enquanto vice e pelos mercenários das cotas André de Frias e Joana Ribeiro. Ainda hoje não entendo se devo interpretar este cargo como uma honra, depositada em mim por provas previamente dadas de responsa-bilidade e dinamismo (cof cof), ou como uma partida pregada que só eu levei a sério. No entanto, esta ideia de carro tinha sido já germinada num mí-tico jantar no La Fiesta, numa Queima do 3º ano, onde perante um res-taurante vazio e com um estômago cheio (não só de comida diga-se) se entoou “BOSNIHUC, BOSNIHUC, o carro imperial!”. Devaneio de loucos, com piada para muito poucos, mas o conceito persistiu, razão pela qual me encontro às 4 da madrugada da data limite de entrega dos conteúdos da plaquete a atacar o teclado do computador. Fosse essa a nossa maior preocupação: entre atrasos de cotas, multas, rastreios, brin-des, jantares e convívios, umas horas de sono perdidas valem pouco.

O que valeu sim, foram todos os dias, tardes e noites juntos com este grupo excelente de pessoas e futuros excelentes médicos a quem tenho o pri-vilégio de chamar amigos e de conviver diariamente. Certamente o cortejo será apenas uma exposição pública de quem nós somos, porque o que é uma tarde em comparação com as milhentas perdidas pelas ruas de Coimbra, no Café Couraça ao redor de um alguidar, e mais re-centemente duns Huebos, que o estudante adora muito, na Bolero com a Tina, ou simplesmente a aproveitar este bovino feminino escuro que é a noite, como o dizem os muros de Coimbra E a estudar claro. Época de exames também é Coimbra. Mas ainda aqui continuaremos por mais dois anos, por isso a despedida que deveríamos fazer enquanto fitados não o é na realidade. Culpa de algumas inteligências. Mas contra todos os problemas de per-curso, e apesar da grande perda que para sempre perseguirá este grupo, aqui estamos. Por isso, obrigado malta. Digo-o neste texto, livrando-me de vos chatear e de vos enviar mais mil mensagens.

Obrigado por tudo.

Valete Frates Bernardo Teixeira

Dos professores… Certamente esta não será uma turma “do outro mundo”, outras haverá de igual nível. Mas para mim, que trabalhei e convivi com todos durante um ano é, porém, uma turma especial, se não excecional, apreciada sob o ponto de vista curricular e sobretudo humano. Alunos interessados, atentos e bem-dispostos ainda que exigen-tes e reivindicativos. Esta última qualidade torna-se muito estimulante para quem ensina. Posso dizer que passei a ser melhor assistente depois do período em que lecionei a vossa turma.

Após o ano letivo tivemos o enorme desgosto de perder um dos colegas, o João, com quem tive a sorte de ter um contato mais próximo por ser o representante da turma e cuja liderança contestava, por brincadeira, di-zendo que tinha sido eleito por compra de votos. A tudo respondia com um sorriso, bonacheirão, correto, colaborante e amigo.

Juntos, estivemos nessas horas difíceis, senti-me aceite e acari-nhada no meio de vós. Aí se revelou o verdadeiro sentido da amizade, do companheirismo e da saudade que nos irá acompanhar. Mas a maioria dos momentos que passámos, ainda que de trabalho, foram de são convívio e boa disposi-ção e assim os recordarei. A todos os colegas desejo êxito e felicidades, na vida profissional e pessoal de que, sem dúvida, são merecedores.

Obrigada pela vossa amizade. Não se esqueçam de aparecer…

Maria João Martins

André Frias António Neves Bernardo Teixeira

Carolina Reis Daniel Vieira Diana Campos

Diana Breda Gabriela Reis Inês Miguel

Jéssica Peres Joana Ribeiro João Alfaro

João Ascensão Henrique Carvalho João Magalhães

José Ferrão Manuel Teixeira Márcia Carvalho

Mariana Martins Pedro Marquez Tomás Osório

Tony João

André Filipe Dias de Frias

António Henrique Pereira Neves

Bernardo Lobão Afonso Teixeira

Carolina de Jesus Peixoto dos Reis

Daniel Salgado dos Santos Vieira

Diana Catarina Ferreira de Campos

Diana Raquel Lemos Breda

Gabriela Mesquita dos Reis

Inês Isabel Sampaio da Nóvoa Gomes Miguel

Jéssica Carina Afonso Peres

Joana Mariz Ribeiro

João Carlos Marques Alfaro

João de Brito Ascensão

João Henrique Ribeiro Carvalho

João Paulo Moreira Magalhães

José Miguel Bastos Dias Ferrão

Manuel João Moutinho Teixeira

Márcia Joana Jesus Ferreira Carvalho

Mariana de Castro Martins

Pedro Miguel Rebelo Pereira Marquez

Tomás José Rodrigues de Freitas Meneses Osório

Tony Luís João

Agradecimentos

Dedicatorias

Alfaro, Deixaste-nos. E parece fácil fechar os olhos e acreditar que vamos ver-te voltar à nossa Coimbra, de capa negra aos ombros,com o mesmo sorriso e os meus sonhos que, podes apostar, iremos cumprir por ti. O caminho esse não finda para ti; estarás sempre presente em cada conquista, alegria e em cada objetivo atingido, agora, certamente, sobre o teu olhar atento e a tua protecção. De tudo o que contigo levaste, ficam para nós profundas promes-sas de que nos vamos lembrar em cada momento de felicidade, fazendo dos teus sonhos os nossos. Porque o teu caminho não foi em vão.

Hoje nada parece mais do que um abismo de infindável saudade. Uma saudade eterna. Nada mais que longos silêncios em busca desen-freada e àvida de uma justificação para uma perda tão absoluta, tão ir-reversível. Partiste, deixando mil memórias de alegrias, desmesuradas, que vivem todos os dias em nós, ou numa viela da nossa Coimbra, que edificam a imensidão e intangibilidade do vazio que deixaste em nós. Depesdimo-nos de ti, não sem antes proferir palavras de profun-do agradecimento aos teus pais pelo privilégio de partilhar anos da nos-sa vida com um ser humano extraordinário, que estes educaram como tal.

Fica o pensamento de consolo de que, um dia mais tarde nos encontraremos e poremos fim a esta saudade inexorável. Uma saudade que veio para ficar. Da tua eterna Coimbra, nunca mais a mesma.