5 VIAS DE ADM E IM

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FACULDADE IPIRANGA

TÉCNICO EM RADIOLOGIA

PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM

PROFª TNR.: DANIELE SABATE

Vias de administração

de medicamentos

Por: Profª Ma.: Glenda Ferreira

CONCEITO

Gastrointestinal - Oral ou bucal. - Sublingual. - Gástrica. - Retal. - Duodenal. Respiratória. Vaginal. Cutânea.

Ocular. Nasal Auricular Parenteral

- intramuscular (IM) - subcutânea (SC) - - intradérmica (ID) - Endovenosa (EV)

É o processo de preparo e introdução de substância

química no organismo humano, visanda a obtenção de efeito

terapêutico ou diagnóstica.

BOAS PRÁTICAS NA ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS

Toda prescrição de medicamento deve conter: data; nome

do paciente; registro; enfermaria; leito; idade; nome do

medicamento; dosagem; via de administração; freqüência;

assinatura do médico.

Nunca administrar medicamento sem rótulo. Verificar

data de validade do medicamento. Não administrar

medicamentos preparados por outras pessoas.

Inteirar-se sobre as diversas drogas, para conhecer

cuidados específicos ao administrá-las:

• diluição: formas, tempo de validade;

• ingestão com líquidos.

• Horário: antes, durante ou após as refeições;

• incompatibilidade ou não de mistura de drogas;

BOAS PRÁTICAS NA ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS

Identificar a seringa ou recipiente de via oral: quarto; leito;

via; nome do medicamento.

Após a administração do medicamento checar a prescrição

imediatamente, evitando administração dobrada do

medicamento.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR

VIA GASTRINTESTINAL

VIA ORAL

CONCEITO: É a administração de medicamentos pela boca.

FORMAS DE APRESENTAÇÃO FORMA LÍQUIDA xarope •

suspensão • elixir • emulsão • outros

FORMA SÓLIDA comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas,

pastilhas outros.

Contra-indicações

Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes.

Em casos de vômito.

Quando o paciente está em jejum para cirurgia ou exame

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR

VIA GASTRINTESTINAL

VIA ORAL

Cuidados Importantes: O copo graduado tem as seguintes medidas (sistema caseiro): 15ml = 1 colher de sopa 10ml = 1 colher de sobremesa 5ml = 1 colher de chá 3ml = 1 colher de café 15ml = 1 medida adulta 5ml = 1 medida infantil

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR

VIA GASTRINTESTINAL

CONCEITO: consiste em colocar o medicamento sob a língua do paciente.

Procedimentos e Cuidados Específicos

1. Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares.

2. Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orientá-lo para não deglutir a saliva até dissolver o medicamento, a fim de obter o efeito desejado.

3. Não administrar por VIA ORAL porque o suco gástrico inativa a ação do medicamento.

4. A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral.

VIA SUBLINGUAL

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR

VIA GASTRINTESTINAL

CONCEITO: É a introdução do medicamento através da sonda gástrica.

Procedimentos e Cuidados Específicos

1. Colocar o paciente em posição elevada para evitar aspiração, exceto quando contra-indicado.

2. Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio e aspiração do suco gástrico.

VIA GÁSTRICA

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR

VIA GASTRINTESTINAL

É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso.

Observações

- Colocar o paciente em decúbito lateral expondo somente a área necessária para a introdução do medicamento.

- Afastar a prega interglútea, com auxílio do papel higiênico, para melhor visualização do ânus.

- Lubrificar as extremidades de sondas quando estas forem utilizadas.

- Introduzir o produto além do esfíncter anal delicadamente.

- O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio, desde que seja esclarecido e orientado.

- Em se tratando de criança, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório.

VIA RETAL

CONCEITO

É a introdução e absorção de medicamentos

no canal vaginal. O medicamento pode ser

introduzido sob a forma de:

1. Tampões, supositórios, comprimidos.

2. Óvulos.

3. Lavagens e irrigação.

4. Cremes ou gel.

VIA VAGINAL

CONCEITO

É a aplicação de medicamentos na pele. Sua

ação pode ser local ou geral. Ex.: pomadas, anti-

sépticos.

OBJETIVO

Obter ação local, principalmente, e sistêmica,

eventualmente

VIA TÓPICA

CONCEITO

Consiste em levar à mucosa nasal um

medicamento líquido. Com a finalidade de facilitar

a drenagem de secreções e a aeração.

É a aplicação de colírio ou pomada na

conjuntiva ocular.

VIA NASAL

VIA OCULAR

CONCEITO

É a introdução de medicamento no canal

auditivo.

OBJETIVOS

Prevenir ou tratar processos inflamatórios e

infecciosos.

Facilitar a saída do cerúmen e corpo estranho.

VIA AURICULAR

CONCEITO

É a administração de um agente terapêutico por outra via que não seja a do trato alimentar (aparelho digestivo).

Vantagens Absorção mais rápida e completa.

Maior precisão em determinar a dose desejada.

Obtenção de resultados mais seguros.

Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos.

VIA PARENTERAL

Conceito

É a introdução de pequena quantidade de medicamento entre a pele e o tecido subcutâneo

Finalidade

Teste de sensibilidade alérgica e aplicação de vacinas.

A angulação da agulha deve ser mínima com relação ao tecido.

Área de aplicação

Na face interna do antebraço ou região escapular, locais

onde a pilosidade é menor e oferece acesso fácil à leitura

da reação aos alérgenos.

A vacina BCG intradérmíca é aplicada na área de

inserção inferior do deltóide direito.

Volume suportado

Até 0,5ml

VIA INTRADÉRMICA (ID)

Conceito

É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme.

Finalidade

Terapêutica lenta, contínua e segura pela tela subcutânea.

A angulação da agulha deve ser de 45° com relação ao tecido.

Certas vacinas, drogas como a insulina têm indicação

específica por esta via.

Volume suportado

Até 2ml

VIA SUBCUTÂNEO

ÁREAS DE APLICAÇÃO

Os locais mais adequados para aplicação são aqueles

afastados das articulações nervos e grandes vasos

sanguíneos :

- partes externas e superiores dos braços;

- laterais e frontais das coxas;

- Região abdominal;

- costas (logo acima da cintura).

VIA SUBCUTÂNEO

É a introdução de medicamentos nas camadas

musculares, com finalidade terapêutica de efeito relativamente

rápido.

Por ser um procedimento invasivo, os seguintes aspectos devem

ser avaliados:

Volume a ser injetado;

Medicação a ser administrada;

Técnica de administração;

Seleção do local e dispositivos;

Idade do paciente, entre outros.

1. Conceito:

Administração de medicamentos por via

intramuscular

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

a) Músculo Vasto lateral:

Músculo localizado na região antero-

lateral da coxa, não se evidenciando nessa

região grandes vasos sanguíneos e nervos.

É o local de escolha para aplicar injeções

IM nos lactentes, já que representa a maior

massa muscular dessa faixa etária.

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

a) Músculo Vasto lateral:

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

b) Região Glútea: ÁREA VENTRO-GLUTEA

É localizado colocando-se a palma da mão esquerda no

quadril direito do paciente e localizar com o dedo indicador

a espinha ilíaca ântero-posterior.

Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca,

espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do

fêmur. A injeção é aplicada no centro do V formado pelos

dedos indicador e médio.

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

b) Região Glútea: ÁREA VENTRO-GLUTEA

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

b) Região Glútea: ÁREA VENTRO-GLUTEA

O paciente pode ajudar a relaxar o músculo direcionando os

dedos do pé para dentro ao adotar o decúbito ventral, para

auxiliar a redução da dor.

É um excelente local para aplicação de injeções

intramusculares, pois não há grandes vasos sangüíneos que

podem ser lesados e seu tecido adiposo é menos espesso que o

do glúteo.

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

b) Região Glútea: ÁREA VENTRO-GLUTEA

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

b) Região Glútea: ÁREA DORSO-GLUTEA

O paciente deve ser colocado

em decúbito ventral em uma

superfície plana. O local é

delimitado desenhando-se uma

linha imaginária que vai da

espinha ilíaca póstero-superior até

o trocanter maior do fêmur.

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

b) Região Glútea: ÁREA DORSO-GLUTEA

É contra-indicada em crianças que não deambulam até

pelo menos 1 ano.

O quadrante lateral-superior do glúteo é uma região muito

ampla e que contém vasos e nervos na sua porção medial, que

poderiam se lesados.

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

b) Região Glútea: ÁREA DORSO-GLUTEA

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

c) Músculo Deltóide

O local da injeção no deltóide é

identificado traçando-se uma linha

imaginária através das axilas.

O músculo deltóide é um músculo

pequeno, com vasos e nervos que

devido a sua superficialidade tem

maior probabilidade de serem

lesados.

2. Locais para administração

IM:

Administração de medicamentos por via intramuscular

c) Músculo Deltóide

3. Tamanho da seringa e Volume do

medicamento

VOLUME

O volume máximo a ser injetado tem sido baseado no

tamanho do músculo, composição, oleosidade e tolerância do

paciente.

Existem evidências que a utilização de volumes menores

auxilia a absorção e diminui reações adversas ao medicamento.

Em adultos, recomenda-se dividir em 2 injeções a dose

volumes que excedem 3 ml.

TAMANHO DA SERINGA

Quanto ao tamanho da seringa, esta deve ser compatível

com o volume do medicamento a ser administrado.

Administração de medicamentos por via intramuscular

4. Comprimento da

agulha

É necessário considerar o tipo de medicamento, o volume de

solução e o músculo selecionado.

Administração de medicamentos por via intramuscular

4. Comprimento da

agulha

É necessário considerar o tipo de medicamento, o volume de

solução e o músculo selecionado.

Administração de medicamentos por via intramuscular

5. Particularidades quanto a técnica de

administração

Pacientes idosos e edemaciados: apresentam menor

massa muscular.

Prega na pele: o pinçamento do músculo, pode auxiliar

durante o procedimento, em pacientes idosos e edemaciados ou

que tenham pouca massa muscular, expondo melhor o músculo

para a injeção.

No entanto, esta técnica aumenta o risco do medicamento

ser administrado no subcutâneo, principalmente, quando uma

agulha menor estiver sendo utilizada.

Administração de medicamentos por via intramuscular

5. Particularidades quanto a técnica de

administração

Técnica Z: reduz a dor e o escape da medicação no local da

entrada da agulha.

A técnica consiste em: esticar a pele para baixo ou para o

lado do local onde se pretende aplicar a injeção, até o final da

administração do medicamento.

Esta ação move os tecidos cutâneo e subcutâneo por

aproximadamente 1 a 2 cm. Após a retirada da agulha a pele é

liberada de modo que volte a posição inicial, cobrindo o orifício

de entrada da agulha e impedindo a saída do líquido injetado.

Administração de medicamentos por via intramuscular

5. Particularidades quanto a técnica de

administração

Ângulo de aplicação: as aplicações IM devem ser

realizadas em ângulo de 90ᴼ a fim de garantir que a agulha

atinja o músculo, reduzindo dessa maneira a dor.

Aspiração: após a injeção no músculo, deve-se proceder a

aspiração antes da administração.

Quando a agulha é erroneamente posicionada em um vaso

sanguíneo, o medicamento pode ser administrado pela via

intravenosa, podendo causar um êmbolo, como resultado dos

componentes químicos do fármaco injetado. Em caso de retorno

venosos, a seringa deve ser descartada e o medicamento deve

ser preparado novamente.

Administração de medicamentos por via intramuscular

5. Particularidades quanto a técnica de

administração

Velocidade: a injeção do medicamento deve ser feita a uma

velocidade de 1 ml a cada dez segundos. Essa velocidade tempo

à fibras musculares para que se expandam e absorvam a

solução.

Compressão local: deve-se aplicar leve compressão local

uma vez que a massagem pode ocasionar o escape o fármaco do

local de aplicação para o tecido circunvizinho, irritando-o.

Administração de medicamentos por via intramuscular

6. Complicações

Lesões causadas pela ação mecânica da agulha: causam

trauma direto no nervo, contração do membro secundária a

reação local e dano direto fibra nervosa pela neurotoxicidade

química do agente introduzido. Os pacientes podem nestes

casos podem tornarem-se portadores de paralisia e

apresentarem alteração da sensibilidade de membros, além de

diminuição da força motora.

Administração de medicamentos por via intramuscular

6. Complicações

Volume maior que o determinado como limite for

injetado: poderá comprimir vasos e nervos decorrendo em dor

e aumento da temperatura local, hiperemia, além de outras

reações mais graves como necrose e alteração da sensibilidade e

mobilidade do membro.

Injeções repetidas em um mesmo local: aumentam a

probabilidade de reações tanto pela invasão mecânica da agulha

quanto pelas características e volume da medicação depositada

no músculo. O rodízio de locais de aplicação poupa o paciente

evitando dores e hematomas causados por repetidas injeções em

uma mesma região.

Administração de medicamentos por via intramuscular

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO.

Administração de medicamentos por via intramuscular. São Paulo,

2010.

MENESES, A. S.; MARQUES I. R. - Proposta de um modelo de

delimitação geométrica para a injeção ventro-glútea. Revista

Brasileira de Enfermagem, Brasília, v.60, n.5, set./out. 2007.

RANGEL, S. M; CASSIANI, S. H. De B. Administração de

medicamentos injetáveis por via intramuscular: conhecimento

dos ocupacionais de farmácias. Rev.Esc.Enf.USP, v. 34, n. 2,

p..138-44, jun. 2000.

BIBLIOGRAFIA

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