A CRÍTICA LITERÁRIAhistoriografia das letras no Brasil. Escreveu HISTÓRIA DA LITERATURA...

Preview:

Citation preview

A CRÍTICA LITERÁRIA

DINO CAVALCANTE

As Raízes da Crítica Literária

• Guilherme de Schlegel (Alemanha)

> Diferenciou a estética clássica da

estética romântica. Definiu as

características da estética romântica.

Traçou o perfil ideal do poeta romântico.

> O clássico é uma literatura de nobre

para nobres. Ao contrário o Romantismo

repousa sobre a poesia eterna dos povos.

Madame de Stäel

• Madame de Stäel (Alemanha)

> Difundiu amplamente as ideias de

Schlegel. Pregava a supremacia da

emoção sobre a razão nos escritos

românticos.

> Através dela, muitos escritores tomavam

conhecimento dessa distinção entre

clássicos e românticos.

Chateaubriand (França)

> Leva mais longe as ideias de Schlegel.

Considera a religião cristã o principal fator

de grandeza das obras de arte. Valorizou

o passado medieval. Através de Atala

(1801) e René (1802), exemplificava

concretamente a força poética e psicológica

da angústia interior e da vida Primitiva

Ferdinand Denis (Franco-brasileiro)

• > Aplicou com grande acuidade, no Brasil,

certos princípios da então jovem teoria

romântica, analisando obras de alguns

escritores (e teóricos): Schlegel, Madame

de Stäel, Chateaubriand, entre outros.

• Residiu no Brasil entre 1816 e 1820,

escrevendo abundantemente sobre Brasil,

África e Portugal. Propôs que os autores

deveriam voltar para o lugar em que

residiam, escrevendo sobre a natureza, os

índios, os costumes, enfim, uma literatura

adequada ao gênio de seu povo.

• Os sentimentos dominantes na literatura

devem ser o nacionalismo e o indianismo.

• Discurso sobre a História da literatura Brasileira

• Filosofia da Religião

• Os Indígenas do Brasil perante a História

(Niterói)

• Para ele, a literatura é expressão de um

povo, por isso cada “povo tem sua

literatura própria como cada homem tem

seu caráter particular”.

• Propõe que seja estuda a literatura

brasileira sem ideologias e partidarismo,

englobando aqueles que produziram

obras clássicas ou não-clássicas.

Pereira da Silva

• Estudos sobre Literatura (Niterói)

• Para o autor, o Brasil, como um país novo,

deve manifestar literatura própria, o que

antes de mais nada depende de se rejeitar

a imitação clássica para ouvir as

inspirações locais.

Joaquim Norberto

• Foi talvez a figura central da crítica romântica, pela operosidade e pela constância com que se dedicou ao estudo de nossa história literária.

• A exemplo de Magalhães, assinala a capacidade poética dos índios e chega a considerá-los iniciadores de nossa literatura, fundando-se vagamente em cantos recolhidos ou aproveitados pelos catequizadores.

• A Norberto devemos ainda a primeira

tentativa de distinguir períodos

configurados em nosso passado literário;

divisões na maioria mecânicas, mas que,

em todo caso, representam um começo.

• Francisco Sotero dos Reis (São Luís do

Maranhão, 1800 — 1871).

• Deu lume a uma obra estritamente

vinculada a assuntos filológicos; suas

incursões temáticas sobre a realidade

regional também decorreram num

contexto de lutas políticas acirradas e

instituintes do jovem Estado Nacional e de

uma província inicialmente refratária às

proposições separatistas do Brasil.

• Obras:

• (A)Postilas de gramática geral aplicada à

língua portuguesa pela análise dos

clássicos (1862)

• Gramática portuguesa (1866)

• Curso de literatura portuguesa e brasileira

(1866-1868)

• Sotero dos Reis elabora uma história

(mais biográfica que crítica) dos autores

portugueses e brasileiros, com um intuito

bastante didático, dando mais ênfase aos

portugueses que aos brasileiros.

• Para o ilustre maranhense, a literatura é a

expressão da sociedade.

• Classifica a literatura em três tipos:

• a) Clássica;

• b) Romântica;

• c) Bíblica.

Antônio Henriques Leal

Pantheon Maranhense

• Pantheon Maranhense: Ensaios

Biographicos Dos Maranhenses

Illustres Ja Fallecidos

A CRÍTICA LITERÁRIA

NO SÉCULO XIX

JOSÉ DE ALENCAR, 1856

Escreve cartas sobre A Confederação dos

Tamoios, epopeia de Gonçalves de

Magalhães.

Essas cartas, mais tarde publicadas em

livro, constituem uma fonte de crítica

literária romântica.

• Nos anos 70, Távora escreve uma série

de cartas em que critica duramente a

forma como José de Alencar compõe seus

romances. Para ele, o autor de Iracema

era um escritor de gabinete. Sobre O

Gaúcho, Távora diz que o autor não

conhecia nada da paisagem do Rio

Grande.

• Machado de Assis foi um dos mais fecundos e respeitados críticos literários do Brasil no século XIX.

• Em 1875, Nabuco trava, no Jornal O Globo, com José de Alencar, uma das polêmicas mais conhecidas da história da literatura brasileira.

• Alencar revida aos ataques de Nabuco,

defendendo a sua obra literária.

• Tristão de Alencar Araripe Júnior foi um

crítico militante do século XIX.

• Sua obra crítica, dispersa pelos

periódicos, desde os tempos do Ceará, só

em parte foi publicada em livro, durante

sua vida, tendo sido reunida e organizada

por Afrânio Coutinho em Obra crítica de

Araripe Júnior, em cinco volumes,

publicados entre 1958 e 1966.

• José Veríssimo Dias de Matos (Óbidos, 8

de abril de 1857 — Rio de Janeiro, 2 de

dezembro de 1916

• Afiliado ao Naturalismo, foi um dos

expoentes na crítica literária e na

historiografia das letras no Brasil.

Escreveu HISTÓRIA DA LITERATURA

BRASILEIRA. Como educador, teceu

importantes análises sobre os problemas

do sistema educacional do país na jovem

República, herdeira de problemas como a

recente escravidão, e tantos outros.

• Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos

Romero (Lagarto, Sergipe, 21 de abril de

1851 — 18 de junho de 1914) foi crítico

literário, ensaísta, poeta, filósofo,

professor e político.

• Sílvio Romero cursou a Faculdade de

Direito do Recife, entre 1868 e 1873. Na

década de 1870 colaborou, como crítico

literário, em vários periódicos

pernambucanos e cariocas.

• A maior obra é:

HISTÓRIA DA

LITERATURA BRASILEIRA

(em 5 volumes)

A CRÍTICA LITERÁRIA

NO SÉCULO XX

AGRIPPINO GRIECO

ALCEU AMOROSO LIMA

(Tristão de Ataide)

Mário de Andrade

ANTÔNIO CANDIDO

• Crítica sociológica

• Do Cortiço a Cortiço

• Dialética da Malandragem (Memórias de

um Sargento de Milícias)

DÉCIO DE ALMEIDA PRADO

• A visão sobre o teatro brasileiro

• A crítica teatral:

- João Caetano;

- Martins Pena;

- Arthur Azevedo;

WILSON MARTINS

• História da Inteligência Brasileira

ROBERTO SCHWARZ

ROBERTO SCHWARZ

• A Crítica Sócio-Histórico-Política

(Marxista):

Um Mestre na Periferia do Capitalismo:

Harold Bloom (EUA)