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Peça jurídica
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SERAFIM – ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA
MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472______________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CÍVEL DA COMARCA DA
SERRA/ES.
Bem-aventurados os que observam a justiça...
(Salmos 106:3)
ANDERSON SILVA DE CARVALHO ME (SHALON MARCENARIA), empresa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ sob o n° 12.526.191/0001-09, com endereço na Rua Monte do
Caparaó, nº 08, Bairro Colina de Laranjeiras, CEP: 29.167-106 - Serra - ES, por seu advogado,
com escritório descrito no rodapé da página, onde recebe as intimações e notificações de
praxe, vêm com todo o acato e respeito à honrada presença de V. Exa., com supedâneo nos
artigos 585 e 614, ambos do CPC, combinado com os artigos 47 e 48, ambos da lei 7.357/85,
ajuizar a presente
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL
em face de JESSYCA GARCIA DE AMORIM, brasileira, casada, do lar, portador da Cédula de
Identidade RG n.º 1313900 SSP ES, inscrito no CPF sob o n.º 081.551.997-46, residente e
domiciliada na Rua Onze, nº 16, Bairro: Maringá, Serra/ES CEP: 29168-328, pelos fatos e
fundamentos que passa a expor:
Rua Constante Sodré, nº 220 Vitória/ES www.marceloserafim.jud.adv.br Sala 403, Bairro: Santa Lúcia 3022-1841 / 99778-6930 marceloserafim.adv@gmail.com
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I – DOS FATOS
Ab initio convém esthesir que, os executados emitiram os seguintes cheques para o
exequente, em função de pagamento de confecções adquiridas com o exequente, e que insta
frisar, não foram compensados. São estes:
Cheque nº 000060, Valor: R$ 450,00 / Cheque nº SA-000033, Valor: R$ 321,00 / Cheque nº SA-
000026, Valor: R$ 450,00 / Cheque nº SA-000027, Valor: R$ 450,00 / Cheque nº 000044, Valor:
R$ 473,60 / Cheque nº 000057, Valor: R$ 304,00 / Cheque nº 000059, Valor: R$ 304,00 /
Cheque nº 000043, Valor: R$ 473,60 / Cheque nº 000056, Valor: R$ 304,00 / Cheque nº
000045, Valor: R$ 473,60 / Cheque nº 000058, Valor: R$ 304,00.
Quadra registrar que, todos os cheques supra, quando de sua apresentação não foram
compensados, pela ausência de fundos, conforme afirmado alhures. Todavia, o exequente
ainda tentou obter êxito na satisfação do crédito a que faz jus junto aos executados, sem
contudo lograr êxito.
II - DA MEMÓRIA DISCRIMINADA E ATUALIZADA DO DÉBITO - ART. 614, II, DO CPC.
Ab initio impende ressaltar que, outra alternativa não restou ao exequente senão a
propositura da presente execução. Ademais, conforme memória discriminada de cálculo infra,
os executados devem ao exequente a importância original de R$ 7.398,01, valor esse,
atualizado e acrescido dos juros legais.
Valor do Principal em 25/01/2014 4.307,80
Fator de correção monetária do TJ/ES de
25/01/2014 a 30/07/2014
1,0378744694
Juros do Código Civil a partir de 25/01/2014
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Honorários Advocatícios sobre o Débito 15%
Multa sobre o Débito 10%
Principal corrigido R$ 4.470,96
Juros do Código Civil do Período (6,17%) R$ 275,71
Valor atualizado até 30/07/2014 R$ 4.746,67
Multa de 10% sobre o Principal Corrigido R$ 447,10
Subtotal 1 R$ 5.193,77
Total 1 (DÉBITO ATUALIZADO) R$ 5.193,77
Honorários de 15% s/ o Débito
Atualizado
R$ 779,06
Total 2 (HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS) R$ 779,06
Total Geral R$ 5.972,83
Importante mencionar que, a correção monetária foi efetuada sobre o valor na data de
emissão do título, e foi calculada de acordo com o INPC/IBGE, nesse diapasão, aplica-se a
correção monetária desde a data de emissão do título extrajudicial in quaestio, conforme
entendimento predominante em nossos Tribunais:
CHEQUE. CONTA ENCERRADA. PRESCRIÇÃO DA EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. MERA RECOMPOSIÇÃO DO
VALOR DA MOEDA. INCIDÊNCIA A PARTIR DA EMISSÃO DA CAMBIAL E
NÃO DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. Não se podendo entender como
uma penalidade, mas apenas a recomposição do valor da moeda
desvalorizada pela inflação, a correção monetária deve incidir a contar
da emissão do cheque, ainda que prescrito1...
1 Apelação cível n. 97.008124-3, de Balneário Camboriú, rel. Des. Carlos Prudêncio, Primeira Câmara Civil, j. 26.08.97.Rua Constante Sodré, nº 220 Vitória/ES www.marceloserafim.jud.adv.br Sala 403, Bairro: Santa Lúcia 3022-1841 / 99778-6930 marceloserafim.adv@gmail.com
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II – DO DIREITO
Ab initio, impende ressaltar que, a Lei Civil Adjetiva pátria, a respeito do inadimplemento das
obrigações preceitua:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e
danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação positiva e líquida, no seu
termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante
interpelação judicial ou extrajudicial.
Portanto Excelência, o incluso título creditício preenche todos os requisitos exigidos pelo
Código de Processo Civil, ensejando cobrança através da competente Ação de Execução.
O artigo 585 do CPC, informa:
Art. 585 – São títulos executivos extrajudiciais:
I – a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e
o cheque.
Nesta toada percebe-se que, o texto legal é muito claro no que tange a questão da
executividade do título in quaestio.
Ainda o artigo 614 do CPC determina os requisitos que deverá conter a exordial, vejamos:
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do
devedor e instruir a petição inicial:
I - com o título executivo extrajudicial;
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II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura
da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo
(art. 572).
É de ser ver que todas as condições para propositura da presente ação, bem como os
requisitos da inicial estão presentes.
Quanto à legitimidade ativa, vejamos o que dispõe a Lei 7.357, a Lei dos Cheques:
Art. 17 – “O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula
expressa ‘’à ordem’’, é transmissível por via de endosso.
[...]
§ 2º O endosso pode ser feito ao emitente, ou a outro obrigado, que
podem novamente endossar o cheque”.
Por fim os artigos 47 e 48, ambos da lei 7.357/1985 preconizam, verbis:
Art. 47 Pode o portador promover a execução do cheque:
I - contra o emitente e seu avalista;
II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em
tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou
por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com
indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e
datada por câmara de compensação.
§ 1º Qualquer das declarações previstas neste artigo dispensa o
protesto e produz os efeitos deste.
§ 2º Os signatários respondem pelos danos causados por declarações
inexatas.
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§ 3º O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não
comprovar a recusa de pagamento pela forma indicada neste artigo,
perde o direito de execução contra o emitente, se este tinha fundos
disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter, em
razão de fato que não lhe seja imputável.
§ 4º A execução independe do protesto e das declarações previstas
neste artigo, se a apresentação ou o pagamento do cheque são
obstados pelo fato de o sacado ter sido submetido a intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência.
Art. 48 O protesto ou as declarações do artigo anterior devem fazer-se
no lugar de pagamento ou do domicílio do emitente, antes da
expiração do prazo de apresentação. Se esta ocorrer no último dia do
prazo, o protesto ou as declarações podem fazer-se no primeiro dia
útil seguinte.
Quanto à Legitimidade passiva, de acordo com a Lei dos Cheques e o Código de Processo Civil,
respectivamente temos:
Art. 52 – “Portador pode exigir do demandado:
I - a importância do cheque não pago;
II - os juros legais desde o dia da apresentação;
III - as despesas que fez;
Ademais, torna-se de assaz importância mencionar que, andou bem o novel legislador
infraconstitucional ao estatuir no artigo 580 do diploma processual civil o momento adequado
para a propositura da execução do título extrajudicial, senão vejamos, verbis:
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Art. 580. Verificado o inadimplemento do devedor, cabe ao credor
promover a execução.
Parágrafo único. Considera-se inadimplemento o devedor, que não
satisfaz espontaneamente o direito reconhecido pela sentença, ou a
obrigação, a que a lei atribuir a eficácia de título executivo.
Nesta toada, sobreleva mencionar que o Pretório Excelso corrobora o descrito no dispositivo
legal supra. Ilação que se extrai da Súmula 600, senão vejamos, verbis:
SÚMULA 600 DO STF Cabe ação executiva contra o emitente e seus
avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo
legal, desde que não prescrito a ação cambiária.
Portanto, como podemos observar, os títulos em testilha estão em posse do autor da presente
Ação de Execução, tendo ele Legitimidade ativa para cobrá-los. Ante ao exposto não resta
dúvida da legitimidade do exequente para promover a execução.
III - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
A. Requer-se a Concessão do Benefício da Justiça Gratuita, escudando-se nos termos do
art. 2, § único, da Lei nº 1.060/50.
B. Requer-se também a citação dos executados, para que em conjunto paguem, no prazo
de 03 (três) dias, a importância devida, mais juros e correção monetária, que
corresponde até a data da propositura da presente peça processual, a quantia total de
R$ 5.972,83 (cinco mil novecentos e setenta e dois reais e oitenta e três centavos),
conforme planilha de atualização monetária anexa, ou nomeiem bens à penhora,
conforme art. 652 do CPC, sob pena do próprio exequente fazê-lo;
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C. Requer-se de igual forma, caso não sejam encontrados os executados para honrarem o
pagamento, que seja por este mm. Juízo deferido o arresto dos bens deste, pelo oficial
de justiça, em valor suficiente para garantir a presente execução, nos termos do art.
653 do CPC.
D. Requer-se que sejam os executados condenados ao pagamento das custas processuais.
Pugna-se também, sejam condenados os executados ao pagamento de honorários
advocatícios, no importe de 15% sobre o valor corrigido da presente execução;
E. Protesta-se, desde já, provar o alegado por todos os meios de provas permitidas em
direito (arts. 332 a 443 do CPC), inclusive o depoimento pessoal dos executados, sob
pena de confissão, inquirição de testemunhas, juntada, requisição e exibição de
documentos.
Dá-se à causa o valor de R$ 5.972,83 (cinco mil novecentos e setenta e dois reais e oitenta e
três centavos)
Termos em que,
pede e espera deferimento.
Vitória/ES, 25 de Julho de 2014.
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ADVOGADO - OAB/ES 18.472
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