ADUBAÇÃO VERDE DOCENTE: Prof Dr. Salatiér Buzetti DISCENTE: Renato Jaqueto Goes DOCENTE: Prof Dr....

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ADUBAÇÃO VERDE

DOCENTE: Prof Dr. Salatiér Buzetti

DISCENTE: Renato Jaqueto Goes

Ilha Solteira - SP, 17 de Outubro de 2014

SUMÁRIO

Histórico;

Conceito e vantagens da adubação

verde;

Épocas de semeadura;

Escolha da espécie;

FBN em espécies de adubo verde;

Resposta à inoculação e capacidade de

FBN;

Manejo do adubo verde;

Considerações finais.

2

3

HISTÓRICO

Prática milenar utilizada antes da Era

Cristã;

Primeiras observações sobre manejo;

Gregos: uso de favas como adubos

verdes;

Romanos: tremoços, incorporação da

palha;

Período feudal: trevo-vermelho

(Inglaterra);

1794: trabalhos pioneiros (aveia/trevo) –

EUA;

4

1852: catálogo com mais de 50

espécies;

Brasil: D’Utra (1919) – produção e

emprego;

Cerrado: Miyasaka em 1967 primeiro

estudo;

Anos 70: indústria de fertilizantes

minerais;

Atualmente: SPD e agricultura

orgânica

5

Tabela 1. Comparativo de área , produtividade e produção da cultura da soja entre os dez principais Estados produtores.Posição Área (mil

ha)Produtividade (kg

ha-1)Produção (mil

ton)

1º MT (8615,7)

RO (3180) MT (26441,6)

2º PR (5010,4)

RR (3120) PR (14780,7)

3º RS (4939,6)

MT (3069) RS (12867,7)

4º GO (3101,7)

SC (3030) GO (8994,9)

5º MS (2120,0)

PA (3020) MS (6148,0)

6º BA (1312,7)

DF (3000) MG (3327,0)

7º MG (1238,2)

PR (2950) BA (3308,0)

8º SP (751,7) MS (2900) TO (2058,8)

9º TO (748,4) GO (2900) MA (1823,7)

10º PI (627,3) MA (2754) SP (1688,3)

Fonte: Conab (2014)

6

CONCEITO DE ADUBAÇÃO VERDE

O que é adubação verde?

Conforme Calegari et al. (1993) é definida

como uma prática conservacionista pela

qual certas espécies de plantas são

cultivadas e a seguir são incorporadas ou

mantidas na superfície do solo;

7

CONCEITO DE ADUBAÇÃO VERDE

O que é adubação verde?

Uso de determinadas espécies de

plantas;

Sistema de rotação ou consórcio;

Incorporadas ou não no solo;

Adição de resíduos no solo.

8

CONCEITO DE ADUBAÇÃO VERDE

Exemplos:

Fonte: www.rehagro.com.br

Fonte: http://www.catalogosnt.cnptia.embrapa.br/r

9

CONCEITO DE ADUBAÇÃO VERDE

• Plantas Condicionadoras

• Plantas Recicladoras

• Plantas Melhoradoras

Adição de M.O. ao solo(EMBRAPA HORTALIÇAS)

Sistema radicular profundo e ramificado explorar

camadas sub-superficiais, promovem a ciclagem de

nutrientes(EMBRAPA HORTALIÇAS)

São aquelas que proporcionam melhorias

nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo

(BORGES et al, s/d)

10

ALTERAÇÕES Físicas:

hhhhhhhhh

ALTERAÇÕESTabela 2. Teores de matéria orgânica dos diversos tratamentos e taxa de decomposição dos adubos verdes

Figura 1. Energia cinética (EC) necessária para destruir agregados (a) e diâmetro médio geométrico (DMG) dos agregados (b) para o sistema de manejo estudados (CN = cerrado nativo, BA = braquiária, MP= mucuna-preta, CJ = crotalária, FP = feijão-de-porco, G = guandú)

SILVA et al., 1998

12

ALTERAÇÕES

> teores de MO

> resistência ao impacto as gotas de

chuva

> estabilidade dos agregados

Figura 2. Relação entre teor de matéria orgânica (MO) e energia cinética (EC) necessária para destruir agregados (a) e diâmetro médio geométrico (DMG) dos agregados (b) .

13

ALTERAÇÕES Químicas: nutrientes e água

14

ALTERAÇÕES

Fonte: Delarmelinda et al. (2010)

Tabela 3. Características químicas de um Cambissolo para valores de matéria orgânica (M.O.), pH em água, soma de bases (SB), capacidade de troca de cátions (T), saturação por bases (V%) sob diferentes espécies de leguminosas.

15

ALTERAÇÕES

Fonte: Gitti et al. (2012)

Tabela 4. Valores médios da matéria seca das coberturas vegetais (MSCV), teor de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) total acumulado na massa seca das coberturas vegetais cultivadas anteriormente ao arroz de terras altas no sistema plantio direto. Selvíria, (MS), 2012.

16

ALTERAÇÕES

Biológicas:

• Aumento da atividade biológica;

• Incremento dos exsudados radiculares;

• Crescimento da população da macrofauna, mesofauna e das micorrizas;

• FBN;

• associação com fungos micorrízicos.

ALTERAÇÕES

Tabela 5. Fator de multiplicação (Pf/Pi) de Meloidogyne javanica e Pratylenchus braquyurus em adubos verdes (66 e 63 dias após a inoculação, respectivamente).

Fonte: Inomoto et al. (2006)

ALTERAÇÕESTabela 6. Fator de multiplicação (Pf/Pi) de

Pratylenchus braquyurus em dez espécies vegetais e nos padrões de susceptibilidade (soja) e resistência (tagetes)

Fonte: MOTTA et al. (2005)

ALTERAÇÕES

Fonte: Mateus e Wutke (2006)

Tabela 7. Potencialidade de fixação de nitrogênio por leguminosas utilizadas como adubo verde

Tratamentos Esporos2

(no/50 mL de solo)Colonização3

(%)Propágulos

infectivos após pré-cultivo

Pré-cultivo Batata Pré-

cultivo Batata (no/100 g de solo)

Crotalária 417 Bab 871 Aa 24,1 ab 21,3 ab 117 (55-250)4

Feijão-de-porco 346 Bb 896 Aa 17,8 b 19,9 abc 90 (43-193)

Guandu 270 Bb 717 Aa 19,5 b 17,3 bc 30 (14-65)

Mucuna-preta 475 Bab 887 Aa 27,8 a 25,8 a 118 (56-253)

Vegetação espontânea 609 Ba 910 Aa 21,6 ab 20,8 ab 73 (35-156)

Ausência de vegetação 305 Bb 850 Aa -- 14,2 c 29 (14-62)

Tabela 8. Número de esporos, taxa de colonização radicular e número de propágulos infectivos dos fungos MA indígenas nos momentos do corte das leguminosas e da colheita da batata-doce1.

1 Médias seguidas pela mesma letra, maiúsculas nas linhas (entre épocas de coleta) e minúsculas nas colunas (entre tratamentos), não diferem entre si (p < 0,05) pelo teste de Tukey.2 Valores originais foram transformados pela equação: número de esporos = (x + 1)0,5.3 Valores originais foram tranformados pela equação: taxa de colonização = arc sen (x/100)0,5. 4 Valores entre parentêses representam o intervalo de confiança.

21

ÉPOCAS DE SEMEADURA

Pós-colheita/em sucessão à cultura de

verão:

Produção e manutenção de palhada –

SPD;

Precipitação, fotoperíodo e temperatura;

Mineralização da palhada da cultura;

Operação agrícola adicional.

22

Espécie

N – adubo verde (g kg-1)

N – milho (g kg-1)

1993/1994

1994/1995

1993/1994

1994/1995

Brachiaria ruziziensis

15,3d 10,4d 20,8b 21,5b

Crotalaria juncea 20,8bc 16,8c 23,5ab 24,7ab

Crotalaria ocroleuca 23,5b 20,2bc 23,1ab 25,0ab

Canavalia ensiformis 31,1a 31,1a 24,3a 26,5a

Cajanus cajan 17,9cd 21,5b 25,1a 24,3ab

Mucuna aterrima 28,8a 29,2a 24,5a 24,5ab

Pousio 20,2bc 18,6bc 24,1a 21,9b

Tabela 9. Teor de nitrogênio na parte aérea de adubos verdes semeados em pós-colheita e na de plantas de milho cultivadas em sucessão. Goiânia, GO.

Fonte: Carvalho et al. (1996)

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EspécieMatéria seca (kg ha-1)

1993/1994 1994/1995

Brachiaria ruziziensis 6450b 2800f

Crotalaria juncea 5975b 6925a

Crotalária ocroleuca 5900b 4312d

Canavalia ensiformis 8287a 4100e

Cajanus cajan 8950a 4500c

Mucuna aterrima 8562a 6100b

Pousio 5937b 2153g

Tabela 10. Produtividade de matéria seca de diferentes espécies de adubos verdes semeadas na entressafra. Goiânia, GO.

Fonte: Carvalho et al. (1996)

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EspécieProdutividade (kg ha-1)

1993/1994 1994/1995

Brachiaria ruziziensis 6936a 6940c

Crotalaria juncea 8919a 8006abc

Crotalária ocroleuca 8541a 7832abc

Canavalia ensiformis 7738a 8588a

Cajanus cajan 7755a 8324ab

Mucuna aterrima 7271a 7751abc

Pousio 7211a 7272bc

Tabela 11. Produtividade de milho, cultivado em sequência a diferentes espécies de adubos verdes. Goiânia, GO.

Fonte: Carvalho et al. (1996)

25

ÉPOCAS DE SEMEADURA

Semeadura em consórcio:

Condições favoráveis ao

desenvolvimento;

Desenvolvimento inicial lento do adubo

verde;

Adubo verde + cultura comercial =

fitomassa;

Associação de leguminosas e

gramíneas;

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ÉPOCAS DE SEMEADURA

Semeadura em consórcio:

Figura 3. Consórcio milho + guandu anão.

Figura 4. Consórcio milho + crotalária.

Fonte: Embrapa (2010)

27

Tabela 12. Altura de inserção de espigas, número de espigas por planta e produtividade de grãos do milho em sistema solteiro e consorciado com leguminosas.

Fonte: Embrapa (2010)

28

Tabela 13. Altura de inserção de espigas, número de espigas por planta e produtividade de grãos do milho em sistema solteiro e consorciado com guandu-anão e Brachiaria brizantha.

Fonte: Embrapa (2010)

29

Fonte: Embrapa (2010)

Tabela 14. Massa de matéria seca de guandu-anão e crotalária cultivados em consórcio com o milho no momento da colheita

30Fonte: Embrapa (2010)

Tabela 15. Massa de matéria seca de guandu, crotalária e Brachiaria brizantha consorciados com milho.

31Fonte: Embrapa (2010)

Tabela 16. Teores de carbono e nitrogênio na palhada na época de semeadura do feijão cultivado em sucessão à palhada de milho e de leguminosas

32

ÉPOCAS DE SEMEADURA

Semeadura antecedendo a cultura principal:

Espécies com ciclos curtos;

Alta produção de matéria seca;

33

ESCOLHA DA ESPÉCIE

Rápido crescimento e alta produção de palha;

Disponibilidade de sementes no mercado;

Sementes pequenas e sem dormência;

Ciclo curto;

Não ser hospedeira de nematóides;

Leguminosas – fixar nitrogênio;

Rusticidade contra pragas e doenças.

34

Aveia-preta;

Crotalárias;

Feijão-bravo-do-Ceará;

Feijão-de-porco;

Guandu;

Labe-labe;

Milheto;

Mucunas;

Nabo forrageiro;

NÃO EXISTE ADUBO VERDE IDEAL

35

Aveia-preta (Avena strigosa):

Planta anual difundida no sul do Brasil;

Apresenta viabilidade para o Cerrado;

Uso como forrageira ou cobertura de solo;

Melhoramento cultivares para regiões

quentes;

Fitomassa: Grãos leitosos.

36

37

Espécie N P K Ca Mg S

Arroz 27-35 1,8-3,0

13-30 2,5-10 1,5-5,0

1,4-3,0

Aveia 20-30 2,0-5,0

15-30 2,5-5,0 1,5-5,0

1,5-4,0

Centeio 25-35 2,0-5,0

19-23 2,5-6,0 1,5-5,0

1,5-5,0

Cevada 17-30 2,0-5,0

15-30 2,5-6,0 1,5-5,0

1,5-4,0

Milho 27-35 2,0-4,0

17-35 2,5-8,0 1,5-5,0

1,5-3,0

Sorgo 25-35 2,0-4,0

14-25 2,5-6,0 1,5-5,0

1,5-3,0

Trigo 20-34 2,1-3,3

15-30 2,5-10,0

1,5-5,0

1,5-3,0

Tabela 17. Faixa de teores adequados (g kg-1) de macronutrientes em folhas de cereais.

Fonte: Raij et al. (1997)

38

Figura 5. Taxa diária de liberação dos macronutrientes da palhada de aveia-preta em função do tempo após o manejo da fitomassa.

Fonte: Crusciol et al. (2008)

39

Crotalárias

40

Crotalária juncea (Crotalaria juncea L.)

Espécie sensível ao fotoperíodo;

Apresenta elevado potencial de biomassa;

Nodula com as espécies nativas de rizóbio;

Rápido crescimento inicial;

Limitações:

Fusarium sp. e Ceratocystes frimbiata

41

Crotalária ocroleuca (Crotalaria ochroleuca G. don):

Sensibilidade ao fotoperíodo;

Potencial de fitomassa menor que C. juncea;

Efeito supressor em Digitaria spp. e

Cynodon spp.;

Menos exigente em solo que C. juncea;

Reduz a população de Meloydogine javanica;

Hospedeira de nematóide do cisto;

42

Crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis Roth):

Controle de nematóides e ciclo curto;

Pode ser consorciada com milho;

Atrai mamangaba;

Não se adapta à entressafra;

Produz poucas sementes

43

EspéciesN P K Ca Mg S Cu Zn Mn

kg ha-1 g ha-1

C. juncea 443 31,7 216 202 58 28 121 464 366

C. ocroleuca 525 41,1 349 123 57 30 148,5 700 540

C. spectabilis 420,2 29,8 362,1 236,9 49,2 25,3 163,9 411,2 293,5

Tabela 18. Quantidade de N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn e Mn absorvidas em espécies de crotalária.

Fonte: Carvalho et al. (1999)

44

Feijão-bravo-do-Ceará (Canavalia brasiliensis Mart e Benth):

Destaca-se pela resistência à seca;

Permanece verde o ano todo;

Baixa sensibilidade ao fotoperíodo;

Apresenta capacidade de rebrota;

Tolera a baixa fertilidade do solo e o Al;

Recomenda-se inoculação com rizóbio;

45

Feijão-bravo-do-Ceará (Canavalia brasiliensis Mart e Benth):

46

Feijão-de-porco [Canavalia ensiformes (L.) DC.]:

Não apresenta sensibilidade ao fotoperíodo;

Recomendada para a entressafra;

Muito associada à culturas perenes;

Gasto com sementes: 100 a 150 kg ha-1;

Limitações:

Vaquinha (Diabrotica speciosa); Hospedeiro da mosca-branca (Bemisia

tabaci); Suscetibilidade a viroses

47

48

Guandu [Cajanus cajan (L.)]:

Possui sensibilidade ao fotoperíodo;

Possibilidade de consórcio com milho;

Sistema radicular profundo;

Alimentação animal e humana;

Limitações:

Fusarium sp.; Ferrugem; Phytophtora; Heliothis virescens; Carunchos

49

50

Labe-labe (Dolichos lablab L.):

Possui sensibilidade ao fotoperíodo;

Indicada para intercalar culturas

perenes;

Apresenta nodulação eficiente;

Limitações:

Cerotoma spp.; Diabrotica speciosa Nematóides (Meloydogine spp.)

51

52

Milheto [Pennisetum glaucum (L.) R. Brown]:

Início como cobertura em SPD;

Tolerante à seca raízes profundas;

N (12,8 g kg-1), P (0,9 g kg-1) e K (33,5 g kg-1);

Meloydogine javanica e M. incognita;

Precaução: época de manejo da fitomassa

53

54

Mucunas

55

M. aterrima: Mais difundida no Cerrado

(sementes);

Suporta sombreamento;

Tolera o déficit hídrico;

Insensível ao fotoperíodo;

Adapta-se ao consórcio com milho e perenes;

Limitações:

Suscetibilidade à viroses e cercosporiose;

Meloidogyne incognita

56

Nabo forrageiro (Raphanus sativus):

Controle de plantas daninhas;

Sistema radicular agressivo;

Não apresenta problemas de pragas e

doenças;

Limitação: não associa-se a FMA’s

57

58

FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO EM ESPÉCIES DE ADUBO VERDE

N: deficiência comum nos solos agrícolas;

Inserção do adubo verde absorção do N;

Sincronia entre a liberação e demanda da

cultura;

59

Figura 6. Proporção de nitrogênio nos diferentes estádios fenológicos e órgãos.

60

RESPOSTA À INOCULAÇÃO E CAPACIDADE DE FBN EM ADUBOS

VERDES

Populações nativas de Rhizobium (106

células g-1);

Abundância de leguminosas nesse bioma;

Interação estirpes nativas x leguminosas;

São escassas as respostas à inoculação;

61

Espécie

Massa de nódulos

(mg planta-1)

Número de nódulos

(unidades planta-

1)

1993/94 1994/95

1993/94 1994/95

Cajanus cajan 96,7 b 37,7 c 9,50 b 5,00 d

Canavalia ensiformis

84,9 b 179,9 b 5,70 b 20,25 bc

Crotalaria juncea 45,8 b 66,1 c 20,60 a 26,25 ab

Crotalaria ochroleuca

85,7 b 62,9 c 27,15 a 12,50 cd

Mucuna aterrima 811,4 a 391,0 a 23,30 a 35,50 a

Tabela 19. Massa e número de nódulos de diferentes espécies condicionadoras de solo cultivados na entressafra. Goiânia, GO.

Fonte: Carvalho et al. (1996)

62

Tabela 20. Quantidade de N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn e Mn absorvidas em espécies de adubos verdes.

Espécies

N P K Ca Mg S Cu Zn Mn

kg ha-1 g ha-1

Feijão-bravo-do-Ceará 62,7 2,7 41,8 71,1 9,9 1,9 24,3 47,5 57,8

Guandu 351 25 254,3 90,5 29,6 9,4 149,8 304,2 371,3

Labe-labe 149,7

15,3

102,9 86,9 21,2 12,

4 44,5 226,3 113,2

Nabo-forrageiro 273 29,2 276 111 38,7 40,

9 40,3 334,3 197,8

Fonte: Carvalho et al. (1999)

63

MANEJO DO ADUBO VERDE

Incorporação ao solo:

Pouco recomendado – impacto da

chuva;

Rápida decomposição da matéria

orgânica;

Desagregação do solo;

Interrompe os benefícios da adubação

verde;

64

MANEJO DO ADUBO VERDE

Arado de aivecas e de discos: 0,4-0,6 ha h-1;

Fonte: www.pirai.com.br

65

MANEJO DO ADUBO VERDE

Gradagem (leve, média, pesada): 1,3 – 1,6

ha h-1;

Fonte: www.pirai.com.br

66

MANEJO DO ADUBO VERDE

Manter na superfície do solo como

palhada:

Protege o solo contra o impacto da chuva;

Efeito mais prolongado dos resíduos;

Maior persistência dos benefícios físico-

químicos;

Controle de plantas daninhas (luz);

Redução da evaporação da água.

67

MANEJO DO ADUBO VERDE

Roçadora:

Fonte: www.pirai.com.br

Simples: 0,5 – 0,8 ha h-

1;

Dupla: 1,0 – 1,2 ha h-1;

Solo nivelado;

Corta em pedaços grandes;

Afiamento das facas;

Pequeno e médio porte.

68

MANEJO DO ADUBO VERDE

Triturador:

Fonte: www.pirai.com.br

1,0 a 1,6 ha h-1;

Largura de trabalho: 2-3 m;

Corte em pedaços adequados;

Facas trabalham acima do solo;

Área de porte médio;

69

MANEJO DO ADUBO VERDE

Rolo-faca:

Fonte: www.pirai.com.br

0,8 a 1,0 ha h-1;

Teor de argila < 20%;

Mobilização do solo;

Distância entre as facas;

Maior permanência de

cobertura;

70

MANEJO DO ADUBO VERDE

Tombador:

Fonte: www.pirai.com.br

2,5 – 3,0 ha h-1;

Poderá gerar

embuchamento;

Sentido da operação;

71

MANEJO DO ADUBO VERDE

Pára-choque:

Fonte: www.pirai.com.br

Tombamento e sulcação;

Problemas com

visibilidade;

Rendimento

operacional;

72

MANEJO DO ADUBO VERDETabela 21. Produtividade de milho cultivado em sucessão à espécies de adubos verdes condicionadoras de solo, em sistema plantio direto e com incorporação. Planaltina, DF.

EspécieIncorpora

doPlantio direto

Médias

kg ha-1

Feijão-bravo-do-Ceará 9623 9198 9410 a

Mucuna-cinza 9001 9445 9223 a

Crotalária ocroleuca 8668 8936 8802 ab

Guandu 7871 8272 8071 bc

Milheto 7703 8362 8032 bc

Nabo-forrageiro 7934 7917 7925 c

Vegetação espontânea 6860 7672 7266 c

Girassol 6868 7596 7232 c

Média 8066 b 8427 aFonte: Carvalho et al. (2000)

73

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os adubos verdes exercem funções

relevantes nos agroecossistemas seja nas

propriedades químicas, físicas e

biológicas do solo;

O fornecimento de matéria orgânica e de

nutrientes pela decomposição dos

resíduos tem impactos relevantes nos

solos de Cerrado;

74

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Objetivo: reestabelecer o equilíbrio químico e

biológico do solo pela escolha da espécie

mais adequda;

Os benefícios não aparecem de imediato

sendo necessário um período para que o

agricultor explore os benefícios da adubação

verde.

75

OBRIGADO!!!

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