Alimentos são itens que mais encareceram na pandemia · 2021. 3. 17. · Carne de porco Alface...

Preview:

Citation preview

(11) 97522-4886

Edição 1121 | 16 de março de 2021

Cícero Firmino (Martinha)

Presidente do Sindicato

dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

Adilson Torres (Sapão)Vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

Março

Mulher

Alimentos são itens que mais encareceram na pandemia

PrEço dE AliMEnToS PrESSionA orçAMEnTo FAMiliAr Óleo de sojaArrozCebolaFeijão pretoBatata inglesaPeitoAcémCarne de porcoAlfaceLinguiça Fonte: IBGE

Ao divulgar o IPCA (Ín-dice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro, considerado a inflação oficial, o IBGE (Ins-tituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística) mostrou como os trabalhadores foram afetados pela alta de preços nos 12 primeiros meses da pandemia do co-ronavírus. Dos 50 itens que mais subiram entre mar-ço/2020 e fevereiro/2021, apenas cinco não são ali-mentos.

Na média, os alimentos subiram 15%, mas o cam-peão da majoração em 2020, o óleo de soja, atin-giu alta de inacreditáveis 87,59%, apesar de o Brasil ser, ao lado dos Estados Unidos, um dos maiores produtores mundiais de soja. Confira no gráfico nesta página o quanto subiram alguns alimentos essenciais na mesa dos tra-balhadores.

Por que inflação não reflete a realidade

Pelos dados do IBGE, a inflação acumulada en-tre março/2020 e feverei-ro/2021 ficou em 5,2%. Infinitamente menor que a perda de poder aquisiti-vo que sentimos no dia a

dia. Um dos motivos é que o IPCA, a inflação oficial, mede a variação de pre-ços para renda familiar de um a 40 salários mínimos. Ou seja, para renda fami-liar que varia de R$ 1.100 a R$ 44.000. Isso significa que inclui milhares de pro-dutos e serviços que não fazem parte do consumo dos trabalhadores e das fa-mílias de baixa renda.

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), índice usado para reajus-te salarial e dos benefícios do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), mede a inflação para renda fami-liar de um a cinco salários mínimos e, em 12 meses, acumula alta de 6,22%, ou 1,02 ponto percentual mais que a inflação oficial.

Auxílio emergencial só volta em abril

Desde que o pagamen-to do auxílio emergencial foi suspenso em dezem-bro, a inflação já acumula alta de 1,1% só nos dois pri-meiros meses deste ano. E a previsão é de que vai con-tinuar a subir atingindo, em breve, até 7% ou mais no acumulado de 12 meses. Agora, o que está pesando

são gás de cozinha e gaso-lina, além da energia elétri-ca, água etc.

Em meio à escalada da inflação e desemprego recorde, afetando princi-palmente a mão de obra informal, o auxílio emer-gencial só voltará a ser pago em abril para menor número de beneficiários, com valor médio de R$ 250 e durante quatro me-ses, enquanto o valor de-fendido pelas centrais sin-dicais é de R$ 600 durante a pandemia.

O pagamento começa-rá pelos beneficiários do Bolsa Família a partir do dia 16 de abril. O governo

Bolsonaro ainda não bai-xou a medida provisória do auxílio emergencial.

Sem combate à pandemia, país vive no marasmo

Com o Brasil mergu-lhado em pandemia des-controlada, além da volta do auxílio emergencial, o Ministério da Economia estuda a recriação de um programa nos moldes da MP 936, porém mexendo no valor do seguro de-semprego (ler matéria na página 2). Ou seja, sem combater a Covid-19 não vamos a lugar nenhum. Para o país sair do maras-mo, vacina já!

Edição 1121 | 16 de março de 2021

Governo infla números de vacinasOs números apresen-

tados pelo agora ex-mi-nistro Eduardo Pazuello, no dia em que seu su-cessor na Saúde, Marcelo Queiroga, foi anunciado, seriam motivos de co-memoração, se forem verdadeiros: o Brasil já teria comprado 545,5 milhões de doses de va-cinas contra a Covid-19 e, até o fim deste semestre, a vacinação de todos os grupos prioritários, de 77 milhões de pessoas, seria concluída.

Menos de 5% da po-pulação vacinada. Com o futuro incerto já que as vacinas a serem dis-ponibilizadas neste mês de março já foram revis-tas para baixo inúmeras vezes, certo mesmo é o total de doses aplicadas em quase dois meses de

imunização. Pouco mais de 10 milhões de pesso-as receberam a primeira dose da vacina. Ou seja, até o momento menos de 5% da população bra-sileira recebeu, ao me-nos, uma dose de vacina.

Enquanto a vacinação não deslancha, cada vez mais Estados e municí-pios adotam medidas de isolamento para tentar conter a Covid-19.

dez meses desas-trosos. Em dez meses à frente do Ministério da Saúde, inicialmente como interino e depois efetivado, o general Pa-zuello colheu resultados tenebrosos. Em 15 de maio de 2020, quando ele assumiu o cargo, o Brasil contabilizava cer-ca de 15.000 mortes em decorrência da Covid-19.

Sem perspectivas de reação da economia no curto prazo devido ao avanço da pandemia e com a adoção de medidas de isolamento em vários Estados, como São Paulo, o Ministério da Economia estuda a recriação da MP 936, que vigorou até o fim do ano passado, para per-mitir a retomada dos acor-dos de redução de jorna-da e salário e suspensão temporária de contratos de trabalho. Além disso, pode dar um prazo maior para as empresas recolhe-

rem o FGTS.Mudanças no seguro

desemprego. Para finan-ciar a possivel reedição do programa, a propos-ta é mudar as regras do seguro desemprego, incluindo a diminuição progressiva do valor das parcelas até atingir o mí-nimo de R$ 1.100.

O estudo inclui ainda prazo maior de carên-cia no segundo e ter-ceiro pedido de seguro desemprego; incentivo para o trabalhador que conseguir novo empre-

go rapidamente e às em-presas que contratarem trabalhadores durante a vigência do seguro de-semprego.

Como é e como pode ficar. Atualmente, o nú-mero de parcelas varia de três a cinco, a depender do tempo de trabalho, e o valor oscila entre R$ 1.100 e R$ 1.900.

Com as mudanças em estudo, os prazos de ca-rência no 2⁰ e 3⁰ pedido ficariam entre 12 e 24 meses. A partir da segun-da parcela, o valor teria

redução de 10% a cada mês, respeitado o limite mínimo de R$ 1.100.

Como incentivo, quem estiver cumprindo avi-so prévio teria direito a um bônus, equivalente a 50% do valor da pri-meira parcela do seguro--desemprego, caso seja contratado por outra em-presa antes de receber o benefício. Já para o traba-lhador que for contrata-do antes de receber a se-gunda parcela do seguro o bônus seria de 30% do benefício.

Ministério estuda reedição da MP 936

Nesta segunda, dia 15, completaram-se 54 dias com mais de 1.000 óbi-tos diários, aproximan-do-se agora de 2.000. A Covid-19 já infectou cerca de 11,5 milhões de pessoas e matou quase 300.000.

O Brasil já é o país com o registro de maior núme-ro de mortes por dia, su-perando os Estados Uni-

dos, e ultrapassou a Índia em total de infectados.

Quarto ministro na pandemia. Em meio a es-ses números dramáticos, o presidente Jair Bolso-naro confirmou o cardio-logista Marcelo Queiroga para o Ministério da Saú-de em substituição ao general Pazuello.

Vacina já para todas e todos!

Edição 1121 | 16 de março de 2021

| Paranapanema |Trabalhadores aprovam acordo válido por 2 anos

Trabalhadores da Paranapanema em assembleia

nota de pesarCom profundo pesar, comunicamos o falecimento

de Luci Paulino Aguiar, ex-diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, na madrugada do dia 14 de março, aos 60 anos, vítima da Covid-19.

Trabalhadora na então Brosol, Luci ingressou na di-retoria do Sindicato em 1988, dando sua contribuição para a organização das trabalhadoras metalúrgicas.

A diretoria do Sindicato apresenta as condolências à família e aos amigos.

No dia 5 de março, a Max Del demitiu um trabalhador na carência para impedir que ele se inscreva à eleição da Cipa prevista para o dia 22 de março. O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá procurou

a empresa que se negou a rever a demissão. Por isso, o Departamento Ju-rídico do Sindicato está entrando na Justiça com pedido de tutela para que o trabalhador possa se inscrever e disputar a eleição.

Em assembleia rea-lizada no dia 5 de mar-ço, os trabalhadores da Paranapanema apro-varam a renovação da convenção coletiva do trabalho de 2018/2019 e o acordo do dissídio para 2021/2022. O rea-juste salarial de 4,77% já foi aplicado. Adilson Torres, Sapão, vice-

-presidente do Sindica-to dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, explica que com esse acordo na próxima da-ta-base da categoria, em 1⁰ de novembro, o Sindicato vai negociar com a empresa apenas os itens econômicos, pois as cláusulas sociais já foram renovadas.

| ACC |Eleitos novos cipeiros

Os trabalhadores ele-geram os cipeiros para a gestão 2021-2022, em eleição realizada no dia 25 de fevereiro. O diretor Pedro Paulo informa que os titulares são Gerson

Moreira de Souza e Aline Rodrigues de Andrade; os suplentes são Diego Ramos Garcia e Altair de Carvalho Baleeiro. Para-benizamos os novos ci-peiros.

| Refrigeração Real |Cesta e Vr são reajustados

O Sindicato dos Meta-lúrgicos de Santo André e Mauá e a comissão dos trabalhadores reuniram--se com a Refrigeração Real, no dia 9 de março, para discutir a pauta de reivindicações entregue à empresa. Os trabalha-dores conquistaram rea-juste de 20%, a partir de

1⁰ de abril, na cesta bási-ca fornecida em cartão e o vale refeição (VR) pas-sou a ser de R$ 18. O dire-tor Pedro Paulo informa que em relação ao plano de cargos e salários a em-presa se comprometeu a apresentar uma proposta até o dia 10 de abril.

| Max Del |Sindicato atua em favor de cipeiro demitido na carência

| Benteler |reaberta inscrição para Plr

Foi aberto nesta se-gunda, dia 15, e vai até o dia 19 de março um novo período de inscri-ções para a comissão da PLR 2021 na Bente-ler para que os traba-lhadores interessados

ainda não inscritos possam participar, in-forma o diretor Osmar. As inscrições já feitas continuam valendo. Os trabalhadores vão ele-ger três membros para a comissão.

o METAlúrGiCo no whATSAPP

Edição 1121 | 16 de março de 2021

Órgão oficial do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e MauáPresidente: Cícero Firmino (Martinha) Vice-presidente: Adilson Torres (Sapão) Diretor responsável: Manoel do Cavaco Jornalista responsável: Marina Takiishi MTb 13.404 Editoração Eletrônica: Neusa Taeko

| Esporte |

Eventos esportivos em suspense devido à pandemia A FPF (Federação Paulista de

Futebol) quer porque quer dar continuidade ao Campeonato Paulista como se tudo estivesse normal, apesar de o Estado de São Paulo estar na fase emergen-cial até o dia 30 de março devido ao agravamento da pandemia do coronavírus. Nesta segunda, dia 15, a federação tentou con-vencer, sem sucesso, o gover-no Doria e, depois, o Ministério

Público de que o Paulista deve prosseguir.

restrições se alastram. A al-ternativa cogitada pela FPF é realizar os jogos em outros Es-tados. Ocorre que a restrição à realização de eventos esporti-vos está se alastrando pelo país, o que dificulta à FPF colocar sua ideia em prática. Nesta terça, foi a vez de Minas Gerais proibir a realização de jogos de outros Es-

tados. O cerco está se fechando diante da pandemia que não dá trégua.

Suspensão afeta três roda-das. Se a suspensão do Paulista for levantada no prazo previsto, três rodadas - da quinta à sétima - terão de ser remarcadas. Porém, não está descartada a hipótese de a fase emergencial ser pror-rogada ou o Estado aprofundar medidas de isolamento social.

Em virtude de São Paulo estar na fase emergencial determina-da pelo governador João Doria, do dia 15 ao dia 30 de março, as agências do INSS (Instituto Na-cional de Seguro Social) no Es-tado só vão atender segurados com horário agendado para os serviços de perícia médica para pedidos de benefícios por in-capacidade –auxílio-doença e aposentadoria por invalidez– e de avaliação social dos candida-

tos ao BPC (Benefício de Presta-ção Continuada).

Já as agências que não pres-tam esses serviços permane-

cerão fechadas durante a fase emergencial. As pessoas que es-tão com outros tipos de atendi-mento agendados terão a data remarcada. O INSS informa que está entrando em contato com os segurados para informá-los sobre a remarcação. Quem não for contatado provavelmente está com o cadastro desatuali-zado no órgão. Nesse caso, deve ligar para a Central 135 antes de ir à agência do INSS.

inSS só faz perícia na fase emergencial

Atendimento presencial suspensoContadores pedem mais prazo para declaração

O Sindicato dos Escritó-rios Contá-beis enviou

um pedido à Receita Federal para que prorrogue o prazo de entrega da declaração do Imposto de Ren-da, como ocorreu no ano passado, devido às medidas de restrição com o avanço da pandemia. O pra-zo de entrega vai até o dia 30 de abril.

Recommended