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Código Civil

Profa. Zélia Prates

Capacidade

PROFA. ZÉLIA PRATES

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1 A PESSOA NATURAL

1.1 Pessoas reconhecidas pela

ordem jurídica: naturais e

jurídicas.

1.2 A personalidade jurídica:

modos de aquisição e perda.

1.2.1 Docimasia hidrostática de

Galeno

1.3 Natureza jurídica do nascituro.

1.3.1 Teorias sobre a natureza

jurídica do embrião.

2. CAPACIDADE CIVIL

2.1 Conceito e distinções.

2.2 Capacidade de direito ou gozo e

capacidade de fato ou de exercício

da pessoa física.

2.3 A incapacidade e o impedimento.

2.4 Hipóteses legais de incapacidade

civil: absoluta e relativa.

2.5 Suprimento e cessação da

incapacidade civil.

2.5.1 Tutela e curatela

2.6 Capacidade negocial e

Capacidade especial

2.7 Assistência e representação2.8 Estado civil

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Pessoa = do latim persona = máscara

teatral.

Pessoa é o ente capaz de exercer direitos

e submeter-se a deveres na órbita

jurídica; é aquele que poderá compor o

polo ativo ou passivo na relação jurídica.

PESSOA É O SUJEITO DE DIREITO

1. A PESSOA NATURAL

Art. 1º Código Civil - “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres

na ordem civil”.

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Pessoa Natural

Pessoa Natural é o ser

humano, também chamado

pessoa física considerado

como sujeito de direitos e

obrigações.

Para qualquer pessoa ser

assim designada, basta

nascer com vida e, desse

modo, adquirir

personalidade.

1.1 Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica:

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Pessoa Jurídica

Agrupamento de pessoas

naturais, visando alcançar

um interesse comum,

também denominadas, em

outros países, pessoa

moral e pessoa coletiva.

1.1 Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica:

Para o Direito: personalidade é a aptidão

genérica para adquirir direitos e contrair

obrigações e deveres na ordem civil.

A personalidade não é um atributo natural, isto é, não está

necessariamente vinculado ao ser humano, se assim fosse, a

pessoa jurídica não teria personalidade. Segundo Maria Helena

Diniz, personalidade é a soma de caracteres de uma pessoa:

aquilo que a pessoa é para si e para a sociedade.7

Para a Psicologia: personalidade é o conjunto de

características psicológicas que determinam os

padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a

individualidade pessoal e social de alguém.

Personalidade

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Art. 2o do Código Civil – “A personalidade civil da pessoa

começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a

concepção, os direitos do nascituro”.

Personalidade é a aptidão genérica para adquirir

direitos e contrair obrigações e deveres na ordem civil.

Personalidade Jurídica é o atributo reconhecido a uma

pessoa para que possa atuar no plano jurídico, titularizando

relações diversas, e reclamar a proteção jurídica dedicada

a pessoa pelos direitos da personalidade.

1.2 A personalidade jurídica: modos deaquisição e perda

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Aquisição da personalidade civil dá-se com o nascimento com

vida. É necessário que haja respirado, ainda que tenha perecido

em seguida, lavrando-se nesse caso, dois assentos, o de

nascimento e o de óbito (LRP, art 3°,§ 2°).

Obs.:Ocorre o nascimento com vida quando a criança é

separada do ventre materno, não importando tenha sido o parto

natural, mesmo que não tenha sido cortado o cordão umbilical.

(Para Washington de Barros Monteiro, somente após cortado o

cordão umbilical).

1.2 A personalidade jurídica: modos deaquisição e perda

Como se constata o nascimento com vida?

Pelo exame clínico denominado:

Docimasia Hidrostática de Galeno

Profa. Zélia Prates

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A palavra docimasia tem origem no grego dokimasia e no

francês docimasie (experiência, prova).

Trata-se de medida pericial, de caráter médico-legal,

aplicada com a finalidade de verificar se uma criança nasce

viva ou morta e, portanto, se chega a respirar.

Após a respiração o feto tem os pulmões cheios de ar e

quando colocados numa vasilhame com água, flutuam; não

acontecendo o mesmo com os pulmões que não respiram.

Se afundarem, é porque não houve respiração; se não

afundarem é porque houve respiração e, conseqüentemente,

vida. Daí, a denominação docimasia pulmonar hidrostática

de Galeno.

1.2.1 Docimasia hidrostática de Galeno

Pra que serve isso???

Profa. Zélia Prates

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Relevância jurídica: a comprovação do nascimento com vida possui

grande relevância no campo do direito sucessório (transmissão do

patrimônio por morte).

1.2.1 Docimasia hidrostática de Galeno

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Nascituro é aquele "que há de nascer,(...) o

ser humano já concebido, cujo nascimento

se espera como fato futuro certo", ou seja,

nascituro é aquele que já está concebido,

mas ainda não nasceu, é aquele que ainda

está no corpo da genitora. É aquele que foi

concebido mas ainda não nasceu.

Art. 2o do Código Civil – “A personalidade civil da pessoa começa do

nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os

direitos do nascituro”.

1.3 Natureza jurídica do nascituro.

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O NASCITURO não é pessoa natural, tem apenas uma

proteção jurídica.

O objetivo do Código é o de resguardar preventivamente os

eventuais direitos que possam ser adquiridos, caso o

nascituro nasça com vida.

Entretanto, se não ocorrer o nascimento com vida, torna-se

inoperante a ressalva contida no Código Civil.

1.3 Natureza jurídica do nascituro.

Teorias acerca da situação jurídica do nascituro

Natalista: a personalidade civil somente se inicia com o nascimentocom vida.

Personalidade condicional: nascituro é pessoa condicional, pois aaquisição de personalidade acha-se sob a dependência de condiçãosuspensiva, o nascimento com vida.

Concepcionista: adquire-se personalidade jurídica antes donascimento, ou seja, desde a concepção, ressalvados apenas os direitospatrimoniais decorrentes da herança, legado e doação, que ficamcondicionados ao nascimento com vida.

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A maior parte dos civilistas, especialmente a doutrina clássica,

entende ser a teoria natalista a adotada pelo Código Civil que

preconiza na primeira parte do art. 2º “a personalidade civil da

pessoa começa do seu nascimento com vida”.

Alguns autores como Maria Helena Diniz, Pablo Stolze e Rodolfo

Pamplona entende que o Código Civil adotou a teoria

concepcionista, porque a parte final deste artigo diz que: "mas a lei

põe a salvo, desde concepção, os direitos do nascituro“.

A doutrina majoritária entende que esta disposição não se refere

ao início da personalidade jurídica. Esta só ocorre com o

nascimento o com vida. Neste caso, a Lei busca proteger um ser

que pode vir a se tornar pessoa (se nascer com vida).

1.3. Teorias adotada pelo Código Civil

Exemplo de divergência no Supremo Tribunal Federal

JULGAMENTO 1:

Decidiu a referida Corte que a proteção do direito do nascituro é, na verdade, “proteção à expectativa, que se

tornará direito, se ele nascer vivo”, aduzindo que as hipóteses previstas no Código Civil “relativas ao nascituro

são exaustivas, não os equiparando em tudo ao já nascido”.

RE 99.038/1993 – 2ª Turma

Profa. Zélia Prates

JULGAMENTO 2:

No julgamento da Reclamação n. 12.040-DF, por seu Tribunal Pleno, reconheceu ao nascituro o direito ao reconhecimento de sua filiação, garantindo-se-lhe a

perfilhação, como expressão da sua própria personalidade, com o direito de ver realizado o exame de DNA apesar da oposição da genitora.

Reclamação n. 12.040-DF

Profa. Zélia Prates

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Embrião é o feto até nove semanas de gestação, estando no

útero materno é considerado nascituro.

O embrião excedentário é aquele que não foi utilizado no

processo de fertilização assistida.

A necessidade de definir a partir de que momento um embrião

passa a ser considerado ser humano influencia na legalidade

do próprio processo de procriação artificial e das pesquisas

com células-tronco embrionárias, vez que a vida e a

dignidade da pessoa humana são bem jurídicos de relevância

singular.

1.3.1 Teorias sobre a natureza jurídica do embrião.

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Não há consenso na doutrina nacional e internacional no que

tange à natureza jurídica do embrião humano excedentário.

Apesar de todo o dissenso, em uma coisa se afinam as diversas

opiniões: há necessidade de uma tutela jurídica para esta

entidade. Entretanto, o tipo de tutela é variável, ora mais, ora

menos abrangente, dependendo de quando se constata a

presença do ente personificado. Segundo os concepcionistas

não há distinção entre embrião intra uterino ou extra uterino,

todos são embriões e merece proteção legal.

1.3.1 Teorias sobre a natureza jurídica do embrião.

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A compreensão que melhor se desvincula dos ditames da

Medicina (com as teorias desenvolvimentistas) e da

categorização criada pelo Direito (com a exegese do artigo 2o

do Código Civil), é a que atribui a ele a característica de

potencialidade de pessoa, ou ser em potencial, observando que

a sua existência não configura a imediata existência de uma

pessoa, mas a capacidade para se tornar tal.

A natureza jurídica do embrião

Embrião: potencialidade de pessoa

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Capacidade significa a aptidão que a pessoa tem de

adquirir e exercer direitos.

A capacidade jurídica, é uma medida limitadora ou

delineadora da possibilidade de adquirir direitos e de

contrair obrigações.

Art. 1º -Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

2. CAPACIDADE CIVIL

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2.1 Conceito e distinções

Personalidade é a aptidão genérica para adquirirdireitos e contrair obrigações e deveres na ordem civil

A capacidade jurídica, é uma medida limitadora ou

delineadora da possibilidade de adquirir direitos e de

contrair obrigações.

Capacidade significa a aptidão que a pessoa tem de

adquirir e exercer direitos.

A capacidade é a regra, ou seja, pelo código Civil toda

pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil; a

incapacidade é a exceção, ou seja, são incapazes somente

aqueles discriminados pela legislação. (arts. 3º e 4º do

Código Civil)

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CAPACIDADE CIVIL

CAPACIDADE DE DIREITOou de gozo ou capacidade de aquisição (art. 1 , C.C.).

CAPACIDADE DE FATOou de exercício ou

capacidade de ação.

2.2 Capacidade de direito ou gozo e Capacidade de fato

ou de exercício da pessoa natural.

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Capacidade de direito ou de gozo consiste na capacidade de

contrair direitos; todos os indivíduos possuem tal capacidade

visto que de acordo com o. Art. 1º C.C. “ Toda pessoa é capaz de

direitos e deveres na ordem civil.”

É a própria aptidão genérica reconhecida universalmente, para

alguém ser titular de direitos e obrigações.

Confunde-se com a personalidade. Toda pessoa natural a tem,

pela simples condição de pessoa. Deflui do próprio nascimento

com vida. É aptidão para aquisição de direitos e deveres. Essa

capacidade do art. 1º é a capacidade de direito (ou gozo) que toda

pessoa adquire ao nascer com vida..

Capacidade de direito ou de gozo

A personalidade jurídica ou civil confere a pessoa uma

capacidade de direito.

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A capacidade de fato ou de exercício

é a tão conhecida capacidade civil

plena, qualidade que confere às

pessoas naturais que a possuem a

plena condição de exercício livre, pleno

e pessoal de seus direitos, bem como

do cumprimento de seus deveres.

Possui a capacidade de fato aqueles

que se dirigem com autonomia no

mundo civil, agindo pessoal e

diretamente, sem intervenção de uma

outra pessoa que os represente ou os

assiste. Diz-se que essa pessoa se

acha em pleno exercício de seus

direitos.

Capacidade de fato ou de exercício

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Toda pessoa tem capacidade de direito; mas nem toda a de

fato, ou seja, toda pessoa tem faculdade de adquirir direitos,

mas nem toda pessoa tem o poder de usá-los pessoalmente

e transmiti-los a outrem por ato de vontade

A capacidade de fato ou de exercício admite gradações:

a) plenamente capaz = cap. de direito + cap. De fato

b) relativamente incapaz

c) absolutamente incapaz.

Capacidade de fato ou de exercício

ABSOLUTAMENTE INCAPAZ

RELATIVAMENTE INCAPAZ

MAIORIDADE CIVIL

Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anoscompletos, quando a pessoa fica habilitada à prática detodos os atos da vida civil.

EMANCIPAÇÃO

Art. 5o Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, medianteinstrumento público, independentemente de homologação judicial, oupor sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anoscompletos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência derelação de emprego, desde que, em função deles, o menor comdezesseis anos completos tenha economia própria.

Observação: A emancipação necessariamente tem de ser registrada. OCartório competente para o registro é o do Registro Civil do 1ºSubdistrito da Sede da Comarca do domicilio do (a) emancipado (a).Após o registro da emancipação será comunicado o cartório denascimento para a necessária anotação e cumprimento do artigo 106Lei 6015/73.

DO REGISTRO PÚBLICO

Art. 9o Serão registrados em registro público:

I - os nascimentos, casamentos e óbitos;

II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;

III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;

IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:

I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação

judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;

II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;

III - dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção. (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)

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