Arremesso - Oficial

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INTRODUÇÃO

Gestual esportivo de grande importância, pois está presente em varias modalidades esportivas como movimento básico.

Dentre esses esportes podemos citar:

“Ato ou afeito de arremessar, atirar ou lançar com força para longe, buscando algum objetivo ou alvo.”

Vôlei Basquete Handebol Judô Boxe

Natação Arremesso de Peso Lançamento de Dardo Lançamento de Martelo

O movimento de arremesso envolve um mecanismo de coordenação neuromuscular de todo corpo e conhecimento da biomecânica e a influência desse movimento no desempenho do atleta auxilia na prevenção e entendimento de possíveis lesões.

EJNISMAN, B.; ANDREOLI, C.V. (2005)

TIPOS DE ARREMESSO

Arremesso inferior (abaixo do nível do ombro)

Caracteriza-se por um movimento de superior para inferior do braço, com o mesmo ao longo da linha do tronco, com cotovelo em extensão ou semiflexão.

A altura de saída do objeto é aproximadamente a altura do ombro. As articulações sofrem movimentos rotacionais, atuando como alavancas na direção doa arremesso.

EJNISMAN, B.; ANDREOLI, C.V. (2005)

TIPOS DE ARREMESSO

A rotação do quadril e coluna, a adução e flexão do braço e a flexão da mão ocorrem em sequencia, sendo a articulação do ombro o fulcro do movimento.

O comprimento do momento do braço é a distancia do úmero proximal ao ponto de impacto ou ao centro de gravidade da bola.

O movimento do arremesso inferior é realizado basicamente nos planos sagital e diagonal.

EJNISMAN, B.; ANDREOLI, C.V. (2005)

TIPOS DE ARREMESSO

Arremesso superior (acima do nível do ombro)

Caracteriza-se pela rotação do úmero com o membro superior em qualquer posição, auxiliando pelos movimentos de elevação, abdução do ombro, flexão e extensão do cotovelo.

O comprimento do momento do braço pode ser alterado com a variação de flexão do cotovelo.

EJNISMAN, B.; ANDREOLI, C.V. (2005)

TIPOS DE ARREMESSO

O momento do braço é alongado com a extensão do antebraço, sendo encurtado com o cotovelo em 90º ou mais de flexão.

O fulcro do movimento do arremesso superior também é a articulação do ombro.

O movimento é realizado principalmente nos planos diagonal e sagital.

COHEN, M.; ABDALLA, R,J. (2003)

TIPOS DE ARREMESSO

Arremesso lateral (perpendicular ao ombro)

É caracterizado não pela ação do ombro e sim pela limitação dos movimentos do ombro (posição de abdução) e cotovelo, com a manutenção da posição dos mesmos.

A energia para o arremesso é gerada em grande parte pela rotação pélvica, através de movimentos circulares do corpo antes da soltura do objeto.

EJNISMAN, B.; ANDREOLI, C.V. (2005)

TIPOS DE ARREMESSO

Outras ações normalmente encontradas são a rotação a rotação da coluna vertebral, a flexão da mão e um pequeno movimento de adução do braço. O arremesso lateral é realizado no plano transverso ao corpo.

EJNISMAN, B.; ANDREOLI, C.V. (2005)

ANATOMIA - OMBRO

ANATOMIA - OMBRO

M. DELTÓIDE

ANTERIOR

M. PEITORAL MENOR M. PEITORAL MAIOR

M. LATÍSSIMO DO

DORSO

M. CORACOBRAQUIAL M. DELTÓIDE MÉDIO

HALL, S.J. (2011)

ANATOMIA - OMBRO

M. SUPRA-ESPINAL M. REDONDO

MAIOR

HALL, S.J. (2011)

ANATOMIA - OMBRO ANATOMIA - OMBRO

M. INFRA-ESPINAL

M. REDONDO

MENOR

M. DELTÓIDE

POSTERIOR

ANATOMIA - OMBRO ANATOMIA - OMBRO

M. BICEPS CABEÇA

LONGA / CURTA M. TRICEPS CABEÇA

LONGA

M. SUBESCAPULAR

Fonte imagens: http://www.musculacaotb.blogspot.com.br/

ANATOMIA - OMBRO ANATOMIA - OMBRO

HALL, S.J. (2011)

ANATOMIA - COTOVELO

M. BÍCEPS BRAQUIAL M. BRAQUIAL M. BRAQUIORRADIAL

HALL, S.J. (2011)

ANATOMIA - COTOVELO

HALL, S.J. (2011)

M. TRÍCEPS BRAQUIAL CABEÇA

(LONGA / LATERAL / MEDIAL)

M. ANCÔNEO

ANATOMIA - COTOVELO

HALL, S.J. (2011)

M. PRONADOR QUADRADO M. SUPINADOR

ANATOMIA - COTOVELO

ANATOMIA - PUNHO

HALL, S.J. (2011)

ANATOMIA - PUNHO

ANATOMIA - PUNHO

HALL, S.J. (2011)

HALL, S.J. (2011)

ANATOMIA - PUNHO

BIOMECÂNICA

OMBRO MOVIMENTOS

COPORAIS PLANO DE

MOVIMENTO

EIXO

Flexão (180o) / Extensão (50o)

Sagital

Látero-Lateral

Adução (30o) / Abdução (180o)

Coronal

Ântero-Posterior

Rotação Medial (95o) Rotação Lateral (80o)

Horizontal

Supero-Inferior

KAPANDJI, A.I. (2001)

BIOMECÂNICA

COTOVELO MOVIMENTOS

COPORAIS PLANO DE

MOVIMENTO

EIXO

Flexão (145o) / Extensão (0o)

Sagital

Látero-Lateral

Pronação (85o) / Supinação (90o)

Coronal

Ântero-Posterior

KAPANDJI, A.I. (2001)

BIOMECÂNICA

PUNHO MOVIMENTOS

COPORAIS PLANO DE

MOVIMENTO

EIXO

Flexão (85o) / Extensão (90o)

Sagital

Látero-Lateral

Desvio Ulnar ou Adução (45o)

Desvio Radial ou Abdução (15o)

Coronal

Ântero-Posterior

KAPANDJI, A.I. (2001)

FASES

Segundo COHEN, M.; ABDALLA, R,J. (2003) as fases do arremesso são:

POSICIONAMENTO : O atleta segura a bola ou posiciona-se à espera da mesma.

PREPARAÇÃO: Inicia-se com o atleta segurando a bola com as duas mãos e termina com a saída da bola da luva pela mão dominante e a flexão do membro não dominante.

ARMAÇÃO:

Precoce - início com saída da bola da luva pela Mao dominante ate o contato do pé no solo do membro não dominante.

Tardia - inicio com contato do pé no solo do membro não dominante até máxima rotação lateral.

ACELERAÇÃO: Início com máxima rotação lateral até a soltura da bola.

DESACELERAÇÃO: Inicio com a soltura da bola até o retorno à posição inicial.

FASES

Andrews et al., (2000) descrevem o lançamento do vôlei em quatro fases:

Levantamento

Aceleração

Desaceleração

Execução

PIRES, L.M.T. et al., 2009

FASES

• A mão é movimentada o máximo possível para trás do corpo. Isso se consegue com o braço em 90º de abdução e rotação externa.

• Na fase inicial, o músculo deltoide e o supra-espinal ficam ativos durante a abdução do braço.

• Na parte final do levantamento, a atividade do músculo deltoide diminui, à medida que a musculatura do manguito rotador torna-se mais dominante quando o ombro está abduzido quase em rotação externa máxima.

Levantamento

PIRES, L.M.T. et al., 2009

FASES

É uma ação explosiva caracterizada pelo início da extensão do cotovelo.

Rotação interna do braço com manutenção de 90º de abdução e alguma adução horizontal à medida que o braço é trazido para frente.

Aceleração

PIRES, L.M.T. et al., 2009

FASES

Os músculos mais ativos na fase de aceleração são:

M. subescapular,

M. grande dorsal

M. redondo maior

M. peitoral maior

O músculo serrátil anterior, que traciona a escápula para frente em abdução.

O músculo tríceps braquial, que inicia e controla a extensão do antebraço.

Adução horizontal & Rotação interna

PIRES, L.M.T. et al., 2009

FASES

Ocorre quando o braço passa pelo corpo.

Essa fase começa após a liberação da bola; ou seja, após a rotação interna máxima ter sido alcançada.

Há uma ação muscular muita rápida que resulta em rotação externa e adução horizontal do braço.

Desaceleração

PIRES, L.M.T. et al., 2009

FASES

• Nos estágios finais, ocorre rotação do tronco, e a repetição dos movimentos de ombro e escápula vistos na fase do levantamento.

• Isso inclui um aumento na atividade do músculo deltóide na medida em que tenta diminuir o movimento do braço aduzido horizontalmente.

• Do músculo grande dorsal na medida em que cria ainda mais rotação interna.

• Do músculo trapézio que reduz a velocidade da escápula,

• Do músculo supra-espinal para manter a abdução do braço e continuar a produzir rotação interna.

PIRES, L.M.T. et al., 2009

FASES

O corpo movimenta-se para frente com o braço, reduzindo

efetivamente as forças de afastamento aplicadas ao ombro.

Execução

PIRES, L.M.T. et al., 2009

FASES

DESACELERAÇÃO

ACELERAÇÃO LEVANTAMENTO LEVANTAMENTO

EXECUÇÃO

FASES

LESÕES

Síndrome do Impacto

Lesão do Tipo SLAP

Instabilidade Glenoumeral

Lesão do nervo supra-escapular

OMBRO

LESÕES

Síndrome do Impacto

É uma alteração do músculo manguito rotador, secundária a um

impacto mecânico, degeneração tendinosa com o envelhecimento.

Impacto do manguito rotador sob a superfície ântero-inferior do acrômio.

80% de paciente com lesão de manguito rotador apresentam acrômio tipo III.

XAVIER S.A.; SILVA R.T. (2005)

LESÕES

Sintomas:

O atleta pode apresentar queixa dor no ombro de início insidioso.

Dor as vezes irradia para lateral do braço na região do músculo

deltóide.

Dor noturna.

Exacerbação dos sintomas com atividade de repetição.

ESTÁGIO I

ESTÁGIO II

ESTÁGIO III

Edema e hemorragia no

manguito rotador

Tendinite e fibrose

Esporão ósseo e ruptura

XAVIER S.A.; SILVA R.T. (2005)

LESÕES

Lesão SLAP

Lesão do lábio glenoidal superior, de anterior para posterior.

LESÃO TIPO I: degeneração do lábio superior com o tendão do bíceps preso normalmente. LESÃO TIPO II: degeneração do lábio superior com avulsão parcial. LESÃO TIPO III: lesão vertical do lábio superior. LESÃO TIPO IV: ruptura do lábio superior LESÃO TIPO V: combinação de dois ou mais tipos de leões SLAP.

XAVIER S.A.; SILVA R.T. (2005)

LESÕES

Clínica do Atleta:

Instabilidade ao executar o movimento de flexão.

Dor na face anterior da articulação glenoumeral.

O atleta de voleibol refere uma dor na fase de aceleração da cortada ou ao final do movimento.

Ocorre uma contração do músculo bíceps braquial ao mesmo tempo à adução do ombro, ocasionando um impacto do tendão da cabeça longa do bíceps braquial, a longo prazo, causará o seu desgaste.

XAVIER S.A.; SILVA R.T. (2005)

LESÕES

Tendinites do músculos tríceps braquial e do músculo bíceps braquial

Lesões ligamentares

Fraturas

Luxações

COTOVELO

LESÕES

Fratura por estresse da ulna

Aneurismas

Dedo em martelo e dedo em botoeira

PUNHO

EJNISMAN, B.; ANDREOLI, C.V.; cap.20. Arremesso. In: COHEN, M.; ABDALLA, R,J.; Lesões nos Esportes - Diagnóstico, Prevenção, Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2005. p.187-197.

XAVIER S.A.; SILVA R.T.; cap.49. Voleibol. In: COHEN, M.; ABDALLA, R,J.; Lesões nos Esportes - Diagnóstico, Prevenção, Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2005. p.715-718.

HALL, S.J.; cap.7. Biomecânica do membro superior. In:__ Biomecânica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara, Manole, 2011. Ed.5.p.187-230.

KAPANDJI, A.I.; cap. Ombro, Cotovelo, Punho. In:__ Fisiologia Articular – Membro Superior. São Paulo: Médica Panamericana, 2001. Ed.5.p.12-170.

PIRES, T.M.T.; BINI, I.C.; FERNANDES, W.V.B.; SETTI, J.A.P. Lesões no ombro e sua relação com a prática do voleibol - Revisão da Literatura. Inter Science Place - Revista Científica Internacional.n.10.2009.

REFERÊNCIAS

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