Ascite Cristiane Vieira da Cruz. Introdução: Conceito Etiologia Gastroenterológica: -...

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Ascite

Cristiane Vieira da Cruz

Introdução: Conceito

Etiologia Gastroenterológica:- Hipertensão portal: Cirrose hepática- Pancreática: Pancreatite, pseudocisto- Biliar

Cardíaca:- Insuficiência cardíaca - Pericardite constritiva- Cor pulmonale

TOWNSEND. Sabiston, tratado de cirurgia. Sabiston, tratado de cirurgia

Etiologia

Renal: - Síndrome nefrótica -IRC dialítica

Infecciosa: - Tuberculose - Esquistossomose - Fúngica - Bacteriana

Neoplásica: - Mesotelioma - Metástase peritoneal -

Linfoma

Ascite quilosa - Obstrução linfática mesentérica

TOWNSEND. Sabiston, tratado de cirurgia. Sabiston, tratado de cirurgia

Diagnóstico

Exame físico: -1,5L líquido cavidade- 90% macicez em flancos- Piparote

USG abdome sup. TC abdome: - utilizada p/ diagnóstico

etiológico

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Diagnóstico Paracentese Diagnóstica: - Define a etiologia - Diagnostica infecção associada - Complicações são raras

-Punção em: pacientes hospitalizados ascite de início recente deterioração clínica

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Paracentese

Material Utilizado:

Cateter intravenoso nº 14

Seringa nº 20 ou 10 Campo fenestrado

estéril Luvas estéreis

Paracentese Material utilizado

Pinças para pequenas cirurgias Frascos de vidro estéril Coletor de vidro ou plástico Equipo de soro Cloridrato de lidocaína a 2% Substâncias para assepsia e anti-sepsia

Paracentese: locais de punção

Paracentese : técnica

Decúbito dorsal Assepsia e anti-sepsia Localização: QIE.Linha imaginária entre EIAS e

cicatriz umbilical- dividir em 3; local da punção na junção 1/3 inferior com os 2/3 sup.

Colocação do campo fenestrado

Paracentese: técnica

Anestesia local com lidocaína (2 a 5ml)

Introduzir o abocath (conectado à seringa)

Retirar 20 ml Conectar coletor

Paracentese: Análise do líquido ascítico

-Auxilia no diagnóstico etiológico-Identifica complicações associadas à ascite

Cor:- Amarelo Citrino: Cirrose não complicada- Leitosa: Ascite quilosa. Aumento de TG- Sanguinolenta- Marrom: Sd. Ictérica, úlcera duodenal- Turva: Infecções

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

O que analisar no líquido ascítico?

Celularidade com diferencial: - PMN >/= 250: Líquido infectado. PBE - Resultado deve sair em 1 hora - Tto.: Cefotaxima/Ceftriaxona - Celularidade muito elevada: Diferenciar PBE

de PB secundária

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

O que analisar no líquido ascítico?

Gradiente Soro-Ascite de albumina (GASA): Albumina sérica – Albumina líq. Ascítico: >/= 1,1 g/dl : Hipertensão portal (97% casos) <1,1 g/dl: Doença peritoneal

Proteína: - <1,0 g/dl: Risco aumentado p/ desenvolver PBE - Considerar profilaxia c/ atb

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

O que analisar no líquido ascítico?

Cultura líquido ascítico: - Todos os casos ascite recente - Piora clínica: febre, leucocitose dor abdominal

Citologia Oncótica: - Pesquisar células neoplásicas - Dx. diferencial das neoplasias malignas

peritoneais.

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O que analisar no líquido ascítico?

Bioquímica: - Glicose - LDH - Amilase

Tratamento

Medidas gerais: Objetivo: Diminuir o volume da ascite e do

edema sem depletar o intravascular. Repouso relativo no leito. Restrição de Sódio (88mmol Na/dia = 1-2 g/dia) Abstinência alcóolica Restrição de líquidos se Na sérico<120 mmol

FIGUEIREDO, FAF.Otimizando o diagnóstico e manejo da ascite cirrótica

Tratamento Diuréticos: espironolactona – 1ª escolha Pode-se associar diurético de alça Dieta + 2 diuréticos = boa resposta em 90%

pacientes. Paracentese terapêutica

FIGUEIREDO, FAF.Otimizando o diagnóstico e manejo da ascite cirrótica

Tratamento

Paracentese Terapêutica – Quando realizar? Ascite refratária Prevenção ruptura hérnia umbilical Ascite tensa Desconforto respiratório Descoforto abdominal

FIGUEIREDO, FAF.Otimizando o diagnóstico e manejo da ascite cirrótica

Tratamento – ascite refratária

Ascite refratária:Conceito: Não resolução da ascite ou recorrência precoce com 1 semana apesar da dieta hipossódica e terapêutica.

O que fazer?1.Paracentese terapêutica2.TIPS3.Transplante hepático

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Ascite refratária1. Paracentese Terapêutica: Frequência: 5-9L a cada 2 semanas Expansão plasmática: - Albumina: - Melhor expansor plasmático dose:6-8g/L

- Dextran 70 paracentese < 5L - Hemacel

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Ascite refratária

2. TIPS Derivação portossistêmica transjugular intra-

hepática Pacientes aguardando transplante Complicações: -EH - obstrução da prótese

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

TIPS

Ascite refratária

3. Transplante hepáticoTerapêutica definitiva

COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Peritonite bacteriana espontânea (PBE) Definição Prevalência 10-30% cirróticos hospitalizados Bactérias G- entéricos : E.coli Mortalidade:25% Diagnóstico: PMN>250 líquido ascítico

Diferenciar de PBS: -Proteína total > 1,0 g/dL - glicose <50 - LDH > que limite sérico normal

TOWNSEND, et al. Sabiston, tratado de cirurgia.

PBE Tto.: - Cefalosporinas 3ª geração - Amoxicilina+ ác. Clavulânico - Albumina 1,5g/kg 1º dia; 1,0g/kg 3ºd

Profilaxia: Todos os pacientes - Norfloxacina VO até resolução ascite

Referências 1. TOWNSEND, et al. Sabiston, tratado de cirurgia. Rio de

Janeiro:Elsevier,2010.18ªEd. P.1070-1073; v2.

2. . COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia. São Paulo:Atheneu,2006.3ªEd.cp98,p.1238-1244;v2.

3. FIGUEIREDO, FAF.Otimizando o diagnóstico e manejo da ascite cirrótica. http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=3171&langtype=1046