Assistência de Enfermagem ao Paciente com Distúrbios Cardíacos Prof.: Leandro Fonseca de Azevedo...

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Assistência de Enfermagem ao Paciente com Distúrbios Cardíacos

Prof.: Leandro Fonseca de Azevedo

leandroenf@bol.com.br

Instituto: Ciência da Saúde Curso: Enfermagem

IAMInfarto Agudo Miocárdio

IAM

È a principal causa de Morte no Mundo. Até 1980 o tratamento do infarto agudo do

miocárdio (IAM) tinha como único objetivo o controle de complicações como insuficiência cardíaca e arritmias.

Hoje a terapêutica é mais agressiva, tenso como objetivo a recanalização arterial.(Uso de Trombolíticos e Stent.

MORTALIDADE IAM

0

5

10

15

20

25

30

35

Pré-Era UTI Era UTI EraReperfusão

VASO: HISTOLOGIA

Vasa vasorum

Média

Adventícia

Intima

MEEMEI

Endotélio

Conceito

IAM- É o desenvolvimento de necrose miocárdica decorrente de isquemia severa.

Resulta geralmente de ruptura de uma placa de ateroma e formação de um trombo oclusivo que interrompe o fluxo sanguíneo em uma artéria coronária.

Fisiopatologia

Fissura ou Ruptura da SuperfícieFibrosa da Placa aterosclerótica

Exposição de Colágeno Subendotelial

Ativação e Agregação Plaquetária

Formação de TromboOclusivo

Liberação de Fator Tissular

Ativação do sistema Intrínseco da Coagulação

Formação de Fibrina

Fisiopatologia

A grande maioria dos pacientes acometidos por um IAM apresenta doença coronária aterosclerótica como substrato anatomopatógico

O Trombo que oclui a artéria coronária é uma mistura de trombo branco (Plaquetas) e Vermelho (Rico em fibrina e eritrócito)

A extensão do dano miocárdio é variável em função do tempo e grau de diminuição do fluxo imposto pelo processo trombótico.

Placa AteroscleróticaPlaca Aterosclerótica

Placa Fibrosa InstávelPlaca Fibrosa Instável

AteroscleroseProcesso inicial

Aterosclerose: Quando ela começa?

100

60

40

20

0

Pre

valê

ncia

de

ater

oscl

eros

eco

rona

riana

(%

)

13–19 20–29 30–39 40–49 ≥50Idade (anos)

17%

37%

60%

71%

85%

Tuzcu EM, et al. Circulation. 2001;103:2705-2710.

Dados de 262 doadores de transplante de coração.Locais com intíma de espessura ≥0.05 mm foram definidos como ateroscleróticos.

80

Aterosclerose: Um processo gradual

Progressão da doença

FASE I: Início FASE II: Progressão FASE III: Complicação

Obstrução Total do Vaso por Trombo Obstrução Total do Vaso por Trombo sobre Placa Rotasobre Placa Rota

TROMBOSE NA PLACA

Diagnóstico

História, Exame Físico, Análise do ECG

Dor Torácica intensa, em opressão, com irradiação Para o braço esquerdo, mandíbula, ombros ou dorsoAcompanhada de náuseas, vômitos e sudorese fria

Identificar fatores de Risco.Tabagismo, HAS, DM, Dislipidemia.

Dor no peito Sugestiva de Isquemia

ECG < 10min

Avaliação Clínica

ALTO RISCO MÉDIO RISCO BAIXO RISCO

Dor persistente ou ECG c/ supradesnível ST ou BCRE novo

Dor persistente > angina prévia ou = IM prévio ECG c/ supradesnivel ST ou novas alt. ST-T

Desaparecimento da dor ECG normal ou alt. antigas inespecíficas Sem compromet. hemodinâmico

Não Cardíaca

Muito Baixo Risco – Alta ou UTA

Protocolo de IAM com supradesn ST

Protocolo de Angina Instável/ IAM sem supradesn. ST

Protocolo de Observação

Unid. Coronária

Unid.Coronária

Permanece na Emergência

Abordagem da Dor Torácica

Exame Físico Especifico

Distensão Venosa Jugular Hipotensão Arterial Taquicardia FC acima de 100

ECG

Elevação do Segmento ST maior que 1mm em mais de duas derivações.

Marcadores bioquímicos de Lesão Miocárdica .

Confirmação de Diagnóstico de pacientes sem supradesnivilamento de ST

Há uma demora de 3-6 horas para que se evidencie aumento séricos.

Dosagens Seriadas para acompanhamento do tamanho do IAM

Marcadores Cardíacos

Início PicoNorma

lValor

CKEspecificidade 66%

4 - 6 h 12 - 24 h 3 - 4 dH 55 - 170 U/I

M 30 - 135 U/I

CKMBEspecificidade 77%

4 - 6 h 24 h 2 - 4 d < 17 U/I

Troponina IEspecificidade 99%

3 - 6 h 12 - 20 h 5 - 7 d < 1 ng / ml

Quanto mais precoce for a reperfusão, Quanto mais precoce for a reperfusão, menor será a extensão da necrose !menor será a extensão da necrose !

Classificação

Mediante dados clínicos e eletrocardiográficos, são obtidas informação que permitem estratificar o risco do paciente com IAM, utilizando para isso classificação já validada e que servem à equipe médica como um guia terapêutico.

Classificação de Killip

Classificação de Killip

Classe Característica Mortalidade(30Dias)

I Ausência de ICC 6%

II Estertores Bibasais 17%

III Edema Pulmonar 38%

IV Choque Cardiogênico

61%

Diagnóstico Diferencial

Dissecção Aórtica Esofagite Pneumonia Pancreatite Aguda Pericardite Embolia Pulmonar

Tratamento

M - Monitor/Morfina (2 a 4 mg, EV) O - Oxigênio (2L/min Cateter Nasal) V - Veia (Acesso Calibroso 2)

M – Morfina O - Oxigênio N - Nitroglicerina (Tridil) A - ASS B - Beta Bloqueador (Propanolol)

IAM com supradesnivelamento de S-TIAM com supradesnivelamento de S-T(( 1mm em 1mm em 2 derivações) 2 derivações)

Dor torácica sugestiva de IAM < 12hDor torácica sugestiva de IAM < 12h

Avaliação do ECGAvaliação do ECG

O ECG no IAM

Localizando o infarto:

a localização do

infarto é baseada na

presença de ondas Q

patológicas ou do

SUPRA de ST se

estamos na fase

aguda do IAM.

Reperfusão CoronarianaReperfusão Coronariana

Terapia Fibrinolítica

(porta-droga » 30') Alteplase Streptoquinase

– 1.500.000U-IV-30 a 60 min

Reteplase– 100mg – 90min(15mg-bolus/ 50mg-

30min/35mg-60min)

Tecneteplase– Bolus único

ACTP (Angioplastia

Coronária Transluminal

Percutânea)

(porta-balão » 90') Operadores experientes Centro com alto volume Capacidade para cirurgia

cardíaca

Terapia FibrinolíticaTerapia Fibrinolítica

Contra-indicações absolutas

AVC hemorrágico

Outros eventos cerebrais há < 1 ano

Neoplasia intracraniana

Sangramento interno ativo (exceto menstruação)

Suspeita de dissecção de aorta

Terapia FibrinolíticaTerapia Fibrinolítica

Contra-indicações relativas

HAS > 180x110 mm Hg , não controlável

Outras patologias cerebrais

Uso atual de anticoagulantes (INR > 2-3)

Trauma recente (2-4 semanas)

RCP prolongada (>10 min) e traumática

Cirurgia de grande porte (< 3 semanas)

Terapia FibrinolíticaTerapia Fibrinolítica

Cuidados pós fibrinolíticos

(relacionados às complicações)

Hemorragias

Hipotensão

Alergia

Terapia FibrinolíticaTerapia Fibrinolítica

Contra-indicações relativas

Punção vascular não compressível

Sangramento interno recente (< 2-4 semanas)

Estreptoquinase nos últimos 2 anos

Gravidez

Úlcera péptica ativa

História de HAS grave

ACTP ACTP (Angioplastia Coronária Transluminal (Angioplastia Coronária Transluminal

Percutânea)Percutânea)

ACTP (Angioplastia Coronária Transluminal Percutânea)

Orientar quanto ao procedimento:

Duração de aprox. 90 min

Punção geralmente inguinal

Desconforto causado pelo contraste

Tricotomia inguinal s/n

Cuidados pós ACTP (Angioplastia Coronária Transluminal Percutânea)

Observação na UCO Monitorização do ritmo cardíaco Observação do pulso, local de punção, PA e

FC :– a cada 15 min (8 vezes)

– a cada 30 min (4 vezes)

– a cada 1h (4 vezes)

– a cada 4h ( por 24h)

Cuidados pós ACTP (Angioplastia Coronária Transluminal Percutânea)

Presença de hematoma local ou abaulamento (avisar o médico)

Orientar não fletir membro puncionado por 6hs após a retirada do

introdutor

Restringir o membro

Estimular a ingesta hídrica

Verificar Pulso Periférico

Complicações pós ACTP (Angioplastia Coronária Transluminal Percutânea)

Angina Refechamento súbito da artéria dilatada Dissecção da artéria coronariana Reestenose Arritmias Trombose arterial Sangramento (hematoma) Pseudo-aneurisma Laceração arterial

A eficácia do tratamento A eficácia do tratamento depende não só da colaboração depende não só da colaboração

do paciente, mas, do do paciente, mas, do desempenho e dedicação da desempenho e dedicação da

equipe multiprofissional.equipe multiprofissional.

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