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Dinâmicas e Jogos para Treinamento

Profª Daniela Cartoni

daniela_cartoni@yahoo.com.br

Jogos de empresas

Bibliografia

DATNER, Yvette. Jogos para educação empresarial: jogos, jogos dramáticos, roleplaying e jogos de empresa. São Paulo: Agora, 2006.

FIANI, R. (2006). Teoria dos Jogos. Rio de Janeiro: Editora Campus 2ed.

FURNHAM, A. Linguagem Corporal no Trabalho. São Paulo: Nobel, 2001

GRAMIGNA, Maria Rita (2007). Jogos de Empresa. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2ed.

KAANANE, Roberto (2001). Manual de treinamento e desenvolvimento do potencial Humano. São Paulo: Atlas.

KROEHNERT,Gary (2001). Jogos para Treinamento em Recursos Humanos. São Paulo: Editora Manole.

SIVASAILAM, Thiagarajan (2003). Trabalhando em equipe e jogando em equipe. Rio de Janeiro: Qualitymark.

continua

MARQUES F., P., PÊSSOA, M.S.P., Jogos de Empresas: Uma Estratégia parao Ensino de Gestão e Tomada de Decisão, 5° Congresso de ProduçãoCientifica - Universidade Metodista de São Paulo, 2000.

MARINHO, Arthur. Técnicas de Simulações e Jogos de Empresas. In BOOG,Gustavo G. (org). Manual de Treinamento e Desenvolvimento. 3ª edição. SãoPaulo: Makron Books, 1999.

MILITÃO, Albigenor. Jogos, Dinâmicas & Vivências Grupais. Rio de Janeiro:Qualitymark, 2006.

MINICUCCI, A. Técnicas do Trabalho de Grupo. São Paulo: Atlas, 2001.

SAUAIA, Antonio Carlos Aidar. Jogos de Empresas: Tecnologia e Aplicação.Dissertação - Faculdade de Economia, e administração e Contabilidade,Universidade de São Paulo.

VICENTE, Paulo. Jogos de empresa: a fronteira do conhecimento emadministração de negócios. São Paulo: Makron Brooks, 2001.

YOKO, R. Y. K. 100 jogos para grupos: uma abordagem psicodramática paraempresas, escolas e clínicas. São Paulo: Ágora, 1996.

Afinal, o que é um jogo?

“Os franceses pensam que a vida é um jogo. Os ingleses pensam que críquete é um jogo.”

“Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma

hora de jogo do que em um ano de

conversa”

Platão

JOGO: É uma atividade – física ou mental – envolvendo dois ou mais participantes, com um conjunto de regras

que definem um ganhador e perdedores.

O jogo nunca representa uma tarefa ou obrigação e necessita do aspecto lúdico para envolvimento.

JOGO DE EMPRESA � um jogo de simulação voltado ao mundo dos negócios.

Ex.: O JOGO DO BANQUEIRO

EDUCAÇÃO EMPRESARIAL COM JOGOS

Jogo X Vivência

Métodos de ensino/aprendizagem

Método conceitual (aprende pela teoria)Método prático (aprender fazendo)Método simulado (aprender pela realidade imitada)Método comportamental (aprender pelo crescimento psicológico)

Jogo = conceitual + prático + simulado + comportamental

• Empregabilidade e aprendizagem continuada

• Treinamento par equilibrar heterogeneidade

• Troca de Experiência

Andragogia e Aprendizado nas Organizações

Princípios de Andragogia nas organizações

• compartilhar experiências é fundamental para o adulto

• o foco central é a aprendizagem, jamais o ensino

• papéis: facilitador e participante

• participação para reforçar crenças e clima de liberdade (pró-ação)

• o diálogo é a essência do relacionamento

• o processo de aprendizagem: sensibilização (motivação), pesquisa (estudo), discussão (esclarecimento), experimentação (prática), conclusão (convergência) e compartilhamento (sedimentação).

JOGOS DE

EMPRESA

ADMINISTRAÇÃO

Estratégia / Negociação

PSICOLOGIA

Grupos / Motivação /

Comportamento

ANDRAGOGIA

Aprendizado / Treinamento /

Comportamento

CULTURA

Organizacional / Social / Contextual

JOGOS

DE

EMPRESA

Compreendendo a definição de jogos

Técnica de Brainstorming

O que são jogos? O que são jogos de empresa? Para que servem?

Jogos de empresas

“É uma atividade voluntária exercida dentro de certos e

determinados limites de tempo e espaço.

Deve apresentar regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si

mesmo.Acompanha um sentimento de

tensão, alegria e de uma consciência de ser.(Datner, 2006)

Aplicações dos Jogos

• Aplicações dos jogos de empresas:

– Treinamento (especialmente equipes gerenciais)

– Seleção (escolha de pessoal para empresas privadas)

– Pesquisa (utilizada para testar modelos ou teorias)

• Tipos de público:

– Acadêmico

– Empresarial

Jogo (Jocus e Ludus)

• Um jogo é um processo vivencial, natural.

• É um exercício laboratorial, portanto uma vivência.

• A dinâmica exige relação entre as pessoas.

• É uma competição saudável entre pessoas deinteresses comuns, que visa da simples recreação(caráter de gincana) à viabilização de algumaaprendizagem, reflexão ou correlação com a prática dodia-a-dia.

“O que escuto, o que leio e o que vivencio”

EDUCAÇÃO EMPRESARIAL COM

JOGOS

Ouço e recordo.Leio e memorizo.Faço e aprendo.

Confúcio

CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS

Jogos Sistêmicos: evidenciam a inter-relação existente entrecomponentes do sistema.

Jogos Humanos: destacam os aspectos humanos presentes no dia-a-dia das empresas, visando tratar os problemas de decisõesgrupais, as variáveis humanas presentes nas negociações, aresistência a mudança, aos valores, aos estilos de liderança e amotivação.

Jogos Mistos: entram componentes estruturais, sistêmicos ehumanos, dentro de uma realística reflexão do que pode ocorrer nodia-a-dia.

APLICAÇÃO DOS JOGOS

Os jogos de empresa têm sido utilizados com diversos objetivos

Treinamento de pessoal

Avaliação do potencial e entrevistas

Desenvolvimento de tomada de decisões

Desenvolvimento de pessoal

Formação de administradores

Em planejamento e gestão de projetos

Tipos de jogos

a) Jogos de empresa

Jogos de estratégiaJogos de guerraJogos de tomada de decisão

b) Jogos dramáticos e vivenciais

Dinâmica de grupo e simulaçõesJogo ao ar livre (outdoor trainning)Role playing (jogo dos papéis)

� Jogos “pen and paper”

� Jogos de tabuleiro

� Jogos de computador

� RPG

Formas de jogar

� Jogos “pen and paper”

Em sala de aula ou grupo de amigos

Treinamento: máximo de 6 grupos

� Jogos de tabuleiro

Requerem ambiente mais confortável ou mesa para tabuleiro e apetrechos

Número máximo de 7 participantes

� Jogos de computador

SimulaçõesUso de inteligência artificial Softwares

• Jogos de computador e simulações

Podem ser:

a) on line (real time)

b) por partidas (turnos)

� RPG

Pode ser um case ao vivo (com um livro-jogo e uma história interativa – exemplo assumir o papel de CEO e tomar decisões (individual ou em grupos)

Simulações exigem debriefing

Técnicas de aplicação de jogos

O Ensaio

Análise do Jogo Generalizações

O Jogo em si

O Encerramento Complementação

A Preparação Instruções

ILUSTRAÇÃO DO C.A.V.

ABERTURA

VIVÊNCIA

RELATO

PROCESSAMENTO

GENERALIZAÇÕES

FEEDBACK

Ciclo de AprendizagemVivencial

12

3

4

5

6

ATIVIDADE(Vivência)

CONEXÃO(Link com a prática)

ANÁLISE(Processo Diagnóstico)

CONCEITUAÇÃO(Aspectos Cognitivos)

Resistência

Desafios

Riscos

Envolvimento

Feedback

Conscientização

Defensividade

Dissonância

Reformulação

Negação

Rigidez

Experimentação

Busca de Mudanças

Mais uma vez, o CAV...

Vivência X Dinâmica X Jogo de Treinamento

a) Vivência

Processo de ensino-aprendizagem.Um conjunto metodológico que objetiva o alcance de mudanças pessoais, a partir de aprendizagens baseadas em experiências diretas ou vivências

b) Dinâmica de grupo

Toda atividade que se desenvolve com um grupo que objetiva integrar, desinibir, quebrar gelo, divertir, refletir, aprender, apresentar, promover o conhecimento, incitar à aprendizagem, competir, aquecer.

c) Jogo de treinamento

Atividade estruturada com um objetivo de aprendizado, conteúdo ou processo diferente da consumação da atividade em sioutras denominações: jogo de empresa, jogo de estratégia e decisão.

Técnicas de aplicação

Dinâmica de grupo e simulações

• Técnicas de Apresentação (“Quebra-Gelo”)

• Aquecimento / Integração (“Vitalizador”)

• Relaxamento e interiorização

• Sensibilização e ação

• Percepção do outro

• Inversão de papéis

• Identidade grupal

• Encerramento

Técnicas de aplicação

Técnicas de Apresentação (“Quebra-gelo”)

� Ajuda o grupo a se apresentar uns aos outros (quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso...), com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas.

� Ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro.

� Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se descontraem.

� São recursos que quebram a seriedade dogrupo e aproximam as pessoas

Técnicas de aplicação

Técnicas de Aquecimento / Integração / Relaxamento (“Vitalizadores”)

� Tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra.

� Busca amenizar cansaço, ansiedade e fadiga, tornando as atividades e o próprio ambiente mais ativo e produtivo.

� Pode ser voltado para relaxamento ou para“energizar” o grupo. Aplicados no volta do intervalo,após o almoço, etc.

Técnicas de aplicação

Técnicas de Sensibilização e ação

� Permite analisar o comportamento pessoal e grupal.

� A partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo.

� Trabalha a interação, comunicação, encontrose desencontros do grupo.

� Percepção do outro � Inversão de papéis� Identidade grupal

Técnicas de aplicação

Técnicas de capacitação (edutainment)

� Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação grupal.

� Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os destinatários, a realidade que os rodeia.

� Amplia a capacidade de escutar e observar.

� Pode ser aplicada como técnica voltada para educação empresarial e capacitação em temas/projetos específicos da empresa no momento.

Técnicas de aplicaçãoTécnicas de encerramento

� Permitem ao grupo consolidar todas as percepções e a aprendizagem ocorrida durante a participação nos jogos e vivências.

� Possibilita a revisão e reflexão sobre ações no futuro, fortalecendo o compromisso com o grupo.

� Traz a sensação de pertencimento e a vontade de “colocar em prática”.

� Trabalha o processo de internalização ao fornecerpara o participante uma mensagem que trabalha o seu processo de internalização e emoções vividas com o grupo – ou mensagem para a vida.

Jogos Competitivos ou Cooperativos?

Jogos Cooperativos

• Permitem a participação de todos (voluntário)

• Propõem que o objetivo e a diversão sejam coletivos, não individuais.

• Libertam os indivíduos da pressão da competição, do medo de ser eliminado e da agressão física.

• Possibilitam o desenvolvimento da criatividade, da empatia, da cooperação, da auto-estima e de relacionamentos interpessoais saudáveis e integradores.

• Não há perdedores ou ganhadores

• O objetivo entre os participantes é comum;

• Os envolvidos ganham ou treinam habilidades quando há um forte juízo de união e interação.

Fases da aplicação de jogos

Fases da aplicação de jogos

RELATO

(Sentir)

PROCESSAMENTO(Analisar Padrões de

Desempenho)

APLICAÇÃO(Atingir alvos,mudar rumos)

GENERALIZAÇÃO

(Comparar Jogo X Organização

VIVÊNCIA(Jogar)

CAV – Ciclo de Aprendizagem Vivencial

A

B

C

D

E

Etapas para realização de um jogo

Passo 1: Convidar os participantes

Passo 2: Distribuição dos grupos

Passo 3: Dar instruções (regras e papéis)

Passo 4: Demonstração (quando exigir)

Passo 5: Realização do processo vivencial

Passo 6: Avaliar sentimento do grupo

Passo 7: Discutir o desempenho e debater

Passo 8: Realizar conexões (com propósitos dojogo, do grupo, da empresa)

Jogos de empresa e Educação de Laboratório

Educação de Laboratório

“um conjunto metodológico que objetiva o alcance de mudanças pessoais, a partir de aprendizagens baseadas em experiências diretas ou vivenciais” (Moscovici, 1994).

Relação com bases da ANDRAGOGIA

ANDRAGOGIAEstratégias de Aprendizagem para Equipes

ITENS

Objetivos

Responsabilidade

Fixação de Objetivos

Dimensão Temporal

Metodologia

Pedagogia Andragogia

Princípios abstratosCompreensão intelectual

Conseqüências diretas com decisões e relações de trabalho

críticas e vitais

Facilitador cria situações para aprendizagem do

educando/colaborador

Educando/Colaborador descobre sua realidade com intervenção do “facilitador”

Opções ocorrem ao facilitador e podem ou não ser partilhadas

com o aprendiz

Educando/Colaborador descobre e decide opções por si

mesmo

Partes distintas: começo e fim ContínuaEsquema variável

Simulações, exercícios, facilitador como perito, figura central

“mestre”

Eventos críticos reais facilitador como figura periférica

Facilitador

Cabe ao facilitador:

• atuar como um educador• encorajar à ação• identificar e atuar segundo necessidades do grupo• organizar as fases do jogo ou vivência• reforçar o processo segundo o CAV

Pessoa que conduz as atividades de um grupo, buscando possibilitar uma ação construtiva de aprendizagem.

Ação do Facilitador

ATUAÇÃO BASEADA NA ANDRAGOGIA

� estimular participantes a expor experiências

� valorizar as participações

� demonstrar a aplicação imediata

� explicitar relação com a realidade concreta

� motivar participantes ao desenvolvimento profissional e pessoal

� conduzir à auto-avaliação

� oferecer feedback adequadamente

REQUISTOS BÁSICOS AO

DESEMPENHO DO FACILITADOR

� Quanto à organização e conhecimento das técnicas

• Evitar aplicar a “ técnica pela técnica”

• Procurar conhecer previamente as características do grupo

• Estabelece uma comunicação clara e objetiva sobre regras

• Habituar-se a trabalhar proativamente.

REQUISTOS BÁSICOS AO

DESEMPENHO DO FACILITADOR

� Quanto à postura e relação com grupo

• Promover um relacionamento agradável com todos do grupo;

• Não subestimar o potencial do grupo

• Saber ouvir e interpretar as situações que ocorrem no grupo

• Respeitar e manter sigilo do que ocorrer nas sessões

• Manter coerência entre discurso e a postura profissional perante o grupo

REQUISTOS BÁSICOS AO

DESEMPENHO DO FACILITADOR

� Quanto à condução da participação

• Estar aberto às opiniões contrárias

• Compartilhar o comando das atividades do grupo, permitindo um ambiente espontâneo e de livre expressão

• Ser paciente, principalmente quando grupo estiver em silêncio

• Ter habilidades para sintetizar objetivamente os comentários

• Manter os comentários dentro do contexto

REQUISTOS BÁSICOS AO

DESEMPENHO DO FACILITADOR

Psicodrama

Dinâmica de grupo e simulações

Jogo ao ar livre

Role playing (jogo dos papéis)

Jogos dramáticos e vivenciais

Psicodrama

"Drama" significa "ação" em grego.

Psicodrama pode ser definido como uma via de investigação da alma humana mediante a ação.

• É um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma.

• Mobiliza para vivenciar a realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos e facilita a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis.

• Tem sido amplamente utilizado na educação, nas empresas, nos hospitais, na clínica, nas comunidades.

Dica: www.febrap.org.br

Jacob Levy Moreno(l889-1974)

Pai do Psicodrama, da Sociometria e da Psicoterapia de Grupo

Psicodrama

Socionomia

�Sociometria: teste sociométrico mensura as escolhas dos indivíduos e expressa-as através de gráficos representativos das relações interpessoais e estrutura grupal.

�Sociodinâmica: investiga a dinâmica do grupo, as redes de vínculos entre os componentes dos grupos.

�Sociatria propõe-se à transformação social, à terapia da sociedade.

* Técnicas: o Psicodrama, o Sociodrama, o Role Playing, o Teatro Espontâneo, a Psicoterapia de Grupo.

* Psicopatologia e modelos referenciais na compreensão da experiência emocional humana

Jacob Levy Moreno(l889-1974)

Sessão de Psicodrama

aquecimento, dramatização e compartilhar.

Contextos social, o grupal e o dramático

Instrumentoscenário, o protagonista, o diretor, o ego-auxiliar e a platéia ou público

Etapas

Jogos dramáticos e vivenciais

Princípios da aprendizagem vivencial

• Educação Empresarial = enfoca o desenvolvimento das competências humanas e das relações comportamentais

• Saber viver e conviver, saber decidir, saber priorizar, avaliar cenários e desenvolver criatividade

• Valores: autonomia, ética e liderança.

“Então quando estiveres perto,

arrancarei meus olhos

e tu arrancarás os teus.

E eu te darei meus olhos

e tu me dará os teus.

E eu te verei com teus olhos

e tu me verás com os meus”

Jaco Levy Moreno

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