Aula Insuficiência Renal Crônica

Preview:

Citation preview

INSUFICIÊNCIA

RENAL CRÔNICA

Bruno Ribeiro de Almeida

Definição• Perda da Função

Renal

inexorável insidiosa progressiva

sinais e sintomas decorrentes da incapacidade do rim de manter a homeostasia interna e da retenção de substâncias nitrogenadas

• Definiu-se Doença Renal Crônica como:– a presença de um ritmo de filtração

glomerular inferior a 90 ml/min/1,73m2, por três meses seguidos ou mais.

– presença de sinais de lesão renal (laboratorial, imagens ou histologia renal).

Insuficiência Renal Crônica

• Diagnóstico

• Relevância

Insuficiência Renal Crônica

• 1,4 a 1,8 milhões de brasileiros com DRC.

• 60.000 pacientes mantidos em diálise

• 25.000 pacientes transplantados renais

• Reduzida qualidade de vida• Gastos de 1,4 bilhões de reais a cada ano.

Incidência e Prevalência

• IncidênciaNúmero de casos novos de I.R.C. diagnosticados por ano, por milhão de pessoas (pmp).

• Adultos = 80 a 120 casos novos pmp.

• Crianças = 4 a 10 casos novos pmp.

• PrevaLência• Brasil (+-) 17.430 pacientes novos por ano

• PrevalênciaNúmero de casos com diagnóstico de I.R.C. em um momento, por milhão de pessoas (pmp).

• Brasil - 2004Trat. Conservador ?? 1,8

miHemodiálise 52.176C.A.P.D. 3.754D.P.A 1,934D.P.I. 275Total 58.464Transplantados 25.500 *

Incidência de Pacientes em TRS

Incidência por milhão/ano

45

72,3

129,3123,8

99

0

20

40

60

80

100

120

140

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Riscos de Doença Renal Crônica• Diabéticos• Hipertensos• Indivíduos acima de 60

anos• Indivíduos com história familiar de

DRC• Indivíduos com Doença Autoimune• Indivíduos com Infecção Sistêmica• Indivíduos expostos a substâncias

tóxicas• Indivíduos com redução de massa

renal• Alguns casos de Insuficiência Renal

Aguda

K/DOQI 2002

Etiologia1. Hipertensão Arterial2. Diabetes mellitus3. Glomerulonefrite crônica4. Doença Renal Policística5. Nefrite Intersticial6. Doenças Vasculares do Colágeno7. Neoplasias8. Doenças Metabólicas9. Doenças Congênitas/Hereditárias10.Anemia de Células Falciformes11.Aids12.Outras

Etiologia Doença Renal Crônica

HAS27%

Diab16%

GNC11%

IRCT23%

NTIC8%

DRP7% Outros

8%

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICAINSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICADiagnóstico da Doença Renal

Diagnóstico 1987 1997 2005

Glomerulonefrite Crônica 36,5% 27,5% 13,0%N.T.I.C. / P.N.C. 16,5% 11,0% 9,0%

Nefroesclerose 10,8% 16,8% 27,1%Diabetes Mellitus 8,1% 13,0% 22,3%

D. Renal Policística 6,7% 3,0% 5,4% Nefropatia Lúpica 4,7% 1,3% 2,1% Outros 1,7% 4,6% 12,1%Indeterminado 15,0% 22,8% 9,0%

Sabbaga E. 1987 Sec. Saúde SP, 1997 Romão Jr JE, 2004

REDUÇÃO CRÔNICA NA MASSA RENAL

↑ F G

VASODILATAÇÃO RENAL CRÔNICA

HIPERFILTRAÇÃO GLOMERULAR

ALTERAÇÃO SELETIVAS DE PERMEABILIDADE

LESÃO CELULAR DIRETA

FLUXO PROTÉICO ELEVADO

PROLIFERAÇÃO CELULAR

LESÃO DA CÉLULA MESANGIAL

SUPERPRODUÇÃO DE MATRIX MESANGIAL

ALBUMINÚRIAESCLEROSE

CLOMERULAR

(140 – Idade em anos) x (Peso em kg)• Clearance (ml/min/1,73m2) = ----------------------------------------------------• 72 x Creatinina sérica (mg/dL)

• Para mulheres, multiplicar o valor obtido por 0,85.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 100

30

60

90

120

150

Creatinina (mg/dL)

RF

G(m

l/m

in/1

,73

m2 )

Função Renal e Creatinina Plasmátican = 186

Estadiamento e Classificação

Estadio

Filtr. Glomerular

(ml/min)

Creatinina

(mg/dL)

Grau de I.R.C.

0 > 90 0,6 – 1,4 Ausência de lesão renal Grupo de risco para DRC

1 > 90 0,6 – 1,4 Função renal normalPresença de lesão renal

2 60 – 89 1,5 – 2,0 IR leve ou Funcional - 25%

3 30 – 59 2,1 – 6,0 IR moderada – 75%

4 15 – 29 6,1 – 9,0 IR severa ou clínica – abaixo de 20%

5 < 15 > 9,0 IR terminal ou pré-dialítica

SBN2004

Fases Clínicas da IRC

8

10

12

0 10 20 30 50 70 80 90

5

4

12

4

RFG

Creatinina

3

LESÃO RENAL COM FG NORMAL

LESÃO RENAL COM FG LIGEIRAMENTE DIMINUÍDA

LESÃO RENAL COM FG MODERADAMENTE DIMINUÍDA

LESÃO RENAL COM FGSEVERAMENTE DIMINUÍDO

FALÊNCIARENAL

ESTÁGIOS

V

IV

III

II

I

FG(mL/mi/1,73 m2)

<15

15-29

30-59

60-90

>90

DOENÇA RENAL CRÔNICA

AJKD, 39 (2), Suppl 1, 2002

1

2 - leve

3 – moderada

4 – severa

5 - IRCT

Diagnóstico

Neurológicas Psicológicas Oculares Cardiovasculares Pulmonares Gastrintestinais Endócrinas Hematológicas Neuropatia periférica Dermatológicas Metabólicas Dislipemia, gota, desnutrição, int. glicose

I n t o x i c a ç ã oS i s t ê m i c a1 - Clínico

2 - Laboratorial

1 – Diagnóstico Clínico

• Neurológicas Alterações do

sono Convulsões Irritabilidade Cefaléia Coma

• Psicolócicas Depressão Ansiedade Psicose

• Pulmonares Pulmão urêmico Pleurite Derrame Pleural

• Gastrointestinais

Anorexia Náusea, vômito Hálito Urêmico Sangramento GI Úlcera Péptica

1 – Diagnóstico Clínico• Neuropatia

Periférica Parestesias

S. da Perna Irrequieta Paralisia

• Hematológicas Anemia

Sangramento

• Musculoesqueléticas

Fraqueza Osteodistrofia

• Cardiovasculares

Hipertensão arterial Insuficiência cardíaca Coronariopatia Pericardite Miocardite

• Dermatológicas Palidez Pigmentação Prurido, escoriações Equimoses, Púrpura Alterações ungueais

1 – Diagnóstico Clínico

• Oculares Retinopatia

Hipertensiva Depósitos de cálcio

na conjutiva e córnea

• Metabólicas Intolerância aos

carboidratos Hiperlipidemia Gota

Síndrome UrêmicaNeurológica Central• Sonolência, coma• Diver. ativ. cognitiva• Perda memória• Tremores, miolomas• Convulsão• desorientação, confusão• Apnéia do sono

Cardiovascular• Aterosclerose acelerada• Miocardiopatia• Pericardite

Hematológica• Anemia• Quimiotaxia neutrofílica• Alt. função linfócitos• Diátesis hemorrágica• Disfunção plaquetária

Neurológica Periférica• Neuropatia sensomotora• Disestesias• Soluço• Pernas inquietas• Fadiga muscular

Oftámica• Calcificações conjuntival• Calcificações corneal

Endocrinológica• Hiperparatireoidismo secundário• Intolerância aos carbohidratos• Resistência insulínica• Dislipemias• Metab. tirocino periférico alterado• Atrofia testicular• Disfunção ovariana• Amenorréia, dismenorréia

Pulmonar• Edema pulmonar• Pneumonite• Pleurite fibrinosa

Gastrintestinal• Anorexia, náuseas e vômitos• Estomatite, gengivite• Parotidite• Gastrite, duodenite, úlcera pética

Dermatológica• Prurido• Calcificação distrófica• Alt. pigmentação• Cabelo seco, quebradiço

2- Diagnóstico Laboratorial

• EAS • Bioquímica • Proteinúria de 24 horas• Clearance da Creatinina• Gasometria• Ultra-sonografia• Radiografia simples• Tomografia Computadorizada• Ressonância Magnética• Eco Doppler de Artérias Renais

Fonte:Ministério da SaúdeSecretaria de Assistência à SaúdeDepartamento de Controle e Avaliação de Sistemas2006

Fonte:Ministério da SaúdeSecretaria de Assistência à SaúdeDepartamento de Controle e Avaliação de Sistemas2006

Hemodiálise

Modelo esquemático de Hemodiálise

ACESSO VASCULAR PARA HEMODIÁLISE

ACESSO VASCULAR PARA HEMODIÁLISE

Diálise Peritoneal

Diálise Peritoneal

Quando Iniciar Diálise?Indicações Tradicionais• ABSOLUTAS

• Pericardite• Hipervolemia e edema agudo de pulmão

refratários• Hipertensão arterial grave• Encefalopatia e/ou neuropatia urêmica

avançada• Diátese hemorrágica

• RELATIVAS• Anorexia progressiva / náuseas / vômitos• Prurido persistente e severo• Alt. atenção / memória / depressão

Hemodiálise no Brasil

Recommended