Avaliação e pesquisa marcos

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

SECRETARUA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS

DIVISÃO DE TECONOLOGIA EDUCACIONAL

ATIVIDADE: PESQUISA: PRINCÍPIO CIENTÍFICO E EDUCATIVO

MEDIADORA: CRISTIANE OLIVEIRACURSISTA: MARCOS SILVA RIBEIRO

A atual instituição universitária está em decomposição histórica.

A universidade é capaz de produzir um “professor” de ensino básico que nunca pisou numa sala de aula ou que nunca deu uma aula.

É mister superar ironias do nosso destino, como a de jogar no mercado um “professor” que não sabe dar aulas.

Pesquisa seria fermento apto a recolocar a universidade no caminho das esperanças sociais nela depositadas.

A pesquisa, por ser não só conhecimento mas sobretudo a sua produção, precisa dialogar direto com a realidade.

Do lado do professor temos a visão empobrecida do ministrador de aulas.

Esta caricatura se adensa mais ainda no professor biscateiro, marcado por condições negativas.

Repassador de conhecimento alheio, “picaretagem”, marcas expressam a impropriedade flagrante da função de professor, banalizada na condição de repassador barato de conhecimento alheio.

Professor é aquela figura que, tendo graduação, é contratada para dar aulas. Pior que isso, há instituições de ensino superior que assim se definem: apenas dão aula e têm como professor típico esse biscateiro instrutor.

Assim, vale perguntar: o que é professor?

pesquisador, socializador de conhecimentosmotivador

É impossível ser professor “de qualquer coisa”.

Professor-papagaio, que sempre diz a mesma coisa.

O professor tem seu lugar, como pesquisador e orientador, para motivar no aluno o surgimento do novo mestre.

O primeiro passo é aprender a aprender, que significa não imitar, copiar, reproduzir.

A verdadeira aprendizagem é aquela construída com esforço próprio através de elaboração pessoal.

No plano da teoria, é mister exigir capacidade própria de elaboração, e, no plano da prática, capacidade de recriar teoria e de unir saber & mudar.

Se a pesquisa é a razão do ensino, vale o reverso: o

ensino é a razão da pesquisa

Podemos colocar para o professor exigências tais como:

Pesquisa;possuir domínio teórico;habilidade de manuseio de dados empíricos;possuir versatilidade metodológica; possuir experiência prática;criar espaços alternativos de compreensão e intervenção;estabelecer atitude de diálogo;

Agente de mudança na sociedade

O aluno é “estudante”, resumido no discípulo que indigere pacotes instrutivos.

O aluno leva para a vida não o que decora,mas o que cria por si mesmo.

Os “professores” se dizem “ensinadores”, porque na universidade foram obrigados a apenasaprender.

Vê-se que a miséria do professor é a mesma do aluno, o qual será, em seguida, o professor, dentro da mesma engrenagem reprodutiva.

O professor é sobretudo motivador, alguém a serviço da emancipação do aluno

Muitas vezes é proibido fazer perguntas, fechando-se o ensino em certas apostilas, que não passam de simplificação barata e deturpante da ciência.

Aula é momento de preleção discursiva, que tem seu lugar adequado, mas que jamais pode ser expediente didático predominante, muito menos exclusivo.

Para motivarmos o elaborador científico, são necessárias condições didáticas, tais como: indução do contato pessoal do aluno com as teorias, manuseio de produtos científicos transmissão de alguns ritos formais do trabalho científico destaque da preocupação metodológica, cobrança de elaboração própria.

A avaliação pode não respeitar o ritmo de cada um em seu desenvolvimento intelectual e social como não adianta mascarar a desigualdade social, a avaliação acaba tornando-se inevitável

A avaliação é um dos desafios científicos que mais escancaram os limites da ciência, Avaliar é pesquisar, se bem compreendido.

O conceito de pesquisa leva a dizer que a avaliação do aluno precisa ser radicalmente revista, para ser coerente com o desafio de gestação do novo mestre.

A lógica subjacente é a valorização da elaboração própria,na direção do pesquisador.

mais difícil é essa avaliação qualitativa, que desde logo nãoé passível de ser traduzida em dados mensuráveis.

A avaliação apenas formal é fuga, porque atesta quenão sabemos avaliar conteúdos.

A pesquisa como principio educativo

Em nome da pesquisa, todo “professor” deve ser cientista.

Emancipação é o processo histórico de conquista eexercício da qualidade de ator consciente e produtivo.

A compreensão adequada da emancipação somente éviável no quadro da desigualdade social, quer dizer recuperar o espaço próprio queoutros usurparam,

Pobreza não é sina, mau-jeito, azar, mas injustiça. Sem tal conscientização não aparece o reclamo emancipatório, porque o ser social ainda é objeto.

Conceber e executar projeto emancipatório supõe de modo geral dois suportes mais visíveis, que são a busca de auto-sustentação e de autogestão,

Nessas condições, a escola é tipicamente reprodutiva, mas não precisa reduzir-se a isso. Pode ser o signo da imbecilização popular, mas pode ser instância fundamental de formação da cidadania de um povo.

A primeira preocupação é repensar o “professor” e na verdade recriá-lo. De mero “ensinador” — instrutor no sentido mais barato — deve passar a “mestre”.

há lugar para a aula, como expediente informativo, para introduzir temas e unidades, para ouvir-se recado do professor.

“Tomar nota” é preciso, mas é pouco. Toma-se nota, para poder reelaborar, não para decorar. “Decorar” deveria ser riscado do mapa,

A escola continua curral formal, onde o gado é tratado.

Aluno, como discípulo, é gado. Numa analogia forte, é como penico, que tudo aceita sem reclamar, e acha que não passa disso.

O desafio da qualidade política está emfomentar a iniciativa do aluno

Do ponto de vista da pesquisa, seriam desafios da escola:

A escola precisa assumir papel de espaço culturalcomunitário

A presentar-se como referência pertinente de mobilizações comunitárias caminhar na direção da oferta integral cultivar a noção de patrimônio social e comunitário

acatar o controle democrático constituir-se patrimônio do professor público, atualizar-se sempre.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DEMO, Pedro. Metodologia da Investigação em Educação. Curitiba. Ibpex, 2005.

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