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PREÇO SOBE PELO 3º MÊS CONSECUTIVO E DEVE SE MANTER FIRME
O preço do leite pago ao produtor aumentou pelo
terceiro mês consecutivo, atingindo R$
0,8766/litro (preço líquido, “média Brasil”) em
abril, aumento de 3,4 centavos/litro em relação a
março. Essa média calculada pelo Cepea (Centro
de Estudos Avançados em Economia Aplicada),
da Esalq/USP, é ponderada pelo volume captado
nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA em
março. Contabilizando-se o frete e impostos, o
preço bruto teve média de R$ 0,9526/litro, valor
3,7% superior ao de abril/12 e o maior desde
outubro/11, em termos reais – considerando-se a
inflação (IPCA) do período.
Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento
esteve atrelado à queda na produção em março,
como normalmente ocorre nesse período, por
conta do início da entressafra. Com essa restrição
na captação de leite, agentes consultados pelo
Cepea relataram disputa acirrada entre os
laticínios.
O volume adquirido pelas indústrias em março
diminuiu em todos os estados da pesquisa. Assim,
o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-
Leite) caiu 4,62% de fevereiro para março. No
Nordeste, a queda na produção de leite
ocasionada pela forte seca é tão crítica que o
Ministério da Agricultura autorizou a
reconstituição de leite em pó (em 35% da
capacidade produtiva de cada fábrica) por três
anos. Em março, para se ter uma ideia, a
captação nos estados do Ceará e Bahia recuaram
12,7% e 11,4%, respectivamente.
Para maio, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda impulsionados pela oferta restrita de matéria-prima. No Sul do País, por outro lado, a utilização das pastagens de inverno inicia-se em algumas praças e deve ser intensificada em maio, podendo elevar a produção da região. Ainda assim, 85,7% dos agentes entrevistados pelo Cepea (que representam 91,9% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite em maio, enquanto o restante (14,3% que representam 8,1% do volume) acredita em estabilidade nas cotações. Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de
preços para o próximo mês.
Concomitantemente, os preços dos derivados também subiram em abril (cotação até o dia 25). No atacado do estado de São Paulo, o leite UHT e o queijo muçarela se valorizaram 5,4% e 1,8%, respectivamente. O UHT teve média de R$ 2,07/litro em abril, a maior da série do Cepea, iniciada em março/10, em termos nominais. O queijo muçarela teve média de R$ 11,79/kg.
Segundo relatos de atacadistas, o consumo segue firme mesmo com os valores mais elevados. Esses agentes alegam, no entanto, que não há mais espaço para grandes aumentos nos preços,
visto que isso limitaria a demanda do consumidor final. Essa pesquisa do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasi leiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).
– Em abril, dentre os estados que compõem a “média Brasil”, Goiás apresentou a maior alta no preço bruto pago aos produtores, de 5,3% ou de 5,1 centavos/litro, fechando a R$ 1,0201/litro. Em seguida, o preço do leite em Minas Gerais subiu 4,5% ou 4,2 centavos/litro, com a média a R$ 0,9716/litro. Em São Paulo, o valor pago ao produtor alcançou
AO PRODUTOR
ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - MARÇO/13. (Base 100=Junho/2004)
Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP | Ano 19 nº 218 | Maio 2013Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP
Déficit da balança comercial pioraOferta de derivados lácteos
recua em abril
Produção integrada de leite:
certificação pode assegurar
Credibilidade ao leite brasileiro
Sul / Sudoeste de Minas
0,9659
1,0014
0,9710
1,0177
0,9664
1,0065
1,0316
0,9705
1,0087
0,9419
0,9676
0,9876
1,0399
1,0280
1,0151
1,0610
0,9921
1,0976
1,1258
0,9850
1,0362
1,1015
1,0713
1,0812
0,8689
1,0219
1,0252
1,0969
1,0082
1,0701
0,8849
0,9980
1,0119
1,0561
0,9897
1,1261
1,0442
1,0780
1,0621
0,8469
0,9478
0,9183
0,6613
0,7151
0,6671
0,9366
0,8515
0,9204
0,9410
0,8608
0,8893
0,9839
0,9803
1,0111
0,8269
0,8675
0,8722
1,0055
0,9153
1,0945
1,0041
0,9688
0,9962
1,0358
0,9470
1,0000
0,7909
0,9017
0,9002
0,9704
0,9158
1,0658
0,9833
1,0243
1,0019
0,7915
0,8877
0,8516
0,5724
0,6253
0,5632
0,8535
0,7808
0,8647
0,8823
0,8120
0,8317
0,9255
0,9204
0,9425
0,7342
0,7742
0,7637
0,9209
0,8432
1,0349
0,9440
0,9175
0,9367
2,12%
5,38%
5,31%
6,69%
7,56%
8,49%
6,49%
4,22%
7,21%
3,49%
0,06%
3,66%
2,11%
5,86%
5,2%
6,09%
7,77%
8,9%
6,73%
4,3%
8,66%
3,24%
0,10%
4,2%
0,7291
0,6925
0,7325
0,7595
0,7188
0,7606
0,9481
0,8837
0,5976
0,7848
0,8368
0,7847
0,9358
0,9427
0,8373
0,8770
0,8269
0,9369
0,9381
0,8559
0,8745
0,9088
0,8395
0,8622
0,7458
0,9190
0,8343
0,8715
0,8808
0,8738
0,9226
0,8664
0,9137
1,0145
0,9266
0,8764
0,9004
0,9247
0,9336
1,0068
0,9840
0,9574
1,0028
0,9435
1,0149
1,0239
0,9234
0,9716
1,0376
1,0115
1,0201
0,7862
0,9783
0,9210
0,8809
0,8957
0,8876
0,9454
0,8651
0,9296
0,9593
0,8964
0,9185
0,8539
0,8877
0,9149
0,9529
0,9616
0,9404
0,9903
0,9162
0,9726
0,9810
0,9168
0,9549
1,0093
0,9952
0,9998
0,7838
0,9401
0,9465
0,6495
0,5939
0,6548
0,6932
0,6231
0,6894
0,8799
0,8116
0,5168
0,7002
0,7602
0,7166
0,8512
0,8774
0,7651
0,8137
0,7599
0,8506
0,8450
0,7906
0,8059
0,8344
0,7816
0,7990
0,6635
0,8396
0,7600
0,7893
0,7778
0,7931
0,8526
0,7673
0,8390
0,9361
0,8535
0,7892
0,8131
0,8448
0,8621
0,9205
0,9182
0,8840
0,9283
0,8734
0,9271
0,9291
0,8566
0,8985
0,9569
0,9340
0,9415
0,7027
0,8975
0,8445
2,65%
0,96%
3,07%
4,59%
-0,64%
3,54%
2,81%
5,69%
1,58%
3,26%
3,56%
3,40%
-2,25%
2,34%
2,96%
3,92%
4,10%
3,35%
4,14%
4,29%
4,46%
4,43%
5,74%
5,30%
1,05%
2,77%
1,64%
2,63%
1,51%
3,1%
4,87%
-0,97%
3,7%
0,21%
6,20%
1,82%
3,18%
3,3%
3,30%
-0,08%
3,33%
3,1%
4,37%
4,04%
3,30%
3,67%
4,30%
4,7%
4,78%
5,15%
5,0%
0,36%
2,71%
1,4%
Abr/Mar Abr/Mar
R$ 0,9574/litro, alta de 3% frente à de março (ou 2,7 centavos/litro). O preço bruto no Paraná aumentou 3,6% (3,2 centavos/litro), de modo que o litro foi comercializado a R$ 0,9247. Mesmo com a queda na produção na Bahia, o preço aumentou somente 1,6%, a R$ 0,9210/litro. Por fim, os estados de Santa
Catarina e de Rio Grande do Sul tiveram aumentos de 3,5% e 3,1%, respectivamente, com o preço bruto a R$ 0,9137 e a R$ 0,8738/litro.
Quanto aos estados que não compõem a “média nacional Cepea”, Mato Grosso do Sul teve disparado o maior aumento, de expressivos 8,5%
(ou 6,8 centavos), alcançando R$ 0,8722/litro. O maior preço foi registrado no Rio de Janeiro, de R$ 1,0111/litro, onde houve elevação de 5,3% (ou 5,1 centavos). No Ceará, estado em que a redução da captação foi grande, o preço chegou a R$ 0,9962/litro. No Espírito Santo, o preço do litro teve média de R$ 0,9153 em abril.
ABRIL /13MARÇO /13
Flávia Romanelli - Mtb: 27540
Por Pedro Parzewski Neves, graduando Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea
PREÇO DO LEITE SOBE, MAS PRODUTOR AINDA DEVE FICAR ATENTO AOS CUSTOS
Evolução do Custo Operacional Efetivo (COE), preço da tonelada de ureia e preços pagos aos produtor entre
abril/2012 e abril/2013 em São Paulo.
Considerando-se que o preço do leite pago ao produtor paulista subiu 5,2% entre janeiro e abril/13 e que o Custo Operacional Efetivo (COE) caiu 2,1% no mesmo período, seria possível apontar que o cenário neste ano é favorável ao pecuarista de leite. Entretanto, apesar das recentes quedas, o custo de produção em abril/13 ainda está em patamar mais elevado que o observado no mesmo mês de 2012.
Daqui para frente, o volume de leite a ser
produzido tende a diminuir, por conta da entressafra. Assim, é muito importante que produtores realizem um planejamento forrageiro, visando reduzir o estresse nutricional do rebanho e consequente impacto na produção de leite.
Fertilizantes nitrogenados têm importante papel na formação e na manutenção de pastagens e forrageiras suplementares (cana-de-açúcar, silagem de milho e outras) e também na complementação do teor de proteína da cana-de-
açúcar. Nesse sentido, o uso desse insumo é bastante elevado neste período do ano, o que pode influenciar nos custos nos próximos meses.
Em abril, o preço tonelada de ureia, principal fonte nitrogenada da pecuária de leite, subiu 6,8% frente a março no mercado paulista e 14,3% em relação a abril de 2012. Neste mesmo período, o preço do leite pago ao produtor paulista aumentou apenas 7,9%.
Mar/13
Fev/13
Mar/12
Mar/13
Fev/13
Mar/12
Mar/13
Fev/13
Mar/12
Mar/13
Fev/13
Mar/12
Mar/13
Fev/13
Mar/12
Mar/13
Fev/13
Mar/12
(130g de Fósforo)
703,3 litros/tonelada
788,9 litros/tonelada
674,1 litros/tonelada
8,2 litros/frasco 10 ml
7,9 litros/frasco 10 ml
8,0 litros/frasco 10 ml
79,3 litros/sc 25 kg
81,4 litros/sc 25 kg
75,2 litros/sc 25 kg
54,0 litros/litro de herbicida
53,3 litros/litro de herbicida
58,7 litros/litro de herbicida
1600,1 litros/tonelada
1641,8 litros/tonelada
1489,8 litros/tonelada
14,6 litros/frasco 50 ml
15,0 litros/frasco 50 ml
15,5 litros/frasco 50 ml
DÉFICIT DA BALANÇA COMERCIAL PIORA EM ABRILPor Tiago Teixeira da Silva Siqueira, Analista de Mercado equipe Leite Cepea
Pelo segundo mês consecutivo, o déficit da balança comercial de lácteos cresceu, fechando abril em 89 milhões de equivalentes litros de leite frente à aproximadamente 80 no mês anterior. Esse volume equivale a US$ 44,7 milhões, ou US$ 1,6 milhão a mais que o déficit de março. Quando se compara ao mesmo período do ano passado, observa-se que a diferença negativa em volume é aproximadamente 10% maior.
O déficit registrado, tanto em volume quanto em valor, é o segundo maior deste ano, sendo somente inferior ao de janeiro. Este cenário é resultado da alta demanda interna associada à baixa no volume captado em abril, como consequência da queda na produção de pastagens na maior parte do País.
Em abril, o volume em equivalentes litros de leite comprado pelo Brasil no mercado externo foi 11% superior ao de março. Praticamente 93% vieram da Argentina e do Uruguai. Destaca-se o aumento de 28% na importação de queijos – segundo principal produto importado pelo País –
frente a março. Quanto ao leite em pó, produto mais comprado pelo Brasil, houve acréscimo de 7% no volume, também frente ao mês anterior.
Quanto às exportações, a quantidade vendida foi 4% inferior à de março, passando de 10,6 milhões em equivalentes litros de leite em março para 10,1 milhões em abril. Os principais países importadores, tanto em volume quanto em valor, foram respectivamente: Venezuela, Arábia Saudita e Angola. Apesar de não ser o principal produto na pauta de exportação de lácteos, é importante ressaltar que o leite em pó teve redução de 23% do volume exportado frente a março.
– Os efeitos da seca na Nova Zelândia, ainda foram sentidos no mercado internacional de derivados lácteos na segunda quinzena de abril. O período foi marcado pelos maiores preços do leite em pó na Oceania desde 2005, segundo dados do USDA. A média do leite desnatado foi de US$ 5.562,50/tonelada, e a do integral, US$
PREÇOS INTERNACIONAIS
5.500,00/tonelada. Porém, com o retorno das chuvas na Nova Zelândia, no fim da segunda quinzena de abril e início de maio, as condições a d e q u a d a s d e p r o d u ç ã o v ê m s e reestabelecendo, ocasionando leve redução no preço do leite em pó desnatado no início de maio. Devido aos elevados preços na Oceania, o leite em pó na Europa também teve importantes reajustes, fechando o mês de abril a US$ 4.262,50/tonelada para o desnatado e a US$ 4.800/tonelada para o integral. Estes valores são os maiores registrados desde dezembro de 2007.
– Em abril, o Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) caiu 6% em dólar e 5% em Reais frente ao mês de março, com as médias a US$ 3,28/kg e a R$ 6,56/kg. As principais quedas ocorreram nos grupos do leite fluido, iogurte e doce de leite, nessa ordem. Já o principal acréscimo foi observado para a manteiga, enquanto os outros permaneceram praticamente estáveis.
IPE-L/Cepea
US$ 5.150
US$ 4.750
US$ 4.700
US$ 4.100
US$ 3.075
US$ 3.162,5
US$ 2.837,5
US$ 2.575
+67,5%
+50,2%
+65,6%
+62,8%
Dados referem-se à média entre 29/04/2013 e 10/05/2013; para 2012, foram tomados dados de período semelhante.
Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹
Mar – Abr (%) Participação no total exp. em Abr/13 Abr/12 – Abr/13 (%)
10.108
1.707
5.681
1.994
690
-4%
-23%
-3%
6%
20%
-
17%
56%
20%
7%
-12%
-
2%
-27%
54%
Total de janeiro a abril/13 frente ao mesmo período de 2012: 18%
Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹
Mar – Abr (%) Participação no total imp. em Abr/13 Abr/12 – Abr/13 (%)
²
88.748
58.950
22.262
1.034
1.441
11%
7%
28%
-34%
-12%
-
66,4%
32,1%
0,8%
-
7%
-
13%
-49%
-44%
Total de janeiro a abril/13 frente ao mesmo período de 2012: -27,3%
Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido
em quilos, não sendo convertido em litro. Fonte: Secex / Elaboração: Cepea.
OFERTA DE DERIVADOS LÁCTEOS RECUA EM ABRILPor Ana Paula Negri, graduanda em Ciências dos Alimentos, e Jacqueline Betim Barbieri,
graduanda em Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea
Em abril, os preços dos derivados lácteos aumentaram em relação ao mês anterior. A baixa oferta fez com que indústrias elevassem os preços. Quanto à demanda, colaboradores do Cepea afirmam que se manteve firme no último mês, o que levou algumas regiões a apresentar dificuldade para supri-la.
De acordo com pesquisas do Cepea, o leite UHT foi negociado, em média, a R$ 2,07/litro (inclui frete e impostos) em abril no atacado paulista, 5,5% maior que o de março e 17,08% superior à média de abril/12, em termos nominais. Essa pesquisa é realizada com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e da CBCL (Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios).
Por meio do gráfico de evolução de preços do leite longa vida (em valores reais), é possível observar que as cotações neste ano têm seguido o mesmo movimento observado em 2011, mas estão diferentes da estabilidade de 2012, que foi bastante atípica e prejudicou as margens da indústria. Assim, ao analisar o movimento do mercado em 2013, considera-se que a alta nos preços é comum neste período, visto que é entressafra.
Acompanhando o mesmo movimento, o queijo muçarela (negociado no atacado paulista) teve média de R$ 11,79/kg (inclui frete e impostos), com alta de 1,86% em relação à de março/13 e de 14,49% na comparação com abril/12. Agentes consultados pelo Cepea afirmam que os
preços de queijo muçarela podem aumentar ainda mais devido à baixa oferta, que pode ser uma consequência da queda na captação da matéria-prima.
O período de alta nos preços dos derivados lácteos começou em março. A exceção é o valor do leite em pó (sachê de 400g), que permaneceu praticamente estável em relação ao mês anterior (queda de 0,7% e média de R$ 11,32/kg).
As altas mais expressivas foram observadas nos preços dos derivados que têm maior influência no
MERCADO EM MARÇO:
mercado de lácteos. O leite UHT registrou valorização de 3,9% na média nacional em relação a fevereiro, com o litro a R$ 1,83. No mesmo período, o queijo muçarela teve média de R$ 13,04/kg, alta de 3,7% em relação ao mês anterior.
O leite pasteurizado se valorizou 1,3% frente a fevereiro, com média de R$ 1,46/litro. O preço do queijo prato apresentou alta de 2,5%, com o quilo cotado a R$ 14,26. O valor da manteiga (200g) teve ligeiro aumento de 0,7% em relação ao mês anterior, com média de R$ 11,35/kg.
1,44
1,91
13,27
12,40
12,18
11,25
1,44
1,87
13,68
12,41
12,39
11,05
1,48
1,82
12,80
12,23
9,65
11,11
1,47
1,71
17,00
16,28
11,10
11,90
1,48
1,83
14,56
11,87
11,41
11,28
1,46
1,83
14,26
13,04
11,35
11,32
0,3%
5,5%
8,2%
3,7%
3,8%
2,3%
1,0%
4,8%
0,5%
-1,2%
0,5%
-3,4%
1,0%
2,4%
-1,9%
4,8%
0,0%
-5,6%
3,5%
2,8%
10,6%
8,8%
1,0%
0,0%
0,6%
4,1%
-4,9%
1,3%
-1,8%
3,5%
1,3%
3,9%
2,5%
3,7%
0,7%
-0,7%
Fonte
: Cepea/ES
ALQ
-USP
em abr/13 mar/13 abr/12
R$ 2,07/litro
R$ 11,79/kg
5,51%
1,86%
17,08%
14,49%Fonte: Cepea – OCB/CBCL
Evolução de preços do leite UHT no mercado atacadista paulista (em valores reais)
em 2011, 2012 e 2013 (até abril)
Preços médios dos derivados praticados em MARÇO e as variações em relação ao mês anterior
As recentes constatações de fraudes em lotes de
leite no Rio Grande do Sul tendem a acentuar o
interesse do consumidor por certificação do
produto. Podem ser atestadas tanto a
procedência dos produtos lácteos quanto
questões de segurança alimentar, de bem-estar
animal e de adequações sociais e ambientais dos
agentes/empresas que formam a cadeia.
Certificações permitem também a rastreabilidade
do produto e lhe conferem identidade e
visibilidade diferenciadas, o que ajuda na venda
por um preço mais elevado que o comumente
praticado no mercado. Para os fornecedores,
portanto, configura-se uma oportunidade de
alcançar novos nichos e tornar seu produto mais
competitivo.
No caso do programa de certificação “Produção
Integrada de Leite”, o sistema adotado baseia-se
na sustentabilidade, no uso racional de recursos
naturais e na regulação de mecanismos para a
substituição de insumos poluentes. Porém, a
certificação pela produção integrada não
representa garantia de venda do leite ou melhora
do preço recebido, ainda que favoreça muito a
condição diferenciada de negociação. O número
de laticínios que pagam por qualidade no Brasil
tem crescido, estimulando o aumento de
produtores que se adéquam completa ou
parcialmente às normas, mesmo não sendo
necessariamente certificados (o que exige
investimento para realizar as auditorias).
O estímulo a certificações ocorre paralelo a
vários desafios que o setor lácteo brasileiro tem a
PRODUÇÃO INTEGRADA DE LEITE: CERTIFICAÇÃO PODE ASSEGURAR
CREDIBILIDADE AO LEITE BRASILEIRO
Principais elementos analisados para a certificação.
Por Pedro Parzewski Neves, graduando Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea
superar em sua base. O baixo acesso de
produtores a informações é um deles, com
reflexos nos índices de produtividade e de
qualidade do leite. Diante de países como
Uruguai, Nova Zelândia e EUA, o Brasil é o que
mais possui propriedades leiteiras, mas não é
capaz de atender a demanda interna em sua
totalidade, justamente por sua baixa
produtividade média.
-
O avanço da colheita no Brasil, a opção de compradores por adquirir apenas pequenos volumes e também as quedas externas mantiveram os preços do milho em baixa em todo o País no correr de abril.
No início do mês, o que chamou atenção foi o descolamento entre as cotações de algumas praças e a dos portos. Isso foi resultado dos custos de transporte e de problemas de disponibilidades de armazéns, além da baixa liquidez para exportação.
As regiões do Paraná foram as que mais sentiram o distanciamento de preços em relação ao porto em abril. Dados do Cepea apontam que a média no oeste paranaense, por exemplo, f icou
aproximadamente 20% inferior à de Paranaguá – deságio tão grande havia sido observado pela última vez em agosto e setembro de 2006. No norte do estado, a diferença com Paranaguá foi de 15% e, no sudoeste, de 17%.
Em abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), acumulou queda de 14,3%. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio caiu 14,3% no mês.
MILHO: Avanço da colheita e quedas externas pressionam
cotações em abril
Os valores do farelo de soja caíram no físico brasileiro no acumulado de abril. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços recuaram 2% entre 28 de março e 30 de abril.
Pesquisadores do Cepea comentam que a pressão veio da colheita de soja no Brasil, que caminha para a reta final, e na Argentina, onde os trabalhos de campo se aproximaram de 70% da área no final de abril, segundo dados da Bolsa de Cereales.
Outro fator que influenciou a queda nos preços foi a gripe aviária nos países asiáticos, que reduziu a demanda por farelo de soja em abril, já que
ocasionou uma retração no consumo de ração animal. Com isso, a China – maior importado mundial – reduziu os negócios em abril.
Os embarques de farelo de soja totalizaram 1,26 milhão de tonelada em abril, volume 9,8% superior ao de abril/12. O preço médio obtido pelo farelo exportado foi de US$ 480,70/t, o menor desde julho/12. No ano, os embarques se limitam a 3,16 milhões de toneladas, 25,6% a menos que no mesmo período de 2012 – dados da Secex.
32,30
31,91
30,29
25,97
1012,45
903,48
792,12
793,10Abril
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