Centro de Reabilitação Físico-Motora

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Centro de Reabilitação Físico-Motora_TGI_2011

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CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICO-MOTORA no complexo esportivo da fonte luminosa

COMISSÃO DE APOIO PERMANENTE

Eulalia P. Negrelos - Joubert J. Lancha - Paulo C. Castral - Paulo Y. Fujioka - Simone H. T. Vizioli

CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICO-MOTORA no complexo esportivo da fonte luminosa

TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO II_2011

ANA CAROLINA NASSER ANDRÉ BOLINI

Agradeço primeiramente e imensamente aos meus pais por terem tornado a minha graduação um sonho possível. Agradeço também aos meus irmãos, namorado e avós pelo apoio, compreensão e paciência dis-pensados a mim, principalmente ao longo deste último ano. Sou muito grata à todos os professores e reconheço o papel fundamental que todos, sem exceção, tiveram em minha formação, no en-tanto, sou especialmente grata à Eulália Negrelos, Luciana Schenk, Paulo Fujioka e Paulo Castral, porque além de todos os ensinamentos, sou-beram contribuir de maneira especial, me confortando e incentivando nos momentos mais difíceis. Não poderia deixar de agradecer também à Cilene, uma das pes-soas que, sem dúvida, mais contribuíram ao meu preparo e que acima de tudo sempre motivou, pelo simples fato de acreditar em mim... E aos ami-gos, da UFV, USP, CORE-SC pelo apoio e companhia em todas as horas!

“Trabalhar cada um em sua esfera de competência e segundo suas possibilidades para uma casa e uma cidade mais humanas, para uma cidade que seja capaz e organizada arquitetonicamente para todos os homens, inclusive (para que) os que usam cadeiras de rodas possam circular plenamente, livremente…”

Le Corbusier

INTRODUÇÃO

ARQUITETURA E IDENTIDADE

O LUGAR

A IDENTIDADE DO LUGAR

INTENÇÕES PROJETUAIS

ESTRATÉGIAS E AÇÕES DE PROJETO

PRIMEIROS ESTUDOS E A EVOLUÇÃO DA PROPOSTA

O PROJETO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INTR

OD

ÃO

O desenvolvimento deste trabalho teve início com a disciplina de Introdução ao Trabalho de Graduação Integrado (Pré-TGI), no entanto, a motivação, as inquietações e questionamentos aqui incorporados são fruto de reflexões de todo o aprendizado, vivência e experiência adquirida ao longo de toda a graduação.

Em Pré-Tgi, o processo inicia-se pela seleção de métodos de atuação identitários na arquitetura e demais fontes inspiradoras de cada aluno, à fim de identificar nossos próprios questionamentos e levantar uma temática de inspiração, que motivasse o desenvolvimento deste trabalho final.

Admito que encontrei certa dificuldade em sintetizar qual seria a essência comum a um apanhado de obras variadas, uma vez que os mo-tivos pelos quais as escolhi haviam sido “aleatórios”: composição formal, preocupação e atenção dispensada à escala do usuário, humanização dos espaços e estratégias projetuais adotadas como resposta ao lugar onde se inserem.

Por fim, percebi que todas as obras escolhidas prestavam-se muito bem à finalidade para qual eram desenvolvidas, mas iam além, sendo adequadas tanto ao uso quanto ao contexto em que se inseriam.

Desta maneira, decidi desenvolver meu trabalho acerca da questão da IDENTIDADE.

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Dentre várias considerações sobre a questão da identidade na arquitetura, algumas com as quais me identifico são as definições dos criti-cos latino-americanos Enrique Browne e Cristián F. Cox.

Resumidamente, para Browne, a identidade não é algo a ser encontrado, mas sim construído: “… não se trata de encontrar uma identidade escondida, senão de aumentar a quantidade e qualidade de nossa produção cultural… Nem os povos nem os arquitetos podem es-capar das circunstâncias em que lhes cabe viver. Seja para aceitá-las, seja para rechaçá-las. Assumir as condições de sua época e lugar, e tratar de superá-las, é o problema de nossa arquitetura. A identidade não se busca: constrói-se trabalhando.”

Assim como para Cox “a tarefa dos arquitetos projetistas quanto à identidade – criar uma arquitetura apropriada a partir de cada realidade e para ela – requer enfoques diferentes daqueles dos sociólogos e histo-riadores. Fundamentalmente, uma atitude de afirmação cultural, entendida como a aceitação criativa das vantagens e carências de cada sociedade, de acordo com seus valores e peculiaridades. (…) Nós, arquitetos, de-vemos ter sempre presente que a identidade cultural não é uma essência racional a ser procurada e encontrada, mas sim um fenômeno vivencial que vai sendo criado no devir social: daí que quando a atitude de afirmação cultural floresce em uma sociedade, é possível que cada arquiteto, ao en-frentar sua tarefa caso a caso, vá resolvendo integralmente seu problema

arquitetônico.”

Sob um outro ponto de vista, o urbanista Kevin Lynch coloca que os bairros são elementos que compõem a imagem das cidades, com person-alidade e identidade próprias dentro de uma mesma cidade, podendo ser identificáveis pelo seu interior e referência exterior.

Acredito na complementaridade destes conceitos, e desta ma-neira penso que a observação e reconhecimento das camadas distintas na cidade, bem como o respeito à história, cultura e rotina do local são essenciais na produção de uma obra arquitetônica plena. Ao passo que as camadas da cidade são identificadas, as construções de tempos distintos, revelam-se como registro da história urbana construída e em permanente atualização. Reconhecer essas camadas é um passo importante na identifi-cação da própria identidade da cidade.

A arquitetura atua como formadora da identidade da cidade, pois através dela podemos enfatizar ou diluir aspectos, resgatar memórias e despertar o sentido de pertencimento e aproximação à um lugar, aliás, pen-so ser este o grande gesto da arquitetura: transformar simples espaços em espaços vivos, transformá-los em lugares.

Desta maneira, torna-se fundamental conhecer o espaço para o qual se projeta e também o usuário para quem se vai construir. Ao meu ver, uma obra plena, além de abrigar um programa, considera o existente e sua in-serção na cidade... Destaca-se respeitando e ao mesmo tempo reforçando a identidade do local. Mais do que estar implantada num lugar, deve dialog-ar com o entorno, respeitando a história mas também seu próprio tempo.

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ARARAQUARA - SP

ÁREA DE PROJETO

CORREDOR ESTRUTURAL DE URBANIDADE

Também conhecida como “Morada do Sol”, Araraquara é uma ci-dade de médio porte, com cerca 210 mil habitantes, localizada na região central do estado de São Paulo. Seu tecido urbano é marcado pela presença dos trilhos da fer-rovia na região central, no entanto, o novo contorno ferroviário- previsto para o ano de 2012 - desocupará uma grande área, de localização privi-legiada - destinada à implantação de parques e equipamentos públicos. A área escolhida para desenvolvimento e implantação do projeto localiza-se no centro geográfico da cidade, no bairrro Fonte Luminosa -equidistante dos demais bairros. O local compõe um região de polari-dade inter-bairros, marcada por vias arteriais que dão acesso à bairros afastados. Encontra-se muito próxima à Estação de Tratamento de Água (cuja fonte dá nome ao bairro), situada entre a Via Expressa, a antiga Associação Ferroviária de Esportes, a Companhia Troleibus Araraquara e ao Estrela Futebol Clube. A área envolve o atual Centro de Eventos de Araraquara (CEAr) , juntamente com um pavilhão de Manutenção de Loco-motivas da América Latina Logística, um pavilhão que abriga o treinamen-to de Ginástica Artística e terrenos desocupados ao lado do Estádio Municipal Adhemar Pereira de Barros (“Arena da Fonte”).

E.T.A. Fonte Luminosa

Equip. Esportivos

Parque Linear

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Pré-existências

Localizam-se na área de projeto sete pavilhões, construídos originalmente para abrigar as Oficinas da Estrada de Ferro Araraquara, por volta da década de 30. Um deles ainda encontra-se em funciona-mento, no entanto, com o desvio dos trilhos para o Novo Contorno Ferroviário – previsto para 2012 – as atividades de manutenção de locomotivas serão encerradas e há previsões de que o pavilhão será demolido para dar lugar à um shopping center, duas torres de serviços e um hotel, segundo informações obtidas no site da Prefeitura Munici-pal. Algumas poucas informações à respeito dos pavilhões foram obtidas no Acervo Histórico Municipal, situado na Casa da Cultura em Araraquara, após tentativas - sem sucesso - de se obter informações históricas do local na Prefeitura Municipal e no Museu Ferroviário, situ-ado na antiga Estação Ferroviária da cidade. De um pequeno livreto, constituído pelas memórias de um ex-ferroviário, publicado no ano de 1991, pude extrair a finalidade origi-nal dos pavilhões, que abrigavam, além do escritório, os setores de galvanoplastia, eletricidade, carpintaria, pintura, fundição, mecânica, tornos, ferraria, truques, serraria, depósitos, lavação, limpeza, abas-tecimento e depósitos da E.F.A. Já em artigos de jornal de diferentes décadas, pude constatar que infelizmente os pavilhões aparecem apenas como figurantes, em

notícias que remetem à aquisição e montagem de locomotivas, à época do auge da E.F.A., ou à Estação Ferroviária. Do mesmo modo, esta área sequer é citada no documentário “O apito do trem”, sobre a retirada dos trens de carga e o destino da orla ferroviária em Araraquara.

Ginásio de Ginástica Olímpica “Professor Gilberto Antônio Maestrello”

Um dos antigos pavilhões foi adequado à pratica desta mo-dalidade esportiva no ano de 2008, recebendo estrutura completa e equipamentos. O ginásio está capacitado para sediar competições nacionais.

Centro de Eventos Araraquara (CEAR)

Atualmente quatro dos pavilhões existentes na área são admin-istrados por uma empresa de economia mista, sendo um deles desti-nado à recepção de shows e eventos como feiras e exposições.

Um desses pavilhões está sendo reformado para abrigar um centro de convenções, outro é destinado à “praça de alimentação”, servindo de apoio quando eventos são realizados no primeiro pa-vilhão, no entanto, não há lanchonetes ou restaurantes funcionando regularmente e os 48 balcões de atendimento instalados no lugar tiveram suas cozinhas construídas em pequenos anexos ao pavilhão, descaracterizando-o. O último desses pavilhões que compõem o CEAR encontra-se desocupado.

Sobre os pavilhões: aspectos físicos

Essas grandes edificações contam com iluminaçõ zenital feita

através de sheds. Construídas em estrutura de concreto pré-molda-do, encontram-se bem preservadas. A modulação de aproximadamente 7,0 x 18,0m confere grande flexibilidade de uso aos pavilhões e, aparentemente, estruturas, coberturas e fechamentos encontram-se em bom estado, ao contrário das esquadrias e da pintura externa.

Os anexos construídos externamente, entre os pavilhões, inter-rompem a unidade do conjunto, pois foram executados sem critérios de recuo e padronização, criando espaços residuais entre os pavil-hões.

Como cada pavilhão encontra-se destinado à uso diverso dos outros, modificações como fechamento de portas e janelas e mesmo a pintura foram feitas desconsiderando o restante dos pavilhões, no entanto podem ser facilmente revertidas, exceto no caso do pavilhão destinado ao Centro de Convenções, que foi completamente recon-struído, diferenciando-se dos demais.

O entorno

“Arena Multiuso da Fonte Luminosa”

Como citado anteriormente, a área faz fronteira com a antiga Associação Ferroviária de Esportes, clube municipalizado que possui um estádio modernizado nos padrões da FIFA, o mais completo do interior do paulista. A “Arena da Fonte”, como é conhecida, possui capacidade para 21.554 torcedores e é motivo de orgulho para os araraquarenses.

Conjunto Aquático Araraquara

Situa-se ao lado do estádio e possui três piscinas, sendo uma delas de dimensões olímpicas , com trampolim para saltos ornamentais.

”Gigantão”

Ginásio poliesportivo com capacidade para 6.000 torcedores sentados ou cerca de 10.000 pessoas em shows musicais.

Além dos equipamentos descritos, a região conta com duas quadras de tênis, pista de skate, quadra de handebol, quadra polies-potiva coberta e campos de futebol. As avenidas que circundam a área, tanto a Via Expressa como a Av. Bento de Abreu são corredores urba-nos usualmente escolhidos pela população para a prática de caminhadas e corrida.

A identidade do lugar

À medida em que foram feitas as pesquisas sobre a história do lugar e suas atuais características - assim como da região em que se insere, questões como a prática de esportes, manutenção da saúde e lazer mostraram-se em evidência, em detrimento da relação com a memória ferroviária do lugar - fato que, acredito, deve-se principalmente ao isolamento característico do local por meio de barreiras (muro, grande desnível, ocupação dos lotes vizinhos...) que dificultam o acesso e a co-municação visual com a cidade. A utilização esporádica e fragmentada da área, assim como à profusão de equipamentos esportivos de uso con-solidado no entorno contribuem fortemente para essa relação

Acredito que seria interessante aproveitar esse potencial da área para abrigar no local infra-estrutura de suporte aos equipamentos existentes, bem como novos equipamentos, voltados principalmente ao público que não é contemplado pelos equipamentos consolidados no local, como idosos e portadores de necessidades especiais, fazendo do esporte um instrumento de inclusão social.

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POTENCIALIZAÇÃO 1.IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA COMPATÍVEL À VOCAÇÃO DO LUGAR

2.RESGATE DA UNIDADE DO CONJUNTO DE PAVILHÕES

3. MAIOR UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO, QUE SE FARÁ TAMBÉM À PARTIR DA MAIOR ABRANGÊNCIA DE PÚBLICO.

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A fim de potencializar tanto o uso, como a unidade do conjunto e utilização do lugar, estabeleci estratégias de atuação que nortearão o desenvolvimento do projeto, como: 1) a criação de um EIXO TRANS-VERSAL de conexão entre os pavilhões; 2) a definição de um programa compatível e complementar aos usos consolidados existentes; 3) atu-ação na paisagem que vise maior abertura e comunicação visual com a cidade, facilitando o acesso à área.

Um pouco do processo...

Julguei interessante tomar partido dos equipamentos esportivos presentes no local e complementá-los com um equipamentos de suporte aos existentes, incluindo um local para a prática de atividades físicas, voltado às pessoas com mobilidade reduzida, que abrangeria um público não contemplado pelos equipamentos existentes. A príncipio, a minha intenção era apenas compatibilizar o uso dos pavilhões e elaborar uma proposta de readequação a eles, no entanto, com o desenvolvimento do projeto esse gesto se mostrou pouco efi-ciente na concretização de minhas intenções projetuais, uma vez que se limitava ao local onde os pavilhões se localizam: não tratava a área sub-utilizada como um todo e sua “abertura à cidade” ficava prejudicada. Desta forma, optei por projetar de um novo edifício, que ocu-passe o terreno ao lado do estádio e desse continuidade ao eixo de

conexão. Acredito que essa decisão tenha dado mais força e sentido ao projeto. Sendo assim, o foco do meu trabalho passou a ser o projeto da nova edificação e o seu diálogo com o entorno e as pré-existências.

Definição do Programa

A indicação de novos usos aos pavilhões, contam com local para alimentação, de apoio e manutenção ao complexo, atividades culturais e de infra-estrutura. Para o projeto da nova edificação, optei por um Centro de Reabilitação Físico-Locomotora, onde serão desenvolvidas atividades li-gadas ao diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças do aparelho locomotor, visando atender tanto às pessoas com mobilidade reduzida e portadoras de necessidades especiais - atualmente excluídas dos equipamentos existentes no complexo - quanto aos atletas e demais usuários do local quando em recuperação/tratamento de lesões.

EST

UD

OS

EXISTENTE (35.902,61 m²

À CONSTRUIR (5.142,31m²)

ÁREA CONSTRUÍDA

TGI I_proposta de readequação de uso dos pavilhões

TGI II_ampliação da área de projeto e alguns estudos de composição do eixo

TGI II_estudos de implantação

O P

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IMPLANTAÇÃO

Pedra Portuguesa

Concreto Drenante

Grama Amendoim

Grama Esmeralda

Grama Esmeralda

marquises: grelha em aço corten 80 x 80 cm

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90º

pavilhão demolido (descaracterizado)

marquises: grelha em aço corten 80 x 80 cm

escada rampa

revestimento em aço corten

laje em concreto impermeabilizado

COMPATIBILIZAÇÃO DOS USOS DOS PAVILHÕES E EIXO CONECTOR

O eixo conector consiste em um elemento estruturador de circulação entre os pavilhões e a nova edificação, ao longo do qual o programa é distribuído. Sua pavimentação é contínua, feita em concreto drenante (per-meável) e em alguns momentos sua interceptação com as edificações existentes é marcada por uma marquise/pergolado feita em grelha de aço corten, com modulação de 80 x 80cm, apoiada em pilares metáli-cos. No caso do pavilhão de eventos e do terminal de ônibus, as duas grandes marquises são cobertas com chapas de policarbonato translú-cido.

CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICO-MOTORA

O edifício é composto por dois volumes que se interceptam, um seguindo a orientação do eixo conector, o outro seguindo a orientação dos pavilhões por ele conectados. O primeiro bloco possui estruturas em concreto, com fechamentos em vidro e brises nas fachadas leste e oeste, enquanto que o segundo, que abriga as piscinas e vestiários é feito em estrutura metálica, com fechamentos em vidro e revestimento por chapas perfuradas em aço corten. Sua cobeertura é feita com laje steel-deck revestida por chapas de aço cor-ten. Para fins de iluminação e ventilação, além de permitir a comuni-cação visual com o estádio, o primeiro bloco é elevado sobre pilotis e possui dois átrios centrais, sendo que a porção central do edifício abriga estares e circulação principal. A intenção manter as visuais, tanto do complexo para a cidade quanto da cidade para o complexo, foram decisivos para a escolha da cota de implantação e gabarito. O bloco de concreto possui 16,80m de altura, enquanto que o bloco de acó possui apenas 9,20: desse modo mantém-se a relação criada com a inuterceptação do eixo conec-tor com os pavilhões. O eixo possui 893,50m de extensão e suas extremidades pos-suem 20m de desnível entre si. Desse modo, a inclinação das rampas é sempre menor do que 8%, para facilitar o acesso das pessoas com

mobilidade reduzida. Partindo-se da extremidade sul do eixo, através de rampas ou escada acessa-se o pavimento que chamei de térreo infe-

rior, qual possui espelhos d’água, vegetação e estares sob pilotis, além de possuir recepção, sanitários e café, abrigados na projeção do bloco de piscinas. A divisa com as piscinas conforma uma espécie de mezanino fechado por vidro, o que permite a visualização dos treinamentos aquáti-cos e hidroterapias. Do mesmo ponto, assim como de toda a circulação leste do edifício, também é possível avistar o parque e a cidade. Seguindo pelo eixo, após três lanços de rampa com inclinação de 7%, chega-se ao talude existente no terreno, o qual é vencido através de uma escada-rampa (tipo de escada mista, que intercala lanços de rampa com degraus). Após este trecho, surge a marquise-grelha em aço corten, que intercepta o pavilhão de “transição” entre a nova edificação e as pré-existentes. Essa ligação se faz através da retirada dos fechamentos originais até a altura de 4,00m, onde situa-se a grelha, mantendo apenas os pilares, com tratamento para que fiquem aparentes. Este primeiro pavilhão abriga um café e a administração do complexo. Segue-se pelo pavilhão de eventos, depois pelo de alimen-tação, onde o eixo faz a divisa entre o restaurante e lanchonetes. A interceptação com o pavilhão central, anteriormente destinado à Ginástica Olímpica, toma grande parte do pavilhão, praticamente inuti-lizando-o, desta maneira, aproveito para localizar o depósito de apoio e manutenção do complexo, visto que fica próximo à entrada de serviços. Segue-se por dentre os pavilhões até o terminal de ônibus, depois do qual o eixo transforma-se numa alameda de ipês. Percorrendo o eixo no sentido contrário, a implantação do centro de reabilitação numa cota rebaixada permite admirar a vista da cidade e do parque.

ÁREA ADMINISTRATIVA

BIOIMAGEM - EXAMES E DIAGNÓSTICOS

PISCINAS

ESTAR / CIRCULAÇÃO

MANUTENÇÃO E INSTALAÇÕES PREDIAIS

GINÁSTICA PREVENTIVA

FISIOTERAPIA

CONSULTAS

PSICOTERAPIAS

ÁREA ADMINISTRATIVA

hall

vestiários para funcionários

sala para reuniões

sala para seminários

copa

diretoria

coordenadoria

secretaria

sala para estagiários

sala para funcionários

conforto funcionários

BIOIMAGEM – EXAMES E DIAGNÓSTICOS

sala para raio-x com vestiário e sala para comando

sala para elaboração de laudos

câmara clara

câmara escura

sala para densitometria com sala para comando

sala para ultrassom com vestiário

sala para tomografia com vestiário e sala para componentes técnicos

sala para revelação

sala de comando para tomografia e ressonância magnética

sala para ressonância magnética com vestiário e sala para componentes técnicos

entrega de exames

ESTAR

café

despensa

sanitários públicos

sanitários funcionários

GINÁSTICA GERAL

sala coletiva alongamento

sala coletiva aeróbica

academia para musculação

vestiários

CONSULTAS

recepção

consultórios de ortopedia

consultórios de neurologia

consultórios de fonoaudiologia

sanitários

apoio/reunião de funcionários

sanitários para funcionários

MANUTENÇÃO PREDIAL

depósito

almoxarifado

sala para funcionários

copa

conforto funcionários

local destinado às instalações prediais

caixa d’água 240.000l

guarita

vestiário funcionários

depósito de lixo

depósito de material de limpezaPISCINAS

vestiário para usuários

vestiário para usuários com acompanhantes

vestiário funcionários

exame médico

agendamento

casa de máquinas

piscina para natação

piscina para hidroterapia

piscina para hidroginástica

RECEPÇÃO

acolhimento/triagem

arquivo

sanitários

local para espera

FISIOTERAPIA

recepção/arquivo

boxes individuais para eletroterapia

boxes individuais para hidroterapia em turbilhão

boxes individuais para termoterapia

mecanoterapia

mobilização

fisioterapia em grupo

vestiários

hall/ espera

PSICOTERAPIAS

recepção

consultórios psiq.

consultórios psicol.

sala de músicasala de artes

sala psicomotricidade infantil

vidros coloridos

laje nervurada: grelha 80 x 80cm

brisevidros coloridos

brisebrise

caixa d’água

RE

FER

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CIA

S B

IBLI

OG

FIC

AS

CRANE-DIXON. Espaços Deportivos Cubiertos. Mexico: Ediciones Gustavo Gili, 1992

FANUCCI, Francisco P. Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz. Brasil Arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2005

GÓES, Ronald de. Manual Prático de arquitetura para clínicas e laboratórios. Edgard Blucher, 2006

LUCCAS, Luis H.H. Arquitetura contemporânea no Brasil: dos anos setenta ao futuro premissor. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.101/99

MAHFUZ, Edson C. Traços de uma arquitetura consistente. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.016/847

PALERMO, Nicolas S. As Arquiteturas do tempo de Louis Kahn. Disponível em http://www.vitru-vius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/382

PONCE, Alfonso R. Arquitetura Regional e Sustentável. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.095/150

SPERLING, David. Arquitetura como discurso – O Pavilhão Burasileiro em Osaka de Paulo Mendes da Rocha. Disponível em http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.038/667

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