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1 UNIFACS Universidade Salvador Arquitetura e Urbanismo Centro de Reabilitação Físico-Motora Trabalho final de graduação (TFG) apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Salvador para a obtenção do título de graduado em Arquitetura e Urbanismo. Michel Ortega Noriega Domitilo Costa Autor Francisco Mazzoni Orientador Salvador, Dezembro de 2006

centro de reabilitação fisico motora

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detalhamento de um centro de realibilitação

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UNIFACS Universidade Salvador

Arquitetura e Urbanismo

Centro de Reabilitação Físico-Motora

Trabalho final de graduação (TFG) apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Salvador para a obtenção do título de graduado em Arquitetura e Urbanismo.

Michel Ortega Noriega Domitilo Costa Autor

Francisco Mazzoni Orientador

Salvador, Dezembro de 2006

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Centro de Reabilitação Físico-Motora

Michel Ortega Noriega Domitilo Costa

BANCA EXAMINADORA Prof. Francisco Mazzoni – UNIFACS – Arquitetura e Urbanismo. Prof. Roberto Fajer – UNIFAC – Arquitetura e Urbanismo. Sr. Augusto Borba – SEFAZ – Secretaria Municipal da Fazenda – PMS – Prefeitura Municipal de Salvador.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, principalmente, aos meus pais, Maria Antonieta Ortega Noriega e Salvador Pinto Domitilo Costa, que sempre me apoiaram e acreditaram na minha vitória. Em segundo lugar ao meu amigo e Professor Francisco Mazzoni, que com paciência e dedicação, ensinou-me a vencer os obstáculos pessoais e profissionais que apareceram em minha vida universitária de graduação.

Ao meu tio, o jornalista e escritor, Guillermo Alfonso Ortega Noriega, pelas oportunidades de crescimento intelectual e pessoal que me foram presenteadas e pelo apoio para com os meus trabalhos durante a trajetória universitária. Por fim, ao amigo e colega Carlos André Pitangueiras - Popó, que, com bastante dedicação, me apoiou nas minhas diversas experiências de construção do trabalho científico.

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AGRADECIMENTOS

� Aos meus Avós, Dinorá de Oliveira Pinto Domitilo Costa e Árycles Domitilo Costa pela paciência, dedicação, apoio e carinho durante toda a minha vida.

� Ao meu falecido avô Guillermo Antonio Ortega Núñez. � Aos meus irmãos, familiares e amigos pela participação, paciência e

compreensão.

� Aos meus tios Carlos Alberto Dionísio Ortega Noriega, José Francisco Ortega Noriega “Pancho”, Mario Antônio Ortega Noriega, Rosa Lucila Ortega N. Mettig, Julio Genaro Ortega Noriega , todos vinculados às áreas de desenho, engenharia e criação, pelo apoio na minha formação educacional e moral, e pela escolha dos meus caminhos pessoais e profissionais.

� Á UNIFACS, e principalmente ao curso de Arquitetura e Urbanismo, que me

proporcionaram um estudo de alto nível, com professores qualificados, em especial ao professor João Carlos Brasileiro - Jonga, que contribuíram, de alguma forma, para eu ser quem sou hoje.

� Ao escritório HB & A e a SEFAZ pela oportunidade de estagiar, aprendendo

sempre mais sobre a minha profissão. � À CDA Engenharia, pela oportunidade de vivenciar, na prática, as nuances da

arquitetura e urbanismo. � Ao grande amigo e Professor de Sociologia Cristiano D’Almeida Ribeiro,

que, em todos os momentos, relacionados à academia ou não, esteve presente, colaborando e acreditando na conclusão desta importante etapa de minha vida.

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SUMÁRIO

Pág

Capitulo 1 Caracterização e Desejos 6

1.1 Desejo de Intervenção 6

1.2 Expectativa do usuário com relação aos equipamentos existentes há cidade.

7

1.3 Visão preliminar dos Centros de Reabilitação no mundo 8

1.4 Visão preliminar dos Centros de Reabilitação no Brasil 13

1.5 Visão preliminar dos Centros de Reabilitação na Bahia com ênfase em Salvador.

15

Capitulo 2 Suporte físico e suas inserções imaginárias 17

2.1 Evolução física / histórica de Salvador 18

2.2 Avaliação do bairro escolhido em Salvador (Remota e atual) 19

2.3 Avaliação do terreno escolhido no bairro 21

2.4 Aspectos físicos / geográficos da área delimitada. Significados e adequação ao desejo de intervenção.

23

Capitulo 3 Modelos 24

3.1 Modelos Contemporâneos da Reabilitação Física 24

3.2 Adequação da proposta de intervenção aos modelos existentes 27

Capitulo 4 Memorial Descritivo 28

Capitulo 5 Programa 30

5.1 Ambulatório 30

5.2 Setor Administrativo 30

5.3 Internação Geral (adulto e pediatria) 30

5.4 Bio Imagem 31

5.5 Reabilitação 31

5.6 Centro de Estágio e Pesquisa 32

5.7 Nutrição e Dietética 33

5.8 Farmácia 33

5.9 CME (Central de Material Esterilizado) 34

5.10 Apoio Logístico 34

5.11 CEMAC 36

5.12 Laboratório Geral 36

5.13 Geral 36

Referências Bibliográficas e

Internet

38

Anexos 40

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CAPITULO 1 - Caracterização e Desejos

1.1 Desejo de Intervenção

Projetar um Centro de Reabilitação Físico-motora com grande suporte tecnológico,

voltado para todas as classes sociais, principalmente, para a população carente de

Salvador, é meu objetivo profissional.

Esta iniciativa surgiu após uma conversa com um parente fisioterapeuta, enquanto

instalava uma clinica em Vilas de Abrantes, no município de Camaçari. Constatei, por

essa via, que a Grande Salvador possui muitas clínicas de fisioterapia, hospitais e

centros de reabilitação.

Em trabalho de campo, observei algumas clínicas nesta cidade, dentre elas: a BIOS e a

IBR e em particular, percebi que a SARAH KUBITSCHEK (O Sarah), em uma

instituição que abrange em suas atividades todas as especialidades acima citadas e

apesar de contemplar os diversos âmbitos da recuperação físico-motora, acaba sendo

insuficiente em virtude da grande procura dos seus serviços por parte da população de

Salvador e outras regiões.

Portanto, o meu desejo de projeto viria preencher uma carência que cresce

exponencialmente a cada dia que passa.

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1.2 -Expectativa do usuário com relação aos equipamentos existentes há cidade.

Uma rápida entrevista com alguns pacientes das instituições visitadas permitiu a

constatação de pontos positivos e negativos:

• Com relação aos serviços prestados, todos os pacientes estavam satisfeitos;

• As instalações, equipamentos utilizados, os profissionais são considerados de 1°

mundo;

• No Sarah, praticamente, não houve pontos negativos, o fator mais reclamado

pelos pacientes, era a questão do deslocamento até o mesmo, pois ainda sendo

de graça e aberto a todos, os que mais utilizam seus serviços pertencem à

população desprovida de recursos financeiros, entretanto o deslocamento interno

é bastante eficiente;

• Como a BIOS é uma clínica privada, o atendimento é sempre de qualidade. A

fala de um dos pacientes entrevistados confirma essa observação,

“... nós pagamos caro, por isso eles não deixam faltar nada...”;

• No IBR, mesmo sendo uma entidade filantrópica, não houve pontos negativos,

pelo contrário, como os próprios pacientes e funcionários disseram, além de um

centro de reabilitação, lá eles se voltam também para diversas ações na área

social como:

� Distribuição mensal de 2.550 litros de leite e 7.200 pães de soja para 180

famílias cadastradas;

� Oficinas de artes com cursos de biscuit, pintura e ikebana, gratuitamente,

para os pacientes;

� Curso para cuidadores de pessoas com deficiência;

� Contatos com empresas para recolocação do portador de deficiência no

mercado de trabalho;

� Palestras educativas.

• Já com relação à criação de mais Centros de Reabilitação em Salvador, a

resposta foi unânime: todos afirmaram, inclusive os pacientes com poder

aquisitivo maior, que seria muito bom se houvesse mais equipamentos desse

tipo, e que seria interessante se dividir a cidade por zonas, onde cada zona teria

um Centro de Reabilitação que abrangeria uma certa quantidade de bairros.

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1.3 Visão preliminar dos Centros de Reabilitação no mundo

Como exemplos de Centros de Reabilitação em outros paises, foram encontrados o

IMRVL (Instituto Municipal de Reabilitação) e o sanatório Paimio.

O IMRVL foi projetado por Cláudio Vekstein e Marta Tello e executado em Buenos

Aires, Argentina, em 2004. Esse projeto foi elaborado para suprir uma dívida das

cidades, que nunca se preocuparam, esteticamente, com a população que enfrenta

dificuldades motoras.

Esse edifício foi implantado em um terreno regular e quadrado no meio de um

quarteirão, onde foram organizados em 3 andares, considerando as faixas etárias dos

pacientes, os escritórios, os consultórios e os setores de reabilitação.

O edifício é composto por um pátio central, definido por um sistema de rampas de

inclinação leve, como elemento expressivo da idéia de movimento, que é o

fundamento essencial do centro de reabilitação.

Fonte: Revista Projeto Design-307 Vista do Pátio Central e

Setembro 2005 rampas para deficientes físicos.

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Fonte: Revista Projeto Design-307 Vista do Pátio Central e

Setembro 2005 rampas para deficientes físicos.

Na sua fachada foi criada uma tela de concreto armado perfurada com as letras

IMRVL, que identificam a instituição, que parecem representar as janelas dos

prédios da cidade. Essa tela também funciona como um brise, protegendo a fachada

curva de vidro e seu interior.

Fonte: Revista Projeto Design-307 Fachada Principal

Setembro 2005

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Fonte: Revista Projeto Design-307 Vista Interna

Setembro 2005

Vekstein deu ênfase à questão do controle lumínico dos diferentes ambientes,

levando-o a desenhar janelas com formas livres e variadas, favorecendo aos diversos

trabalhos as diversas faixas etárias.

O Sanatório de Paimio foi projetado em 1929 na Finlândia por Alvar Aalto, após um

concurso onde visava à criação de equipamentos que ajudassem a combater o mal da

época que era a tuberculose.

Esse projeto foi implantado em uma área elevada e cercada por pinhos, tornando-se

uma figura dominante na paisagem cultural antiga.

As funções básicas do edifício foram resolvidas de forma que cada ala do edifício e

suas funções formem uma unidade original. A Ala – A é a ala dos pacientes com

seus terraços para tomar sol. Na Ala – B tem os espaços em comum: salas de

tratamento, refeitório, biblioteca e quartos comuns. Na Ala – C estão os a

lavanderia, cozinha e acomodações dos especialistas. A Ala – D é composta de um

único pavimento contendo os quartos das caldeiras e a planta de aquecimento.

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Planta Baixa dos blocos

Fachada

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1.4 Visão preliminar dos Centros de Reabilitação no Brasil:

Como referência de projetos de Centros de Reabilitação no Brasil, foram encontrados

três, elaborados pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé): os Centros de Reabilitação

da Rede Sarah Kubitschek do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.

O hospital de Brasília foi o que deu origem à criação da rede Sarah. Nele surgiram, pela

primeira vez, as técnicas de terapia baseadas na grande mobilidade do paciente. Seu

projeto foi iniciado em 1975 e a sua obra foi concluída em 1980.

O Sarah de Belo Horizonte foi implantado em um terreno onde já existia um hospital

construído na década de 50.

Já o Sarah do Rio de Janeiro, que foi concluído em 2003, foi implantado em um terreno

um pouco inusitado, sobre uma ilha e rodeado por um lago, cujo acesso é feito por uma

pequena via que une a ilha ao restante do continente.

No Rio d

facilitando

verde, árv

terapia ad

de 4 pavim

horizontai

(Fonte: http://www.sarah.br/)..........................Vista 1 - Sarah do Rio de Janeiro

e Janeiro, percebe-se que houve uma concepção horizontal de partido,

a integração das áreas de tratamento interno com áreas externas de mata

ores e o próprio lago, importante para o desenvolvimento das técnicas de

otadas pela Rede Sarah. Em Belo Horizonte foi aproveitado apenas um bloco

entos do antigo hospital, que foi recuperado e integrado às novas edificações

s, já em Brasília não ocorreu o mesmo que ocorre nos novos projetos de Lelé,

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isto porque sua edificação é totalmente vertical, fugindo do que é proposto hoje em dia

para um hospital do aparelho locomotor.

Em Brasília não foi possível explorar as técnicas de terapia ao ar livre, que acontecem em jardins

nas áreas de internação e tratamento, nos terraços das coberturas e ao longo das fachadas com pé

direito duplo. Já em Belo Horizonte elas são realizadas em grandes plataformas octogonais,

destinadas aos solários da internação, o centro está numa área urbana e em um lote relativamente

pequeno, enquanto que o Sarah do Rio de Janeiro está localizado em uma área pouco

movimentada, desabitada e distante do centro da cidade.

(Fonte: http://www.sarah.br/) Vista 02 Sarah Brasília

Vistas do Sarah de B.Horizonte

(Fonte: http://www.sarah.br/) Foto tirada em exposição de painéis do Sarah Salvador)

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1.5 Visão preliminar dos Centros de Reabilitação na Bahia com ênfase em

Salvador.

Em Salvador foram encontrados 3 Centros de Reabilitação: o Sarah Kubitschek, que

está localizado na avenida Tancredo Neves, o IBR (Instituto Baiano de Reabilitação -

José Silveira), na avenida Oceânica em Ondina e a clínica BIOS, localizada na rua

Adelaide Fernandes da Costa no Costa Azul.

O Sarah Kubitschek tem sua implantação privilegiada no alto de uma cumeada, com

uma diferença de 15 a 20 metros acima do nível da rua, enquanto o IBR e a BIOS estão

implantados em terrenos planos e no mesmo nível da rua.

Com relação à v

condicionado em

entre prédios e nã

natural já que es

sobre um morro,

Os três Centros m

o deslocamento

Também existe

Centros.

(Fonte: http://www.sarah.br/) Vista Aérea do Sarah Kubitschek

entilação, percebe-se na BIOS a necessidade da utilização do ar-

todas as suas dependências, pelo fato da edificação está localizada

o voltada pra o litoral. Já o Sarah e o IBR utilizam muito a ventilação

tão em locais estratégicos; o Sarah é privilegiado pelo fato de estar

enquanto o IBR tem toda a sua fachada frontal voltada para o oceano.

encionados apresentam suas circulações bem sinalizadas, favorecendo

dos pacientes, visitantes e funcionários sem nenhum transtorno.

uma boa setorização dos serviços, facilitando o funcionamento dos

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No Sarah e na BIOS, é fácil perceber que houve uma preocupação muito grande com

relação ao jogo de cores e à própria infra-estrutura, interna e externamente,

influenciando no estado psicológico e comportamental dos pacientes, minimizando-se o

desconforto de um ambiente hospitalar no caso do Sarah. No IBR, percebe-se que houve

há pouco tempo, uma reforma, mas pelo fato de ser uma instituição sem fins lucrativos,

não apresenta a mesma preocupação encontrada no Sarah e na BIOS.

(Fonte: Foto tirada no local) Fachada do IBR

Painéis de Athos Bulcão – Sarah Kubitschek

(Fonte: http://www.sarah.br/)

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Percebe-se que o Sarah e o IBR apresentam uma grande vantagem sobre a BIOS; no

Sarah, o partido arquitetônico foi pensado especialmente para o deficiente físico, pois

foi projetado em um único pavimento, sem utilização de elevadores e escadas,

favorecendo seus pacientes de se locomoverem sozinhos, no IBR, mesmo sendo um

edifício de 3 andares, os ambientes de atendimento dos pacientes são todos no térreo,

enquanto os de administração se localizam no 2° e 3° andares, já na BIOS, isso não

acontece, pois os pacientes são atendidos em todos os andares, sendo necessário a

utilização do elevador e escadas.

Fachada da BIOS (Fonte: Foto tirada no local)

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CAPITULO 2 - Suporte físico e suas inserções imaginárias

2.1 Evolução física / histórica de Salvador

Salvador, capital do Estado da Bahia, é uma cidade situada no Nordeste brasileiro, que

possui aproximadamente 2,5 milhões de habitantes numa superfície de 306 km². Desse

total, cerca de 1 milhão de pessoas aproximadamente têm idades entre 01 dia e 20 anos

caracterizando uma população bastante jovem com necessidades prementes de saúde,

educação e formação profissional. Com uma população economicamente ativa de 1,693

mil indivíduos em janeiro de 2005, Salvador apresenta na atualidade (2006) um alto

número de desempregados, cerca de 420 mil pessoas. Esta população economicamente

ativa está, predominantemente, no setor de serviços. O número de pessoas dedicadas às

atividades de agricultura.é muito pequeno.

Localizada numa península que avança por sobre o Oceano Atlântico, constituindo-se

em uma das extremidades da baía de Todos os Santos, Salvador, nessa configuração,

possui melhor infraesturura social e física nos bairros localizados ao longo da orla norte

da cidade e à medida que vai entrando para o interior do município, as características de

uma urbe vão desaparecendo, dando lugar a zonas extremamente carentes, apresentando

a grande face desumanizada da cidade.

Por ser a capital do Estado, além do poder público municipal concentra também, as

funções administrativas do poder estadual e algumas do poder federal para o Estado da

Bahia. Por sua importância histórica, Salvador, conserva em algumas áreas do centro da

cidade, uma arquitetura colonial fruto do período escravista implantado pelos

portugueses. Tendo sido a principal sede da coroa portuguesa aqui no Brasil, a cidade

centralizou o tráfico de escravos, tornando-se um dos principais portos de tráfico

internacional de povos africanos, vindos principalmente da costa do Benin, Nigéria e

também de Angola. Nesse contexto, a cidade apresenta o maior contingente de afro-

descendentes do Brasil.

Presentemente, Salvador é composta por poucos centros de reabilitação, como o Sarah

Kubitschek, a BIOS e o IBR (Instituto José Silveira). Além deles, existem outras

clínicas pequenas e hospitais que dão um grande suporte na área da reabilitação, como o

Hospital Aliança, São Rafael, Espanhol, o HGE (Hospital Geral do Estado) e o Hospital

Roberto Santos. O problema é que a maioria deles são hospitais e clínicas particulares,

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atendendo a uma pequena parte da população, enquanto que a outra parte e maioria da

população desprovida de recursos financeiros, tem que recorrer aos equipamentos

públicos e às vezes tendo que esperar muito tempo para fazerem o tratamento

necessário.

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2.2 Avaliação do bairro escolhido em Salvador (Remota e atual):

O bairro escolhido foi Mata Escura, próximo à BR-324.

Trata-se de um bairro constituído por uma população bastante carente não só com

relação a um Centro de Reabilitação, mas também a diversas demandas de serviços,

como acontece num bairro pobre e periférico.

A população da Mata Escura, como em muitos outros bairros pobres, vive basicamente

do comércio e negócios feitos no próprio bairro. Pode-se encontrar padarias, farmácias,

borracharias, ambulantes, feirantes... Mas também, ali se encontram a Penitenciária

Lemos de Brito, Casa de Detenção, empresas de ônibus, transportadoras e posto de

gasolina. Esses e muitos outros empreendimentos, entretanto, estão localizados

próximos a BR-324, na altura da Estação Pirajá (Metrô).

Os índices de utilização e ocupação, existentes para o bairro são desrespeitados na

maioria das edificações, além de outros problemas percebidos: o adensamento nas

ocupações irregulares e a construção informal, sem planejamento, ocasionando outros

problemas gravíssimos como a violência, limitação de acessos, problemas no sistema

viário, dificuldades na implantação da rede de esgoto e elétrica, ocasionando a

desvalorização do bairro.

No bairro da Mata Escura, estão localizados antigos terreiros de candomblé oriundos de

quilombos, em meio a uma vegetação de Mata Atlântica. Além da importância cultural

e ambiental, há uma represa, construída no início do século XX, voltada para

abastecimento de água para uma parte da cidade projetada pelo Engenheiro Teodoro

Sampaio. Desde alguns anos a represa está completamente assoreada e poluída pelos

esgotos urbanos.

A ocupação desordenada e a construção de vários conjuntos habitacionais populares no

entorno dessa área verde nos últimos 30 anos foi, pouco a pouco, devastando a reserva

de mata atlântica e contaminando os mananciais hídricos que formam as antigas

represas do Prata e da Mata Escura, sub-bacias do rio Camurujipe.

O bairro da Mata Escura tem aproximadamente 48.000 pessoas, segundo o Censo do

IBGE, 2000, estando localizado no “miolo” de Salvador, entre os bairros de Sussuarana,

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Pau da Lima, São Caetano, São Gonçalo, Pirajá e Barreiras, formando um grande

aglomerado residencial de baixa renda (55% da população do bairro ganha ente 1 e 3

salários mínimos e 20% não tem rendimento e carente de infra-estrutura).

O alto índice de violência e criminalidade são um dos problemas sociais mais graves na

região, provavelmente devido ao baixo padrão de renda de parte da população e às

precárias condições de acessibilidade.

Na mesma região aconteceu uma das mais importantes batalhas pela independência do

Brasil, da Bahia, a “Batalha de Pirajá”. Ela ocorreu na área do Cabrito-Campinas-

Pirajá, durando cerca de 8 horas e movimentando aproximada mente 4.000 homens.

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2.3 Avaliação do terreno escolhido no bairro

É um terreno localizado no bairro da Mata Escura, próximo a BR-324 e a Estação

Pirajá, sendo um terreno de esquina, onde, na sua frente, tem a Rua da Estação Nova

Esperança e na sua esquerda a Rua do Afeganistão.

Fonte: Imagem tirada da LOUS-Lei do Ordenamento do Uso e da Ocupação

do Solo de Salvador

Sua área é praticamente toda plana, estando em uma cota de 64 metros, e no fundo do

terreno existe um morro com cota máxima de 83 metros.

Fonte: Imagem tirada da LOUS-Lei do Ordenamento do Uso e da Ocupação

do Solo de Salvador

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É um terreno sem nenhuma edificação, de terra batida e praticamente desprovido de

vegetação, somente mato e pouquíssimas árvores ao seu redor e no morro ao fundo.

No momento atual, o terreno está sendo utilizado pela população como campo de

futebol e em sua borda voltada para a Estação Pirajá está sendo armazenada brita, que

será utilizada na construção da Estação do Metrô de Salvador, como foi visto no projeto

e dito pela CTS – Companhia de transporte de Salvador.

Fonte: Fotos tiradas pelo autor em campo

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2.4 Aspectos físicos / geográficos da área delimitada. Significados e adequação ao

desejo de intervenção

O terreno tem aproximadamente 49.847 m²,sendo totalmente plano, ideal para um

Centro de Reabilitação Física, no modelo dos melhores Centros de Reabilitação do

Brasil, com o propósito de atender a todos os serviços em um único pavimento, sem a

utilização de elevadores e escadas.

O terreno foi escolhido após uma visita em campo e na CTS – Companhia de

Transporte de Salvador, localizada no Acesso Norte, onde foi constatado que ao redor

existe uma estação de transbordo de ônibus e que na borda do próprio terreno haverá

uma estação do metrô de Salvador, que tem previsão para ser concluída no final de

2007.

Tendo observado na CTS o projeto da estação do metrô, pode-se ver que existe uma

integração através de passarelas com a Estação Pirajá, favorecendo o deslocamento da

população que reside, trabalha e passa pelo local sem nenhum custo adicional.

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CAPITULO 3 - Modelos

3.1 Modelos Contemporâneos da Reabilitação Física:

Um centro de reabilitação contemporâneo é composto pelas seguintes especializações:

Fonoaudiologia: É a ciência que tem como objeto de estudo a linguagem. O

Fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiologia

na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Realiza exames

audiométricos, sendo o profissional especializado na audição e na reabilitação de

voz. A fonoaudiologia aborda os distúrbios da fala, da voz, da audição e da

linguagem, tratando problemas como a dislexia (dificuldade em ler), afasia

(dificuldade de compreensão), rouquidão etc.

Fisioterapia: É a área que realiza o tratamento das doenças por agentes físicos,

prepara os pacientes sob o ponto de vista músculo- respiratório para

procedimentos cirúrgicos e atua através de exercícios, calor e técnicas,

restaurando as funções osteomusculares. A fisioterapia tem como objetivo

curar, minimizar, reintegrar o paciente à sociedade e principalmente prevenir as

mais variadas doenças.

Ortopedia: È a especialidade direcionada para diagnóstico, tratamento,

reabilitação e prevenção de lesões e doenças do sistema muscular e osseo,

agindo nas articulações(juntas), ligamentos, tendões, músculos, nervos e ossos.

No princípio a ortopedia era voltada pra o cuidado de crianças com

deformidades na coluna e membros, agora ela atende a todas as idades.

Neurologia: É a especialidade médica que estuda o sistema nervoso e suas

doenças. Entre as principais doenças abordadas pela neurologia podem-se citar:

cefaléia, distúrbio do sono, doenças infecciosas cerebrais, epilepsia, acidente

vascular cerebral, neuropatias periféricas, mielopatias, traumatismos cerebrais e

doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson e Alzheimer.

Terapia Ocupacional: É um campo de conhecimento e intervenção na saúde,

educação e na esfera social, reunindo tecnologias orientadas para a emancipação

e autonomia de pessoas que, por razões ligadas às problemáticas especificas

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(físicas, sensoriais, psicológicas, mentais e/ou sociais), apresentem temporária

ou definitivamente, dificuldades na inserção e participação na vida social.

Psicologia: É uma ciência que estuda o comportamento humano.

Assistência Social: É um setor de grande importância em um hospital e/ou

centro de reabilitação, pois cabe ao profissional à frente dele dar o

suporte/monitoramento da entrada do paciente e sua família no âmbito

hospitalar. É uma missão crítica, já que algumas vezes os familiares chegam

com o comportamento alterado, causando problemas à instituição, sendo papel

do assistente social, apaziguá-los.

Conforme previsto pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), um

Centro de Reabilitação composto pelos profissionais e especializações acima citados

deve contar com as seguintes áreas:

- Box de terapias;

- Sala para turbilhão;

- Piscina;

- Sala para cinesioterapia (terapia do movimento) e mecanoterapia (terapia

com dispositivos - tábuas, elástico, balanço, espaldar);

- Consultório de terapia ocupacional – consultório individual e em grupo;

- Consultório de fonoaudiologia;

- Sala de psicomotricidade (e ludoterapia (reabilitação em crianças com

utilização de objetos lúdicos);

- Consultório de Psicologia;

- Consultório de Ortopedia;

- Consultório de Neurologia;

- Sala da Assistente Social

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Unidades de apoio:

- Área para registro dos pacientes;

- Sala de espera de pacientes e acompanhantes;

- Sanitários com vestiários para pacientes;

- Depósito de material de limpeza;

- Consultório de fisioterapia (in “loco” ou não);

- Área para guarda de macas e cadeira de rodas;

- Copa;

- Sala administrativa;

- Rouparia;

- Depósito de equipamentos

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3.2 Adequação da proposta de intervenção aos modelos existentes

Como se pode notar, o terreno escolhido fica em uma área de Salvador que é desprovida

de equipamentos necessários à população que ali mora, passa e trabalha.

Esse Centro de Reabilitação Físico-motora vem atender a uma demanda constituída por

pessoas que moram, em especial, na Sussuarana, Pau da Lima, São Caetano, São

Gonçalo, Barreiras, Pirajá e em outros bairros próximo a BR-324. Mas pelo fato de ser

implantado próximo a 2 estações de transbordo (ônibus e metrô), atenderá também a

moradores de localidades distantes.

Ele atenderá pacientes com diversas doenças e deficiências físico-motora, com

profissionais bem qualificados e equipamentos com um grande suporte tecnológico,

como é visto, hoje em dia, nas melhores clínicas particulares de Salvador e em especial

no Sarah Kubitschek.

Em conjunto ao Centro de Reabilitação, estão previstos programas de ação social

destinado aos pacientes e moradores das proximidades, com oficinas, cursos, palestras,

prática de esportes, dentre outros.

O objetivo principal desse centro de reabilitação é que ele seja um equipamento voltado

para todas as classes sociais, em especial para a classe baixa, sendo uma instituição

pública, mas estando aberto para investimentos de empresas privadas e ongs.

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CAPITULO 4 - Memorial Descritivo

Projeto arquitetônico Centro de Reabilitação Físico-Motora. A proposta de construção do Centro Reabilitação Físico-Motora procura equacionar a

inserção de um modelo de prédio escolhido e aprovado em outros projetos, em um

espaço físico preexistente, adequado para a função proposta, tanto do ponto de vista

fisiológico quanto de infra-estrutura.

A tarefa principal deste projeto é projetar um Centro de Reabilitação Físico-motora

com grande suporte tecnológico, voltado para todas as classes sociais, principalmente

para a população carente de Salvador.

As metas básicas a serem cumpridas pelo projeto são:

� Revelar um conteúdo-conceito da questão hospitalar e dos seus meios de

expressão.

� Criar uma estrutura de tratamento físico-motora com uma ambientação

diferenciada da dos hospitais tradicionais, proporcionando aos pacientes um

espaço de maior interação pessoal e com a natureza, conseqüentemente, uma

reabilitação mais rápida e amena.

� Facilitar o tratamento-deslocamento de pacientes em processo de reabilitação

físico-motora, já que o centro será construído próximo a uma estação de ônibus e

uma futura estação de metrô, além do terreno se localizar as margens da Br 324.

Além da proximidade com as estações de ônibus e metrô, o centro estará interligado a

elas, através de vias de acesso propícias ao deslocamento dos pacientes, facilitando o

transporte. O fato de localizar-se na BR 324, propiciará a oportunidade de acesso

facilitado ao tratamento à pacientes que morem nas regiões periféricas da Grande

Salvador.

O projeto foi dividido em CEMAC (marcação), setor ambulatorial, bio-imagem,

laboratório, administração, acesso de funcionários, setor de reabilitação, centro de

pesquisa e estágio, as internações masculina , feminina e pediátrica, área de lazer e

apoio logístico.

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Ao chegar no centro, o paciente encontrará um quiosque de informações, onde será

informado sobre o seu destino dentro dos diversos setores de centro. No CEMAC o

paciente poderá marcar sua consulta, para posteriormente se apresentar ao setor

ambulatorial onde estão localizados os consultórios. A partir do diagnóstico constatado,

o paciente poderá ter dois rumos: internar-se nos blocos de internação para, depois,

iniciar a reabilitação, ou, iniciar o processo de reabilitação em visitas marcadas ao

centro.

O apoio logístico é composto por lavanderia, almoxarifado, manutenção, farmácia,

cozinha, refeitório, CNE (centro de material esterilizado), estar dos motoristas. O seu

prédio é composto de dois pavimentos, localizando-se próximo à área de serviço, onde

se encontram a área de carga e descarga, casa de gás, lixo e GLP.

Os materiais a serem empregados na construção deverão ser os mais simples possíveis,

buscando uma redução dos custos e uma otimização das atividades a serem realizadas

nos diversos ambientes do centro. Os blocos, em geral, serão feitos em alvenaria

tradicional, com piso de alta resistência. Será utilizado policarbonato na cobertura das

passarelas e corredores de circulação de pacientes, que serão sustentadas por pilares de

eucalipto. A cobertura dos dois blocos retangulares será em telha canalete 90, enquanto

que nos outros blocos será utilizada telha cerâmica.

Com exceção da bio-imagem e das câmaras frias da cozinha, que necessitam de um

ambiente refrigerado, todos os outros espaços do centro terão uma ventilação natural,

com opção para a refrigeração se necessário.

Page 30: centro de reabilitação fisico motora

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CAPITULO 5 - Programa:

5.1 Ambulatório:

• Sala de espera: 52 lugares, espaço p/ balcão com 2 atendentes, área para

cadeirantes e espaço para 3 cadeiras de rodas – 153.72 m²;

• Consultórios: 6 consultórios diferenciados – totalizando 95.25 m²;

• Sala de Serviço Social: 1 sala com 7.88 m²;

• 2 DML (Depósito de Material de Limpeza):1 p/ a sala de espera(5.45 m²) e 1

p/ os consultórios(3.70 m²);

• Sanitários: 1 masculino (48.73 m²), 1 feminino (58.16 m²), todos equipados

p/ deficientes físicos;

5.2 Setor Administrativo:

• Hall de espera p/ 16 lugares (46.64 m²), com 1 sanitário p/ deficiente físico

(3.34 m²);

• Sala da secretaria do Diretor Geral - (12.07 m²);

• Sala do diretor (25.00 m²), com sanitário completo (3.55 m²);

• 1 Sanitário - (3.48 m²)

• Sala dos diretores com banheiro - (41.41 m²);

• Sala da contabilidade / finanças - (18.44 m²);

• Sala de compras - (12.19 m²);

• Central de informática - (20.46 m²);

• Arquivo (doc. Funcionários) - (27.68 m²);

• Sala de reunião p/ 20 pessoas - (47.00 m²);

• Sala p/ 1 telefonista - (6.02 m²).

5.3 Internação Geral (adulto e pediatria):

• 4 leitos por enfermaria (47.79 m² por enfermaria), em um total de 7

enfermarias por internação, mais 6.90 m² p/ cada banheiro. Portas de 1m

abertas p/ fora;

• Posto de enfermagem / Posto de Serviço / Prescrição: 38.62 m²;

• Sala de Curativos: 13.51m²;

• Sala de Utilidades (Expurgo): 11.43 m²;

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• DML (Depósito de Material Limpo): 5.91 m²;

• Rouparia: 11.43 m²;

• Isolamento: 15.18 m²,com 1 sanitário de 6.90 m² e 1 antecâmara com 4.85

m²;

• 2 Sanitários p/ funcionário com 2.90 m² cada;

• DME (depósito de materiais e equipamentos): (11.99 m²);

• Estar p/ acompanhantes (só p/ pediatria): 33.34 m²;

• Sanitário p/ acompanhantes (só p/ pediatria): (5.14 m²);

• Varanda do estar dos acompanhantes:10.13 m²;

5.4 Bio Imagem:

• Espera para 11 lugares: 13.40 m²;

• Posto de enfermagem; 8.88 m²;

• Indução anestésica: 14.27 m²;

• DML: 3.88 m²;

• CRPA (Centro de Recuperação Pós-Anestésico): 19.09 m²;

• Copa: 10.53 m²;

• Sanitários p/ funcionários masculino(1.85 m²) e feminino (2.07 m²);

• Tomografia: 35.80 m²;

• Ultra-Sonografia: 20.22 m²;

• Ressonância Magnética: 39.00 m²;

• Comando da ressonância magnética e tomografia: 8.45 m²;

• Raio-X: 18.62 m² com sanitário(3.03 m²);

• Comando do raio-x: 5.85 m²;

• Arquivo de chapas: 6.02 m²;

• Câmara clara: 5.77 m²;

• Câmara escura: 5.05 m².

5.5 Reabilitação:

• Sala de Inaloterapia: 34.15 m²;

• 2 Salas de fisioterapia com 653.92 m² cada;

• 4 Vestiários p a fisioterapia, masculino e feminino com 61.81m² cada;

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• Sala da Hidroterapia com 348.66 m²;

• 2 Vestiários para a Hidroterapia, masculino e feminino com 30.22 m² cada;

• DML: 3.17 m²;

• 2 sanitários p/ funcionários: 3.17 m² cada;

• Copa: 10.22 m²;

• Conforto dos médicos e enfermeiros: 21.27 m²;

• Recepção / Espera com 24 lugares: 78.55 m²;

• 2 sanitários para a recepção, masculino e feminino com 22.19 m² cada;

• Oficina de órteses e pró teses: 45.34 m²;

• 2 Praças descobertas com 525.83 m² cada.

5.6 Centro de Estágio e Pesquisa:

• Auditório: 382.65 m² (para 180 pessoas);

• Recepção: 79.20 m²;

• 5 Salas de aula:

- 2 com 30.80 m²,

- 2 com 38.07 m²,

- 1 com 35.65 m²;

• Biblioteca: 83.95 m²;

• Sala de Reunião: 45.92 m²;

• 2 sanitários, masculino e feminino com 21.10 m² cada;

• Copa: 8.97 m².

Page 33: centro de reabilitação fisico motora

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5.7 Nutrição e Dietética:

• 4 Câmaras frias (carnes, aves, peixes, hortifrutigranjeiros, laticínios e pré-

preparados), totalizando 32.18 m²;

• Circulação da câmara fria: 7.12 m²

• Recepção / Pesagem / Pré-Lavagem – 9.55 m²;

• DML: 3.06 m²;

• Preparo de carnes: 5.18 m²;

• Preparo de Vegetais, Frutas e Cereais: 9.06 m²;

• 2 Patisserias: 22.80 m² cada;

• 2 Preparos de Cafés e Sucos: 14.45 m² cada;

• Cozinha: 76.25 m²;

• Guarda de carrinhos: 9.05 m²;

• Lavagem de carrinhos: 2.50 m²;

• Lavagem e Guarda de panelas / Pré-lavagem: 28.37 m²;

• Sala para 3 Nutricionistas: 16.40 m²;

• Dispensa: 32.66 m²;

• Depósito de Resíduos não Orgânicos: 5.95 m²;

• Lavagem e guarda de louças (refeitório): 12.03 m²;

• Refeitório de funcionários e acompanhantes (capacidade: 144 lugares):

393.50 m², com 4 sanitários com 3.83 m² cada;

• Distribuição para Refeitório: 38.08 m²;

• 1 Sanitários M&F p/funcionários e acompanhantes (refeitório): 2.40 m²

cada;

• Sala de contêiner: 6.70 m².

5.8 Farmácia:

• Armazenagem: 138.85 m²;

• Chefia: 15.25 m²;

• Dispensação: 18.56 m²;

• Distribuição: 19.60 m²;

• Recepção: 16.67 m²;

• 1 Sanitário para funcionários masculino e 1 feminino: 3.85 m² cada;

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• DML (área limpa): 1.15m²;

• Copa: 5.27 m².

5.9 CME (Central de Material Esterilizado):

• Recepção de material sujo: 5.27 m²;

• Preparo: 46.67 m²;

• Expurgo: 18.92 m²;

• Chefia: 8.12 m²;

• DML: 3.85 m²;

• Vestiários masculino e feminino da área limpa: 10.97 m² cada;

• Vestiário da área suja: 6.70 m²;

• Esterilização Física: 13.82 m²;

• Auto-clave: 12.57 m² + 15.25m²;

• Guarda de material esterilizado: 33.97 m²;

• Distribuição de material esterilizado: 6.70 m².

5.10 Apoio Logístico:

• Lavanderia:

- Lavagem e guarda de carrinhos: 8.12 m²;

- 2 Vestiários masculino e feminino da área limpa: 6.70 m² cada;

- 2 vestiários masculino e feminino da área suja: 6.70 m² cada;

- Lavanderia área suja: 76.22 m²;

- DML da área suja: 2.50 m²;

- Lavanderia área limpa / secagem / passagem: 82.75 m²;

- DML da área limpa: 3.17 m²;

- Chefia: 10.97 m²;

- Sala de costura: 10.97 m²;

- Armazenagem de roupa limpa: 40.67 m²;

- Distribuição de roupa limpa: 5.27 m².

• Almoxarifado:

- Entrada de Materiais: 22.52 m²;

- Saída de Materiais: 16.67 m²;

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- 1 Sanitário para funcionários masculino e 1 feminino: 3.85 m² cada;

- DML: 2.50 m²;

- Chefia: 16.67 m²;

- Sala de Reunião: 25.45m²;

- Copa: 13.75 m²;

- Armazenagem de material: 185.60 m².

• Conforto e Higiene:

- 4 Vestiários completos com armários (masculino e feminino) sendo:

- masculino 01 com 27.12 m² e feminino 01 com 30.15 m²;

- masculino 02 com 32.15 m² e feminino 02 com 34.95 m²;

- 1 sanitário de deficiente físico para funcionários: 3.22m ²;

- Recepção: 17.60 m²;

- Guarda volumes: 21.48 m²;

- Espera p/ visitante: 6.80 m²;

- Estar Geral: 15.83 m²;

- Sala do coordenador da zeladoria: 14.27 m²;

- DML Geral: 7.55 m²;

• Manutenção:

- Almoxarifado predial: 57.64 m²;

- Recepção: 6.70 m²;

- Chefia: 5.27 m²;

- Sanitário dos funcionários (1 masculino e 1 feminino): 2.59 m² cada;

- Sala de estar p/ carpinteiro, pintor, eletricista...: 21.57 m²;

- Copa: 9.90 m²;

- 2 salas de oficinas de pintura e marcenaria: 18.92 m² cada.

• Conforto dos Motoristas:

- Chefia: 9.05 m²;

- Recepção: 9.05 m²;

- Sala de estar: 21.10 m²;

- Quarto: 34.75 m²;

- Sanitário dos funcionários (1 masculino e 1 feminino): 4.69 m² cada;

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5.11 CEMAC:

• Sala de espera com registro geral e marcação: 84 lugares, área para

cadeirantes e espaço para 3 cadeiras de rodas: 261.58 m²;

• Sanitários: 1 masculino (48.73 m²) e 1 feminino (58.16 m²), e todos

adaptados p/ deficientes físicos;

• DML: 5.45m²;

• SAMI: arquivo dos pacientes – 56.83 m²;

5.12 Laboratório Geral:

• DML: 1.72 m²;

• Recepção / Recebimento de material: 16.07 m²;

• Sala de Digitação: 12.20 m²;

• Sala de Separação de Amostras: 21.75 m²;

• Salas de Coleta: 3 salas totalizando 17.15 m²;

• Arquivo: 15.44 m²;

• Copa: 9.30 m²;

• 2 Sanitários com 2.95 m² cada;

• Almoxarifado: 20.95 m²;

• Laboratório Geral: 70.13 m²;

• Parasitologia: 6.14 m²;

• Anexo Parasitologia: 7.32 m²;

• Bacteriologia:11.68 m²;

• Anexo Bacteriologia: 7.73 m²;

• Expurgo: 3.35 m².

5.13 Geral:

13.1-Estacionamento: 58 vagas para visitantes e 33 vagas para funcionários de

2.5 x 5 m, totalizando 12.5 m² por vaga.

13.2-Garagem: 8 vagas de 2.50 x 5 m;

13.3-Guarita: 2 guaritas com banheiros completos – 7.97 m² cada.

13.4-Depósito de Lixo: 195.69 m².

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13.5-Gases Medicinais: 4 recipientes de 3.00 x 4.00 m – 12.00 m², em um total

de 40.00 m².

13.6-GLP (Gás de Cozinha): 1 recipiente de 3.00 x 1.50 m – 4.50 m².

13.7-Caixa D’água: 1 reservatório superior com 15.000 litros e 1 inferior com

30.000 litros.

13.8-5 Quiosques de 3.00 x 3.00 m, total de 9.00 m² cada, sendo 3 quiosques de

lanchonete, 1 como posto policial e 1 como posto de informação.

Page 38: centro de reabilitação fisico motora

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Referências Bibliográfica e Internet

LAGO, V.E., MACHADO, V., KOCH DA SILVA, K., LOBO BRANDÃO, T., TFGs –

Trabalho Final de Graduação. Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias

Sociais.

DIAS TAVARES, L.H., Historia da Bahia, Correio da Bahia, Salvador, p.169-171

GÓES, R. de, Manual Prático de Arquitetura Espetacular, 1ª. Ed. São Paulo,

Edgard Blucher Ltda., 2004

VEKSTEIN, C.; TELLO, M., Letras Perfuradas em placa de concreto identificam

instituição, PROJETO DESIGN, 307, São Paulo, Arco Editorial Ltda., Setembro 2005,

p. 76-83

ACH, ARQUITETURA DE CLINICA E HOSPITAIS, Parede flutuante protege

interiores e atenua rigidez de clinica médica, PROJETO DESIGN, 271, São Paulo,

Arco Editorial Ltda., Setembro 2002, p. 44-45

FILGUEIRAS LIMA, J. (LELE), Centro de Tecnologia da Rede Sarah, PRO-

LIVROS, São Paulo, 1999

ARQUITETURA METALICA BRASILEIRA, Hospital Sarah Kubitschek, acessos de

abril a novembro de 2006:

http://www.ufes.br/~nexem/ArquiteturaMetalicaBrasileira/

http://www.fec.unicamp.br/~paiatto/sarah.htm

http://an.uol.com.br/2003/fev/28/0alc.htm

http://inventabrasilnet.t5.com.br/saracad.htm,

http://www.arcoweb.com.br/entrevista/entrevista44.asp, http://www.sarah.br/

http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura246.asp

http://www.designbrasil.org.br/portal/empresas/exibir.jhtml?idLayout=1&id=197

Outros meios eletrônicos visitados de forma aleatória: http://www.datasus.org.br,

http://www.biossaude.com.br, http://www.iof.com.br,

http://ww.pt.wikipedia.org/wiki/fisioterapia, www.pt.wikipedia.org/wiki/psicologo

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39

www.pt.wikipedia.org/wiki/fonoaudiologia,

www.tuiuiu.epm.br/centros/creim/neurologista.html,

www.pt.wikipedia.org/wiki/neurologista, www.fm.usp.br/to/

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Anexos 1 – Planta de Localização 2 – Planta de Situação 3 – Planta Geral 4 – Vista 01 5 – Vista 09 6 – Cortes II e GG