View
215
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
~5IosI6'1
~ COMPANHIA HIDRO ELHRICA DO SÃO FRANCISCO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 4 i Vara Clvel da Comarca do
Recife - Pernambuco. -, ~(>' .'/~.O~~W0l ~;~s::~~·\·~. IR1~~ 0\' .
\
.-r '." ,{ ,t ,;,~ r.l"(
,,'.:"iJ,,',{:I· ~"\ ~7.-~.. ' l, <JI(:.. •.. ~
:,~ o' .
\
",,,',,! (-.\" '/ ~1:::"-' ,,)., ,."-'~, "-.[ '\' ..,-.,
/
~,
A COMPANHIA HIDnO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO-CHESF,
ja qualificada nos autos da Ação Declaratória n~ 0018806131/
7, proposta pela CONSTRUTORA MENDES JUNIOR S/A, intimada pa
rn ofel'ecer contra-razões i, Apelação interposta pela Autor'a,
vem, ternpes t i varnen te, por seus advogados infra-assinados, a
pl'cscntn-léls, o que faz conf'orme petição anexa, requerendo a
sua juntada aos Autos, para posterior apreciação pelo Egrégio
TI'ibunal de Justiça do Estado de Pernambuco.
Nestes termos
Pede deferilnento .
./
Hecife, 15 de 114io de 1989
4~t;k.{~/()LVES
ri[:"lfL"A""r
•
- OJ\8-2444
~ COMPANHIA HIDRO ElETRICA DO SÃO FRANCISCO
PROC. n 2 0018806131-7
APELANTE: CONSTRUTOHA MENDI';S JUNIOR S/A
APELADA: COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO-CHESF
(
C O N T H A - /l A Z Õ E S
D A A P E L A D A
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco:
A COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO-CHESF ,
já qualificada, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA n 2 0018806131
7, proposta por CONSTRUTOHA MENDES JUNIOR S/A, vem, mui res
peitosamente, oferecer CONTRA-RAZÕES ~ Apelaçio interposta p~
la Autora, consubstanciadas nos fatos e fundamentos adiante
expostos, reiterando, como parte integrante, toda a argument~
çio expendida na contestaçio e na impugnaçio ~ tréplica.
I - A MATtRIA VENCIDA OU PIIECLUSA
2. Preliminarmente, é preciso escoimar deste caso as
matérias que precluiram ou restaram vencidas no curso do pro-
cesso.
A - QUANTO ~ PHELIMINAR "PÓS-MÉIUTO" DE NULIDADE DA
SENTENÇA - iLC11I XIII das razões da Apelante,
fls. 403/407.-- ----
3. Merece rejeitada a PRELIMINAR de nulidade da se?~ça, CUJA arguiçio, pela Apelants, sucedeu à discussão do!MÉRI
TO, no item XIII do recurso, na forma adiante comentada
~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO, I
- 02 -
4 . Ao tecer consldcrnç;es em torno da sentença, consl-
derando-a contraditória em seus f'undamentos, argumenta a Ape-
lante, às fls. 405, em razno do julgamento antecipado da lide:
"84.6 - ... Como ~e vê, há uma questão de fato
controvertida, que é o ter a Autora sido, ou
não,compelida/obrigada a financiar a obra com
recursos próprios captados no mercado finance!
1'0. A exislência dessa compulsã%bri8;ação é a
firmada pela autora e nagada pela sentença".
Às fls. 406, prossegue:
"84.9 - ... EIJlbora ~ autora considere esta que.:.
tão sem importância para ~ desfecho da causa a
seu favor, à vista dos fatos e razões de direi
to já invocados, a verdade é que a sentençaco~
siderou esta questão como uma das três questões
.1
controvertidas e importantes e, em assim consi
derando, deveria ter remetido o processo à fa
se de audiência, para que a Autora apresentas
se as provas que desejasse". (grifou-se).
Logo em seguida, ar'remata:
"84.10 - Não o fazendo, a sentença cerceou o d!,
reito da Aulora à prova e ficou eivada de nuIi
'1ii:;'i!
'I
argumentos da Apelante.
~uestão não têm importância para o desfecho da causa em
lada aos doutos patronos ~-adversus, resulta claro, porém,na
hipótese sub judice, que, em verdade, contraditórios são os
1<"i,!~
-se) .
•Senão, veja-se: de um lado, afirma que os fatos
Nada obstante o profundo respeito que devota a Ape-5.
dade, porque não ~~ de julgamento anteci
pado da lide, ~ ~ que havia necessidade de
prova ~ ~ produzida ~ audiência". (grifou -
_._-
~ COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO SAO FRANCiSCO - 03 -
favor, e, do outro, entende que o julgamento antecipado da li
de cerceia seu direito de pI'oduzir provas em audiincia. '0
6. En tretan to, exa tamente porque ltle convinha o julga-
~
~ento antecipado da lide, como ~~ualmente era de sua conveni-
incia dar prosseguimento ~ obra contratada, como ser~ demons
trado oportuno tempore, assim se manifestou ~s fls. 303 dos a!:!
tos, ao dizer sobre a CONTESTAÇÃO da Ri:
"31 - COIIGlu("'atldo, por úl timo. ~ !: prescn Le
demanda envolve exclusivamente matéria de di
reito, l'cquel' ~ Autora ~ y.Exa. ~ Julgamento
antecipado da lide, ~ termos ~ art. 330, do
CPC". (fls. 303 dos autos - grifou-se).l.~
i
7. Entio, como 6e adlnitir que, de um lado, tenha a Ap~
lante requerido o julgamento antecipado da lide, por entender
que a delnanda envolve matiria exclusivamente de direito e, do
outro, com O desfecho da causa, em sentença desfavor~vel, ar
guir no recurso, necessidade de prova, em audiência?
Essas contradições traduzem a insegurança da Apela~
te quanto ao suposto direito que invoca, ou desejo em confun
dir o Colegiado, que h~ de repelir' a nulidade arguida, na me
dida CIII que o Julgamcnto alltecipado da lide, atendendo ~~
pressamente requerido por' cla própria, obedeceu às disposições
legais que disciplinam a matéria.
i!
8. Mas, ainda que a Apelante nio tivesse requerido o
"
julgamento antecipado da lide, por sua própria iniciativa si
lenciou, quando o douto ~ quo assim se manifestou na parte f!
nal do despacho interloclltório(fls.345) ,publicado no Di~rio do
Poder Judici~rio de 09 de setembro de 1988, ao decidir sobre
a incompetência ratione personae suscitada pela Ri, ora Apel~
da:
Indo, como vo~, JULGAR antecipadamente
1 ide, DETEllMINO que os au tos baixem ao Con Va -
dor. E, contados e preparados, voltem-me ~ara
,.~ COMPANHIA HIORO EleTR/CA DO sAo FRANCISCO
i· ..··, :
- 04 -
decisão. PnlJli'lue-se e Intime-se. Recife, 30/
8/88. a) Eloy d'Almeida Lins. Juiz de Direito.
Grifos originais.
9. Entã9, se o julgamento antecipado da lide cerceava
~ Apelante o direito i produçio de provas e, assim, eivaria ar ,
sentença de nulidade, caber-lhe-ia, usando da faculdade do
art. 522, parágrafo primeiro do Código de Processo Civil, ~I'. _-
qucstionD.1' .e: materia, mediante agravo retido, que seria entao
apreciado em preliminar, quando 'do julgamento da Apelaçio, por
essa Egl'igia Corte.
Nio o fazendo, ilnpede ao Tribunal conheci-la, por-
que preclusa.
10. Dessa forma, se a própria Apelante reconhece irrele
vante para o desfecho da causa em seu favor, questio que ela
suscita, nio se há de falar em nulidade da sentença, quando,
alim de requerer o julgamento antecipado da lide, manteve-se
silente diante da afirmativa do Magistrado de que assim pro-
cederia e, contribuiu, ~ qualquer ressalva ~ recurso para
aquel e desfecho, que lhe convinha, medi ante efetivação do pr~
paro, conforme determinou o despacho.
.,
, .11. Contudo, admitindo-se mais uma vez para argumentar,
fossem rejeitados os argumentos acima, tenha-se que o julga
mento antecipado da lide, alirn de haver resultado de expressa
manifestação da autora, levou em conta sua omissão em' reque
rer as provas com que demonstraria a verdade dos fatos alega
dos, nos tennos do art. 282/VI do Código de Processo Civil,l!
mitando-se ao seu protesto gcnirico, como se depreende do i
tem 135 da inicial:
"135 - Protesta pela produção de todas as pro
vas em direito admitidas".
12. A Doutrina e a Jurispfudência, ao interpretar7',1
tiria, entendem não ser bastante protestar, de forma ge
~~ COMPANHIA HIORO ELETRICA DO sAo FRANCISCO - 05 -
j
.,
como o fez a Apelante, por todas as provas em direito admiti
das; impõe-se seu requerimen Lo, p3.ra que se atenda ao manda -,
"
11
,
I
mento legal.
O saudoso PONTES DE MIRANDA deixou, a respeito,o s~,"
guinte magistério, in "Comentários ao Código de Processo Ci-
vil", Ed. Forense, Tomo IV, 1974, pág. 22:
"MEIOS DE Pf10V1\ - o requisi to de que fala o art.
282, VI, é o da indicaçio dos meios de prova.
Nio se trata de indicar a prova que se vai pr~
duzir in concreto, e sim a espécie de prova
prova documental, testemunhal, ou por depoime~
to da parte, pericia, etc. No entanto, o juizo,
para a instrução do processo, pode ordenar as
diligências que lhe pareçam necessárias (art.
130). Quan to " prova documen tal, art. 283. In
dicação dos meios de prova e a proposição de
les, proposiç~o que tem de ser ex~ninada desde
logo em sua adlnissibilidade e idoneidade. Não
basta protest::u' por todo gênero de prova". Gri
{~
·1~
;
!,,;
"i
fou-se.
i"
.;!I
I;~'j
ti•fi,<
.,",.
CrOlári
•dos.
A indicação dos meios de prova é um
WELLINGTON MOf1EIR1\ l'lMENTEL leva em tal conta o dis13 •
positivo legal em análise, que identifica a indicaçio das pr~
vas como um dever de lealdade processual imposto no art. 14
do Código de Processo Civil, conforme o seguinte entendimento:
"A lei refere-se às provas com que o autor pr~
tende demonstrar a verdade dos fatos alegados.
Entenda-se os meios de prova, cuja indicação é
de ser feita pela especificação da espécie pro
batória. Assim, prova testemunhal, ou documen
tal, ou pericial. Qualquer ou quaisquer dos
meios legais, bem como dos moralmente admit
~~ COMPANHIA HIDRO ELI:TRICA DO SÃO FRANCISCO - 06 -
do dever de lealdade processual imposto. expre~.
samente, no art. 14. Quem ingressa em juizo.c~
, '
mo autor, réu, ou qualquer forma de interven
ção, deve agir ~om probidade e com esta não se
coaduna a atitude de litigante que omite inte~
cionalmen te os meios de prova de que dispõe" .•
("Comentár10s ao Código de Prooesso Civil", Ed.
Revista dos Tribunais, vol. 111. 1975,pág.157).
."t.~~~:~ , ;":
r'
lante cOlno improba ou processualmente desonesta. O texto invo
cado serve tão-só para ressaltar que a indicação das provas
consiste em um mandamento legal imposto ao Autor, para permi
tir a outra parte conhecê-las, preparando-se assim, adequada
mente, na produção de sua defesa.
A indicação genérica, ao tolher esse prévio conheci
mento, induz ao julgamento antecipado da lide, como fez o dou
to a quo, acompanhando a Jurisprudência:
"JULGAMENTO ANTECIPADO - DESPEJO - PROVAS NÃO
REQUERIDAS - DESNECESSIDADE DE AUDI~NCIA - CER
14. Considere-se, na oportunidade, que não se tem a Ap~,
"jI'
·f~, ~~~l
j'
,:!>;.:nr;.
.. -!!. .~j
r.•"•1
I.
1:,;,
Preclusio. Qunrldo n;o atacadas por oportuno a_
gravo, as decisões atinentes à condução do pr~
cesso preclucln. Julg~nento antecipado da lide.
Não sendo requerida ~ produção de provas
,-
CEAMENTO DE DEFESA. I '~ .. '
que
I,"~~
I""~"~
tornem neccssária ~ realização da audiência de
instrução ~ julgamento, não constitui cercea -
"mento de defesa ~ julgamento antecipado ~ ,!!-
d
" \\\'
~ '" il
(Ap. Cível 11.780 - j. 28.6.76 TARS, in"Juri~ iprudência Brasileira", Ed. Juruá, 1982, pág.· 1143 - grifou-se). :
( ,
•A - QUANTO AOS EFEITOS DA AÇÃO DECLARATÓRIA
i
'1'.
15 . Mesmo sem querer dor curso à controvérsia.,,
<
~® COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO ,,;,' -, 07 -
"
\"
~
~.
ria sobre a tese da inadmissibilidade da açao declaratória,
quando já seja possivel o exercicio da ação condenatória (po
sição sustentada pela Escoia Alemã, em homenagem ao principio
da economia processual, também.r;lefendida entre nós, com novos
fundamentos, por MACHADO GUIMARÃES, citado na sentença, G. ES
TELITA HEROTILDES S. LIMA), a verdade ~ que a tese contrária
adotada em nosso CPC vigcllte (art. 4~, parágrafo ~nico), eSP2
snda pelo autor de Ante-projeto, Prof. ALFREDO BUZAID, de que
tamb~m foram corifeus JORGE AMERICANO, TORQUATO CASTRO, LIEB
MAN, LOPES DA COSTA e BATISTA MARTINS, foi admitida pela sen
tença, na moldura das lições desses mestres e,tão-somente, p~
ra, verbi.s. " ... no que ~ possivel, espancar de dúvidas ~ ~
rar incertezas, ~ que tange ao pedido deduzido em juizo".
(fls. 362).
16. vê-se. claramente, que a admissibilidade da declar~
tória conformou-se aos estritos termos e limites do Art. 4~ ,
inciso r, do CPC, cujo comando autoriza a ação, esgotando, no
entanto. seu efeito à lIlera declaração "da existência ou ine
xistência da relação juridi.ca", despida de atributo executó
rio, porque carente de condenação.
17. Conquanto tenha também se batido pela inaclmissibili
dade da declaratória, quando exercitável a condenatória, CEL
SO AGllICOLA BARBI, em not~vcl rnonografia, rende-se i imperat!
vidade do dispositivo introduzido no CPC de 1973, não sem re
conhecer os efeitos limitados da ação declaratória:
"A sentença declaratória, pela própria nature
za do seu fi 111 , não pode ~ executada. Seu fim,
é restabelecer o direito objetivo ferido pel
incerteza; com a declaração refaz-se a ordem j
ridica. Nada mais precisa a sentença para
cançar sua finalidjde. Seu efeito, em termos
precisos, é puramente declarar a certeza".
AÇÃO DECLAHATÓRrA - principal e incidente<, ro_--.
'.
"
II
!
I,i
~i1,,!
I:1"I,:j,~
j
;,.i
1.~
i,""
'i
ií,I""
.~•:í./
,;i,i•,•.••,1
"
..
~ COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCiSCO - os -
rense, 5~ Ed., pàgs. 160/161). Grifou-se.
18. É iniludlvel, a Apelante denuncia tal insegu~ança
"Um desses conceitos é a incerteza, segundo o
qual, para ser admitida a ação, é necessárioh~
ja a incerteza sobre a relação que forma o ob-
quanto ao seu pretenso direito, que preferiu converter pedido
condenatório, mais próprio à espécie de sua conjectura, em pe, -
dido meramente declaratório.
A respeito, o próprio CELSO AGRICOLA BARBI adverte,
desta vez, ao comentar o ol't. 4 0 do CPC, da dificuldade de se
precisar o interesse de agir, condição da ação, na declarató-
ria. Ali fixou alguns conceitos, que auxiliam na solução~, .
" "I1;-
,! ~.,i:; ..
:., ,~ ..'
~'(:
i:.;'....
casos concretos:
de
'.
QUANTO ~ INCOMPETÊNCIA DO Juízo
Em que pese as ponderáveis razoes que animaram
C
19.
pelada a arguir a exceção, por reconhecer, contudo, que a
téria não é pacIfica na jurisprudência, acabou acatando o
terlocutório que firmou a compe~ência da justiça comum, tendo
desistido do agravo então interposto, pelo que essa ques~ao es--,
jeto da demanda.
Mas não é bastante que a incerteza se forme no
espIrito do autor; ela deve ser objetiva, isto
é, ser uma dúvida séria, 'em condições de tor
nar incerta a vontade da lei no espIrito de
qualquer pessoa normal', como quer CHIOVENDA ,
ou 'em face da opinião comum', no dizer de ZAN
ZUCCIi I". ("Colllen tári os ao CPC, Forense, vol . I ,
Tomo I, págs. 73/74, li Ed.).
Malgrado os pronunciamentos havidos no nivel admi
nistrativo e no judiciário, em primeiro Grau, a Apelante, so
mente ela, persiste em dúvidas e incertezas.
I I
~ COMPANHIA HIDRO ELI:TRICA DO SAO FRANCISCO - 09 -
tá definitivroncnte vencida. cOllsequentemcllte, não devolvida a
superior instância.
11 - À MEMÓHIA ÚTIL DO PROCESSO----.--
-~
20. Uma vez escoimadas as matérias preclusas ou venci
das, é necessário recordar os fatos da causa e o contraditá -
rio desenvolvido neste processo, trazendo a lume, embora sum~
riamente, elementos que, marcantes em outras peças do proces
so, notadamente para a defesa, foram sonegados ou vertidos ao
alvitre da Apelante.
A - HISTÓRICO - FATOS MEDIATOS DA CAUSA
'. ,"'; "J
;" I
i., '. ~
".oj.,J
,1,
"J
21. Os fatos mediatos que lastrei~n o pedido tim sua 0-
rigem nos contratos de referência CT-I-228.280 e CI-I-227.281,
de fls. 61 e lIa, celebrados entre a Apelante e a Apelada, te!:!.
do como objeto as obras civis da usida hidro-elétrica de Ita-
parica, Estado de Pernambuco.
li
1:
,,,
22. Aqueles contratos, nas cláusulas 55 e 57, respecti
vamente, fls. 61 e 110 dos <:lutos, regulam o reajustamento me!:!.
sal dos preços, mediante fór'mulas matemáticas, contemplando i!:!.','
dices tle elcvaçio de preços dos vários insumos necessários ao
empreendimento. Os indices utilizados resul tam da aferição de
preços procedida pela Fundação Getúlio Vargas e publicados na
Hevista "Conjuntura Econômica".
A finalidade dessas cláusulas de' reajustamento era,
evidentemente, compensar a Apelante pelos aumentos de custo da
obra, preservando o equillbrio econômico-financeiro do Contra
to.
mentação posta à disposição de tod-os os concorrentes,
"de resto as demais condições
(23. Vale salientar que tais fórmulas de reajuste, c
•contratuais, integravam a
on~,
(~ COMPANHIA HIDRO EleTRICA DO sAo FRANCiSCO - 10 -
t .~, li. ''';1
(~o processo licitatório.
Eram, pois, sobejamente conhecidas e constituiam um
dos parâmetros básicos para a composição dos preços incluidos
na proposta da Apelante, afinal vencedora ...24. Mas, não é só. Prevendo como de fato previam os al~
didos contratos a possibilidade de atraso de pagamentos (tan
to isto é verdade que,a ocorrência destes, conforme se esti
pulou nas cláusulas 69a do CT-I-227.280 e 7la do CT-I-227.281,
ensejava a rescisão, se incidentes, por 3 vezes consecutivas
e 6 alternadas, por prazo superior a 180 dias). pactuou-se,
com o assentimento da ELETROBRÁS e MINISTtRIO DAS MINAS E E-
~
NERGIA, através de instrumento epistolar aditivo, também men
cionado nos autos como "SIDE LETTER", o seguinte:
"Caso haja atraso em qualquer pagamento, desde :i(
:;
'I;
.~I,II'i
.,".1I
:4
J1
0'",I
,..,.i
~
/.O segundo choque dos preços do petróleo acontecera
logo fica acordada uma compensaçao financeira
em favor da MENDES JUNIOR,na mesma base da va
riação ocorrida no valor nominal das Obrigaç~es
Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN) entre
o mis do vencimento da fatura e o da sua efeti
va liquidação, acrescidos de juros de mora de
1% (hum por cen to) ao mis, sobre os valores coE.
rigidos, durante esse periodo. (Transcrito às
fls. 02 da jnicial)."
25.
há pouco (1979), mergulhando o mundo inteiro em crise
do necessidade de ajustes na economia brasileira, que provo
cou a recessao interna, elevação das taxas da inflação (não- . -
tao exorbitantes como nos dias mais proximos), e inaUgUra~
fase de escassez de recursos, máxime no setor público, ~~e!
Neste ponto, vale uma pausa, para recordar o conte~
to em que se inseriram a licitação, a contratação e depois a
obra, e adiantar algumas consideraç~es, para melhor compreen
sao da lide.
~
( "
,I.' •
!.~ COMPANHIA H/ORO EL~TRICADO sAo FRANCISCO - 11 -
.•I•
ra vitilna da retraçio das 11nl1as de financiamento internacio
nais.,
~
f'1.o
..._.i
tuada " lidar com riscos, interna e externamente, co1ecionan-
tes, ajustando-se mecanismos para neutralizar ou minorar seus
i~
~
";.1i"1
1l"~t~~.r!
{I
~
~
I.,i:~' j
;I
~nq1~'I"-;
j••-,,.1
1~
~1J
\'I;j
r I ~"', .... .':'
Malgrado tivesse se concretizado a hipótese previs-
FATOS IMEDIATOS DA CAUSA
Vejam os insignes julgadores: o quadro de dificulda
Precisamente pela existência desse panorama adverso,
28.
pretender que a Apelada tenha determinado, autorizado, captar
recurso no mercado, visando o fin~nciamento da obra.
do sucessos que fazern sua com!Jetência e grandeza empresarial.
Isto posto, retolJle-se o histórico do caso.
ta em contrato, de atraso de pagamento e, certamente, por es
tar protegida pelo ADITIVO ESPISTOLAR aludido, que lhe asseg~
rava a devida compensação financeira, a Apelante prosseguiu
COIll a obra no ritmo adequado à sua conveniência, teimando em
das componentes de custo já ernbutidas nos preços básicos de o
bras do gênero. para cobrir riscos e compensar o custo finan
ceiro do capital de giro. cuidado a que, certamente não se fur
tou a Apelante, ao elaborar suas planilhas, posto que, compr~
vadamente experiente no ranlo e no mundo dos negócios, i habi-
efeitos sobre a contratação.
Esses mecanismos foram convencionados, sem embargo,
27.
des conjunturais que envolvia a contratação, não só era previ
sivel, como foi efetivamente previsto pelas partes eontratan-" .':'1
1% ao mes.
financeira, abrangendo o desgaste da moeda e juros de mora de
e que se inseriu nos contratos ~~udidos às cláusulas de rea
justamento mensal de preços e se previu a hipótese de atraso
de pagamento, pactuando-se ,para esta, fórmula de conpensaçio
26.
! ,.'
~-
29. Dai, emergem as pretensões da Apelante: prime a
"
.--===---
~® COMPANHIA HIORO ElE:TRICA DO sAo FRANCISCO - 12 -
I
~~
plano administrativo, mer'cecu recusa cabal da Apelada, embora
insista, ao longe de todo seu arrazoado, inferir eonfissão,o~
de não existe, como também se demonstrará.
presentadas sob a forma de reivindicação, a titulo de ressar
cimento de custos adicionais que estaria arcando pelo 'anda
mento anormal da obra (ver fls. 6, item 8 da inicial); depois,
transmudada em ressarcimento pelos custos financeiros por a
trasos de pagamento de faturas (ver fls. lO, item 12 da,iniei
aI): finalmente, eom esta última feição, vem reclamar atendi
mento, via prestação jurisdicional.
30. Porém, quando ainda diligenciava seu interesse no
.!,,,,I
I
,I
i"'j•1i
- ~~nifestada, a substituir a administraçao na caE
tação de recursos, no mercado, para prosseguir
na execução de obra.
Se o faz, assume os riscos da atividade,: nao
!,,
,!,i
"!"
j
JJ!a"'i!"
""
~:1i '.~
".:·i,
J
iH. ],1i,I.I.~
•, I:~I
Atendendo requerimento da Apelante, sua pretensão -31.
, -podendo exigir reembolso da administraça~.
Admitir que o particular substitua a Adminis
tração sem qualquer anuência regular desta, na
captação de recursos para custear a execução de
obras públicas, tornaria letra morta a obrig.~ -
toriedade da 'existencia ou previsao de re~ur-
(foi, ainda na fase administrativa, submetida à apreciação do
Ministério das Minas e Energia, via ELETROBRÁS, tendo o Minis
tro Titular solicitado o pronunciamento da Consultoria Geral
da República, que, após alentado parecer, quase inteiramente
reproduzido às fls. 12/17 dos autos, concluiu pela inadmissi
bilidade da pretensão, nos seguintes termos:
"A inoponibilidade da 'exceptio non adimpleti
contractus ' , todavia não autoriza o particular,
sem previsão contratual, ou de autorização da
autoridade competente, por qualquer forma ma-
sos orçamentários suficientes ao vimen"
to normal dos lrabalhos, segundo as previs&esI '
(~ COMPANHIA HIDRO ElURICA DO sAo FRANCISCO -, 13 - ;!
'\",.,,
do cronogralllo.' ,como antes se exigia no art. 32
do dec. 73.140, de 9 de novembro de 1973, e ho
je se estipula nos arts. 6 2 , 7 2 e 45, itens V,
do Dec. Lei n 2 2.300/86 (ver fls. 15/16 da ini
cial)."
,I
,iJ
a Apelante coligiu diversas teorias (imprevisio, equilibrio e
conamico-financeiro do contrato, enriquecimento sem causa e
.outros argumentos afins), deduzindo pedido cujo n~cleo i o seI
guinte:
32. Irresignada COIII o resultado no plano administrativo,
..• "para E. fim de declarar E. direito da Autora
do ressarcimento completo ~ atualizado, '~:: pela
CJlESF, dos valores relativos ~ juros de merca
do ~ encargos financeiros em que incorreu a A!,!.
tora e que foram decorrentes de financiamentos
da obra a que foi obrigada, em virtude de fal
ta de pagamento por parte da CHESF, e da deter
minaçio desta a Autora para que assim mesmo
prosseguisse com a obra no ritmo adequado."
,,",I
riI
:}•
, {I{,1l"r\
I;'I
I,
!~
"';.;
'i
i..
,)
:). ~~
I'
o CONTRADITÓRIO ~ A SENTENÇAB
33. O debate travado pelas partes, a começar da inici -I -" - •aI, seguido de contestaçao, replica, treplico., impugnaçao a
tréplica, interlocutório, deixa de ser aqui sumariado, porque
bem resumido no relatório da sentença e reinaugurado nas ra
z&es-da-Apelante, nos vários tópicos em que se desdobra. Como
praticamente reproduz a inicial, obriga a Apelada a discutir a
matéria ponto por ponto, quando envolvendo todos os elementos
do contraditório.
Poupa-se assim aos ilustfes Julgadores de
diosa leitura, já com o encargo de examinar a longa
-
"
"~. I ••
:1::1, j"
~ COMPANHIA HIDRO ELerRICA DO SÃO FRANCISCO
,. ,,
- 14 '.",i":
"'.
i-,.... ~I
"'
'.I '~.'
".1quele debate.
pelante, que provoca a resposta devida da Apelada, nio menos I
longa, infelizmente, onde seria repassados todos os pontos da
34. o douto Juiz ~ quo logrou captar e concentrar, com
a compoern:
raro descortino, no trecho da sentença a seguir transcrito,t~
da a controv~rsia, fixando com precisio os v~rios pontos que
I;
.'~~
~
~l
,,\"
:. :., ;~
~ :',, I"
'iíJ~•)i
4-nii:1'~
· .~· jl· .,'.~
... ~.'I'J
~
~;j.,oi~
1..~J.~
"'.;l,"',.~
C\iIl,
como
,
::~ ~
'Ji:;
,~i .
-
desdobradmentos da construção da Hidroelétric
de Itaparica e que podem ser espancados
bus' com o juiz determinando aos contraentes u
ma conduta diferida ou diferenciada.
Ré - Cia. Hidroelétrica do são Francisco'
Eis, segundo exsurge da discussão do pro~esso,
os pontos de acertamento ou de incertezas, que
se insinuar~n nas relações juridiCas estabele
cidas entre a Autora ~ MENDES JUNIOR S/A,- e a., :t,~'
mica/ finance i ra do contrato, impondo-se" desse
Inodo, a sun (d~le) revisão à luz da 'teoria da
imprevisio' e/ou da cl~usula 'rebus sic stanti
ais;
c - que as altas constantes e exorbitantes dos
juros de mercado foram imprevistas, e, que, a~
sim sendo teriam determinado a alteração econ.§.
b - que a H~ teria DETERMINADO esse financia
mento e que Se COMPROMETERA a ressarcir a Aut~
ra desses encargos financeiros extracontratu -
a financiar cOln recursos próprios, captados no
mercado financeiro, a construção da Usina.Hi-, ... <;~':
droe1~trica de Itaparica;
da às seguintes situações:
a - que a Autora teria sido COMPELIDA/OBRIGADA
"Entendo, após marchas e contramarchas, pontos
e contrapontos '.jue a controvérsia est~ reduzi-
I ,
I
, .,'
. i
:.J
í' ~.;." ,
TRAÇÃO, mas não deixam de se harmonizar com a teoria do ..con -
nistrativos, que reservam posição de preponderância à ~MINIS
~ ~"
.~".
que
con-
r';,' :;; I
, . ,~,'~'
'.i; ,
::- 15 -"'I";,:
,·'-:1
~'"
,.'1" ,,.>~~ 1
que a te. ~r I
administra-
às características dos contratos admi-
- A Autora t~ria sido obrigada a financi -• ,i;
por contra a Administração a 'exceção
"Ora, se de um laoo, o particular não
oria do contrato é una, o contrato
"Inobstante a compreensão; cediça, de
Não há nenhuma prova ~ autos ~ respeito des-
"1 2
ca de Itaparica7
ar, com recursos próprios, captados no mercado;. '"
financeiro, a construção da Usina Hidroelétri~.ij:.
1;',';:[;"
E acrescentou:
Daquela fundamentação.merecem transcritos os segui~
.~
\1
'~.'..·'l. ~
ves da açao declaratória." (fls. 362 dO'~: autos). :~, ".J
'::/",1
!;~h'j
'. ~
..~
ta assertiva. Al1~S' ~ co~trário, ~ afirmat1- ."Ar~va inversa se impoe sob a otica de toda a cons~-~- - - - -- - ---= ;r:t\tr
trução doutrinária a respei to da figura ..,Jurldi . ~:-:~f.'~':'·.o CONTHATO." (fls. 363 dos autos - .. gri - ,o ••"...
~ 7.';" .•1 ~, ~i~' .; 1 ' .;~ l;!
fou-se) . . " . ',. ~
Prosseguiu o Magis trado, dissertando com pr~:;ieda- :" .\.,. :.J,,
:I..~
l:t·t
~ jr-Õ
,,': ~l';! .:1
1,. ,. ,.,. -2,
tivo, e facil entender, pela sua propr,ia espe- ~
cie é regido por normas de direito PÚ~l~;co, c~ limo tam~ém sujei ta-se aprecei tos admini!""trati- ~,
vos, nao elidindo, entanto, absolutamente, a o ãbrigação dos contratantes, à estrita Ol?;:~iên =~ 1.
",. _ tcia as clausulas e condiçoes estipuladas." '. I
....1· "I.,.. :, /l"'i... ,' . , ..... ;~ Jj',~' :,!: ' , ~' , ' ~
! J: '. ~~
'L~"~
A seguir passou a decidir as questões controverti -. : ~ ~~':
COMPANHIA HIDRO EL~TRICA DO sAO FRANCISCO
tes excertos:
;:,;
trato, no que respei ta à força vinculante e obrigatória.!. • r"~
deriva das cláusulas e condições pactuadas.
de às fls. 363, quanto
36.
r !
das. A PRIMEIRA:
35.
( r'
I','1.I'
. i:
, ,
,.
~ .
, '.
", .'
.. : i',
: ;1'
1':'
':'._'
: "
\""!' .• I.• 1 I"~'''I'r ~, I' I ~' r
,"~
.;, ~..
.).~;:.
.,
,~, ,I].' .}
I
:'1',~
'l,
---,--_._-- -'-_.-I, ;1
!,.
trato nao cUllIprido', do outro lado 2. mesmo par
ticular, pOlk <.lenullclar 2. contrato !:. requerer
.§!: sua reviGZío, quer administrativamente, guer
~ procedimento contencioso, na jurisdição ci-
, I ~., .
,y-~ :
~ COMPANHIA HIDRO EL~TRICADO sAo FRANCISCO
vil ". ,
finalizando:
- 16 -
• "1 ~
;:l-
",.,."!r
.!i;I'I.
~~i
~
do esse financiamento, com recursos de mercado
e que se comprometera a ressarcir esses' cus
tos. Mais uma vez. ainda, pelo contrário, a Ri
quele documento:
"22 - Mutatis rnutandis, desacolho a segll;flda as
sertiva da autora de que a !li teria determina-
i:I
. ~ ~ .
.~
~.~
j:,f
1~..
. ~ig\Ir..~
:ll'1j
Ij"I
I.;,'~..
h:J', .ji ;1,.1..,
"::;< ·1'... :, ..~-l' ..:_. ~.
,.~~.:j.".);.~, ~,
'i ;,,
"-- ~.
negou esse compromisso. Quem nos diz isto i a
pr6pria Autora, qllando em determinada passagem
do seu libelo traz à colação resultado de reu
nião plenária da Ri •. que redundou no memorando
DCE-027/87, de 23 de abril de'1g87, com excer
tos transcri tos àa. fls. 11 dos autos. já re1:'e
ridos nesta sentença e que vão novamente(apar
cer em destaque:
(fls. 363 dos autos - grifou-se).
Quanto à SEGUNDA questão controvertida, a sentença-
"Desse modo, <.lata venia, não merece guarida a
afirmação da Autora de que fora COMPELIDA/OIJH':
GADA a financiar .§!: obra da Usina de Itaparica."
37.
se manifesta. repelindo-a, referindo-se a trecho de doc.umento
citado pela Autora, às fls. 11 dos autos, negando enfaticame!:!.
te qualquer tipo de determinação para que se fizesse o finan
ciamento,e compromisso de ressarcir os ônus dele decorrentes.
O documento em questão i de estrita circulação no setor eli
trico, emitido quando não se cogitava da presente demanda, e
por isso mesmo de qualidade pr"obante incensurável.
Veja-se o que disse a sentença c o que continha a-
I I
;L~
.. l'
, "
..
,1·i
~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO - 17 -
~ ! ;j
"" o·,
( 1 v - Finalmente quanto ao item que trata do re~
conhecimento de juros de mercado, conclui a
A CHESF pela Impossibilidade de seu tratamento
a nivel administrativo interno. Parece-nos es-
",•
'.
- '_.,
, ,
h'\-
n, I'"
te ponto bastante delicado, uma vez, não exis
tir qualquer suporte contratual para o pleito,
apesar do reconhecimento de que a Construtora
ao financiar a execução da obra por tão largos
periodos, possa ter sofrido ônus não ressarci-
J!
~",
Quanto à TERCEIHJ\ questão controvertida, abrangendo39.
dos pelos juros reais de 1% (um por cento)
SIDE LETTER." (fls. 363/364, dos autos),:
na
1
a teoria da imprevisão e seus desdobramentos nos demais fund~
mentos arguidos pela Autora, acabou rechaçada, ap6s longa fu~
:IrI'I')'
,
damentação
trinárias,
lançada pelo MM. Juiz a quo, enfocando posições dou- ~~""~I -
precedente de sua pr6pria experiência judicante, e
:,;:;1
• to.I ~ ~.
..'-
os cenários econômico-financeiros relatados, pela ora Apelada,
em sua contestação, contemporâneos e prospectivos à licitação,
a contratação e à execução da obra.
Abaixo são transcritos excertos representativos da
quela fundamentação de fls. 364 a 368:
"3 2 - Teria, então, havido improvisão da Auto
ra em relação à flutuação das taxas do mercado
financeiro, quando da assinatura do contrato?
CONSIDEHAÇÕES DOU'l'HINÁflIAS
l"':;: :
Entendo, ainda, mais uma vez que não." "',,
",.. j'-,'!............................................. ~ .....40.: ~ ,
"Pelo principio da força bbrigat6ria do contrato
de aceitação universal - o contrato'deve sera:Pri
do da maneira co:o fo\ pactuado (PA:TA SUNT :RVAN
DA). Diz-se, entao, qUe o contrato e irretratavel
intangivel.
...
~
.'~"
:~ .
.. i..
I I~..
',o
.-, @ COMPANHIA H.oRo ."TRICA DO SAO FRANCISCO
. i,~~'l
:, 18 -
,I
1,~
~i.,
'i,
-',
ii]
ii,~
:..,.-.,"
.,
1.,•),;1
(-~
. :::~':;:j, ....
" .. :,,. '1
~
!,:•.,1'..~,~,.,,;,,.lj
~. ~
'\'é .I~
~E~~~~'-. ':1
'," .~
. .
o
"
conhecida co
...................................................
Neste ponto, o MM Julgador relatou as circunstâncias
tratar."
relação às circunstâncias vigentes no momento de con
...................................................
IJ:).~r.,"~1~1'i
it
"Havia, então, imprevisão da Autora - CONSTRUTORA '( \iMENDES JUNIOR SiA - quando contratou com a Ré - CIA~'
IIIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO - a construção da U ,i \
sina Hidroelétrica de Itaparica7 Entendo qu~',:não.,,' '. ~ !,. li. li
· ~
existiam no momento da celebração do negócio."
"O problema, ent~o, ~pareceria quando se produzis
sem operaç;es extraordinárias e imprevis1veis, com
Jeitas ao cumprimellco do contrato, enquanto perman!:,
cem inalteradas, na execução, as circunstâncias que
blema desse subjetivismo exacerbado. Mas, parece ter
Com isso, ganhou corpo a 'Teoria da Imprevisão,' que
consiste em admitir, nos contratos comutativos, de
execuçao diferida, continuada ou periódica,uma cláu
sula impl1cita, segundo a qual as partes estão su-
MANEIRA IMPREVISíVEL.
mo a lei Failliot - 'o marco decisivo' para a cons~
gração da idéia de Illodificação dos efeitos contratu',t ~ -
ais, quando as circunstâncias fossem alteradas de_: I
,'::
sido a Lei Francesa, de maio de 1918
Ilpós a primeira guer'I'a mundial, no entanto, esboça
1'~II-se na Europa s~rias reaç;es ao absolutismo con
tratual, em face da enonne dificuldade que o povo
europeu. enfrentou à égo,;a para cumprir os contratos
sucessivos ou de execução diferida.
A doutrina e a jurisprudência vinham debatendo o pro,~"" -
41.•
então concluira:
que envolveram caso similar levado ao seu julgamento I" qu.. ,'.'
( I
I ,
~. ;~
~i
.LI:.
,.
, "I:1'1'
;~;:~;
" O achatamento salarial de 1981; END~"-,.,
1.,•.,
====<=."'" ... --
·iI'._~
,::~ COMPANHIA HIORO ELErRICA 00 SAo FRANCISCO - 19 -
~J~
~
~.Ij•
JUNIOR FIRMOU CONTRATO COM A CHESF em 03.04.81);
crescentando novos argumentos jurídicos, decidiu com serenidal ' '
da e justiça pela improced~ncla da Ação. Este é o desfecho,de,
;\
",I'o
~
;I'
J'•y.1!f!,~
$tI,
~I
~
..~,:J •
~"
'iIÓ
,.t.l'
'" '~.'it•i~.t~
'" ~
i.~,~í
"il
i!~
ti,I ~
::i~'~
, j, :l
,f,iI~.. ,'',," .-
~
~, ~;, I,
•!"
1~,
..
I,
... '
sou da mesma opini-
Na hipótese dos autos, releve-se o fato de que,
entre o planejamento e a entrada em operação de
uma Usina lIidl'oelétrica de porte, medeia um es
paço de oito (8) a dez (lO) anos."(fls. 367).
~~. lloJe, Inais ainda,
ao.
110 custo fIrlU.nceiro ~ geral?
rial; em meio a um rumo inseguro da economia
que impossibilitava um planejamento a médiopr~
zo; em meio a uma inundação de ORTN's para fi
nanciar o déficit público, com a consequente ~
levaçio das taxas de juros ~ ~ repercussões
Naguela ocasião (l! de março de 1986) entendia
• I"A Autora - como diz a Re - acostumada a. trab~
lhar em proJeLos de execução longa, está fami
liarizada com essa sorte de acontecimentos.
curial que projete nos contratos os cenários
que envolverão os elnpreendimento~ que se pro
põe a executar, de~de os instantes da licita
ção até a consumação da obra. Como pode,
çio do com~rcJo mundial que inviabilizou a ma
xidesvalorização do cruzeiro de 1979, era um\
quadro que poderia ser ignorado por um EMPRES~
RIO habituado a lidar com vultosos capitais?
ConcluJrldo, volto a indagar: existe:impre
visão quando se contrata em meio a uma; r,eces
são da economia; em meio a um achatamento sala
a dependência externa do petróleo; a paraliza-,I,
Finalmente, adotando os fundamentos da defesa e a
fls. 3G8, proferindo a decIsão:
42.
,I
I '
,: r
" ..I.~ '
,
; ,"
,i
":1,-
!. ;-
~ "• "~l
....
! "t-·I' "
.(ifi) COMPANHIA H/ORO ElhRICA DO sAo FRANCISCO - 20 -
,
ignorar na clnboraç~o de SU'IS propostas os im
pactos dessas variáveis não controladas?
Por outro lado os mecanismos contratuais satis--
, ... ,,'';
.... :~ i·•· ••1,,'·1
:::~~: ~
faziaJn plenamente aos interesses das partes, e
gaste finnrlcrlro dn eventunl irregularidade de
fluxo de caixa.
A - contraria o primado do superior interesse
geral;
A Autora, COIIIO invectiva, a Ri, ao captar re-.
cursos no mercudo financeiro nio o fez para a-I
tender determinação da Ré, que não houve em ne
nhum instante, embora a Autora insinue, sem co!!.
seguir provar. O fez para salvaguardar os seuso
próprios interesses, dentro dos riscos assumi
dos no exercicio da atividade empresarial.
Não há que se falar, assim, em equação finan
ceira; em teoria de divida de valor; em enri
quecimento ilícito e muito menos na teoria da
imprevisão.
Entendo, desse modo, não ser possível atender à
DECLAHA'l'Óllll\ 119S termos propostos, porque, TAM
BÉM:
,.:í
· :"1:j
L.~
/1"t:,. f
" t, t. . ',',
'I
"Ii
~~~•~1'~
~~
'1-,~~
II,-,.~
,
"r.~ ~· .."~;.. ~
00
:1'lI,~,.h,.",.,
abrangen-í,I
pelo des-:
.'
foi o que efetivamente se contratou,
do a margem de lucro e a compensação
I
,.
'~ ~
11.' •
"
l
: II ~
I'
1-''''"1 ',,.,'H
~
.,':
I t
<•
.~
i4:;,e:1i.I.,': i',~
>~>
·1 ~
I i~ -
, ,::: . .~.:. ~
tambim, exigibilidade ou proibição·..suporte contratual;
contratante/Autora:
c - não há,
B - não há
D - porque o risco da inadimplência seria
trapassado pela denúncia do contrato,•ser rescindido runigavelmente, ou judiei
por culpa da ADMINISTRAÇÃO;
de captação de recursos no mercado financeiro, .
INCLUSIVE, por incabível, resultando as despe
sas exorbitantes como de RISCOS, EXCLUSIVOS,da,
f '
, I,
,; ..
\' '1'1 I ;,
"
.:~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO 21 -
:,j
E - porque inviabilizaria a EXECUÇÃO ORÇAMENT~
lUA, como SUBVE;HTEIUA A PROGHAMAÇÃO FINANCEIRA;
1
além de'!' I
F - contrariar a expressa letra da Lei n 2 6423/
77.
Condeno a Autora. pelo Bnus da sucumbincia ao
pag~nento das despesas do processo e honorários
advocaticios que arbitro em 20% sobre o', valor: i
Com essas considerações e o mais que nos autos
se contém JULGO IMPROCEDENTE a Açio Declarat6
ria proposta pela CONSTRUTORA MENDES JUNIOR S/A,
contra a ClA. HIDROELETRICA DO SÃO FRANCISCO.
, I"
~
I '
III
dado à causa."
CONTIIA-RAZOE5 / MtRITO
.
,',
'1,"~
â~~'J't
~'~
~~.~;1":Oj
"~. "
, , ,~
.. :" ... à'!;' ·,1
"!-~. ,.\~~~~~
correu a Auto-ra e que foram decorrentes de financiamentos da
"
~'~
I',/I
'I
.~';,
." 1)'11U,!t~
~~~,•,i~ "a1
i [1
a A
.- I
da senten'I!"~i W" -, :l ~ ,"" I
__________ ... _.. _. .• __ •.•_a,
a) Do pedido
Na apelação, no entanto, ~o tratar do pedido
Corno frisa a sentença às fls. 360, reproduzindo fi-
A - Do pedido .::. das questões jurídicas
pelante o refunde, limi tando-o "''' "rp",,",r,,; mpn+-" <4",
- t ','
taque das express6es foi dado pelo ilustre prolator
ça. (grifou-se).
obra a que FOI OBRIGADA, em virtude da falta de pagamento por
parte da CIIESF, e da DETEHMINAÇÃO desta à AUTORA, para"que a
sim mesmo prosseguisse com a obra no ritmo adequado ••• " O de~
44.
ell/lente o requerimento filIal, contido na inicial, o pedido foi
formulado " ... para o fim de DECLARAR o direito da Autora do
ressarcimento completo e atualizado, pela CHESF, dos valoresI -relativos ~ juros de mercado .::. encargos financeiros em que in
43.
" "
if'
' . . ,
··,l.
.!
I I
,',~ COMPANHIA HIDRO EleJRICA DO sAo FRANCISCO,
- 22 -.;.
".0,1:
I,,,{•I
eo tre os vaI ores ~ recebeu como encar'gos financei ros ~ aqu.=.
les vigentes ~ pagos por elo. ~ mercado .•• " (fls. 372), esqu~-
"A questão básica de direito consiste, pois,em,
tre ~ que alega ter ~ desembolsatlo ~ ~ compensação recebida.::: 'r'...... .. Ao I
A inconsistencia do pedido exala tambem da .incoerenl'
"ciamento da obra. No segundo grau de jurisdição, no entanto "ifaz abatimento e se conforma em reclamar apenas ~ diferença e~'
j
!•.!
!
'f.,:i
, .•. :t~••'
0•
').:; ;,;" " ~
, '~;", ,
·lj·i":,:~~ . ;'
·1"'. ~
..~
~
~
~ .],.~P1:.- I'
" .
.. :.c~'.
~, .:r.I 'li" ~
.~
: i'.i,; ~
"'1.~'.; '1
, 'II
,I·
~ \
, ,I'
":::
.' ,~I-','"
modificar o pedido ,
citação. (grifou I
!;'" .' ~,~jo ,:.- " ~." " t', ' '". ~ ~':
pede lhe seja ressarcida~ totajlidade ;:;~,
~ Juros ~ encargos financeiros .!!2.. finan li,
ção cabal dos seus prejuízos."
Na inicial,
cio. de sua formulação.
46.
sem consentimento do réu depois de feita a
-se) •
dos valores relativos
saber se o er"prei teiro que cumpre as suas obri:'
gações, enquanto o cliente - dono da obra - es
tá em mora, tem ou não di re i to a urna indeniza-
cendo-se de que o art. 264 proibe ao autor
45.
I
Todavia, as vacilações da Apelante não estavam ter- i,I.
minadas. Mesclando um sem-numero de teorias, em verdade,:I,ro co iI I . I•• ' -.'
I. _. '. Ir'quetel juridico, acabou situando a questao de direito:a;reso!:
: . 'i 1ver, susc i tando-a nos termos seguintes: """ I,
I;,:
, ,
"
,,.
~ , ,
'''tr.':'i''
,h~:,.=:.,..,"
•••. \1
~;;r
;;Ir:,t.,... ',.~k ..
::,;;!,I .,r,!...,;..
" '
·,,~TJI... { ..I~'i
I:, ~:l
..,~
" ~
l",.,(
J!
~. IVe-se que a tese Juridica que espera ver resolvida r:
chamar de efei to sanfona: c resee, diminui, oresce I' confor" . ,
o tom.
47.
Essas vacilações denuno1am a fragilidade das
do pedido, tantos são os ramos a sustentá-lo. Todavia,/nenh
pressao que tem acepção genérica'e mais ampla, transcendendo
o pedido da inicial. Não fosse o respeito para com os:doutos
patrocinadores da Apelante, dir-se-ia tratar-se-do que\sepo
também não é aderente ao pedido, porquanto não mais pretende li; ,::",.,.,. ~ \I.. ,
ver discutido somente o cabimento ao ressarcimento doé:juros ~i '~':'): . 'c
, ..''.ll, fe encargos financeiros extraordinarios, mas E!'~j~iz()s; 1';::' e~ I:
de
I me
','
:':,~
1"1:,' ,
;1"1, .. j
•:1I.i::J
I I,i
~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA 00 SÃO FRANCISCO
,;" f:;~: :'
- 23 -
"
ma raiz. A incerteza se rorrnou apenas no espirito da Apelante.
Isto nno basta, j~ se disse. Esta a razio, repita-se, de ter
preferido converter pedido condenatório, mais adequado à hip~
I tese que formula, em meramente declaratório."I" .,. ~.,
, iIiI.
b) Questões juridicas .',' ..,~; ::-::",r'
~: I .r." ,'\'.. ,.i,I
48. A questio de direito a resolver ~ bem diversa da sus
~
:~ 'i' ~ ::..,
. "ri,:.~: '
'i'
citada pela Apelante e foi rnagistralmente enfocada no parecer,
já aludido, da consultoria Geral da República, assim assumida:I
"Trata-se de saber se, inexistindo dispoSiÇão i-- - '~
contratual expressa, pode ~ ~-contratante pa~
ticular haver da Auministração, reembolso dos
custos financeiros, ~ taxa de mercado, ~ su
portou, para prosscguir ~ execução de contra
to de realizaçio de obra pública, ~ face da
não disponibilidade de l'ecursoa por parte da..,'r'~~ quela?" (gr'][ou-se). ,
!~.;' ~,'~ ,'.:
"49. A resposta categórlca e bem fundaua veio naquele me!
mo parecer, invocado pela' Apelante: NÃO. E, se o faz, assume
os riscos da atividade, nno podendo exigir reembolso da admi-
nistração.
'.
paf'-
•ticular.
dos seja com relação à administração, seja em relação
, IE por que? Porque o Dec. 73.140, de 09.11.73,: art.,
3 2 item 11 vedava essa conduta, corno também agora é igualmen...,
te vedada pelos arts. 6 2 , 7º e 45, item V, do Dec.Lei 2.300 /~
86. ,
, I Ambos os diplomas cuidam do regimento lici t~.t,ório ~das obras públicas, impondo principios de moralidade :adminis~
tratlva e defesa do interesse público, principias esses' e;c'1g.!,
-----,--, .-•...-.~
'I';
;;~'
:J~",,",
:
-, :~ COMPANHIA HIDRO ElETRICA DO sAo FRANCISCO
:" .. "'~
lj<::';1,1'''''rr",;.,rl
, .\
~;
- 24-
,,1:1 'I"',
" ..
50. De tudo quo.n to 80 di sse tiO cur'so dessas CONTRA-RA -
I' ..
IMas, tão satisfeita estava a Apelante com os docui-
rendo expressamente na tréplica o julgamento antecipado, con;/ :;';,: ~:-
~:,ir
,,
•~.
, r
~ :' I
~:1 :>'
quanto outra fosse a alegação.
mentos probatórios trazidos aos autos, que deixou de·espec1f!
cal' a prova a produzir, fazendo mero protesto geral e.reque;-, .':
dos os custos financeiros exigidos.
ZÕES, chega-se à conclusão inarredável de que agiu com acerto
o Magistrado, ao julgar antecipadamente a lide.
Isto porque, a própria Apelante acostou aos autos
a prova exuberante em favor da Apelada, que demonstra.indevi-,
I I
, ,
,i 'rj"
~ ".,.i, .I
: i i I 51. Não foi à toa que a Apelada não juntou um só docu'-'. ",
mento neste processo, nem se insurgiu contra o julgamento an-
captou ao longo da sentellça, que a Apelante prosseguiu na q~
bra atentendo à sua conveniinc1a, para ernpregar seus recursos,
da argumentação da Apelante, ao tentar responder na triplico.,":' 1
fI s. 301, i tem 22, "in f1ne", porque não marchou para.a resci
são do contrato se este lhe causava severos prejuízos. Assim
'I
~,I
'J~í;I
'·i.:I,
.;....
.,
~ .. ",""':-,1".,~"" '~J
'í!·'I::~ ,j~',~:'~~~;
~,,~>:..i.
·.?i~."f.,.,....:. r." ~j
.~
f\'
t"~... ~.."
,~... ~ .:~
,
I
.J ~':,I·
ri
,.:;.,( ,
venia".~ "(~rifou~~:~'~:i ': /: ~:'
" " , I•
" ..• porque a decisão de prosseguir coma
ção da obra, acatando deste modo a exiginciadaI
CHESF deve ser considerada como guestão ~ ~
-se) •
nomia interna da autora, data
Esta conclusão se extrai diretamente e sem rodeiCls
Tem-se, dessas considerações, que o douto ~.quo bem
redarguiu:
53.
Afora a oração "acatando deste modo a
CHESF", que sobra nesta declaração, tudo o mais é
tecipado da lide.
52.
produtivos, consistindo de mão-de-obra e equipamentos disponl
veis, em face da recessão econõmica, quando a hidrelitr1ca de
Itaparica era a única grande obra de construção pesada em an
damento no pais, a cargo da Recorrente.
.,
.1 ;'
",!'
i ~:': '
':
I! I,,.,. ~ j
I'U'<,ol!,.
·1
, :~,(
: i
~J COMPANHIA HIDRO EL~TRICA DO SAo FRANCISCO - 25 -
LrI
,. I:".." ;j~1
" . .:
"!"
verdade..,~;1';
veniências, oportunidades da Apelante, como acima se afirmou. '
brevi ve no ~~, cresccnuo sempre, apoiada ~ ati tudes ~'
~
1~
~,1~
r .~. ,J;" ~'
~. 1~I'!~.:.l:i
~
~~
,~,I
;/}li:~
" ~
,I'~
1~
âaj~•
q"J, ~
... ,,, ..,"' ..
"'I' .....
.~
~'.~
!jt
,tii:
f
de--,
ris- ,<
con- ,
(SIDE LET:,-,p~ra" res;';; t:
"por último ,
um "plus" de
~• I
que ela tenha atingido, e com me- ,
-' ,ten tada, sem exi to, no ni vel administrativo e, cer :-,
Isto posto, examlne-se cada uma das razoes da Ape
E não é sem razâo
NinguiJII enfrenta ~ empreendimento de .!. bilhio
A conclusio i iniludivel: a Apelante assumiu
Que e questilo de (',colloJllia interna? Interesses,
ou temerárias.
56.
tamente, sem êxito tambim no Judiciário.
lante, cujo desdobr~nento excessivo, sup~e-se tenha sido par
te da estratégia dos seus doutos patronos, seguida até aqui ,
de repetir as mesmas idiias, devidamente maquiadas, com titu-
las novos, como a ensejar novas teses jurídicas. I:;,;,, "o
55.
ritos, a invejável situação econômico-financeira que ostenta,
habituada, que está, a enfrentar os riscos de empreendi~entos
de grande porte no pais e rIo exterior.
reJlluneraçao,
dólares ~ razoável margem de segurança ~ a Apelante não ~
pensaçio financeira assegurada no aditivo epistolar
TER); afora a folga que embutira nos preços básicos
guardar-se da "alea" inerente às empreitadas. E,
aI imentava a esperança de "v'i rar a mesa" e ob ter
cos para evitar mal maior. Ademais, estava protegida cOntra a
elevaçio dos preços dos insumos, através das cláusulas de re~
justamento; protegida contra o atraso de pagamento, via com -
54.
57. Por isso, para evitar mais repetição, as razoes
'tentadas na apelação foram aglutinadas, nestas cOnta-razões 'i"pelos critirios da identidade, semelhança ou interdependinci~r
que g~ardam entre si, e apresentados em sequência distinta- . .
adotada lIas razoes de Apelante, mas com as necessarias
rências cruzadas e obedecendo ordenamento lógico que f
mânticasr 'I
...
:.~:
.:~~.
I.; :~ ..
"
. I·,
·!li~
;;:':~~1:
.~':..
~
..j•j
xiste. Não existe na farta prova documental, não existe na sen
no da Apelada. trazido ao processo pela Apelante, já reprodu
zido às fls. 11, e 363/364 dos autos, chegou à conclusão opo~
ta daquilo que foi afir'mado pela Autora, rechaçando a existên
cia de qualquer tipo de confissão:
"Mutatis Mut"ndis, desacolho a segunda assert!,
-, .f: '. i
.,'~
1
'····1·
" .-.. ,
a~1~
l.rt.4.,•,t:1'$
~fi~';/,
~I,·1~
.~:." ....:'l'o f.f,I, ~ •.;.. ,
~~~;l:t~', l j,
~~i-'i
1•.3
,Ij'.~i
, :.".1.
"-,. \':"'. ª
~
; :",:, ~.'
tI'
,•,.o
~ ;
!..:..
,,: \
,.
"i'r
ji
do ~'-- f,;
Lr"I;
!, ,,
I,IIIt'II·
- 26-
"I
"
I'"
.,
':
"I,:.:;
'.;1'
,
(fls. 400/403 dos autos)
(fls. 384 dos autos)
,. 'iva da Autora de que a Re teria determinado es-,se financiamento, com recursos de merca?-o e que.
se compronletera a ressarcir estes custos. Mais
uma vez, nao há provas nos autos que autorizem.
esta ilação. Outra vez, ainda pelo contrário.
a) Da conlissào
DA CONFISSÃO DA RÉ E SEUS EFEITOS"[i, . -~): . t'
.' [:~.
"Item XII - RESPONSABILIDADE CONTRATUAL DA CHESF". t:
"Item VII
Recurso
A decisão recorrida. após apreciar documento inter-
Teima a Apelante em enxergar CONFISSÃO onde nao e-
B - Das alegações contidas ~ itens VII e XII
tença.
59.
58.
I "
o acompanhamento e avaliação do debate. que se trava •.
, I
~J COMPANHIA HIDRO El~TRICA DO sAo FRANCiSCO
,.;.
'~
..
,
Relelllbre-se outra passagem, t~nb~m referida na ini-60.
a Ré negou esse compromisso"." ;.
,"
L,I
li'
cial (fls. 10), em que as afirmações da Apelada, respondendo,
então, ao pleito que lhe foi submetido pela via adminlstratl~i, I 'J
, - :~~va, jamais poderiam ser confundidas com a alegada confissao: 'i\i
. . .------.... ...
"Embora reconhecenbo que a CONSTRUTORA
sido levada a usar recursos próprios QU de
~ \I \1i
--
--------_..---
ção de atrasos de pag~nentos, e que eventual -
- 27
! f I
~, ,~.', ,, I'
COMPANHIA HIDRO ElETRICA DO SAO FRANCISCO
'l""
!tJ'.~;ce i ros para mHn ter o andamen to da obra," em
II•• L
iIi
I
I
f~."',:1 '
'iH-fun
"'I~ ;
I:!;l"~
" ~,.oI.,
pelante, "data venia""
ou das manifestações da Apelada, extraida a titulo de confis-o " ,
~
B.,'I"Ji..'j'r~
Iig
, .,~
'I~
"I'j
. 'jI.ijj..,~~
~J•,~d
"J. ":'~']'., .Ip. ....."I; ,i!'i
'-I~' -:i,I
l;-~J J
~,
r
,....,"
ter;
\sentença,.
empresa· I.• ·'. :" . t
'.
brigação contr'utual ~ de gualquer outra ~\.
tal ressarcimen--- ."
reza que ~ responsabilize por
to, prática jamais adotada ~
mente, tentla arcado com custos financeiros su~i
periores aos da correção monetária acrescidos I.~
Portanto, qualquer inferência derivada da
. de juros de mora conforme previsto na SIDE LET
TER, ~ CHESF entende que não há de sua parte g
concordado com o financiamento, foi exclusivamente no intuito
de que não se opunha ao prosseguimento da obra no ritmo que
convinl1a à Apelante, contanto, é óbvio, que se ativesseàscom
pensações já ajustadas, porquanto assumir ou não eventuais ô",,:.
nus de custo de financiamento, mediante utilização de capitaf;'• • I"
próprio ou de terceiros, era assunto da economia interna da A
são. é indevida e conflita com os fatos.
61. Se a Apelada disse, como afirma a Recorrente"-,
I,I
i' •
I
. I .....
i.í,.\ ",'I
~
!li
::·'i. ~.'in- ~.
antes de tudo que é uma manifes~ação expressa ;:,
feita com palavra~, pelo pensamento. Não
ser nunca wna operação, ou seja, não pod
rização tácita" para o decalltado financiamento, "eis que
Amaral Santos, ao diferençar os conceitos de admissão e.
são, reportou-se ao esclarecimento de GENTILE, de valor
timável para aferição da tese em debate:
"A confissão e uma declaração, quer isso
.,; . ,~
Curiosa, finalmen te, a dedução de que houvera "au to '1.d-, ",""'1"du-', ..../.
·i :-
rante longos anos a Ré viu a Autora financiando a obra" (fls.: ~
384 das razões). Tudo isto foi afirmado, pela Apelante ,ao tr~ ~
tal' "da Confissão da Ré e seus Efeitos". O inexcedivel Moacir 1.jconfis { , I~,ines- ....-\ ~
1".~
62.
i I.
;
1,'_'
ferir-se a confissão de um comportament~Q~
,i
"",("
",' -! "I ,
",I I.
'1
~:. 1[' :",~' '~~"'I '.' .,~...;o;t\,l,I;' ~) _:" " ,+,
: 'i i· }.~.'II,
~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAO FRANCISCO
I,
:;;
- 28 -
.- :.:.
.;',,;\,I .'~..,~i.
""'i~);r
... !"
( ,te".
(Coment~l'ioS ao CPC, Forense, IV vol. 4 i Ed.,
li tiragem 1988, p~g. 102 - grifou-se).'
~ I
milares às expostas anteriormente. Só que, desta vez, ·substi-_ • t·
tui a "autorizaçao taci ta" para o financiamento que ,:a seuj~
izo importava em confissão, por espécie de alteração t~cita~
Sob esse titulo, a Apelante reedita considerações.s!
'1''"
.,"'~l.,'"lo, ',
63.
b) Da respollsabilidade contratual ; j
,·
..." .... ,
, '01"n
• ~'í'.:11;l,
lante das condições ajustadas), os contratos administrativos
~;;t.1 1',' r '
':,!
.,
, i
.; I' iI ':" ~,. i",l I
.',1 1· , ," .~! i
,.::: I"'i,~
!
su,-
·'1 •., ,
contratos
:: ;. .'"fi j: 1/1 t: i .• ,O esforço da Apelante em caracterizar a todo' custo
não se compadecem das informalidades próprias dos
pletiva das regras do direito comum, bem assim a teoria do con
trato, às elnpreitadas de obras p~blicas (v.g., a força vincu-
contrato, legitimadora daquele financiamento.
a responsabilidade da Apelada é notável, porém debal~~ó~i.L I'
'I
64. Esquece no entnnto, que, em que pese a apl;c:açào
lit:":" "
,'t,IW':!:F..ii
'. 1 ~',';.;/ h":;:~:-!... ~.• ~ I; I'l",..I ..,;.,.,', '
'.
, .. -~ ,'I '· :. /
?l i."I .,,-' .' ..! ~
,/
.. ~
Hely!, ,
limitações de conte~':\; , '! ,r,~
\'1_ 1 : '~~'
rigidos ..•!,':;' ;. ... '.
quem oferece é o Prof.
pressa por escrito ~ ~ requisitos esp~•••• " (In Direito Administrativo Brasile rO,II I .
"O contrato administrativo é sempre consensual. I':
!,. 1::j.,I I
-"l~:~
e, em regra, formal, oneroso, comutativo, e rea /'1''':"'7 ! '''I.~:t
lizado intui tu personae •••É formal porque ~.;'S.... "+~:~' '!1 ~, _:',•... 'r:.~,~'r:
'~hÍl:.:.l,.
ministração está sujeita a
~do e a requisitos formais
,i
"No direito privado a liberdade de contratarié: I
ampla e informal, salvo as restrições:da lei:~• I
~ , ,as exigencias especiais de forma para ,certos a
A lição. mais uma vez,
Lopes Meirelles:
privados.
justes, ao passo que, no direito p~blico, a Ad
I I 65.
"
flr~
'.', .~
'. ".'
:;1i ~ ,,'I:!,''!,",
"i:::"",
ri
/-
Ed. Atualizada, págs. 168/169:- grifou~s
" 'I
( I", '1
.. '
66. Nio bastasse a orlentaçio da doutrina, I,io prima- . .
.
io ~'
I'
.'
.~ r. ,.: k::;....,,~, '.• I',··:'-;:t
.'f~,~.,~., i.~ ti1rF
., "',;">l
;
- 29 -
do teor seguinte, ,
contrato'verba1 i
pras de pron to pagamento". (grifou-se 1,:.'
I ,
~ ~ Admilllstração. salvo E. de pequenas co~r,•,
bém no art. 50, adicionando parigrafo único
"f nulo ~ de nenhum efeito o
67. Nesse passo, como admi tir que a ADMINISTRAÇÃO auto-,. I
rize ao PARTICULAR captar recursos em operaçio de vulto, no, I
mercado financeiro, em nOlne dela ou sob sua responsabilidade,
por mera "alteraçio ticita", e sem o suporte de qualquer ins-:
trumento contratual que legitimasse essa delegação e discipl!
nasse volume de recursos a captar, prazos de pagamento, limi.,I
tes de taxas e "spreads" bo.ncários, condições de ressarcimen.,
to, prestações de contas e outros aderentes à espécie?
do da lei.
I,' Com efeito o Dec. 73.140/73, vigente à época da con
trataçio, impunha no seu art. 50, a fonnalizaçio da Contrata-..çao, como faz hoje o Dec.Lei 2.300/86, coincidentemente t~:
~~ COMPANHIA HIDRO ElETR/CA DO SAO FRANCISCO
I I
I
I'
, . ~"'l
'-.... ,
"
; ...."
.:..l ~
~
,t
II'I
iiiI
pria, sem a obrigação de prestar contas. "Data venia" É ABSUR
"A manifestaçio de vontade, nos ,contratos, po.,, f .:.' i 'I
1 an te:
,"
'I"
"
!::
AP!:.II
: \
.pro-
aceiI
prOcu.,
I,
quando a lei não exigiz:_seja e~I
~,
exige que seja expressa,: confor. .. -lIin casu".
pressa". (art. 1.079, C.C.).
de ser ticita,
E a lei,
Admitir a estranha tese da Apelante pressupoe
tal' que fosse possivel constitui-la, tacitamente, como
radora da ADMINISTRAÇÃO, com plenos poderes e em causa
DOI Ademais também a lei civil é obsticulo à pretensão da,
::,-
, '.
: :::,I
I'":'''', ,
,,
".'
"
,,,!'.,,
'i '" '~1 I~','. ' '
---- -- -,-c - Das alegações ~idas no item V do Recurso
me deJllonstrado.
"ITEM V - DA OBRIG1ÇÃO DE CONSTINUAR A OBRA~~.•
INVIABILIDADE DA SITUAÇÃO DA MESMA, COM. BÉDIDO
DE REVISÃO OU RESCISÃO" (fls. 375/382 do
'I.'
"';
" o
I'"
'j;,:"',,:-
I "',' ~
.-1--'_. '--' .
.. ," :1
: ~ COMPANHIA HIDRO EL~TRICADO sAo FRANCISCO 30 ,..,,;I,",],li
68. Na apelação é JIIanifesta a abundância de citação das
~
li'1
i'
,~
~ ~,
,a
" I
,. .'ilHj'
" :;: ;I, :
não encerra !::!!! juizo de ~. -'. -
notadamente guando"~ verda
•
qual seja ~ de completa ausência,! repi-
contrariado,
o argumento adotado pela sentença, em abono à
A tese defendida ~ contestação ~ adotada ~ senten
71.
pais, ~ ocasião.
i.,:,':;1"0"
~~, . ," .c
.. ~,",I;1..j
: "ij· ",.
, 1!. \<.'" "Al:
· ~11
.: .~ '-jf
~, ' ~
\ .. ~.: ~ t:!
.,. ~
· ~~ consistiu ~ que ~ apelante, ante ~ alegado atraso de paga ':. ~- .mento, deixou ~ exercita!' ~ faculdade ~ ~ contratos lhe, :!": gasseguravum à rescisão ~ pleno direito, porque preferiu pro= ~ '~+;~seguir ~ obra, ~ ~ conta !:. risco, para recebimento posteri"'7}':;i1~
';". ··';':~r::elI
~ das faturas ~ atraso, como de fato ~ recebeu integralmen ~:<i,~
te, ainda acrescidas de todas ~ compensações ajustadas para; ':';:\.~l '..." 1:! I" ...)t fl ~I
a ~, ~ titulo de clausula penal convencional. :; ,i; ... 'r,' ..
70.
hipótese sub-judice.
embora os argumentos expendidos no parecer não se prestem
pretendido pela Autora."
ta-~, de compromisso obrigacional de ressarcimento ~ estilo~,
lor que nao possa ~
de dos fatos ~ outra,
clusão de que não merecia guarida a afirmação da Autora
! ~. -'
E assim procedeu, por conveniência, para evitar mal
maior, devido à recessão que afetava outros negócios seus na
quela conjuntura de dificuldades que se seguiu ao 2 R
dos preços do petróleo, em 1979, preservando pois o contrato
da obra da Usina de Itaparica, única de vulto 'que realizava
nha pelo mestre, é de ~ dizer que
opiniões doutrinárias do ilustre ProL Ilely Lopes Meirelles,a
quem a Apelante confiou estudo prévio deste caso, sobre I cujo
"alentado" parecer juntado à exordial já se falou na impugna
çao à tréplica (fls. 340/341): "~ todo o respei to gue ~ te
I 69. No curso deste e de outros capitulos das CONTRA-RA-I
I ZÕES DA APELADA, na medida em que concorra para o esclareci -
mento do caso, tentar-se-~ seguir a orientação doutrin~ria da
quele prestigioso administrativista que tanto contribuiu, ao
longo de sua obra, para o Direito Administrativo Brasileiro,"
,/
r!~
"
, ..
, .
.• ; I
.. ~
[,,,.
~
I ,.
:fora COMPELIDA/OBRIGADA C\ financiar a obra da Usina de Itapa-
cumprido', do outro lado, o mesmo pa~ticularp~
de denunciar o contrato e requerer a sua revi-~, i
~d! :'
>,
~
e:";1lo;:
~
:tili
j.~,- ":'~l"':: ~':
. ;~{••.jII ' ~
"' 'r ' ..,!;'., ;~,,-,."r~~,. 1].
e. ~ ... :.t
, ~,j'.,.,;~.•
r;'.L: •",:'1
"
"i 'r I
.; :r
.~! ç..:'~ ,- 31~" ~ ,,
mento contcncioso, na jurisdição clvel".
são, quer administrativamente, quer em proced.!.!
"Se de um lado o particular não pode opor con
tra a Administração a 'exceção de contrato não,
rica, foi o seguinte:
€~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO
i;.:
'-,;,
,""\~'r, ;\. ~
l'~1~ I
"'"iI'iI;;:• ~. L
-lhe o período imediato, que encerrava o pensamento .do,.mestre,~, _w .
dentre outros, nas lições do prof. Hely Lopes Meirelles,trans',: ' .
dimpleti cOfltractus' contra ~ Administração, -
que ora se complementa:
"2, rigor da lnlpossibilidade da 'exceptio non ~
',J• "J.~
• I ,~
, ~:~. -3
~•'I' ~-.~
'.' ~
:: ~
','.I, ~
'1\I". ~
. ~
~•
:;~':'i':
A Apelante, ao transcrever o texto citado".arnPutou-
Em suas razões dc contrariedade à tese adotada pela
73.
cri tas as fls. 377.
72.
sentença, a Apelante argui a impossibilidade de denúncia uni,
lateral do contrato administrativo, cabendo ao empreiteiro cum
prí-Io, mesmo no caso de atraso do dono da obra, louvando-se"',
· ,:~....,I· .
I.,
.r~>
· .~:;,.",
~l
(:~'
· ",'
vem sendo atenuado pela doutrina, nos casos ~
que ~ inadilllplência do Poder Público cria para ;,
resposta à Apelante. Por isto, não pode ressuscitar a asserti., -,
va de que foi OBRIGADA/COMPELIDA, como consta do pedido, a fi
nanciar a obra da Usina de Itaparica. Andou bem o ilustre jul
i pois o mesmo Prof. Hely Lopes Meirelles quem dá a
~ contratado ~ encargo 'extraordinário;~ insu
portável', COIIIO, por exemplo, ~ atraso, prolon
gado dos pagamentos, obrigando-~ ~ ~. verdadei
~ finaflCiufllcnto, não previsto, do objeto do
contrato". (Mesma pág. e obra citadas pela A-
....
.'
'C'
~dO: \'..•.. :.:0;' ;,J., .,.
':'.j~~
;': ~~
!1•
.'~:', .'
., ,"
num
pelantel.
gador ao rechaçar essa alegação, que se constituía
74.
I '
"'
.,
••• ,1
lI.:;
,;"
-'--~----'---~~-~-
~.
.<"
!
{i1";'
:ji;
~.:'I~
.1;-.,,
oi,
~
"..
'.,,i':1.~'.li.~
~I.~
il."I', ', ,~•".
'" ~r,
;i'~,,
~ i
em-
con
inis
", "I. ',•... ', , "j,,~,~,.~ -, ~
.: """':!'! :
, i., ," .
I" •., ', ,, ; .:,~;. ;
'"
" - 32 -
'i':
I " ':1', ,'I I· ..V ~
,I "Meirelles ,: I'~ em-
H,l,1
-.'I"~~Íl
.,; ~
, ~j'i,'
",:',' 'I,;'~,~, .'''-~
do . ':~t.h." .._~
f ,~~." ..:.I .•,.1::"
1. ' ", _·<·.,~~tt~~XVI - O atraso superior a 90 dias dos pagamen-, ;:-Á~~~
tos devidos pela Administração, de~orrent,es de. ":\:;'~
obras, serviços ou fornecimen~os ja rece~idos, ,1 ,~~
salvo em caso de calamidade publica, grave pe~ •, ,
turbação da ordem interna ou a guerra" .jj . ,~4. I
>~i,J•. :'l
T ...~
, ..J
'" ~,'.: ~'! ~~ ': 1:.-_.~
";I"~
~Ii.,'i,
-- \1,
contrato:
"Art. 68. Constituem motivo para a rescisão
Como assevera o Prof. Hely Lopes
De igual modo, descabida a insistência no argumento
Também não é verdade que a lei proiba a denúncia do
COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO
..prei tada de obra ~ de serviço público, conquanto seja'~
trato administrativo, revcslc-~ dos mesmos caracteres"da
preitada civil (Código Divil, arts. 1.237 a 1.247), salvo qu~
to ~ formalização do ajuste, que há de ser sempre escri~o e.
normalmente precedido de licitação. além de atender aos,' pre-
77.
importância.
76.
ra expressamente, dispondo:
..
cia, desse mal não padece o Dec.Lei 2.300/86,que as incorpo-
de que o principio da continuidade do serviço público, ~epre
sentava óbice intransponivel à rescisão. A dedução inferida a
partir de longas citações de José Cretela Júnior e Caio Táci
to (fls. 377 a 381), se faz por extensão daquele principio,
cuja sede própria ~ .2. contrato de concessão de serviço público,
bem diverso do caso dos autos que é a empreitada de obra ci blica, onde a imposição de serviço constante, não tem a mesma
principais pontos do contraditório.
contrato nas circunstâncias em tela. Se o Dec. 73.140/73 era
omisso a respeito, o que não imp~diu as atenuaç~es ao rigor da
inoponibilidade da "exceptio non adimpleti contractus" nos con;. ~I -
tratos administrativos, a cargo da doutrina e da jurisprudên-. ,
75.
ceitos especificas da Administraç~o empreitante e às norm
peculiares do direito público". (Licitação e Contrado
'trativo, 71 Ed., págs. 233/234 - grifou-se).['
.. ~.
'.'.,'t
" ..
.,
\' ~~ ~, .1
~ .:' i. :.I.
, ~ :.~.
,
,.,.;.'. , I.
; .' ~ "
"li' 'L
~,: I I
.' "',I 11::'
........~:. ~ ~';l;"
ter se socorrido para intentar a revisão ou rescisão do contra
to, incluindo o atraso de pagam~nto como FATO DA ADMINISTRAÇÃO.
Ademais, tivessern procedincia, neste caso, as virias
:
..
i : t ~.
i",;í'0 :? ';~ .o ••,;
'.!
~~ COMPANHIA HIDRO El~TRICADO sAo FRANCISCO
78.
teorias que ardorosamente del'ende, a Apelante delas
:
- 33 -
'poderia..... ,I L;
..
,"1"".,
~;:l;1
-.,I
~"
",'):~
";, e-n-:
a subordinava ao cumprimento
mas a saber: por ato unilateral da Administra-
fato extintivo do contrato, previsto na lei, no
Vem agora alegar a Apelante que assim njo procedeu
do
pelo principio da continuidade do serviço,que- ,.das obrigaçoes contratuais ate
regulamento ou no prbprio texto do ajuste.
,""~
..~, ~
k" ,~
1,
~;1
r 11
1,~
ªffH~
..~.....ij, ,-:'".
. ', H~
~i;"d~
, .,,<' li
~.~. ') ;i" ...."'.1'~I ',- :I" .' !~.• 1, I~
"".~
~. :::~~ll:~-l- ....~., f-1
Em ocorrendo o~ ~ ~ ~ extintivo previsto,:f;~~
rompe-se au torna tica:ente o con trato, ~ey~ndo - ~'4;,1cessar a sua execuçao por ~nbas as partes. Em "~
qualquer das partes, diante da só ocorrência do
independenterr,ente da manifestação de vontade de
contrato (rescisão de pleno direito)".
"Rescisão de pleno direito é a que se verifica
ocorrência de fato previsto como extintivo
çao (rescisão administrativa), por acordo en
tre as partes (rescisão amigivel), por decisão
judicial (rescisão Judicial), por declaração da
liA rescisão pode efetivar-se por diversas for-
Atentem os insignes Julgadores, mais uma vez~4 para
decisão judicial. T~nbim não procede esta alegação.
o magistirio do autor preferido e parecerista da Apelante:
79.
porque compelida
,,,I
Iti' .."
'. ,,"'...,~
~
"~o
;c')\'
'; i~~;.p~,J
:,
•tal hipótese, não há necessidade de termo de
rescisão, neln de decretação judicial, pqrque a
rescisão do contrato resul ta do próprio': fato.,.. ' ,extintivo,' sendo meramente declaratorio "~i qual'
, -quer reconhecimento dessa situação.
so mesmo, retroage à data do evento rescisóri9'• •operando efeito ~ ~. O essencial e que
comprove documentalmente o fato ou o
.~ ..
, ,
"
P.,I
"
l'a,j,
,
':.!' ~
'~..:',,', I.~.~:
.. 'i-a ";"'~.:.i."'.'''", ,-i·, .j·'7;.~
, 1: t"'; f,f
'I', ."::,,,.
"'l''; I
":.,':~. ',',
, '~
n~
,.,~: .:
:1
.',.'"
34 --
",
< [,
..
" r~ ,
~'l~ ::T.;~ :
l. ",l ;('d:
"";j
:1'/1'1;,1'1:i'...~~!~~~:l '
• I •••• , ,~. -, .......
recorreu, -. ....
"
ra deduzir sua pretensão em juizo, porque es
ra da sua conveniência;
vel, judicial ou de pleno direito, porque e-
veniêncio.;
~ atraso de pagamento, seja por via amigá-
atrasos de pagamento, porque era da'~ba con-, !~l
- a Apelante esperou esgotar-se o contr,ato pa-
- a Apelante não propôs a rescisão do contrato,A~\
Se o plano deste capitulo das contra-razões se alon
Quanto ao interesse público, arguido pela Apelante,
r? ' ~
., ':; .~
,·t; ~.:,,.... ,
~: ~~rz", ...;...., '-:;';:'"1'.,~~.:"t_:~rr.:"'1
::;:,'~".. :':":....si
'. ;'-1.1tivo do contrato, que o rescinde de pleno di - ~l;~
rei to" (IIely Lopes Meirelles, Lici tação"e Con-' '.;';
trato Administrativo, 71 Ed. págs. 223 e 228). :,
Ora, dispondo os contratos como dispunham de cláusu ~- ~
, "li....' I"~ ",'
vantagens extraordinárias.
gou, foi, pois, para deixar inequivocamente demonstrado que:: ' 'II ,I.,
- a Apelante prosseguiu com a obra, apesar dos
é preciso não perder de mira que, sob o seu manto, oua pre~
texto de defendê-lo, não raro abrig~n-se apetites vorazes
81.
las rescisórias pelo atraso de pagamento, de pleno direito,nas
condições especificadas, se a elas a Apelante, não
foi porque ~ ~ ~ conveniência não fazê-~.
80 .
~ COMPANHIA HIDRO ElETRICA DO sAO FRANCISCO
:....1
'e
"i
.\;"
· .::~
!;:i
• I _.~
• f :'1:1' ~, I':
"Il~': :i.
'~;~j :,"
• I',. ~ "
-.f ,I...';
· ..:.:'~':I,,:,
.. 't:lH:1~;"~'. "Ih
:; ~,1"~"
.~,I ..'!
r ' ta é, agora, sua conveniência. ';\:"'iPr,(,', ,,-
, '. 'fI ~. '".... ,.....
. :~' ~"
, \.;, '~ ~" '
I I D - Das alegações contidas nos itens VI ~ ~ do
Recurso;~j: :
"·r·1<'"
"Item VI - A ~IOHA JUSTIFICA O PEDIDO DE INDENI-'T' '.
, 'to'
.ZAÇÃO PLENA (art. $56 do Código Ci-
~
,"
~,.. .,"' ;i, !,
J<I ~
~'!'.•...l;."!:~, '0
:".";~;;"it...,:' ",'~"f-t~••'e' .........,.,.~~t
·i
,', -
- ----
'.,"
Vil)" - fls. 382/384 dos autos.
"Item VIII - DA APLICAÇÃO DA TEOR,IA DAS DÍVIDAS
DE VA~OR" - fls. 384/390 do!,! au, "
a) . A mora "'i.; i
Em sua incessante e variegada busca de82.
..~
',:-
.;; i, ;,,
"
,~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA 00 SAO FRANCISCO
,.
......·r'I~ 'I I i~: ;1.,.' ,'. ~ I.','-'
- 35
~j
\1i
forme explorado antes, foram assinados meio a crise econômica.'
rem, engana-se. Nesta sede também não terá abrigo.
Os contratos que presidir~n a relação jurÍdica,con-
Para salvaguardar-se do quadro de incertezas e escassez.de ~
cursos então reinantes, a Apelante propôs e. após as necessa- ,
(
J,
I•,~
do
"
;, .. ;/. ····1'
(fls. 2 da exordial) .... J'.'
'.
estipulando-se, repita-se, o seguinte:, • 'j I
haja atraso em qualquer pagamento;Tdesde ,.
te esse período".
mento da fatura e o da sua efetiva liquidação,
acrescidos de Juros de mora de 1% (hum por ce~
to) ao mis, sobre os valores corrigidos duran-
TEsouro Nacional (ORTN) entre o mis de venci -
riação nominal das Obrigações Reajustáveis-: .,'
IJ.. , _
• •· ~::; ,
. :.. ~
.1'" ~
· . I" ' ~1'1 .~
:' ,t,,;;t;, ~'~~.'T.i::t~
':~:'·~a·;_::~ft~1
logo fica acordada ~ compensaçao financeira L. ~~~
em favor da Mendes Júnior, na mesma base.:da v~: ",~~;~.:~~
,. '.,.., ...~'" ~
':, ;,-, '"'" .,,""I": .., I. ~
· . ~
·,.,.· ., j
': i,.
"Caso
a Apelante, indicando pela primeira vez dispos~ti" ".~ .
processo, procurou refúgio na lei ciVil~: Po-
negociações, foi celebrado termo aditivo, do tipoepist~.. _ "',í
tambem denominado de SrDE LETTER, com aprovaçao da.·.· ELE-lar,
rias
TROBRÁS e do M.M.E.,
I
,pretensão,I
vo legal, neste
".'
; ~.
:,:,)
'"
'0;".
..,
.1
!:~~ ~
'"
-.
,j;f
I,
,., .
,-'
-: '-.
'I'"
11':,
I'.i",',
lincio das partes. É preciso, pois não considerá-lo isolada
o chamamento supletivo da lei civil, abre caminho,
nesta hipótese, para a atuação do principio da autonomia de
Ora, o aditivo epistolar em tela tinha como objeto,
nada mais, nada menos, pacto adjeto ou cláusula adjeta penal,
na qual incorreria a Apelada,de pleno direito, uma vez consti
!<j
"~,;.,•
~, "
,.' . .'; ,J., ;~;,;;;"., ft
f; F'l~.,...•. ~\. -.. ~.
".,:~~j.',· i~ ~
;:: ~
11
~
i~li
~:'~,~
.:'
': ,:
~~:.. :,formula! para
~ ;~~:.
(p'
partes auto-regulado as co~,
os efeitos do art.·956 do:t . . '.. "
dispositivo atuaria no
•Aberto o c~ninho para o principio da
Convencionaram as partes de antemão a
I
I
84.
mente.
tuida em mora.
acertamento da indenização que da mora resultasse.
83.
c.C., como deseja a Apelante. Este
vontade dos contratantes, tendo asI' ~ . _.sequencias da mora. Ai nao incidem
.., '
;'1'
,~ I.;;".. ~:,j i",
~ ;. .1,.,"~Jt.
I,.. : :t"'~ i ~
,t.I'
xa a indenização das perdas e danos nas obriga• I, _
çoes que têm por objeto prestações em dinheiro,.I'"
"
•• I,..'? ~,
! ~ 1"
, ~.;~
. ~
, ~.~ ~ '~
J~,
:Tl~t,' :-", -',".','
~ . "
" ,.~
," .,~
"" it" ~" .,• . 11
~
:~ Il~','i:/!,:~.\t;i:J 1
"'"y:.."·i":
~\"..... ~ \.. :;" ~.:, .~
, ~
.. ~~-;",; <:.
,,_or .;,'
.,:;:-:;I.~: ,.
· ';'1/'j: ~
1I', '~
" . ~
· ,~.,':i ".,":J I
" ."· :)
fi'~
~
:!
.: ~... ~ i..1
• , ;l
~'~
~, ~. ""'". '1. \ '.
. .' ~
~~'. :1
~ ~
.. rl. . ii.';!,.;
"
",~
J,,;i.':
, .
.. ;. ,
_", 1
.'.'- 36 -
.: -l:f
':"WJ.:'1
(CONTRA-,'; I
• .:' r
. ,.i. 0, ~:"- I .. '~. ,~~ ~
','1
Por essa razão, admite-se prevaleça convenção~ .
em contráriO, estipulando os
aquele que, no devido tempo,
"As perdas e danos nas obrigações de pagamento,.
em dinheiro, consistem nos Juros de mora.,e cu~,
tas, sem prejuízo da pena convencional".'
É ainda o sábio cOlllentador que, interpretando a se~. .
O art. 1.061 do C.C. determina:
Por seu turno, o notável intérprete do Código Civil;. ~,i
r I
forço do mestre O. Gomes:
86.
_'1',1
ta de um preceito de ordem pública esse'que f!
, .','
,lo _ .' ~
gunda parte desse dispositivo, dá o fecho às considerações so.. ~." -
bre o diploma civil, em complemento aquelas feitas comi.?, re-
"Nesta altura,convém esclarecer que nao se tra
de perdas e danos, obrigando o devedor a satisfazer a cláusula"'1
penal adjeta, na ocorrência da mora, advertiu no entanto:"Nas";!.: --
obrigações pecuniárias, ~ perdas ~ danos consistem ~,juros
da ~, ~ prejuizo da pena convencional (art. 1.061P'. (CZ
digo Civil Brasileiro Interpretado, Vol. XII, 71 Ed. pág.323).
CARVALHO SANTOS, cujo magistério é imorredouro, ao comentar o
rem as circunstâncias ~ ~ tenha de ~ cumprido".
TOS, Forense, Si Ed., pág. 43).
85.
vontade, por ai transita, t8T11bém, o principio da força obriga, -tório. do contrato, consubstanciado na regra de que o contrato
é "Lex inter partes". E como prelecionava o grande O. Gomes,
"Celebrado que seja com observância de todos ~ pressupostos,e requisitos necessários ~ ~ validade, deve ~ executado~
las partes como se~ cláusulas fossem preceitos legais im-o
perativos. O contrato obriga ~ contratantes sejam quais fo-:
I •I(art. 956 ("responde o devedor pelos prejuizos a que sua '. mora
r I der causa"), mesmo acatando na expressão "prejuizos" a'· ~oção
~ COMPANHIA HIDRO ELURICA DO sAo FRANCISCO
. ( [.
r; "'
.:~; ::"':i.lí-::i:;,',1.;~;
,,.
,1,
1':
,
";-.
. !
.. ~ "
'1.-:', .I 1.,
r' ~.
:: ;:;'
:i ;;~;I ~l.,,:,:: :~· ...':-..7.),:',·:!2 F
:..::' ':'-~
~
,I,
~ lf
.J.~
. f'I'> "-I
;'" l'. }:
.t~'. -~i.... '~ ,.".
." ''I,1:
;'~ .:li" t:,:.';' i iJ. ' .'.'f.,. ~
'j;,.\,. ," ,
I~,
·tti
:.:1'.~
'.~.~
.A
"::i"• I:, ~ ;.,'. 'f
,", ';.\;'! "·1'
J ~. í'
'J~. 1 \ -' >;<l' ',.
.;"
~I.
.~'~l
~~~i
!,~
H
'k~J
I'.1..~. ,.
,}:
~;t;~. ,::: ,t,~~:
~,- o ,
., .~.~ "~I~o, ,,'0":'.
J '~r.~~i~.~' . : l"'''".''\1 '
.", .;",~:.~ .,~;
" ~;.;. ~;
, 1~ ~,
, ~ ,
~,:, ~,
1" ~
", ,,"'; .~o~, ' ~r"
........ >,," 010"';.r ;
'--. oi:0'_,
0'0':
o,.:;.;. ....
'f. .;
.' - 37 -,:-
';, "
, ,~J.'
~ ~-I',,"
'''''1
li ~. ~ !'~
'o ,1
,~.1'~"1;":'\.o,j,I, ''".'
~ :, '
•
b) Das dividas de valor
Os arestos trazidos ~ COlação, não tênl a men
,Não se reclama o pagamento de faturas, como se insi
Ainda que tivesse procedência o pedido, dizer-se que
O ntundo jUridico ~ pequeno para conter tanta~ teses
to da illlpoI'tãncia devida, pagará, além dos ju
ros, outra indenização fixada em cláusula pe
nal". (Ob. cit., pág. 270).
Ora, no caso dos autos, havia cláusula penalestipu
89.
objetivamente considerada, seria divida de dinheiro,
lor. Estes são os fatos.
nua, mas um "plus" a titulo de compensação financeira.' Os Ban~
cos, quando operam com serviços, estão fora do seu negó.cio ca tI. . I
racteristico. Banco opera com dinheiro. Dificil admitir que a :
Apelante tenha contratado com os Bancos dividas de d;~~-eiro e:'·1..., ~ j' ,,;: ; l
queira repassar onus de divida de valor. Se divida houvesse, :. r!'
88.
87.
'",','
juros pagos no mercado financeiro consti tuern divida de ; valor
sa nova tese. Todavia, que se a enfrente:
<.: I::
'1:1,.
ja abraçadas pela Apelante e outras tantas que aguardam a vez
de serem focalizadas. Bastaria reportar-se a Apelada aos arg.!:::
mentos já emitidos no tópico anterior, para ceifar a vida des
lada, convencionando indenização que consistia na correção mo
netária plena, incidindo sobre o valor das faturas (já"atuali. -zadas com as fórmulas de reajustamento de preços dos r insumos ,
com Indices da "Conjuntura Econômica"), desde o vencimento a
té o efetivo pagamento. Sobre este montante, acresciam~se os
juros moratórios de 1% ao mês, tudo na conformidade doe con
tratos e ~ adi tivo epistolar de compensação da ~. "';
Por tudo aqui considerado, há de ser repelida a te
se da Apelante.
,I
,é, "data venia", desproposi tado.I I
~~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO
,,., :..i~I',:..oioi' ~
._~
"-:l:!t~, i;,'.." i'~:,
'!'I~,! I';')
,1\
. ,I','":1
".',
:L., :'!'
'O~t:'1,·r·.,,'
1'''';i:~{i' 1~'~
:;.;:j:
~
,,
, ,:I
. ~ 'i,.,i,
;~~,
~ ,..,~L.Ii
:'1 0
T'J'
,.I,;
~ ... 'i~ o_"-~' '"
'J{~ . lo
,'. \''::-,.s.': 1)
I ,,.;
, .. ' ~
"fl.;..;.
falência dos prejudicados, todos ensejando indenização., Não se
ao direito civil brasileiro. através da obra DIREITO DAS aBRI
,I,
,",
,,,,~, -'I
'., r'
, ~
'i,"
'J, ~'1
:1~
I ',l
~'.~U
:l:, ::'jl,,' ,
, ~
;'1r,' ~'1
;~j ~,~:? :. t,.t"",~,~~, ;, '~"',~l ;';i;;f~ .
":;;~:n '.,~.~
'\~: {~~-1. ~'.l"')'","'1:"il~,'j"-,
, iJ'~
,~
,'~
",3. j~li"
"';j• '. t<I'-' ~.....~, . '
as
, ,.-'~~' i 1:,,~ !
- 38
"
,; .~': i :.\i
ao desidera"I,;
... \
e outros ge-
injus~a","r~
J.M.Antunes Varela, Prof. português, aqui lecionou e
Porém, considere-se também a tese pelo ângulo dou -
92.
91.
dos. são outros fatos, outra realidade.
mensal; do atraso de pagwnento, pela compensação financeira a
justada, e recebeu todos os pagamentos que estavam contrata -
enfrentou o desafio de legar aos nacionais, sua contribuição,
'" ;,il",.:., .
da era devido o preço. Os contratos especificavam o pagamento
em dinheiro. Cump~ida a prestação pelo empreiteiro, constituia
-se o crédito perante o dono da obra.
trinário, quanto aos fatos mediatos da causa. O contrato impo~
tava na enlpreitada de obra por medição. A cada etapa conclul-
Diversamente, é o caso da Apelante. Estava p~otegi-'. ": I '~
da contra a variação de preços, pelas cláusulas de reajuste -
-; ~: (
sabe a natureza daquelas relaçoes juridicas reportadas,ie.. , '
condições dos contratos mantidos. O paralelo é inservlvel.
neros, todos ilícitos contratuais. Alguns mantém nexo com a
190 •
I ' relação com a matéria dos autos. são imprestáveis
to.
Estão vinculados a "ruptura contratual
cusa arbitrária de pagamento de obras recebidas"
~ COMPANHIA HIDRO ELETR/CA DO sAo FRANCISCO
-,'.
'i.'
I '
GAções. .,'l':1 .,,:;;. •.~.~..
"
'.
i:
li~
"
'\
,l'i\ ;I. ', \
,,"'/~,,
'.. Ü~;,j
5'~"
....--.,.'1."~~i
~.
.:. .~
' •• ' I
dono da obra da emp~itada, do verdadeiro
censuário (arts. 1.424 e segs.)" do emitent
co da obrigação fundamental do comprad~~; (art.
1.122), do locat~rio (art. 1.'188, in fine), l
Lá enfocou, didaticamente, a questão em debat~. Co
meça por fornecer a noção das obrigações pecuniárias: ,", h'~,
"A obrigação pecuniária, como a próprtay~"Txpr,es".
são etimologicwnente indica ~ ~ ~ tem~por ob.1':: _
jeto certa quantia em dinheiro. É ,o caso;tipi-- . ,~...
,I
,. ,,:'::
I ~".
1: ~.!
>!;"iri: : '.~ ..':"r:'~:;, .. '"11 L;'lI, ~
•
,~
. -.,.,
,~'~~;'
.,
;..
",,-,~
'c'~ij;·L.. ~',.,
•. , f'
,'~in
-,,1.L·~t
;~:t,.-:':;,;:,
, :,
i,,: ::';:,...:...1 ~
'<,;:.
. :. ;,~!":i, ~._i- 't',.
.-,:')',', ":~ 'o'
',:~'0)~;.',:Q, .,~, ""'~"1 ,,~
1)';~i::"..~ ,
·=-1t;.'
, '1.'
·;·f~'''~ ,
'~rrD
-;:~I'~;'~j:~;; ,
., Jlf:·:':~t :
, ,; ';i;'j,\fi' ' ,
,.'.'~' :, \ .
'. " J'.; f.~
~'li
;,1' 'li.,.... i::1.' ,~~ .... :
!.;~!~',.~, 'lJ ~ ,
-'" .~ ,. ~'". ~;,
:"~··"'f,;f':~~'
,,
, ,", ,~;, ,.:::)i:Ú.:!
" "";,,,;0 '.,1':'l.r. "
de
um
a-
dos
,. I, ,.: ~
. I: .! ;
..·;..1;1.". ",.'
~', ~;:
~,<;. :.,..~ ·t~. I
'.:;!~ :::'dit,/,~..... ',I;;H) -;
.::"~ !. ,,; .. / ,l ,tJ"" Io;;.I;rV,;;) I ".l~~.:Ij
["J,)i.l :.... ,,~, <. o' r ",;..:;. ~
>~~~ ~. -T":: ~
'~',~ ~
<. .": ~ ;: ~
'.• '~': 'i
•' f "~""i '• / "c\
'~l ~·a-rt )~'l:i ,)I,.~ 11
~'~: 7';";1'
'.- 39 ~I.';;'.' ;',.1"J,';.'
. ,: f~ í
.certo pO,der; , .. ,;, ijie apenas::"
, .""necessário
,
;1
•
"
liquidação da prestação em deterFinadoi~,,9mento.
O dinheiro, comenta DIEZ-PICAZO" deixa de ser\',1
tra natureza ou a atribuição de
quisitivo ao credor. O dinheiro
ponto de referência, ou um~
"Trata-se de dividas que não têm diretamente -; "':lH :- .~.por objeto o dinheiro. mas uma prestaça~ide ou, . ".', ,
sUam como tais".-------
'; 'J:::"~,l ', , ,", '~l'
i' '1""",t,l~~~. ",'.l .. ,
; ; ""'subscritor de qualquer titulo de credito,,con traen tos U;:lS operações bancárias, ~'~.
", ~
° contrato da obra de ltaparica, embora especificas. .,-
nelas um instrumento (procurado) de trocas, pa'J, _
ra ser apenas a medida do valor de outras coi-.,' i. ,:1'1' .
" -I·~sas ou serviços". I,; ;;;J':.'r " .~,.,',' "ijl'Passou a exemplificar: f.' f;. > .,. ' ."É por exemplo, o caso do direi to à lesi.~ima.,_
J ... ,'.t'i"I' .,.quando integrada em dinheiro; do direi tqi:à in
:. a,) ,
denização, quando não seja possivel a .reconsti~ ",,~~~:~ ;- . - ; '"'tuiçao natural ou reparaçao da especie",(Ob. -~ , ,j;'.e I '
cit., págs. 346/347, 364/365, Forense ,::'1 1 Ed •I',l~t ~ '.,'t.1
". . .... "",1977) " ",,..,. '" ' ...-,..,., '
do nominalismo. Abordou-as assim:
"A obrigação diz-se pecuniária, no sentido,ri-. . . ~+~~'"
goroso da expressão, quando tendo por~~~jeto u
~ prestação ~ dinheiro, visa proporcionar ~- I ~ .; ,
credor ~ valor que as respectivas espéciespos:~~.\!; -
:'l " .. ~ .o', ,I. ~" ... '''l~1'I:, ';, . ~i'h~~,
I ",' \,:~n
Também considerou a tendência de forte corrente da
A seguir, definiu-as no sentido estrito:
COMPANHIA HIDRO EUôTRICA DO SAo FRANCISCO
tamente das lições de ANTUNES VARELA , por
cessivo e execução longa, contemplou escala móvel de
se contraprestação tipicamente pecuniária como' se infere
94.
doutrina moderna, que destaca das obrigações pecuniárias 'co-, _1',.
; _; I
muns as chamadas dividas de valor, para nao sujeita-IaEl,!i o.a ~, ,; ; :,'~:J<ti ~ , '.. ~.;-,
l~" ~
~/ ~:~;"~'~l I
93.
! ,
principio
rIr .! .
'I
· ......
.L;
.
",.:\. iII'!d,.,+);',
~'~'~1 ~~..'L'~' i~ ~
lI:+.' I,":. ,. "h.' .l:'~"
. "·I~<::~~. ~~;:,• rr'l "'"
{~,r~T j~:.,"I~": .:"1!: ;~ ~,!<. ,lo.; :~:::: ',~~
~ :11,'
'~~~rc'i\,:;:"'
I;,i",.~~ i
~ ~, !~.,.~
f·"~r
'''rr..
\!~l·~m~,,;:j Ct·a
,ia',i _
; !.{~"I • ,
': \ i~';~:,':,'.1..::I "~o;,'~""j',.,l· ~'I ~r,1':1 '
•
,
Ii
t~
,,f'!~:,
...~':r, "
j,.i' ,ir < ~
;.f! !ti,~ ~c.' :;;!}.::..~
~:':~a:b',~ tr.;;.;'h ".1,~l;r..~~:
"1 ~ '.''tl:t:;~'t
li, '''1''I~~:,;:'"11.ll~.c
,,·to"":\ ;~t l~~", ,-/.'~!'.' ....,' ...'i-.':
:' (::1:1 ,r:,, :'! ';j;::"'. ,;,
o;, ~,:'Tl'}.'"} :L";i; ,i.,LI ~:>' i~' -:' .. '
'j::, ::
:H:i',:-.• I:·r
'a~, l-lo'. f
,
S·'
.i.,.,,;,,~~
]
,!'
i
.o'
V".o'
lecidas em contrato para o dono da obrL'. Mas, do tipo.,stri
to, ~ dinheiro, com mecanismos de atualização dos preços e
compensação financeira pela mora, autêntico seguro contra o
rigor do nominalismo. Assegurado assim o equillbrio financei-.. ~~t; !
ro do contrato.":.:'.,"
Não há pois que se falar em "prejuizos" , indeniza ~.' I
çao outra que nao a ajustada na cláusula penal e, consequente",' -
,'--; i,
~."~,.
';:"::,",~~ I, .~:'.~ :
. :. i~'
'r'~',,:",rr,-:. !'~I' ' .
~l.:·~t~'~:'"~,,·,t. "I"r' , ;j.;, ~ ~. I.,~.:o.:
, ':;':j'i I
,c.~~ ~, :,
." I'
'I~,+ n:~.-' _.... f' .-, I, .~" J~...... ,~
'- ~: ' ,~'I,Ui
"'i,,':: 11., ''·r·'. ... , i
::ic ~ ;" H
"
:.:.;:~·;,v
'\'~'~:':'
Re-
40 -
"
. ~,;
"
",:,..::~,~',,~\ :,
-·1 :;~':
.''":J>l
~'I', .. :· ....,i,.~ ",-,.. ~ ~
:~~L;, ,l~'" if,
, ,ili.'t!
-.1'" ,lO", I :J
" ,.,1\,' iI :,ii...c~.
';,,;rl:~l !.' ' .... .'li.!!' 'e~,corre~ "''''''',(,. !
',l ' •• _~.'], !
t " ",'~por, a ra-'",·f- ;"':I~;:l~j, " "--" ;i",:\, ~,~ •,.,,~I
'i_ ~,~'~~'J+ jo,'.
I , "", ; 41~' ~ ~,'it
. I :j~~, í '7~-;':
; ......-".;.',,I'u, 'o,
390/394,,' "~I 'Tq~~i~ "I
','~,ij<;
. :!zfls.; 394/
I I ~
~. ,.:':~:'
. '.(~'I, j
~~ :J. ~
, .J;ri1'",,'111
as,estabe-
i;.!~'
dos autos.
DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA"
397 dos autos.
"X
"IX - DA TEORIA DA IMPREVISÃO"- fls.
curso
-~''':I
·L~..".'1
~~,)"'}'-.r-"
E - Das alegações contidas ~ itens ~ ~ X~"I~,l
COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO
mente, em "div'ida de valor". Improcede a tese.
so de pagamento.
Eram obrigações pecu~~árias, sem dúvida,
(cláusulas de reajustamento) de acordo com o mercado
ção monetária plena, cumulada com juros moratórios,
I I
\,"
~. :"
I'" I
t.,'. '
: ~!~
:~
· ;\
I'•I" .:
, ""
· ,.; ~:
'I,.....
'~ :'~r;
•'f~l'~. '
~~o'i •i!};';:~r
'f
~ :, ~il
· -:\.," :,~l~,
'!"'~~!f;:', ,:~.,;.~ i, "1-1..,•. ,..-;-:
'=;;
J.' ," ~:, ," "i'.j,."'i lo! ,;
, ~::.
"~
~. ~.: }1'~ i;,~•. 1-';'..,.,~~
I;,~
'j;'1'"
',:,'o...l; ',i, I
'," "."'O"~,
,~
~ )
."'. :1:,
.,.", ":,.
"
"',;,'
I,;.~~ .':
";~: ;
, .":,.;.
",~,
~1:, j"VI,í
. j ~.,' ~I '~
':;ir~l""l,;~%i
.~. ,. "r' .~
"'1' :.~;'fi iJ
a) Da irnprevisão:'~, ,
I
, I ' ..' ,. " '~"...... "
~:'·l-a ,I ... ;<j-.
Os elementos que combatem essa tese já for~~\tão la!: ,'i!']:.!demonstrados ao longo da contestação e"da sentença, e ';~,~:~
ro, 11 1 ~d. Atualizada, pág. 196).
gamente
ao longo dessas contra-razões, que se tentará resumi-los, ao':~ r
estritamente necessário, para não ficar "in albis" mais, essa,: ~Y'J, ..-ij' Itese. ;, ~t~: f
:J A I" (!!1
96. A teoria da imprevisão, provinda da Cláusula1l'rebus.
sic stantibus", na observação justa, e ponderada do Des.: Ferrei. ./:
ra de Oliveira, conforme referido por Hely Lope~,Me~~~~tjS' ~
admissivel no campo do direito at1ministrativo" "embora/~xcep-• R' Icionalmente ~ ~ boa~ de prudencia". (Dir. Adm. ;Braslle.!.
95.
II,I ~
.c,, .t (.
~ I \;~ ,:
'i,j,';:.',:,:i';>
,,~,~;,,i; )("1;", '
'I".. ,: 'i l
"
, ,;, ;',.
• '.1
;:,;'t.~· ,, ",i i,
I, ". ,'j ..:-.
'l·,~ ,-~
'"
trina e adotada pelos tribunais. Todos os autores que I.trataram"1' .
do assunto foram unânimes em recomendar rigorosa análi~e dos
,gócios juridicos no Brasil, por razões óbvias. Deixar ,de acau, - -
telar-se contra a inflaçao cronica que assola a economia, dei• • I -
xou de ser imprevidência, para se tornar ingenuidade. É fenô"7:'.
''"
, .. "
,J .!,,,,ll 'I"à ~
';'::j~1;! ~~:~,4
::'1" ,!~,..... .'~~j- :: ~
:!.~ \
·i (; H:;.;"'1" ~•!
" " o;'~: ._, .~~.....t l.'i-: 3.;,1
i' 'J;~ ,
.' I;Tl
': .,'~j: '; ;,:."Li ':'I
· J", }!-j
• .: j.J,.~ ",:
,~íJ~ l
dou
'.,
.-.. ~
,l,'.!,_I rl~:
'.' ."Aj' 'I" : ';~r'
~, .,'
"";-' 41;,~h~
. i '~':;~l j:;hl:.
"·r-·-"", ""',..
'.
"
com que tem sido admitida pela
a exceçao.
Dai a prudência
De fato, seu emprego em largo espectro, notadamente. , 1.' !
'" '" 1motivo inflacionario, torna inviave1 a segurança dos, ne-
COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCISCO
gra, nao
meno tão corriqueiro em vários digi tos, que a ninguénv~urpre-, :" IJ
ende. Configurá-lo como imprevisão, esta tornar-se-ia,~:: re-" ~ I (1~ld ,
I I .; ~ :,'::'[1 ,~ ", "j
. I:;;: ~ i
por
97.
"
. ,
\~
., 'i!"
I -.~
:"1
'Ih~
'I ';
r,,~,.. '"
[~P'i~:,1I'".., ..
,1, 1~"1 ';1..!.~ ,;,'.:1"
, ,~, ' ... ':). t",''J ,;:.:.~
~' 'f '~', ':':,:..'
. :~ ::f,,: ',1,:'; ~ , • :.:.::,; ,';,l,~ ~:,~~ ;.
r;t'~
::!"~,f!,I:
\
I\
~~ stantibus nos contratos públicos'quan-
98. Hely Lopes Meirelles no multialudido estudo Licita-~-'l··' -.....
çao e Contrato Administrativo, para citar trabalho seu.úijmais"," .
"Exige-se que a alteração das curcunstâncias
\:
.'~
~.~
'Ja..
.. 'li
""'1" ;:.' ,.:-..~ ~.~
· ,::' il
·"."!·'I~.'.~'" ji.' , li• , j'
,,' ,:{~~~;
~,':ii';' :\· 'i ';' li;. t; )1,,," 'I'
: ;'--, ~I'
f:~:
li
,i
;~
o,
i.,.." 1"~'~:~.~ tó
. ''';r''l.j;f.'~1oi ..,- ... ·-'of "
~;;;;"'i ~r .•:~r'r~' o
;~~'j;,:l ""~o "
'.' ,~,... ".Ib
~~, ~
~,~. ~ .., .. ' ~. ,[. ,rI t"·i. ;'t 't;
" C"j .:~ '1
re...
,. I
"'j"
cláusula
.,
administrativis~;:.:!í t
. "'):~ ~~t:{, ;',i' :~1 I
se justifica a aplicação da
econômica extraordinária e extracontratu-, ''''11 "
revisão: do 'contra:t;lhL< ob ~, ., '" ":,( 'i';: / ~ , ,f:::t~j';; .. '
.~ t', ' '~);:jt~ ~ ~ ~ : iI :.' : \ h':'~l
aI é que autoriza.a,cit., pág. 207).
~:>~i ~.
.,. . ~
"!
_ -'if '"te entre o particular e a Administraçao;:so a
álea
' . .;
pria do contrato, que rende ensejo ao r~ajuste
da remuneração contratual avençada inicialamen
pelas partes. Não é pois a simples elev~ção de
preços em proporçao suportável, ,como álea pró~,
11 ••• Só
do sobrevêm fatos imprevistos e imprevisíveis,
ou se previs1veis" incalculáveis nas suas con
sequências~ e ~ue desequilibrem totalmente a !
quação econômica estabelecida originariamente
Orlando Gomes, por seu turno, dá o contorn9.",sj.a.. ""'i/":•i .: :previsão:
99. '
recente, preleciona:
( !!
ta e um civilista:
seus pressupostos. Para ilustrar, veja-se um. "'.,
"
! .,
'l"
o
"1'
.' ,~,
, 'r '.:n~. ,'. ",~ •. ,11
'~"hr,t ~,r,,:' :~/ "">;717.+ .;',:,-,1i~~ i:~]:,
.. ',;;~~ ;I,:I~:
:~?J; ~I~:'I ':~', ~f~:",': "i.
~;l :,~~;,.. '
~~'-'.
.I';
~i
~f
,;'
::,t·,
,11.';
,I· ~,\
· "
'.·~
~;
"
,I
':;
,.F
""
".,
, :'
li
~j
;,
i
,'.;
~
1"~
li~;;j
I
'i'':·1H
~~
;!i,
l;;
.J.
•"
~,I'.!J'I~.~
",
ilJ~••~:1.~
.~!.
:!,c.. ~~
,..,,1
,"
~i"~',I
1
·iri".::, ~
.1,t,1:"I ..
, :;,<j, ~
Jj
~~~""11.'
~'i
".,i~
'.~J
~~ I
~
.~
J>1"1 • 11, ,.: 1! '/
~:" ~' 'I"~', .,.: " 'I!.'fl'f, " ,
, -,~:~~" ' ~
:(~i~~' " ~'. .t .. , I, ".1..,"·~l'~ ~ \ !;•. q
": ."~.. ,"" I .".. :'i1 :.
,.} '~:~, ..• 'i, "~
.~
'il,;~~l
:i•"
" .
,
'i; .; I" ~"-,'",: I I,t'"'" r
I i.I,~': ;, !
'-o 42
.:. I'
.~ .. " ..
~ ': ~:
, " '.;., ~r •;. ;~ , ~
'~"~ ;, (1;",,'
lo Carneiro Maia, in Enciclopédia Sara.iva":de- ~;(:,;
. 'i "
Direito - Vol. XV, Ed. 1978, pág. 154:
palavras, a imprevisão há de decorrer ,do",; ',fato,
de ser a alteração determinada por circunstân-;'" • • '1 ';, ó ~~,;
cias extraordinarias".
Artigo: "cláusula rebus sic stantibus", ~e Pau
contratante cumprir a obrigação., por se,.i,tertoE·:'i·
"Assim, queremos crer mesmo e ainda que,. de le-=
~ ferenda,. o critério desejável, para ~'.lindar';1 '-,
a aplicação da teoria da imprevisão, se'reduz,: .', .,. ,,'."'.. .... ' ','. ::~
em linhas basicas as proposiçoes seguintes :';':!, .
,
ja de tal ordem que a excessiva onerosidade da
prestação não possa ser prevista. Por outras.-:
se sacrificaria economicamente. Chega-se a fa-" , -
3) Não basta qualquer~udança,
vistas de ordinário, mas sim é
lar em impossibilidade". (ob. cit., págs., 46/
nada excessivamente onerosa a prestação •. A,mo-:....~.,l" ~ 1 ", ...,;. "
1 I',
dificação quanti tativa da prestação há: de, ' ser,. ~ ,
tão vultosa que, para satisfazê-la, o: devedor..; :'
1) o acontecimento determinante da mudança :.,de:I "'\,1 ." ., ,
'circunstâncias deve ser imprevisivel ao:-:'tempo:'( : li , : j. li..
da celebração do contrato de execução su~essi-lil' I ilt-t,\ 'l. I· I:
, i, ~"., :[f,; ',', l'
va ou diferenciada. ' 'r';;:;:! ..,: T, ~~, ~ '.
2) Este acontecimento deve ser anormal no âmbi", .-,
to da álea extraordinária, fundando-se 'na' i le'-:,r. . .' t':
são subjetiva, o que, se·pre.'~isi~et•. ry,ã?ii'it~,Z:~~,
levado as partes à conclusão' do contrato.1'ti",i:)!(::.:' "" ~., '
, • ,". . ," I,:, ,....................•.......•.................. ,
",; ; , ,i!~":o~:~t i ~'H!~~, ,tI
"Necessário ainda que a alteração tmp~;~yi'SI~~~I.. ,do estado de fato determine a dificuldade,' de"o
'j,L '
47).
Ainda sobre a matéria:
I ! r'
COMPANHIA HIDRO ELerRICA DO SAo FRANCISCO
,
i.
-I
~. r" '
:r 1f
,; 1'.,~,
- '"\'.
t~~. t'l ~'I"I ~.
'~l!',~11'~!~
.ti~;t~
i,I
I :;;'~,j-'
,,',:'.1):
....
.,
~ "
,.. )
!'I,
; ";. ,~.
.'
"
':, :,,'
,-
. "
.- ,::;,
, ',.I'"
. ',~ I
~:!. Li l, ~
,li ~ 11
,,- .?:I
~i;',i: !:i: ~i,II.:;: !:':~
~"-::i'ol,l'~',',
: l''':, , I., .
. ;.
,I' ;
....'"
. !,; .,;_.
~ : j',:,- ,L .• ~
~ :1"-:::~~i ;:,' 'I
"; ,,I
.'", ""~
i.' i;·;: '~ ~.'~~~ .;'. I'N' ".Ji "!f. "") " '., .•..fP.l;'~)J: :'~:i"'~,~ ~ ..ri $?I;""+, o
~~:I"" ~""'ll'''~' ... ~j~t,·,~;~ ': ~.~:;~~ "', ~~,~t:.;i ";~.'., ~ ''ll' ., •~f i~~ ':"ii,~....;,;:,,;. .; :"~"'~ :;'~ .,1 :'h • I~' .' ,..;/, ';. """ , .~~ • I
't" I
",.,
~ .. ; ~",r J
1\
l.' :~'; I :
,
t>, ~ ..... ,t ,
l +'éir~;::.'~
.,,
:::;. '
'~\ '."O ,_
-l,i" ...~, ~.'
:!: ~ "~
,.~" .~"
·:~:F'~f',J~-
:,,\,;i?. '."!"M.""",~:"J."
.,;,
~!J r..l. .;l. ",
'1'''''.~, ..1~ ~l~,. 'I'
~~;:;:J"'~·<::'..iJ, . '1';0",...~~..;~~..:;,'.' ~~-, ..,"'" ~1. "
"~' Io.;'~",~.
.' i:/ 'r;
'.~! : ....~: ~., !.'~ ~ ", .
.~
u-
re";
.~;;l
... ·,'i·';":ir
~~:;.~:
r~'f·· ."::·1'.~ ..;IPI •
" ~i::l:.~ ,'(', '
'" :".":; .i":;':' j
~:,!~~;:.. 43!"j ""'~!',
·~.'l~'Jjl.tl,,',
~1 i:~~~ ~
:~; i't(\11,f • Ir;'~l I
'!'
~ ',"
",'~I'
contingente, ex. .1 ,::~,
quando tal acon-"i
Ed. Rev. Forense, 19~5, pags.~:~,
o",.;,~;
-r,;:'
exclui-los para evi tar~ pro-'7 ': ~~l"
sobre o que já,se el:!:t!'lbiliza".,jl·" -~. ~~:
~",~~
'.
o da revisão judicial desse contrato, pa-\.~; ,. "restabelecimento de seu equilibr~~~lorde~
Alfredo de Almeida Paiva, in Aspectos ,dQ Contra-,' -
to de Empreitada
64/65:
resolução por onerosidade excessiva, sendo pru"'{I. -
,.•......'.'.. ')"
" ..";" ;
:.,~ ,',o,., ,,"o, ~ _!" ,",
tecimento imprevisivel e lesionário torne o con ...;,,;'. '~,I """:' .,:~;~-
'" ..... 'jl" .... (
trato inexequivel em sua essencil:," ou ~.'!\,~~i toda~ ih
'" ,t',. ,.}\:~.l . I 'rl~~'
as suas clausulas. /'o. ')':~r;J1 ,. ';i'i'rt ,., "i'r-H " • "",/"",, - . ':',' _" :.:.~.v-
5) Os contratos aleatorios e unilaterais,!! nao· ;i;;~'f
comportam que incida a teoria da imprevi.são ou ·:"{FI" ....:;,~' ..
J>
ra o
nando-se, todavia, a rescisão
~, em hipóteses especiais,
gra,
ma das partes.
tenha sido extraordinária e altere profundamen,~~, I _
te o equilibrio das prestações, ocasionando·17~'
ruina ou prejuizo sobremaneira gravoso para, ~,. ~'~j
4) O efeito da teoria da imprevisão é,em
dente e mais útil
vável insegurança
vali. (grifou-se).
Finalmente:
COMPANHIA HIDRO ELURICA 00 SÃO FRANCISCO
:.;;
.,.:..:.;'~..,"
.'
: .~.'.~
.'1
~:
':1.; ~~ "
:: ':;,~
?·.·~mFI,~"
, "':~~.i:
..~~.;
.·,t.,1'
"I.". "1-l.·~'1
•1'i"
" " (":~~: I r
:::'~~'
J.~._
\;~
':t~+); ,\
.":)\lj" ~",i;.~ ,,)ll ;;.~ L~
t!r i:,
:[~\i f':1'5 t.:,I'~. ,.~, 'TI' (1.:'I'l' i
:;0 i,.'.,
~f;rr ),
-. 'r''/l' '.·'.l,~I;~'"1
~;; '!'.~
,
I
. i, , "Requisi tos que justificam a invocação cl,a cláu, ".
';.,:;'i
i "Ij~-n,.
um
bus sem que ocorr~ um acontecimento
e imprevisivel capaz de alterar
çao e aplicação.
.,sula rebus sic stantibus - tratando-se ,lide
-- . 1:-""
:~ 1-\ •
,di rei to de natureza excepcional 0,' a aplicação da :'c.;. ~'':41f'" . ,r.F
~ . . r, r ~.!
cláusula rebus sic stantibus requer e :.impõe cui .;""-- , " i~~!-",'1 -, ~r,,!
dados especiais, sendo important~ ass1~~~ar as~s, _ 0,.' tf' ~'.l:';
hipoteses que poderao justificar a sual.invoca-!." '. "'~'''':' .' ' . ·A.i_ri :: ~;~~t "4:i",'l'. ......... ' ",.",
.. f "~l:" .. ...,i~;
Como resul ta' de seu próprio concai to, :,nào po.d.!:, : .!;,;f;:j!::-.o:"";t,1 ~, ':${..,
rá haver invocação à cláusula' re.bu§ .ê.!S~stany!\:{U·
'. '.'''''';.'
I,:,.
...§ ~
!i-:>:~ :
, -i "-{ ,;". '; ..
, I
'.1
:11'; \':1:' •,. I( .•. ,L" ,.:lr:,';' l ~-I .~ .' ;IJ·~"';:
~ j':I';, ~;., ,.>t, ~,~,;~.:-.'~:.
'~l'" ,),
,:'t';i;;~
"~ :r:I.~ I~
I'" ,o
;,~ "~
;"lf t.' .:kJ. !~
. :', II ;:.
'd:)!-,; ~ ~;
========~.,-_.,_ .., . .- ...
· "·,,;~'.;l,
'"';" I;, ' .. ~' ..
! iI~~ :~l"
.
cionada.
Não bastam, porém, estas circunstâncias; é im
prescind1vel, ainda, que o aludido acontecimen~ -. -
.. I.:'Tal acontecimento devera ser anormal e:imprevi
';~'\'I' -
sivel, de modo a escapar inteiramente"à ~capaci!', -
dade de previsão dos contratantes. ,,;:1.,~1
\
~.. ';j"t",q
q'i.,1/.,J
:.a"~~.,
. n;' ~..,i ~~ ~
: '~".. i1
"J~' ]
.~}ii: ~ :,··..b ~" , ;~;~~)-:.'~J~... ,,;;;~.
~~.~~:;:.~::-
~"',.
'-"'1"·"-~11~.'" . '. ,.t.,~:
',0' ....
":": :,;~~ ~
':,1' ..:\ i, '!
:~:r'::.1
· " ,,',-
. i,,:" 44 ':.' ,:.~;.'
das partes contra · :·i- ,agravaçao tal! das• 'A' ~j •
de natureza lucrativa.
tantes e que determine uma
to seja estrarlho à vontade
condiç;es convencionadas que impossibilite e.' "i
torne ruinosa a execução do contrato,ao:con. ;~~!
trário de operar simplesmente como mot~y.o de,'i:
redução de lucro OU imposição de prejuízos den
tro dos limites normais de qualquer atividade..I.!
a situação de fato existente por ocasião da es
tipulação do contrato, tornando excepcionalme~
te gravosa a execução da obrigação nele.' conven-. ~ . i
COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCISCO
.,
i,'
.~ r
I •. .
;~, , r
•".
·ii~: t
,
..
-:1-
,-:" ~
,
)~
TEMíSTOCLES BHANDÃO CAVALCANTI invoca a respe!
to a opinião de GASTON JtSE, que resume a tr~s . q
'o
;. :1'I',.;
~
:t; ..~
o il'..:
'::. ~
'.' n
"~.~
j]
. ?
""0'! ,-, ,- ~
"1",~,
, '. \ ~.. 'i ~
1!
'i'
a imprevisão, construção da doutrina, só~ I j";' ':.! :
de acontecimentos extraordinários'que po~
à beira da ruinÉl. se :for compelido"oa:: cum, i' ~ ~:, ~
as condiç;es referidas: a) que as partes nao
tenham intervençâo nenlluma nos fatos que deter"
minaram o desequil1brio econamico; b) que es-'
tes fatos não tenham sido previstos; c)~que os
fatos tenham corno consequincia a subversão da
economia do corltrato, provocando prejuizos que..~
excedam todas as previs;es que poderiam. ter s!
do feitas no nlomento do contrato". (grifou-se).
vê-se que
-. 'Se assim nao fosse, estaria quebrado o principio
" pac ta sunt servanda" que rege o contrato, responsave~
prir sua obrigação •
sam levar o devedor
se justifica diante
100.'~'"" I":,, \
'~Io:~~, 1"n'~.!:~+'~;;:~'"t'
• . "J I""(
,rf.!,
-
.j:~..~"
- .. - __ o __ •• __ .~ • , •• _
. '.
r;~::i.:.!J :i
1 :-,;
1'1',
. ;'.'; ~
F'I'; l·, .i·"~,f!t;:1'",: '~
I'I li:', :~~ \
.l.;~~,;.i~0:ç;~ :;;.;;
~;..J: ~ -I r'
.; '11"'11.'. . ·t;, ,';,..:t','.:> "'~'".. I""",': 1~' ~~,,~.
" I"" '.'l~ k[:';1 ~,~-:.' ;.11 ...." .. ,.
;:I~~~,l'·~:. :.,;.,' ,1;;,'
~ ;I~~~ ~:,.o ~.!:.:U'!!:
'; ~~' ,li~1
~.i;:~.~1,1..1 o·,
'. !lI" f
',:tt
I, :;1.,
-:'~ ~
iN"~,. ~ ': ".
I· ~ ~~:,
,~hr "
.~ ..'P'" Il-
r,: ~,.:cJ: .~
.lL·~'1
.~.. .""..,~.~
:), .i;~
."lij'~.. .:.. ~ ..~
" , il,..,.,~
\"t:;;),
',:~; ',1
):' ~.' . ~
. :. ;,~"·.0.- .";'1',"',
'i . '1,\<n.""
~: ..'. "..,.. , .',: ;.
.'.
:,~jt/,~.~
"')'.~~.' ,: . '.
"i'2:,~,
I ,~, 'I'. rI li .•,.
:Y'~
li:·1·, ~ ~,
1;·;:
"f:!.....;j., ........ ..,:
· .; ~,~,. ~. ~.
'", .'.}~,
.I'!I~j
", "
· ~:d~:P,:r".-t..>'n;,
'álF···'K..::,'~:~.. <t. '.~" ..~...-"'1',·1··; ;~~ .
··:·~I·;···~"'-: ..~..~:;klo.. '~'.'~ ; .......:.· I•. '·~·:'112'".~)r ~
.,.;~.~".~·".'Il1 ~
'." ;'''. "'1I."." ''''!'l":o
I'.>.'. " ..,· :~ 9::: ",·;d: .. ,1;:1';. ::h:;~\~
• .1-"',1';, ' .: i~'~
" ..'", ....>j, I.;,.
. ,~,~
1c,..~
, ,;~~'i r' ,4\.:,~
.~.:~
"·'~>,H
em
as
45
" \' I• ,1, ~
~!:, 'I. ;.;~J'.1, ,
-: 'r ,:H,~"--
.; ,..'I,.!~,.;:~:~1
mesmo,.. 'v' I' .
; ~'.~~. ~, 'I' ~ '~; ~
'~ fenômeno ~ nii,o só previsto'~ .. __ . ,. __}\
mas realmente visto e dando a certeza- -
bus sic stantibus, a sentença deu cabal".espos-- -- :.:" -ta a todas as arguições do apelante. A ~p:lica-
ção dessa cláusula não se fundamenta em,.aconte"'''I. '
cimentos que não' tenham tido incidência",direta~;. i
e especifica nas relações entre as partes con." ~;t.'~~ .. -
tratantes. A Justiça não abstrai:do casgtl con-,.... !"I j
~ _ '.~~1
ereto, que e a tonica de sua rea~izaçaoJ;~jOra,_ 't
'no caso presente, a apelante nao. demonstrou que~" ';'1
~~ 'I
os acontecirnen tos a que se refere tenham.~1 tido.:. -':"'~. i~
repercussão mediata ou imediata na const~ução i~, ': ~ :. ", I ' , ~
"." 'i.ll 'do edificio. E, alem do mais, o contrato!, foi_ _ _ _ ;l~ __ ~
celebrado ~ tempo ~ ~ estava'~ plena _~-;
censão ~ alta dos preços, ~ inflação, ~ desva-;
lorização monetária. ~ acentuou
"EMPREITADA - Construção ajustada por prazo cer• • 'I -
to e preço sem reajuste. Recusa do construtor''. ·:·H~'f' ". ' r
em entregar as chaves antesé,de5 ,rrcebe~l\~h~~,re!}
- ,. I"' 'rça a mais no preÇo - Açao cominatoria_-~P.lroce-
, ~Il r ~.", ~ I
dência. A aplicação da cláusula rebus ~.~:.i~ i
tibus não se funda em acontecimentos que::), não,: .. lJ ..
tenham sido incidência direta e especif+~a,nas_ '/c,' I' :
relaçoes entre as partes contratantes.~~~~ Ap.,
133.154 '- Tribunal Alçada Civil s.paulo;a{ apud. : !' ~
Orlando Fidas e Edson Ferreira Cardoso,· ..·in "CO!}
tratos - Ed. Universitária de Direito, '1980,II~ ~r:f~
volo, pág. 523).:''f\~,;.~1,,_ , t-·p ..
Trecho do acorda0, pago 524: '~';H
li ••• No que tange à aplicação da cláusulfl re-
COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO
tranquilidade das partes contratantes, ao presumirem .que: .lo' 'l6 ': .'
estipulações livremente assumidas, serão cumpridas
condições adversas, como atesta a jurisprudência:
.( 'I'
r ~. I .b
O!'
,;".'l, !.'p ':,
,",
,,.
I, ' '~
; :.í
;~ .-, ,~. ,;
I'I,I 4'.'t" I'i' ~', 'I.·
~,'~
l~i '\,,.;. l;':j
o -~ i:;~ ~I)1,. V:., ., f iI"~' 1'1.,~.~:?:..'~ "~'I';,;t;~~~~
:~ ~.:: L:;·r· 1 {. ",I ~ ~ •
io, '1.
:::. 1~''1,; ;",!'.~~! ~t,~;.
,~. r,{
.: ...
j".~, '
."
.! :.
!::~ \ ';
, \':
~.
.-.
f
",•~'
~
•if
?, .,,!
~
•,.1
.,
~J
I'" ~I...,'•.. .:;~, I,
_""I
.' ,~ "~ \· o'""~' 1./!;~ ~
,~ ~'a
· ' ,J'.1~~~
.:4~
" ~, , ~
.'" ~,,,; 1'l'11· .~
',' .~.,<'I~.. ' ~
•,';.', ~
· '.~
~J: :, ~, ~
~
ju"),,i
V,-"''';i i
",I,~. ~, :;
'," '.11
".,
..:;: ~~ ~
,"'0~
o4~~,I
"":,,~, ~,
•• ;,. :-:. ,l;.:;, ::;:;1
.".'.... ..:
•'. ";,a
I q
j'1
:. ~· '1
'i'1
':'~
'i: ~, ''j!
:i .. •:ij,,~· :,~
;.I" >I," 1
rj
~!
"'~;,
'U~~Il . .~.,.,,}'1~l
.' ~ .'
,
;':1
!
,'r' ~
- 46 -i,
.:' \
'......
; '.'" I, :-,11
.... ;.1"
como constitui -~;entre• t! l' ,<-.".1, ~ i ' : .
de vida". Rev. Forense,
perado e injusto para o credor". Rev. Forense,0,." •
214/204.
"A cláusula rcbus slc stantlbus, inspirada em
razões de equidade e de justo equillbrio entre
contratantes, só tem aplicação em casosexcep
c10nais, imprevistos, de que resultem ônus ex
cessivos para o devedor e enriquecimento ,ines-
nós a ascenç~o do custo
218/187.
slvel, e não de rotina,
ser aplicada quando o fato anormal for imprev!
"EMPREITADA - Reajuste de preço - Alegação de
majoração de custo de materiais e mão-de-obra.
Fatos previslveis - Ação improcedente - A alta,do custo de materiais de construção e a"eleva-
ção do salário mlnimo são fatos previslveis em
nosso PaIs, e incapazes de justificar revisão
de contrato de elllpreitada".(Jlp. Clvel 122.611
Trib. Alçada S.Paulo - ob. cit., pág. 557).. : ~ J :
"A cláusula rebus sic stantibus somente·é de
construções". (grifou-se).
nao seria remediado ~ curto prazo. Conseguen
temente, ~ ~ ré conLr'atou ~ prazo certo ~ ~
preço fixo, evidentemente computou tais fatores
com margem suficiente de cobertura de seus ris-- , - ---~. Não consta. seja ~ ré neófita no ramo de
Após essa moldura doutrinária e jurisprudencial, in, 'I';
daga-se: tendo a licitação e a contratação ocorrido em'meio a- • 'O';! l
101.
grave crise econômica, que se seguiu ao 2 Q choque dopetró1~o,
inflação descontrolada, turbulincia polltica, pr~ços
são, mercado de trabalho fortcmen~ reivindicatório,
tecimento do mercado interno, escassez de recursos,
r I
~ COMPANHIA HIORO ELI:TRICA DO SÃo FRANCISCO
o'
i
" ;
(.i.
,.-rJ' 1 I
', .
. IPi: I, .
~' .4'" •,-
/"'-.
.,"
I!
':;
.~
, ,~ ,
"J~•J
~ ~, 'I~ I,.; I.'. I~ i; I1 '~.,·,
,"J
- ;,~,".~ ~
,qi:l'<~,j~"
"~1.~
" .1
1·f: :,
I,
Jj~
:
3~ I;/ I1\~ !,1 ,- I;.1;
· ." ;
!l
~:
I~\j~ ,
'j<!' '"•
,~
, . ~-,
::. ;:. to)
"'."" ,"'"'1
" ';' ....~,jf:~:~.. ,
:"" "'~.'
:' ':~
47 -
.' ': I ''.'
::;~;:
, ~ :.I, ; lo'
., .: :. ~
.(vide: adi-,
, :! .
~~..... ' ~
~;. .'.;f(~.,": i ~ .
, , .. "" ..
•b) Do enriquecimento ~ causa
Sob esse titulo, a apelante alinha os mesmos
Por todo o exposto, também improcede a tese d~Ape-
Finalmente, os acórdãos invocados pela apelante~\\ ,
lante.
102.
103.
go da teoria da imprevisão? T~nbem NÃO.
provou. Sequer demonstrou.
cido desde o inicio da década, por si só justificaria o'empre. ,':··-t! -
A prestação do dono da obra era de natureza pecuniá
ria, do tipo dinheiro, protegida com escala móvel e correção
monetiria cumulada de juros moratórios, por eventual atraso de
pagamento. Nada de extraordinário ocorreu que alterasse o es
tado dos fatos existentes ao tempo da formação do contrato,se, . -
nou.
não as modificaç~es normais, perfeit~nente suportáveis e coe
rentes com a álea do contrato.
o processo inflacionirio brasileiro, tendo recrudes";
~'-"'~I',-,,
ra sustentação da sua tese, podem ser válidos no contexto
que prospcrar~ll, não naqueles em que o caso dos autos germi -
..telllporâncas ~ 1 ici taçâo, ' COl] tra taçâo ~ execução da obra,: hou-
.' . ,
ve, algum outro acontecimento extraordinirio, que a Apelante -I 1 " '
não tivesse previsto ou fosse imprevislvel, tornando ,s~;; pres, -tação excessivamente onerosa, ao ponto de sacrifici-la~econo-:
, . ':·l '
micamente ou ameaçi-Ia de ruina? NÃQ. Se houve, a Apelan,te nao
tivo epistolar), sendo todas as circunstâncias descritas ~-,
.çao adequada, pelos eventuais atrasos de pagamento
setor público, devido à retr'açào das agências de financiamen
to internacionais, e, de outro lado, assegurada a recuperação
dos preços do contrato, pela fói'mula de reajustamento que co!!.
'siderava, integralmente, a elevação do custo de todos os insu, -, ..mos necessirios ao empreendimento (vide contratos) e compens~
.:'
'>-,
'.'1
, ~' :
, ,
"~
"r:i; . ".
, ~:
,~ COMPANHIA HIORO ElURICA 00 SÃo FRANCiSCO
.'.
,'r.• ,
,',... ~ : o'
;,,~.,
.;.,
, "-(i~,
:'::::
~ ;~;; ..,.:7....~1"k~,:~ I
:".~~:.',
"~ ...
" ":.:i~
I. .. ~'1'~;"
I. 't':~. r; I•• .' ~
11. ''''"fti •. ,J;!'
48
..
;-;""'.:,""r
~~~'~r- ;'l~.
~' ~ .:::~;~ ~
,.~ .',;':-.',
~,
Ir.I'''':;J" '-', :'1' Ji.' ~.t~~,~~~j' r "':'I'" ~
." '''"100';, .~' ~I ;
." ....::~r ~
·1
grifou-se).
haja ~ fato
guém; b) que
d~~nrique;~f,t-1'~~ -
..~~;!~~~ ~. "'!(<l- '\' ..
liA obrigaçao de restituir, fundada nO,:injusto"~/!J '
locupletamento à custa alheia, pressupõ.~; a ve. ': l
rificação cumulativa de três requisitos.:.! a)que~ .;'.1. t
gerador de enriquecimento 'para aI
Sob esse titulo, a Apelante repassa praticamenne to. 7 '.
Todavia, por amor ao debate, novamen~e se ~~s?rre ~" '!:~1~
COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCiSCO
105.
à saciedade.
tudo já cabalmente respondido.
cimento ilicito ou locupletamento injusto:
às lições de ANTUNES VARELA , para a caracteriz~ção
frido com a captação de recursos, a mora da
trato.
tera também a ofensa ao equilibrio econômico-financeiro do con'.';~',~( -
mentos já combatidos em outros tópicos. Novamente a estraté
'104.
,. '!
·,,;,.··03 l
~.".
Já demonstrado, vigorosamente, que o equilibrio' do ,.,:~?. trti ~.~i. ".:~~~~:
contrato não foi afetado. Inclusive quando se:'tratou'.:da; impre~',;í'}.' ~ l·i :,;;~: -. ,:.,:;~;;.j
visão. Não concorreram as circunstâncias ~~t~~ordiná,r,~!i':r ; ~u~ •. ':~f:!- .. ",.,"''';''','''' IR11~"'I""I"'" "...... ,"justificassem a revisao do contrato•. "',.'.' oro ,:' ;'0': 'li' ~)..:Ilh:< ,. ':;'l']::
" ... ;'t,,·, i [fI ~:'~
Depois i repete a ladainha dos prejuizos qu~?~~ria s9. :Jfi~;'! .; 1, ;', ~;~~j
AP. elada"le:tc, etc, "~ii1i1:1·.. :. "f'~' .' '·:'~ll.,
:'L ·:,:'~~lj -, ',:"f'~ .'... . _1'_ .. " ..~ '~ ,":.~:ll-~,,,1
;:'.;. ")~I!,."I•.• d
'i' .;'I:'!~", , ..,'. 4; ,,,~.
.: !' ,~' 'i." "~1~'.1
"'~+~~......;-, ..,j
'~l~i~. 'J"' .. " ,
...-;,.r:.J
; ~:,J ,i"'., -.. t ,1",,~l!, i,' ~
, , Ó'~J ..." .'j. 'li.
'. :--,\:..." I~. ;',
,,:'-;.,,":4.'I" 1• ,f,
o enriquecimen to proveniente des- ,,.:q?~
~ fato careça de causa justificativa; ':~) que,: '~~1
o enriquecimento tenha sido obtido à c~sta de~"rm- --- - : .' - ·;~~t,"
quem requer ~ restituição". (ob. ci t •• pág. 194·t,iG" , +'';J . ""I,.i ','1'\~,1 , .,:_;~,w
'J-" ~~'.'~iW4. i ;~:"~:V'.'~ ~"oWiiIl'. I <i~''''''·"" ~ "~~01 I 1,"'~JPi.... -' ~':'~';:~~
Onde localizar esses tres requisi tos 'na conduta. da "!:tr:;',. ; ~;,IIt; 'I, .'.•,:u...~.
,~.~:," , ~~í~'
Apelada? Com certeza não é nas alegações da Apelante d,tOdas ~ .~:~,
las inconsistentes, como demonstrado neste e noutros' tópicos, "1itP"_~ I '~}j;.~j i ,'~~~..,
li } :~"\ j . ;I',i;':!ll:\l'... :.:.: w~.~ ;1 .: ~oI':!NS~~,- j ....'l~j,. ,_.....,!i4.~r!':!". "~o (.o:~~iJ~ :. ". ,· ...W-Jol.
,;" ';)'1~1; t',;~~~
F - Das alegações contidas ~~ g do Re'curso '. i',,;::~_
"ITEM XI - DA INDENIZAÇÃO DO' C;ST~ FIN~~~IRO'" !;:'1~~\;~(fls. ~97/400 dos autos) ::;",'1; 0tI9
1 ' ~.~ ,! I I, \ ,:,,,-,~:,~'.-' '''J~ ~ ,S
:1
r liI
.,,*;11I:s
"1:'!:-lJ'
'o" \· .i'., ~',
;I'f, ":1,;'
· \~. -\
· . !;,· i~-
o',.".; ~,'
· '
, .- : ~I~
i.
>.. : ;~ ;,
, ~"
1".,· !.~i
,\-'I';.,
.~;t"l~',... !.~\..::ç;I'r:'):.r: .
, <.;1.~;.,:.;::....
;3f:oLi
.:if,;'~:~"l :,,'~, !lrf .~",
,;,. ~"I;~~~'.\o ,~ ~:' •.lo" ... '.;
.. ~~ ,'~ '. ;,::r)li,"~' ,
~ ;~l~:~;'... ;~ :..:~. 'l
.: "~''f ..,.I,' '
.~·i: \",!~, '.! :~I; ~:
:,~ ~~..i
,:t
11.', ,o'I'';;
l,)··...!.o:~.,':.
r;it}:, I ~", ;~\.'I·:.~:'·~':'·
LI~1'1F...\:.... ' ,.,
';'S':r,''" ;~~'r1 .;;
'. ~: .
·1 "...1',
· -f.;.,;.1
;: ~l~:'';;,(. "
f":.;'.
",;
,.. ~
" '''':', '
: 'i':.··~~l'~, ,'! I . '1 ,
~. ..,
l~lW
t(.
t1
i, t
!.}iI.. ' .
1:1"I ~
'.1'",=,:
, ':~1;;'~
:~i~~,:;, ':-.~,...'c'(çlt
) .. "'-'.':o·"ol<í:::~~.~"...',"~
l',:·;1: ;'',~ .i~\"l" ,
'1'
,~',~i,I,~.~'.(;~'. '.,,...:,1, '
.::~~1', ,.... c'••~t~ ;
~"';,.":. ;. ~'.'.~ '~;
I
de'
,. ~~
] . ..."
" ,
.~ .:.,.~}.",;:~1:
::t':~"i' "..~.," .
""~+1'"01 ~'J.
,'-::;~:;. ".\~,~,
:-l.'
"::11~lJi 'J' "", ,:: t-~:, . ,
.. 'fi;.!; ,,~:, .
'''''F<7l!
"::':'''; "
, ~,':~::':",',,#,". _f.;, '
" ,l"i',"I'\r~'l ~
"",;:,"1:, ~,:~ .• lj:
'~'r!,l'~.';i'
""~'l~~:,:' :~',''t':.
' •. 0,1."1'
','\"X">I',;" ,.;
, "t~. "
", ""i ,I:I"f<,
'~11 :,'., I;'.; ,.J.~' )
:;;1 :.1,\!'." i:,..', .~.H ',l.",;"'i'•.. 1...., ,
"','~~,"li '";f~J,~ ,
" q" : :;~~. '!;,. \ ~', "
',,~ " \
':';' -i1 '~~'I';~,f:1 !
~;!~';~'!. ','::;
. '~..:
" . ~. ~. ~. ,l
'li~ !l .q, ..~;,'~ ,/. ~ ,~.
.: ~
, ,; ::",~J
~
-. '- i.:.'
'r if.i,ij','-, i ,'l~'J' '·1 ~!l!~... ,;";11
'1 J ~:r'
:;~7~,1.', .... 49
.; ~'~';'f~,' ~
; ,I' ~
.;l~ .
',:"!J:."(.1 1:~)t'~t
"','
",
''''" I
mesmo temp~j nao.: ... : ','1 'I
continuidade das,, "'1 '
·t,~:~~~ ,, ..~....., ,-, j
; ~-:t..:c.
::'~1, :' t;::~1
73.140/73;
C.C.) •
..
do Dec.
Responde ,~ Apelada:
COMPANHIA HIORO ELETRICA DO sAo FRANCISCO
gra do jogo, como tentou pela via administrativa e ago
do incidirem os motivos da atenuação;
6,~, 7 ~ I;~!? 50~ í'~;~l;..:. ,.. ~i ~"lri . : '~ ..~f:'1~ ";~iict I'T I" ,. -o" .
Se deixou a Apelante, igualmente, de propor ~:para-I. I '_~I,\_ _ ,.+!- ,f; _
da obra, revisao ou mesmo rescisao do contrato ,'')',l nao "i :rf' '! '~.iU ,i ( :
obediência ao principio da continuidade ,: atenuago; "na i" ' r'"!;' .
lei, doutrina e Jurisprudência, conforme se demonstr01:',;\~quan-i'", r , •
~ ";i;.l"; ~
I 7,:.:.:;:t J'; ,. ,(I .
Deixou de fazê-lo, para ocupar sua estrutura.,e i', ; ~ I .
cursos então ociosos, alimentando "a esperança de, mudar,'. , .
107.
do Dec.Lei 2.300/86 e art. 1.079 do
face da lei (arts. 3~ e 50
são econômica, cuja única obra de construção pesada em anda -~r .\., ?,IV\'
mento no pais, a cargo da Apelante, era a Usina.de Itaparica.1 ~ I
A captação de recursos, portanto, foi:sob sua ;;contaI ~,'.:
e risco, desprovida da AUTOllIZAÇÃO da Apelada e,' sem l,9.: seu ,, '
COMPROMISSO de ressarcir-lhe os eventuais ônus, portanto semI, di.
nenhum SUPORTE CONTRATUAL, inadmissivel pela via tácita~, em
não estava obrigada a financiar a obra e, ao
podia paralisá-la, por força do principio da
obras públicas.
106.
posto prejuizo arcado com a captação de recurso,s, alegando que" .~:: '
De fato nao estava a Apelante obrigada a captar re, ,,:.1
cursos para manter as obras no ritmo que lhe convinha naquelas.... ..... , "b·""'l i
,c~rcunstancias. Se o fez, de moto proprio, foi em apreç,~.1 a a- "
proveitamento dos seus recursos produtivos, em época de~reces.';'" -
refutá-los, em ratificação de sua tese, mesmo Já havendoded~
.. ";';.~ ,','.
-~~"".', •• ,;' :'l.'!.,
'I ,.",-~
'?i..:\~).,.;..·, ...~:L
~~~~ttf'~, • 'It'r '''''I(,,,,,,.~
'I :;\'.,.~:'~:(
zido sua contrariedade a tais argumentos, ao longo destlT~ CO!!:' !:\:,~~:
'" ." .- ..~" ",f""'J- .~', t·.. ~·.~I'r:~lil .. I.' "_'"/Cl.li'._ r " """.,. • .'~'J,"tra razoes. ,;. ''''"1 ,. '''_''
J';' ~lt~,;, ~ :'. ',>~L, j; " ,,'li
Diz ~ Apelante ter direito ao ressarcimento"do,' su-" '7:'ll. ;'.;...t..~,:r;
''': 7:'~:t
IJ. isaçãoI' ,foi por
da a matéria debatida nestes autos enfeixando os argumentos.;.~ J.i:tlt~~.c, ~" ~
:':!:~' ,I,,,I: '.- - ,Apesar da repetiçao, nao pode a Apelada deixar''''H
nas diversas teses antes abordadas.
r,I,
~
"
:~
.
.'"
<:
"
",
.. ;
, ' :,~.
..;
~.: -i ::::',':·~d·
I,,":
:1"";~ I ..... '·,
"'l,'í:·'·'I,::" :",lhi
, "
"..• !:..:,· ] l,' ~ '.
lrf,·i·':~";1
V' ':I :, ~',,:
'i~;~\, ',~.
~: ',' ~~~ ";:: l:· l
·
· ,.;1
· i"i'
,!:;:~
"" ,., .'1 '
:~ ~~'~
,
':~'r •" I.'i~' :..,'.
..;}.t\:;:..,I.~',~,;
\"~1 ". l:.... ,.,.,.., ~:.
::("~,~~ ... m. ; õ!
"
'~ \:;1[·'ir{:'''J': >~~. I~,.~;',~· .;! 1~·
;d.~ "';1,
:< ~i5' ~~':: :.} ~,
<:.lU/:': ~.iT" r·l~~f!,t. '. -..,:~t L;:t .,'<"
'1"'7't; !lo:::',!«,:,' ~:;., li;€ ~~,::;;~:~~.~-;..~..,~ ~~ ~~....
'I{r:' I
',~~n:':;:L
"-....., i~i
f,I
".~
t,
ii
· ~'~;.~; :a:L'1~,., --------
:~i:"'~r .-.'.: i.i~!,'
"
B.'
\
Responde ~ Apelada:
A decisão de captar recursos foi da "economia inter
Responde ~ Apelada:
COMPANHIA HIORO EUTRICA DO sAo FRANCiSCO
insumos utilizados.
.,,:;.~.~
.. L '.';,'~'
Diz ~ Apelante que a escala movel de preços ·..:r~buti, >~t:
da nos contratos devem ser modificadas quando superadas, para ·-:'.;'·i~. ~.;i I .:~~::'
garantir o equi1f.brio do contrato e que a OTN e o IPc~l3ão in-:-d~1
dices inadequados para reajustar preços, pois segund9.J~1'1PÕe ~. '~~r .-, .t" '"
Lei 6.423, deve o reajuste espelhar a variação no preço dos ;7:51!~: " ";;..; 1- "i,~lk.i(1 ~. ... 1 . , .....,l''=':''
.' • .; 1:. )1,1\"'" ;:. ~"""":.'" ',. .,J' 1~1' r .o~~j"',$.~ r' ;'~'o~I;; k . """"~~'.':., !:,: !';'I~~lt ; . . '~r\t:;;.:
~ .~.; ~1~: ~_ ~ 'I:,:,,~t;... , lrji1!l!l' . '. ,., 'oi' '·'~"I
.. ;. , ; .i.: U1~~j~ t "o,; i:'j!f ;:-f~l;:As formulas matematicas contidas nos contratos CT'" :':~~i
• • J J; "':.u~ I y.' o',;''1frf
I-227.280 e CI-I-227. 281, cláusulas 55 e 57,· aS,seguram'1:exata- '''tij,).. '. ,'. ~_"j:q ~('1i-
mente os criterios pregados pela ..Apelante;. Se, Variaç?;~,~i' oc T: .~. ft~
reram nos v~rios insumos utilizadoS, no empreendimentC?.I1ã caE, .: f.,I'~.1
tados nas formulas expressas, as criticas devem ser di das\. ,<, ~
:::::>..... ~" '\
,..~·:".1;:~~;t:~
alegação de imprevisão e injustificável a quebra do principio, .. :~.
"spread".
(. !~';:. '-~ .. ! ..~.+::l.~.. I" :""',':'iJ;~,j-"l!l'_, """:'1'(:.r. ~~'r " ·t'( ~5:~ ~ ~~'!:I?;~f, '/ ':·:'!ôr", 'i'~~" : .-, , ,"
'al t~~l " .;1tx.
·.t.! ~..t': '~:'~I'. :~- 50 - .,,,.::-~~~:~.,I·~:4j
J"!' i':l~r. "''''. I' ..• ' li!i!\~; I" ;;'1'no Judiciário. ·;:'W. : ,.i'.
Diz ~ Apelante que a correçao monetária rep;:senta;- ~ ,Ji:., tt::l'I~ : l-
ria indice inJusto, porque os bancos' cobram correção; ~:juros e ':r::.. ;...:.:.. :;:~.,
'1 . f' ',~l:' '_,I·',"':'.; ';~ ,.-::: ", L;,t,'. ,. \ 'il''''I''''''j'I . ....<M'.1· ". "I." •.l.,~ . "~. I'" , ,,:.~""111; '?;, I <, ,I.",' ';~t7~.:!'.~ I 'lo1"'I;!1 " . , .. y·t,;:;' 3!:~~~'t :"'.S":\:-
, -: ',~~/~~~,+~; '''':~r .
.. - :;"'41i-'i;naU da Apelante. Ao empresario compete a opçao de in~estir ca ',. ~.;"
o .:., ,-, ... , _.".~ ':'~
. pi tal próprio ou' de terceiros. Capital próprio, diSpel1Sa: l'spre -.'}~!~, - I' :.'~" • t ~'~~'l ' - '1".1;~·1'
ad" e outras taxas bancárias. Obra do gênero-r~q~er'g~ande ca ,':;·~it."! :' ::'l~~ 7 ·...~·~:1~
: .~! 1 ',' ,~~.• '
pacidade financeira do emprei teiro, exigida no edi tat:#i ' ! . ;:::~r
Insuficiente ou nao a correção mo~et~ria (~~~uece ~. r~~t;. Apelante que a ela se agregavam juros morator~os). ~,;c::2mpensa·.;r~:- ."~ .~
çao financeira ajustada constituia clausula pena~ par.~41~ morai'~tt~~· ~,(.,
e suas consequências (suposto prejuizo), livremente ,re,~\~~pula~':::'i~.
da, em meio a desequilíbrio econômico e financeiro do:tpais.'·i;~~I ~,,,. r '~:fa
Vale ressal tar que essa cláusula adJeta foicdntrodu ';iI;1W,;_', Jt" - 'I';:;l~i'
zida, após a licitação, em SIDE LETTER, precisamente p~ra amoE'~~.. ::' .. !,(':\~::"
tecer os impactos das incertezas da epoca. Portanto,. i,~cabivel ..I'7~;_~ '.. ••.;.:.0-"
-":/.t: 'fn~;
."pac ta sun t servanda".I !
({rI '
,
I'"
',~,
'~!.
,,'
,'1" ,"j.. ," \:-'r· o,.~;. ,',o,
I
,i,i
,rj,[
',I"','
, \i
~, o:' ~ik:::""~i~
o.'i?!. "". l'~" ,f...•
. 'll'~ .
.:'~~i~:!, ,~, ,:::!~~..ti'·:r/,,'I:..:•. '- ;,' ,tjJr:"'
.: :t~",~,....~:.,':':!\ll "'I "~~'A
' j ,
.:'-~::.: ..·~ ... ~.,l \~ ., oI:i~ •
·i1. ;'."
~-
; .':i';h~::!~i~ ~"'W
"~r ': 3ti" c;.'t.;r. !r~~ JM
".~;, ,
•.••::.;..l .;q,~
"I'.,
I ;:(, :;iH $
':'1', ..;.':.~q, '.. ,.,~~
'~1~'
·~.r;,r. ::.......:t.BV
:' I'f, ~~"
~ r~;;, ,:- ':lO!.
<11;' "" nJJ"
, la:,i~,
"tlt;:1l~;' i;:; .1,1.l,n,;"'M:
Ú7if't~r11~""'1; (l'·• 1·L;.: l~~: •." ~~ ,
: J~~'.",h
-- ~:'lf1):-
~IÚ.,:!tl~ ,:~
·J~h:"':\)1'
·~f ~.,.
,
1t.,, a
,.:~, ,
;:i-,o ..,'::
1~
~,!I'"'
:(
:.. ,.:;
:~~.t:(. '.
·"Z~·:,~~J;1'
,:'..
" r
,.a-
"': i,t, '
I)',;;j
~'~1,;:;~ij;
.~ j:~~ J
:~~i.l,ll, '
'i' ~ i,,~ '~
. ,:;!~:; ,
.1,!
• •nele se travou,
; . ;;;:~Iresumidas :,$i,~l. . , ..
~~ .~\~t4!" , "".' \'i~ , P..;~
" ;'" ~
~~1.l:,;M."y ,
1 w'Ioj7 I.."11 i~. '. \
"d;o;..l, ~. ~
C O N f. 1= Q,,ê, Ã O
QUANTO AOS FATOS
IV
Do processo e de todo debate que
COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO
1\- "W "1
Os instrumentos contratuais CT-I-227,'280 e CT.'1'I-227,.:~,i
281-, de fls., tendo como objeto as obras civis ":da USi~~[hidre' ..~~i'".' "~:~ ... l -,o .~I~.'",.•
létrica, de Itaparica, no Estado de pernambuco,~,t:oram·'.f+rma ~ ;";~"
doe, apóe poroeeeo lioitstório. cujas condições e est,~p'~laçõ~s.:~'~;'§\, " . 1
eram do conhecimento prévio de todos os concorrentes, q,:i',
ve as cláusulas de' reajustamento ~e preços .':':!:,l~j;' ,;', ,~i;
A 11ci tação e contrataç.ão da obra ocorrer~'::~~o-' ';~1'~,q::))"
. "~! ...-:"'f: ~
'. z:,·~:,§ '~:~l,:,:'l
.' ~. .1-\:.,,'" '~. ',1,
112.
floram naturalmente as conclusões, adiante
e se confirma ~sentença.
110.
r "111.
.. ·.';,:>-.····1...' ......';1' .. "~';;l'I:
. "~.tif~}. ",:,,~• ;o,.
1,/ •
, .. ,'. 51 '·"Y',I,'\"IJ'- - . I~."• :,. ....., ~ " ;i', ~ ,f; : /". ';':;;'
" ~,Ur~1!.<::,;-s ,....".• < "~o ".~~ ., '~'; .' \:,I·.i : " ) ,. . ~... ~:t, '~;~H1 ~, ;"1: ,,~ ~',:" '~
~ '~. itr~1+"f,~ ~ i "\'-Sfi~1 'à metodologia de aferição da Fundação Getúlio Vargas;·~.insti - '~':~',
tuição de reconhecida tradição e independência!no lev;;:tamen~ . ~':;:l;:J:~. i • r~~~~'l
to de variações de preços e composição de indices, para .todos· .. 'ii~.~ :os setores da economia, notadamente no ramo da:.construção ci-. :lt:I
• •. ' ''', ,~'.~' :1
vil, devidamente publicados na revista "Conjuntura E:.l~~f~ica:" ""'.:vJ':. _ "'{ •••. : .... 1 '
Ó que seria uma injustiça para com aquela fundaçao. i.:-""'; " ;'.:!,!.','~'",'" "~h\'~:
.. - 'I
"" Quanto a modificaçao do contrato:t l\lo~.ente '~~,if!~Jlo~,:~;;
"s:i.vel. por mútuo consentimento ou motivado pela ocorrência de ~1:,"I" - ,,,..,..,. ,. '. V, IH
'" . ' ",' ',' ·:".~r1J1
. acontecimento extraordinario, imprevisto 9u i!'1P.revisi~~;L, que l. ;,u,.'_ :'.' ,,~ .,: ~1';~~ ;:~. _ <,~l
importasse em onerosidade da prestaçao de tal monta'r~que nao . ',;,\• ',o ,. " .:: ~.~\1 "; "i ~·tl
pudesse ser cumprid~ por uma das partes, .sem s~crifl~i?:l econô "~j;l' I.•
mico ou risco de ruina. Assim dizem os mestres: administrati - ' .."i:,~' 'l: Y:lfj .. ··.f,r '
• í' '.:, .• .1 J ,•• ~. '
v~stas e civilistas. !" ::,.;;tj. . 'IH,;!
Se prejulzos houve, foram devidament~: inden~.~rdoS' ,,;'.::1.na forma prevista no aditivo epistolar, convenção esta';'adota- )k
, ;, . " I ,". :.; ., ~I'I ~ " :1 •
pelas partes após a licitação, para resolvê-las. :.~;~·i "-..' '1! ~ ::' : I'
'" i~'· "",Mais uma vez, a Apelada e OBRIGADA/COMPELIDA I a con-;'.'~
! ~ :~'i..:,.~ I '~~.V2'~" J ,~,.,'~.
cluir que improcede a tese da Apelante. Improcede seu,' j)~dido,:'i~}i
fi '+~~. ':~;·!i7r~:.~
If da
r l'
li"
.c",
.J f',
.
, .
~ -.; :..
,..
,',-1-,
.
'::'-"'"i -,,~ ,,:.
:~'r'; ·li:", ,
.!.~·t- t·".,h;, K~'
\ld~;}{~~ ~:t::~~':':~ ,i,;;;
·::-;.~,·t·
:~ ~l~~:' t~t~'.;.;l, "
;";,t. ~~:'. rr,~ i.~;,!h>"LI \ ~ . r«
". .~ ! ~ l. ,. ,~ .
.>~ .1'"""":' . '.
I 'c.:j l:
I"~:.~;: C~F'o::·t m
, .;.;I,; .._
;,1::1: -:.....I ..T ~.'~,l:.i, t:.l~~l:!. "\'
'li\f~~-. ;,~~~.':
'-;~ "-o',,:~-:~.~ r /""":;~.' ~~'tIl
',' ".,'
~~t.):.'• ti :',~:'!I;'
····i·""!~l :: ... ,','~'.r , : l'"'~r~'.•. ·.'·~.ll ':r~',.
• '. 1\ ~ .r.,;,,,:.... j"t~~;;\~:'l~~).~::t::;~~ r',; ",1",-: ;~~".,. O;'I~~··"
~: t~.: ~::~~-: ~~~, ~.~.~." lT~~, ~'~~,',
" i~ ;.!~'i:.6,::.,',: --: C:'; f:r
"-'" l' ''T:~ J;~'.. ~ r:!: ~ ~.
'.,
;,'~ .,
:,..";~I,
~;.k,~,
•
~.
,,"I;'
~:
,~"
r·
l,~'c'r'\,
..
.:J .
it,~
';'
,
I .',,:,-/,
1\ 1--,,"·.. /: .. ~ "
ú~_ i
I
-.' i"; /: ;1:: i\,.~:.~-, "~:,~ :';:,;
. .' ,.:,. I,PEDIDO·AOQUANTO
a inexistência de
o pedido da Recorrente foi formulado para
Se a Apelante dirigiu-se ao
COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCISCO
também, sem o compromisso desta de
116.
nomia interna", sem Autorização
que a Usina 'de, ' ..;~:.. : i , I
,. ; ~ 'iItaparica era o unico empreendimento de vulto no paiS~jcargo
da Recorrente, naquela fase recessiva da economia brasileira.... ":pr~~ ....~~! í
captar recursos, visando assegurar
o rêz de moto próprio, ou, como
dos seus recursos produtivos (estrutura), vez
juros moratórios de 1% a.m.
115.
114.
I f,1.; ,
, il~"'\ l ' . ,:. 'I)... ,.', ~ ~'~'fI
" ,,' ~ .J'.'. , . , ',o .~ •.•,!'4 ~. .~..'. 'i': r _'..,':.... :~.
';-.l .•. . 'j''')'1 l, . '1' . ':'''.L ., ,•. , - ~ ~'~lIJ í ' ''i;'(;''.. " ' ""~~l i : '" • '<li'!',',,,·~~"'J';'9 '~ ~ ,~V f
. :';"~11 ' "\q.r; '": ,f 'lo l"~' ~~
1 .-"! - 52 - ", ~, 9 .;'~~~l,i . ,';Ti'!I' !~j,t l' • • ..,;... I
"',' "'I~: ,I' , ;": ,'~' ~", ",::,:,gj,. , . ~ .... "''.'l,,; .;,,'I' '-, ... :·!lJl ' I' r , ,,",{f ,"'
, ~. TI, ,.~ '. .:. ",~ i I.... '. .. ',. 1 'I : :,:- ',. ~::r.• ;ca de crise economica mundial, subsequente ao' 2 a choqul:l.' I dos. ";'::11
.. "-'~ I· ~ .( ..'preços do petroleo, com profundos reflexos na economi~\;;Frasi- . i.~:i!.i
leira, onde já se instalava processo acelerado ,de inf1.,~~ão,e~>,:E~1cassez de recursos no setor PÚ~l~CO e ni tido quadro ~eill!'~I~nce;r;;-:I;'f~~i~~j
" .. J;, f ,j .. ".,:.~.•~"., , , 'I •..~ ~~ J
tezas. . . :.,;. . ,·;·'·...11'1 J,' ''';'Í>~r '"," I ")~~!f, ""I':*~~:J
Portanto, a "alea" daqueles contrato~ estav~'~~~rrei\.:t;:".~ ;llí ,: i~:'1!l~(~} -j .; TT':-:'t~1 l"~" ~.,' ."! " ' ;..:, .l~ '~ ~ I: .' "( ri' ~tamente configurada. ;' ~ ,'. ;"f;J' ... P,T~~1'I' ·'r· " t'~l'_,l'i.., l' \ ·,..l,p~",_ ~.' " ;:1 I, r_I" ,:~'~,"" .'
113. Exatamente para neutralizar essa ~aleal,l, alk~~; da~>~12' !componentes de custo embutidas nos preços basicos da obra, pe . '~r j
, ~ "~i' ~,.~,:.~", :- -:, .':~:~ ~
lo risco do empreendimento, e da escala mÓ'fel ,!cujos r.~ajus 7" . 'TE :,I , ~,i.'\ -:' 1
tes se pautavam pela variação dos preços dos insumos utiliza- 'i~!:( '!," .~j ,lo,:.:.;" 'J; ,! ...I;l.~
dos. expressa nos indices apurados pela independente e.' concei · .•i·,... 'j -.1'
tuada Fundação, Getúlio ~argas: pactuou-se,. em' c:"o~venç~'qi adi ti ~~'#~: ,1
va, posterior a licitaçao, clausula penal pelo 'latraso,d~. ~-;-{./~~,. ilgamento, para indenizar os "prejuizos" da mora,.: consilij.~~ndo.n,a ,~.•~"
, ... -..-..:lo';'
correçao monetária plena da obrigação pecuniária, acrescida de:"5~S .• ~· .;.. . ,,~..~ .. ",,\1, I . . ': :•.., I i
'I ' , ~ .", 'l· :,' ,.'''.'';'; li '1.,~ ";'!:t"' I "
." 1 ' "!'.~' ~,l 'j 'Ir' ''''''~'' (I, '~l''':, 'J']f"~,~
Para evitar postergação da execução da obra;·'·que po n:f.:' :1I : ;100" - ~';"'ifr~ ,1
deria vir a ser imposta por parte da Administração, a,f'p~lan-:.. ,1~(( 1p'/",l<l./Ll'''1 :.. ~I':': ..
.. ... ,- ,,,~;,I 'JI,,~ :fte nela prosseguiu, no ri tOlO que convinha a ocupaçao ,t,J.: plena .:,~~; ':
'oi .:: ,;',~' ;.;.,~ 'j-~~:~'. :,
j:;f;\;.·; l'),~'-';~ "
..;.::: ', ,rd'.. '
''''l~~li I~'"='i~ ,
mercado financeiro para ~,:i'-; ~, .~'::,! ' ,~.;j-;;' ~,
sua estratégia empresarial, ,: ::.t', ',1.' , .. t~ " .:;~i:' '~
confessa por razões de I "eco- ,. :.::1, !, 'r'_ .... :'li' l, .,. ..\ ~ . _.- ~·~·;...I
ou Determinação da Ape,lada e ,. :,~!:: i"... ".,1,,;. '. ~ .'~ti ~
ressarcir· o~mus cia.qy.ela T ';';,;{ I; I : "i;."'" ~
suporte contratual pa~~.; aquei ,'ç;: !:,·'Jl. : ~';'i r~"!f"'j :! ' \.,1 )
~ ~. 4::'4' t!' . ,:,,},, ::,1'" • ,'".~ ~ i"" l .. " ..;.:~: ~;;j,;;,hr f!' fIH·~1 t«!'4:\"~;. ,}..·F i.. ·., ,,: ..:( J.. :.:-
~ , ~~"t'J :.'. ':-"~~'~ t,
i d~ "'".", ", I .'; ••';t ..'., . I"\" "'1 •
·":>1 :." ", ':'j
~, "" '1-:"':j. -, ..
,.~ ')"-.":;Iof',' .!>o.,.. ...,
'!.'
J.
,
I 'r :
'f
.:; 11'
·,;1
',. I';';.
I.
,--'"
,u,
,';
, :',','
;:; '..1 i;,..,',:
, ., :..... ~,;
, ..·,1 :
.1
" ~.I'·...,~'.:1 • "
Ali~~' 'l:~:,''''.~ l,."'! 11 ~;'\~.'
',' I:"~ li,~~ ;;;;:; "
::~ ( I,
i:; ti' I' captação. Dai,,,:. '';'',:~ 1
',i;:; iitf lIas 0lleraçoes.':I~ ~!.~1.;..!~ il"lJ.,-';' J~
f_' J'•• ;
,.' ~!
", 'I'.
': ~~ ~;~
, .i: :'J\:::, f I
:. :H~')':" I
.;~g't;~'HI ' í:'i:~::;' em'
., I.
{, '-.''," .", ,
t' ~;[i~ k:,. :- "",~ . ::~:
~ !0 ._. t!;~ :.),.., \.' ". I ..: " ~I ':--~ ',.:
'! 11.,' ~,
I' ii,''''~ ; .. ! :','
'\':i1 ~~"I" 'í'
i t~ .:,
,
i:'f
,i,•;,
·l,t\
•.,
i"~'~
_._--
"f'.."',,.,;\~~'."'"-..,
; t :~.
. ,"'..'(~;;,::
.. ~'~1'~'
.1,r.-,,",, :.1 ~ ,O'
",
,'; ..1 '
':'e,45 •. 'oI'1.'f" .
1· ,i ~:d;~ j
.;
'",""'.,...
1
:'1
7j';
.'
I ~ii\
,,
" !••
EEE parte daquela. +Porque o Dec. 63.140/73,
QUANTO À TESE DE DIREITO
CONFISSÃO - Em nenhum momento houve confiss-
A resposta é NÃO.
COMPANHIA HIDRO EL~TRICADO sAo FRANCISCO
PELA APELANTE-
tem V, vedam essa conduta.
118 •
disponibilidade de recursos
do C.C.).
item 11, bem assim o Dec. Lei 2.300/86, arts. 6'. 72
çao contratual expressa. pode ~ ~-contratante particular ha
ver da Administração, reembolso dos cus tos financeiros.:..§, ta-
~ ~ mercado, que teria suportado para prosseguir na execu
ção ~ contrato ~ realização ~~ pública. ~ face,~ não'•. rj
.ry~jart. 3 2 • i
117.
cia da pretensão.
lhor abrigado em pedido condenató~io.
;'i \~;~!~~ " .. " .;, .;;_:t'II~·4rl:jl~''i,:""", 'iV",.;~·.....,.... ~ ""/, ': " . "','" ",lo!' ",. ' • " ",e I .1
j ~:~]j .,:~ t~,·...;~~ ""11(-,\, .•. 'I' .. ,., "
·;101·' 53 .,.>"'Ü:1~i' -, ;~FÜ.; 1;";';1 ..."':;'~~;~ ~"\~~~~.. r i',,", "'r
:!~ r::~'i.,,'.';':~~"'I
DECLARAR ~ direito ~ ressarcimento completo ~ atualizado pe- .~:~..: li
~,a Apelada, ~ valores relativos ~ juros ~ encargos financei' .>~
r.!:2§. em que diz ter incorrido, em decorrência de, finan~~,~en - :.;.~. ~t·1\~·
tos da obra. ; ..,1I •.....
'I -
f'l Na Apelaçao. no - -------. --------~- -. ~--- ".--- -.- .j'
I 1 :jl~ .I • ":.1' ,-:: \
. cimento da diferença entre ~ valores ~ recebeu ~~ encar-I/: 'k.~.
". ~ /1'1,. j :-, • ~1.~1
.~ financeiros ~ aqueles vigentes ~ pagos por ~ ~;mercado.. ),"~
A redução é fruto de suas vacilações' que t~bém" se' .':~ll
refletem no tipo' de procedimento judicial escolhi~O' "~;~';efei~; ,"':~'~;:,;l~ meramente declaratório, quando o 6~posto'di~~ito :~.~~~riam~·:<1-~TI:~
, • , '. I ,,!. 1,..:., I 'i .. " . I .' -.•,..1: ,', ":1_,, I' :ti t :l1.m. 'o' ., ' • .1~.t''''
,',:';.: .~~:: : I ;t~i: . ,1 , ~~J;-:
Toda a insegurança revelada deriva da inco~'~istên ~I, • ·····itE'. .... -'I'" "'1 . .·0· "":,,, J;.' ~ ......." • ,.. 0 ",,-j..-,
, "I' .l'Jti:~" 1 ,."(,~,J.1,. ' .'.;l ~~' . r ':) •• ,.
'.' J {~;~;, ; 'i:O
].' "'. ,t.~..... ,~._',i' '.. ,1'" , ~.," -\"I" }',IIi • .•• I" ,~, ,. , ..,:\ ' , ".'.... . '-,.',.~-
.. ' • Llt;'••~ I ' ~'''''~
,t· ~~ :1::~1 I) ',~~re~':f 'i~~''''J ' t 7~
,,~~~ "o". ,_ •
\ ~íiú~l'" . ·;~"r.1
Diversamente do que defende a Apelante, a tes~1 de
direito a resolver consiste em saber ~, inexistindo disposi-.
.,
i'
:..;, ,
:,i.
I;~
"~::;:
li'
,,;1
,·1 '{
· ;(
!:
ri'
..
li•" .', t·.'
I r, .... ;'~l~ ;',.1 ~~~. ~., i.,;'O:I,ú\R!., ·'i"'!'.,:t:~,:J~;''Ir"~i:~l
"::;;,J7;:; õ:ft:, I:~lj. .
I: ·~·:,Çi."
"i~;:L~. rli l~,;)l
;i7t:: ~!(:.':i\~l'+r~';~:~. ~~,
, '~"'~t '.'.~ :;;t' ~.., ."':'" ;,~.
.-~ ~':- .i,
"· ,:~,'
;:. ~;f'", 11\ ':'.. I,')' o'
I' :::: ~~'.
l1; .; t~l ~l':·~. . .1 .. " ,'I '" '>' "'.' "'Ia; t~!'
, '~.l! ;' f'• I.!' _,I;:tl '_I
'+'1!i\·.f "• I,J;{ ~i·.. ~, \"I;.~, :.
li:/ -tI,: " ~
~ L'~l'~ k'.~ LI<J:o... "I,
í:," ..n """r,.li." i,,,'
} ~::;1 .\"~'",· '·il.! K ~'.:~I ,, o';<".
:~'l:.~':fL~\~,
"7!~;:J"
"~i~'~'m;;!'te.
'iiti C' F., """"11
;.~~'. '.'
:c=:=---L!'---- --',_._._ .... -
::.
'.
~, ',
:'.ir..f"••i
:'
t•
~o'
;';
l'
i
'o;.},."',:
• i
" ':'."
, .,., iti' +; ;ítii.J ,. .~ ". ~~' .-\ I '''~~ .',I' " ""11'1:.,:' .:'-'~~:'Ú
"\~'i· ,l,., •
. :..i~...·',:';
'~f;:{',!" I,: ~1"~~'
1;"". ,.
••' ;: I,
11,,~~;;"qlt~
:l:t~j)~., n'
, .~ .; \,; J
'_.,
. ;"
,ao que:defen
~'~,! -
de naturezapecu</ '~1s"1
.~ ;;~ l'" I ,
I
;,':'-; 54 :l;,:,i;d.. ,.Jl , '.J!;')~,~::: ,i,.
!~ff"*~iJl.'J.i1 ', "'I;-,~"
,<sentença: " ••. dcsacolho ~ segunda assertiva:~ Au
.~
financiamento" ~ re
IMPREVISÃO - descabia a alegação porque a
DÍVIDA DE VALOR E MORA - contrariamente
PRIDO" E DO PRINCíPIO
DA INOPONIBILIDADE DA
~ tipo dinheiro.
Em caso de mora,
COMPANHIA HIDRO EL~TRICA DO SÃO FRANCISCO
de a Apelante, ~ prestação do~ da obra e
niária,
122.
120.
119 •
tora ~ que ~ Ré teria determinado esse
reconhece a
ponsabil1ze
~ e'mpresa" •
brigaçào contratual ~ de qualquer
I .~7 L • '"' ,
", ..,,5I.~:;':.~ .1.11
cursos de mercado e ~ se comprometera ~ ressarcir estes ~ ;';':;i?1
~._~ ~ vez. não há provas ~,autos ~ autorizem'~lesta;. ~:~:~lilaçao. outra~, ainda pelo contrario, ~. Re negou es,sei~-iP:,;~.I: .
promisso"; ~ ~.~ ressal ta da prova ç1ocum~,ntaljun:tja,~~pe- ;}':,:"~:.la, recorrente: I •••A CHESF entende que não há ~ ~ parte ~- :,: /:J:':>, ~":r: ~'r' ' ,,> 1 N';~ .•
outra natureza que,; a,,:res.. ,_ ';"1"'''''~ ~n~~!'f'1 '!fd ·.,1,'~/k;_,
por tal ressarcimento, prática jamais adota'da' :na'· ,~~l;~-- .... _..-. - .. ' ....."·~II:'. ...~~~I-!' ~,.,: ',,'. ,,·~,t.H ....·::;:;~,; ~t;! :~f~: "f: 2~ ,~üH
"1 "i :'II.l_I~ L, l- T ',~,~'"• .,'"It j , I I, ,., ,ilt~:';;
"EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO, CUM- :~,;,', ".;i;i' .. ", :.,;:~.
DA CONTINUIDADE DE OBAAiPÚBLI '. ·-,Er,:. .CA - como impedimento para a revisão' ou res~it~~o do i,' .'~:~f.
contrato· - o argumento é improcedente, porque toda a d8.~frina!:.SJt
e a jurisprudência admitem a rescisão nas circunstânc:l.a,~,!ale-~t'··, ''V::f '.',L;?;1l,
acordo entre as parte"s,l".l deci, ',::;~!",. ':".,'1.:,:0:'
Tambem a lei (art. 68"do Dec. :!'.).(,, .' i "lIil . I .:. ",;OI
;/ r"'~q ':Q~,~::4t '~;'~~:
"'.;I' 'SI-'"'.1, -i .. ~\l~:, "l •• ..;; ...
,i· .•...-:.~, ..
.O':;>:']J!' •: ..~!~::;-,• "'V.. ,.A." •, ,....,0(.
incide o comando do art. 1 ~q,ql do Y:;~:J. ;' ~'l ~ Wi,.J"'I
C. Civil. No caso, se convenc ionara, livremente •. cláusula i pe-' . '!;tt;. : '~.~~\ J '-~:{:;';~
nal, em Aditivo epistolar, definindo as indenizações lpara OS,(~j, ~r~~ ~ ,<%~~.
"prejuízos" alegados: correção mone tária plena El juros'de, mo- " .,;~;',- ,,;';i~~'" , .' ..~.'
ra de 1% ao mês. Nada mais é devido, a qualquer ltitulo~~'r:; ::: .:i~ !~~ ~,~ < 'í;::~' ~.
121. EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO DO C.ONTRATp;~: ~ ~l1..~~",'qui1ibrio do contrato nunca esteve ame8;çado porque prévia ~;~:: .,;'''~'.
cláusula de reajustamento contemplava ~ elevação dos preços -i; ~M~~ insumos utilizados ~ empreendimento. pelos' ~nd1ce~:;.lileto-i: .'~,'Iriais apurados pela insuspeita FU~dação Getúlio'Vargas:~~~~1~~.
, I 1;.,:-. ~ '."."'''''' ij,..• '<':.~ ,
:':. :'1 '·,t. :,:.i·~
/~,'l'\!':>.r / .; ~dí
'.\ ~!:,~
" ~:' t.:;J'· :"', '1,.\; .
gadas (atraso de pagamento), porJ
I ~'são judicial ~ de pleno direito.
Lei 2.300/86).
""'.."',., ~'"
";
t,
I .~
"i 't;',.:, '~,
:1·.•.~~Ir:1i:: .rl ,
'I,
~dl';~.,,~t.,
~r
,'."":a.; '~;.,
i'~;:,I.,'" ,.\
~(~-: ':.::, :. ,.. ;...... i
.~,;tI'I1'•. ~,~, ..~
I: >ti "i~1;i1
'~ 11}j"'~'~:~~~ ;;.\:!
u.; '!
.~;l
;\;.,: \::~t ,t,
.,.~.
••~ ·1"..,. .';:,:
. : i.
"·.":; t·
;;1: ~ ·i.~:;
:~
;;
i;~
.':;~~'.. :~: .~:1~~~':r'í:'H'A~ .· ~ •.1 '.
llo" ;,.'. ,oi ...:' :~L~r..,"~:';'I i.;;:-:· ,..:,•. ~oJ,
~;'~:!
::I..j"
i1 ir'::Y1 ".
·1 !':! :i:·~ I 'li I:','~ ·Ir.; ~. ,~'~~ ,(:,
,,::"t 1'i"~~' .'í 'ri ': ,," l' ".". . !'~;~'"
CC 'fl' ~'i,, '. ~ .. ~,...
·r, ~" ,"~...~\ (.:~~,
~ :t~~~ :/"J. ~r:~ ...~...
._ L 'I;.": ~~ ~."::::i;~;·l,,..
~ ~l ~\,;( ...,....,.'"\ I ,;~: ; ...1,,·. :; --:;~'2:,:;
·1 t,~ i~',~ ..... ,,<.;;: ,." ,
::1;~
~.
L'
~, .
~~:~":~~~~~
"',",.",.
::&~,.(~.li':f1}
,::- I>'...~.j:
2ífl'!l'
:;:,::~·r·:."','" .
'.... ~"'r1.'" '.1 ,"o
"~:"I""f: e.~I, : .l~ ::1''?,>' •.,
t ":}_~';~,', ..:1~1
ao
55 -:
.. ,
~ "~;': ':;7';I' ~"l'
i ':f-i~~'t~.:_1.,:.;1. . '.
~n~~_,c~:-:';;"., I.r.", ,~ ,:1 .....: 11~1 ~": t. \ ;"'F·
~~d~~i !"iJ,
-'
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA
COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCISCO
tendo-se
124.
em data posterior à licitação.
123.
~.~~.j,'
. ~·.11, ~:~',!;~:
',in!
·;1!····~·:1...''''~i .p
FI;·~~.-~··1
da APelant~ não foi. excessi vamente onerada E2E. ac~nte~~.~en:o .... ·i;.Jex traordinario, !!.' pon to ~ provocar S? ~ sacrifici0 economi' .;"';Ít?l<.~
,. .t:~'i. '?7~co ou ameaça-la de ruina. " 'Wi:iti /. ""'~~- - A "alea" do contrato foi perfei tamente consld~rada :.. <J~*,~~:.
I· ','>/'O',"" ...~ 'I' .~ ~"• • " ,.'. j,' l' "':.}-
no ~enário de difi~uldades econ~micas e inflação aI ta\.'~.~ntem~;<';~~..,~.~.poraneo da lici taçao e celebraçao dos instrumentos cO.~1;r.atuai,s•.f;~
r' " '1f! ~'I ; ':~"W'·A escassez de recursos que gerava a incertet~jquan~;, ~:.r;;,;'
;, . ".~,.j.
to à regularidade dos pagamentos estava protegida por··cláusu-. ., t:I ; ~., ··t·, í -:'~~;o'
. "~
la penal adjeta,' estipulada de comum acordo entre as partes ;' ""~&",",",. I ".~'-.,,' '·"'l,·..jj,·l ; , , .,.~
. I ' 'I ~ ,.:•.,'t'...~ , '. ·.'i'.. '... I ~;.q:;:;'~ f\ .,. ,',ü":':
;;'.~ I~ .~~ i ';;i,it.nenhuma vantagem: a,Apela ," ~ ','
.' , :.. "-~! --:' '. ;,~~,
da extraiu sem causa justificativa. Cumpriu-se o contrato man :"::~;"..~lr~~~ - ."'!""'
, '-1<,l~1principio de que faz "lex inter partes" .;,,;". .., ';:;;iQUANTO À JURISPRUDÊNCIA - os arestos !trazid9~~à co~
, .lação pela apelante podem até ser ilustrativos das teor1asque
. .' ~""l :
defende, e consideradas em tese; não na hipótese dos'au'l;os,cu.' " :!l!~ -_ • k_1
jos fatos nao guardam paralelismo ou identidade, com os~; que1['1 'I
servem de suporte àqueles arestos. Inserviveis ,porta~~~i.. " tJ'proposi to da Recorrente. ,. -''',1'
"11': t
1°...)"1
,.
.,":
'.~., .
,'i ~.,."U
:;i::ir'
1.
li;["f'"
..=\
:f.l~c~FI', m',~~:' :
.. ~i'"
:1:: ~
-; ~j'.,: ;i: .
. "
·\';;:'ff·I ~r •",il' ;,
:!~('A-
il~'i,'í\!{
· .:~r~:~(I ·';l ',. '. '-.• ",.,1 ,Jr'} !~1 •u~':.'.~~ i~ p" ..~ 1~~ [.~ :.~,; ~i'~1 f-':-
· ., ~." ,.______ "t 1.-."l r'."
.~1 r
.;, "~-~
\ ~. ",.,. '.::4 .'. \tI'· ....;,, •• ~ , 1
,~
~ '.:~fr.1
,,,~.
.:,i·.,I.
1.-,.,j''1'· .: I''I~
_:,~:l~:"I'·'I'. ,",J:', ........
j.",.. ,! ',)
1.-':"!.~.
: 1i~~
'0~ :1:,t:~ """ ~ ,'.~ ,;'
" f ~,"".,
,'r,':~.J.
"J.\'C'., -•
. "':.
125. A SENTENÇA - a sentença merece ser mantida por esse.• ;,4~'
Egrégio Tribunal, em toda a sua inteireza, confirmandoJa im,';~: I
procedência da ação e condenação nos ônus da sucumbênc1a, por... 1;, -
que captou com precisão os pontos controvertidos da causa, de""':'~'I -:I 'ti
cidindo-os de acordo com a prova dos autos, conforme o ,~ire1-i" ~:1.t.. ~
• .~. • '4,~ ..to e com Justiça. ,~;, ~,.;.lI';.,.1 ~ i-II';o;
Ali ficou consignado: "Não merece guarida !!,at'irma-
f 1'Ção da Autora de que fora compelida/obrigada ~ financ.:a~ ~ E,-!
bra"; "desacolho' a segunda assertiva da. Autora de que ~~'. Ré ~'
m determinado~ financiamento, .~ recursos ~ mercado =.'". ",4 "
que ~ comprometera ~ ressarcir estes custos". E., .ainda;j "Te-
~,' então, havido imprevisão da 1utora ~ relação à t'lutu7
çao ~ taxas do mercado financeiro, quando ~ assinatur)
.j ~
_. ,
;~;t:
;-'~1(,,;.'...~i'~:'1
'1',?;/;....... '
..~':'~~.~'.....~>Joo,.
'f;'.'~. !" '.':"~'l'• _o:
:,..:;~~~:\:_~f
i"*~1:';~~t.,-' ~~~~
'I';"
,~.f':..;.1". ~. ~
• ,Co,;."".:~'~ .•..~~"]
{""'-:
li':'~~
.i.l'I~-,.~
~: ~
';..-';,'. ~• ,"'I,;,. ;;
que esse Colendo C~~egiado.l ... ·' :.
faça justiça,,90nfir --I ••
contrato? entendo ainda maIs ~~~ não",
i II
· ,;.~.
I,!,iI
". ~ ~~.t:'::!>~
'~:I'.' ."~~
.~:j,"~',-J' ,
,.)Í
,.,"~."f .-. :. ,I,:,,,,J.~
, ",;"'(<,)0':1.
N)
'""'1 , "-'f" }~ ':1
" .';'10<
\". "~;)
.·,;t~·.1 .. '-';..... ": ':)4,; , ;,. 4',../
.",..,.!..!"~!,~
r ";'1
)!!I., ._lr~~
t:: ~::~:'1;t
r T;·j, ' .. ',;' ~I- ; "'~'-'4,.,' ~.~'~
~. '.' ..1;"'~,1i'" " 'o".lf.:.·I" ,.::~,
' .. 1', ~l~'i;I , ':,'j"",'
!:,:,I~1,. '... ;~.j •. ';", ,':r.~
:, '; j,l;~,;
l:: ;:ij..~".1~;~ ,~.:I' .. ",••"'.
f'....'~":~''oi."' ,),f 'r·..·~~r~ .-
I""","'; ~ .. ,
-'-'W<~~"~7'~,
4;i~) .~.~/": ~~ ..~!:~, ",jo~""':"1!!l:r 'fl:,.~
I • <.:' ,el.)1
'~'Il....::-1i. ,;~..',"'"., '~
.. ·.~r'"),h
,-~
<·!'Ir,,~ .
; ','"I~ e".~' i;í~'"~ i.,ritI;·';"~·Z.
,~I~~r·:,~. L ;~-;; i
f · '".,,... ..'" "li't," '.'1; ".' ', I,.,
I~...;à~jI.,",ZI;l$' I~ '.'-'':';1(.';:;. 'L;"'"'!'il:'I ~-':":~'", I•.•.,.,_ l
L *,0' ,.;. '
~- ,..~',.". :" .•..;-!.':.~' ",., ." Ir·•.:,,,,,,,.,.. ),
,"r .. '<.' '.1,"'··,;"~'" ,-~,:~. 'l\'•.•.,.., ...... I
: ,'~'~~'1 .~ I
1}~ ',:~.~:_,t' """~~"
.... 'i .
,I~·t '~fl";;.·~j ~ !~'~ll, ,,~
~~ "~:'~~;,,',.1".' •
., I
i:, .! .
!.., I':í;
f':
li ~;;'1
J~-.n
~: 1 :~'
....'. :1';:'i lfrl
p..d,/ ~,,,f,'
;:'~~'r:• ~j ~1.1t·it. ~ ~ ,;f'~·~')~;~ ;
\ Ir'!- ~ ,
"":$'i lrt' ,- .:L·~;.:I ,.n _,J;.~-, .;
L. Ifl.'r. ,,. ...., .'.~ '~.'i:~TJ;·f. "
'~'" ;~'J~ •
i.,.: ~ ',"'>.1 •
~i~:i-,'~"' 'I
; '~: ~ ;':'~. j(i~:: ~'., ..,.,'1, .~ ~~ ~,
{;~I~! :tJ, ."~ ;r:~
...,....~f~~
.~ ~ .~. '
:t:i· ".... ":".
:, '~I"~~ " :~' I
t:; .;;"':":';:',,:,r;,f .:!~~~\;.~ ;~; ,1"~, "o,tif).:i-!,'",...t:~ 'ij--
"'I'" '.~ .';~,~I' ,""r·\o ',... ,,,.-, .~\~...,....t~· .~lA! ".; .. .'.;:~1erl ",ip,;·· j
~~r;",":l.;tv i''t.:t:' :.~,,,,,,,
;... ,ll.,."".'<'7"i" ''~t"l;'l~' ,.~1~;-"~A~~L:. '/\~- .',.
'.(j;t;t :.-../1""1 -i,
;~'~ .i:J·;;t i;:
~ 'l:~;~: \ I
'~'I'!rJ_ 56"~:~
~:~i:;:r) :.,
fundamentos.; ,I '
'4 ~ ;':>1 ~
1; ,.'·.... ··1 I''1 •
, ;~.~~,;~ ~
""', I~j; • I•, •.1. I' I• Ir,,!' ~
,~.
,,.
~ ':'\
.'t;
,.( ;,
.'
,!
I .
o,;, ','l'" 'I'{- ~ ~ "
OAB-2444
~~ f···
•
19J19
por seus próprios/e judiciosos
Reitera pois a Apelada,
,.:
AC/LCAA/asm.-
mando a sentença.
honrando suas tradições, mais uma vez,
I '
/,(f·
@ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO
:, :!.n~, I .
!~ ; I
: :.r,~'.~
"
" ....! (~;
;:Ir!'!'... ;.~Ij ~ ,Ir'.
-::'1[;:~J: I~
,:i ~i~;1,,··I:lJ,.
~1.,.,
~l~1!""':':! 1~,l '
~1Q~';g...-~ It" ".~"!t:;!
\U~
"It"
..i;, .' ~ I.'
;t':'f'j,, ' ....~. ~I~.
;t;. 1 !I:I:'~l' ,~ti~Ji.::~ ....,.\' li:. ; "":.~~,,,,:
. ," .!t'=", ..':,~, ."'f) ""lal~
1.. '·1-'"• ,:, ~li.i.r.· I':
t "~~
ft. . : ~t:t.. \., ~.
" :1'''.~. ., 1.1'fi ,~,,~~,
1~f1;1~ ~r ~'l
l: ' :.: ,$I ,,~".~ ~. ~ ~ :~:.~., ......~i;: \fu
';. "'.':":'(" ',:",
f,. ,1.~" :',';;-
;I.+-;; ~: >,:-
Iof I'·"I; ::g."; ! ;!l\'; -: • r:·,l
I,..' " I;f .: '.p.. ' .1~ - , ; ~;.
I' 4 ~" ~~
'l~, .; .I.:
rt,'"I4:f,t·.t,~~
,!
It'···~ .i ....-
. ,~.;.':";'~ ."";'., ' ... ,
• "o""':::J:,:~, ' :', "'.;:
.: ~'I
... :
·':'.:;:,· ~, '.~; 1,'''I<~' I
Recommended