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COMPANHIA HIDRO ELHRICA DO SÃO FRANCISCO Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 4 i Vara Clvel da Comarca do Recife - Pernambuco. -, (>' .' l I R 1 0\' . \ .-r '." ,{ ,t r.l"( ,,'.:"iJ,,',{:I· .. ' l, <JI(:.. •.. o' . \ ",,,',,! (-.\" '/ 1:::"-' ,,)., , " -.[ '\' ..,-., / A COMPANHIA HIDnO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO-CHESF, ja qualificada nos autos da Ação Declaratória 0018806131/ 7, proposta pela CONSTRUTORA MENDES JUNIOR S/A, intimada pa- rn ofel'ecer contra-razões i, Apelação interposta pela Autor'a, vem, ternpes ti varnen te, por seus advogados infra-assinados, a- pl'cscntn-léls, o que faz conf'orme petição anexa, requerendo a sua juntada aos Autos, para posterior apreciação pelo Egrégio TI'ibunal de Justiça do Estado de Pernambuco. Nestes termos Pede deferilnento . . / Hecife, 15 de 114io de 1989 ri[:"lfL"A""r - OJ\8-2444

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~5IosI6'1

~ COMPANHIA HIDRO ELHRICA DO SÃO FRANCISCO

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 4 i Vara Clvel da Comarca do

Recife - Pernambuco. -, ~(>' .'/~.O~~W0l ~;~s::~~·\·~. IR1~~ 0\' .

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/

~,

A COMPANHIA HIDnO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO-CHESF,

ja qualificada nos autos da Ação Declaratória n~ 0018806131/

7, proposta pela CONSTRUTORA MENDES JUNIOR S/A, intimada pa­

rn ofel'ecer contra-razões i, Apelação interposta pela Autor'a,

vem, ternpes t i varnen te, por seus advogados infra-assinados, a­

pl'cscntn-léls, o que faz conf'orme petição anexa, requerendo a

sua juntada aos Autos, para posterior apreciação pelo Egrégio

TI'ibunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

Nestes termos

Pede deferilnento .

./

Hecife, 15 de 114io de 1989

4~t;k.{~/()LVES

ri[:"lfL"A""r

- OJ\8-2444

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~ COMPANHIA HIDRO ElETRICA DO SÃO FRANCISCO

PROC. n 2 0018806131-7

APELANTE: CONSTRUTOHA MENDI';S JUNIOR S/A

APELADA: COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO-CHESF

(

C O N T H A - /l A Z Õ E S

D A A P E L A D A

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco:

A COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO-CHESF ,

já qualificada, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA n 2 0018806131­

7, proposta por CONSTRUTOHA MENDES JUNIOR S/A, vem, mui res ­

peitosamente, oferecer CONTRA-RAZÕES ~ Apelaçio interposta p~

la Autora, consubstanciadas nos fatos e fundamentos adiante

expostos, reiterando, como parte integrante, toda a argument~

çio expendida na contestaçio e na impugnaçio ~ tréplica.

I - A MATtRIA VENCIDA OU PIIECLUSA

2. Preliminarmente, é preciso escoimar deste caso as

matérias que precluiram ou restaram vencidas no curso do pro-

cesso.

A - QUANTO ~ PHELIMINAR "PÓS-MÉIUTO" DE NULIDADE DA

SENTENÇA - iLC11I XIII das razões da Apelante,

fls. 403/407.-- ----

3. Merece rejeitada a PRELIMINAR de nulidade da se?~ça, CUJA arguiçio, pela Apelants, sucedeu à discussão do!MÉRI

TO, no item XIII do recurso, na forma adiante comentada

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~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO, I

- 02 -

4 . Ao tecer consldcrnç;es em torno da sentença, consl-

derando-a contraditória em seus f'undamentos, argumenta a Ape-

lante, às fls. 405, em razno do julgamento antecipado da lide:

"84.6 - ... Como ~e vê, há uma questão de fato

controvertida, que é o ter a Autora sido, ou

não,compelida/obrigada a financiar a obra com

recursos próprios captados no mercado finance!

1'0. A exislência dessa compulsã%bri8;ação é a

firmada pela autora e nagada pela sentença".

Às fls. 406, prossegue:

"84.9 - ... EIJlbora ~ autora considere esta que.:.

tão sem importância para ~ desfecho da causa a

seu favor, à vista dos fatos e razões de direi

to já invocados, a verdade é que a sentençaco~

siderou esta questão como uma das três questões

.1

controvertidas e importantes e, em assim consi

derando, deveria ter remetido o processo à fa­

se de audiência, para que a Autora apresentas­

se as provas que desejasse". (grifou-se).

Logo em seguida, ar'remata:

"84.10 - Não o fazendo, a sentença cerceou o d!,

reito da Aulora à prova e ficou eivada de nuIi

'1ii:;'i!

'I

argumentos da Apelante.

~uestão não têm importância para o desfecho da causa em

lada aos doutos patronos ~-adversus, resulta claro, porém,na

hipótese sub judice, que, em verdade, contraditórios são os

1<"i,!~

-se) .

•Senão, veja-se: de um lado, afirma que os fatos

Nada obstante o profundo respeito que devota a Ape-5.

dade, porque não ~~ de julgamento anteci

pado da lide, ~ ~ que havia necessidade de

prova ~ ~ produzida ~ audiência". (grifou -

_._-

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~ COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO SAO FRANCiSCO - 03 -

favor, e, do outro, entende que o julgamento antecipado da li

de cerceia seu direito de pI'oduzir provas em audiincia. '0

6. En tretan to, exa tamente porque ltle convinha o julga-

~

~ento antecipado da lide, como ~~ualmente era de sua conveni-

incia dar prosseguimento ~ obra contratada, como ser~ demons­

trado oportuno tempore, assim se manifestou ~s fls. 303 dos a!:!

tos, ao dizer sobre a CONTESTAÇÃO da Ri:

"31 - COIIGlu("'atldo, por úl timo. ~ !: prescn Le

demanda envolve exclusivamente matéria de di­

reito, l'cquel' ~ Autora ~ y.Exa. ~ Julgamento ­

antecipado da lide, ~ termos ~ art. 330, do

CPC". (fls. 303 dos autos - grifou-se).l.~

i

7. Entio, como 6e adlnitir que, de um lado, tenha a Ap~

lante requerido o julgamento antecipado da lide, por entender

que a delnanda envolve matiria exclusivamente de direito e, do

outro, com O desfecho da causa, em sentença desfavor~vel, ar­

guir no recurso, necessidade de prova, em audiência?

Essas contradições traduzem a insegurança da Apela~

te quanto ao suposto direito que invoca, ou desejo em confun­

dir o Colegiado, que h~ de repelir' a nulidade arguida, na me­

dida CIII que o Julgamcnto alltecipado da lide, atendendo ~~­

pressamente requerido por' cla própria, obedeceu às disposições

legais que disciplinam a matéria.

i!

8. Mas, ainda que a Apelante nio tivesse requerido o

"

julgamento antecipado da lide, por sua própria iniciativa si­

lenciou, quando o douto ~ quo assim se manifestou na parte f!

nal do despacho interloclltório(fls.345) ,publicado no Di~rio do

Poder Judici~rio de 09 de setembro de 1988, ao decidir sobre

a incompetência ratione personae suscitada pela Ri, ora Apel~

da:

Indo, como vo~, JULGAR antecipadamente

1 ide, DETEllMINO que os au tos baixem ao Con Va -

dor. E, contados e preparados, voltem-me ~ara

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,.~ COMPANHIA HIORO EleTR/CA DO sAo FRANCISCO

i· ..··, :

- 04 -

decisão. PnlJli'lue-se e Intime-se. Recife, 30/

8/88. a) Eloy d'Almeida Lins. Juiz de Direito.

Grifos originais.

9. Entã9, se o julgamento antecipado da lide cerceava

~ Apelante o direito i produçio de provas e, assim, eivaria ar ,

sentença de nulidade, caber-lhe-ia, usando da faculdade do

art. 522, parágrafo primeiro do Código de Processo Civil, ~I'. _-

qucstionD.1' .e: materia, mediante agravo retido, que seria entao

apreciado em preliminar, quando 'do julgamento da Apelaçio, por

essa Egl'igia Corte.

Nio o fazendo, ilnpede ao Tribunal conheci-la, por-

que preclusa.

10. Dessa forma, se a própria Apelante reconhece irrele

vante para o desfecho da causa em seu favor, questio que ela

suscita, nio se há de falar em nulidade da sentença, quando,

alim de requerer o julgamento antecipado da lide, manteve-se

silente diante da afirmativa do Magistrado de que assim pro-

cederia e, contribuiu, ~ qualquer ressalva ~ recurso para

aquel e desfecho, que lhe convinha, medi ante efetivação do pr~

paro, conforme determinou o despacho.

.,

, .11. Contudo, admitindo-se mais uma vez para argumentar,

fossem rejeitados os argumentos acima, tenha-se que o julga ­

mento antecipado da lide, alirn de haver resultado de expressa

manifestação da autora, levou em conta sua omissão em' reque­

rer as provas com que demonstraria a verdade dos fatos alega­

dos, nos tennos do art. 282/VI do Código de Processo Civil,l!

mitando-se ao seu protesto gcnirico, como se depreende do i­

tem 135 da inicial:

"135 - Protesta pela produção de todas as pro­

vas em direito admitidas".

12. A Doutrina e a Jurispfudência, ao interpretar7',1

tiria, entendem não ser bastante protestar, de forma ge

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~~ COMPANHIA HIORO ELETRICA DO sAo FRANCISCO - 05 -

j

.,

como o fez a Apelante, por todas as provas em direito admiti­

das; impõe-se seu requerimen Lo, p3.ra que se atenda ao manda -,

"

11

,

I

mento legal.

O saudoso PONTES DE MIRANDA deixou, a respeito,o s~,"

guinte magistério, in "Comentários ao Código de Processo Ci-

vil", Ed. Forense, Tomo IV, 1974, pág. 22:

"MEIOS DE Pf10V1\ - o requisi to de que fala o art.

282, VI, é o da indicaçio dos meios de prova.

Nio se trata de indicar a prova que se vai pr~

duzir in concreto, e sim a espécie de prova

prova documental, testemunhal, ou por depoime~

to da parte, pericia, etc. No entanto, o juizo,

para a instrução do processo, pode ordenar as

diligências que lhe pareçam necessárias (art.

130). Quan to " prova documen tal, art. 283. In­

dicação dos meios de prova e a proposição de­

les, proposiç~o que tem de ser ex~ninada desde

logo em sua adlnissibilidade e idoneidade. Não

basta protest::u' por todo gênero de prova". Gri

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fou-se.

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CrOlári

•dos.

A indicação dos meios de prova é um

WELLINGTON MOf1EIR1\ l'lMENTEL leva em tal conta o dis13 •

positivo legal em análise, que identifica a indicaçio das pr~

vas como um dever de lealdade processual imposto no art. 14

do Código de Processo Civil, conforme o seguinte entendimento:

"A lei refere-se às provas com que o autor pr~

tende demonstrar a verdade dos fatos alegados.

Entenda-se os meios de prova, cuja indicação é

de ser feita pela especificação da espécie pro

batória. Assim, prova testemunhal, ou documen­

tal, ou pericial. Qualquer ou quaisquer dos

meios legais, bem como dos moralmente admit

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~~ COMPANHIA HIDRO ELI:TRICA DO SÃO FRANCISCO - 06 -

do dever de lealdade processual imposto. expre~.

samente, no art. 14. Quem ingressa em juizo.c~

, '

mo autor, réu, ou qualquer forma de interven ­

ção, deve agir ~om probidade e com esta não se

coaduna a atitude de litigante que omite inte~

cionalmen te os meios de prova de que dispõe" .•

("Comentár10s ao Código de Prooesso Civil", Ed.

Revista dos Tribunais, vol. 111. 1975,pág.157).

."t.~~~:~ , ;":

r'

lante cOlno improba ou processualmente desonesta. O texto invo

cado serve tão-só para ressaltar que a indicação das provas

consiste em um mandamento legal imposto ao Autor, para permi­

tir a outra parte conhecê-las, preparando-se assim, adequada­

mente, na produção de sua defesa.

A indicação genérica, ao tolher esse prévio conheci

mento, induz ao julgamento antecipado da lide, como fez o dou

to a quo, acompanhando a Jurisprudência:

"JULGAMENTO ANTECIPADO - DESPEJO - PROVAS NÃO

REQUERIDAS - DESNECESSIDADE DE AUDI~NCIA - CER

14. Considere-se, na oportunidade, que não se tem a Ap~,

"jI'

·f~, ~~~l

j'

,:!>;.:nr;.

.. -!!. .~j

r.•"•1

I.

1:,;,

Preclusio. Qunrldo n;o atacadas por oportuno a_

gravo, as decisões atinentes à condução do pr~

cesso preclucln. Julg~nento antecipado da lide.

Não sendo requerida ~ produção de provas

,-

CEAMENTO DE DEFESA. I '~ .. '

que

I,"~~

I­""~"~

tornem neccssária ~ realização da audiência de

instrução ~ julgamento, não constitui cercea -

"mento de defesa ~ julgamento antecipado ~ ,!!-

d

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(Ap. Cível 11.780 - j. 28.6.76 TARS, in"Juri~ iprudência Brasileira", Ed. Juruá, 1982, pág.· 1143 - grifou-se). :

( ,

•A - QUANTO AOS EFEITOS DA AÇÃO DECLARATÓRIA

i

'1'.

15 . Mesmo sem querer dor curso à controvérsia.,,

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~® COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO ,,;,' -, 07 -

"

\"

~

~.

ria sobre a tese da inadmissibilidade da açao declaratória,

quando já seja possivel o exercicio da ação condenatória (po­

sição sustentada pela Escoia Alemã, em homenagem ao principio

da economia processual, também.r;lefendida entre nós, com novos

fundamentos, por MACHADO GUIMARÃES, citado na sentença, G. ES

TELITA HEROTILDES S. LIMA), a verdade ~ que a tese contrária

adotada em nosso CPC vigcllte (art. 4~, parágrafo ~nico), eSP2

snda pelo autor de Ante-projeto, Prof. ALFREDO BUZAID, de que

tamb~m foram corifeus JORGE AMERICANO, TORQUATO CASTRO, LIEB­

MAN, LOPES DA COSTA e BATISTA MARTINS, foi admitida pela sen­

tença, na moldura das lições desses mestres e,tão-somente, p~

ra, verbi.s. " ... no que ~ possivel, espancar de dúvidas ~ ~

rar incertezas, ~ que tange ao pedido deduzido em juizo".

(fls. 362).

16. vê-se. claramente, que a admissibilidade da declar~

tória conformou-se aos estritos termos e limites do Art. 4~ ,

inciso r, do CPC, cujo comando autoriza a ação, esgotando, no

entanto. seu efeito à lIlera declaração "da existência ou ine

xistência da relação juridi.ca", despida de atributo executó ­

rio, porque carente de condenação.

17. Conquanto tenha também se batido pela inaclmissibili

dade da declaratória, quando exercitável a condenatória, CEL­

SO AGllICOLA BARBI, em not~vcl rnonografia, rende-se i imperat!

vidade do dispositivo introduzido no CPC de 1973, não sem re­

conhecer os efeitos limitados da ação declaratória:

"A sentença declaratória, pela própria nature­

za do seu fi 111 , não pode ~ executada. Seu fim,

é restabelecer o direito objetivo ferido pel

incerteza; com a declaração refaz-se a ordem j

ridica. Nada mais precisa a sentença para

cançar sua finalidjde. Seu efeito, em termos ­

precisos, é puramente declarar a certeza".

AÇÃO DECLAHATÓRrA - principal e incidente<, ro_--.

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..

~ COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCiSCO - os -

rense, 5~ Ed., pàgs. 160/161). Grifou-se.

18. É iniludlvel, a Apelante denuncia tal insegu~ança

"Um desses conceitos é a incerteza, segundo o

qual, para ser admitida a ação, é necessárioh~

ja a incerteza sobre a relação que forma o ob-

quanto ao seu pretenso direito, que preferiu converter pedido

condenatório, mais próprio à espécie de sua conjectura, em pe, -

dido meramente declaratório.

A respeito, o próprio CELSO AGRICOLA BARBI adverte,

desta vez, ao comentar o ol't. 4 0 do CPC, da dificuldade de se

precisar o interesse de agir, condição da ação, na declarató-

ria. Ali fixou alguns conceitos, que auxiliam na solução~, .

" "I1;-

,! ~.,i:; ..

:., ,~ ..'

~'(:

i:.;'....

casos concretos:

de

'.

QUANTO ~ INCOMPETÊNCIA DO Juízo

Em que pese as ponderáveis razoes que animaram

C

19.

pelada a arguir a exceção, por reconhecer, contudo, que a

téria não é pacIfica na jurisprudência, acabou acatando o

terlocutório que firmou a compe~ência da justiça comum, tendo

desistido do agravo então interposto, pelo que essa ques~ao es--,

jeto da demanda.

Mas não é bastante que a incerteza se forme no

espIrito do autor; ela deve ser objetiva, isto

é, ser uma dúvida séria, 'em condições de tor­

nar incerta a vontade da lei no espIrito de

qualquer pessoa normal', como quer CHIOVENDA ,

ou 'em face da opinião comum', no dizer de ZAN

ZUCCIi I". ("Colllen tári os ao CPC, Forense, vol . I ,

Tomo I, págs. 73/74, li Ed.).

Malgrado os pronunciamentos havidos no nivel admi ­

nistrativo e no judiciário, em primeiro Grau, a Apelante, so­

mente ela, persiste em dúvidas e incertezas.

I I

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~ COMPANHIA HIDRO ELI:TRICA DO SAO FRANCISCO - 09 -

tá definitivroncnte vencida. cOllsequentemcllte, não devolvida a

superior instância.

11 - À MEMÓHIA ÚTIL DO PROCESSO----.--

-~

20. Uma vez escoimadas as matérias preclusas ou venci ­

das, é necessário recordar os fatos da causa e o contraditá -

rio desenvolvido neste processo, trazendo a lume, embora sum~

riamente, elementos que, marcantes em outras peças do proces­

so, notadamente para a defesa, foram sonegados ou vertidos ao

alvitre da Apelante.

A - HISTÓRICO - FATOS MEDIATOS DA CAUSA

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i., '. ~

".oj.,J

,1,

"J

21. Os fatos mediatos que lastrei~n o pedido tim sua 0-

rigem nos contratos de referência CT-I-228.280 e CI-I-227.281,

de fls. 61 e lIa, celebrados entre a Apelante e a Apelada, te!:!.

do como objeto as obras civis da usida hidro-elétrica de Ita-

parica, Estado de Pernambuco.

li

1:

,,,

22. Aqueles contratos, nas cláusulas 55 e 57, respecti­

vamente, fls. 61 e 110 dos <:lutos, regulam o reajustamento me!:!.

sal dos preços, mediante fór'mulas matemáticas, contemplando i!:!.','

dices tle elcvaçio de preços dos vários insumos necessários ao

empreendimento. Os indices utilizados resul tam da aferição de

preços procedida pela Fundação Getúlio Vargas e publicados na

Hevista "Conjuntura Econômica".

A finalidade dessas cláusulas de' reajustamento era,

evidentemente, compensar a Apelante pelos aumentos de custo da

obra, preservando o equillbrio econômico-financeiro do Contra

to.

mentação posta à disposição de tod-os os concorrentes,

"de resto as demais condições

(23. Vale salientar que tais fórmulas de reajuste, c

•contratuais, integravam a

on~,

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(~ COMPANHIA HIDRO EleTRICA DO sAo FRANCiSCO - 10 -

t .~, li. ''';1

(~o processo licitatório.

Eram, pois, sobejamente conhecidas e constituiam um

dos parâmetros básicos para a composição dos preços incluidos

na proposta da Apelante, afinal vencedora ...24. Mas, não é só. Prevendo como de fato previam os al~

didos contratos a possibilidade de atraso de pagamentos (tan­

to isto é verdade que,a ocorrência destes, conforme se esti­

pulou nas cláusulas 69a do CT-I-227.280 e 7la do CT-I-227.281,

ensejava a rescisão, se incidentes, por 3 vezes consecutivas

e 6 alternadas, por prazo superior a 180 dias). pactuou-se, ­

com o assentimento da ELETROBRÁS e MINISTtRIO DAS MINAS E E-

~

NERGIA, através de instrumento epistolar aditivo, também men­

cionado nos autos como "SIDE LETTER", o seguinte:

"Caso haja atraso em qualquer pagamento, desde :i(

:;

'I;

.~I,II'i

.,".1I

:4

J1

0'",I

,..,.i

~

/.O segundo choque dos preços do petróleo acontecera

logo fica acordada uma compensaçao financeira

em favor da MENDES JUNIOR,na mesma base da va­

riação ocorrida no valor nominal das Obrigaç~es

Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN) entre

o mis do vencimento da fatura e o da sua efeti

va liquidação, acrescidos de juros de mora de

1% (hum por cen to) ao mis, sobre os valores coE.

rigidos, durante esse periodo. (Transcrito às

fls. 02 da jnicial)."

25.

há pouco (1979), mergulhando o mundo inteiro em crise

do necessidade de ajustes na economia brasileira, que provo ­

cou a recessao interna, elevação das taxas da inflação (não- . -

tao exorbitantes como nos dias mais proximos), e inaUgUra~

fase de escassez de recursos, máxime no setor público, ~~e!

Neste ponto, vale uma pausa, para recordar o conte~

to em que se inseriram a licitação, a contratação e depois a

obra, e adiantar algumas consideraç~es, para melhor compreen­

sao da lide.

~

( "

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,I.' •

!.~ COMPANHIA H/ORO EL~TRICADO sAo FRANCISCO - 11 -

.•I•

ra vitilna da retraçio das 11nl1as de financiamento internacio­

nais.,

~

f'1.o

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tuada " lidar com riscos, interna e externamente, co1ecionan-

tes, ajustando-se mecanismos para neutralizar ou minorar seus

i~

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Malgrado tivesse se concretizado a hipótese previs-

FATOS IMEDIATOS DA CAUSA

Vejam os insignes julgadores: o quadro de dificulda

Precisamente pela existência desse panorama adverso,

28.

pretender que a Apelada tenha determinado, autorizado, captar

recurso no mercado, visando o fin~nciamento da obra.

do sucessos que fazern sua com!Jetência e grandeza empresarial.

Isto posto, retolJle-se o histórico do caso.

ta em contrato, de atraso de pagamento e, certamente, por es­

tar protegida pelo ADITIVO ESPISTOLAR aludido, que lhe asseg~

rava a devida compensação financeira, a Apelante prosseguiu ­

COIll a obra no ritmo adequado à sua conveniência, teimando em

das componentes de custo já ernbutidas nos preços básicos de o

bras do gênero. para cobrir riscos e compensar o custo finan­

ceiro do capital de giro. cuidado a que, certamente não se fur

tou a Apelante, ao elaborar suas planilhas, posto que, compr~

vadamente experiente no ranlo e no mundo dos negócios, i habi-

efeitos sobre a contratação.

Esses mecanismos foram convencionados, sem embargo,

27.

des conjunturais que envolvia a contratação, não só era previ

sivel, como foi efetivamente previsto pelas partes eontratan-" .':'1

1% ao mes.

financeira, abrangendo o desgaste da moeda e juros de mora de

e que se inseriu nos contratos ~~udidos às cláusulas de rea ­

justamento mensal de preços e se previu a hipótese de atraso

de pagamento, pactuando-se ,para esta, fórmula de conpensaçio

26.

! ,.'

~-

29. Dai, emergem as pretensões da Apelante: prime a

"

.--===---

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~® COMPANHIA HIORO ElE:TRICA DO sAo FRANCISCO - 12 -

I

~~

plano administrativo, mer'cecu recusa cabal da Apelada, embora

insista, ao longe de todo seu arrazoado, inferir eonfissão,o~

de não existe, como também se demonstrará.

presentadas sob a forma de reivindicação, a titulo de ressar­

cimento de custos adicionais que estaria arcando pelo 'anda­

mento anormal da obra (ver fls. 6, item 8 da inicial); depois,

transmudada em ressarcimento pelos custos financeiros por a­

trasos de pagamento de faturas (ver fls. lO, item 12 da,iniei

aI): finalmente, eom esta última feição, vem reclamar atendi­

mento, via prestação jurisdicional.

30. Porém, quando ainda diligenciava seu interesse no

.!,,,,I

I

,I

i"'j•1i

- ~~nifestada, a substituir a administraçao na caE

tação de recursos, no mercado, para prosseguir

na execução de obra.

Se o faz, assume os riscos da atividade,: nao

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JJ!a"'i!"

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J

iH. ],1i,I.I.~

•, I:~I

Atendendo requerimento da Apelante, sua pretensão -31.

, -podendo exigir reembolso da administraça~.

Admitir que o particular substitua a Adminis ­

tração sem qualquer anuência regular desta, na

captação de recursos para custear a execução de

obras públicas, tornaria letra morta a obrig.~ -

toriedade da 'existencia ou previsao de re~ur-

(foi, ainda na fase administrativa, submetida à apreciação do

Ministério das Minas e Energia, via ELETROBRÁS, tendo o Minis

tro Titular solicitado o pronunciamento da Consultoria Geral

da República, que, após alentado parecer, quase inteiramente

reproduzido às fls. 12/17 dos autos, concluiu pela inadmissi­

bilidade da pretensão, nos seguintes termos:

"A inoponibilidade da 'exceptio non adimpleti

contractus ' , todavia não autoriza o particular,

sem previsão contratual, ou de autorização da

autoridade competente, por qualquer forma ma-

sos orçamentários suficientes ao vimen­"

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to normal dos lrabalhos, segundo as previs&esI '

(~ COMPANHIA HIDRO ElURICA DO sAo FRANCISCO -, 13 - ;!

'\",.,,

do cronogralllo.' ,como antes se exigia no art. 32

do dec. 73.140, de 9 de novembro de 1973, e ho

je se estipula nos arts. 6 2 , 7 2 e 45, itens V,

do Dec. Lei n 2 2.300/86 (ver fls. 15/16 da ini

cial)."

,I

,iJ

a Apelante coligiu diversas teorias (imprevisio, equilibrio e

conamico-financeiro do contrato, enriquecimento sem causa e

.outros argumentos afins), deduzindo pedido cujo n~cleo i o seI

guinte:

32. Irresignada COIII o resultado no plano administrativo,

..• "para E. fim de declarar E. direito da Autora

do ressarcimento completo ~ atualizado, '~:: pela

CJlESF, dos valores relativos ~ juros de merca­

do ~ encargos financeiros em que incorreu a A!,!.

tora e que foram decorrentes de financiamentos

da obra a que foi obrigada, em virtude de fal­

ta de pagamento por parte da CHESF, e da deter

minaçio desta a Autora para que assim mesmo

prosseguisse com a obra no ritmo adequado."

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o CONTRADITÓRIO ~ A SENTENÇAB

33. O debate travado pelas partes, a começar da inici -I -" - •aI, seguido de contestaçao, replica, treplico., impugnaçao a

tréplica, interlocutório, deixa de ser aqui sumariado, porque

bem resumido no relatório da sentença e reinaugurado nas ra­

z&es-da-Apelante, nos vários tópicos em que se desdobra. Como

praticamente reproduz a inicial, obriga a Apelada a discutir a

matéria ponto por ponto, quando envolvendo todos os elementos

do contraditório.

Poupa-se assim aos ilustfes Julgadores de

diosa leitura, já com o encargo de examinar a longa

-

"

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~ COMPANHIA HIDRO ELerRICA DO SÃO FRANCISCO

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".1quele debate.

pelante, que provoca a resposta devida da Apelada, nio menos I

longa, infelizmente, onde seria repassados todos os pontos da

34. o douto Juiz ~ quo logrou captar e concentrar, com

a compoern:

raro descortino, no trecho da sentença a seguir transcrito,t~

da a controv~rsia, fixando com precisio os v~rios pontos que

I;

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C\iIl,

como

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'Ji:;

,~i .

-

desdobradmentos da construção da Hidroelétric

de Itaparica e que podem ser espancados

bus' com o juiz determinando aos contraentes u

ma conduta diferida ou diferenciada.

Ré - Cia. Hidroelétrica do são Francisco'

Eis, segundo exsurge da discussão do pro~esso,

os pontos de acertamento ou de incertezas, que

se insinuar~n nas relações juridiCas estabele­

cidas entre a Autora ~ MENDES JUNIOR S/A,- e a., :t,~'

mica/ finance i ra do contrato, impondo-se" desse

Inodo, a sun (d~le) revisão à luz da 'teoria da

imprevisio' e/ou da cl~usula 'rebus sic stanti

ais;

c - que as altas constantes e exorbitantes dos

juros de mercado foram imprevistas, e, que, a~

sim sendo teriam determinado a alteração econ.§.

b - que a H~ teria DETERMINADO esse financia

mento e que Se COMPROMETERA a ressarcir a Aut~

ra desses encargos financeiros extracontratu -

a financiar cOln recursos próprios, captados no

mercado financeiro, a construção da Usina.Hi-, ... <;~':

droe1~trica de Itaparica;

da às seguintes situações:

a - que a Autora teria sido COMPELIDA/OBRIGADA

"Entendo, após marchas e contramarchas, pontos

e contrapontos '.jue a controvérsia est~ reduzi-

I ,

I

, .,'

. i

:.J

í' ~.;." ,

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TRAÇÃO, mas não deixam de se harmonizar com a teoria do ..con -

nistrativos, que reservam posição de preponderância à ~MINIS

~ ~"

.~".

que

con-

r';,' :;; I

, . ,~,'~'

'.i; ,

::- 15 -"'I";,:

,·'-:1

~'"

,.'1" ,,.>~~ 1

que a te. ~r I

administra-

às características dos contratos admi-

- A Autora t~ria sido obrigada a financi -• ,i;

por contra a Administração a 'exceção

"Ora, se de um laoo, o particular não

oria do contrato é una, o contrato

"Inobstante a compreensão; cediça, de

Não há nenhuma prova ~ autos ~ respeito des-

"1 2

ca de Itaparica7

ar, com recursos próprios, captados no mercado;. '"

financeiro, a construção da Usina Hidroelétri­~.ij:.

1;',';:[;"

E acrescentou:

Daquela fundamentação.merecem transcritos os segui~

.~

\1

'~.'..·'l. ~

ves da açao declaratória." (fls. 362 dO'~: autos). :~, ".J

'::/",1

!;~h'j

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..~

ta assertiva. Al1~S' ~ co~trário, ~ afirmat1- ."Ar~va inversa se impoe sob a otica de toda a cons~-~- - - - -- - ---= ;r:t\tr

trução doutrinária a respei to da figura ..,Jurldi . ~:-:~f.'~':'·.o CONTHATO." (fls. 363 dos autos - .. gri - ,o ••"...

~ 7.';" .•1 ~, ~i~' .; 1 ' .;~ l;!

fou-se) . . " . ',. ~

Prosseguiu o Magis trado, dissertando com pr~:;ieda- :" .\.,. :.J,,

:I..~

l:t·t

~ jr-Õ

,,': ~l';! .:1

1,. ,. ,.,. -2,

tivo, e facil entender, pela sua propr,ia espe- ~

cie é regido por normas de direito PÚ~l~;co, c~ limo tam~ém sujei ta-se aprecei tos admini!""trati- ~,

vos, nao elidindo, entanto, absolutamente, a o ãbrigação dos contratantes, à estrita Ol?;:~iên =~ 1.

",. _ tcia as clausulas e condiçoes estipuladas." '. I

....1· "I.,.. :, /l"'i... ,' . , ..... ;~ Jj',~' :,!: ' , ~' , ' ~

! J: '. ~~

'L~"~

A seguir passou a decidir as questões controverti -. : ~ ~~':

COMPANHIA HIDRO EL~TRICA DO sAO FRANCISCO

tes excertos:

;:,;

trato, no que respei ta à força vinculante e obrigatória.!. • r"~

deriva das cláusulas e condições pactuadas.

de às fls. 363, quanto

36.

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das. A PRIMEIRA:

35.

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. i:

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!,.

trato nao cUllIprido', do outro lado 2. mesmo par

ticular, pOlk <.lenullclar 2. contrato !:. requerer

.§!: sua reviGZío, quer administrativamente, guer

~ procedimento contencioso, na jurisdição ci-

, I ~., .

,y-~ :

~ COMPANHIA HIDRO EL~TRICADO sAo FRANCISCO

vil ". ,

finalizando:

- 16 -

• "1 ~

;:l-

",.,."!r

.!i;I'I.

~~i

~

do esse financiamento, com recursos de mercado

e que se comprometera a ressarcir esses' cus­

tos. Mais uma vez. ainda, pelo contrário, a Ri

quele documento:

"22 - Mutatis rnutandis, desacolho a segll;flda as

sertiva da autora de que a !li teria determina-

i:I

. ~ ~ .

.~

~.~

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I.;,'~..

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"::;< ·1'... :, ..~-l' ..:_. ~.

,.~~.:j.".);.~, ~,

'i ;,,

"-- ~.

negou esse compromisso. Quem nos diz isto i a

pr6pria Autora, qllando em determinada passagem

do seu libelo traz à colação resultado de reu­

nião plenária da Ri •. que redundou no memorando

DCE-027/87, de 23 de abril de'1g87, com excer­

tos transcri tos àa. fls. 11 dos autos. já re1:'e­

ridos nesta sentença e que vão novamente(apar

cer em destaque:

(fls. 363 dos autos - grifou-se).

Quanto à SEGUNDA questão controvertida, a sentença-

"Desse modo, <.lata venia, não merece guarida a

afirmação da Autora de que fora COMPELIDA/OIJH':

GADA a financiar .§!: obra da Usina de Itaparica."

37.

se manifesta. repelindo-a, referindo-se a trecho de doc.umento

citado pela Autora, às fls. 11 dos autos, negando enfaticame!:!.

te qualquer tipo de determinação para que se fizesse o finan­

ciamento,e compromisso de ressarcir os ônus dele decorrentes.

O documento em questão i de estrita circulação no setor eli ­

trico, emitido quando não se cogitava da presente demanda, e

por isso mesmo de qualidade pr"obante incensurável.

Veja-se o que disse a sentença c o que continha a-

I I

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~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO - 17 -

~ ! ;j

"" o·,

( 1 v - Finalmente quanto ao item que trata do re~

conhecimento de juros de mercado, conclui a

A CHESF pela Impossibilidade de seu tratamento

a nivel administrativo interno. Parece-nos es-

",•

'.

- '_.,

, ,

h'\-

n, I'"

te ponto bastante delicado, uma vez, não exis­

tir qualquer suporte contratual para o pleito,

apesar do reconhecimento de que a Construtora

ao financiar a execução da obra por tão largos

periodos, possa ter sofrido ônus não ressarci-

J!

~",

Quanto à TERCEIHJ\ questão controvertida, abrangendo39.

dos pelos juros reais de 1% (um por cento)

SIDE LETTER." (fls. 363/364, dos autos),:

na

1

a teoria da imprevisão e seus desdobramentos nos demais fund~

mentos arguidos pela Autora, acabou rechaçada, ap6s longa fu~

:IrI'I')'

,

damentação

trinárias,

lançada pelo MM. Juiz a quo, enfocando posições dou- ~~""~I -

precedente de sua pr6pria experiência judicante, e

:,;:;1

• to.I ~ ~.

..'-

os cenários econômico-financeiros relatados, pela ora Apelada,

em sua contestação, contemporâneos e prospectivos à licitação,

a contratação e à execução da obra.

Abaixo são transcritos excertos representativos da

quela fundamentação de fls. 364 a 368:

"3 2 - Teria, então, havido improvisão da Auto­

ra em relação à flutuação das taxas do mercado

financeiro, quando da assinatura do contrato?

CONSIDEHAÇÕES DOU'l'HINÁflIAS

l"':;: :

Entendo, ainda, mais uma vez que não." "',,

",.­. j'-,'!............................................. ~ .....40.: ~ ,

"Pelo principio da força bbrigat6ria do contrato

de aceitação universal - o contrato'deve sera:Pri

do da maneira co:o fo\ pactuado (PA:TA SUNT :RVAN­

DA). Diz-se, entao, qUe o contrato e irretratavel

intangivel.

...

~

.'~"

:~ .

.. i..

I I~..

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.-, @ COMPANHIA H.oRo ."TRICA DO SAO FRANCISCO

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conhecida co

...................................................

Neste ponto, o MM Julgador relatou as circunstâncias

tratar."

relação às circunstâncias vigentes no momento de con

...................................................

IJ:).~r.,"~1~1'i

it

"Havia, então, imprevisão da Autora - CONSTRUTORA '( \iMENDES JUNIOR SiA - quando contratou com a Ré - CIA~'

IIIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO - a construção da U ,i \

sina Hidroelétrica de Itaparica7 Entendo qu~',:não.,,' '. ~ !,. li. li

· ~

existiam no momento da celebração do negócio."

"O problema, ent~o, ~pareceria quando se produzis ­

sem operaç;es extraordinárias e imprevis1veis, com

Jeitas ao cumprimellco do contrato, enquanto perman!:,

cem inalteradas, na execução, as circunstâncias que

blema desse subjetivismo exacerbado. Mas, parece ter

Com isso, ganhou corpo a 'Teoria da Imprevisão,' que

consiste em admitir, nos contratos comutativos, de

execuçao diferida, continuada ou periódica,uma cláu

sula impl1cita, segundo a qual as partes estão su-

MANEIRA IMPREVISíVEL.

mo a lei Failliot - 'o marco decisivo' para a cons~

gração da idéia de Illodificação dos efeitos contratu',t ~ -

ais, quando as circunstâncias fossem alteradas de_: I

,'::

sido a Lei Francesa, de maio de 1918

Ilpós a primeira guer'I'a mundial, no entanto, esboça­

1'~II-se na Europa s~rias reaç;es ao absolutismo con­

tratual, em face da enonne dificuldade que o povo

europeu. enfrentou à égo,;a para cumprir os contratos

sucessivos ou de execução diferida.

A doutrina e a jurisprudência vinham debatendo o pro,~"" -

41.•

então concluira:

que envolveram caso similar levado ao seu julgamento I" qu.. ,'.'

( I

I ,

~. ;~

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;~;:~;

" O achatamento salarial de 1981; END~"-,.,

1.,•.,

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,::~ COMPANHIA HIORO ELErRICA 00 SAo FRANCISCO - 19 -

~J~

~

~.Ij•

JUNIOR FIRMOU CONTRATO COM A CHESF em 03.04.81);

crescentando novos argumentos jurídicos, decidiu com serenidal ' '

da e justiça pela improced~ncla da Ação. Este é o desfecho,de,

;\

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I,

... '

sou da mesma opini-

Na hipótese dos autos, releve-se o fato de que,

entre o planejamento e a entrada em operação de

uma Usina lIidl'oelétrica de porte, medeia um es

paço de oito (8) a dez (lO) anos."(fls. 367).

~~. lloJe, Inais ainda,

ao.

110 custo fIrlU.nceiro ~ geral?

rial; em meio a um rumo inseguro da economia ­

que impossibilitava um planejamento a médiopr~

zo; em meio a uma inundação de ORTN's para fi­

nanciar o déficit público, com a consequente ~

levaçio das taxas de juros ~ ~ repercussões

Naguela ocasião (l! de março de 1986) entendia

• I"A Autora - como diz a Re - acostumada a. trab~

lhar em proJeLos de execução longa, está fami

liarizada com essa sorte de acontecimentos.

curial que projete nos contratos os cenários ­

que envolverão os elnpreendimento~ que se pro­

põe a executar, de~de os instantes da licita

ção até a consumação da obra. Como pode,

çio do com~rcJo mundial que inviabilizou a ma­

xidesvalorização do cruzeiro de 1979, era um\

quadro que poderia ser ignorado por um EMPRES~

RIO habituado a lidar com vultosos capitais?

ConcluJrldo, volto a indagar: existe:impre­

visão quando se contrata em meio a uma; r,eces ­

são da economia; em meio a um achatamento sala

a dependência externa do petróleo; a paraliza-,I,

Finalmente, adotando os fundamentos da defesa e a

fls. 3G8, proferindo a decIsão:

42.

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.(ifi) COMPANHIA H/ORO ElhRICA DO sAo FRANCISCO - 20 -

,

ignorar na clnboraç~o de SU'IS propostas os im

pactos dessas variáveis não controladas?

Por outro lado os mecanismos contratuais satis--

, ... ,,'';

.... :~ i·•· ••1,,'·1

:::~~: ~

faziaJn plenamente aos interesses das partes, e

gaste finnrlcrlro dn eventunl irregularidade de

fluxo de caixa.

A - contraria o primado do superior interesse

geral;

A Autora, COIIIO invectiva, a Ri, ao captar re-.

cursos no mercudo financeiro nio o fez para a-I

tender determinação da Ré, que não houve em ne

nhum instante, embora a Autora insinue, sem co!!.

seguir provar. O fez para salvaguardar os seuso

próprios interesses, dentro dos riscos assumi­

dos no exercicio da atividade empresarial.

Não há que se falar, assim, em equação finan ­

ceira; em teoria de divida de valor; em enri ­

quecimento ilícito e muito menos na teoria da

imprevisão.

Entendo, desse modo, não ser possível atender à

DECLAHA'l'Óllll\ 119S termos propostos, porque, TAM

BÉM:

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L.~

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:1'lI,~,.h,.",.,

abrangen-í,I

pelo des-:

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foi o que efetivamente se contratou,

do a margem de lucro e a compensação

I

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I i~ -

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tambim, exigibilidade ou proibição·..suporte contratual;

contratante/Autora:

c - não há,

B - não há

D - porque o risco da inadimplência seria

trapassado pela denúncia do contrato,•ser rescindido runigavelmente, ou judiei

por culpa da ADMINISTRAÇÃO;

de captação de recursos no mercado financeiro, .

INCLUSIVE, por incabível, resultando as despe­

sas exorbitantes como de RISCOS, EXCLUSIVOS,da,

f '

, I,

,; ..

Page 22: COMPANHIA HIDRO ELHRICA DO SÃO FRANCISCO · 2013-08-23 · rn ofel'ecer contra-razões i, Apelação interposta pela Autor'a, ... oferecer CONTRA-RAZÕES ~ Apelaçio interposta p~

\' '1'1 I ;,

"

.:~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO 21 -

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E - porque inviabilizaria a EXECUÇÃO ORÇAMENT~

lUA, como SUBVE;HTEIUA A PROGHAMAÇÃO FINANCEIRA;

1

além de'!' I

F - contrariar a expressa letra da Lei n 2 6423/

77.

Condeno a Autora. pelo Bnus da sucumbincia ao

pag~nento das despesas do processo e honorários

advocaticios que arbitro em 20% sobre o', valor: i

Com essas considerações e o mais que nos autos

se contém JULGO IMPROCEDENTE a Açio Declarat6­

ria proposta pela CONSTRUTORA MENDES JUNIOR S/A,

contra a ClA. HIDROELETRICA DO SÃO FRANCISCO.

, I"

~

I '

III

dado à causa."

CONTIIA-RAZOE5 / MtRITO

.

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â~~'J't

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"~. "

, , ,~

.. :" ... à'!;' ·,1

"!-~. ,.\~~~~~

correu a Auto-ra e que foram decorrentes de financiamentos da

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I',/I

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~~~,•,i~ "a1

i [1

a A

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da senten'I!"~i W" -, :l ~ ,"" I

__________ ... _.. _. .• __ •.•_a,

a) Do pedido

Na apelação, no entanto, ~o tratar do pedido

Corno frisa a sentença às fls. 360, reproduzindo fi-

A - Do pedido .::. das questões jurídicas

pelante o refunde, limi tando-o "''' "rp",,",r,,; mpn+-" <4",

- t ','

taque das express6es foi dado pelo ilustre prolator

ça. (grifou-se).

obra a que FOI OBRIGADA, em virtude da falta de pagamento por

parte da CIIESF, e da DETEHMINAÇÃO desta à AUTORA, para"que a

sim mesmo prosseguisse com a obra no ritmo adequado ••• " O de~

44.

ell/lente o requerimento filIal, contido na inicial, o pedido foi

formulado " ... para o fim de DECLARAR o direito da Autora do

ressarcimento completo e atualizado, pela CHESF, dos valoresI -relativos ~ juros de mercado .::. encargos financeiros em que in

43.

" "

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I I

,',~ COMPANHIA HIDRO EleJRICA DO sAo FRANCISCO,

- 22 -.;.

".0,1:

I,,,{•I

eo tre os vaI ores ~ recebeu como encar'gos financei ros ~ aqu.=.

les vigentes ~ pagos por elo. ~ mercado .•• " (fls. 372), esqu~-

"A questão básica de direito consiste, pois,em,

tre ~ que alega ter ~ desembolsatlo ~ ~ compensação recebida.::: 'r'...... .. Ao I

A inconsistencia do pedido exala tambem da .incoerenl'

"ciamento da obra. No segundo grau de jurisdição, no entanto "ifaz abatimento e se conforma em reclamar apenas ~ diferença e~'

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modificar o pedido ,

citação. (grifou I

!;'" .' ~,~jo ,:.- " ~." " t', ' '". ~ ~':

pede lhe seja ressarcida~ totajlidade ;:;~,

~ Juros ~ encargos financeiros .!!2.. finan li,

ção cabal dos seus prejuízos."

Na inicial,

cio. de sua formulação.

46.

sem consentimento do réu depois de feita a

-se) •

dos valores relativos

saber se o er"prei teiro que cumpre as suas obri:'

gações, enquanto o cliente - dono da obra - es

tá em mora, tem ou não di re i to a urna indeniza-

cendo-se de que o art. 264 proibe ao autor

45.

I

Todavia, as vacilações da Apelante não estavam ter- i,I.

minadas. Mesclando um sem-numero de teorias, em verdade,:I,ro co iI I . I•• ' -.'

I. _. '. Ir'quetel juridico, acabou situando a questao de direito:a;reso!:

: . 'i 1ver, susc i tando-a nos termos seguintes: """ I,

I;,:

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~ , ,

'''tr.':'i''

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~. IVe-se que a tese Juridica que espera ver resolvida r:

chamar de efei to sanfona: c resee, diminui, oresce I' confor" ­. ,

o tom.

47.

Essas vacilações denuno1am a fragilidade das

do pedido, tantos são os ramos a sustentá-lo. Todavia,/nenh

pressao que tem acepção genérica'e mais ampla, transcendendo

o pedido da inicial. Não fosse o respeito para com os:doutos

patrocinadores da Apelante, dir-se-ia tratar-se-do que\sepo

também não é aderente ao pedido, porquanto não mais pretende li; ,::",.,.,. ~ \I.. ,

ver discutido somente o cabimento ao ressarcimento doé:juros ~i '~':'): . 'c

, ..''.ll, fe encargos financeiros extraordinarios, mas E!'~j~iz()s; 1';::' e~ I:

de

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I I,i

~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA 00 SÃO FRANCISCO

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- 23 -

"

ma raiz. A incerteza se rorrnou apenas no espirito da Apelante.

Isto nno basta, j~ se disse. Esta a razio, repita-se, de ter

preferido converter pedido condenatório, mais adequado à hip~

I tese que formula, em meramente declaratório."I" .,. ~.,

, iIiI.

b) Questões juridicas .',' ..,~; ::-::",r'

~: I .r." ,'\'.. ,.i,I

48. A questio de direito a resolver ~ bem diversa da sus

~

:~ 'i' ~ ::..,

. "ri,:.~: '

'i'

citada pela Apelante e foi rnagistralmente enfocada no parecer,

já aludido, da consultoria Geral da República, assim assumida:I

"Trata-se de saber se, inexistindo dispoSiÇão i-- - '~

contratual expressa, pode ~ ~-contratante pa~

ticular haver da Auministração, reembolso dos

custos financeiros, ~ taxa de mercado, ~ su­

portou, para prosscguir ~ execução de contra­

to de realizaçio de obra pública, ~ face da

não disponibilidade de l'ecursoa por parte da..,'r'~~ quela?" (gr'][ou-se). ,

!~.;' ~,'~ ,'.:

"49. A resposta categórlca e bem fundaua veio naquele me!

mo parecer, invocado pela' Apelante: NÃO. E, se o faz, assume

os riscos da atividade, nno podendo exigir reembolso da admi-

nistração.

'.

paf'-

•ticular.

dos seja com relação à administração, seja em relação

, IE por que? Porque o Dec. 73.140, de 09.11.73,: art.,

3 2 item 11 vedava essa conduta, corno também agora é igualmen...,

te vedada pelos arts. 6 2 , 7º e 45, item V, do Dec.Lei 2.300 /~

86. ,

, I Ambos os diplomas cuidam do regimento lici t~.t,ório ~das obras públicas, impondo principios de moralidade :adminis~

tratlva e defesa do interesse público, principias esses' e;c'1g.!,

-----,--, .-•...-.~

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50. De tudo quo.n to 80 di sse tiO cur'so dessas CONTRA-RA -

I' ..

IMas, tão satisfeita estava a Apelante com os docui-

rendo expressamente na tréplica o julgamento antecipado, con;/ :;';,: ~:-

~:,ir

,,

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~:1 :>'

quanto outra fosse a alegação.

mentos probatórios trazidos aos autos, que deixou de·espec1f!

cal' a prova a produzir, fazendo mero protesto geral e.reque;-, .':

dos os custos financeiros exigidos.

ZÕES, chega-se à conclusão inarredável de que agiu com acerto

o Magistrado, ao julgar antecipadamente a lide.

Isto porque, a própria Apelante acostou aos autos

a prova exuberante em favor da Apelada, que demonstra.indevi-,

I I

, ,

,i 'rj"

~ ".,.i, .I

: i i I 51. Não foi à toa que a Apelada não juntou um só docu'-'. ",

mento neste processo, nem se insurgiu contra o julgamento an-

captou ao longo da sentellça, que a Apelante prosseguiu na q~

bra atentendo à sua conveniinc1a, para ernpregar seus recursos,

da argumentação da Apelante, ao tentar responder na triplico.,":' 1

fI s. 301, i tem 22, "in f1ne", porque não marchou para.a resci

são do contrato se este lhe causava severos prejuízos. Assim

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" " , I•

" ..• porque a decisão de prosseguir coma

ção da obra, acatando deste modo a exiginciadaI

CHESF deve ser considerada como guestão ~ ~

-se) •

nomia interna da autora, data

Esta conclusão se extrai diretamente e sem rodeiCls

Tem-se, dessas considerações, que o douto ~.quo bem

redarguiu:

53.

Afora a oração "acatando deste modo a

CHESF", que sobra nesta declaração, tudo o mais é

tecipado da lide.

52.

produtivos, consistindo de mão-de-obra e equipamentos disponl

veis, em face da recessão econõmica, quando a hidrelitr1ca de

Itaparica era a única grande obra de construção pesada em an­

damento no pais, a cargo da Recorrente.

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~J COMPANHIA HIDRO EL~TRICA DO SAo FRANCISCO - 25 -

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verdade..,~;1';

veniências, oportunidades da Apelante, como acima se afirmou. '

brevi ve no ~~, cresccnuo sempre, apoiada ~ ati tudes ~'

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"por último ,

um "plus" de

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que ela tenha atingido, e com me- ,

-' ,ten tada, sem exi to, no ni vel administrativo e, cer :-,

Isto posto, examlne-se cada uma das razoes da Ape

E não é sem razâo

NinguiJII enfrenta ~ empreendimento de .!. bilhio

A conclusio i iniludivel: a Apelante assumiu

Que e questilo de (',colloJllia interna? Interesses,

ou temerárias.

56.

tamente, sem êxito tambim no Judiciário.

lante, cujo desdobr~nento excessivo, sup~e-se tenha sido par­

te da estratégia dos seus doutos patronos, seguida até aqui ,

de repetir as mesmas idiias, devidamente maquiadas, com titu-

las novos, como a ensejar novas teses jurídicas. I:;,;,, "o

55.

ritos, a invejável situação econômico-financeira que ostenta,

habituada, que está, a enfrentar os riscos de empreendi~entos

de grande porte no pais e rIo exterior.

reJlluneraçao,

dólares ~ razoável margem de segurança ~ a Apelante não ~

pensaçio financeira assegurada no aditivo epistolar

TER); afora a folga que embutira nos preços básicos

guardar-se da "alea" inerente às empreitadas. E,

aI imentava a esperança de "v'i rar a mesa" e ob ter

cos para evitar mal maior. Ademais, estava protegida cOntra a

elevaçio dos preços dos insumos, através das cláusulas de re~

justamento; protegida contra o atraso de pagamento, via com -

54.

57. Por isso, para evitar mais repetição, as razoes

'tentadas na apelação foram aglutinadas, nestas cOnta-razões 'i"pelos critirios da identidade, semelhança ou interdependinci~r

que g~ardam entre si, e apresentados em sequência distinta- . .

adotada lIas razoes de Apelante, mas com as necessarias

rências cruzadas e obedecendo ordenamento lógico que f

mânticasr 'I

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xiste. Não existe na farta prova documental, não existe na sen

no da Apelada. trazido ao processo pela Apelante, já reprodu­

zido às fls. 11, e 363/364 dos autos, chegou à conclusão opo~

ta daquilo que foi afir'mado pela Autora, rechaçando a existên

cia de qualquer tipo de confissão:

"Mutatis Mut"ndis, desacolho a segunda assert!,

-, .f: '. i

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(fls. 400/403 dos autos)

(fls. 384 dos autos)

,. 'iva da Autora de que a Re teria determinado es-,se financiamento, com recursos de merca?-o e que.

se compronletera a ressarcir estes custos. Mais

uma vez, nao há provas nos autos que autorizem.

esta ilação. Outra vez, ainda pelo contrário.

a) Da conlissào

DA CONFISSÃO DA RÉ E SEUS EFEITOS"[i, . -~): . t'

.' [:~.

"Item XII - RESPONSABILIDADE CONTRATUAL DA CHESF". t:

"Item VII

Recurso

A decisão recorrida. após apreciar documento inter-

Teima a Apelante em enxergar CONFISSÃO onde nao e-

B - Das alegações contidas ~ itens VII e XII

tença.

59.

58.

I "

o acompanhamento e avaliação do debate. que se trava •.

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~J COMPANHIA HIDRO El~TRICA DO sAo FRANCiSCO

,.;.

'~

..

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Relelllbre-se outra passagem, t~nb~m referida na ini-60.

a Ré negou esse compromisso"." ;.

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L,I

li'

cial (fls. 10), em que as afirmações da Apelada, respondendo,

então, ao pleito que lhe foi submetido pela via adminlstratl~i, I 'J

, - :~~va, jamais poderiam ser confundidas com a alegada confissao: 'i\i

. . .------.... ...

"Embora reconhecenbo que a CONSTRUTORA

sido levada a usar recursos próprios QU de

~ \I \1i

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ção de atrasos de pag~nentos, e que eventual -

- 27

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COMPANHIA HIDRO ElETRICA DO SAO FRANCISCO

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!tJ'.~;ce i ros para mHn ter o andamen to da obra," em

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pelante, "data venia""

ou das manifestações da Apelada, extraida a titulo de confis-o " ,

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ter;

\sentença,.

empresa· I.• ·'. :" . t

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brigação contr'utual ~ de gualquer outra ~\.

tal ressarcimen--- ."

reza que ~ responsabilize por

to, prática jamais adotada ~

mente, tentla arcado com custos financeiros su~i

periores aos da correção monetária acrescidos I.~

Portanto, qualquer inferência derivada da

. de juros de mora conforme previsto na SIDE LET

TER, ~ CHESF entende que não há de sua parte g

concordado com o financiamento, foi exclusivamente no intuito

de que não se opunha ao prosseguimento da obra no ritmo que

convinl1a à Apelante, contanto, é óbvio, que se ativesseàscom

pensações já ajustadas, porquanto assumir ou não eventuais ô",,:.

nus de custo de financiamento, mediante utilização de capitaf;'• • I"

próprio ou de terceiros, era assunto da economia interna da A

são. é indevida e conflita com os fatos.

61. Se a Apelada disse, como afirma a Recorrente"-,

I,I

i' •

I

. I .....

i.í,.\ ",'I

~

!li

::·'i. ~.'in- ~.

antes de tudo que é uma manifes~ação expressa ;:,

feita com palavra~, pelo pensamento. Não

ser nunca wna operação, ou seja, não pod

rização tácita" para o decalltado financiamento, "eis que

Amaral Santos, ao diferençar os conceitos de admissão e.

são, reportou-se ao esclarecimento de GENTILE, de valor

timável para aferição da tese em debate:

"A confissão e uma declaração, quer isso

.,; . ,~

Curiosa, finalmen te, a dedução de que houvera "au to '1.d-, ",""'1"du-', ..../.

·i :-

rante longos anos a Ré viu a Autora financiando a obra" (fls.: ~

384 das razões). Tudo isto foi afirmado, pela Apelante ,ao tr~ ~

tal' "da Confissão da Ré e seus Efeitos". O inexcedivel Moacir 1.jconfis { , I~,ines- ....-\ ~

1".~

62.

i I.

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1,'_'

ferir-se a confissão de um comportament~Q~

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~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAO FRANCISCO

I,

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.;',,;\,I .'~..,~i.

""'i~);r

... !"

( ,te".

(Coment~l'ioS ao CPC, Forense, IV vol. 4 i Ed.,

li tiragem 1988, p~g. 102 - grifou-se).'

~ I

milares às expostas anteriormente. Só que, desta vez, ·substi-_ • t·

tui a "autorizaçao taci ta" para o financiamento que ,:a seuj~

izo importava em confissão, por espécie de alteração t~cita~

Sob esse titulo, a Apelante reedita considerações.s!

'1''"

.,"'~l.,'"lo, ',

63.

b) Da respollsabilidade contratual ; j

..." .... ,

, '01"n

• ~'í'.:11;l,

lante das condições ajustadas), os contratos administrativos

~;;t.1 1',' r '

':,!

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.',1 1· , ," .~! i

,.::: I"'i,~

!

su,-

·'1 •., ,

contratos

:: ;. .'"fi j: 1/1 t: i .• ,O esforço da Apelante em caracterizar a todo' custo

não se compadecem das informalidades próprias dos

pletiva das regras do direito comum, bem assim a teoria do con

trato, às elnpreitadas de obras p~blicas (v.g., a força vincu-

contrato, legitimadora daquele financiamento.

a responsabilidade da Apelada é notável, porém debal~~ó~i.L I'

'I

64. Esquece no entnnto, que, em que pese a apl;c:açào

lit:":" "

,'t,IW':!:F..ii

'. 1 ~',';.;/ h":;:~:-!... ~.• ~ I; I'l",..I ..,;.,.,', '

'.

, .. -~ ,'I '· :. /

?l i."I .,,-' .' ..! ~

,/

.. ~

Hely!, ,

limitações de conte~':\; , '! ,r,~

\'1_ 1 : '~~'

rigidos ..•!,':;' ;. ... '.

quem oferece é o Prof.

pressa por escrito ~ ~ requisitos esp~•••• " (In Direito Administrativo Brasile rO,II I .

"O contrato administrativo é sempre consensual. I':

!,. 1::j.,I I

-"l~:~

e, em regra, formal, oneroso, comutativo, e rea /'1''':"'7 ! '''I.~:t

lizado intui tu personae •••É formal porque ~.;'S.... "+~:~' '!1 ~, _:',•... 'r:.~,~'r:

'~hÍl:.:.l,.

ministração está sujeita a

~do e a requisitos formais

,i

"No direito privado a liberdade de contratarié: I

ampla e informal, salvo as restrições:da lei:~• I

~ , ,as exigencias especiais de forma para ,certos a

A lição. mais uma vez,

Lopes Meirelles:

privados.

justes, ao passo que, no direito p~blico, a Ad

I I 65.

"

flr~

'.', .~

'. ".'

:;1i ~ ,,'I:!,''!,",

"i:::"",

ri

/-

Ed. Atualizada, págs. 168/169:- grifou~s

" 'I

( I", '1

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.. '

66. Nio bastasse a orlentaçio da doutrina, I,io prima- . .

.

io ~'

I'

.'

.~ r. ,.: k::;....,,~, '.• I',··:'-;:t

.'f~,~.,~., i.~ ti1rF

., "',;">l

;

- 29 -

do teor seguinte, ,

contrato'verba1 i

pras de pron to pagamento". (grifou-se 1,:.'

I ,

~ ~ Admilllstração. salvo E. de pequenas co~r,•,

bém no art. 50, adicionando parigrafo único

"f nulo ~ de nenhum efeito o

67. Nesse passo, como admi tir que a ADMINISTRAÇÃO auto-,. I

rize ao PARTICULAR captar recursos em operaçio de vulto, no, I

mercado financeiro, em nOlne dela ou sob sua responsabilidade,

por mera "alteraçio ticita", e sem o suporte de qualquer ins-:

trumento contratual que legitimasse essa delegação e discipl!

nasse volume de recursos a captar, prazos de pagamento, limi.,I

tes de taxas e "spreads" bo.ncários, condições de ressarcimen.,

to, prestações de contas e outros aderentes à espécie?

do da lei.

I,' Com efeito o Dec. 73.140/73, vigente à época da con

trataçio, impunha no seu art. 50, a fonnalizaçio da Contrata-..çao, como faz hoje o Dec.Lei 2.300/86, coincidentemente t~:

~~ COMPANHIA HIDRO ElETR/CA DO SAO FRANCISCO

I I

I

I'

, . ~"'l

'-.... ,

"

; ...."

.:..l ~

~

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II'I

iiiI

pria, sem a obrigação de prestar contas. "Data venia" É ABSUR

"A manifestaçio de vontade, nos ,contratos, po.,, f .:.' i 'I

1 an te:

,"

'I"

"

!::

AP!:.II

: \

.pro-

acei­I

prOcu.,

I,

quando a lei não exigiz:_seja e~I

~,

exige que seja expressa,: confor. .. -lIin casu".

pressa". (art. 1.079, C.C.).

de ser ticita,

E a lei,

Admitir a estranha tese da Apelante pressupoe

tal' que fosse possivel constitui-la, tacitamente, como

radora da ADMINISTRAÇÃO, com plenos poderes e em causa

DOI Ademais também a lei civil é obsticulo à pretensão da,

::,-

, '.

: :::,I

I'":'''', ,

,,

".'

"

,,,!'.,,

'i '" '~1 I~','. ' '

---- -- -,-c - Das alegações ~idas no item V do Recurso

me deJllonstrado.

"ITEM V - DA OBRIG1ÇÃO DE CONSTINUAR A OBRA~~.•

INVIABILIDADE DA SITUAÇÃO DA MESMA, COM. BÉDIDO

DE REVISÃO OU RESCISÃO" (fls. 375/382 do

'I.'

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I "',' ~

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.. ," :1

: ~ COMPANHIA HIDRO EL~TRICADO sAo FRANCISCO 30 ,..,,;I,",],li

68. Na apelação é JIIanifesta a abundância de citação das

~

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~ ~,

,a

" I

,. .'ilHj'

" :;: ;I, :

não encerra !::!!! juizo de ~. -'. -

notadamente guando"~ verda

qual seja ~ de completa ausência,! repi-

contrariado,

o argumento adotado pela sentença, em abono à

A tese defendida ~ contestação ~ adotada ~ senten

71.

pais, ~ ocasião.

i.,:,':;1"0"

~~, . ," .c

.. ~,",I;1..j

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· ~~ consistiu ~ que ~ apelante, ante ~ alegado atraso de paga ':. ~- .mento, deixou ~ exercita!' ~ faculdade ~ ~ contratos lhe, :!": gasseguravum à rescisão ~ pleno direito, porque preferiu pro= ~ '~+;~seguir ~ obra, ~ ~ conta !:. risco, para recebimento posteri"'7}':;i1~

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~ das faturas ~ atraso, como de fato ~ recebeu integralmen ~:<i,~

te, ainda acrescidas de todas ~ compensações ajustadas para; ':';:\.~l '..." 1:! I" ...)t fl ~I

a ~, ~ titulo de clausula penal convencional. :; ,i; ... 'r,' ..

70.

hipótese sub-judice.

embora os argumentos expendidos no parecer não se prestem

pretendido pela Autora."

ta-~, de compromisso obrigacional de ressarcimento ~ estilo~,

lor que nao possa ~

de dos fatos ~ outra,

clusão de que não merecia guarida a afirmação da Autora

! ~. -'

E assim procedeu, por conveniência, para evitar mal

maior, devido à recessão que afetava outros negócios seus na­

quela conjuntura de dificuldades que se seguiu ao 2 R

dos preços do petróleo, em 1979, preservando pois o contrato

da obra da Usina de Itaparica, única de vulto 'que realizava

nha pelo mestre, é de ~ dizer que

opiniões doutrinárias do ilustre ProL Ilely Lopes Meirelles,a

quem a Apelante confiou estudo prévio deste caso, sobre I cujo

"alentado" parecer juntado à exordial já se falou na impugna­

çao à tréplica (fls. 340/341): "~ todo o respei to gue ~ te

I 69. No curso deste e de outros capitulos das CONTRA-RA-I

I ZÕES DA APELADA, na medida em que concorra para o esclareci -

mento do caso, tentar-se-~ seguir a orientação doutrin~ria da

quele prestigioso administrativista que tanto contribuiu, ao

longo de sua obra, para o Direito Administrativo Brasileiro,"

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Page 32: COMPANHIA HIDRO ELHRICA DO SÃO FRANCISCO · 2013-08-23 · rn ofel'ecer contra-razões i, Apelação interposta pela Autor'a, ... oferecer CONTRA-RAZÕES ~ Apelaçio interposta p~

:fora COMPELIDA/OBRIGADA C\ financiar a obra da Usina de Itapa-

cumprido', do outro lado, o mesmo pa~ticularp~

de denunciar o contrato e requerer a sua revi-~, i

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mento contcncioso, na jurisdição clvel".

são, quer administrativamente, quer em proced.!.!

"Se de um lado o particular não pode opor con­

tra a Administração a 'exceção de contrato não,

rica, foi o seguinte:

€~ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO

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-lhe o período imediato, que encerrava o pensamento .do,.mestre,~, _w .

dentre outros, nas lições do prof. Hely Lopes Meirelles,trans',: ' .

dimpleti cOfltractus' contra ~ Administração, -

que ora se complementa:

"2, rigor da lnlpossibilidade da 'exceptio non ~

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A Apelante, ao transcrever o texto citado".arnPutou-

Em suas razões dc contrariedade à tese adotada pela

73.

cri tas as fls. 377.

72.

sentença, a Apelante argui a impossibilidade de denúncia uni,

lateral do contrato administrativo, cabendo ao empreiteiro cum

prí-Io, mesmo no caso de atraso do dono da obra, louvando-se"',

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vem sendo atenuado pela doutrina, nos casos ~

que ~ inadilllplência do Poder Público cria para ;,

resposta à Apelante. Por isto, não pode ressuscitar a asserti., -,

va de que foi OBRIGADA/COMPELIDA, como consta do pedido, a fi

nanciar a obra da Usina de Itaparica. Andou bem o ilustre jul

i pois o mesmo Prof. Hely Lopes Meirelles quem dá a

~ contratado ~ encargo 'extraordinário;~ insu

portável', COIIIO, por exemplo, ~ atraso, prolon­

gado dos pagamentos, obrigando-~ ~ ~. verdadei

~ finaflCiufllcnto, não previsto, do objeto do

contrato". (Mesma pág. e obra citadas pela A-

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gador ao rechaçar essa alegação, que se constituía

74.

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1. ' ", _·<·.,~~tt~~XVI - O atraso superior a 90 dias dos pagamen-, ;:-Á~~~

tos devidos pela Administração, de~orrent,es de. ":\:;'~

obras, serviços ou fornecimen~os ja rece~idos, ,1 ,~~

salvo em caso de calamidade publica, grave pe~ •, ,

turbação da ordem interna ou a guerra" .jj . ,~4. I

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contrato:

"Art. 68. Constituem motivo para a rescisão

Como assevera o Prof. Hely Lopes

De igual modo, descabida a insistência no argumento

Também não é verdade que a lei proiba a denúncia do

COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO

..prei tada de obra ~ de serviço público, conquanto seja'~

trato administrativo, revcslc-~ dos mesmos caracteres"da

preitada civil (Código Divil, arts. 1.237 a 1.247), salvo qu~

to ~ formalização do ajuste, que há de ser sempre escri~o e.

normalmente precedido de licitação. além de atender aos,' pre-

77.

importância.

76.

ra expressamente, dispondo:

..

cia, desse mal não padece o Dec.Lei 2.300/86,que as incorpo-

de que o principio da continuidade do serviço público, ~epre­

sentava óbice intransponivel à rescisão. A dedução inferida a

partir de longas citações de José Cretela Júnior e Caio Táci­

to (fls. 377 a 381), se faz por extensão daquele principio, ­

cuja sede própria ~ .2. contrato de concessão de serviço público,

bem diverso do caso dos autos que é a empreitada de obra ci ­blica, onde a imposição de serviço constante, não tem a mesma

principais pontos do contraditório.

contrato nas circunstâncias em tela. Se o Dec. 73.140/73 era

omisso a respeito, o que não imp~diu as atenuaç~es ao rigor da

inoponibilidade da "exceptio non adimpleti contractus" nos con;. ~I -

tratos administrativos, a cargo da doutrina e da jurisprudên-. ,

75.

ceitos especificas da Administraç~o empreitante e às norm

peculiares do direito público". (Licitação e Contrado

'trativo, 71 Ed., págs. 233/234 - grifou-se).['

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ter se socorrido para intentar a revisão ou rescisão do contra

to, incluindo o atraso de pagam~nto como FATO DA ADMINISTRAÇÃO.

Ademais, tivessern procedincia, neste caso, as virias

:

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~~ COMPANHIA HIDRO El~TRICADO sAo FRANCISCO

78.

teorias que ardorosamente del'ende, a Apelante delas

:

- 33 -

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a subordinava ao cumprimento

mas a saber: por ato unilateral da Administra-

fato extintivo do contrato, previsto na lei, no

Vem agora alegar a Apelante que assim njo procedeu

do

pelo principio da continuidade do serviço,que- ,.das obrigaçoes contratuais ate

regulamento ou no prbprio texto do ajuste.

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Em ocorrendo o~ ~ ~ ~ extintivo previsto,:f;~~

rompe-se au torna tica:ente o con trato, ~ey~ndo - ~'4;,1cessar a sua execuçao por ~nbas as partes. Em "~

qualquer das partes, diante da só ocorrência do

independenterr,ente da manifestação de vontade de

contrato (rescisão de pleno direito)".

"Rescisão de pleno direito é a que se verifica

ocorrência de fato previsto como extintivo

çao (rescisão administrativa), por acordo en­

tre as partes (rescisão amigivel), por decisão

judicial (rescisão Judicial), por declaração da

liA rescisão pode efetivar-se por diversas for-

Atentem os insignes Julgadores, mais uma vez~4 para

decisão judicial. T~nbim não procede esta alegação.

o magistirio do autor preferido e parecerista da Apelante:

79.

porque compelida

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•tal hipótese, não há necessidade de termo de

rescisão, neln de decretação judicial, pqrque a

rescisão do contrato resul ta do próprio': fato.,.. ' ,extintivo,' sendo meramente declaratorio "~i qual'

, -quer reconhecimento dessa situação.

so mesmo, retroage à data do evento rescisóri9'• •operando efeito ~ ~. O essencial e que

comprove documentalmente o fato ou o

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recorreu, -. ....

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ra deduzir sua pretensão em juizo, porque es

ra da sua conveniência;

vel, judicial ou de pleno direito, porque e-

veniêncio.;

~ atraso de pagamento, seja por via amigá-

atrasos de pagamento, porque era da'~ba con-, !~l

- a Apelante esperou esgotar-se o contr,ato pa-

- a Apelante não propôs a rescisão do contrato,A~\

Se o plano deste capitulo das contra-razões se alon

Quanto ao interesse público, arguido pela Apelante,

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'. ;'-1.1tivo do contrato, que o rescinde de pleno di - ~l;~

rei to" (IIely Lopes Meirelles, Lici tação"e Con-' '.;';

trato Administrativo, 71 Ed. págs. 223 e 228). :,

Ora, dispondo os contratos como dispunham de cláusu ~- ~

, "li....' I"~ ",'

vantagens extraordinárias.

gou, foi, pois, para deixar inequivocamente demonstrado que:: ' 'II ,I.,

- a Apelante prosseguiu com a obra, apesar dos

é preciso não perder de mira que, sob o seu manto, oua pre~

texto de defendê-lo, não raro abrig~n-se apetites vorazes

81.

las rescisórias pelo atraso de pagamento, de pleno direito,nas

condições especificadas, se a elas a Apelante, não

foi porque ~ ~ ~ conveniência não fazê-~.

80 .

~ COMPANHIA HIDRO ElETRICA DO sAO FRANCISCO

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I I D - Das alegações contidas nos itens VI ~ ~ do

Recurso;~j: :

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"Item VI - A ~IOHA JUSTIFICA O PEDIDO DE INDENI-'T' '.

, 'to'

.ZAÇÃO PLENA (art. $56 do Código Ci-

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Vil)" - fls. 382/384 dos autos.

"Item VIII - DA APLICAÇÃO DA TEOR,IA DAS DÍVIDAS

DE VA~OR" - fls. 384/390 do!,! au, "

a) . A mora "'i.; i

Em sua incessante e variegada busca de82.

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- 35

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forme explorado antes, foram assinados meio a crise econômica.'

rem, engana-se. Nesta sede também não terá abrigo.

Os contratos que presidir~n a relação jurÍdica,con-

Para salvaguardar-se do quadro de incertezas e escassez.de ~

cursos então reinantes, a Apelante propôs e. após as necessa- ,

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do

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(fls. 2 da exordial) .... J'.'

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estipulando-se, repita-se, o seguinte:, • 'j I

haja atraso em qualquer pagamento;Tdesde ,.

te esse período".

mento da fatura e o da sua efetiva liquidação,

acrescidos de Juros de mora de 1% (hum por ce~

to) ao mis, sobre os valores corrigidos duran-

TEsouro Nacional (ORTN) entre o mis de venci -

riação nominal das Obrigações Reajustáveis-: .,'

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em favor da Mendes Júnior, na mesma base.:da v~: ",~~;~.:~~

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"Caso

a Apelante, indicando pela primeira vez dispos~ti­" ".~ .

processo, procurou refúgio na lei ciVil~: Po-

negociações, foi celebrado termo aditivo, do tipoepist~.. _ "',í

tambem denominado de SrDE LETTER, com aprovaçao da.·.· ELE-lar,

rias

TROBRÁS e do M.M.E.,

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,pretensão,I

vo legal, neste

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lincio das partes. É preciso, pois não considerá-lo isolada

o chamamento supletivo da lei civil, abre caminho,

nesta hipótese, para a atuação do principio da autonomia de

Ora, o aditivo epistolar em tela tinha como objeto,

nada mais, nada menos, pacto adjeto ou cláusula adjeta penal,

na qual incorreria a Apelada,de pleno direito, uma vez consti

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partes auto-regulado as co~,

os efeitos do art.·956 do:t . . '.. "

dispositivo atuaria no

•Aberto o c~ninho para o principio da

Convencionaram as partes de antemão a

I

I

84.

mente.

tuida em mora.

acertamento da indenização que da mora resultasse.

83.

c.C., como deseja a Apelante. Este

vontade dos contratantes, tendo asI' ~ . _.sequencias da mora. Ai nao incidem

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xa a indenização das perdas e danos nas obriga• I, _

çoes que têm por objeto prestações em dinheiro,.I'"

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Por essa razão, admite-se prevaleça convenção~ .

em contráriO, estipulando os

aquele que, no devido tempo,

"As perdas e danos nas obrigações de pagamento,.

em dinheiro, consistem nos Juros de mora.,e cu~,

tas, sem prejuízo da pena convencional".'

É ainda o sábio cOlllentador que, interpretando a se­~. .

O art. 1.061 do C.C. determina:

Por seu turno, o notável intérprete do Código Civil;. ~,i

r I

forço do mestre O. Gomes:

86.

_'1',1

ta de um preceito de ordem pública esse'que f!

, .','

,lo _ .' ~

gunda parte desse dispositivo, dá o fecho às considerações so.. ~." -

bre o diploma civil, em complemento aquelas feitas comi.?, re-

"Nesta altura,convém esclarecer que nao se tra

de perdas e danos, obrigando o devedor a satisfazer a cláusula"'1

penal adjeta, na ocorrência da mora, advertiu no entanto:"Nas";!.: --

obrigações pecuniárias, ~ perdas ~ danos consistem ~,juros

da ~, ~ prejuizo da pena convencional (art. 1.061P'. (CZ

digo Civil Brasileiro Interpretado, Vol. XII, 71 Ed. pág.323).

CARVALHO SANTOS, cujo magistério é imorredouro, ao comentar o

rem as circunstâncias ~ ~ tenha de ~ cumprido".

TOS, Forense, Si Ed., pág. 43).

85.

vontade, por ai transita, t8T11bém, o principio da força obriga, -tório. do contrato, consubstanciado na regra de que o contrato

é "Lex inter partes". E como prelecionava o grande O. Gomes,

"Celebrado que seja com observância de todos ~ pressupostos,e requisitos necessários ~ ~ validade, deve ~ executado~

las partes como se~ cláusulas fossem preceitos legais im-o

perativos. O contrato obriga ~ contratantes sejam quais fo-:

I •I(art. 956 ("responde o devedor pelos prejuizos a que sua '. mora

r I der causa"), mesmo acatando na expressão "prejuizos" a'· ~oção

~ COMPANHIA HIDRO ELURICA DO sAo FRANCISCO

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b) Das dividas de valor

Os arestos trazidos ~ COlação, não tênl a men

,Não se reclama o pagamento de faturas, como se insi

Ainda que tivesse procedência o pedido, dizer-se que

O ntundo jUridico ~ pequeno para conter tanta~ teses

to da illlpoI'tãncia devida, pagará, além dos ju­

ros, outra indenização fixada em cláusula pe­

nal". (Ob. cit., pág. 270).

Ora, no caso dos autos, havia cláusula penalestipu

89.

objetivamente considerada, seria divida de dinheiro,

lor. Estes são os fatos.

nua, mas um "plus" a titulo de compensação financeira.' Os Ban~

cos, quando operam com serviços, estão fora do seu negó.cio ca tI. . I

racteristico. Banco opera com dinheiro. Dificil admitir que a :

Apelante tenha contratado com os Bancos dividas de d;~~-eiro e:'·1..., ~ j' ,,;: ; l

queira repassar onus de divida de valor. Se divida houvesse, :. r!'

88.

87.

'",','

juros pagos no mercado financeiro consti tuern divida de ; valor

sa nova tese. Todavia, que se a enfrente:

<.: I::

'1:1,.

ja abraçadas pela Apelante e outras tantas que aguardam a vez

de serem focalizadas. Bastaria reportar-se a Apelada aos arg.!:::

mentos já emitidos no tópico anterior, para ceifar a vida des

lada, convencionando indenização que consistia na correção mo

netária plena, incidindo sobre o valor das faturas (já"atuali. -zadas com as fórmulas de reajustamento de preços dos r insumos ,

com Indices da "Conjuntura Econômica"), desde o vencimento a­

té o efetivo pagamento. Sobre este montante, acresciam~se os

juros moratórios de 1% ao mês, tudo na conformidade doe con­

tratos e ~ adi tivo epistolar de compensação da ~. "';

Por tudo aqui considerado, há de ser repelida a te­

se da Apelante.

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,é, "data venia", desproposi tado.I I

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falência dos prejudicados, todos ensejando indenização., Não se

ao direito civil brasileiro. através da obra DIREITO DAS aBRI

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e outros ge-

injus~a","r~

J.M.Antunes Varela, Prof. português, aqui lecionou e

Porém, considere-se também a tese pelo ângulo dou -

92.

91.

dos. são outros fatos, outra realidade.

mensal; do atraso de pagwnento, pela compensação financeira a

justada, e recebeu todos os pagamentos que estavam contrata -

enfrentou o desafio de legar aos nacionais, sua contribuição,

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da era devido o preço. Os contratos especificavam o pagamento

em dinheiro. Cump~ida a prestação pelo empreiteiro, constituia

-se o crédito perante o dono da obra.

trinário, quanto aos fatos mediatos da causa. O contrato impo~

tava na enlpreitada de obra por medição. A cada etapa conclul-

Diversamente, é o caso da Apelante. Estava p~otegi-'. ": I '~

da contra a variação de preços, pelas cláusulas de reajuste -

-; ~: (

sabe a natureza daquelas relaçoes juridicas reportadas,ie.. , '

condições dos contratos mantidos. O paralelo é inservlvel.

neros, todos ilícitos contratuais. Alguns mantém nexo com a

190 •

I ' relação com a matéria dos autos. são imprestáveis

to.

Estão vinculados a "ruptura contratual

cusa arbitrária de pagamento de obras recebidas"

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dono da obra da emp~itada, do verdadeiro

censuário (arts. 1.424 e segs.)" do emitent

co da obrigação fundamental do comprad~~; (art.

1.122), do locat~rio (art. 1.'188, in fine), l

Lá enfocou, didaticamente, a questão em debat~. Co­

meça por fornecer a noção das obrigações pecuniárias: ,", h'~,

"A obrigação pecuniária, como a próprtay~"Txpr,es".

são etimologicwnente indica ~ ~ ~ tem~por ob.1':: _

jeto certa quantia em dinheiro. É ,o caso;tipi-- . ,~...

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O dinheiro, comenta DIEZ-PICAZO" deixa de ser\',1

tra natureza ou a atribuição de

quisitivo ao credor. O dinheiro

ponto de referência, ou um~

"Trata-se de dividas que não têm diretamente -; "':lH :- .~.por objeto o dinheiro. mas uma prestaça~ide ou, . ".', ,

sUam como tais".-------

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; ; ""'subscritor de qualquer titulo de credito,,con traen tos U;:lS operações bancárias, ~'~.

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° contrato da obra de ltaparica, embora especificas. .,-

nelas um instrumento (procurado) de trocas, pa'J, _

ra ser apenas a medida do valor de outras coi-.,' i. ,:1'1' .

" -I·~sas ou serviços". I,; ;;;J':.'r " .~,.,',' "ijl'Passou a exemplificar: f.' f;. > .,. ' ."É por exemplo, o caso do direi to à lesi.~ima.,_

J ... ,'.t'i"I' .,.quando integrada em dinheiro; do direi tqi:à in­

:. a,) ,

denização, quando não seja possivel a .reconsti~ ",,~~~:~ ;- . - ; '"'tuiçao natural ou reparaçao da especie",(Ob. -~ , ,j;'.e I '

cit., págs. 346/347, 364/365, Forense ,::'1 1 Ed •I',l~t ~ '.,'t.1

". . .... "",1977) " ",,..,. '" ' ...-,..,., '

do nominalismo. Abordou-as assim:

"A obrigação diz-se pecuniária, no sentido,ri-. . . ~+~~'"

goroso da expressão, quando tendo por~~~jeto u

~ prestação ~ dinheiro, visa proporcionar ~- I ~ .; ,

credor ~ valor que as respectivas espéciespos:~~.\!; -

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Também considerou a tendência de forte corrente da

A seguir, definiu-as no sentido estrito:

COMPANHIA HIDRO EUôTRICA DO SAo FRANCISCO

tamente das lições de ANTUNES VARELA , por

cessivo e execução longa, contemplou escala móvel de

se contraprestação tipicamente pecuniária como' se infere

94.

doutrina moderna, que destaca das obrigações pecuniárias 'co-, _1',.

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muns as chamadas dividas de valor, para nao sujeita-IaEl,!i o.a ~, ,; ; :,'~:J<ti ~ , '.. ~.;-,

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93.

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lecidas em contrato para o dono da obrL'. Mas, do tipo.,stri­

to, ~ dinheiro, com mecanismos de atualização dos preços e

compensação financeira pela mora, autêntico seguro contra o

rigor do nominalismo. Assegurado assim o equillbrio financei-.. ~~t; !

ro do contrato.":.:'.,"

Não há pois que se falar em "prejuizos" , indeniza ~.' I

çao outra que nao a ajustada na cláusula penal e, consequente",' -

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dos autos.

DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA"

397 dos autos.

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"IX - DA TEORIA DA IMPREVISÃO"- fls.

curso

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E - Das alegações contidas ~ itens ~ ~ X~"I~,l

COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO

mente, em "div'ida de valor". Improcede a tese.

so de pagamento.

Eram obrigações pecu~~árias, sem dúvida,

(cláusulas de reajustamento) de acordo com o mercado

ção monetária plena, cumulada com juros moratórios,

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Os elementos que combatem essa tese já for~~\tão la!: ,'i!']:.!demonstrados ao longo da contestação e"da sentença, e ';~,~:~

ro, 11 1 ~d. Atualizada, pág. 196).

gamente

ao longo dessas contra-razões, que se tentará resumi-los, ao':~ r

estritamente necessário, para não ficar "in albis" mais, essa,: ~Y'J, ..-ij' Itese. ;, ~t~: f

:J A I" (!!1

96. A teoria da imprevisão, provinda da Cláusula1l'rebus.

sic stantibus", na observação justa, e ponderada do Des.: Ferrei. ./:

ra de Oliveira, conforme referido por Hely Lope~,Me~~~~tjS' ~

admissivel no campo do direito at1ministrativo" "embora/~xcep-• R' Icionalmente ~ ~ boa~ de prudencia". (Dir. Adm. ;Braslle.!.

95.

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trina e adotada pelos tribunais. Todos os autores que I.trataram"1' .

do assunto foram unânimes em recomendar rigorosa análi~e dos

,gócios juridicos no Brasil, por razões óbvias. Deixar ,de acau, - -

telar-se contra a inflaçao cronica que assola a economia, dei• • I -

xou de ser imprevidência, para se tornar ingenuidade. É fenô"7:'.

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com que tem sido admitida pela

a exceçao.

Dai a prudência

De fato, seu emprego em largo espectro, notadamente. , 1.' !

'" '" 1motivo inflacionario, torna inviave1 a segurança dos, ne-

COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCISCO

gra, nao

meno tão corriqueiro em vários digi tos, que a ninguénv~urpre-, :" IJ

ende. Configurá-lo como imprevisão, esta tornar-se-ia,~:: re-" ~ I (1~ld ,

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~~ stantibus nos contratos públicos'quan-

98. Hely Lopes Meirelles no multialudido estudo Licita-~-'l··' -.....

çao e Contrato Administrativo, para citar trabalho seu.úijmais"," .

"Exige-se que a alteração das curcunstâncias

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cláusula

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administrativis­~;:.:!í t

. "'):~ ~~t:{, ;',i' :~1 I

se justifica a aplicação da

econômica extraordinária e extracontratu-, ''''11 "

revisão: do 'contra:t;lhL< ob ~, ., '" ":,( 'i';: / ~ , ,f:::t~j';; .. '

.~ t', ' '~);:jt~ ~ ~ ~ : iI :.' : \ h':'~l

aI é que autoriza.a,cit., pág. 207).

~:>~i ~.

.,. . ~

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álea

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pria do contrato, que rende ensejo ao r~ajuste

da remuneração contratual avençada inicialamen

pelas partes. Não é pois a simples elev~ção de

preços em proporçao suportável, ,como álea pró~,

11 ••• Só

do sobrevêm fatos imprevistos e imprevisíveis,

ou se previs1veis" incalculáveis nas suas con­

sequências~ e ~ue desequilibrem totalmente a !

quação econômica estabelecida originariamente

Orlando Gomes, por seu turno, dá o contorn9.",sj.a.. ""'i/":•i .: :previsão:

99. '

recente, preleciona:

( !!

ta e um civilista:

seus pressupostos. Para ilustrar, veja-se um. "'.,

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'~"~ ;, (1;",,'

lo Carneiro Maia, in Enciclopédia Sara.iva":de- ~;(:,;

. 'i "

Direito - Vol. XV, Ed. 1978, pág. 154:

palavras, a imprevisão há de decorrer ,do",; ',fato,

de ser a alteração determinada por circunstân-;'" • • '1 ';, ó ~~,;

cias extraordinarias".

Artigo: "cláusula rebus sic stantibus", ~e Pau

contratante cumprir a obrigação., por se,.i,tertoE·:'i·

"Assim, queremos crer mesmo e ainda que,. de le-=

~ ferenda,. o critério desejável, para ~'.lindar';1 '-,

a aplicação da teoria da imprevisão, se'reduz,: .', .,. ,,'."'.. .... ' ','. ::~

em linhas basicas as proposiçoes seguintes :';':!, .

,

ja de tal ordem que a excessiva onerosidade da

prestação não possa ser prevista. Por outras.-:

se sacrificaria economicamente. Chega-se a fa-" , -

3) Não basta qualquer~udança,

vistas de ordinário, mas sim é

lar em impossibilidade". (ob. cit., págs., 46/

nada excessivamente onerosa a prestação •. A,mo-:....~.,l" ~ 1 ", ...,;. "

1 I',

dificação quanti tativa da prestação há: de, ' ser,. ~ ,

tão vultosa que, para satisfazê-la, o: devedor..; :'

1) o acontecimento determinante da mudança :.,de:I "'\,1 ." ., ,

'circunstâncias deve ser imprevisivel ao:-:'tempo:'( : li , : j. li..

da celebração do contrato de execução su~essi-lil' I ilt-t,\ 'l. I· I:

, i, ~"., :[f,; ',', l'

va ou diferenciada. ' 'r';;:;:! ..,: T, ~~, ~ '.

2) Este acontecimento deve ser anormal no âmbi", .-,

to da álea extraordinária, fundando-se 'na' i le'-:,r. . .' t':

são subjetiva, o que, se·pre.'~isi~et•. ry,ã?ii'it~,Z:~~,

levado as partes à conclusão' do contrato.1'ti",i:)!(::.:' "" ~., '

, • ,". . ," I,:, ,....................•.......•.................. ,

",; ; , ,i!~":o~:~t i ~'H!~~, ,tI

"Necessário ainda que a alteração tmp~;~yi'SI~~~I.. ,do estado de fato determine a dificuldade,' de"o

'j,L '

47).

Ainda sobre a matéria:

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Ed. Rev. Forense, 19~5, pags.~:~,

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exclui-los para evi tar~ pro-'7 ': ~~l"

sobre o que já,se el:!:t!'lbiliza".,jl·" -~. ~~:

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o da revisão judicial desse contrato, pa-\.~; ,. "restabelecimento de seu equilibr~~~lorde~

Alfredo de Almeida Paiva, in Aspectos ,dQ Contra-,' -

to de Empreitada

64/65:

resolução por onerosidade excessiva, sendo pru"'{I. -

,.•......'.'.. ')"

" ..";" ;

:.,~ ,',o,., ,,"o, ~ _!" ,",

tecimento imprevisivel e lesionário torne o con ...;,,;'. '~,I """:' .,:~;~-

'" ..... 'jl" .... (

trato inexequivel em sua essencil:," ou ~.'!\,~~i toda~ ih

'" ,t',. ,.}\:~.l . I 'rl~~'

as suas clausulas. /'o. ')':~r;J1 ,. ';i'i'rt ,., "i'r-H " • "",/"",, - . ':',' _" :.:.~.v-

5) Os contratos aleatorios e unilaterais,!! nao· ;i;;~'f

comportam que incida a teoria da imprevi.são ou ·:"{FI" ....:;,~' ..

J>

ra o

nando-se, todavia, a rescisão

~, em hipóteses especiais,

gra,

ma das partes.

tenha sido extraordinária e altere profundamen,~~, I _

te o equilibrio das prestações, ocasionando·17~'

ruina ou prejuizo sobremaneira gravoso para, ~,. ~'~j

4) O efeito da teoria da imprevisão é,em

dente e mais útil

vável insegurança

vali. (grifou-se).

Finalmente:

COMPANHIA HIDRO ELURICA 00 SÃO FRANCISCO

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. i, , "Requisi tos que justificam a invocação cl,a cláu, ".

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um

bus sem que ocorr~ um acontecimento

e imprevisivel capaz de alterar

çao e aplicação.

.,sula rebus sic stantibus - tratando-se ,lide

-- . 1:-""

:~ 1-\ •

,di rei to de natureza excepcional 0,' a aplicação da :'c.;. ~'':41f'" . ,r.F

~ . . r, r ~.!

cláusula rebus sic stantibus requer e :.impõe cui .;""-- , " i~~!-",'1 -, ~r,,!

dados especiais, sendo important~ ass1~~~ar as~s, _ 0,.' tf' ~'.l:';

hipoteses que poderao justificar a sual.invoca-!." '. "'~'''':' .' ' . ·A.i_ri :: ~;~~t "4:i",'l'. ......... ' ",.",

.. f "~l:" .. ...,i~;

Como resul ta' de seu próprio concai to, :,nào po.d.!:, : .!;,;f;:j!::-.o:"";t,1 ~, ':${..,

rá haver invocação à cláusula' re.bu§ .ê.!S~stany!\:{U·

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cionada.

Não bastam, porém, estas circunstâncias; é im­

prescind1vel, ainda, que o aludido acontecimen~ -. -

.. I.:'Tal acontecimento devera ser anormal e:imprevi

';~'\'I' -

sivel, de modo a escapar inteiramente"à ~capaci!', -

dade de previsão dos contratantes. ,,;:1.,~1

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das partes contra ­· :·i- ,agravaçao tal! das• 'A' ~j •

de natureza lucrativa.

tantes e que determine uma

to seja estrarlho à vontade

condiç;es convencionadas que impossibilite e.' "i

torne ruinosa a execução do contrato,ao:con. ;~~!

trário de operar simplesmente como mot~y.o de,'i:

redução de lucro OU imposição de prejuízos den

tro dos limites normais de qualquer atividade..I.!

a situação de fato existente por ocasião da es

tipulação do contrato, tornando excepcionalme~

te gravosa a execução da obrigação nele.' conven-. ~ . i

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to a opinião de GASTON JtSE, que resume a tr~s . q

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a imprevisão, construção da doutrina, só~ I j";' ':.! :

de acontecimentos extraordinários'que po~

à beira da ruinÉl. se :for compelido"oa:: cum­, i' ~ ~:, ~

as condiç;es referidas: a) que as partes nao

tenham intervençâo nenlluma nos fatos que deter"

minaram o desequil1brio econamico; b) que es-'

tes fatos não tenham sido previstos; c)~que os

fatos tenham corno consequincia a subversão da

economia do corltrato, provocando prejuizos que..~

excedam todas as previs;es que poderiam. ter s!

do feitas no nlomento do contrato". (grifou-se).

vê-se que

-. 'Se assim nao fosse, estaria quebrado o principio

" pac ta sunt servanda" que rege o contrato, responsave~

prir sua obrigação •

sam levar o devedor

se justifica diante

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mas realmente visto e dando a certeza- -

bus sic stantibus, a sentença deu cabal".espos-- -- :.:" -ta a todas as arguições do apelante. A ~p:lica-

ção dessa cláusula não se fundamenta em,.aconte"'''I. '

cimentos que não' tenham tido incidência",direta~;. i

e especifica nas relações entre as partes con." ~;t.'~~ .. -

tratantes. A Justiça não abstrai:do casgtl con-,.... !"I j

~ _ '.~~1

ereto, que e a tonica de sua rea~izaçaoJ;~jOra,_ 't

'no caso presente, a apelante nao. demonstrou que~" ';'1

~~ 'I

os acontecirnen tos a que se refere tenham.~1 tido.:. -':"'~. i~

repercussão mediata ou imediata na const~ução i~, ': ~ :. ", I ' , ~

"." 'i.ll 'do edificio. E, alem do mais, o contrato!, foi_ _ _ _ ;l~ __ ~

celebrado ~ tempo ~ ~ estava'~ plena _~-;

censão ~ alta dos preços, ~ inflação, ~ desva-;

lorização monetária. ~ acentuou

"EMPREITADA - Construção ajustada por prazo cer• • 'I -

to e preço sem reajuste. Recusa do construtor''. ·:·H~'f' ". ' r

em entregar as chaves antesé,de5 ,rrcebe~l\~h~~,re!}

- ,. I"' 'rça a mais no preÇo - Açao cominatoria_-~P.lroce-

, ~Il r ~.", ~ I

dência. A aplicação da cláusula rebus ~.~:.i~ i ­

tibus não se funda em acontecimentos que::), não,: .. lJ ..

tenham sido incidência direta e especif+~a,nas_ '/c,' I' :

relaçoes entre as partes contratantes.~~~~ Ap.,

133.154 '- Tribunal Alçada Civil s.paulo;a{ apud. : !' ~

Orlando Fidas e Edson Ferreira Cardoso,· ..·in "CO!}

tratos - Ed. Universitária de Direito, '1980,II~ ~r:f~

volo, pág. 523).:''f\~,;.~1,,_ , t-·p ..

Trecho do acorda0, pago 524: '~';H

li ••• No que tange à aplicação da cláusulfl re-

COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO

tranquilidade das partes contratantes, ao presumirem .que: .lo' 'l6 ': .'

estipulações livremente assumidas, serão cumpridas

condições adversas, como atesta a jurisprudência:

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como constitui -~;entre• t! l' ,<-.".1, ~ i ' : .

de vida". Rev. Forense,

perado e injusto para o credor". Rev. Forense,0,." •

214/204.

"A cláusula rcbus slc stantlbus, inspirada em

razões de equidade e de justo equillbrio entre

contratantes, só tem aplicação em casosexcep­

c10nais, imprevistos, de que resultem ônus ex­

cessivos para o devedor e enriquecimento ,ines-

nós a ascenç~o do custo

218/187.

slvel, e não de rotina,

ser aplicada quando o fato anormal for imprev!

"EMPREITADA - Reajuste de preço - Alegação de

majoração de custo de materiais e mão-de-obra.

Fatos previslveis - Ação improcedente - A alta,do custo de materiais de construção e a"eleva-

ção do salário mlnimo são fatos previslveis em

nosso PaIs, e incapazes de justificar revisão

de contrato de elllpreitada".(Jlp. Clvel 122.611­

Trib. Alçada S.Paulo - ob. cit., pág. 557).. : ~ J :

"A cláusula rebus sic stantibus somente·é de

construções". (grifou-se).

nao seria remediado ~ curto prazo. Conseguen­

temente, ~ ~ ré conLr'atou ~ prazo certo ~ ~

preço fixo, evidentemente computou tais fatores

com margem suficiente de cobertura de seus ris-- , - ---~. Não consta. seja ~ ré neófita no ramo de

Após essa moldura doutrinária e jurisprudencial, in, 'I';

daga-se: tendo a licitação e a contratação ocorrido em'meio a- • 'O';! l

101.

grave crise econômica, que se seguiu ao 2 Q choque dopetró1~o,

inflação descontrolada, turbulincia polltica, pr~ços

são, mercado de trabalho fortcmen~ reivindicatório,

tecimento do mercado interno, escassez de recursos,

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•b) Do enriquecimento ~ causa

Sob esse titulo, a apelante alinha os mesmos

Por todo o exposto, também improcede a tese d~Ape-

Finalmente, os acórdãos invocados pela apelante~\\ ,

lante.

102.

103.

go da teoria da imprevisão? T~nbem NÃO.

provou. Sequer demonstrou.

cido desde o inicio da década, por si só justificaria o'empre. ,':··-t! -

A prestação do dono da obra era de natureza pecuniá

ria, do tipo dinheiro, protegida com escala móvel e correção

monetiria cumulada de juros moratórios, por eventual atraso de

pagamento. Nada de extraordinário ocorreu que alterasse o es­

tado dos fatos existentes ao tempo da formação do contrato,se, . -

nou.

não as modificaç~es normais, perfeit~nente suportáveis e coe­

rentes com a álea do contrato.

o processo inflacionirio brasileiro, tendo recrudes";

~'-"'~I',-,,

ra sustentação da sua tese, podem ser válidos no contexto

que prospcrar~ll, não naqueles em que o caso dos autos germi -

..telllporâncas ~ 1 ici taçâo, ' COl] tra taçâo ~ execução da obra,: hou-

.' . ,

ve, algum outro acontecimento extraordinirio, que a Apelante -I 1 " '

não tivesse previsto ou fosse imprevislvel, tornando ,s~;; pres, -tação excessivamente onerosa, ao ponto de sacrifici-la~econo-:

, . ':·l '

micamente ou ameaçi-Ia de ruina? NÃQ. Se houve, a Apelan,te nao

tivo epistolar), sendo todas as circunstâncias descritas ~-,

.çao adequada, pelos eventuais atrasos de pagamento

setor público, devido à retr'açào das agências de financiamen­

to internacionais, e, de outro lado, assegurada a recuperação

dos preços do contrato, pela fói'mula de reajustamento que co!!.

'siderava, integralmente, a elevação do custo de todos os insu, -, ..mos necessirios ao empreendimento (vide contratos) e compens~

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grifou-se).

haja ~ fato

guém; b) que

d~~nrique;~f,t-1'~~ -

..~~;!~~~ ~. "'!(<l- '\' ..

liA obrigaçao de restituir, fundada nO,:injusto"~/!J '

locupletamento à custa alheia, pressupõ.~; a ve­. ': l

rificação cumulativa de três requisitos.:.! a)que~ .;'.1. t

gerador de enriquecimento 'para aI

Sob esse titulo, a Apelante repassa praticamenne to. 7 '.

Todavia, por amor ao debate, novamen~e se ~~s?rre ~" '!:~1~

COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCiSCO

105.

à saciedade.

tudo já cabalmente respondido.

cimento ilicito ou locupletamento injusto:

às lições de ANTUNES VARELA , para a caracteriz~ção

frido com a captação de recursos, a mora da

trato.

tera também a ofensa ao equilibrio econômico-financeiro do con'.';~',~( -

mentos já combatidos em outros tópicos. Novamente a estraté

'104.

,. '!

·,,;,.··03 l

~.".

Já demonstrado, vigorosamente, que o equilibrio' do ,.,:~?. trti ~.~i. ".:~~~~:

contrato não foi afetado. Inclusive quando se:'tratou'.:da; impre~',;í'}.' ~ l·i :,;;~: -. ,:.,:;~;;.j

visão. Não concorreram as circunstâncias ~~t~~ordiná,r,~!i':r ; ~u~ •. ':~f:!- .. ",.,"''';''','''' IR11~"'I""I"'" "...... ,"justificassem a revisao do contrato•. "',.'.' oro ,:' ;'0': 'li' ~)..:Ilh:< ,. ':;'l']::

" ... ;'t,,·, i [fI ~:'~

Depois i repete a ladainha dos prejuizos qu~?~~ria s9. :Jfi~;'! .; 1, ;', ~;~~j

AP. elada"le:tc, etc, "~ii1i1:1·.. :. "f'~' .' '·:'~ll.,

:'L ·:,:'~~lj -, ',:"f'~ .'... . _1'_ .. " ..~ '~ ,":.~:ll-~,,,1

;:'.;. ")~I!,."I•.• d

'i' .;'I:'!~", , ..,'. 4; ,,,~.

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; ~:,J ,i"'., -.. t ,1",,~l!, i,' ~

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,,:'-;.,,":4.'I" 1• ,f,

o enriquecimen to proveniente des- ,,.:q?~

~ fato careça de causa justificativa; ':~) que,: '~~1

o enriquecimento tenha sido obtido à c~sta de~"rm- --- - : .' - ·;~~t,"

quem requer ~ restituição". (ob. ci t •• pág. 194·t,iG" , +'';J . ""I,.i ','1'\~,1 , .,:_;~,w

'J-" ~~'.'~iW4. i ;~:"~:V'.'~ ~"oWiiIl'. I <i~''''''·"" ~ "~~01 I 1,"'~JPi.... -' ~':'~';:~~

Onde localizar esses tres requisi tos 'na conduta. da "!:tr:;',. ; ~;,IIt; 'I, .'.•,:u...~.

,~.~:," , ~~í~'

Apelada? Com certeza não é nas alegações da Apelante d,tOdas ~ .~:~,

las inconsistentes, como demonstrado neste e noutros' tópicos, "1itP"_~ I '~}j;.~j i ,'~~~..,

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F - Das alegações contidas ~~ g do Re'curso '. i',,;::~_

"ITEM XI - DA INDENIZAÇÃO DO' C;ST~ FIN~~~IRO'" !;:'1~~\;~(fls. ~97/400 dos autos) ::;",'1; 0tI9

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73.140/73;

C.C.) •

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do Dec.

Responde ,~ Apelada:

COMPANHIA HIORO ELETRICA DO sAo FRANCISCO

gra do jogo, como tentou pela via administrativa e ago

do incidirem os motivos da atenuação;

6,~, 7 ~ I;~!? 50~ í'~;~l;..:. ,.. ~i ~"lri . : '~ ..~f:'1~ ";~iict I'T I" ,. -o" .

Se deixou a Apelante, igualmente, de propor ~:para-I. I '_~I,\_ _ ,.+!- ,f; _

da obra, revisao ou mesmo rescisao do contrato ,'')',l nao "i :rf' '! '~.iU ,i ( :

obediência ao principio da continuidade ,: atenuago; "na i" ' r'"!;' .

lei, doutrina e Jurisprudência, conforme se demonstr01:',;\~quan-i'", r , •

~ ";i;.l"; ~

I 7,:.:.:;:t J'; ,. ,(I .

Deixou de fazê-lo, para ocupar sua estrutura.,e i', ; ~ I .

cursos então ociosos, alimentando "a esperança de, mudar,'. , .

107.

do Dec.Lei 2.300/86 e art. 1.079 do

face da lei (arts. 3~ e 50

são econômica, cuja única obra de construção pesada em anda -~r .\., ?,IV\'

mento no pais, a cargo da Apelante, era a Usina.de Itaparica.1 ~ I

A captação de recursos, portanto, foi:sob sua ;;contaI ~,'.:

e risco, desprovida da AUTOllIZAÇÃO da Apelada e,' sem l,9.: seu ,, '

COMPROMISSO de ressarcir-lhe os eventuais ônus, portanto semI, di.

nenhum SUPORTE CONTRATUAL, inadmissivel pela via tácita~, em

não estava obrigada a financiar a obra e, ao

podia paralisá-la, por força do principio da

obras públicas.

106.

posto prejuizo arcado com a captação de recurso,s, alegando que" .~:: '

De fato nao estava a Apelante obrigada a captar re, ,,:.1

cursos para manter as obras no ritmo que lhe convinha naquelas.... ..... , "b·""'l i

,c~rcunstancias. Se o fez, de moto proprio, foi em apreç,~.1 a a- "

proveitamento dos seus recursos produtivos, em época de~reces.';'" -

refutá-los, em ratificação de sua tese, mesmo Já havendoded~

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zido sua contrariedade a tais argumentos, ao longo destlT~ CO!!:' !:\:,~~:

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J';' ~lt~,;, ~ :'. ',>~L, j; " ,,'li

Diz ~ Apelante ter direito ao ressarcimento"do,' su-" '7:'ll. ;'.;...t..~,:r;

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IJ. isaçãoI' ,foi por

da a matéria debatida nestes autos enfeixando os argumentos.;.~ J.i:tlt~~.c, ~" ~

:':!:~' ,I,,,I: '.- - ,Apesar da repetiçao, nao pode a Apelada deixar''''H

nas diversas teses antes abordadas.

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Responde ~ Apelada:

A decisão de captar recursos foi da "economia inter

Responde ~ Apelada:

COMPANHIA HIORO EUTRICA DO sAo FRANCiSCO

insumos utilizados.

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Diz ~ Apelante que a escala movel de preços ·..:r~buti, >~t:

da nos contratos devem ser modificadas quando superadas, para ·-:'.;'·i~. ~.;i I .:~~::'

garantir o equi1f.brio do contrato e que a OTN e o IPc~l3ão in-:-d~1

dices inadequados para reajustar preços, pois segund9.J~1'1PÕe ~. '~~r .-, .t" '"

Lei 6.423, deve o reajuste espelhar a variação no preço dos ;7:51!~: " ";;..; 1- "i,~lk.i(1 ~. ... 1 . , .....,l''=':''

.' • .; 1:. )1,1\"'" ;:. ~"""":.'" ',. .,J' 1~1' r .o~~j"',$.~ r' ;'~'o~I;; k . """"~~'.':., !:,: !';'I~~lt ; . . '~r\t:;;.:

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.. ;. , ; .i.: U1~~j~ t "o,; i:'j!f ;:-f~l;:As formulas matematicas contidas nos contratos CT'" :':~~i

• • J J; "':.u~ I y.' o',;''1frf

I-227.280 e CI-I-227. 281, cláusulas 55 e 57,· aS,seguram'1:exata- '''tij,).. '. ,'. ~_"j:q ~('1i-

mente os criterios pregados pela ..Apelante;. Se, Variaç?;~,~i' oc T: .~. ft~

reram nos v~rios insumos utilizadoS, no empreendimentC?.I1ã caE, .: f.,I'~.1

tados nas formulas expressas, as criticas devem ser di das\. ,<, ~

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alegação de imprevisão e injustificável a quebra do principio, .. :~.

"spread".

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'al t~~l " .;1tx.

·.t.! ~..t': '~:'~I'. :~- 50 - .,,,.::-~~~:~.,I·~:4j

J"!' i':l~r. "''''. I' ..• ' li!i!\~; I" ;;'1'no Judiciário. ·;:'W. : ,.i'.

Diz ~ Apelante que a correçao monetária rep;:senta;- ~ ,Ji:., tt::l'I~ : l-

ria indice inJusto, porque os bancos' cobram correção; ~:juros e ':r::.. ;...:.:.. :;:~.,

'1 . f' ',~l:' '_,I·',"':'.; ';~ ,.-::: ", L;,t,'. ,. \ 'il''''I''''''j'I . ....<M'.1· ". "I." •.l.,~ . "~. I'" , ,,:.~""111; '?;, I <, ,I.",' ';~t7~.:!'.~ I 'lo1"'I;!1 " . , .. y·t,;:;' 3!:~~~'t :"'.S":\:-

, -: ',~~/~~~,+~; '''':~r .

.. - :;"'41i-'i;naU da Apelante. Ao empresario compete a opçao de in~estir ca ',. ~.;"

o .:., ,-, ... , _.".~ ':'~

. pi tal próprio ou' de terceiros. Capital próprio, diSpel1Sa: l'spre -.'}~!~, - I' :.'~" • t ~'~~'l ' - '1".1;~·1'

ad" e outras taxas bancárias. Obra do gênero-r~q~er'g~ande ca ,':;·~it."! :' ::'l~~ 7 ·...~·~:1~

: .~! 1 ',' ,~~.• '

pacidade financeira do emprei teiro, exigida no edi tat:#i ' ! . ;:::~r

Insuficiente ou nao a correção mo~et~ria (~~~uece ~. r~~t;. Apelante que a ela se agregavam juros morator~os). ~,;c::2mpensa·.;r~:- ."~ .~

çao financeira ajustada constituia clausula pena~ par.~41~ morai'~tt~~· ~,(.,

e suas consequências (suposto prejuizo), livremente ,re,~\~~pula~':::'i~.

da, em meio a desequilíbrio econômico e financeiro do:tpais.'·i;~~I ~,,,. r '~:fa

Vale ressal tar que essa cláusula adJeta foicdntrodu ';iI;1W,;_', Jt" - 'I';:;l~i'

zida, após a licitação, em SIDE LETTER, precisamente p~ra amoE'~~.. ::' .. !,(':\~::"

tecer os impactos das incertezas da epoca. Portanto,. i,~cabivel ..I'7~;_~ '.. ••.;.:.0-"

-":/.t: 'fn~;

."pac ta sun t servanda".I !

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C O N f. 1= Q,,ê, Ã O

QUANTO AOS FATOS

IV

Do processo e de todo debate que

COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO

1\- "W "1

Os instrumentos contratuais CT-I-227,'280 e CT.'1'I-227,.:~,i

281-, de fls., tendo como objeto as obras civis ":da USi~~[hidre' ..~~i'".' "~:~ ... l -,o .~I~.'",.•

létrica, de Itaparica, no Estado de pernambuco,~,t:oram·'.f+rma ~ ;";~"

doe, apóe poroeeeo lioitstório. cujas condições e est,~p'~laçõ~s.:~'~;'§\, " . 1

eram do conhecimento prévio de todos os concorrentes, q,:i',

ve as cláusulas de' reajustamento ~e preços .':':!:,l~j;' ,;', ,~i;

A 11ci tação e contrataç.ão da obra ocorrer~'::~~o-' ';~1'~,q::))"

. "~! ...-:"'f: ~

'. z:,·~:,§ '~:~l,:,:'l

.' ~. .1-\:.,,'" '~. ',1,

112.

floram naturalmente as conclusões, adiante

e se confirma ~sentença.

110.

r "111.

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" ~,Ur~1!.<::,;-s ,....".• < "~o ".~~ ., '~'; .' \:,I·.i : " ) ,. . ~... ~:t, '~;~H1 ~, ;"1: ,,~ ~',:" '~

~ '~. itr~1+"f,~ ~ i "\'-Sfi~1 'à metodologia de aferição da Fundação Getúlio Vargas;·~.insti - '~':~',

tuição de reconhecida tradição e independência!no lev;;:tamen~ . ~':;:l;:J:~. i • r~~~~'l

to de variações de preços e composição de indices, para .todos· .. 'ii~.~ :os setores da economia, notadamente no ramo da:.construção ci-. :lt:I

• •. ' ''', ,~'.~' :1

vil, devidamente publicados na revista "Conjuntura E:.l~~f~ica:" ""'.:vJ':. _ "'{ •••. : .... 1 '

Ó que seria uma injustiça para com aquela fundaçao. i.:-""'; " ;'.:!,!.','~'",'" "~h\'~:

.. - 'I

"" Quanto a modificaçao do contrato:t l\lo~.ente '~~,if!~Jlo~,:~;;

"s:i.vel. por mútuo consentimento ou motivado pela ocorrência de ~1:,"I" - ,,,..,..,. ,. '. V, IH

'" . ' ",' ',' ·:".~r1J1

. acontecimento extraordinario, imprevisto 9u i!'1P.revisi~~;L, que l. ;,u,.'_ :'.' ,,~ .,: ~1';~~ ;:~. _ <,~l

importasse em onerosidade da prestaçao de tal monta'r~que nao . ',;,\• ',o ,. " .:: ~.~\1 "; "i ~·tl

pudesse ser cumprid~ por uma das partes, .sem s~crifl~i?:l econô "~j;l' I.•

mico ou risco de ruina. Assim dizem os mestres: administrati - ' .."i:,~' 'l: Y:lfj .. ··.f,r '

• í' '.:, .• .1 J ,•• ~. '

v~stas e civilistas. !" ::,.;;tj. . 'IH,;!

Se prejulzos houve, foram devidament~: inden~.~rdoS' ,,;'.::1.na forma prevista no aditivo epistolar, convenção esta';'adota- )k

, ;, . " I ,". :.; ., ~I'I ~ " :1 •

pelas partes após a licitação, para resolvê-las. :.~;~·i "-..' '1! ~ ::' : I'

'" i~'· "",Mais uma vez, a Apelada e OBRIGADA/COMPELIDA I a con-;'.'~

! ~ :~'i..:,.~ I '~~.V2'~" J ,~,.,'~.

cluir que improcede a tese da Apelante. Improcede seu,' j)~dido,:'i~}i

fi '+~~. ':~;·!i7r~:.~

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. .' ,.:,. I,PEDIDO·AOQUANTO

a inexistência de

o pedido da Recorrente foi formulado para

Se a Apelante dirigiu-se ao

COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCISCO

também, sem o compromisso desta de

116.

nomia interna", sem Autorização

que a Usina 'de, ' ..;~:.. : i , I

,. ; ~ 'iItaparica era o unico empreendimento de vulto no paiS~jcargo

da Recorrente, naquela fase recessiva da economia brasileira.... ":pr~~ ....~~! í

captar recursos, visando assegurar

o rêz de moto próprio, ou, como

dos seus recursos produtivos (estrutura), vez

juros moratórios de 1% a.m.

115.

114.

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, il~"'\ l ' . ,:. 'I)... ,.', ~ ~'~'fI

" ,,' ~ .J'.'. , . , ',o .~ •.•,!'4 ~. .~..'. 'i': r _'..,':.... :~.

';-.l .•. . 'j''')'1 l, . '1' . ':'''.L ., ,•. , - ~ ~'~lIJ í ' ''i;'(;''.. " ' ""~~l i : '" • '<li'!',',,,·~~"'J';'9 '~ ~ ,~V f

. :';"~11 ' "\q.r; '": ,f 'lo l"~' ~~

1 .-"! - 52 - ", ~, 9 .;'~~~l,i . ,';Ti'!I' !~j,t l' • • ..,;... I

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, ~. TI, ,.~ '. .:. ",~ i I.... '. .. ',. 1 'I : :,:- ',. ~::r.• ;ca de crise economica mundial, subsequente ao' 2 a choqul:l.' I dos. ";'::11

.. "-'~ I· ~ .( ..'preços do petroleo, com profundos reflexos na economi~\;;Frasi- . i.~:i!.i

leira, onde já se instalava processo acelerado ,de inf1.,~~ão,e~>,:E~1cassez de recursos no setor PÚ~l~CO e ni tido quadro ~eill!'~I~nce;r;;-:I;'f~~i~~j

" .. J;, f ,j .. ".,:.~.•~"., , , 'I •..~ ~~ J

tezas. . . :.,;. . ,·;·'·...11'1 J,' ''';'Í>~r '"," I ")~~!f, ""I':*~~:J

Portanto, a "alea" daqueles contrato~ estav~'~~~rrei\.:t;:".~ ;llí ,: i~:'1!l~(~} -j .; TT':-:'t~1 l"~" ~.,' ."! " ' ;..:, .l~ '~ ~ I: .' "( ri' ~tamente configurada. ;' ~ ,'. ;"f;J' ... P,T~~1'I' ·'r· " t'~l'_,l'i.., l' \ ·,..l,p~",_ ~.' " ;:1 I, r_I" ,:~'~,"" .'

113. Exatamente para neutralizar essa ~aleal,l, alk~~; da~>~12' !componentes de custo embutidas nos preços basicos da obra, pe . '~r j

, ~ "~i' ~,.~,:.~", :- -:, .':~:~ ~

lo risco do empreendimento, e da escala mÓ'fel ,!cujos r.~ajus 7" . 'TE :,I , ~,i.'\ -:' 1

tes se pautavam pela variação dos preços dos insumos utiliza- 'i~!:( '!," .~j ,lo,:.:.;" 'J; ,! ...I;l.~

dos. expressa nos indices apurados pela independente e.' concei · .•i·,... 'j -.1'

tuada Fundação, Getúlio ~argas: pactuou-se,. em' c:"o~venç~'qi adi ti ~~'#~: ,1

va, posterior a licitaçao, clausula penal pelo 'latraso,d~. ~-;-{./~~,. ilgamento, para indenizar os "prejuizos" da mora,.: consilij.~~ndo.n,a ,~.•~"

, ... -..-..:lo';'

correçao monetária plena da obrigação pecuniária, acrescida de:"5~S .• ~· .;.. . ,,~..~ .. ",,\1, I . . ': :•.., I i

'I ' , ~ .", 'l· :,' ,.'''.'';'; li '1.,~ ";'!:t"' I "

." 1 ' "!'.~' ~,l 'j 'Ir' ''''''~'' (I, '~l''':, 'J']f"~,~

Para evitar postergação da execução da obra;·'·que po n:f.:' :1I : ;100" - ~';"'ifr~ ,1

deria vir a ser imposta por parte da Administração, a,f'p~lan-:.. ,1~(( 1p'/",l<l./Ll'''1 :.. ~I':': ..

.. ... ,- ,,,~;,I 'JI,,~ :fte nela prosseguiu, no ri tOlO que convinha a ocupaçao ,t,J.: plena .:,~~; ':

'oi .:: ,;',~' ;.;.,~ 'j-~~:~'. :,

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mercado financeiro para ~,:i'-; ~, .~'::,! ' ,~.;j-;;' ~,

sua estratégia empresarial, ,: ::.t', ',1.' , .. t~ " .:;~i:' '~

confessa por razões de I "eco- ,. :.::1, !, 'r'_ .... :'li' l, .,. ..\ ~ . _.- ~·~·;...I

ou Determinação da Ape,lada e ,. :,~!:: i"... ".,1,,;. '. ~ .'~ti ~

ressarcir· o~mus cia.qy.ela T ';';,;{ I; I : "i;."'" ~

suporte contratual pa~~.; aquei ,'ç;: !:,·'Jl. : ~';'i r~"!f"'j :! ' \.,1 )

~ ~. 4::'4' t!' . ,:,,},, ::,1'" • ,'".~ ~ i"" l .. " ..;.:~: ~;;j,;;,hr f!' fIH·~1 t«!'4:\"~;. ,}..·F i.. ·., ,,: ..:( J.. :.:-

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EEE parte daquela. +Porque o Dec. 63.140/73,

QUANTO À TESE DE DIREITO

CONFISSÃO - Em nenhum momento houve confiss-

A resposta é NÃO.

COMPANHIA HIDRO EL~TRICADO sAo FRANCISCO

PELA APELANTE-

tem V, vedam essa conduta.

118 •

disponibilidade de recursos

do C.C.).

item 11, bem assim o Dec. Lei 2.300/86, arts. 6'. 72

çao contratual expressa. pode ~ ~-contratante particular ha­

ver da Administração, reembolso dos cus tos financeiros.:..§, ta-

~ ~ mercado, que teria suportado para prosseguir na execu ­

ção ~ contrato ~ realização ~~ pública. ~ face,~ não'•. rj

.ry~jart. 3 2 • i

117.

cia da pretensão.

lhor abrigado em pedido condenató~io.

;'i \~;~!~~ " .. " .;, .;;_:t'II~·4rl:jl~''i,:""", 'iV",.;~·.....,.... ~ ""/, ': " . "','" ",lo!' ",. ' • " ",e I .1

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:!~ r::~'i.,,'.';':~~"'I

DECLARAR ~ direito ~ ressarcimento completo ~ atualizado pe- .~:~..: li

~,a Apelada, ~ valores relativos ~ juros ~ encargos financei' .>~

r.!:2§. em que diz ter incorrido, em decorrência de, finan~~,~en - :.;.~. ~t·1\~·

tos da obra. ; ..,1I •.....

'I -

f'l Na Apelaçao. no - -------. --------~- -. ~--- ".--- -.- .j'

I 1 :jl~ .I • ":.1' ,-:: \

. cimento da diferença entre ~ valores ~ recebeu ~~ encar-I/: 'k.~.

". ~ /1'1,. j :-, • ~1.~1

.~ financeiros ~ aqueles vigentes ~ pagos por ~ ~;mercado.. ),"~

A redução é fruto de suas vacilações' que t~bém" se' .':~ll

refletem no tipo' de procedimento judicial escolhi~O' "~;~';efei~; ,"':~'~;:,;l~ meramente declaratório, quando o 6~posto'di~~ito :~.~~~riam~·:<1-~TI:~

, • , '. I ,,!. 1,..:., I 'i .. " . I .' -.•,..1: ,', ":1_,, I' :ti t :l1.m. 'o' ., ' • .1~.t''''

,',:';.: .~~:: : I ;t~i: . ,1 , ~~J;-:

Toda a insegurança revelada deriva da inco~'~istên ~I, • ·····itE'. .... -'I'" "'1 . .·0· "":,,, J;.' ~ ......." • ,.. 0 ",,-j..-,

, "I' .l'Jti:~" 1 ,."(,~,J.1,. ' .'.;l ~~' . r ':) •• ,.

'.' J {~;~;, ; 'i:O

].' "'. ,t.~..... ,~._',i' '.. ,1'" , ~.," -\"I" }',IIi • .•• I" ,~, ,. , ..,:\ ' , ".'.... . '-,.',.~-

.. ' • Llt;'••~ I ' ~'''''~

,t· ~~ :1::~1 I) ',~~re~':f 'i~~''''J ' t 7~

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\ ~íiú~l'" . ·;~"r.1

Diversamente do que defende a Apelante, a tes~1 de

direito a resolver consiste em saber ~, inexistindo disposi-.

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!~ff"*~iJl.'J.i1 ', "'I;-,~"

,<sentença: " ••. dcsacolho ~ segunda assertiva:~ Au

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financiamento" ~ re

IMPREVISÃO - descabia a alegação porque a

DÍVIDA DE VALOR E MORA - contrariamente

PRIDO" E DO PRINCíPIO

DA INOPONIBILIDADE DA

~ tipo dinheiro.

Em caso de mora,

COMPANHIA HIDRO EL~TRICA DO SÃO FRANCISCO

de a Apelante, ~ prestação do~ da obra e

niária,

122.

120.

119 •

tora ~ que ~ Ré teria determinado esse

reconhece a

ponsabil1ze

~ e'mpresa" •

brigaçào contratual ~ de qualquer

I .~7 L • '"' ,

", ..,,5I.~:;':.~ .1.11

cursos de mercado e ~ se comprometera ~ ressarcir estes ~ ;';':;i?1

~._~ ~ vez. não há provas ~,autos ~ autorizem'~lesta;. ~:~:~lilaçao. outra~, ainda pelo contrario, ~. Re negou es,sei~-iP:,;~.I: .

promisso"; ~ ~.~ ressal ta da prova ç1ocum~,ntaljun:tja,~~pe- ;}':,:"~:.la, recorrente: I •••A CHESF entende que não há ~ ~ parte ~- :,: /:J:':>, ~":r: ~'r' ' ,,> 1 N';~ .• ­

outra natureza que,; a,,:res.. ,_ ';"1"'''''~ ~n~~!'f'1 '!fd ·.,1,'~/k;_,

por tal ressarcimento, prática jamais adota'da' :na'· ,~~l;~-- .... _..-. - .. ' ....."·~II:'. ...~~~I-!' ~,.,: ',,'. ,,·~,t.H ....·::;:;~,; ~t;! :~f~: "f: 2~ ,~üH

"1 "i :'II.l_I~ L, l- T ',~,~'"• .,'"It j , I I, ,., ,ilt~:';;

"EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO, CUM- :~,;,', ".;i;i' .. ", :.,;:~.

DA CONTINUIDADE DE OBAAiPÚBLI '. ·-,Er,:. .CA - como impedimento para a revisão' ou res~it~~o do i,' .'~:~f.

contrato· - o argumento é improcedente, porque toda a d8.~frina!:.SJt

e a jurisprudência admitem a rescisão nas circunstânc:l.a,~,!ale-~t'··, ''V::f '.',L;?;1l,

acordo entre as parte"s,l".l deci, ',::;~!",. ':".,'1.:,:0:'

Tambem a lei (art. 68"do Dec. :!'.).(,, .' i "lIil . I .:. ",;OI

;/ r"'~q ':Q~,~::4t '~;'~~:

"'.;I' 'SI-'"'.1, -i .. ~\l~:, "l •• ..;; ...

,i· .•...-:.~, ..

.O':;>:']J!' •: ..~!~::;-,• "'V.. ,.A." •, ,....,0(.

incide o comando do art. 1 ~q,ql do Y:;~:J. ;' ~'l ~ Wi,.J"'I

C. Civil. No caso, se convenc ionara, livremente •. cláusula i pe-' . '!;tt;. : '~.~~\ J '-~:{:;';~

nal, em Aditivo epistolar, definindo as indenizações lpara OS,(~j, ~r~~ ~ ,<%~~.

"prejuízos" alegados: correção mone tária plena El juros'de, mo- " .,;~;',- ,,;';i~~'" , .' ..~.'

ra de 1% ao mês. Nada mais é devido, a qualquer ltitulo~~'r:; ::: .:i~ !~~ ~,~ < 'í;::~' ~.

121. EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO DO C.ONTRATp;~: ~ ~l1..~~",'qui1ibrio do contrato nunca esteve ame8;çado porque prévia ~;~:: .,;'''~'.

cláusula de reajustamento contemplava ~ elevação dos preços -i; ~M~~ insumos utilizados ~ empreendimento. pelos' ~nd1ce~:;.lileto-i: .'~,'Iriais apurados pela insuspeita FU~dação Getúlio'Vargas:~~~~1~~.

, I 1;.,:-. ~ '."."'''''' ij,..• '<':.~ ,

:':. :'1 '·,t. :,:.i·~

/~,'l'\!':>.r / .; ~dí

'.\ ~!:,~

" ~:' t.:;J'· :"', '1,.\; .

gadas (atraso de pagamento), porJ

I ~'são judicial ~ de pleno direito.

Lei 2.300/86).

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ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA

COMPANHIA HIDRO ELeTRICA DO sAo FRANCISCO

tendo-se

124.

em data posterior à licitação.

123.

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. ~·.11, ~:~',!;~:

',in!

·;1!····~·:1...''''~i .p

FI;·~~.-~··1

da APelant~ não foi. excessi vamente onerada E2E. ac~nte~~.~en:o .... ·i;.Jex traordinario, !!.' pon to ~ provocar S? ~ sacrifici0 economi' .;"';Ít?l<.~

,. .t:~'i. '?7~co ou ameaça-la de ruina. " 'Wi:iti /. ""'~~- - A "alea" do contrato foi perfei tamente consld~rada :.. <J~*,~~:.

I· ','>/'O',"" ...~ 'I' .~ ~"• • " ,.'. j,' l' "':.}-

no ~enário de difi~uldades econ~micas e inflação aI ta\.'~.~ntem~;<';~~..,~.~.poraneo da lici taçao e celebraçao dos instrumentos cO.~1;r.atuai,s•.f;~

r' " '1f! ~'I ; ':~"W'·A escassez de recursos que gerava a incertet~jquan~;, ~:.r;;,;'

;, . ".~,.j.

to à regularidade dos pagamentos estava protegida por··cláusu-. ., t:I ; ~., ··t·, í -:'~~;o'

. "~

la penal adjeta,' estipulada de comum acordo entre as partes ;' ""~&",",",. I ".~'-.,,' '·"'l,·..jj,·l ; , , .,.~

. I ' 'I ~ ,.:•.,'t'...~ , '. ·.'i'.. '... I ~;.q:;:;'~ f\ .,. ,',ü":':

;;'.~ I~ .~~ i ';;i,it.nenhuma vantagem: a,Apela ," ~ ','

.' , :.. "-~! --:' '. ;,~~,

da extraiu sem causa justificativa. Cumpriu-se o contrato man :"::~;"..~lr~~~ - ."'!""'

, '-1<,l~1principio de que faz "lex inter partes" .;,,;". .., ';:;;iQUANTO À JURISPRUDÊNCIA - os arestos !trazid9~~à co~

, .lação pela apelante podem até ser ilustrativos das teor1asque

. .' ~""l :

defende, e consideradas em tese; não na hipótese dos'au'l;os,cu.' " :!l!~ -_ • k_1

jos fatos nao guardam paralelismo ou identidade, com os~; que1['1 'I

servem de suporte àqueles arestos. Inserviveis ,porta~~~i.. " tJ'proposi to da Recorrente. ,. -''',1'

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125. A SENTENÇA - a sentença merece ser mantida por esse.• ;,4~'

Egrégio Tribunal, em toda a sua inteireza, confirmandoJa im­,';~: I

procedência da ação e condenação nos ônus da sucumbênc1a, por... 1;, -

que captou com precisão os pontos controvertidos da causa, de""':'~'I -:I 'ti

cidindo-os de acordo com a prova dos autos, conforme o ,~ire1-i" ~:1.t.. ~

• .~. • '4,~ ..to e com Justiça. ,~;, ~,.;.lI';.,.1 ~ i-II';o;

Ali ficou consignado: "Não merece guarida !!,at'irma-

f 1'Ção da Autora de que fora compelida/obrigada ~ financ.:a~ ~ E,-!

bra"; "desacolho' a segunda assertiva da. Autora de que ~~'. Ré ~'

m determinado~ financiamento, .~ recursos ~ mercado =.'". ",4 "

que ~ comprometera ~ ressarcir estes custos". E., .ainda;j "Te-

~,' então, havido imprevisão da 1utora ~ relação à t'lutu7

çao ~ taxas do mercado financeiro, quando ~ assinatur)

.j ~

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'1',?;/;....... '

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que esse Colendo C~~egiado.l ... ·' :.

faça justiça,,90nfir --I ••

contrato? entendo ainda maIs ~~~ não",

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OAB-2444

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19J19

por seus próprios/e judiciosos

Reitera pois a Apelada,

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AC/LCAA/asm.-

mando a sentença.

honrando suas tradições, mais uma vez,

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@ COMPANHIA HIDRO ELETRICA DO sAo FRANCISCO

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