CONSERVAR OS REVESTIMENTOS HISTÓRICOS PARA … · LNEC | 2 • Os revestimentos de paredes têm...

Preview:

Citation preview

CONSERVAR OS REVESTIMENTOS HISTÓRICOS PARA PRESERVAR A IDENTIDADE DOS LUGARES

Maria do Rosário Veiga

rveiga@lnec.pt

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 2

• Os revestimentos de paredes têm funções importantes na

proteção e durabilidade das paredes.

• Mas são também fortemente identificadores dos locais.

• Como testemunhos perenes das técnicas e materiais

usados no passado têm um valor cultural: científico,

artístico, sociológico.

• Destes aspetos resultam várias razões para o seu estudo e

conservação:

• Manter a proteção, portanto a durabilidade (o mais

imediato): usar materiais e soluções compatíveis e eficazes.

• Manter os valores culturais (mais complexo).

• Estes últimos implicam o envolvimento de várias áreas de

estudo, que nem sempre são simultâneas ou rápidas.

• Por isso, não destruir e conservar deve ser a palavra de

ordem.

Aldeia do Baixo Alentejo (cal)

Aveiro – Fachadas Arte Nova

Praga Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 3

Argamassas de Conímbriga – opus signinum

Aldeia Medieval da Escócia - harling

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 4

Revestimentos azulejares de Ovar (séc. XIX - XX)

Estuques de gesso do Palácio de Estói (séc. XIX)

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 5

Marmorites da Av. de Roma (meados do séc. XX)

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 6

• As várias camadas de revestimentos, as suas características

geométricas, de composição e estéticas, as técnicas

aplicadas, têm uma razão de ser, que se enquadra no local,

na época, na função do edifício e que influenciam a

identidade do local.

• Esses valores só são apreendidos se forem estudados dos

vários pontos de vista.

• Para além da importância científica (várias ciências!) do seu

estudo

• Há o interesse que podem ter para diversos públicos.

• Ainda não é evidenciado todo o valor cultural dos nossos

monumentos, sítios e edifícios e há públicos para isso.

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 7

• Técnica multicamada: quase constante nos

revestimentos antigos

Da alvenaria para o exterior:

• Espessura da camada diminui

• Granulometria diminui

• Fissuras mais finas

• Porosidade aumenta

• Permeabilidade ao vapor aumenta

• Permeabilidade à água pode aumentar

ligeiramente até quase à última camada

• Mas reduz nas últimas camadas (mais poros mas

menor raio)

Alv

enar

ia

Alv

enar

ia

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 8 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Reparação

Conhecimento das paredes

antigas e respetivos

revestimentos

Diagnóstico

Eliminar / controlar causas

Manutenção e

recuperação do

património histórico

Causas Anomalias

LNEC | 9

• Observação do local e do edifício

• Estudo in situ: estratigrafia, medições de humidade, ultra-

sons, durómetro, tubos de karsten

• Identificação das anomalias e das suas causas prováveis

• Plano de amostragem e recolha de amostras

• Caracterização química, mineralógica, microestrutural,

física e mecânica

• Tratamento, análise e cruzamento dos resultados

• Estabelecimento de relações entre os resultados obtidos e

os vários enquadramentos: local, clima, época do edifício,

função do edifício, etc.

• Esta última tarefa é muito importante e permite obter

muitas respostas, mas exige conhecimentos científicos,

experiência, multidisciplinaridade das equipas.

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 10

Caracterização das amostras

Análise Física e Mecânica

Resistência à compressão

Velocidade ultra-sons

Absorção capilar por contacto

Difração de Raio-X

DRX

Análise Termogravimétrica e térmica diferencial

ATG - DTA

- Análise Microestrtural com Microscopia Polarizada

PM - Microscopia Eletrónica de

Varrimento com dispersão de energia com espetroscopia de

Raio X

SEM-EDS

Análise Química

Técnicas desenvolvidas no LNEC para amostras de argamassa irregulares e friáveis

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 11

• Estabelecer as causas das anomalias:

• Estruturais (alteração de cargas, sismos, assentamentos,

etc. )

• Envelhecimento natural (agressões climáticas ou

ambientais)

• Água e sais: infiltrações, capilaridade ascendente, sais

higroscópicos, roturas, dificuldade de evaporação

• Intervenções incompatíveis

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 12 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Manutenção

Estratégia

Materiais tradicionais;

Materiais compatíveis Técnicas de consolidação

Reparação

Compatibilidade

LNEC | 13

• Eliminar as causas das anomalias / controlar os efeitos

• Reparar os suportes

• Reparar os revestimentos:

Conservar: /manter / tratar

/ consolidar

Substituir parcialmente:

materiais / soluções compatíveis

Integrar esteticamente

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 14 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Mais rentável

Aparentemente mais fácil

Pessoal menos especializado

O risco de ter maus resultados é

superior

Destruição do testemunho histórico

e técnico, perda do valor cultural

Preservação do valor cultural

Ética da conservação

Menor quantidade de materiais (mas mais

complexos)

Maior sustentabilidade: menos resíduos,

menor consumo de energia

Redução do tempo de obra

Provavelmente menor custo

Técnicas pouco conhecidas

Exigência de pessoal especializado

RENOVAÇÃO CONSERVAÇÃO

LNEC | 15 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Na decisão sobre a estratégia a seguir (conservação-renovação) devem ser

tidos em conta vários fatores:

a) Valor histórico e artístico do edifício e do revestimento em particular

(considerando também a raridade e o valor técnico)

LNEC | 16 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

b) Estado de conservação do suporte (alvenaria, estrutura de madeira ou de

betão)

c) Estado de conservação do revestimento

d) Compatibilidade com o uso previsto

LNEC | 17 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Valor

cultural

Estado de

conservação do

suporte

Estado de

conservação

do

revestimento

Adequabilidade

ao uso e às

ações Estratégia recomendada

Médio

Bom Bom Mau Proteger o revestimento ou reforçá-lo de modo

compatível (ex.: pintura com tinta de silicatos); Bom Mau Bom Reparar e consolidar o revestimento;

Mau Bom Bom

Reparar o suporte com técnicas pouco

intrusivas.

Manter o revestimento colmatando lacunas e

reintegrando esteticamente.

Mau Mau Bom

Reparar o suporte com técnicas pouco

intrusivas.

Substituir parcialmente o revestimento.

Mau Bom Mau

Reparar o suporte com técnicas pouco

intrusivas.

Reforçar o revestimento com técnicas e

materiais compatíveis.

Bom Mau Mau

Analisar a viabilidade de consolidação e

reforço do revestimento contra substituição

parcial com técnica e materiais compatíveis.

Mau Mau Mau Reparar o suporte e substituir o revestimento

usando materiais compatíveis.

Apoio à decisão – Exemplo para “Valor cultural Médio”

LNEC | 18 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

OPÇÃO RENOVAÇÃO

LNEC | 19 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

• A escolha de materiais de reparação

compatíveis implica um conhecimento

profundo dos originais e, em geral, das

técnicas e materiais tradicionais.

• É essencial conhecer as especificidades dos

vários materiais e as diferenças em relação

aos encontrados atualmente no mercado,

para fazer opções fundamentadas.

LNEC | 20 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

O uso de argamassas de reboco mais impermeáveis que as pré-existentes

origina maior ascensão capilar pelo interior da parede; retenção de água

na interface entre a alvenaria e o reboco; cristalização de sais nessa

interface; provável destacamento do novo reboco.

O mesmo acontece se se usar uma pintura de baixa permeabilidade ao

vapor de água, mesmo que o reboco seja compatível.

LNEC | 21 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

O uso de argamassas de reboco com módulo de elasticidade e coef de

dilatação térmica e hígrica superiores aos materiais antigos origina

fissuração e destacamento.

Palácio, Algarve, séc. XIX Hospital, Lisboa, séc. XIX

LNEC | 22 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Usar argamassas compatíveis com os materiais pré-existentes.

Quando não se conhecem as características dos pré-existentes usar limites

seguros

Tipo de

reboco

Características mecânicas aos 90 dias

(N/mm2)

Comportamento à água

aos 90 dias

Rf Rc E Aderência Pva

Sd (m)

C

(kg/m2.min1/2)

Reboco

Exterior 0,2 – 0,7 0,4 – 2,5

2000 -

5000

0,1 – 0,3 ou

rotura coesiva < 0,08 < 1,5; > 1,0

Reboco

Interior 0,2 – 0,7 0,4 – 2,5

2000 -

5000

0,1 – 0,3 ou

rotura coesiva < 0,10 --

Juntas 0,4 – 0,8 0,6 – 3,0 3000 -

6000

0,1 – 0,5 ou

rotura coesiva < 0,10

< 1,5 > 1,0

LNEC | 23 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

CAL AÉREA – Ligante aéreo

A cal aérea pode ser de origem cálcica ou dolomítica.

Obtida por calcinação, a temperaturas da ordem de 800 a 1000 ºC, de

rochas carbonatadas, constituídas predominantemente por carbonato

de cálcio (calcário) ou por carbonato de cálcio e magnésio (calcário

dolomítico)

Cal viva: CaCO3 + calor CaO + CO2

Hidratação: CaO + H2O Ca (OH)2 +calor

Endurecimento: Ca (OH)2 + CO2 CaCO3 + H2O (entre

50% HR e 85% HR)

LNEC | 24 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LIGANTES HIDRÁULICOS (aluminatos e silicatos)

Pozolanas naturais (produtos vulcânicos ricos em alumina e em sílica

amorfa reactiva) em combinação com cal

Pó de tijolo e outras pozolanas artificiais (metacaulino, sílica-fumo,

cinzas volantes) em combinação com cal

Cal hidráulica (margas ou misturas de calcário e argila – 1100-1200ºC

< 1450ºC C2S)

Cimento (margas ou misturas de calcário e argila > 1450ºC

C3S)

LNEC | 25 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Produção de cal hidratada:

A partir de cal viva, sob a forma de pedra ou em

pó (micronizada)

Cal hidratada em pó (apagada com a

quantidade de água necessária)

Cal em pasta (apagada com água em

quantidade superior à necessária)

Cal viva extinta com areia (hot lime)

(misturada com areia húmida em obra e

deixada durante algum tempo)

CaO + H2O → Ca(OH)2

LNEC | 26 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Slaking time

48 hours 1 month 1 year 3 years 5 years

Free water

(% weight) 64 64 58 48 51

De Margalha et al,

12 DBMC, Abril 2011

5 anos 1 mês

Cal em pasta

8 monts 5 years

7 µm

5,3 µm

1,7 µm 3 µm

9 µm

2,7 µm

ESEM

Cal em pasta Figura extraída de Margalha et al, 12

DBMC, Abril 2011

Tem a vantagem de não carbonatar e

ganhar qualidade com o tempo

LNEC | 28 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Cal extinta com areia húmida (hot lime mix)

Temperaturas elevadas favorecem a reação com os agregados e um

aumento da resistência. Mas é um processo com muitos riscos.

29

Cal hidratada em pó

Fabrico industrial, com controlo de qualidade, fácil de utilizar e de

dosear

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 30 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Existem diferenças significativas, em termos de

microestrutura e reologia, nas cais produzidas de

diferentes modos (Goreti Margalha, 2009).

As argamassas executadas com cal viva apagada

diretamente com a areia húmida em obra, são

mais resistentes mecanicamente mas mostram

grande heterogeneidade e tendência para a

fissuração.

O uso de cal em pasta com longos períodos de

apagamento é mais trabalhável e tem vantagens

para acabamentos decorativos, mas não está

provado que tenha melhores resistências

mecânicas, climáticas e ambientais.

Composição: proporções

volumétricas ligante :

agregado

Gama de valores aos 90 dias (indicativo)

Resistência à

compressão

(MPa)

Módulo de elasticidade

dinâmico por frequência de

ressonância (MPa)

Coeficiente de

capilaridade

(kg/m2.min1/2)

Cal aérea : areia

(1:3) 0,6 – 1,6 2300 – 4100 1,1-1,6

Cal aérea + pozolana :

areia

(1:2 to 1:3)

0,9 – 2,3 2500-4500 1,3-2,3

Cal aérea + cal hidráulica :

areia (1:2 to 1:3) 0,6-1,0 1600-3000 0,7-1,8

Cal hidráulica : areia (1:2 to

1:3) 0,6-3,1 1100-7000 1,0-2,4

Cal hidráulica natural NHL

3,5 (1:3) (s/h) 1,2 / 2,4 4400 / 6700 4,6 / 3,3

Cal + algum cimento : areia

(1:3) 0,9-5,1 3000-10000 1,0-2,0

Um conjunto de estudos realizados no LNEC ao longo dos últimos dez ou doze

anos permitiu compilar os resultados que se sintetizam:

32

Pinturas minerais:

Tintas de cal

Tintas de cal aditivadas

Tintas de silicatos

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

33

Pinturas de silicatos após

cerca de 7 anos de

exposição natural

Caiações aditivadas (com

resina e caseína) após

cerca de 7 anos de

exposição natural

Pinturas minerais:

Tintas de cal

Tintas de cal aditivadas

Tintas de silicatos

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 34 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

OPÇÃO CONSERVAÇÃO

35

Anomalias:

Perda de coesão

Destacamento, ou perda de aderência, entre camadas ou entre o

revestimento e o suporte

Erosão (consequência da perda de coesão ou de aderência)

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

36

Aplicação de um consolidante na superfície exterior de um

revestimento aplicado.

Por pulverização ou por pincelagem.

Pulverização é em geral de execução mais fácil e rápida e

proporciona uma distribuição mais homogénea e mais controlada de

consolidante.

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

37

Há vários tipos de consolidantes disponíveis, orgânicos ou inorgânicos.

Os que melhor asseguram a compatibilidade com o revestimento antigo são

os que tendem a regenerar o ligante perdido ou degradado. Não

recomendamos os orgânicos.

Para terem boa penetração e não alterarem a superfície externa devem ser

líquidos e muito finos.

Os melhores resultados foram obtidos com produtos nanoestruturados

com base em hidróxido de cálcio (nanocais), silicato de etilo e

nanossílica.

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

38

Recurso a “argamassas líquidas” (“grouts”), aplicadas por injeção entre as

camadas destacadas

Aplicabilidade: facilidade de injeção dos produtos, boa penetração e

capacidade de preenchimento dos vazios, são características essenciais de

aptidão ao uso dos grouts. Por essa razão, o comportamento reológico é

determinante para a eficácia e bom desempenho destes produtos.

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

39

Para cumprir os vários requisitos as

argamassas líquidas para recolagem devem

ser produtos com base em cal hidráulica

isenta de sais, ou de cal aérea e

pozolanas, adjuvadas com retentores de

água e plastificantes, de forma a garantirem

as características de compatibilidade, de

aplicabilidade e de eficácia necessárias.

Compatibilidade: os produtos injetados não devem alterar significativamente

a porosidade nem a deformabilidade do sistema: a introdução de camadas

de permeabilidade reduzida, ou de módulo de elasticidade elevado, favorece

a retenção de água na interface e gera tensões entre as camadas,

provocando novos destacamentos e desagregações.

A carbonatação é difícil, pelo que é necessária hidraulicidade, mas sem

comprometer a compatibilidade.

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 40 Castelo Rodrigo – Reboco de substituição com argamassa com base em cal e areia local colorida – década de 1990 Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 41

O edifício principal do LNEC limpeza e consolidação da marmorite de cal com consolidantes baseados em cal - 1952-2006

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 42

O edifício principal do LNEC limpeza e consolidação da marmorite de cal com consolidantes baseados em cal – 1952-2006

DIA

GN

ÓS

TIC

O E

MA

TE

RIA

IS

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 43

O edifício principal do LNEC estudo dos materiais existentes – 1952-2006

Características físicas da marmorite original

Massa volúmica aparente

Massa volúmica

real

Porosidade aberta

Estrutura porosimétrica

Absorção de água por capilaridade

Coeficiente de capilaridade por

contacto (kg/m2h1/2)

Absorção máxima (kg/m2)

2330 2640 12%

Estrutura bimodal com 2 picos - 0,02 e

0,5mm - com predominância dos

poros com raio médio de 0,5 m

Cc5=3,70 Cc(90-10)=1,25

4,29

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 44

O edifício principal do LNEC substituição de pequenas zonas muito degradadas com materiais idênticos e reintegração cromática – 1952-2006

RE

PA

RA

ÇÃ

OE

RE

SU

LTA

DO

S

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 45

Igreja do Sacramento (século XVII-XVIII): reparação com estuques de cal e gesso - séc. XVII-2009

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 46

Igreja do Sacramento (século XVII-XVIII): reparação com estuques de cal e gesso - séc. XVII-2009

DIAGNÓSTICO E MATERIAIS

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 47

Igreja do Sacramento (século XVII-XVIII): reparação com estuques de cal e gesso – séc. XVII-2009

Valores obtidos para os provetes feitos em obra pela in situ (28

dias)

Valores de ensaios

anteriores sobre

argamassas de

laboratório para

comparação

A B C D E F G 1 2 3

Emboço

1:1:6 Ca:ch:ar

12-20

Reboco

1:1:6 Ca:ch:ar

20-30-60

Barram

ento

Cal Ca

pasta:

fsíl:ccalc

Estuque

cal e

gesso Ca

pasta;gesso

;fsíl

Arg. In

situ Ch:ar

síl:ccalc

Estuque

cal e

gesso Ca

pasta:gesso

:fsíl:ccalc

Emb+Reb

+Barr

(cal)

Arg.

Ca:ar

1:3

Arg.

Ca:ch:

ar

1:1:6

Arg.

Ch:ar

1:3

0,20 0,33 0,93 0,70 1,15 1,02 0,37 0,80 (90 d)

0,40 1,10

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 48

Igreja do Sacramento (século XVII-XVIII): reparação com estuques de cal e gesso – séc. XVII-2009

RESULTADOS

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 49

• Consolidação: materiais nano-estruturados compatíveis

• (Parcerias: Universidade de Aveiro, Universidade Nova de

Lisboa, TNO Delft)

• Doutorando: Giovanni Borsoi

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 50

• Argamassas compatíveis para recolagem de azulejos

antigos

• (Parcerias: Universidade de Aveiro; FCT)

• Doutorando: Sandro Botas

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 51

• Soluções de revestimento para paredes sujeitas a

capilaridade ascendente

• Doutoranda: Ana Fragata

• (Parcerias: Universidade de Aveiro; empresa Fradical; FCT)

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 52

• Restauro de estuques históricos de gesso com materiais

compatíveis

• Doutoranda: Teresa Freire

• (Parcerias: Instituto Superior Técnico; FCT)

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 53

• Durabilidade de argamassas de cal em ambiente marítimo:

agregados e condições de cura

• Pós-Doc: Cristina Borges

• (Parcerias: ISEL, Universidade Nova de Lisboa)

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 54

• Influência dos agregados em argamassas de cal

• Doutoranda: Ana Rita Santos

• Revestimentos para edifícios de taipa

• Doutorando: Luís Mateus

• Revestimentos armados para reforço sísmico de edifícios

históricos

• Doutoranda: Ana Isabel Marques

• (Parcerias: Instituto Superior Técnico)

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 55

• Os revestimentos de paredes são identificadores das

cidades, sítios, edifícios.

• Os materiais, as técnicas, os significados simbólicos e

sociais, são valores culturais relacionáveis com os locais.

• Só um estudo aprofundado, multidisciplinar, permite

explorar esses valores e disponibilizá-los aos públicos neles

interessados.

• Por isso conservar, em vez de destruir.

• Aprofundar: Diagnóstico, caracterização, estratégias de

reparação.

• Diversos estudos em curso, com parcerias alargadas.

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

LNEC | 56

• Projetos LNEC

• Projetos FCT

• Equipa multidisciplinar LNEC

• Equipa alargada:

• Universidades: U Aveiro, IST, UNL, U Évora, ISEL

• Empresas e câmaras municipais

Casa de Rui Barbosa

Palestra 25 de outubro

Recommended