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MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS - PRIME
Disciplina: Direito Ambiental
Prof.: Fabiano Melo
Aula nº: 01
–
I. ANOTAÇÃO DE AULA
DIREITO AMBIENTAL CONSTITUCIONAL
1. CLASSIFICAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
I – Natural (Art. 225/CF)
Conceito de Meio ambiente – art. 3º, Lei 6.938
Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e intera-
ções de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a
vida em todas as suas formas;
Elementos bióticos e abiótico.
Bióticos: Fauna e flora
Abióticos: Ar, atmosfera, água.
Recursos Ambientais: inciso V, art. 3º, Lei 6.938/81
Quais são as áreas que o constituinte considera como macro regiões?
§ 4º, art. 225/CF – cinco grandes biomas:
14/04/2013
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com
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Art. 225. (...)
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar,
o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e
sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegu-
rem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos re-
cursos naturais.
Patrimônio nacional é a relevância, importância dessas áreas. Não tem nada a ver com titularidade do
bem, não foram convertidos em bens da União (art. 20/CF).
II – Cultural (art. 215 e 216/CF)
Patrimônio cultural brasileiro formado pelos bens materiais ou imateriais, tomados individualmente ou
em conjunto.
Materiais: Bens móveis e imóveis.
Imaterial: são os bens incorpóreos, que não é físico, palpável. Festas religiosas, danças, comidas, etc.
Formas de proteção do meio ambiente cultural:
- Tombamento: estudaremos em Direito Administrativo. É a forma de proteção ao patrimônio material
por excelência.
- Registro: Forma de proteção do patrimônio cultural imaterial. (ex.: pão de queijo)
- Inventário: Inventariar (relacionar) determinado bem que se encontra dentro do local. (ex.: bens da
igreja, bens do museu). Serve tanto para o patrimônio material e imaterial.
- Vigilância: Fiscalização. Tem previsão constitucional, todavia no DL 25/1937 (tombamento) em seu
art. 20 já dispunha sobre a vigilância.
Art. 20, DL 25/37 - As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância
permanente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que
poderá inspecioná-los sempre que fôr julgado conveniente, não podendo
os respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à inspeção,
sob pena de multa de cem mil réis, elevada ao dôbro em caso de reinci-
dência.
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- Desapropriação
- Outras formas de preservação e acautelamento
Art. 216/CF
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e
protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, re-
gistros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de
acautelamento e preservação.
III. Artificial (art. 182/CF)
Trata-se dos espaços abertos e fechados. Meio ambiente construído. Tem-se uma intervenção antrópica,
intervenção humana.
Espaços abertos: Ruas, praças, parques, etc.
Espaços Fechados: Edificações.
Art. 216, CF – Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de na-
tureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto,
portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes
grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
(...)
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços desti-
nados às manifestações artístico-culturais;
Lei 6.769
Art. 5º -
Atenção: Se o examinador informar sobre os incisos IV e V do art. 216, o mesmo está dispondo sobre o
meio ambiente cultural.
IV – Trabalho (art. 200, VIII/CF)
Cuida da saúde e segurança do obreiro, do trabalhador. Preocupa-se com as condições internas da fábri-
ca.
Ex.: iluminação.
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Artigo do SUS:
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribui-
ções, nos termos da lei:
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.
2. Art. 225 da CF – Do Meio Ambiente
Art. 225, CF - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defen-
dê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Brasileiros e estrangeiros residentes no país.
Ampliando o pronome “todos”: A proteção ao meio ambiente é para as presentes e futuras gerações (cria-
se um sujeito de direito indeterminado).
Ação de reparação de danos ambientais é imprescritível.
Quais são as concepções éticas que norteiam a proteção ao meio ambiente?
Correntes:
Antropocentrismo
Homem no centro das relações. Tudo é em função do homem.
No antropocentrismo clássico não se reconhece valor intrínseco aos outros seres vivos. O ho-
mem está acima de tudo.
A leitura do art. 225, caput, da CF é antropocêntrica.
Biocentrismo
Seres vivos no centro das relações. É uma leitura holística, integradora.
Reconhece-se valor intrínseco aos animais, a biodiversidade e, assim por diante. Pode tutelar a
fauna ou a flora, independentemente do uso ou da utilidade para o homem.
Manifestações biocêntricas:
A leitura do Inciso VII, art. 225/CF Ex.: rinhas, brigas de galo, farra do boi.
Art. 225. (...)
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pú-
blico:
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VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de
espécies ou submetam os ani-mais a crueldade. (Regulamento)
O conceito legal de meio ambiente é biocêntrico.
Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e intera-
ções de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a
vida em todas as suas formas;
No biocentrismo se reconhece valor intrínseco (independentemente do uso ou da utilidade pelo
homem) aos seres vivos.
Política Nacional da Biodiversidade – Decreto 4339
2. A Política Nacional da Biodiversidade reger-se-á pelos seguintes prin-
cípios:
I - a diversidade biológica tem valor intrínseco, merecendo respeito in-
dependentemente de seu valor para o homem ou potencial para uso
humano;
CUIDADO:
- Ecocentrismo: toda ecologia no centro das relações.
- Ecologia Profunda: O Planeta Terra como sendo um ser vivo.
3. COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA AMBIENTAL
Artigos 21 ao 25 e 30, todos da CF
I – Administrativa (art. 23/CF) - Comum
Também chamada de competência material ou competência executiva.
Conceito: é poder de policia, é fiscalização, licenciamento ambiental. Fiscalização no poder de policia no
licenciamento ambiental.
Quem pode exercer o poder de polícia (competência administrativa): entre todos os entes federa-
tivos.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios:
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III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os
sítios arqueológicos;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de
suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a coopera-
ção entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo
em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito na-
cional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
LC 140/2011 – regulamentou o art. 23, nos incisos acima demonstrados, bem como p. único.
II – Legislativa (art. 24/CF) – Concorrente
Também chamada de legiferante ou formal.
É concorrente entre União, Estados e DF.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turísticos e
paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagís-
tico;
O Município poderá suplementar a legislação federal e estadual no que couber. Portanto, se a assertiva for
ampla deverá colocar que o Município também tem competência (art. 30, II/CF).
a) União: normas gerais.
b) Estados: normas suplementares.
c) Competência Legislativa Plena
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União não editou a norma geral, neste caso o Estado terá competência legislativa plena para atender
as suas peculiaridades.
Art. 24, §§ 3º e 4º/CF
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão
a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Conflito entre União e Estado
Conteúdo de lei federal e estadual são conflitantes. Divergência de conteúdos.
Correntes:
Prevalência da lei federal
Prevalência da Norma mais favorável ao Meio Ambiente.
Prevê relato histórico:
Amianto
- Lei 9.055/95 – art. 2º - extração de asbesto / crisotila.
ADI 2396
Usada tese da prevalência da lei federal.
ADI 3937 – STF
Usada a tese da prevalência da norma mais favorável ao meio ambiente.
ADI 3937 MC / SP - SÃO PAULO
MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO
Julgamento: 04/06/2008
Órgão Julgador: Tribunal Pleno
COMPETÊNCIA NORMATIVA - COMÉRCIO. Na dicção da ilustrada maio-
ria, em relação à qual guardo reservas, não há relevância em pedido de
concessão de liminar, formulado em ação direta de inconstitucionalida-
de, visando à suspensão de lei local vedadora do comércio de certo pro-
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duto, em que pese à existência de legislação federal viabilizando-o.
(ADI 3937 MC, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julga-
do em 04/06/2008, DJe-192 DIVULG 09-10-2008 PUBLIC 10-10-2008
EMENT VOL-02336-01 PP-00059)
Convenção OIT 162 – versa sobre saúde. Status de norma supra legal.
ADPF 234 – STF:
ADPF 234 MC / DF - DISTRITO FEDERAL
MEDIDA CAUTELAR NA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO
FUNDAMENTAL
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO
Julgamento: 28/09/2011
Órgão Julgador: Tribunal Pleno
COMPETÊNCIA NORMATIVA – TRANSPORTE – AMIANTO. Surge relevante
pedido voltado a afastar do cenário jurídico-normativo diploma estadual
a obstaculizar o transporte de certa mercadoria na região geográfica
respectiva – do estado.
(ADPF 234 MC, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, jul-
gado em 28/09/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-025 DIVULG 03-02-
2012 PUBLIC 06-02-2012)
ADI 3357
Em face de lei do Estado do RS
Todas estas Ações estão coligadas e serão decididas em conjunto.
As ADIs 3357 e 3937 estão sendo julgadas divisão de votos.
No Brasil, a questão foi regulamentada pela Lei 9055/1995.
Entretanto, a Lei 9.055 (art. 2º) permitiu a extração, industrialização, comercialização e uso da cri-
sotila (asbesto branco), o que levou a reações contrárias de alguns Estados da Federação, que proi-
biram em seus territórios o amianto em qualquer de suas formas.
Na ADI 2396, que contestou a constitucionalidade de Lei do Mato Grosso do Sul, o STF assim se
manifestou:
“Não cabe a esta Corte dar a última palavra a respeito das propriedades técnico-científicas do ele-
mento em questão e dos riscos de sua utilização para a saúde da população. Os estudos
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nesta seara prosseguem e suas conclusões deverão nortear as ações das autoridades sanitárias. [...]
o Estado do Mato Grosso do Sul excedeu a margem de competência concorrente que lhe é assegura-
da para legislar sobre produção e consumo (art. 24, V); proteção do meio ambiente e controle da
poluição (art. 24, VI); e proteção e defesa da saúde (art. 24, XII). A Lei nº 9.055/95 dispôs exten-
samente sobre todos os aspectos que dizem respeito à produção e aproveitamento industrial, trans-
porte e comercialização do amianto crisotila.” (ADI 2396 / MS - Relator(a): Min. ELLEN GRACIE)
Em 2007, o Estado de São Paulo editou novamente uma lei proibindo o asbesto branco, que foi
questionada através da ADI 3.937. Seguindo os precedentes da Corte, o Min. Marco Aurélio, rela-
tor, votou pela inconstitucionalidade da lei paulista. Porém, o Min. Eros Grau, que na ADI 3356/PE
votara no mesmo sentido do relator, abriu divergência, “salientando sua tendência em evoluir quan-
do retornar o debate da ADI 3356” e “de que a matéria não pode ser examinada única e exclusiva-
mente pelo ângulo formal”. Assim, Eros Grau indeferiu a liminar, “ao fundamento de que a Lei fede-
ral 9.055/95 é inconstitucional, na medida em que agride o preceito disposto no art. 196 da CF”. O
julgamento, em seguida, foi suspenso por pedido de vista do Min. Joaquim Barbosa. Íntegra do In-
formativo 477.
“Acontece que esse caso me parece peculiar, e muito peculiar – se o superlativo for admitido eu diria
peculiaríssimo –, porque a lei federal faz remissão à Convenção da OIT 162, art. 3º, que, por versar
tema que no Brasil é tido como de direito fundamental (saúde), tem o status de norma supralegal.
Estaria, portanto, acima da própria lei federal que dispõe sobre a comercialização, produção, trans-
porte, etc., do amianto. (...) De maneira que, retomando o discurso do Ministro Joaquim Barbosa, a
norma estadual, no caso, cumpre muito mais a Constituição Federal nesse plano da proteção à saú-
de ou de evitar riscos à saúde humana, à saúde da população em geral, dos trabalhadores em parti-
cular e do meio ambiente. A legislação estadual está muito mais próxima dos desígnios constitucio-
nais, e, portanto, realiza melhor esse sumo princípio da eficacidade máxima da Constituição em ma-
téria de direitos fundamentais, e muito mais próxima da OIT, também, do que a legislação federal.
Então, parece-me um caso muito interessante de contraposição de norma suplementar com a norma
geral, levando-nos a reconhecer a superioridade da norma suplementar sobre a norma geral. E, co-
mo estamos em sede de cautelar, há dois princípios que desaconselham o referendum à cautelar: o
princípio da precaução, que busca evitar riscos ou danos à saúde e ao meio ambiente para gerações
presentes; e o princípio da prevenção, que tem a mesma finalidade para gerações futuras. Nesse ca-
so, portanto, o periculum in mora é invertido e a plausibilidade do direito também contraindica o re-
ferendum a cautelar. Senhor Presidente, portanto, pedindo todas as vênias, acompanho a dissidên-
cia e também não referendo a cautelar.” (ADI 3.937-MC, Rel. Min. Marco Aurélio, voto do
Min. Ayres Britto, julgamento em 4-6-2008, Plenário, DJE de 10-10-2008.)
ADI 3357 – Lei do Rio Grande do Sul.
4. SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – SISNAMA
Conceito: São os Órgãos e entes responsáveis pela qualidade ambiental no Brasil.
a) Órgão Superior: Conselho de Governo
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É um órgão de assessoramento da Presidência da República. Compõem do Conselho de Governo os
Ministros de Estado (assessoram a Presidência da República). Não é só ambiental, mas sim para vá-
rias temáticas.
Para o direito ambiental: Tem como finalidade assessorar o Presidente da República nas questões
ambientais.
Finalidade: Assessorar o Presidente da Republica nas questões ambientais.
b) Órgão Consultivo e Deliberativo: CONAMA
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.
Aspecto consultivo: Consultivo do Conselho de Governo. Compete ao CONAMA assessorar, estudar
e propor ao Conselho de Governo medidas na área ambiental.
Aspecto deliberativo: “O CONAMA delibera, no seu âmbito de competência, sobre normas e pa-
drões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado”.
Os padrões são feitos por meio de suas Resoluções.
c) Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente
Art. 6º, Lei 6938/81
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas
pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNA-
MA, assim estruturado:
(...)
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da
República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e con-
trolar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governa-
mentais fixadas para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº
8.028, de 1990)
Em 1992 teve a extinção da secretaria, sendo substituída pelo Ministério do Meio Ambiente.
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d) Órgão Executor: IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente de Recursos Naturais Renová-
veis). É uma autarquia federal.
Para lei 6.938/81 (Decreto 99.274/90 – Política Nacional do Meio Ambiente), em seu art. 6º, o órgão
executor é o IBAMA.
Contudo, o Decreto 99.274/90, além do IBAMA, acrescenta como Órgão Executor ICMBIO - o
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (autarquia federal).
e) Órgão Seccional: Órgão Ambiental Estadual
f) Órgão Local: Órgão Ambiental Municipal.
5. LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Roteiro:
Art. 10, Lei 6.938/81
L.C. 140/2011
Resolução do Sisnama 237/97 – Licenciamento Ambiental Ordinário
Resolução Conama 01/1986 – EIA RIMA (art. 225, §1º, IV da CF)
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Significativa EIA/RIMA Órgão Audiência
degradação Ambiental Pública
Ambiental
Obra / atividade /
empreendimento
poluição / degradação Licenciamento Ambiental
ambiental Ordinário
1. Licença Prévia – Prazo máximo não superior a 5 anos.
- Aprova a localização;
- Atesta a viabilidade ambiental do projeto.
2. Licença de Instalação – Prazo máximo não superior a 6 anos.
- Licença de construção.
3. Licença de Operação – Prazo mínimo de 4 anos e prazo máximo de 10 anos.
- Licença de Funcionamento.
Renovação da licença: antecedência mínima de 120 dias (antes de expirar a licença) – LC
140.
Elaboração de Estudo de Impacto Ambiental: Resolução 1 – CONAMA – art. 2º.
Art. 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e
respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à
aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA e1n caráter su-
pletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente,
tais como:
(rol exemplificativo)
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Art. 225, § 1º, IV da CF – EIA/RIMA
Art. 225/CF
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pú-
blico:
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade poten-
cialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, es-
tudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regula-
mento)
EIA – empreendedor faz o estudo técnico de impacto ambiental.
RIMA – relatório de impacto ambiental. Este deve ser compreensivo. É para a população entender (do-
cumento gerencial).
Interessados:
- MP
- Entidade da Sociedade Civil
- 50 ou mais cidadãos
- O órgão manda de ofício.
Audiência Pública:
Uma vez solicitada à audiência pública ela se torna obrigatória, sob pena de nulidade, PIS será requisito
formal essencial se solicitada. Esta é para ouvir a população.
Após a audiência, retorna para o Órgão ambiental e se autorizado será iniciado o Licenciamen-
to Ordinário (licença prévia, licença de instalação e licença de operação).
5.1. Lei Complementar 140/11
O licenciamento ambiental é feito por um único ente federativo. Os demais entes federativos Podem se
manifestar, porém não é vinculante.
Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autoriza-
dos, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade
com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar.
§ 1º - Os demais entes federativos interessados podem manifestar- se
ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vincu-
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com
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lante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambien-
tal.
II. SIMULADOS
2.1. No âmbito dos procedimentos de licenciamento ambiental, a exigência da elaboração de
estudo prévio de impacto ambiental e de seu respectivo relatório (EIA/RIMA)
a) depende da ocorrência de uma das hipóteses taxativamente previstas na legislação aplicável e reco-
nhecidas pelo órgão licenciador.
b) poderá ser efetuada em caráter discricionário pelo órgão licenciador, a partir dos elementos trazidos
pelo empreendedor e independentemente do dano ambiental potencialmente causado pela atividade.
c) é definida conforme o tipo de atividade exercida, havendo atividades para as quais o EIA/RIMA é sem-
pre exigível e outras para as quais é dispensado.
d) tem como hipótese constitucional a potencial ocorrência de significativo impacto ambiental, a ser verifi-
cado mediante estudos e declarações preliminares fornecidos pelo empreendedor ao órgão licenciador.
e) será efetuada, como regra geral, em caráter preliminar ao procedimento, em todas as hipóteses de
exercício de atividades potencialmente poluidoras.
2.2. Grandes construções, empreendimentos urbanos engajados, projetos habitacionais,
contingenciamento de área urbana para distrito industrial, entre outras situações, reve-
lam potencial desequilíbrio ao meio ambiente e transferem, na prática, o risco do empre-
endedor à população. A legislação nacional preventivamente exige em tais iniciativas o es-
tudo de impacto ambiental. Considerando os requisitos do EIA para projetos que afetam
o meio ambiente, é INCORRETO concluir:
a) dentre os requisitos de conteúdo, devem ser observadas: as alternativas tecnológicas e de
implantação do projeto; os impactos ambientais gerados na fase de implantação e de operação;
a área geográfica a ser diretamente atingida; os programas e planos governamentais; bem como
os impactos sociais e humanos, esclarecendo que esses últimos, muito embora não elencados na
Resolução nº 1/86 do CONAMA, devem ser abordados, considerando interpretação sistemática
abrangente da Constituição Federal e da Lei federal nº 6.938/81.
b) dentre os requisitos técnicos o EIA, deverá: desenvolver, no mínimo, as alternativas relativas ao di-
agnóstico da área de influência do empreendimento com completa descrição e análise dos recur-
sos ambientais e suas interações caracterizando a situação ambiental da área; proceder às análi-
ses e alternativas do impacto a ser produzido pelo projeto, considerando aspectos positivos e negati-
vos, a médio e longo prazo; expressar preceitos relativos à equipe técnica, às despesas do estudo,
à independência e responsabilidade da equipe técnica e o relatório de impacto ambiental.
c) o diagnóstico da área de influência deverá observar: o meio físico (subsolo, as águas, o ar e
o clima); o meio biológico e os ecossistemas naturais (fauna, flora, espécies indicadoras de qua-
lidade ambiental); e o meio socioeconômico (uso e ocupação do solo, os usos da água e a socioeco-
nomia).
d) A audiência pública faz parte do processo instrutório para pleno conhecimento da comunidade
interessada quanto ao EIA e ao RIMA, com previsão expressa na Resolução do CONAMA nº 9/87,
Lei Federal nº 9.784/99 (processo administrativo) e Lei Federal nº 11.105/05 (Biossegurança).
2.3. A respeito do EIA, assinale a opção correta.
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com
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a) Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim
considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em EIA e respectivo relatório
(EIA/RIMA), o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de conserva-
ção de proteção integral.
b) A construção, a instalação, a ampliação e o funcionamento de estabelecimentos e atividades conside-
rados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degra-
dação ambiental, dependem de prévio licenciamento, cuja concessão cabe privativamente ao órgão esta-
dual competente.
c) O EIA deve ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada, que, não vinculada direta ou indireta-
mente ao proponente do projeto, será a responsável técnica pelos resultados apresentados.
d) Compete ao IBAMA determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e
das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos fede-
rais, estaduais e municipais e às entidades privadas as informações indispensáveis para apreciação dos
EIAs, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental.
e) Um dos requisitos técnicos do EIA é a descrição da área de influência do projeto após a realização da
obra. Embora não seja necessário caracterizar a situação da área antes da implantação do projeto, a le-
gislação exige que se descreva, no EIA, de forma prospectiva, o modo como o meio físico, o meio biológi-
co e os ecossistemas naturais regem à obra ou ao empreendimento.
2.4. Acerca do EIA, assinale a opção correta.
a) O empreendedor e os profissionais que subscrevam os estudos necessários ao processo de licencia-
mento ambiental serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções adminis-
trativas, civis e penais em caso de estudos que apresentem dados falsos ou incorretos.
b) Ao determinar a execução do EIA, o órgão estadual competente ou o IBAMA deverão obrigatoriamente
convocar, de ofício, audiência pública para informação sobre o projeto e seus impactos ambientais.
c) O EIA deve ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada e não dependente direta ou indiretamen-
te do proponente do projeto, a qual assumirá a responsabilidade técnica pelos resultados apresentados.
d) Como parte integrante do EIA, o RIMA deve ser amplamente divulgado e colocado à disposição da po-
pulação, vedada qualquer imposição de sigilo ao documento.
e) Os municípios não têm competência para exigir o EIA, que está na esfera de atribuição do órgão ambi-
ental federal e dos estaduais.
Gabarito
2.1. D;
2.2. B;
2.3. A;
2.4. A.
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com
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